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As atividades de lazer para a terceira idade no Parque da Água

Branca, São Paulo

The leisure activities for the elderly people in Água Branca Park, São Paulo

Mayra di Vasco Nascimento mayranas@gmail.com Orientador: Brenno Vitorino Costa

RESUMO: Tendo em vista o crescente número de pessoas acima de 60 anos de

idade como um fenômeno global, surge uma nova preocupação com a adequação de equipamentos de cultura, lazer e entretenimento para esse público, para que a velhice seja aproveitada com qualidade de vida. O presente artigo tem como proposta apresentar e analisar, sob a perspectiva do usuário, as várias atividades de lazer voltadas para o público idoso freqüentador do Parque da Água Branca, bem como seu perfil, motivações e opiniões sobre a infra-estrutura do Parque. Observa-se que o lazer não é encarado apenas como recreação pelos participantes da pesquisa, ocupar o tempo livre com atividades educativas, que proporcionem bem estar e desenvolvimento pessoal são de extrema importância para os idosos.

Palavras-chave: Lazer; terceira idade, Parque da Água Branca.

ABSTRACT: Considering the increasing number of people above 60 years old as a

global phenomenon, a new concern with the adaption of the culture, leisure and entertainment equipments for this public enjoy the elderly with life quality rises. This article aims to present and analyze, from the perspective of the user, the leisure activities made for the elderly people that frequent the Água Branca Park, their

profile, motivations and opinions about the infrastructure of the Park. It was observed that leisure is not just recreation for the participants of the research, educative

activities, promoting welfare and personal development are extremely important for the elderly.

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Introdução

O desgaste físico e psicológico dos trabalhadores ocasionados pelas longas jornadas de trabalho da época da Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX) levaram à necessidade de se conceder um tempo maior de descanso aos mesmos. Adicionalmente, havia a necessidade de se destinar um tempo maior ao trabalhador para que ele pudesse fazer parte da cadeia de consumo e, conseqüentemente, movimentar a economia e os mercados. O tempo livre surge como um elemento que irá permitir ao ser humano recompor a sua força vital, ser mais eficiente no processo produtivo e ter participação fundamental no mercado.

Dentre as diversas atividades que podem ser verificadas na composição do tempo livre, percebeu-se uma motivação maior das pessoas em ocupar o seu tempo de não-trabalho com opções recreativas. Surge, assim, no final do século XIX o conceito de tempo de lazer (BARRETTO, 2005), que desempenha um papel cada vez mais importante na vida do indivíduo. Segundo Marcelino (1983, p.17), o tempo de lazer é uma questão de sobrevivência para o ser humano, com reflexos diretos na sua qualidade de vida. No entanto, a idéia de lazer não deve se limitar apenas à ótica do divertimento e da distração, como um tempo para relaxar e entreter-se com algo que proporcione bem estar, mas abranger também os fatores de desenvolvimento pessoal (intelectual, social, corporal), incluindo-se as habilidades manuais e os hobbies motivados pelo lazer.

Krippendorf (2006, p.36) acrescenta a sensação de liberdade trazida pelo lazer, como uma forma de escapismo da rotina, revitalização e de saúde do ser humano:

A possibilidade de sair, de viajar reveste-se de uma grande importância. Afinal, o cotidiano só será suportável se pudermos escapar do mesmo, sem o que, perderemos o equilíbrio e adoeceremos. O lazer e, sobretudo, as viagens pintam manchas coloridas na tela cinzenta da nossa existência. Elas devem reconstruir, recriar o homem, curar e sustentar o corpo e a alma, proporcionar uma fonte de forças vitais e trazer um sentido à vida.

Dumazedier (2001, p.32-33), ao mesmo tempo, ressalta que o lazer é imbuído pelas premissas de ser prazeroso, libertário e espontâneo, quando praticado no período em que não há obrigações profissionais ou sociais. Segundo ele, o lazer pode se

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 Função de descanso, funcionando como reparador das deteriorações físicas e nervosas provocadas principalmente pelo trabalho.

 Função de divertimento, recreação e entretenimento, servindo como compensação e fuga do cotidiano.

 Função de desenvolvimento da personalidade, criando formas de aprendizagem e integração voluntária.

