• Nenhum resultado encontrado

Newsletter042011

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Newsletter042011"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Check!

news

04’

11

Check!n

é um projecto que cria espaços em festas procurando informar e

apoiar a Gestão de Prazeres e Riscos no consumo de substâncias psicoactivas e

sexualidade... Sem moralismos e sem tabus!!

NEWSLETTER Check

!in

Check!n

out

Check!n

press

Check

!nside

Check!

net

Drug testing: resultados das análises de 2010.

Legal highs : Seguro por ser legal?

Spice:

Detectados canabinóides sintéticos.

Check

!nfo

Check!n é notícia no jornal Público

Mefedrona banida nos estados membros

Relatório do OEDT e do IDT

Livro “Marijuana - A medicina proíbida”

Filme “Shortbus”

Album “James Blake “ de James Blake

Levamicoke, a adulteração da cocaína.

The-clitoris, informação sobre sexualidade.

(2)

Spice

é um produ-to vendido em smartshops como um substituto legal de canábis que, apesar de no rótulo apresentar-se como uma “mistura de er-vas”, análises levadas a cabo

por autoridades de saúde Europeis e Americanas inidicaram a presença de canabinóides sintéticos. Apenas um par de estudos científicos foram publicados sobre os efeitos do Spice, no entan-to em fóruns online muientan-tos utilizadores referem que depois de fumarem um charro de spice se sentem “pedrados” e que os efei-tos são similares aos da cannabis, apesar de algumas diferenças serem bem notórias, principalmente o efeito físico ser bastante pronunciado (body load). O grande risco associado ao consumo de spice é que as análises

demon-straram que a composição das embalagens é variável, tendo sido encontrados embalagens com apenas um canabinóide sintético e outras em que estes aparecem combinados em várias propor-ções, variando o composição dentro do mesmo lote. Desta forma é impossível prever qual o

conteúdo de uma embalagem. O HU-210 (um dos canabinóide sintéticos encontrados), por exemplo, tem uma potência entre 100 a 800 vezes superior ao THC e uma duração de efeitos mais extensa. Em geral, há o risco de surgir um canabinóide que seja agonista completo do receptor de canabinóides, pondo em risco de vida o consumidor em caso de overdose (ao contrário do THC, que apenas actua como agonista parcial).

Mais informações:

check-in@apdes.pt www.erowid.org

Se vais consumir...

• Começa por uma dose peque-na e avalia os efeitos.

• Evita consumir sozinho, tenta ter por perto alguém em quem confies que se mantenha sóbrio. • Se fumares, evita usar filtros de cartão com corantes ou bril-hantes e adiciona um filtro de acetato (que vem nos cigarros).

Check

info

Tem-se utilizado a palavra “química” para adjectivar substâncias e produtos, usando-a como um sinónimo de prejudicial na descrição dos efeitos que estes provocam no ser humano e meio ambiente. Ainda há tempos circulou um anúncio anti-tabágico da Direcção Geral de Saúde que referia que “... o fumo do tabaco liberta mais de 4000 substâncias químicas, tóxicas, irritantes e cancerígenas...”, como se o facto de as substâncias serem químicas fosse uma agravante dos seus malefícios. É verdade que as substâncias são químicas, mas elas ocor-rem naturalmente na planta do tabaco e são libertadas por uma reacção química explorada pelo homem desde a pré-história, a combustão. Regularmente bebemos a substância química monóxido de di-hidrogénio (água) e respiramos o gás di-oxigénio. Todas as substâncias são químicas, podem ter é origens diferentes. Quando obtidas directamente de uma planta, por exemplo, as substâncias foram produzidas pelos órgãos das plantas, utilizando os “reagentes” absorvidos pelas raízes e pelas folhas. Num laboratório, quando se procede a uma síntese, utilizam-se reagentes e reacções mais elementares, que se conhecem e se podem controlar. Estes rea-gentes, no entanto, foram por sua vez também obtidos da natureza. No fundo, toda a matéria provém da na-tureza – animais, plantas, minerais - e a ciência química baseia-se na transformação e produção de moléculas através da conjugação de átomos. Esta, apesar de não chegar aos calcanhares do complexo mundo da natureza, consegue, por vezes, ultrapassar os limites impostos

