• Nenhum resultado encontrado

Inventário florestal do manguezal do cocó

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Inventário florestal do manguezal do cocó"

Copied!
38
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CINCIAS AGR4RIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

INVENTARIO FLORESTAL DO MANGUEZAL DO

rocá

SORAYA VANINI TUPINAMBIcç

Disserta0o apresentada ao departamento Engenharia de pesca do Centro de Ciências Agraria da Universidade Federal do Ceara, para obten0o do titulo de Engenheira de Pesca

FORTALEZA - CEARA

- 1994.1 -

(2)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

T841i Tupinambá, Soraya Vanini.

Inventário florestal do manguezal do Cocó / Soraya Vanini Tupinambá. – 1994. 36 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1994.

Orientação: Prof. Dr. Mauro Ferreira Lima. 1. Manguezais. I. Título.

(3)

Comisso Examinadora

Prof. Adjunto Mauro Ferreira Lima - Professor Orientador

Prof. Adjunto Luciano Lobo Mesquita

Prof. Adjunto Pedro de Aucantara Filho

Visto:

Prof. Luis Pessoa Arag&o

Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. MoisÉ4s de Almeida

(4)

eg ci c ± m r-a

Expresso agradecimentos sinceros ao meu orientador proT. Mauro Ferreira Lima, pela cooperaço incentivo e amizade.

A equipe técnica do projeto de desenvolvimento florestal Integrado do Nordeste do Brasil. PNUD/FAO/IBAMA, inclusive pela cesso das imagens e carta cartográfica, bem como estrutura ne-cessária a execuçl4o do trabalho em escritório.

Aos companheiros Carlos Décimo, Claudio Barbosa, Cleber Ro- za, Jefferson Souza, Luizianne Lins, Moreira, Nicolau Bussons e Socorro que colaboraram sobremaneira na concretizaç&o deste tra-balho.

Finalmente, também agradeço a minha família e a todos aque-les que colaboraram com a elaboraçAo deste trabalho.

(5)

I Nil- R DED.UrinID

Os manguezais ocorrem na costa. brasileira indo do Oiapoque (04c'30'N) no extremo setentrional at Lacuna (2Ec'30'S) em Santa Catarina, nessa extensão os manguezais apresentam variadas dife-renciaçbes no âmbito do relevo, solo, estrutura de bosque, parti - metros -físico-químicos alem de diferentes formas de ocupação do espaço litorâneo por parte das populaçbes.

0 manguezal é um sistema ecológico tropical dominado por espécies vegetais típicas (manques),.-As quais se associam outros componentes vegetais e animais, adaptados a um solo periodicamen-te inundado pela mares, com grande variação de salinidade. Cons-titui um dos ecossistemas mais produtivos do planeta.

Apesar do mar territorial brasileiro representar uma Area equivalente a 40% de terras emersas as águas mais produtivas desse mar são aquelas associadas a linha de costa (CIRM, 1981).

Tal produtividade é Justificada pelo aporte de nutrientes inorgânicos que é transportado pelas águas fluviais, sendo trans-formado em matéria orgânica e transferido aos ecossistemas vizi-nhas. Os sistemas hídricos superficiais (água salgada e Agua do-ce) so de suma importância para o etassistema manguezal.

0 Estado do Ceara tem aproximadamente uma Area total de 21.848,3 ha, distribuídos nas zonas estuarinas de 11 (onze) rios e nas Areas litorgneas do município ttW Itarema. Pode-se verificar que os maiores manguezais esto localizados no litoral Oeste do estado, destacando-a os existentes 00 -complexo estuarino do rio Timonha, com participa0o de 44,517. 0.725,6 ha) do total quanti-

(6)

ficado. A menor area encontrada esta situada no rig Facoti re- presentado 0, 9% deste total (FUNCEME, 1988).

A ocupaáo do litoral sempre previlegiou por parte das co- munidades Areas que fornecessem abriqo recursos exploráveis (peixes, crustáceos, ostras, madeira,...) e é por essa razIo cue observamos o suroimento de grandes centros urbanos ligados origi-nalmente a area de manguezais, -tais como: as cidades de Sao Luiz, Recife, Maceig, Fortaleza, Aracaiú, Salvador, Vitoria, Rio de Ja-neiro, Santos (So Paulo), Florianópolis, Porto Alegre.