Pode-se dizer, ainda, que as atividades de lazer contribuem para um melhor estado de espírito do indivíduo, além de amenizar os efeitos decorrentes do processo de envelhecimento. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de idosos representa um contingente de quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade, o que corresponde a 8,6% da população brasileira, números que só tendem a aumentar:

Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste período. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60 anos ou mais de idade era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991. O peso relativo da população idosa no início da década representava 7,3%, enquanto, em 2000, essa proporção atingia 8,6%%. (IBGE, 2002)

O Censo 2000 contou quase um milhão de idosos vivendo na cidade de São Paulo; são pessoas que trabalharam a vida toda e que geralmente contam com uma renda regular todo mês. Muitos são os idosos que não mais restringem suas atividades de lazer à sua casa ou ao bairro, tornando-se um forte segmento da indústria do lazer e do turismo (MCPHERSON, 2000). Assim sendo, a população idosa é notoriamente uma demanda em potencial crescente para os próximos anos, as atividades sejam elas de lazer ou até mesmo turísticas precisam ser planejadas e adequadas, e suas necessidades e motivações estudadas e compreendidas, principalmente em um pólo de cultura e entretenimento como a cidade de São Paulo.

O presente artigo tem como principal objetivo estudar as necessidades e motivações dos idosos que freqüentam o Parque da Água Branca em São Paulo, levando em consideração as atividades de lazer oferecidas pelo Parque para esse público. Para a elaboração deste artigo realizou-se levantamento bibliográfico sobre o tema utilizando como base autores de turismo e lazer. Além disso, os responsáveis pelas

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atividades recreativas do Parque da Água Branca foram contatados e conduziu-se pesquisa de campo com os idosos no local de suas atividades, procurando conhecer também o perfil, opiniões e sugestões dos mesmos. O Parque da Água Branca foi escolhido por estar atento às novas necessidades das demandas sociais, promovendo atividades com a terceira idade, programas com portadores de deficiências e educação para uso sustentável dos recursos naturais, dentre outros.

Envelhecimento populacional

Panorama atual

A Organização Mundial da Saúde - OMS - define a população idosa como aquela a partir dos 60 anos de idade para os países em desenvolvimento e de 65 anos de idade quando se trata de países desenvolvidos. (IBGE, 2002).

O mundo vem enfrentando um envelhecimento progressivo de sua população: em 1950 havia 214 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e as estimativas indicam que serão por volta de 1 bilhão de pessoas em 2025.

O Brasil, a exemplo de outros países, passa pelo mesmo fenômeno. A população brasileira envelhece rapidamente. Nas leis da maioria das nações o direito à aposentadoria é conquistado com sessenta e cinco anos de idade e, socialmente, esses indivíduos são enquadrados na terceira idade (OLIVEIRA, 1999 apud SENA e GUSMAN, 2008, p.4).

No Brasil, o Estatuto do Idoso (2003) afirma que toda pessoa com 60 anos ou mais é considerada idosa. Além disso, a participação (ou a saída) no mercado de trabalho, bem como os fatores relativos à saúde são outros importantes indicativos nessa fase de transição da idade adulta para a velhice.

A população total brasileira em 2000 era de 169.799.170 pessoas, sendo 49,22% homens e 50,78% mulheres. Desse número, 81,25% tinham domicilio urbano e 18,75% rural. Por grupo de idade, as faixas de 0-14 anos representaram 29,6%; entre 15-64 anos 64,55%; e 65 anos ou mais, 5,85%. Nesta última, houve a maior progressão, um aumento significativo de 45,8% em relação a 1980 (IBGE, 2002).

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Os dados também demonstram uma queda na porcentagem da fração de população entre 60 a 64 anos e acentuado aumento nos grupos etários a partir dos 70 anos. Comprovando o rápido aumento da expectativa de vida, a pirâmide populacional brasileira vai progressivamente adotando a forma de “barril” característica dos países desenvolvidos.

Projeções indicam que em 2025 o Brasil terá cerca de 34 milhões de pessoas acima de 60 anos, 10% da população, sendo o país com a sexta maior população de idosos em todo o mundo. (IBGE, 2002)

A expectativa de vida do brasileiro atingiu 71,9 anos em 2005. Trata-se de um ganho de dois meses e 12 dias na esperança de vida ao nascer em relação a 2004. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que elaborou a Tábua de Vida 2005, o país foi beneficiado pelo declínio da mortalidade infantil. No Brasil, entre 2000 e 2005, essa taxa caiu 14,3%.

