• Nenhum resultado encontrado

A leitura como processo de mediação da aprendizagem e do conhecimento.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A leitura como processo de mediação da aprendizagem e do conhecimento."

Copied!
45
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

LUANA RIBEIRO BOERATO MOREIRA

A LEITURA COMO PROCESSO DE MEDIAÇÃO DA

APRENDIZAGEM E DO CONHECIMENTO

CAJAZEIRAS - PB

2008

(2)

LUANA RIBEIRO BOERATO MOREIRA

A LEITURA COMO PROCESSO DE MEDIAÇÃO DA

APRENDIZAGEM E DO CONHECIMENTO

Monografia apresentada ao Curso de

Licenciatura em Plena em Pedagogia

do

Centro

de

Formação

de

Professores da Universidade Federal

de Campina Grande, como requisito

parcial para obtenção do título de

Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Professora Ma. Maria de Lourdes Campos.

CAJAZEIRAS - PB

2008

(3)
(4)

L U A N A R I B E I R O B O E R A T O M O R E I R A A L E I T U R A C O M O P R O C E S S O D E M E D I A C A O D A A P R E N D I Z A G E M E D O C O N H E C I M E N T O Monografia a p r o v a d a e m 0 4 d e Abril d e 2008 P r o f a . M s . L o u r d e s C a m p o s (Orientadora)

(5)

A vida na Terra p o d e ser a p e n a s u m a p a s s a g e m , m a s e s s a p a s s a g e m p o d e e d e v e ser triunfante, repleta d e amor, d e fraternidade, solidariedade e s a b e d o r i a . P a r a isso, e importante t e r m o s o s a b e r c o m o o m a i o r p r e s e n t e divino, para a s s i m , p o d e r m o s dele fazer a n o s s a maior razao d e viver. A v i d a

(6)

A G R A D E C I M E N T O S

P r i m e i r a m e n t e , a Deus p o r a m i m permitir percorrer esta longa Jornada q u e ora e s t a s e c o m p l e t a n d o c o m muita s e r e n i d a d e , muita alegria e e n t u s i a s m o , f a z e n d o c o m q u e e u viesse a s u p e r a r t o d a s a s dificuldades a p r e s e n t a d a s nesta c a m i n h a d a .

A m i n h a m a e Maria Irismar e m i n h a familia, q u e n u n c a m e d e i x a r a m f a i a r c a r i n h o , incentivo, confianca. S a b e r q u e eles e s t a v a m d o m e u iado foi importante para prosseguir firme na c a m i n h a d a .

A o s m e u s a m i g o s , Leidiclere, Nira, Paula, R o s a , Corrinha, Marley, A n a Isabele, Jackeline, J a y r o E d r a n , M a n o e l z i n h o , Iran e Yuri q u e e s t i v e r a m c o m p a r t i l h a n d o c o m i g o as alegrias e tristeza d u r a n t e o decorrer d o s a n o s .

A o s c o l e g a s d e curso, J a y r a , Katiane, A d r i a n a , Miqueline, T a t i a n a , J a q u e i l a n e , Daniely, T a t h i a n a , D i a n a , S a n d r a , C a r l e n e , Z u l e i d e , A n t o n i o Por D e u s q u e f o r a m verdadeiros c o m p a n h e i r o s , e j u n t o s , dividimos t o d o s os m o m e n t o s d e s t e curso.

A o s m e u s professores, G e r i a i n e , Belijane, Lis d e Maria, Idel, L o u r d e s C a m p o s , Dorgival, R o m u l o , R a i m u n d a , nao a p e n a s pelo contato profissional, m a s pela a m i z a d e oferecida. A J o a n a , secretaria d o c u r s o d e P e d a g o g i a , q u e s e m p r e e s t e v e pronta a n o s auxiliar q u a n t o p r e c i s a m o s . A o s m e u s g r a n d e s c o m p a n h e i r o s d e j o m a d a q u e durante o c u r s o m e a j u d a r a m b a s t a n t e n a s atividades a c a d e m i c a s , q u e s a o : Richard e A n t u n e s . A o s m e u s c o l e g a s d e t r a b a l h o , N i n o , J o s c i l e n e , Yarteisson, Stella, J a n a i l s o n , Marcio, A l d e n o r e t o d o s o s d e m a i s q u e c o m p o e m a a r e a o n d e t r a b a l h o , p e r s o n a l i d a d e s m u i t o importantes para m i m .

(7)

A vida na T e r r a p o d e ser a p e n a s u m a p a s s a g e m , m a s e s s a p a s s a g e m p o d e e d e v e ser triunfante, repieta d e a m o r , d e fraternidade, solidariedade e s a b e d o r i a . P a r a isso, e importante t e r m o s o saber c o m o o maior p r e s e n t e divino, para a s s i m , p o d e r m o s d e l e f a z e r a n o s s a maior razao d e viver. A v i d a

(8)

R E S U M O M O R E I R A , L u a n a Ribeiro B o e r a t o . A L e i t u r a c o m o p r o c e s s o d e m e d i a c a o d a a p r e n d i z a g e m e d o c o n h e c i m e n t o . Monografia d o C u r s o d e P e d a g o g i a d a Universidade Federal d e C a m p i n a G r a n d e - U F C G . C a j a z e i r a s - P B , 2 0 0 7 . 5 4 p . A leitura t o r n a - s e e l e m e n t o e s s e n c i a l na objetivizagao d a c o m u n i c a c a o e n a p r o p a g a c a o d a l i n g u a g e m , j a q u e atinge b o a p a r t e d a p o p u l a c a o . C o n t u d o , e s s e m e i o d e t r a n s m i s s a o cultural, apresenta-se d e f o r m a v a r i a d a , d e a c o r d o c o m o s g r u p o s culturais a q u e pertence. S u b s i d i a n d o - s e d e diversas c o n c e p c o e s , a q u e s t a o d a q u a l i d a d e d a leitura e c l a r a m e n t e o b s e r v a d a a partir d a analise d o indice s o c i o -e c o n o m i c o d o s -e u m -e i o , q u -e d-efinira d -e q u -e f o r m a a l-eitura c h -e g a r a a o individuo, o u seja, q u a n t a m a i s alto o nivel, m e l h o r a q u a l i d a d e d a leitura. A i n d a p o d e n d o d e s t a c a r o u t r o s fatores i g u a l m e n t e importantes n o p r o c e s s o d e e m i s s a o d o s a b e r atraves d a leitura, p o d e - s e destacar, a l e m d o interesse d o individuo, a e s c o l a , o professor e o m e i o n o q u a l e l e e s t a inserido. P a r a q u e a leitura n a o p a s s e s o m e n t e p e l o s o l h o s , e necessario q u e haja u m a c o m p r e e n s a o d o q u e foi lido; e s s e p r o c e s s o d e c o r r e d a refacao entre autor e Ieitor, o n d e o t e x t o e e l e m e n t o intermediario, q u e , a p o s a t r a n s m i s s a o d a l i n g u a g e m , e n c a r r e g a r a o receptor d e questionar as ideias e tirar s u a reflexoes. E s t e trabalho objetiva analisar a leitura c o m o p r o c e s s o d e m e d i a c a o d a a p r e n d i z a g e m e d o c o n h e c i m e n t o , a principio f o i utilizado urn questionario c o n t e n d o q u e s t o e s abertas e f e c h a d a s c o m u m a a m o s t r a d e 0 4 p r o f e s s o r e s d a s series iniciais d o e n s i n o f u n d a m e n t a l ; realizou-se a i n d a urn e s t a g i o , o n d e f o r a m t r a b a l h a d o s textos p a r a d i s c u s s a o , reflexao e s u g e s t o e s . A t r a v e s d e s t e estagio foi p o s s i v e l verificar o p o s i c i o n a m e n t o d o s p r o f e s s o r e s a respeito d a t e m a t i c a . D o s q u a t r o profissionais sujeitos d a p e s q u i s a 0 3 a t u a m a m a i s d e 10 a n o s c o m o profissional e a p e n a s 1 atua a m e n o s d e 10 a n o s . A faixa etaria d e s t e s p r o f e s s o r e s c o m p r e e n d e e n t r e 30 - 4 5 a n o s d e idade. A p e n a s urn d o s q u a t r o s professores p o s s u i o magisterio, j a o s d e m a i s p o s s u e m g r a d u a c a o e m P e d a g o g i a . Conclui-se, c o n t u d o , q u e o e d u c a d o r d e v e propiciar urn a m b i e n t e a c o l h e d o r e a d e q u a d o a o ato d e fer, n a brbfioteca, n a sala d e leitura, e na safa d e aula ( c o m o cantinho d e leitura). N e s s e s tres e s p a c o s , o mobiliario d e v e e s t a r a d e q u a d o : A s estantes d e v e m s e r baixas, p a r a q u e o aluno p o s s a alcancar o livro n o m o m e n t a d e a p a n h a - l o . A s m e s a s e c a d e i r a s d e v e m estar a d e q u a d a s a o t a m a n h o d o s a l u n o s . O a c e r v o d e livros d e v e ser b e m v a r i a d o , estar classificado d e a c o r d o c o m o tipo d e leitura, isto e , o g e n e r a textual e d e v e m estar e m b o a s c o n d i c o e s d e u s o . O a l u n o d e v e s e sentir a v o n t a d e n e s t e s e s p a c o s para q u e fique m o t i v a d o a ler. A l e m d o s livros, e s s e s e s p a c o s p o d e m oferecer textos d i v e r s o s c o m o c h a r g e s e textos d e j o m a i s e revistas, receitas culinarias, adrvinhacoes e o u t r o s , dispostos dentro d e u m a caixa (a caixa d e leitura). E s s e s textos d e v e m ser disponibilizados a o s a l u n o s . O e d u c a d o r d e v e trabalhar a leitura c o m o a l u n o , d e m o d o q u e e s t e se tome urn Ieitor critico e d e p o i s urn a u t o r critico. P a r a tal, d e v e r a oferecer t o d o s o s e l e m e n t o s citados a c i m a .