Do ponto de vista ecológico, a veoeta0o do mangue prove a-limentos e retem detritos sendo que, neste ambiente, os crustáce-os saro abundantes refugiando-se em galerias escavadas no

substra-to ou correndo sobre a superfície do solo e até mesmo subindo nas

Arvores. As raízes do mangue servem de substrato a um grande nil - mero de bivalves(ostras por exemplo)e seu intrincado sistema ser-ve de proteç'ao as larvas de muitos organismos que ai desovam (SCHAEFFER-NOVELLI, 1989).

Os manouezais tem sofrido ao longo dos séculos variados im- pactos de origem antropica, tal fato pode ser observado através das estatísticas de pesca artesanal e industrial.

No caso do manguezal do coot), tais impactos 5,15o evidentes ,

é notório a press 'ao do mercado mobiliário, a destrui0o dos man- guezais para construc&o de residências implanta0o de salina , contamina0o, extra0o de madeira, esgotos industriais. Despejado

no riacho Timbó (afluente do rio Coco) proximo a CEASA, hidrata - gao de cal próximo ao Caetel&o, e o depósito de lixo do Jangurus-

(7)

O sucesso da conservacCao de qualquer area costeira depende- rá da administrac'áo de todo o ambiente associado. Esta adminis- tra0o deve ser aplicada a uma unidade representativa do ambien-te, maior que os limites do próprio ecossistema.

Apesar da utiliza0o irracional do manguezal, ó possível o desenvolvimento de varias atividades que no promovam sua decra - da0o , e que pelo contrário o afirme como uma area onde aqueles que dela retiram seu sustento comprometam-se com sua preserva0o tais como : aquicultura, cria ao de abelhas, pesca racional (es-portiva e de subsistencia), atividades recreativas, educa0o am-biental.

Tais atividades devem ser levadas a cabo pois na defesa da integridade do ecossistema manguezal deve-se levar em conta a im-portgncia no sentido de parantir a qualidade de vida as popula-Oes que vivem nas suas proximidades e o papel que estas cumprem na sua preservaçao.

No caso do ecossistema manguezal, é necessário conhecer sua estrutura e funco, alem de se avaliar as respostas aos tensores que atuam sobre o sistema (Cintron & Schaeffer-Novelli, 1981;An - tron, 1967).

Objetivamos fornecer informaçbes sobre a estrutura do man - guezal do Cocó ; e esperar que esses dados sirvam para efeito de uma política de preservaçao, manejo, e gerenciamento costeiro.

-As espécies encontradas no manguezal do cocó so: Avicennia oerminans (Linnaeus)

(8)

Manaue Preto, siriúba, canoe

Arvores ate 20 m de altura e casca esfoliada encontradas mais distantes do leito do rio e é a espécie que apresenta maior tolerância ao sol. 0 limite fisiolócico que tolera é de 90 ppm. (FAO, 1999).

Sua amplitude de inundaço é grande , embora nas zonas maior inundaçao seja impossível competir com outras espécies

possui grande número de pneumatOforos em forma de lapis cuja al-tura tem relaçao com a profundidade de inundaçao . Pode suportar períodos de seca.

Esta d? a espécie mais resistente per sua alta tolerância ao sal. Se reconhece por suas folhas lanceoladas, com finos pelos no

lado inferior.

Suas folhas possuem sistemas glandulares de excreçao do ex-cesso de sal absorvido.

0 tronco de Avieennia e utilizado como mastro de jangada e na fabricaçao de outras peças que fiquem em contato direto com o mar devido sua grande resistância á salinidade, é também utiliza-do na construçao de casas e para lenha.

Laauncularia racemosa (Gaerth) Mangue branco ou manso

Arvore com altura de ate 20m. de altura, mais frequentemen- te arbustos ou árvores pequenas.

As folhas sobre os galhos esto orientados verticalmente e so menores que as do mangue vermelho.

(9)

Apresentam um drande desenvolvimento de lenticelas , estru- turas celulares que permitem trocas gasosas.