pelas funções biológicas e criar compostos novos. Em alguns meios há também uma tentativa de pas-sar a mensagem que tudo que é de origem natural é inócuo para o ser humano e que tudo o que é sinteti-zado num laboratório é tóxico e nefasto. Deixemo-nos de extremismos. Há inúmeras substâncias de origem vegetal com uma toxicidade elevada, como por exem-plo a estricnina que é extraída da casca de uma árvore asiática, como há substâncias sintéticas com enorme poder terapêutico. O uso milenar de uma planta é um óptimo selo de aprovação que à sua utilização está iner-ente um risco fisicaminer-ente aceitável, mas isto não inval-ida que com o know-how e tecnologia actual não seja possível isolar e produzir substâncias úteis e seguras. O mito assume a mesma forma em cenários diver-sos. Muitas vezes é associada ao LSD uma elevada toxicidade enquanto que a alcalóides vegetais, como por exemplo os cogumelos psilocibinos, está vincu-lada alguma inocuidade por ser “natural”. O LSD tem uma dose média de 100 µg (0,0001g) e é, por norma, distribuído em pequenos selos de papel mata-borrão, e ao longo dos anos, muitos estudos mostraram que o LSD tem uma toxicidade física muito baixa, sendo este rapidamente metabolizado e excretado pelo or-ganismo, assim como a sua forma de distribuição torna difícil o processo de adulteração. Por outro lado aos cogumelos psilocibinos estão associados efeitos secundários como desconforto gastroinstestinal e dores de cabeça. Tanto os cogumelos como o LSD têm os seus riscos associados ao seu consumo, mas não maiores ou menores por serem sintéticos ou naturais.

Detectados canabinóides sintéticos em embalagens de Spice.

(3)

Surgiram nos últimos anos em smartshops, online e não só, mis-celâneas de extractos de ervas vendidos como “ecstasy herbal”, “sub-stitutos legais da canábis” ou mesmo sub“sub-stitutos sintéticos como o miau miau (mefedrona), explosion (metilona), etc. – as chamadas le-gal highs. Sendo substâncias rotuladas como naturais ou não, é im-portante obter informação sobre os princípios activos do que se vai

consumir, assim como doses recomendadas, efeitos ou possíveis inter-acções com outros fármacos. Recorrentemente estes princípios activos não vêm descriminados no rótulo, o que implica uma procura de in-formação por parte do consumidor. As próprias autoridades de saúde e judiciárias têm dificuldade em detectar os princípios activos devido a estes novos compostos ser-em desenhados e produzidos por forma a mascarar a sua identidade e dificultar uma futura análise. O facto de serem substâncias vendidas legalmente numa loja nem sempre é um indicador de segurança, sendo que muitas destas legal highs não passaram o escrutínio das autoridades de saúde, não foram testa-das em seres humanos e somente circulam livremente no mercado – o agora chamado grey market - devi-do à indicação no rótulo que “Não é para consumo humano”. Muitas destas moléculas são desenvolvidas por cientistas de renome com o intuito de serem utilizadas no estudo do funcionamento do cérebro e no desenvolvimento de fármacos para o tratamento de doenças neurológicas, no entanto são resgatadas por “investidores” e produzidas por laboratórios na Ásia e na Europa para posteriormente serem vendidas no grey market, antes sequer de serem levados a cabo testes dos seus efeitos no organismo humano e dos peri-gos associados ao seu consumo. Na verdade, a maioria das vezes os consumidores são os primeiros cobaias destas substâncias e são os primeiros a experienciar os efeitos e as consequências destas novas substâncias. Como se pode ver, seja um produto sintético ou natural, legal ou ilegal, é necessário olhar para a idi-ossincrasia das substâncias, e não ficar preso em preconceitos que só fomentam a desinformação.