(9)

Para realizar g r a n d e s c o n q u i s t a s , d e v e m o s n a o a p e n a s agir, m a s t a m b e m sonhar; n a o a p e n a s planejar, m a s t a m b e m acreditar. ( A N A T O L E F R A N C E )

(10)

S U M A R I O R E S U M O *1 f NTRX3DUC^/\C5^ 08 2 O P A P E L D A L E I T U R A NA C O N S T R U C A O D A C I D A D A N I A 10 2.1 A Importancia d a Leitura.... 12 2.2 C o n c e p c d e s d e Leitura... 14 2.3 F u n c o e s d a Leitura... 16 2.4 Niveis d e Leitura 18 2.5. T i p o s d e L e i t u r a 20 3 F O R N I A C A O E E S T A G I O 2 3 3.1 P r o c e d i m e n t o s Metodologicos... 23 3.2 C a r a c t e r i z a c a o d a E s c o l a 25 3.3 A n a l i s e d o s d a d o s 26 3.4. V i v e n c i a s e E x p e r i e n c i a s d o E s t a g i o . . . 31 6 C O N C L U S O E S - 3 5 A N E X O S I - Q u e s t i o n a r i o

(11)

1 I N T R O D U C A O

A c a p a c i d a d e leitora s e constitui ha m u i t o t e m p o c o m s i n o n i m o d e d e s e n v o l t u r a social e c a p a c i d a d e d e a p r e e n s a o d e informaeoes t a n t o cientificas c o m o cotidiana.

Entretanto, n e m s e m p r e a c o m p r e e n s a o d a leitura e efetivada d e f o r m a satisfatoria e pertinente, visto q u e , e s s e s a s p e c t o s s a o necessarios p a r a o s u c e s s o d e s t a habilidade atingir os objetivos a o s quais s e p r o p o e m .

A t u a l m e n t e , m u i t o s e d i s c u t e , d a s dificuldades existentes c o m relagao a o p r o c e s s o d e aquisicao d a leitura e d a i n c o m p r e e n s a o d o q u e se le, o c u p a n d o , e s t a p r o b l e m a t i c a , m i l h a r e s d e t e s e s e m t o d o o m u n d o .

Discute-se, e m o p o r t u n i d a d e s diversas a n e c e s s i d a d e d e encontrar urn c a m i n h o para facilitar a t o d o s a c o n q u i s t a d a c o m p r e e n s a o d a leitura.

Partindo d a experiencia d o c o r p o d o c e n t e d a s series iniciais d o e n s i n o f u n d a m e n t a l d a Escola E s t a d u a l d e Ensino F u n d a m e n t a l D e s e m b a r g a d o r Boto, e s t e t r a b a l h o constitui-se e m urn c a m i n h o a ser percorrido, p r e s s u p o n d o o e s t u d o d a s razoes d o p r o c e s s o n a s q u a i s a leitura se efetiva o u n a o e m sala d e aula, e a t e q u e ponto a i n c o m p r e e n s a o d e s t a leitura c o m p r o m e t e o p r o c e s s o d e a p r e n d i z a g e m .

Esta m o n o g r a f i a tern c o m o t e m a u m a d a s m e t a s a ser alcangada q u e e a construgao d a leitura na Escola Estadual de Ensino F u n d a m e n t a l D e s e m b a r g a d o r Boto, d a rede publica, q u e trata d a p r o b l e m a t i c a d a leitura, q u e representa urn importante instrumento d e c o m p r e e n s a o d o m u n d o , objetivando analisar atraves d o s p r o f e s s o r e s participantes c o m o os a l u n o s se relacionam c o m a leitura, b e m c o m o verificar a m a n e i r a c o m o o s professores e s t a o t r a b a l h a n d o a leitura e m sala d e a u l a e o b t e r u m a reflexao s o b r e o habito d a leitura afim d e p o d e r levantar d a d o s q u e p o s s a m subsidiar o e s t u d o d a leitura c o m o m e d i a d o r a d o p r o c e s s o d e a p r e n d i z a g e m .

Para subsidiar e s t e t r a b a l h o m o n o g r a f i c o t o m a m o s c o m o referencial o p e n s a m e n t o d e varios a u t o r e s . D e s t a c a m o s o s t r a b a l h o s d e M a g d a S o a r e s , P a u l o Freire, Maria Helena Martins, A n g e l a D e i m a n e Luiz Carlos Cagliari.

A m e t o d o l o g i a utilizada foi urn questionario a p l i c a d o c o m 0 4 p r o f e s s o r e s , a fim de coletar d a d o s relacionados a t e m a t i c a . Pois s a b e m o s q u e para d e s e n v o l v e r -s e u m a pe-squi-sa qualitativa e preci-so anali-sar c a d a -situagao, relagoe-s, c a u -s a -s , efeitos e c o n s e q u e n c i a , significado e outros a s p e c t o s c o n s i d e r a d o s n e c e s s a r i o s a c o m p r e e n s a o d a realidade e s t u d a d a .

(12)

N e s s e p e r i o d o d e 0 a 6 a n o s a s c r i a n c a s d e v e m ser incentivadas a t e r e m o contato c o m a leitura, a t e m e s m o a f a m i l i a p o d e e d e v e ser e s t i m u l a d o r a n o p r o c e s s o d e interesse d o s s e u s filhos. E c o m o torna-lo interessado? A crianga g o s t a m u i t o d e historinhas e os pais s e m p r e q u e tern t e m p o , d e v e m ler u m a historia p a r a a crianga, a s s i m estimular s e u filho a leitura.

E x i s t e m varias f o r m a s e s t i m u l a d o r a s no p r o c e s s o d e interesse pela leitura, m a s m u i t a s v e z e s o s n o s s o s pais n a o s a b e m ler. N e s t e c a s o r e c o n h e c e m o s o s motivos pelo q u a l a f a m i l i a n a o p o d e incentiva-lo. E m c a s o contrario o q u e s e s a b e e q u e a n t e s m e s m o d e a p r e n d e r a ler a crianca j a traz urn c o n h e c i m e n t o d e m u n d o , ela n a o s a b e ler a palavra, m a s j a a s s o c i a a q u e l e objeto ao s e u rotulo, ela j a e s t a lendo e m b o r a nao d o m i n e o c o d i g o lingiiistico.

N o c a s o d o e n s i n o f u n d a m e n t a l q u e e o nosso objeto d e e s t u d o , d e s c o b r i m o s q u e nos p r o f e s s o r e s p o d e m o s e d e v e m o s incentivar n o s s o s a l u n o s a o p r o c e s s o d e interesse p e l a leitura. C o m o ? T r a b a l h a n d o varias f o r m a s d e t e x t o s d i s p o n i v e i s q u e o a l u n o c o n s e g u i r d e s d e o s rotulos d o s produtos, j o r n a i s , revistas, e n t r e outros.

T e n d o c o m o base a ideia d e leitura c o m o e l e m e n t o d e c o m p r e e n s a o d e e n c a d e a m e n t o s linguisticos e d o m u n d o , na b u s c a d e instigar inquietacoes n a q u e l e s q u e e s t a o envolvidos no p r o c e s s o , a saber, as c a u s a s q u e d e s e n c a d e i a m a s relacoes supracitadas.

C o m b a s e nos resultados obtidos e m confronte c o m a revisao e e s t u d o bibliografico f o r a m e s t a b e l e c i d a s p r o p o s t a s para a melhoria d a q u a l i d a d e d o e n s i n o e m relagao a leitura e s u a c o m p r e e n s a o .

(13)

10

2 O P A P E L D A L E I T U R A N A C O N S T R U C A O D A C I D A D A N I A

A tematica leitura v e m s e n d o b a s t a n t e discutida por varios a u t o r e s . Dentre o s quais d e s t a c a m o s S I L V A ( 1 9 8 1 ) ; M A R T I N S ( 1 9 9 4 ) ; C A G L I A R I ( 1 9 9 7 ) ; F R E I R E ( 2 0 0 3 ) ; S O A R E S (1998); S I L V A e Z I L B E R M A N ( 1 9 9 8 ) ; F E R R E I R O e T E B E R O S K Y (1999); T E B E R O S K Y e C O L O M E R (2003).

T o m a n d o c o m o referencias a s c o n s i d e r a c o e s d e Silva (1983, p.41),

O ensino escolar e uma pratica social decidida e estabelecida pela sociedade moderna a fim de, formal e institucionalmente, transmiir a cultura as novas geracoes. Tomando como parametro essa funcao da educacao escolar, em outro trabalho afirmei que "seria dificil conceber uma escola onde o ato de ler nao estivesse presente - isso ocorre porque o patrimonio historico, cultural e cientifico da humanidade se encontra fixado em diferentes tipos de livros".

C o m e s s a visao d o p a p e l d a escola n o p r o c e s s o d e aquisigao d a leitura, p o d e m o s definir a importancia d a consolidagao d o habito d e leitura c o n q u i s t a d o por e s s a instituicao c o m o urn instrumento c a p a z n a o s o d e proporcionar o a c e s s o a t o d a a carga cultural d e u m a d e t e r m i n a d a s o c i e d a d e , m a s c a p a z d e potencializar u m a "releitura" critica d e s s a m e s m a s o c i e d a d e .