Rhizonhora mangle (Linnaeus)

Manoue vermelho, bravo, sapateiro, mangue de pendo

Arvores com altura de 9 a 12 m encontrada ao londo dos canais e leito dos rios, possui inúmeras raizes que partem de seu tronco responsáveis por sua sustenta0o em meio a solos lamacen-tos, tais raizes so denominadas raizes escoras que se constituem também em uma adaptao a fatores adversos como alta saLinidade e baixa aera0o . Ha sobre as raizes pequenos orifícios , chamados lenticelas, responsáveis pela absorOo de ar. 0 mangue vermelho é uma planta vivipara, as sementes germinam no interior do fruto e só se desprendem da árvore quando alcançam um nível de tesenvol - vimento, atingindo assim o solo ou so levados pela maré para ou-tros lugares.

Sua madeira é utilizada como ripas , caibros e linhas além de fornecer lenha para consumo doméstico .' Apresenta ainda pro - priedades medicinais sendo indicado para o tratamento da desinte-ria e das hemorragias, através de infuso da casca de seus tron - cos, de acordo com o conhecimento popular.

(10)

"1- E-_ NI E-21- C3ID CD S

A metodologia utilizada para realizaço deste trabalho constou das seguintes etapas:

Interpretaçáo visual das imagens em papel TM-5/LANDSAT,em composiçáo preto e branco (bandas 3 e 5) impressas em papel na escala de aproximadamente 1:100.000 datadas de Julho de 1992

processadas pelo INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais).

A regiáo do Estuário do Cocó foi utilizada com o auxilio de carta cartográfica na mesma escala (1:100.000) elaboradas pela SUDENE e Diretoria de Serviço Geográfico em 1968. A carta utili - zada foi a de número 084/685. Também foi consultado o mapa de ve-getaçáo do Ceara (IPLANCE).

Localizada a area do manquezal do Cocó elaborou-se "over - lay" desta 'area.

guantificaçáo das areas.

Delimitada a area do manguezal quantificou-se a mesma atra-

vés de papel milimetrado . Esse método de contagem foi utilizado

por se mostrar eficiente e por no dispormos de equipamentos di - gitais.

Como a escala das imagens e da carta cartográfica eram de 1:100.000, cada milimetro quadrado contado correspondiam a 1 (um)

hectare.

Amostragem.

As unidades amostrais (parcelas) foram distribuídas aleato- riamente, cada parcela media 20x25m (500m-11) . As parcelas foram

(11)

delimitadas para facilitar a obtençao dos dados dendometrica •

Para efeito de delimitaç&o das parcelas foi utilizado cordo de nailon, sendo a mediço obtida com fita métrica (trena de 30 m) e piquetes de madeira . A medida que as Arvores eram medidas iam sendo marcadas com um corte de faco para evitar recontagem de indivíduos.

Segundo Schaefer e Novelli, o sentido das parcelas foi to - mado perpendicular aos gradientes ambientais . Um total de 6 (seis) parcelas foram amostradas durante os meses de Outubro e Novembro de 1993. Foi feita a analise preliminar da variabilidade dos dados obtidos no estudo , estabelecendo o número de amostras necessárias para atingir os níveis de preciso exigido ou seja 207. de erro.

Nas parcelas foram coletados os seguintes dados dendometri-ca, sendo imediatamente lanados em ficha de campo (Anexo I):

Espécie Florestal (nome vulgar, nome científico) de acordo com Braga (1960).

Diâmetro na Base (DNB em cm), medido a 0,30m acima do solo, com suta filandesa, dividida em classe de 1 cm (permitindo medi - Op dos diametros com aproximacáo de 0,5 cm).

Diâmetro na altura do peito (DAP em cm), medindo a 1,30 acima do nível do solo.

Altura (H em m), do nível do solo ate a extremidade da co - pa, utilizando-se um SUUNT CLIN-6METRO.