O Brasil não é mais um país de jovens, o envelhecimento populacional brasileiro já acompanha a tendência mundial devido, principalmente, aos avanços da medicina, dentre os quais o melhor controle das doenças transmissíveis, a contenção de afecções crônicas, o surgimento de novas drogas, seguido por outros fatores como redução da fertilidade, melhoria das condições econômicas da sociedade e saneamento básico, que beneficiam a expectativa de vida da população.

Qualidade de vida dos idosos

Envelhecer é um processo natural da vida; significa um aumento no número de anos vividos. Torna-se necessária a compreensão de que o envelhecimento não é simplesmente um processo estanque, mas está intimamente ligado à idéia de mudanças e alterações (BEAUVOIR, 1990 apud SOUZA, 2007, p.21).

Desde a década de 1970, as pesquisas nas áreas sociais e na da gerontologia tem desfeito o mito de que a terceira idade abrange um conjunto inevitável de fragilidades, dependência e isolamento (MCPHERSON, 2000, p.229). Nesse sentido, a gerontologia tem se prestado a um importante agente para desmistificação desse pressuposto, e por meio de pesquisas e com o apoio de políticas públicas, tem demonstrado como é possível o retorno do idoso ao convívio

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social e a sua adaptação a um novo modelo social, desde que sejam oferecidos, minimamente, os meios necessários para que essa transformação seja implementada. Os idosos, que já deram sua contribuição para a sociedade quando estavam inseridos no mercado de trabalho, podem usufruir seu tempo livre nessa fase da vida, dedicando-se ao que lhes agrada, não os isentando de praticar atividades do cotidiano como os afazeres domésticos, voluntariado, cuidar de familiares, que os asseguram o potencial de serem socialmente ativos e independentes.

De acordo com Veras (apud REIS e SOARES, 2006):

Muitas vezes, na velhice, os problemas de saúde causados por patologias múltiplas são agravados pela solidão e a pobreza. A falta de companhia do velho, nos dias atuais, está diretamente ligada às transformações que se operam no interior das famílias.

O fator chave na velhice é a autonomia, que é a capacidade de exercer suas funções físicas e mentais por si só; quem chega à terceira idade e é capaz de exercer o seu direito de ir e vir sem empecilhos é considerada uma pessoa saudável. “Pouco importa saber que essa pessoa é hipertensa, diabética, cardíaca e que toma remédio para depressão, infelizmente uma combinação bastante freqüente nessa idade” (RAMOS, 2002). O realmente importa é a manutenção de sua autonomia, e tudo o que ela agrega ao ser humano.

Já pela visão de Néri (1995 apud REIS e SOARES, 2006) o envelhecimento bem sucedido relaciona-se com a maneira pela qual um idoso consegue se adaptar as diversas situações de ganhos e perdas com as quais se depara, podendo ser estas perdas significativas vivenciadas pelo idoso, a aposentadoria, mudança de papéis sociais, viuvez, doenças, perdas de entes queridos, alterações na própria auto-imagem, dentre outras.

Ao longo dos últimos anos, o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos vem acarretando um fenômeno que afeta profundamente as estruturas sociais, tornando-se necessária a preocupação com a inserção destas pessoas na comunidade e a mudança nas atitudes de toda a sociedade que convive com os idosos (SLIKTA, 2009, p.19).

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Slikta (2009, p.16) põe em pauta o cotidiano do idoso em um meio urbano, que é tomado por diversas atividades, e ao desenvolvê-las pode-se deparar com uma série de dificuldades ocorridas por espaços não projetados para atender as suas necessidades específicas.

Odebrecht, Gonçalves e Sell (2010) afirmam que as políticas públicas atuais, os serviços, as instituições e os agentes de proteção social não respondem adequadamente a essas novas necessidades; é necessária a revisão dos compromissos com o bem estar dessa parcela crescente da população, tanto por parte do Estado quanto da sociedade.

A visão da sociedade sobre o idoso

No Brasil, percebe-se um grande distanciamento na relação entre lazer e terceira idade. A expectativa de fruição da vida sem as supostas obrigatoriedades da rotina diária acaba sendo frustrada quando o idoso se depara com o que a aposentadoria “oferece”: Veras (1999 apud RAMOS, 2002) adverte que “a aposentadoria tem sido o selo da velhice e da inutilidade social." Em geral, ao chegar à terceira idade e aposentar-se, o idoso percebe uma importante diminuição no seu poder aquisitivo, que invariavelmente irá refletir na redução do seu padrão de vida. Paralelamente, outro problema de ordem psicossocial se faz presente, pois o idoso sente-se desvalorizado quando olha para si e vê-se sem função na sociedade, em outras palavras, sem o seu “papel produtivo”. A sociedade, por sua vez, nem sempre vê o lazer como uma opção real. Marcelino (2002, p.48) afirma, em seus estudos sobre o lazer, que ele passa por:

uma visão “moralista”, motivada pelo caráter ambíguo do lazer, visto como “faca de dois gumes”, enfatizando-o como ocasião para efetivação de valores suspeitos, negativos, perigosos, inconvenientes e desagregadores da tranqüilidade, da ordem e da segurança social.