De a c o r d o c o m Z i l b e r m a n ( 1 9 8 6 , p. 113)

A escola surge nesse quadro a ser definido com urn papel que se estende muito alem daquele para o qual na maioria das vezes e concebida ou para o qual se encontra apta. Dentro da visao predominante que se tern em nossa atual sociedade, a escola teria o papel de preparar o cidadao para o exercicio de determinadas funcoes sociais mais imediatas - desenvolvimento de aptidoes necessarias para a realizacao de uma determinada funcao dentro de urn sistema de producao e promogao do acesso a informacoes que potencializem essas aptidoes. Tambem caberia a escola, nessa visao politica, o papel de promover condicoes favoraveis para que se assegure o direito de cada cidadao ao acesso a iguais oportunidades, etc.

A e s c o l a e c o n c e b i d a c o m o u m a instituicao a servico d e u m a s o c i e d a d e c o m a finalidade d e p r o m o v e r a c a p a c i t a c a o e integragao social d e c i d a d a o s .

P a r a Micheletti & B r a n d a o (1997, p. 125)

(14)

11

Podemos caracterizar o livro didatico como o principal agente no processo de educacao da grande maioria da populacao brasileira. A sua influencia se estende nao somente sobre o leitor-aluno, que permanecera em contato com ele durante urn extenso periodo de sua formagao, como tambem sobre o professor, que, em m u i o s casos, alem de se servir do livro didatico como unica fonte de conhecimento, extrai dele todo urn condicionamento metodologico durante toda sua experiencia profissional.

C o m isso, para o professor e a l u n o o livro e c o n s i d e r a d o urn v e i c u l o importante para s e t r a b a l h a r os c o n t e u d o s didaticos a ser a p l i c a d o s n o a m b i e n t e d a s a l a d e aula.

Hoje e m dia e n t r e a s atividades para estimular a leitura e n c o n t r a m o s a d r a m a t i z a c a o d o texto, a r e p r o d u c a o e m c a r t a z e s d e t e m a s e p e r s o n a g e n s , a criacao d e objetos relacionados c o m a historia, p e s q u i s a s s o b r e o s t o p i c o s d o t e x t o , o p r o s s e g u i m e n t o d a historia, a r e e l a b o r a c a o d o t e x t o , entrevistas c o m o a u t o r e entrevistas ficticias c o m a s p e r s o n a g e n s e ate leitura j o g r a l d e p o e m a s .

D e a c o r d o c o m Ferreiro ( 1 9 9 7 : 1 7 ) ;

A lectoescrita tern ocupado lugar de destaque na preocupacao dos educadores. Porem, apesar da variedade de metodos ensaiados para se ensinar a ler, existe urn grande numero de criancas que nao aprende. Juntamente com o calculo elementar a lectoescrita se constitui em urn dos objetivos da instrugao basica, e sua aprendizagem, condicao de sucesso ou fracasso escolar.

N e s s e sentido, p e r c e b e m o s q u e a leitura e a escrita tern sido f o c o d e p r e o c u p a c a o e m n o s s a s e s c o l a s . P o r e m para q u e a lectoescrita s e t o r n e objeto d e a p r e n d i z a g e m e i m p r e s c i n d i v e l q u e f a c a sentido a o s a l u n o s , o u seja, a leitura e a escrita d e v a m r e s p o n d e r a urn m o t i v o d e realizacao imediata, i m p e d i n d o a s s i m , d e s e t o r n a r fator real d o f r a c a s s o escolar d e m u i t a s c r i a n c a s q u e f r e q i i e n t a m a e s c o l a .

S e g u n d o Cagliari ( 1 9 9 7 : 9 6 ) ;

Urn dos objetivos mais importantes da alfabetizacao e ensinar a escrever. A escrita e uma atividade nova para a crianca, e por isso mesmo requer urn tratamento especial na alfabetizacao. Espera-se que a crianga, no final de urn ano de alfabetizacao, saiba escrever e nao que saiba escrever tudo e com correcao absoluta.

N e s t a perspectiva e n t e n d e m o s q u e o s p r o f e s s o r e s d e alfabetizacao d e v a m s e r b e m p r e p a r a d o s , a t u a l i z a d o s e d i n a m i c o s , d e f o r m a q u e t e n h a m urn b o m e m b a s a m e n t o t e o r i c o a respeito d a natureza d a escrita, s e u f u n c i o n a m e n t o e s u a s

(15)

12

diversas f o r m a s e situacoes d e uso. E n e c e s s a r i o t a m b e m q u e os professores s e p r e o c u p e m c o m a s f o r m a s graficas d a escrita.

2.1 A I m p o r t a n c i a d a L e i t u r a

A importancia d a leitura no universo d o a l u n o , c o m s u a s diferentes c o n c e p c o e s , s o m e n t e p o d e r a s e r e n t e n d i d a e a n a l i s a d a d e n t r o d e u m a v i s a o m u i t o m a i s a b r a n g e n t e a respeito d o p a p e l d a leitura na vida d o h o m e m . P o d e m o s analisar a leitura e s e u d e s e n v o l v i m e n t o s e g u n d o diferentes p o n t o s d e vistas e abordagerts: a s p e c t o s c o m u n i c a t i v o s , a s p e c t o s psicologicos, p e d a g o g i c o s , literarios, linguisticos, sociais e outros a s p e c t o s m a i s e s p e c i f i c o s .

D e s t a f o r m a , s e m d u v i d a a l g u m a , a s u a importancia na vida d e urn s e r h u m a n o vai m u i t o a l e m d e urn d e s s e s a s p e c t o s e m s e p a r a d o e a o limitarmos n o s s a analise a u m a unica a b o r d a g e m r e c a i r i a m o s e m u m a v i s a o d e m a s i a d a m e n t e reduzida d e urn f e n o m e n o t a o c o m p l e x o q u a n t o o ato d e ler.

D e a c o r d o c o m Cagliari ( 1 9 9 7 : 1 4 8 )

A grande maioria dos problemas que os alunos encontram ao longo dos anos de estudo, chegando ate a pos-graduacao, e decorrente de problemas de leitura. O aluno muitas vezes nao resolve problemas de matematica, nao porque nao saiba matematica, mas porque nao sabe ler o enunciado do problema [...].

S e o a l u n o n a o fizer u m a leitura a d e q u a d a d a q u i l o q u e Ihe e s t a s e n d o p e r g u n t a d o , o u m e s m o , s e e l e fizer u m a leitura a d e q u a d a m a s n a o c o m p r e e n d e r o q u e e s t a lendo, n a o s a b e r a o s e n t i d o d a p e r g u n t a feita e m e n o s a i n d a q u a l resposta d e v e r a atribuir a q u e s t a o . A s s i m , p o d e - s e deduzir q u e a falta d e habito d e ler e urn d o s g r a n d e s p r o b l e m a s na hora d e resolver urn p r o b l e m a escrito.

Por o u t r o lado, ha o conflito e n t r e o q u e s e d e v e e n s i n a r e o q u e n a o d e v e , por parte d o s professores, o u s e j a , s e r a q u e o professor d e m a t e m a t i c a d e v e e n s i n a r s o m e n t e calculos e q u a n t o a leitura e r e s p o n s a b i l i d a d e e tarefa t a o exclusiva d o professor d e L i n g u a P o r t u g u e s a ? Q u e s t o e s c o m o e s t a s d e v e m ser l e v a n t a d a s , n a o para q u e p o s s a atribuir a o u t r o s p r o f e s s o r e s d e disciplinas d i v e r s a s a f u n c a o d e e n s i n a r a ler, m a s q u e , e s t e s d e a l g u m a f o r m a p o s s a m contribuir para c o m a leitura q u e o a l u n o estiver f a z e n d o a respeito d o s t e m a s d e s u a disciplina.

(16)

13

Ler e u m a atividade e x t r e m a m e n t e c o m p l e x a e e n v o l v e p r o b l e m a s n a o s o s e m a n t i c o s , culturais, ideologicos, filosoficos, m a s a t e foneticos.

S e g u n d o Cagliari ( 1 9 9 7 , p. 149)

Tudo o que se ensina na escola esta diretamente ligado a leitura e depende dela para se manter e se desenvolver. A leitura e a realizagao do objetivo da escrita. Quern escreve, escreve para ser lido. O objetivo da escrita, e a leitura.

S e n d o a leitura o objetivo d a escrita, e n t a o , esta d e v e s e r levada e m c o n s i d e r a c a o e m t o d o s o s m o m e n t o s d a a p r e n d i z a g e m , m e s m o n a hora d e f a z e r urn d e s e n h o e preciso q u e haja u m a leitura inicial s o b r e o t e m a a s e d e s e n h a r . Isto significa dizer q u e o c o d i g o a ser e x p r e s s o n o d e s e n h o e aquilo q u e s e p r e t e n d e p a s s a r atraves d e u m a leitura simbolica p o r e m d e s i m p l e s c o m p r e e n s a o . O u s e j a , p a r a q u e s e p o s s a efetuar u m a escrita d e q u a l i d a d e e preciso q u e s e t e n h a u m a leitura d e q u a l i d a d e .

P a r a Cagliari ( 1 9 9 7 : 1 5 0 ) : "A leitura do mundo e obviamente uma metafora,

mas nem por isso deixa de ser algo tao importante para cada urn quanto a propria filosofia de vida". M e s m o e n c a r a n d o a leitura d o m u n d o c o m o u m a m e t a f o r a o b v i a , a

leitura q u a n d o parte d o p r e s s u p o s t o d e ler a s t u t a m e n t e o u c o m c o e s a o e c o e r e n c i a . A leitura n a o e urn s i m b o l o por o c a s i a o e p o r c o n v e n i e n c i a , e u m a i m p o r t a n t e avaliacao cognitiva daquilo q u e s e b u s c a interpretar q u a n d o s e le.