As Classes de diametro no Peito (DAP) e area basal equiva - lente (ABB) adotadas foram:

(12)

CLASSE Df- F A7:-P (cm) (cm9) AMP. DE CLASSE (cm-72 ) I 2 - 8 3-49 46 II 8 - 11 50 - 93 43 III 11 - 13 94 - 1 31 37 IV 13 - 15 132 - 174 42 V >15 >175

FONTE: PROJETO FNUD/FAO - BRA 007-007 - ISAMA - Gov. do Esta

do. 1984

A partir dos dados obtidos calculou-se a ABE , ABP, AS2H, ABF.H) bem como os valores individuais de peso verde para cada especie das seis parcelas.

Como o objetivo 6 obter o inventário florestal e necessário conhecer a estimativa do volume (Real e empilhado) da madeira a partir da area basal e da altura das árvores medidas.

Para obten0:o de Peso seco aplica-se o percentual the umida-de fixada para dada especie atraves da formula :

PS = PV (1 - UBUY. +.100)

Com os valores de peso seco, calcula-se o volume sólido ou real (VR) atraves da formula que utiliza a densidade basica (n2). das especies VR = PS + DE , finalmente multiplicando-se o volume real (m75) pelo fator de empilhamento obtem-se o volume empilhado

em mst.

Foi testado o modelo de regresso linear simples PV = a + bx para as quatro variáveis independentes (ABE , ABP ABB.H e

ABP.H), onde:

(13)

x = (BB, ABP.H, ABBH, e ABP.H) a = coeficiente de interceptaçgo b = coeficiente angular

Todos os cálculos foram processados em computador IBM PS, 488.

Nas parcelas também foram contados o no de indivíduos in vens (REGENERAÇAD NATURAL), adotando o seguinte procedimento, ram feitos 4 círculos em cada parcela de digmetro igual a I m, e contado o número de indivíduos. Dividindo-se a parcela ao meio em uma linha no sentido perpendicular ao comprimento tomava-se o círculo a cada 5 m.

(14)

FBLJVPDDE F-7: ID It BGLJBE3DES

A delimitan'ao da Area corresponde ao manguezal do Coco lei-ta através de interprelei-taco visual das imagens no possibilitou, observaço de gradientes estruturais nem unidades de estratos que se caracterizassem pelo domínio exclusivo de alguma espécie.

A area de manguezal delimitada corresponde a 190 ha, obtida a partir da imagem do TM-5/LANDSAT.

Nas parcelas amostradas foram identificadas dues espécies: Laguncularia racemosa L. Gaerth. Família combretaceae conhecida com o nome popular de mangue branco e Aviceennia germinans fa - milia Aviceniaceae, mangue preto.

A altura media para todas as espécies foi de 13,9 m, sendo que Avicennia earminans apresentou altura media de 13,6 m , La- guncularia racemosa de 15,o m e árvores mortas 17,6 m.

Uma altura maior.de Arvores mortas provavelmente se deram ao fato do vento tombar as árvores mais altas.

Os resultados gerais do inventário florestal do manguezal do Coco so demonstrados através da Tabela I demonstra a, tendên - cia quanto a distribui de volume por classe diametrais das es- pécies Avicennia germinans Laguncularia racemosa, todas as es- pécies, e espécies mortas. Observa-se que as árvores com grandes diametros possuem os maiores volumes, que so as Arvores dominan-tes que tem valores de DAP maiores que 15 cm, Classe dia.metral V. (Tabela VI)

As Arvores codominantes, esto nas classes III e IV e apre- sentam uma redu0o do volume em rela0o as classes I e II (inter-

(15)

mediárias e dominadas), havendo portanto uma diminu4ao da poten-cialidade das classes III e IV em consequencia da forte condor réncia pela irradiaçao solar.

Foi observado que ha uma predominncia de Lacuncularia ra-cemosa sobre Avicennia oerminans no total de parcelas amostradas. A participa0o de Laglxncularia racemosa foi de 64,717. enquanto que Avicennia aerminans participou com 32,97. sendo que 2,47. cor - respondiam a Arvores mortas (Figura 2).

Os dados relativos a AE3 (m7-'/ha), ABP (m72/ha). Peso verde (Kg/ha), Peso seco (Kg/ha), Volume real (m/ha), volume empilhado (st/ha), esto relacionados nas tabelas I, II, III e IV, sendo

a-presentados para todas as espécies, Avicennia qerminans, Lauuncu-laria racemosa, e árvores mortas.