Essa visão moralista contribui no processo de isolamento do idoso, na medida em que rejeita à idéia de que o idoso possa ter acesso ao lazer na terceira idade. Esse preconceito é mais visível quando os idosos adotam posturas que, sob a ótica do preconceito, parecem não estar em acordo com o momento de vida dele, por exemplo, quando o idoso deseja viajar, freqüentar bailes, ir a clubes e academias e

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encontrar pessoas em reuniões de terceira idade. Nessas ocasiões, ele passa a ser transgressor da ordem comum, o que agride ainda mais a sua motivação para a vivência e harmonia com o lazer. Do ponto de vista da população, a população dos idosos está ligada diretamente a um conceito de declínio da capacidade física e intelectual.

É importante ressaltar que ao tratar-se da sociedade como um grupo formado por indivíduos que reforça o estigma social em torno dos idosos, inclui-se naquele grupo não apenas o público jovem, mas a própria terceira idade que, não raramente, é vítima do autopreconceito. Esse preconceito, obviamente, não é voluntário, mas resultado de um longo processo discursivo histórico e cultural, no qual a idéia de velhice foi associada a uma condição na qual o idoso é visto como pertencente a uma classe marginal, no sentido de exclusão, quando se envolve os critérios de igualdade de direitos e obrigações em comparação com indivíduos pertencentes a outras faixas etárias. O conceito de juventude, com todas as suas qualificações positivas de vivência, experiências, motivações, produtividade, alegria, dentre outros, estaria em oposição àqueles atribuídos ao grupo de idosos, como já foi dito, adjetivado de aspectos negativos.

As pesquisadoras Betty Fromer e Débora Dutra Vieira (2003) atestam esta essa proposição em seus estudos sobre a terceira idade, alertando para os “conceitos depreciativos sobre a ancianidade” e a necessidade de “apresentar o idoso como cidadão e consumidor em absoluta igualdade com os demais grupos etários. Portador de especificidades, sim. Mas pleno em seus direitos, sua autonomia, seus desejos, suas opiniões e suas ações”.

Um dos fatores que contribuem para uma interpretação equivocada das características que compõem um “grupo da terceira idade” é imaginar que esse grupo tenha uma composição homogênea. De certa forma, para classificar uma pessoa como pertencente ao grupo da terceira idade, em geral, utiliza-se como único parâmetro a faixa etária na qual essa pessoa se encontra. Esse critério não leva em consideração outros importantes aspectos relacionados à vida do indivíduo, como a sua bagagem cultural, as suas experiências, sua origem demográfica, etnia e gênero, dentre outros. Em outras palavras, ao utilizar-se apenas a idade

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cronológica, incorre-se na exclusão de todos os elementos que formam a identidade e a personalidade de cada um. Em alguns países desenvolvidos, alguns desses fatores já fazem parte do processo de composição e qualificação de grupos de terceira idade. Mesmo em relação à faixa etária, há uma subdivisão que procura melhor ajustar as diferenças etárias em um mesmo grupo. A idéia da heterogeneidade em relação ao grupo de terceira idade também é defendida por McPherson (2000, p.230), quando afirma:

a idade cronológica, em si, não é um parâmetro útil ou válido para avaliar e identificar habilidades, interesses e atividades na terceira idade. Os termos ‘velho’ ou ‘idoso’ são construções sociais baseadas em valores culturais, normas e crenças sobre pessoas que pertencem a um grupo cujos membros têm idade mais avançada.