C o n f o r m e diz Cagliari ( 1 9 9 7 : 1 5 2 )

Uma leitura sintagmatica e aquela em que o Ieitor acompanha palavra por palavra, numa certa ordem, adquirindo, em geral, apenas urn significado literal de leitura. Ja uma leitura paradigmatica faz com que o Ieitor nao so descubra o significado literal das palavras e expressoes, a medida que vai lendo, como tambem traga para esse significado os conhecimentos adicionais, oriundos de seu modo pessoal de interpretar o que leu, tendo em vista toda sua historia como Ieitor e falante de uma lingua

A s s i m s e n d o , n a o p o d e m o s d e i x a r q u e a e s s e n t i a d a leitura seja c o n s i d e r a d a a p e n a s u m a m e r a f o r m a d e avaliar o s a b e r ler n o ato d a leitura b e m feita; o u d a escrita b e m p r o d u z i d a ; o u a i n d a d a fa la b e m f a l a d a , m a s s i m , no e n t e n d i m e n t o q u e s e p o d e chegar, q u e s e p o d e p r e s e n c i a r e n a a c e i t a c a o e c o m p r e e n s a o d o q u e foi lido, c o m o f o r m a d e p o d e r avaliar e o f e r e c e r u m a c o n c e p c a o propria o u s e m e l h a n t e daquilo q u e foi lido.

(17)

14

2.2 C o n c e p c o e s d e L e i t u r a

"Por leitura se entende toda manifestagao linguistica que uma pessoa realize para recuperar urn pensamento formulado por outra e colocado em forma escrita".

( C A G L I A R I , 1996, p. 155)

A o b u s c a r n o g r e g o o p l e n o sentido d e ler c o m o s e n d o legei - t e m o s colher,

recolher, juntar, q u e no latim t r a n s f o r m o u - s e e m lego, legis, legem - j u n t a r

h o r i z o n t a l m e n t e a s coisas c o m o olhar. Entretanto, o s latinos t a m b e m u s a v a m

interpretare para ler, m a s c o m urn significado m a i s profundo, o d e ler v e r t i c a l m e n t e ,

sair d e urn p i a n o para outro, d e f o r m a t r a n s c e n d e n t e . N e s s e sentido, a leitura ultrapassa o p a s s a r d e o l h o s por algo, m a s vai a l e m d o visualizar, a v e n t u r a n d o - s e n o d e s c o n h e c i d o para u m a p l e n a c o m p r e e n s a o d o sentido d a s coisas.

A s relacoes e n t r e c o g n i c a o e d i s c u r s o o u p e n s a m e n t o e l i n g u a g e m t o r n a r a m s e objeto d e e s t u d o d e varias disciplinas d e r i v a d a s d a linguistica. E s s a q u e s t a o f a z -n o s refletir s o b r e a f o r m a c a o d e co-ncertos d e leitura e a s p a l a v r a s q u e a d e s i g -n a m , a o m e s m o t e m p o q u e revela a c o m p l e x i d a d e d a s relacoes e n t r e concertos e palavras.

P a r a V y g o t s k y ( 1 9 9 3 , p. 104),

Uma palavra sem significado e urn som vazio; o significado, portanto, e urn criterio da "palavra", seu componente indispensavel. [...] do ponto de vista da psicologia, o significado poderia ser visto como uma generalizacao ou urn concerto. E como as generalizacoes ou os concertos sao inegavelmente atos de pensamento, podemos considerar o significado como um fenomeno do pensamento.

T a i s c o l o c a c o e s nos l e v a m a c r e r q u e o significado d a s p a l a v r a s e u m f e n o m e n o d o p e n s a m e n t o (verbal) o u d a significacao - u m a uniao d a palavra c o m o p e n s a m e n t o . Por outro lado, a certeza d e q u e o significado d a s p a l a v r a s e v o l u i , m o s t r a - n o s a natureza d i n a m i c a d o significado. Portanto, a principal ideia d e s s a relacao e n t r e o p e n s a m e n t o e a palavra e u m p r o c e s s o e m m o v i m e n t o .

O s n o v o s p a r a d i g m a s q u e e l u c i d a m a q u e s t a o d o p r o c e s s o e n s i n o / a p r e n d i z a g e m d e leitura s a o f r u t o s d a s p e s q u i s a s realizadas e m varias a r e a s d o c o n h e c i m e n t o , e s p e c i a l m e n t e e m linguistica, psicolinguistica, sociolinguistica, psicologia cognitive e teoria d a r e c e p c a o . A partir d e s s e s e s t u d o s , a leitura p a s s o u a ser vista c o m o p r o d u c a o m e d i a d a pelo t e x t o e m s e u p r o c e s s o d e significacao e d e c o n s t r u c a o d o c o n h e c i m e n t o . "Trata-se de uma concepgao que envolve o individuo,

(18)

15

enquanto ser psicoldgico, que desenvolve suas habilidades cognitivas, e ser social, inserido em determinadaspraticas histdrico-sociais de leitura." ( B R A S I L , 1996:20).

S e g u n d o a s d i s c u s s o e s a c i m a a leitura envolve a interagao c o m o v a s t o universo d e c o n h e c i m e n t o d o aluno, incluindo s e u c o n h e c i m e n t o previo, a partir d e articulacoes e atividades q u e l e v e m o a l u n o a s e inserir no m u n d o d a l i n g u a g e m d o texto. E s s e f u n d a m e n t o p o d e r a construir u m Ieitor critico, c a p a z d e s e posicionar diante d e f a t o s e usar e s s a habilidade para s e posicionar no m u n d o e adquirir u m a c o m p r e e n s a o d o m u n d o q u e o cerca.

O s m e c a n i s m o s envolvidos n o p r o c e s s o d e leitura n e m s e m p r e s a o c o n h e c i d o s o u c o n s i d e r a d o s por a q u e l e s q u e e s t a o e n v o l v i d o s c o m o e n s i n o / a p r e n d i z a g e m d a c o m p r e e n s a o d e t e x t o s . T e r c o n s c i e n c i a d o s f a t o r e s cognitivos q u e e s t a o envolvidos n e s s e p r o c e s s o e d e e x t r e m a relevancia e i n s t r u m e n t o d e auxilio para o professor.

N e s s e sentido, a c o m p r e e n s a o n a o se e n c o n t r a pronta, m a s e m f u n c i o n a m e n t o c o n s t a n t e e p o s s i v e l d e s e r ativada. N e s s a perspectiva d e leitura, g a n h a m relevancia a m e m o r i a , a p e r c e p c a o , o raciocinio e a l i n g u a g e m . T a l c o n c e p c a o r e c o n h e c e q u e a leitura e u m p r o c e s s o q u e c o m e c a no m o m e n t o e m q u e o c e r e b r o r e c e b e a i n f o r m a c a o visual e t e r m i n a q u a n d o e s t a i n f o r m a c a o e a s s o c i a d a a o s c o n h e c i m e n t o s previos (experiencias d e m u n d o e d e l i n g u a g e m ) q u e o Ieitor a d q u i r i u . P o d e m o s dizer q u e g a n h a m f o r c a o s c o n j u n t o s d e relacao cognitivas q u e s e e n c o n t r a m a r m a z e n a d a s na m e n t e , f o r m a n d o u m a r e d e d e informacoes q u e s a o a c i o n a d a s e d e t e r m i n a m a leitura.

C o m o v i m o s , o ato d e ler caracteriza u m a relacao d o individuo c o m o m u n d o q u e o c e r c a . O e d u c a d o r P a u l o Freire coloca q u e "a leitura d o m u n d o p r e c e d e a leitura d o texto, d a palavra". A leitura d o texto s e insere na leitura d o m u n d o , por isso a o lermos n a o p o d e m o s deixar d e ler e interpretar o m u n d o .

C o n f o r m e d e s c r e v e Lajolo ( 1 9 9 6 , p.80)

A leitura da realidade e uma confirmagao do sujeito e de sua capacidade de racionalizacao, da compreensao da realidade e m categorias. A leitura da palavra escrita, por conseguinte, instaura-se como uma leitura da representacao do mundo. A literatura recria o mundo exterior e tambem o modo de le-lo, pois sua estrutura e marcada por "vazios", por situacoes inacabadas que exigem a participacao do Ieitor para preenche-las, e desse modo, dar forma ao mundo criado pelo autor.

(19)

16

A s s i m , e nitida a c o n c e p g a o d e q u e a leitura e u m a p r e m i s s a d e a r g u m e n t o s e d e f o r m a s , v a r i a d a s nos m a i s d i v e r s o s universos d o saber, d a q u a l recria a s perspectivas f u t u r a s a s s o c i a d a s a c o n c e p c a o d o p a s s a d o e d o p r e s e n t e , d e s t a f o r m a , p o d e m o s analisar e s t a leitura d e m u n d o c o m o u m a s u b o r d i n a c a o d a s a g o e s d o h o m e m e d e s e u m o d o d e construir s e u " m u n d o " , s e u "universo", e diante d e s t a c o n s t r u c a o a leitura d e m u n d o p a s s a a ser u m a m e d i a c a o d o s fatos e a c o n t e c i m e n t o s s o b r e p o s t o s a estas c o n s t r u c o e s e t e n d e n c i a inovadoras q u e e fazer d a leitura q u e c o m p r e e n d e u m a v i s a o a m p l a u m a primazia d o saber. E m o u t r o m o m e n t o , p o d e m o s v e r a leitura d a realidade c o m a participacao inteirica d e t o d o s os s e r e s , a partir d o m o m e n t o e m q u e estes e s t a o d e fato, r e l a c i o n a d o s e interagidos c o m o fator natureza e m e i o social.

P a r a Cagliari ( 1 9 9 7 , p. 153) "Por leitura se entende toda manifestagao

linguistica que uma pessoa realiza para recuperar um pensamento formulado por outra e colocado em forma de escrita".