Observando a Fio. 3 mostra a curva de povoamento do man - guezal do ícó, diferenciando-se da curva natural de povoamento (ORJEDA, 1992) o número de Arvores com um volume grande tende a decrescer..

Na figura 11 observa-se que a vegetaoao morta na Av. Subas-tio de Abreu, seja muito provavelmente em funFao de aterro, mo - dificando o sistema hídrico fundamental para a vegetação. Apesar da construção da ponte sobre o rio Coco ter cumprido a legislação ambiental que prevê a elaboração do RIMA ( Relatório de Impacto Ambiental) e EIA ( Estudo de Impacto Ambiental ) , que garantiu a

construção de galerias para o fluxo de água.

A construção da Av. Borges de Melo foi feita sem a elabora-go do RIMA e EIA, e são evidentes os problemas de circulação das

(16)

Aguas.

A regeneracao natural ê muito intensa sendo que só um pa queno numero de Arvores vai checar a fase adulta devido a grau de predominancia devido ao tamanho de arvores de maior volume.

A receneracao obtida foi de 43.873 ( Quarenta e três mil , oitocentos e setenta e três) mudas/ha. (Tabela V)

No mancuezal do Coco existem Areas degradadas possiveis de recuperacao, tais como trecho desmatados ao longo da Av. Sebas-tiao de Abreu, bem como alguns locais onde havia atividade sali-neira.

(17)

GDN CEB

0 manguezal do Coco Se constituem um ecossistema de impor - tgncia fundamental para a cidade de Fortaleza, por ser to impor-tante, é consideradas pelo Código Florestal Brasileiro como area de preservaçao permanente lei 4771/65 . Apesar deste fato e de também fruto de infindáveis reivindicaçbes do movimento ambienta-lista ter sido criado em 1989 pelo decreto No 20253 do Governo do Estado do Ceara o parque ecológico do Coco com uma area aproxima-da de 379 hectares, inúmeras agressbes tem sido feitas ao longo do tempo.

No aspecto da vegetaçao, hoje existe o corte de Arvores em- bora exista uma legislaçao mas falta hoje uma compreensao de quais fins se busca alcançar através da legislaçao ambiental, as-sim hoje o corte de arvores incide sobre arvores finas , no so

pela facilidade do corte como de transporte destas incidindo sobre a populaça° mais jovem do manguezal.

E consideravel a possibilidade de se levar a cabo um manejo integrado de desenvolvimento sustentável para o manguezal do Co - co, e hoje procurar adequar a legislaçao a esta necessidade. Para tanto seria necessário estabelecer uma série de parcelas de amos-tras permanentes para monitorar a dinémica do crescimento, e ob - ter dados sobre o incremento e outros partmetros relacionados que so necessários para o planejamento do manejo.

Em vista da necessidade de um planejamento multidisciplinar poderia se formar uma comisso técnica composta por representan-

(18)

O inventário florestal do manguezal do Coco (Ceará-Brasi pretendeu no só relacionar as especies existentes do ponto de vista quantitativo, mas procura descrever a quantidade e qualida-de das árvores , como tambem compreenqualida-der as características do terreno onde estas árvores se localizam.

0 trabalho de coleta dos dados dendometricas foi realizado nos meses de Outubro e Novembro de 1993 , sendo utilizada 6 amos tras de 20 x 25 m, correspondendo a uma area de 500 m=, 24 circu-los de diAmetro de 1 metro para coletar no de indivíduos jovens (regeneraçao natural).

Os dados foram organizados em tabelas e gráficos e permitiu que fossem feitos as seguintes consideraOes:

E possivel ser feito o manejo integrado do manguezal atra - yes de um planejamento de manejo de uma forma ecologicamente com-patível.

Atualmente existe no manguezal do rio Cocô (Ceara-Brasil). 0 corte de árvores efetuado de maneira no seletiva incidindo sobre a populaáo jovem já que 6 utilizado para uso doméstico lenha ) e no dispte-se de equipamentos de corte que permitam a extraqao de árvores de maiores volumes.