Da mesma maneira que os aspectos culturais de uma sociedade alteram-se constantemente, os fatores para classificação de pessoas em uma faixa etária no momento presente, provavelmente, não serão os mesmo adotados no futuro. Assim, também, as diversas variantes utilizadas para a classificação de um determinado grupo devem ser objeto de estudos constantes e contínuos, para que, a cada momento, possam refletir com mais realidade e transparência o momento de vida de cada idoso, no seu espaço e no seu tempo específico. Portanto, deve-se estar atento às implicações que determinadas decisões tomadas no passado exercem no momento presente, e como as medidas do presente irão refletir diretamente no futuro. Essas medidas deverão levar em conta as perspectivas de vida do idoso, não mais atreladas a estágios fixos e segmentados (nos quais acreditava-se que atividades como estudo, trabalho e lazer estariam intimamente relacionadas com os estágios de vida de uma pessoa), ao contrário, o novo modelo deverá reconhecer a heterogeneidade pelo qual um determinado grupo é formado e, a partir dos cruzamentos dessas relações, verificar o melhor planejamento para proporcionar bem estar do idoso, respeitando as diferenças de cada um e evitar o efeito de imagens estereotipadas. Nesse sentido, além dos aspectos históricos, deverão ser observados também os potenciais que cada integrante de um grupo tem de adaptar-se ao meio social e demográfico associados às condições físicas, mentais e econômicas.

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De acordo com Frommer e Vieira (2003), o lazer proporciona uma valorização do tempo livre do idoso, fazendo com que eles não se sintam improdutivos e desassocia a idéia de ócio que paira sobre a velhice.

O Parque da Água Branca

Histórico

Inúmeros municípios brasileiros contam com parques urbanos. A cidade de São Paulo, dentre outros, conta com o Parque Dr. Fernando Costa, mais conhecido como Parque da Água Branca.

Em 1904 o então Prefeito de São Paulo, Dr. Antonio da Silva Prado, criou a Escola Prática de Pomologia e Horticultura. Conhecendo o caráter inicial da atividade agrícola na cidade percebeu que poderia criar novas perspectivas para o setor, já que muitas pessoas poderiam se dedicar a atividade agrícola de forma profissional e ajudar a elevar a qualidade dos produtos, difundirem o cultivo, aumentando assim a produção e barateando os preços. Após a desativação da escola, em 1911, o local esteve praticamente abandonado, embora fosse conhecido como viveiro de plantas da prefeitura. Em 1925 a prefeitura transferiu a área para o Estado em troca do prédio da Fazenda do Estado, no Parque do Ibirapuera (SÃO PAULO, 2010).

No governo Júlio Prestes (1926-1930), pensou-se em dar uma nova destinação ao local. Foram transferidas as antigas instalações do Departamento de Produção Animal, órgão integrante da Secretaria da Agricultura do Estado e o Parque de Exposições da Mooca. O local foi chamado de Pavilhão de Exposição de Animais, inaugurado em 1929 pelo então secretário da Agricultura Dr. Fernando Costa. Funcionou durante quarenta anos até as exposições de gado serem definitivamente transferidas para o recinto de Exposições da Água Funda, atual Centro de Exposições Imigrantes, por motivos de modernização da área de exposições e necessidade de espaços mais amplos para a circulação de visitantes. (SÃO PAULO, 2010).

Em 1996, o Parque foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (CONDEPHAAT) e hoje o Parque está

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vinculado a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O Parque Doutor Fernando Costa tem área total de 137 mil m², sendo que 79 mil m² de área verde, 27 mil m² de área edificada e 30 mil m² de área pavimentada. Localiza-se no número 455 da Avenida Francisco Matarazzo, em São Paulo. Trata-se de um parque totalmente implantado, desde a construção até a vegetação. As primeiras construções do Parque são em estilo normando, projetadas por Mário Whately e decoradas com vitrais feitos na Casa Conrado, em estilo art déco por Antonio Gomide.

O Parque da Água Branca conta com atrativos como o Museu Geológico Waldemar Lafreve, Aquário, Feira de produtos orgânicos, Arena para equitação, além de receber eventos de grande porte como o Revelando São Paulo.

Mesmo com tantas mudanças, a vocação original do Parque manteve-se por meio dos trabalhos desenvolvidos pelas entidades e órgãos nele instalados. Novas demandas sociais trouxeram outras atividades, como programas com a terceira idade e portadores de deficiências, educação para uso sustentável dos recursos naturais, dentre outros. Segundo Silva e Nunes (2009) a diversificação dos espaços existentes no interior dos parques de lazer é de grande valia para que diferentes vivências venham a ser experimentadas, pois quanto mais diversas forem as possibilidades maior serão as oportunidades de escolha.

Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo

O Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (FUSSESP) é um órgão do setor público vinculado à Secretaria da Casa Civil, presidido pela primeira-dama, Dra. Monica Serra. Tem sua sede em um dos prédios do Parque da Água Branca onde desenvolve programas e projetos dirigidos à Terceira Idade, visando proporcionar a esse segmento entretenimentos sociais de lazer e cultura, bem como viabilizar a efetiva participação em práticas esportivas e oficinas de artes, além de sensibilizar a comunidade para novas formas de inserção da pessoa idosa na sociedade (FUSSESP, 2010).

Atualmente o FUSSESP oferece aos idosos freqüentadores do Parque da Água Branca o Espaço de Convivência da Terceira Idade, local onde se disponibilizam atividades como: pintura em tela, crochê, tricô, customização de roupas, corte e

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costura, tapeçaria, reciclagem, violão, percussão, informática, alfabetização de idosos e cursos de línguas estrangeiras. Funciona de segunda a sexta-feira com aulas começando às nove da manhã e às duas da tarde; é necessária a inscrição prévia do idoso para participar das aulas.

Outra iniciativa da FUSSESP foi a criação da Praça do Idoso dentro do Parque. Os equipamentos foram projetados para o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores e superiores, além de melhorias na flexibilidade, no equilíbrio e na marcha. O principal objetivo é ajudar o idoso a prevenir quedas, já que a recorrência das quedas na população idosa acarreta restrições funcionais seguida de isolamento social, podendo piorar estado pré-existente, cardiovascular ou de depressão (FUSSESP, 2010).

Existe ainda no Parque o Instituto da Melhor Idade - Estação Vida que organiza o baile da terceira idade, realizado nas tardes de terça- feira e sábado.

Pesquisa sobre as atividades para a terceira idade no Parque da

Água Branca

Para avaliar as atividades oferecidas aos idosos no Parque da Água Branca, realizou-se uma pesquisa, sendo que o instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário com questões fechadas e abertas.

O questionário contemplou a opinião dos idosos sobre os aspectos físicos do Parque da Água Branca, o perfil desse público e suas motivações para a prática do lazer além, é claro, da avaliação das atividades oferecidas. O universo foi delimitado a pessoas com mais de 60 anos, de ambos os sexos, residentes em meio urbano e freqüentadores do Parque da Água Branca, escolhidas aleatoriamente. Foram aplicados 10 questionários como pesquisa-piloto, a fim de testar o instrumento desenvolvido, localizando possíveis incoerências. Os dados coletados serviram de base para o aprimoramento da pesquisa campo final, que contou com a participação de 100 entrevistados, e ocorreu em maio de 2010.

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Resultados e Discussão

Com a pesquisa, pode-se verificar que 81% dos idosos entrevistados são do sexo feminino e 19% são do sexo masculino.

Oriundos de São Paulo em sua maioria, apenas dois entrevistados disseram ser de outro município.

A faixa etária com mais entrevistados foi entre 60 e 70 anos, com 56%. Foi constatada também uma significativa participação de idosos acima de 70 anos, que somaram 42% dos entrevistados e a menor faixa etária do estudo são os 2% com mais de 80 anos.

Dos pesquisados, 38% são viúvos, sendo a grande maioria composta por mulheres. Dos demais, 35% são casados, 17% solteiros e 10% divorciados. Dos homens entrevistados 74% são casados, e deve-se dizer que muitos acompanham suas esposas nas atividades de lazer.

Quanto ao nível de escolaridade, 38% afirmaram ter o ensino fundamental completo, 33% o ensino médio completo, 27% informaram ter concluído o ensino superior e os 2% restantes são compostos por pós-graduados. O Espaço de Convivência do Idoso oferece cursos de alfabetização para idosos além de cursos de língua estrangeira, como inglês e espanhol, que servem de aprimoramento intelectual lhes permitindo adquirir conhecimentos que por diversos motivos foram impossibilitados de ter quando jovens.

Dentre os entrevistados, 64% afirmaram serem aposentados, 16% pensionistas, 13% do lar e 7% assalariados.

A renda de 64% dos idosos entrevistados está entre 1 e 3 salários mínimos, 22% ganham entre 4 e 6 mínimos, 8% ganham de 7 a 9 salários mínimos, 5% ganham de 10-12 salários mínimos e apenas 1% ganham mais de 12 salários mínimos. Para efeitos desta pesquisa, levou-se em consideração o valor de R$ 510 para o salário mínimo, valor estipulado pelo Ministério da Previdência Social desde 01/01/2010. Não se se pode afirmar, categoricamente, que a renda média é baixa, pois pode dizer respeito apenas à aposentadoria, e não a bens conseguidos ao longo da vida.