D e s t a f o r m a a c o m p r e e n s a o e interpretacao d a leitura e a e s s e n t i a a d q u i r i d a p e l o Ieitor a fim d e tecer s e u s c o n h e c i m e n t o s a respeitos d a linguistica e m p r e g a d a p r e s u m i n d o - s e q u e d e s t a leitura p o s s a assimilar e s t a f o r m a d e p e n s a r e d a i e s b o c a r s e u e n t e n d i m e n t o . E a e x p r e s s a o d o s s e n t i m e n t o s , daquilo q u e s e q u e r transmitir para o Ieitor.

2.3 F u n c o e s d a L e i t u r a

A leitura d o t e x t o escrito constitui u m a d a s c o n q u i s t a s d a h u m a n i d a d e . P e l a leitura, o ser h u m a n o n a o s o a b s o r v e o c o n h e c i m e n t o , c o m o p o d e t r a n s f o r m a - l o e m u m p r o c e s s o d e a p e r f e i c o a m e n t o c o n t f n u o . A a p r e n d i z a g e m d a leitura possibilita a e m a n c i p a c a o d a crianga e a assimilagao d o s v a l o r e s d a s o c i e d a d e .

C o m o diz Silva ( 1 9 8 5 , p.22-23), "a leitura, se levada a efeito critica e

reflexivamente, levanta-se como um trabalho de combate a alienagao. Dessa forma, a leitura se caracteriza como sendo uma atividade de questionamento, conscientizagao e libertagao".

P o d e m o s o b s e r v a r q u e a f u n g a o d a leitura n a o e m e r a decodificagao, m a s , a c i m a d e t u d o , interpretagao, e, s e g u n d o o p e n s a m e n t o m o d e r n o , a criagao d e u m n o v o texto, d e v e , s o b r e t u d o , viabilizar atividades q u e instiguem a escritura e o registro d o d i s c u r s o infantil, seja e m f o r m a d e prosa, seja e m f o r m a d e p o e s i a . P a r a

(20)

tanto, p o d e organizar e x p o s i c o e s e c o n c u r s o s literarios, f o m e n t a n d o o g o s t o p e l a leitura e pela escrita.

A leitura s e m d u v i d a a l g u m a facilita a c o n s c i e n t i z a c a o d a s m a s s a s , atraves d a d e s c o b e r t a , e l a b o r a c a o e d i f u s a o d o c o n h e c i m e n t o , contribuindo a s s i m p a r a a e v o l u c a o d a s o c i e d a d e . Para Silva ( 1 9 8 1 , p. 4 2 ) "Leitura e u m a atividade e s s e n c i a l a q u a l q u e r a r e a d o c o n h e c i m e n t o e m a i s e s s e n c i a l a i n d a a propria vida d o s e r h u m a n o " . A i n d a s e g u n d o Silva ( 1 9 8 1 , p. 42) a s f u n c o e s e o s tipos d e leitura e s t a o

srxpiicifadas d a seguinte f o r m a :

- E atraves d a leitura q u e o h o m e m c o n h e c e o p a t r i m o n i o historico cultural d e i x a d o pelo s e u a n t e p a s s a d o por m e i o d a escrita;

- A leitura contribui d e f o r m a significative para o s u c e s s o a c a d e m i c o d o individuo. P o r e m e necessario q u e a c o n t e c a u m p r o c e s s o d e a l f a b e t i z a c a o a d e q u a d o para q u e n a o haja s i t u a c o e s frustradoras d a a q u i s i c a o d o c u r r i c u l o escolar;

- E atraves d a leitura q u e o ser h u m a n o interage c o m o s e u s e m e l h a n t e . Ela e u m d o s principals recursos existentes n a s o c i e d a d e c a p a z d e f o r m a r u m a m a s s a critica e c o n s c i e n t e ;

- A partir d a leitura critica e c o n s c i e n t e a c o n t e c e u m e n f r a q u e c i m e n t o d e a c e s s o d o ser h u m a n o a o s m e i o s d e c o m u n i c a c a o q u e n a o requer u m a e d u c a c a o f o r m a l para a s u a r e c e p c a o . O livro c o n t i n u a s e n d o o v e i c u l o m a i s importante p a r a a criacao, t r a n s m i s s a o e t r a n s f o r m a c a o d a cultura;

- A leitura possibilita a aquisigao d e diferentes p o n t o s d e vista, c o m o t a m b e m a m p l i a e x p e r i e n c i a s , t o r n a n d o - s e importante m e i o d e d e s e n v o l v e r a originalidade e a u t e n t i c i d a d e d o s s e r e s q u e a p r e n d e m . E atraves d a leitura q u e a c o n t e c e u m ato d e c o m p r e e n s a o d o m u n d o .

P a r a Silva ( 1 9 8 1 , p. 4 1 ) ;

Sendo um tipo especifico de comunicacao, a leitura e uma forma de encontro entre o homem e a realidade socio-cuitural, o livro (ou qualquer outro tipo de material escrito) e sempre uma emersao do homem do processo historico e sempre a encarnacao de uma intencionalidade e por isso mesmo, "sempre reflete o humano". Dai a necessidade de um enfoque mais especifico sobre os aspectos da comunicacao humana, inerente a leitura.

S a b e m o s q u e a n o s s a cultura n a o privilegia o livro c o m o u m instrumento d e c o n h e c i m e n t o e a m p l i a e a o d a cultura. Q u a n d o c o m e c a m o s a ler q u e s t i o n a m o s o

(21)

18

p o r q u e d e tanta e x c l u s a o , d e t a n t a s diferengas. A s s i m o s livros s a o e s s e n c i a i s p a r a a m u d a n g a , inclusive culturais, pois o prazer d e ler, d e opinar sera u m ato voluntario d e s e m p r e s e m a n t e r atualizado.

2.4 Niveis d e L e i t u r a

A ideia d e leitura n a o deveria ser restrita a s letras, m a s s i m a t o d a s a s n o s s a s interpretagoes d o q u e a c o n t e c e ao n o s s o redor, pois e s t a s condigoes exteriores o u objetivas influem d i r e t a m e n t e nas n o s s a s condigoes interiores o u subjetivas e e s t a s e g u n d a condigao e a q u e define a f o r m a q u e interpretaremos tanto o m u n d o q u a n t o o s t e x t o s escritos ( M A R T I N S , 1994).

A relagao leitura - letras e p r e d o m i n a n t e d e v i d o a mistificagao d a p e s s o a letrada e d a i n f o r m a c a o escrita. Esta mistificagao resulta e m c o n v e n g o e s , c o m o o nivel d e leitura c o n s i d e r a d o correto e o objeto d e leitura. Estas c o n v e n g o e s a f a s t a m o s iletrados d a leitura e d a cultura e i m p e d e m o e d u c a n d o d e d e s e n v o l v e r s u a propria t e c n i c a d e a p r e n d i z a g e m e leitura.

U m d o s niveis d e leituras q u e utilizamos p a r a e n t e n d e r o m u n d o e o s e n s o r i a l . O tato, a v i s a o , o olfato f o r n e c e m a resposta m a i s imediata a s exigencias e ofertas d o m u n d o , p r o v o c a n d o prazer o u rejeigao.

O nivel e m o c i o n a l e o q u e m e n o s a d m i t i m o s e d e o n d e a d v e m n o s s a e m p a t i a c o m o t e x t o . O n e g a m o s pois a racionalizagao e a c o n s i d e r a d a correta pelos letrados o u intelectuais e a s e m o g o e s s a o c o n s i d e r a d a s e v a s a o , u m m e i o d e f u g a d o s q u e s t i o n a m e n t o s .

A leitura racional, c o n s i d e r a d a correta pelos intelectuais, d a significacao e permite o q u e s t i o n a m e n t o d a s informagoes q u e nos sao f o r n e c i d a s . O q u e s t i o n a m e n t o e a d i s c u s s a o p e r m i t e m u m a a m p l i a g a o os c o n h e c i m e n t o s . M e s m o q u e a interagao e n t r e as leituras racional, e m o c i o n a l e sensorial s e j a e s p o n t a n e a , o Ieitor le c o m o conceito d e existir s o m e n t e o certo e o e r r a d o e s u p r i m e as diversas m a n e i r a s d e s e ler, tanto e m relacao a o nivel q u a n t o a o o b j e t o d e leitura. Por isso, a b a n d o n a u m a leitura e abraga outra q u e difere d e s u a opiniao por esta ser a p r o p r i a d a a o s p a r a d i g m a s . P o r e m , a m b a s leituras p o d e m p e r t e n c e r a q u e l e objeto. A c e i t a n d o o c o n v e n c i o n a l i s m o , o Ieitor n a o d e s c o b r e s u a m a n e i r a d e ler e n a o a g r e g a a si a s informagoes m a i s pertinentes a o s e u dia-a-dia o u m o d o d e v i d a .

(22)

19

Basta q u e equilibremos os niveis d e leitura e a b r a n g e m o s outros e l e m e n t o s a l e m d a s letras para g a n h a r n o v a s interpretagoes d o s e v e n t o s d o cotidiano q u e n a o s a o percebidos e a p r o v e i t a r i a m o s a s informagoes q u e nos f o r n e c e m d e m a n e i r a m a i s proveitosa.

O ato d e ler configura-se n o resultado d a interagao d o individuo c o m o s m a i s diferentes e l e m e n t o s , constituintes d o m e i o a o q u a l e s t a inserido atraves d a q u a l m u i t o s e explica o tipo d e leitura q u e s e le, n a o s o m e n t e d a s u a cultura, m a s , a condigao d e se apropriar d e outras culturas.