Check

info

Embalagem de Mefedrona. Substância com efeitos estimulantes que apareceu nas smart shops online em 2007 e que é vendida

como um fertilizante para plantas.

Vários tipos de legal highs que se encontram online.

Já conhecias o Check!n? Já alguma vez nos encontraste ou contactaste?

Responde ao nosso questionário! Só assim poderemos melhorar os

nossos serviços!

Clica para acederes ao questionário online!

(4)

Em 2010 o projecto Check!ng disponibilizou o serviço de análises em 3 even-tos: festa de Goa Gil, Anti-pop e Boom Festival. O serviço consiste num mini-laboratório montado dentro dos recintos onde, através de um sistema de TLC (Thin Layer Cromathography), é possível analisar as substâncias de forma livre e gratuíta e verificar se corresponde à espectativa dos consumidores assim como detectar a presença de possíveis adulterantes. Das 531 análises efec-tuadas, as substâncias mais analisadas foram MDMA (41%), cocaína (18%) e anfetamina [speed] (10%), no entanto chegaram-nos uma panóplia de outras substâncias que conseguimos identificar. Do MDMA

que analisamos cerca de 40% estava adulterado ou era uma falsa representação (apesar de ser vendido como MDMA tratava-se de outra substância). As substâncias que encontramos como adulterantes foi a cafeína, o paracetamol (analgésico), mCPP (uma piperazina com efeitos estimulantes), entre outras. O facto de surgirem 16% das amostras como “cafeína + lidocaína” deve-se a um grupo de pessoas que distribuíram esta mistura num

festival em que prestamos o serviço, rotulando o material como se fosse MDMA, assim como outras substâncias (depen-dendo do que os consumidores procuravam).

Das amostras que recebemos para análise com a expectativa de serem cocaína apenas 30% rev-elou ser apenas cocaína, todas as outras eram cocaína adulterada ou misturas de outras sub-stâncias que não continham sequer cocaína. Os adulterantes mais encontrados foram cafeína, paracetamol, fenacetina (analgésico), levamisole, lidocaína e anfetamina. De destacar o levami-sole, uma substância vermicida e imunomodeladora que poderá afectar

o sistema imunitário, que foi encontrada em 18% das amostras de cocaína.

Das 42 amostras de anfetamina (speed) analisadas apenas 10 (24%) continham apenas anfet-amina como substância psicoactiva, sendo todas as outras misturas de substâncias, à excepção de duas amostras que eram derivados de anfetamina. Os adulterantes encontrados na anfetam-ina foram os mesmos encontrados na cocaína e no MDMA: lidocaína, cafeína e paracetamol. Através deste serviço de análises que disponibilizamos em festivais de grande dimensão

con-seguimos que os consumidores tenham mais informação na sua mão, para desta forma poderem tomar decisões e gerir os riscos de forma mais consciente e informada.

Resultados das análises feitas em 2010 pelo projecto Check!ng

Resultados MDMA Resultados Cocaína

Resultados Anfetamina

Checkin

out

Expectativa de todas as análises

Fotos do Boom Festival 2010

(5)

Checkin

press

Check!n foi notícia no jornal Público!

No mês de dezembro o projecto Check!ng foi

notí-cia no jornal Público no âmbito dos resultados das

análises à cocaína efectuadas durante o verão

passa-do. A notícia foca-se principalmente nas substâncias

adulterantes perigosas encontradas, como o

levami-sole. Para acederes à notícia clica na imagem ao lado.

Mefedrona proíbida pela União Europeia nos estados membros.

A União Europeia proibíu no fim de 2010 a produção e com-ercialização de mefedrona, considerando-a uma “droga perigo-sa”. Uma avaliação do OEDT (Observatório Europeu de Drogas e Toxicodependência) refere que o consumo de mefedrona poderá trazer problemas gravas de saúde e que tem potencial de abuso. No entanto, uma notícia publicada pelo The Independ-ent refere que no UK a proibição de mefedrona provocou um aumento de mortes por overdose em consumidores de cocaína.