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Quando questionados sobre a escolha do Parque da Água Branca para essas atividades, 24% dos entrevistados responderam que as atividades oferecidas influenciaram sua escolha, por ser o único lugar conhecido com a oferta de cursos específicos para a terceira idade. Dos demais, 21% que disseram que a proximidade foi o atrativo, 18% só escolheram porque gostam do Parque, 17% seguiram a indicação de parentes e amigos, 12% atentaram para a gratuidade e 8% buscavam contato com a natureza.

Verificou-se que 44% dos entrevistados freqüentam o Parque duas vezes por semana, 25% uma vez, 21% três vezes e 10% quatro vezes ou mais.

Gráfico 1 – Motivação

Ao serem questionados sobre qual era a principal motivação para a prática das atividades, respostas relacionadas com saúde e bem estar foram citadas por 30% dos entrevistados, como pode ser visto no gráfico 1. Desses, 63% praticam exclusivamente as atividades no Parque da Água Branca, fazendo até duas atividades diferentes, concentradas em sua maioria entre duas e três vezes por semana, tendo a presença quase totalitária de mulheres. Os idosos se preocupam com as condições físicas; ao mesmo tempo, muitos foram os relatos de que as atividades os ajudavam a lidar com depressão, “afastar pensamentos ruins” e “exercitar a mente”.

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Já 26% alegaram que fazem as atividades para ocupar o tempo livre. Destes, 84% praticam atividades somente no Parque da Água Branca, e a maioria freqüenta até duas vezes por semana e faz até duas atividades.

Dos entrevistados, 19% alegaram aprendizado como principal motivação, e 79% destes utilizam somente as atividades do Parque da Água Branca.

A busca por companhia foi salientada por 16% dos entrevistados, sendo a maioria mulheres que fazem uma média de duas atividades até três vezes por semana. Não ficar em casa foi a motivação de 9% dos idosos entrevistados buscarem atividades de lazer, sendo que todos são do sexo feminino e fazem em sua maioria até duas atividades, duas vezes por semana. Dessas entrevistadas, somente três são casadas, confirmando a idéia de que na terceira idade é comum o surgimento do sentimento de solidão habitualmente é ligado à perda de um ente querido, levando o idoso à depressão. Por essa razão faz-se necessário um local para a interação social dos idosos, distraindo-os dos problemas do cotidiano.

Quando questionados sobre como ficaram sabendo das atividades oferecidas, 49% foram influenciados pela indicação de amigos ou parentes, 42% viram avisos no Parque e 9% ficaram sabendo por outros meios de comunicação como jornais, internet e televisão.

Sobre os meios de transporte utilizados para chegar ao Parque, 50% dos entrevistados disseram utilizar ônibus; os dados da pesquisa revelam que a grande maioria reside na zona norte de São Paulo e é beneficiada por linhas de ônibus que passam em frente ao Parque da Água Branca ou pelo terminal da Barra Funda. 20% vão ao Parque caminhando, e neste caso todos moram nas redondezas do Parque. Outros 17% utilizam carro próprio, e são em geral aposentados que ganham em média mais de quatro salários mínimos e moram na zona norte e oeste de São Paulo. O metrô é utilizado por 6% dos entrevistados, pois suas residências ficam próximas às linhas Azul e Vermelha do metrô, 5% utilizam ônibus e metrô, e 2% chegam ao Parque de trem.

O espaço utilizado para as atividades foi positivamente avaliado por 78% dos entrevistados. Sobre a qualidade das atividades, 100% avaliou positivamente. Já quando questionados sobre os aspectos físicos do Parque, apenas 53% avaliaram

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positivamente em relação a acessibilidade do parque, avaliando as condições de calçamento, rampas, bancos, iluminação. Sobre a sinalização 60% se sente satisfeita com as placas e avisos do Parque. A opinião sobre os bebedouros se divide entre 49% que classificou como bom e ótimo e 51% entre regular e ruim. Os sanitários são classificados como bom e ótimo por 71% dos entrevistados. Em visita às instalações sanitárias do Parque pode-se notar a limpeza e a conservação dos equipamentos, sendo que um dos três locais com sanitários foi inaugurado recentemente. Dos entrevistados, 78% mostraram insatisfação com a área de alimentação, dado que o restaurante do parque encontra-se fechado e a única opção para quem quiser se alimentar são os quiosques, que vendem lanches rápidos e pouco nutritivos. Uma sugestão muito comentada pelos entrevistados foi a da construção de um restaurante que ofereça alimentação saudável a preços acessíveis para a população que freqüenta o Parque.