A legislag&o existente garante a intocabilidade do mangue - zal , sendo que efetivamente no é o que acontece, e devido a re-centes intervenOes antropicas, hoje existem areas degradadas que podem ser recuperados.

(19)

FR EE: F C: 2: EE3 1E3 I I3 L._ I CD CD FR (al FF. 3: EE3 CETESB. Estudo dos manguezais da Baixada Santista-

Re-latório final. So Paulo-SP. 1988, 135p.

FAO. Manejo Inteorado de Ecossistemas de Mangues. Cuba. Informe final preparado para el Gobierno de Cuba por Ia organizacion para la alimentación y agricultura de las Naciones Unidas (FAO), Roma-Itália, 1989. 100p. FERNANDES, Afranio, Temas fitogeooráficos. Stylus Comu

nicaOes, 1990, 116p.

LIMA, M.F. at alli, Plano de recuperaçáo de area degra-dada- Avenida Sebasti&o de Abreu/ Parque Ecológico do

Coco. SETECO/DERT, Fortaleza-Ce, 1991, p.11.

MIRANDA, P.d.c de. Et alli. 0 que 6 manguezal. SEMACE Fortaleza-Ce, 1990. 26p.

MIRANDA, Paulo de Tarso de Castro et alli- Política estadual para preserva0o de manguezais e estudos do Ceara. SEMACE, Fortaleza-Ce, 1990, 32p.

MIRANDA, Paulo de Tarso de Castro; MARTINS, Maria LU - cia Ramalho; SOARES, Maria Zilnice Lebre. Levantamen to e quantifica0o das areas de manguezais no Estado do Ceara (Brasil) através de sensoriamento remoto Natal - RN, 1988.

(20)

MIRANDA, Paulo de Tarso de Castro et alli. Composi0o flo-ristica e estrutura dos bosques de mangue dos Rios Ceara, Cocô e Pacoti. SEMACE, Fortaleza-Ce, 1994, 48p.

ORJEDA, 3.M. Inventarios Florestales em Bosques Tropicales. Lima, 1992.

SCHAEFFER-NOVELLI, Vara; CINTRON, Gilberto. Guia para_ estudo de areas de manguezal; estrutura, funçao e flora. So Paulo: Caribbean Ecological Research,1986 , 145p.

SCHAEFFER-NOVELLI, Vara; CINTRON, Gilberto. Guia para_ estudo de áreas de manguezal; estrutura, fun0o e flora. So Paulo: Caribbean Ecological Research,1986

145p.

SEMACE (Superitendencia Estadual do Meio Ambiente)/ BDU (Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano e Meio

Am-biente)/ Gov. DO ESTADO DO CEARA - Meio ambiente, legis - laço básica. Fortaleza-Ce, 1990, 476p.

(21)

BELA I. DADOS SOBRE

AREA

BASAL (m2/ha), PESO VERDE (Kg/ha), PESO SECO (K/ha), VOLUME REAL (M/ha),

DLUME EMPILHADO (St/ha) PARA A ESPECIE LAGUNCULARIA RACEMOSA

7IPOLOGIA.. : E SO2

.... : MANGUE BRANCO

(Laguncularia racemosa)

PARQUE DO COCO

ARV(tilha) ABB(m2/ha)

X • EP

X

EP

ABP(m2/11a)

X

EP

PREVER(Kg/ha)

X

EP

PESEC(Kg/ha)

X

17P

VOLIZE(m31ha) VOLEP(Stflia)

X

HI

X

111)

CL1 500 175 1,59 0,52 1,14 0,37

11338,94

3476,15 7635,66

2340,83 10,60

3,25

30,88 9,47

8,61

CL2 270, 97 1,65 0,59 1,36 0,51

18032,99

7761,48 12143,38 5226,57 16,87

7,26

49,27 21,2

13,74

CL3 1i3 33 1,14 0,34 1,05 0,32

15545,10

5135,53 10468,05 3458,26 14,54

4,80

42,45 14,02 11„84

CL4 100, 39 1,40 0,55 1,20 0,47

18751,35

6935,17 12627,17 4670,21 17;54

6,49

51,21 18,94 14,28

CL5 167, 69 4,37 1,70 4,07 1,61

67651,'