Desde os nossos primeiros contatos com o mundo, perceDemos o calor e o aconchego de um bergo diferentemente das mesmas sensagoes provocadas pelos bragos carinhosos que nos enlacam. A luz excessiva nos irrita, enquanto a penumbra tranquiliza. O som estridente ou um grito nos assustam, mas a cangao de ninar embala nosso sono. Uma superficie aspera desagrada, no entanto, o toque macio de maos ou de um pano como que se integram a nossa pele. E o cheiro do peito e a pulsagao de quern nos amamenta ou abraga podem ser convites a satisfagao ou ao rechago. (FREIRE, 2003, p. 85)

A s s e n s a g o e s q u e s e n t i m o s d e s d e o n a s c i m e n t o refletem u m a e s p e c i e d e leitura o u d e n o t a a leitura e m s u a m a i s i m p o r t a n t e s integralidade, q u e e a leitura atraves d a s s e n s a g o e s . A s s i m , e n t e n d e m o s q u e a leitura e m u i t o m a i s a m p l a d o q u e ler a escrita, m a s , retrata a leitura d o s s e n t i m e n t o s , d a s a g o e s e d a s s e n s a g o e s . Ja q u e , e preciso q u e se c o n h e g a e seja c a p a z d e c o m p r e e n d e r e s t e tipo d e leitura. C o n s e g u i n t e a esta c o m p r e e n s a o d e leitura, e q u e p o d e m o s dizer q u e a n t e s m e s m o d e ler e n e c e s s a r i o nos a d e q u a r m o s a o a p r e n d i z a d o natural, e m a n a d o p e l a n e c e s s i d a d e d e c o m u n i c a g a o atraves d o proprio m e i o natural.

Martins ( 1 9 9 4 , p. 13) lembra Paulo Freire q u a n d o diz "ninguem educa

ninguem, como tampouco ninguem se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhao, mediatizados pelo mundo".

P a r a q u e haja u m a a p r e n d i z a g e m s o m e n t e e n e c e s s a r i o q u e o i n d i v i d u o esteja integrado a o m e i o social, o u seja, o m u n d o e o maior m e d i a d o r d a a p r e n d i z a g e m , j a q u e e s t a n d o no c o n v l v i o s o c i a l , p a s s a m o s a adquirir n o s s a a p r e n d i z a g e m por m e i o d a s culturas, d o s habitos e d a influencia q u e e s t e m e i o n o s p r o p o r c i o n a . A s s i m , a a p r e n d i z a g e m e m a n a d a n e c e s s i d a d e q u e t e m o s d e n o s c o l o c a r m o s a o " m u n d o " , c o m o d i s c i p u l o s e a p r e n d i z e s d e vivencia, c o n v i v e n c i a e s o b r e v i v e n c i a ( M A R T I N S , 1994, p;25).

(23)

20

E x i s t e m quatro niveis d e leitura. R e p a r e q u e s a o " n i v e i s " e n a o "tipos", p o r q u e o s niveis m a i s altos a b s o r v e m os m a i s baixos. S a o eles, d o m a i s baixo para o m a i s alto:

1 - L e i t u r a E l e m e n t a r - c o r r e s p o n d e a o nivel e n s i n a d o na escola primaria. A p r e o c u p a c a o d e quern le n e s s e nivel e c o m a l i n g u a g e m e m si, a d e c o d i f i c a c a o d a escrita, q u e c o m qualquer outra coisa. A p e r g u n t a q u e norteia e s s e nivel e: " O q u e a f r a s e diz?".

2 - L e i t u r a A v e r i g u a t i v a ( t a m b e m c h a m a d a d e "pre-leitura" o u

" g a r i m p a g e m " ) - e s t e nivel e voltado para a m e l h o r a v a l i a c a o p o s s i v e l d e u m t e x t o

o u livro n u m p e r i o d o curto d e t e m p o . Por e x e m p l o , q u a n d o e s t a m o s d e p a s s a g e m por u m a livraria, v e m o s u m livro q u e p a r e c e interessante e p r e c i s a m o s saber s e e l e e b o m a n t e s d e d e c i d i r m o s s e v a m o s c o m p r a - l o . Existem a l g u n s b o n s m a c e t e s para isso, d o s quais t r a t a r e m o s m a i s adiante. Por ora, b a s t a saber q u e a p e r g u n t a basica d e s t e nivel e: "Este livro e sobre o q u e ? " .

3 - L e i t u r a A n a i i t i c a - e a leitura c o m p l e t a , a m e l h o r q u e s e p o d e fazer, ativa por e x c e l e n c i a . No dizer d e A d l e r ( 2 0 0 4 ) , " s e a leitura averiguativa e a m e l h o r q u e s e p o d e fazer n u m d e t e r m i n a d o p e r i o d o d e t e m p o , e n t a o a leitura anaiitica e a m e l h o r leitura p o s s i v e l q u a n d o n a o existe limite d e t e m p o " . E u m nivel d e leitura v o l t a d o b a s i c a m e n t e para a c o m p r e e n s a o , d e m o d o q u e , s e s e u objetivo e a p e n a s i n f o r m a c a o o u e n t r e t e n i m e n t o , ele p o d e n a o ser necessario.

4 - L e i t u r a S i n t o p i c a o u C o m p a r a t i v a - implica a leitura d e muitos livros s o b r e u m certo t e m a , p o n d o - o s e m relacao u n s c o m o s outros e c o m o t e m a . E s t u d a n t e s d e Ciencias H u m a n a s s a o o b r i g a d o s a se familiarizar c o m ela. E o nivel m a i s dificil d e se alcancar, e nao ha pleno a c o r d o sobre s u a s regras. P o r e m , e t a m b e m o m a i s r e c o m p e n s a d o r d e t o d o s o s niveis.

2.5. T i p o s d e L e i t u r a

O s tipos d e leituras s a o m o m e n t o s e m q u e n o s d e p a r a m o s c o m c a d a contexto o u e x p r e s s a o d o q u e e s t a m o s lendo e a p r e n d e n d o . A s s i m s e n d o , a leitura p o d e ser o u v i d a , vista o u f a l a d a . U m texto escrito p o d e ser d e c i f r a d o e d e c o d i f i c a d o por a l g u e m q u e t r a d u z o escrito n u m a fala. E s s e tipo d e leitura o c o r r e m a i s c o m u m e n t e nos primeiros a n o s d e e s c o l a , no t r a b a l h o d e certos profissionais, e e m raras situacoes para a maioria d a s p e s s o a s . E m geral n a o l e m o s e m v o z alta, f o r a d a e s c o l a . E, q u a n d o a l g u m a s p e s s o a s s a o solicitadas a ler, e n v e r g o n h a m - s e , d a o

(24)

d e s c u l p a s d i z e n d o q u e n a o s a b e m ler direito etc. Isso p o r q u e a leitura oral, f a l a d a , e vista, e m geral, d e v i d o a o s preconceitos linguisticos d a s o c i e d a d e , c o m o d e v e n d o ser a realizacao plena d o dialeto-padrao n o s e u nivel m a i s f o r m a l ( M A R T I N S , 1 9 9 4 ) .

A leitura oral e feita n a o s o m e n t e por quern le, m a s p o d e ser dirigida a o u t r a s p e s s o a s q u e t a m b e m " l e e m " o texto o u v i n d o - o . O s primeiros contatos d a s c r i a n c a s c o m a leitura o c o r r e m d e s s e m o d o .

A leitura oral, falada o u o u v i d a , p r o c e s s a - s e f o n e t i c a m e n t e d e m a n e i r a s e m e l h a n t e a p e r c e p c a o auditiva d a fala. A leitura visual, falada o u silenciosa, a l e m d e por e m f u n c i o n a m e n t o o m e s m o m e c a n i s m o d e p e r c e p c a o auditiva d a fala p a r a a d e c o d i f i c a c a o d o t e x t o , precisa por e m a c a o o s m e c a n i s m o s d e d e c i f r a c a o d a escrita.

D e a c o r d o c o m Silva e Z i l b e r m a n ( 1 9 9 8 : 1 1 2 - 1 1 3 ) ;

Compreendida dialeticamente, a leitura tambem pode se apresentar na condicao de um instrumento de conscientizacao, quando diz respeito aos modos como a sociedade, em conjunto, repartida em segmentos diferentes ou composta de individuos singulares, se relaciona ativamente com a producao cultural, isto e, com os objetos e atitudes em que se depositam as manifestacoes da linguagem, sejam estas gestuais, visuais ou verbais (oral, escrita, mista, audiovisual). Neste caso, a leitura coloca-se como um meio de aproximacao entre os individuos e a producao cultural, podendo significar a possibilidade concreta de acesso ao conhecimento e agudizacao do poder de critica por parte do publico Ieitor.

G e r a l m e n t e , o primeiro contato q u e s e tern c o m leitura e atraves d a leitura auditiva, isso p o r q u e e m f a m i l i a tal e x p e r i e n c i a seria u m a d a s primeiras vividas p e l o ser h u m a n o , e m s e q u e n c i a c o n v e r s a s , a s m e n s a g e n s o u v i d a s p e l o radio, t e l e v i s a o . S e n d o q u e , ouvir a leitura seria similar a ler c o m o s olhos, a diferenga esta por q u a l c a n a l tal i n f o r m a c a o c h e g a a o cerebro. Entretanto, n o s s a cultura valoriza a leitura silenciosa visual e m d e t r i m e n t o da leitura oral. Isto por a p r e s e n t a r v a n t a g e n s c o m o u m a maior rapidez n a leitura, f a v o r e c e u m a m a i o r reflexao, s e n d o p o s s i v e l resgatar t r e c h o s os q u a i s n a o h o u v e u m total e n t e n d i m e n t o .