A segurança do Parque foi avaliada positivamente por 75% dos entrevistados e, dos 25% que a julgaram regular ou ruim, a maior parte das reivindicações refere-se à pouca circulação dos guardas dentro do Parque, por se tratar de um espaço muito grande.

Sobre a conservação das construções 49% avaliou positivamente e 51% negativamente; a maior preocupação desses idosos é com a pintura externa dos prédios, que são patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT. Em visita ao Parque a autora constatou que alguns já foram restaurados, porém falta a conservação de muitos.

Sobre as atividades mais procuradas, as relacionadas a artes e artesanato lideram a preferência feminina, com 55 participantes, e a atividade mais procurada pelos homens são as aulas de violão.

Apenas oito idosos afirmaram utilizar a Praça do Idoso, número muito baixo dado as instalações que foram elaboradas para eles. Seria interessante oferecer algumas aulas que utilizem a Praça do Idoso como instrumento, com o acompanhamento de um profissional da área de educação física.

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Considerações finais

Os idosos estão cada vez mais conscientes de suas próprias realidades e de sua importância social e econômica na sociedade. Percebem que compõem uma parcela ainda economicamente ativa e que cresce progressivamente, motivando assim um olhar mais atento de todos os setores sociais, políticos e econômicos.

Nesse sentido, a força representativa que essa nova população assume traz, consigo, a exigência por novas prioridades que se ajustem às suas demandas de classe. Em outras palavras, os idosos começam a não mais aceitar de bom grado o oferecimento de serviços que foram planejados visando outro público. Nesse processo, gera-se uma demanda pela criação de serviços que sejam voltados, desde o início do planejamento, para atender ao segmento a que pertencem. Essa nova demanda, implica em necessidade de mudanças em todos os setores tanto públicos quanto privados e, em especial, àqueles relacionados à saúde e ao lazer. Esta nova geração de idosos se preocupa mais com seu bem estar físico e mental, estão dispostos a participar de cursos que os deixem informados e atualizados, com o conhecimento em dia, bem como atividades coletivas e de socialização entre eles. É valido ressaltar a importância do poder público disponibilizar locais gratuitos, de fácil acesso e com atividades que supram as necessidades de lazer da terceira idade. Pôde-se observar na pesquisa que muitos idosos vêm de locais mais afastados para usufruir dos equipamentos de lazer e conhecimento disponíveis no Parque da Água Branca, isso se dá por falta desta oferta nos locais próximos de suas residências. Seria possível, se disponível, a vantagem de se freqüentar diariamente as atividades.

Pode-se dizer que as características psicossociais dos idosos freqüentadores do Parque da Água Branca foram devidamente conhecidas e as suas motivações analisadas. A grande maioria é constituída por mulheres, a média de idade dos entrevistados é de 69 anos e são aposentados. É notório que a grande parte se sente satisfeita com a qualidade das atividades que o FUSSESP disponibiliza por meio do Espaço de Convivência dos Idosos, porém o número de vagas e a diversidade de atividades e cursos pode sempre melhorar.

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A boa avaliação das atividades promovidas pelo FUSSESP no Parque da Água Branca demonstra, ainda, que iniciativas como essa, relativamente simples e baratas, podem ser desenvolvidas em outros espaços públicos da cidade, como parques, escolas, praças e até mesmo bibliotecas em que elas não existam, em especial nas áreas mais pobres de São Paulo.

Além disso, ainda que as atividades estejam bem avaliadas, o espaço do Parque pode ser aprimorado, tendo em vista as reclamações referentes à alimentação no local, e mesmo com relação às edificações existentes.

Complementarmente, poderiam ser oferecidas, em parceria com o SESC, excursões e pequenas viagens a preços acessíveis para locais de interesse desses idosos, pois foi observado que ainda não contam com esse tipo de atividade externa coordenada por um profissional da área de turismo, inserindo assim o turismo na vida daqueles que, por motivos financeiros ou por falta de oportunidade, deixaram de viajar.

Enfim, pode-se dizer que o público de terceira idade freqüentador das atividades de lazer do Parque da Água Branca está satisfeito com as mesmas e tem as suas motivações contempladas, pelo menos até o momento.

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