25354,08 45556,78 17073,44 63,27

23,71

184,74 69,23 51,52

Tar

115 413 10,15 3,69 8,81 3,28

131320,26 48662,51 176877,04 32769,31 122,82 45,51

358,55 132,86 100,00

X - MEDIA

EP

- ERRO PADRÃO

ALTURA MEDIA: 15,0

(22)

MA - DADOS SOBRE AREA BASAL (ms/ha), PESO VERDE (Kg/ha), PESO SECO (K/ha), VOLUME REAL (m/ha)

UME EMPILHADO (St/ha)

DLOGIA..: ES02

'ECIE

• MANGUE PRETO (A_vicennia g_rrainens)

NICIPIO..: PARQUE DO COCO

ARV(niha) ABB(m2th

X

EP

X

EP

ABP(rn2/ha)

X

EP

PREVER(Kg/ha)

X

EP

PESEC(Kg/ha)

X

EP

VOLRE(tn3/ha)

X

EP

VOLEP(Staa)

X

El)

0/ /0

1 230

93 0,73 0,29 0,52

0,20

4327,77

1603,23

2914,36

1080,30

4,05

1,50

11,80

4,37

4,16

2 130

79 0,79 0,44 0,61

0,34

6577,01

3902,80

4428,95

2628,14

6,15

3,65

17,96

10,65

6,64

3 40

22 0,40 0,22 0,50

0,22

7130,08

3455,28

4801,40

2326,79

6,67

3,23

19,48

9,44

7,20

4

33

8

0,47 0,12 0,42

0,10

6197,67

1745,98

4173,50

1175,74

5,80

1,63

16,93

4,77

6,26

5 150

57 4,61 1,60 4,50

1,60

74879,95 28273,45 50424,17 19039,35 70,03

26,44 204,49 77,21

75,55

T 583 259 6,97 2,66 6,45

2,47

99112,48 38981,74 149536,65 26250,32 92,70

36,45 270,66 106,44 100,00

- MEDIA

EP - ERRO PADRÃO

ALTURA MEDIA: 13,9

(23)

kBELA HI - DADOS SOBRE AREA BASAL (ma/ha), PESO VERDE (Kg/ha), PESO SECO (K/ha), VOLUME REAL (m3/11a),

OLUME EMPILHADO (Si/ha) PARA ARVORES MORTAS

ES02

!SPECIE

• MORTA

PARQUE DO COCO

ARV(n/ha) ABB(m2/h ABP(m2/ha)

PREVER(Kg/ha)

PESEC(Kg/ha) VOLRE(m3/ha) VOLEP(Stiha)

X EP X EP X EP

X

Er'

X

EP X EP X EP

r)/ /0

CL1 20

13 0,07 0,04 0,05 0,03

551,74

357,61

474,50

307,55

0,79

0,51

2,63

1,71 18,28

CL2 13

8 0,09 0,05 0,07

0,04

864,56

564,37

743,52

485,36

1,24

0,81

4,11

2,69 28,56

CL3

3

3 0,04 0,04 0,03

0,03

434,01

434,01

373,25

373,25

0,62

0,62

2,07

2,07 14,38

CL4

7

7 0,10 0,10 0,08

0,08

1171,22

1172,22 1008,11 1008,11

1,68

1,68

5,58

5,58 38,78

CL5

0

0 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

TOT- 43

31 0,29 0,23 0,23

0,19

3022,53

2528,21 3022,53 2174,27 4,33

3,62 14,39 12,05 100,00

(24)

ELA IV - DADOS SOBRE ÁREA BASAL

(1112/1ia),

PESO VERDE (Kg(ha), PESO SECO (Kg/ha), VOLUME REAL

(i13/ha),

.UME EMPILHADO (St/ha)

OLOGIA..: ES02

ECIE

• TODAS AS ESPECIES

PARQUE DO COCO

ARV(nfha) ABB(rn2fha

X

EP

X

EP

ABP(m2/1ia)

X

EP

PREVER(Kg/ha)

X

EP

PESEC(Kg/ha)

X

E?