Relatório anual do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) 2009 e

do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência

(

OEDT) 2010.

Relatório do IDT refere que 2009 morreram menos 40 pessoas que em 2008 por overdose indica o relatório apresentado pelo IDT na assem-bleia de república. As mortes estão associadas de forma predominante ao consumo excessivo de opiáceos, seguidos de cocaína e metadona.

O relatório do OEDT 2010 dá enfâse aos consumos em contextos festivos referindo, por exemplo, que o con-sumo de substâncias sintéticas como ecstasy é significativamente elevado entre a população mais jovem e que a frequência das visitas a clubes noc-turnos está associada a policonsumo.

Queres ser voluntário do

CHECK!N

?

Gostas de festas? Acreditas neste projecto e nos seus princípios? Achas que é possível reduzir riscos? Então provavelmente o voluntariado neste projecto poderá ser do teu interesse.

Contacta-nos por email: check-in@apdes.net

És organizador de eventos ou dono de

um bar? Gostavas de ver o

Check!n

no teu

espaço? Contacta-nos!

Email: check-in@apdes.net

Tlf. 227531106/07 Tlm. 912441594

(6)

Check

inside

Checki

net

A reputação da canábis como uma droga psicoactiva, recreativa e perigosa, su-jeita a restrições legais, dificultou a pesquisa sobre esta substância e o seu uso tera-pêutico. Os professores da Harvard Medical School, Lester Grinspoon e James B. Bakalar defendem neste livro que a marijuana é uma substância com potencial tera-pêutico para aliviar a dor, quando muitos dos remédios legais se tornam ineficazes.

Livro MARIJUANA - A Medicina Proibida

de James B. Bakalar, Lester Grinspoon

Filme SHORTBUS

de John Cameron Mitchell

O “Shortbus” é uma exploração das vidas de várias personagens que vivem na Nova Iorque dos dias do hoje e que navegam por cómicas e trágicas interacções de amor e sexo. Homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais, as personagens encontram-se umas às outras - e acabam por se encontrar a si próprias - quando se reúnem todas as semanas num clube cham-ado Shortbus, numa louca combinação entre arte, música, política e sensualidade polisexual.

Album James Blake

de James Blake

Levamicoke

Levamicoke é um site com informação sobre a adulteração emergente da cocaína com levamisole. Aí podes encontrar di-cas de redução de riscos, perigos associados ao consumo..e muito mais!

Com discos lançados por selos como Hemlock, Hessle Audio, Brainmath e R&S, o músico James Blake chega no seu aguardado primeiro álbum. Jazz, Soul e, é claro, Dub-step são suas maiores influências.

The-clitoris

The-clitoris.com

Um site para todas as idades, com arti-gos interessantes so-bre sexo e sexualidade.

Encontra-nos online..

Referências

Documentos relacionados

Por outro lado, se mantém comparativamente mais baixas as taxas de participação e de ocupação das cônjuges femininas e das chefes femininas em relação aos

Cédula de Identidade (fotocópia simples e acompanhada do original para conferência). Atenção: Não serão permitidas transferências para o primeiro e para

O farmacêutico na Comissão de Farmácia e Terapêutica deve elaborar política de dispensação de medicamentos e atualizar a padronização e aplicação conforme a

Superintendência Estadual de Vigilância em Saúde - SUVISA Coordenação de Avaliação de Projetos Arquitetônicos. RELATÓRIO DE ATENDIMENTO

As licenças de instalação, dispositivos, manuais e acessórios que acompanhem, ou seja, necessários para o funcionamento do software que apresentarem defeito por processo fabril,

destacar que além de fazer parte de um projeto de extensão e do programa do governo Museu da Escola, este trabalho de “tirar os documentos do silêncio e

Pode-se afirmar que os objetivos propostos foram alcançados, conseguiu-se com este apresentar o quanto a angústia se faz e é presente na vida do homem, como a

Assim, a cópia da superfície de contato com o uso de um molde que se adapte ao contorno do usuário, mantendo posteriormente essa forma, apresenta vantagens, pois se as condições