N o q u e s e refere a leitura visual, e s s a e n c o n t r a s e u e s p a c o por ser d i n a m i c a , interessante, no entanto, u m a escrita s e m i m a g e m permite a o Ieitor soltar s u a i m a g i n a c a o c r i a n d o - a s d e a c o r d o c o m s e u s s e n t i m e n t o s e i m p r e s s o e s . A s s i m ,

(25)

22

A leitura oral, falada ou ouvida. processa-se foneticamenie m maneira semelhante a percepcao auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, alem de por em funcionamento o mesmo mecanismo de percepcao auditiva da fala para decodificacao do texto, precisa por em acao os mecanismos de decifracao da escrita. (CAGLIARI, 1996, p. 18)

Isso p o r q u e n a o existe leitura s e m decifragao d a escrita, para tanto s e f a z n e c e s s a r i o d o m i n a r a s estrategias d e decifracao, o u seja, o q u e e ? P a r a q u e s e r v e ? C o m o f u n c i o n a ? etc., c o m p l e t a n d o c o m o s a s p e c t o s neurolinguisticos p r o d u z i n d o a fala c o r r e s p o n d e n d o a o e n t e n d i m e n t o e/ou a r e p r o d u c a o d o texto, e n v o l v e n d o n e s s e p r o c e s s o a s p e c t o s biologicos c o m o a impatia, na q u a l d e f o r m a s i n c r o n i z a d a a c o n t e c e a fala, sua p r o d u c a o e p e r c e p c a o , a a n e s t e s i a auxilia n e s s e p r o c e s s o t r a n s f o r m a n d o e s s a analise d e c o m p o r t a m e n t o biologico, s o b r e t u d o , m u s c u l a r e s e m c o m a n d o s s o b controle pela f a l a n t e , indissociaveis no u s o d a l i n g u a g e m , seria o significado e o significante, pois, t o d a leitura p r e s s u p o e u m a d e c i f r a c a o e u m a codificacao, s e n d o u m a s p e c t o particular d e c a d a individuo, d e v e n d o ser r e s p e i t a d o c a d a ritmo, na d e s c o b e r t a e no d o m i n i o d e tal habilidade. A s p e c t o e s t e , m u i t a s v e z e s i g n o r a d o por p r o f e s s o r e s q u e b u s c a m u m a a p r e n d i z a g e m h o m o g e n e a e regular, c a u s a n d o a s s i m prejuizos para a q u e l e s q u e n a o a t e n d e m a e s s a s perspectivas.

(26)

23

3 F O R M A C A O E E S T A G I O

3.1 P r o c e d i m e n t o s M e t o d o l o g i c o s

O P r e s e n t e t r a b a l h o Intitulado o p o r t u n i z o u realizar q u e s t i o n a m e n t o s , reflexoes e d i s c u s s o e s referentes a t e m a t i c a c o m os professores d a Escola Estadual d e E n s i n o F u n d a m e n t a l D e s e m b a r g a d o r Boto, localizada n a c i d a d e d e Cajazeiras - P B , c o m os s e g u i n t e s objetivos: Discutir a importante d a leitura no p r o c e s s o d e m e d i a c a o d a a p r e n d i z a g e m e d o c o n h e c i m e n t o ; A n a l i s a r o s f a t o r e s q u e dificultaram o p r o c e s s o d a leitura; Caracterizar as praticas d e leituras v i v e n c i a d a s e m sala d e a u l a .

P a r a realizacao d e s t e t r a b a l h o , o p t a m o s por u m e s t u d o d e carater exploratorio q u e na visao d e G o n c a l v e s ( 2 0 0 1 , p, 6 5 ) "se caracteriza p e l o d e s e n v o l v i m e n t o e e s c l a r e c i m e n t o d e ideias c o m o objetivo d e o f e r e c e r u m a v i s a o p a n o r a m i c a , u m a primeira a p r o x i m a c a o a u m d e t e r m i n a d o f e n o m e n o q u e e p o u c o e x p l o r a d o " . D e s s e m o d o , c o n s o l i d a m o s n o s s o primeiros c o n t a t o s c o m o f e n o m e n o a ser p e s q u i s a d o e q u e p o s t e r i o r m e n t e servirao d e b a s e para u m m a i o r a p r o f u n d a m e n t o s o b r e a t e m a t i c a e m e s t u d o

Utilizamos o s m e t o d o s quantitativos e qualitativos. O m e t o d o q u a n t i t a t i v e s e g u n d o R i c h a r d s o n ( 1 9 9 9 , p. 7 0 ) , "representa, e m principio, a intencao d e garantir a precisao d o s resultados, evitar d i s t 4 o r c o e s d e analise e i n t e r p r e t a c a o m , possibilitando, c o n s e q u e n t e m e n t e , u m a m a r g e m d e s e g u r a n c a q u a n t o a s inferencias", d e s s a f o r m a , s e constitui e m e x c e l e n t e s u b s i d i o para a n a l i s a r m o s o p r o b l e m a c o m m a i s precisao.

O m e t o d o qualitativo, d e a c o r d o c o m G o n c a l v e s ( 2 0 0 1 , p. 6 8 ) , " p r e o c u p a - s e c o m a c o m p r e e n s a o , c o m a interpretacao d o f e n o m e n o , c o n s i d e r a n d o o significado q u e os o u t r o s d a o a s s u a s praticas", a s s i m , a a p r o x i m a c a o e n t r e p e s q u i s a d o r e universo p e s q u i s a d o possibilita trabalhar o s p r o c e s s o significativos q u e d e t e m d e t e r m i n a d o s s e r e s , tais c o m o : c r e n c a s , v a l o r e s , c o s t u m e s e c o n c e p c o e s .

C o m relacao a o instrumento utilizado p a r a a colefa d e d a d o s , o p t a m o s p e l o q u e s t i o n a r i o cujas f u n c d e s principals, d e a c o r d o c o m R i c h a r d s o n ( 1 9 9 9 , p. 189) s a o : "descrever a s caracteristicas e m e d i r d e t e r m i n a d a s variaveis d e u m g r u p o social", constituindo-se n u m instrumento a d e q u a d o e d e facil d e c o d i f i c a c a o , c o m o t a m b e m , p r o p o r c i o n a c o m p a r a c o e s c o m o u t r o s d a d o s r e l a c i o n a d o s a o t e m a .

(27)

24

Para a l c a n c a r n o s s o s objetivos e s t a b e l e c e m o s u m p o s s i v e l p e r c u r s o : identificar a s dificuldades d e leitura d o s a l u n o s atraves d e o b s e r v a c o e s d a a u l a pratica d e quatro professores d o e n s i n o f u n d a m e n t a l ; refletir s praticas d e leitura d e s e n v o l v i d a s e m sala d e a u l a ; r e c o n h e c e r a s a b o r d a g e n s teoricas nas q u a i s s e e n q u a d r a m as praticas d e leitura d o s professores; a p r e s e n t a r s u b s i d i o s p a r a reflexao s o b r e o p r o c e s s o d e a q u i s i c a o d e leitura d o s a l u n o s e; contribuir para q u e os e d u c a d o r e s a d o t e m u m a pratica p e d a g o g i c a q u e v a d e e n c o n t r a a s n e c e s s i d a d e s reais d o e d u c a n d o n o q u e s e refere a o p r o c e s s o d e a q u i s i c a o d a leitura.

A p o s a e t a p a d e l e v a n t a m e n t o s d e d a d o s r e a l i z a m o s a a n a l i s e d o material coletado c o m b a s e nas a f i r m a c o e s d o s p r o f e s s o r e s e f u n d a m e n t a d o n a s c o n c e p c o e s d o s a u t o r e s e s t u d a d o s . O n o s s o proposito foi oportunizar m o m e n t o s d e d i s c u s s a o e reflexao para u m m e l h o r d i r e c i o n a m e n t o d a s atividades referentes a s s u a s praticas m e t o d o l o g i c a s e m sala d e aula.

A s atividades f o r a m d e s e n v o l v i d a s atraves d e a p r e s e n t a c a o e d i s c u s s a o d e t e x t o s b a s e a d o s n o referencial t e o r i c o c o m o intuito d e refletir e a m p l i a r o c o n h e c i m e n t o d o s p r o f e s s o r e s s o b r e a t e m a t i c a e a s s i m , contribuir p a r a a efetivagao d e u m a pratica p e d a g o g i c a c o e r e n t e c o m a s n e c e s s i d a d e s d o s a l u n o s .

(28)

25

3.2 Caracterizacao da Escola

A Escola Estadual de Educacao Infantil e Ensino Fundamental Desembargador Boto foi fundada no dia 19 de abril de 1931. E composta por mais de 100 alunos; oferece tres turnos de funcionamento, sendo, pois, distribuidos da seguinte forma: no periodo da manna e tarde funcionam a Educagao Infantil e o I e II Ciclos do Ensino Fundamental; no periodo da noite, funciona o EJA - Educacao Jovens e Adultos. O planejamento escolar acontece semanalmente. O quadro de professores conta com 11 educadores, sendo 7 do quadro efetivo, 3 contratados e 1 protempore.

Quanto a estrutura, a escola passou por uma reforma. Contudo, como toda escola, precisa-se de alguns ajustes. Um dos problemas que a escola passa e a falta da participacao da comunidade, a qual nao ajuda. No entanto, existe o acompanhamento por parte dos pais e responsaveis pelos alunos, atraves de reunifies, onde o aluno tern esse acompanhamento desde pequeno.

A avaliacao usada na escola condiz ao metodo tradicional. A leitura e a escrita sao usadas como trabalhos de sala de aula. Semestralmente sao realizadas as reunifies gerais com toda a escola, ja as reunifies pedagogicas sao realizadas semanalmente. O contato com a familia e feito desde o ato da matricula.