VOLRE(rn3/ha)

X

EP

VOLEP(Stflia)

X

EP

750 235 2,38 0,71 1,70

0,51

16218,46

4576,20 11024,51 3117,44 15,44

4,38

45,32

12,86

7,04

2 413 166 2,50 0,96 2,04

0,81

25474,56 11367,73 17315,86 775:1,17 24,26

10,89

71,34 32,09 11,08

3 157

49

1,59 0,51 1,58

0,45

23109,18

6932,46 15642,70 4729,67 21,83

6,65

63,99

19,61

9,94

4

140

37 1,96 0,53 1,70

0,44

26121,24

6748,30 17808,78 4584,13 25,01

6,43

73;72

18,95 11,45

S

317

97 8,89 2,61 8,57

2,55

142531,83 42688,88 95980,95 28746,70 133,30 39,93 389,23 116,58 60,48

rf

1777 584 17,41 5,32 15,58 4,75

233455,27 72313,57 329436,22 48919,21 219,84 68,28 643,60 200,09 100,00

(25)

TABELA V - DADOS DE REGENERAÇÃO NATURAL OBTIDOS NO

MANGUEZAL DO COCO

PARCEMAS CiRCULO 1 °ROLLO It

_

---1

CIRCULO ifi CIRCULO 1V

_ ..,____

loTAL

1----

15

78

89

30

35

292

16

55

15

9

45

124

17

23

35

35

6

99

18

22

26

36

11

95

---

,_

19

17

29

47

12

105

20

35

22

37

18

112

(26)

TABELA VI - COMPOSIÇÃO DA COBERTURA FLORESTAL DO MANGUEZAL DO

coco

CLASSE

DLAMEIRAJS

I

11

ifi

Iv

V

IDEAL

AR-V(i*a)

750

413

157

140

317

1777

Vo

4721

7

374

8,83

7,88

17,84

1W

45,32

71,34

63,99

73,72 38923 643,60

VOLEP(4a)

(27)

330

300

270

240

210

180

150

120

90

60

30

TODAS AS ESPÈCW

Aviciinia

gem-ympns

Liaguncularia niumosa

(28)

64,71%

Laguneniaria racerarJaa

2,49% Mortas

32,9%

Avicennia

orrninen-

FIGUR.A. 2-

COMPOSIÇÃO

PERCENTUAL DAS ESPÉCIES REGISTRADAS

NAS UNIDADES AMOS

'RATS DO MANGUEZA1, DO

cocb,

NOS MESES DE OUTUBRO

E NOVEMBRO DE 1993.

(29)

*0 1800 1680 1560 1140 1320 1200 1080 60 340 720 500 180 360 240 120 ,

14 15

CLASSE DIAMETRAL DAP(cm)

(30)

Figura 04 - Ponte sobre o rio Cocb na Av. Borges de Me-lo, A esquerda embaixo um barco a motor da fiscaliza0o feita pela Policia Militar do Ceara e a direita um pescador.

(31)

Figura 05 - Espécie de Laduncularia racemosa (mangue branco).

(32)

Figura 06 - Espécie de Avicenia germinans (Mangue pre-to).

(33)

Figura 07 - Vista da desativada salina Diogo, area pas-sível de revegeta0o.

(34)

Figura 08 - Area proximo ao Iguatemi, onde se encontram nascentes de agua doce, importantes para o equilibrio do ecossistema manguezal.

(35)

Figura 09 - Ponte sobre a Av. Engenheiro Santana 36- nior.

(36)
(37)

Figura 11 - Aspectos de vegeta0o morta na altura da Av. Sebastio de Abreu.

(38)

Figura 12 - Aspectos gerais do manguezal do Coco, nas proximidades do Parque Adahil Barret°.

Referências

Documentos relacionados

A partir da junção da proposta teórica de Frank Esser (ESSER apud ZIPSER, 2002) e Christiane Nord (1991), passamos, então, a considerar o texto jornalístico como

O Documento Orientador da CGEB de 2014 ressalta a importância do Professor Coordenador e sua atuação como forma- dor dos professores e que, para isso, o tempo e

Todas as outras estações registaram valores muito abaixo dos registados no Instituto Geofísico de Coimbra e de Paços de Ferreira e a totalidade dos registos

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se