No que se refere a estrutura administrativa e de apoio, a escola conta no setor administrative com um quadro de apoio bastante eficiente oferecendo boa qualidade de apoio a escola. A secretaria possui material necessario, como sendo, bireau, cadeiras, estantes, materials de expediente, dentre outros. A escola nao possui uma biblioteca em virtude do pouco espaco que a escola dispfie, no entanto, e na secretaria que estao distribuidos livros diversos os quais servem para o bom rendimento de leitura dos alunos. E valido frisar que estes livros so existem gracas a doacfies de terceiros.

As instalacfies eletricas, sanitarias e hidraulicas sao de boa qualidade. As salas sao amplas, arejadas, possuem ventiladores e janelas, iluminadas. Como recursos tecnologicos e didaticos a escola dispfie de DVD, Tv, aparelho de som. A escola nao possui gremio, times, coral por falta de espaco e incentivo por parte do governo do Estado. A verba disponibilizada e quase que insuficiente para manter o

(29)

20,

3.3 Analise dos dados

De inicio, foi aplicado um questionario com quatro professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Desembargador Boto para responderem a questoes individualmente. As primeiras questao buscam visualizar os seguintes resultados, conforme demonstra a tabela abaixo

Tabela 1 - Distribuicao conforme faixa etaria, sexo, formagao escolar.

tempo de atuacao. I VARIAVEIS f % • Faixa Etaria 25 - 30 anos 01 25 31-35 anos 01 25 36 - 40 anos 01 25 A'i A K -a rs r\ c T I TV UM V^/ 01 TOTAL 04 100 * Sexo Masculino 00 00 Feminino 04 100 TOTAL 04 100 • Formagao

Nivel Medio (Magisterio) 01 25

Nivel Superior (Pedagogia) 03 75

TOTAL 04 100

• Tempo de atuagao

01 - 10 01 25

11-15 03 75

TOTAL 04 100

Fonte: Questionario aplicados com professores da Escola.

Como mostra a tabela acima, os professores possuem uma boa experiencia em sala de aula, e de acordo com o nivel de formagao percebe-se que estao buscando novos conhecimentos, novas maturidades diante da sala de aula.

Questionados os professores s e gostam de ler, todos afirmaram que gostam de ler, justificando ser a leitura importante para compreender a si mesmo e o mundo; desenvolver a inteligencia; aprofundar os conhecimento e trazer um bom desenvolvimento intelectual e social na vida profissional e leva a descobrir como trabalhar com os alunos, porem, nao ha muita compreensao.

(30)

27

Indagados s e os s e u s alunos gostam de ler, os resultados foram os

seguintes:

Figura 1 Questionario aplicados com professores da Escola.

Os professores, num total de 50% responderam que sim e justificaram sua resposta atribuindo ao fato de que, desenvolve atividades de leitura e os mesmo desempenham com um trabalho otimo.

Os outros 50%, disseram que ainda nao foi possivel fazer uma avaliacao sobre leitura, pois e cedo para isso, haja vista as aulas estarem apenas iniciando.

E compreensivel que todos os professores apontem o gosto pela leitura, afinal, sua profissao requer esse gosto, e com isso, fica mais facil transmitir esse gostar para os seus alunos de maneira mais facilitadora.

No que diz respeito s e os professores costumam fazer atividades de

leitura com s e u s alunos todos os professores responderam que sim.

Constatou-se por ocasiao do estagio que os professores ainda enfrenta dificuldades para desenvolver o processo de leitura, muitos professores mostram-se preocupados com o aprender de maneira decorada, sem muita atencao a leitura. No entanto, percebemos que alguns professores tern dificuldade de trabalhar a leitura com seus alunos por nao saberem por onde comecar esse processo a fim de incentivar estes a lerem.

Quanto ao numero de vezes em que desenvolve atividades de leitura com os alunos todos disseram que realizam atividades de leitura mais de tres

(31)

28

E precise- nao so trabalhar a leitura em determinados momentos, mas sim, em todos os momentos, ou seja, na atividade de matematica, de arte, de ciencias, enfim, em qualquer que for o momento ou a ocasiao, a leitura deve estar sempre em evidencia para uma boa aprendizagem.

No que concerne aos recursos utilizados pelo professor em sala de aula

para trabalhar a leitura, obtivemos as seguintes respostas, todos citaram jornais,

revistas, gibis, livro didatico, dentre outros. Notamos claramente que os professores recorrem aos mais diversos meios de leitura. Isso mostra que existe uma variedade de recursos textuais que podem ser trabalhado em sala de aula. No entanto, e preciso ver aqueles que mais chamam a atencao do aluno para que nao o desmotive na hora de ler.

Os alunos estao sempre buscamos coisas novas, interessantes, novidades, algo que o desperte para a curiosidade. A leitura de revistas, jornais, quadrinhos, podem ser instrumentos facilitadores do processo de leitura por parte do aluno, e preciso saber adequar esta variedade de instrumentos ao cotidiano escolar para que nao torne um momento de desconforto para o aluno que nao consegue ainda, no dado momento, desenvolver uma leitura segura e prazerosa.

Indagados quanto ao tipo de leitura que utiliza com os alunos, as respostas obtidas apontaram que:

j

25%

25%

L

50%

• Leitura oral • Leitura oral e silenciosa • Leitura silenciosa

Figura^. Questionario aplicado com os professores da Escola

Observa-se que 50% dos professores disseram que utilizam a leitura oral; 25%, disseram utilizar tanto a leitura oral quanto a silenciosa; e, 25% disseram utilizar a leitura silenciosa.

(32)

29

Atraves dos autores estudados, existem uma variacao de leitura, assim, e preciso que se saiba o tipo de leitura que deve ser trabalhada em dado momento, pois as leituras requerem ocasioes especiais.

Os professores foram indagados quanto a desenvolver alguma atividade de

motivacao antes de iniciar uma atividade de leitura, todos os professores

responderam que sim.

Questionados os professores se sentem dificuldades para trabalhar leitura

com os alunos, observa-se que:

75%

25% 75%

Figura 3. Questionario aplicado aos professores da escola

Observa-se que 75% dos professores disseram nao; e, 25% disseram que sim.

Indagados caso exista dificuldade para trabalhar a leitura, o que voce faz para supera-la, obtivemos as seguintes respostas:

"Quando existe dificuldade para trabalhar a leitura procuro leitura mais facets de

ler, como musicas de ninar, frases, parlendas, etc" (PA)

"Para supera-la trabalho com texto, recorte, colagem, etc". (PB)

"Atraves de figuras, mostrando ao aluno a importancia de cada letra". (Pc)

"Trabalho a concentragao do aluno. Isso faz com que o aluno nao se distraia e

possa ouvir os outros com atengao". (PD)

Conforme as respostas dos professores, todos eles buscam trabalhar a leitura de maneira prazerosa, recorrendo aos varios meios necessarios para implementar uma leitura dinamizadora e que desperte nos seus alunos o habito para ler.

(33)

30

O que voce entende por leitura?

"Como a leitura e um processo de compreensao, entendo que a mesma e de

fundamental importancia para desenvolver um objeto de ensino" (PA).

"Leitura sao novos conhecimentos e descobertas para a nossa aprendizagem".

(PB)

"A leitura e um mundo de aprendizagem e a cada dia uma nova descoberta".

(Pc)

"Entendo que a leitura e um processo de compreensao na qual se constroem significados sobre textos. E a arte de char e rechar, possibilitando ao sujeito o desenvolvimento da logicidade, criticidade num processo de compreensao e

construgao". (PD)

Os professores eles mostram bastante maturidade na maneira de expressar seus conhecimentos da leitura, ou seja, as suas definicoes apresentam qualidade e objetividade. A maneira de ver a leitura como uma compreensao para o conhecimento nos revela que os professores estao buscando dentro de suas possibilidades trabalhar a leitura de maneira mediadora da aprendizagem para a formacao de cidadaos criticos e reflexivos.

Qual a importancia da leitura?

"A leitura e de grande relevancia, porque amplia a visao do mundo, permite a

compreensao da comunicagao tanto oral quanto escrita". (PA)

"E de um bom desenvolvimento intelectual". (PB)

"Se o aluno ler ele e capaz de desenvolver melhor suas atividades com a leitura

podemos criarnossas proprias historia". (Pc)

"E extremamente importante porque proporciona o desenvolvimento do sujeito enquanto ser social, que busca o conhecimento por meio de um processo de

construgao de significados". (PD)

Os professores nas suas falas revelam o quanto os mesmos dao importancia a leitura e esse conhecimento pode ser repassado para os seus alunos para assim, estes tambem se deixarem participar do processo de leitura em prol de um maior conhecimento e da propria aprendizagem.

DECAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMACAO DE PROFESSORS BIBLIOTECA SETORJAL

Referências

Documentos relacionados

anteriores (dos ultimos 5 anos, se diferente do atual empregador e se aplicável): Endereço: Cidade/Estado: CEP: Telefone: Cargo: Nome e sobrenome do

Preliminarmente, alega inépcia da inicial, vez que o requerente deixou de apresentar os requisitos essenciais da ação popular (ilegalidade e dano ao patrimônio público). No

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

1595 A caracterização do repertório de habilidades sociais dos alunos do Grupo com Baixo Desempenho Acadêmico (GBD) e do Grupo com Alto Desempenho Acadêmico (GAD),

O desenvolvimento desta pesquisa está alicerçado ao método Dialético Crítico fundamentado no Materialismo Histórico, que segundo Triviños (1987)permite que se aproxime de

4 Este processo foi discutido de maneira mais detalhada no subtópico 4.2.2... o desvio estequiométrico de lítio provoca mudanças na intensidade, assim como, um pequeno deslocamento