• Nenhum resultado encontrado

FLORESTA DE EUCALIPTO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA: UMA ALTERNATIVA PARA DIVERSIFICAÇÃO DE RENDA NA PEQUENA PROPRIEDADE.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "FLORESTA DE EUCALIPTO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA: UMA ALTERNATIVA PARA DIVERSIFICAÇÃO DE RENDA NA PEQUENA PROPRIEDADE."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

FLORESTA DE EUCALIPTO

PARA

PRODUÇÃO DE MADEIRA:

(2)

INTRODUÇÃO

ESPÉCIES DE EUCALIPTO RECOMENDADAS

ESCOLHA DA ÁREA PARA PLANTIO

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS

SEMENTES CERTIFICADAS

QUALIDADE DAS MUDAS

PREPARO DO SOLO

PLANTIO

ADUBAÇÃO

TRATOS CULTURAIS

RALEIO OU DESBASTE

PODA OU DESRAMA

CONSÓRCIO DE FLORESTA E PECUÁRIA

POUPANÇA VERDE

04

06

08

09

12

13

14

15

16

17

18

20

22

24

SUMÁRIO

Cartilha desenvolvida pela Philip Morris Brasil com

conteúdo de Jorge Antonio de Farias, Professor Doutor

do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria, RS • 1ª Edição - Setembro/2012

FO

TO: JUAREZ PEDR

O

SO FILHO

(3)

INTRODUÇÃO

Assim como no passado, as florestas continuam sendo fundamentais para a existência da vida humana. Isto porque as florestas fornecem alimen-tos, são responsáveis pela regulação do clima, pela retenção das águas das chuvas e também pela proteção das fontes de água. Por esse motivo, a legislação restringe cada vez mais a exploração das matas nativas.

Por outro lado, a procura pelos produtos florestais continua crescendo significativamente. Um dos produtos mais valorizados são as toras para produção de madeira em serrarias, principalmente porque a exploração de madeira de lei, proveniente de matas nativas, é cada vez mais controlada pelos órgãos ambientais.

Para suprir esse mercado crescente de madeira, o plantio de eucalipto se apresenta como uma excelente opção de renda para as pequenas proprie-dades. O eucalipto é uma espécie de crescimento muito rápido e quando manejado corretamente, produz uma madeira de excelente qualidade. O objetivo dessa cartilha é apresentar aos peque-nos produtores, de forma sucinta e inicial, quais são os principais procedimentos técnicos recomenda-dos para a produção de madeira em florestas de eucalipto, bem como demonstrar o potencial de geração de renda dessa atividade.

Caro produtor, caso esse assunto desperte seu interesse, você poderá buscar maiores informações com agrônomos, técnicos e engenheiros florestais.

04

05

FO

TO: JUAREZ PEDR

O

(4)

ESPÉCIES

DE EUCALIPTO

RECOMENDADAS

Atualmente, se conhece em torno de 800 espécies diferentes de eucalipto, sendo que no sul do Brasil as principais espécies cultivadas são: Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna e

Euca-lyptus dunnii. Essas três espécies se adaptam muito bem à pequena propriedade rural,

espe-cialmente dos agricultores que cultivam tabaco, por serem espécies com uso bem variado, inclusive com grande potencial de uso em serrarias.

O quadro abaixo apresenta as principais características dessas três espécies de eucalipto.

A única espécie de eucalipto indicada para solos úmidos é o Eucalyptus robusta, que também é conhecido como eucalipto de casca grossa. É uma espécie que também produz boa madeira para serraria, mas que nem sempre é tão facilmente encontrada nos viveiros de mudas.

GRANDIS

SALIGNA

DUNNII

USOS

GRANDIS

SALIGNA

DUNNII

SOLO

CLIMA

MADEIRA

Tolera bem a maioria dos solos, mas não deve ser plantado em solos úmidos.

Para lenha, varas, escoras, postes e excelente para

serrarias. Tolera bem a maioria dos

solos, mas não deve ser plantado em solos

úmidos. Para lenha, varas, escoras, postes e excelente para serrarias.

Baixa tolêrancia ao frio. Deve ser plantado após

as últimas geadas.

Indicado para regiões de ocorrência de geadas mais fortes. Tolera bem a maioria

dos solos, mas não deve ser plantado em

solos úmidos. Para lenha, varas, escoras, postes e moirões. Uso razoável

em serrarias.

Madeira bem pesada. Leve, de tom rosa a

vermelho claro.

Um pouco mais pesada que a do grandis. Coloração avermelhada.

Baixa tolêrancia ao frio. Deve ser plantado após

as últimas geadas.

06

07

FONTE: DADOS DO AUTOR.

FO

TO: JUAREZ PEDR

O SO FILHO FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(5)

CONTROLE

DE FORMIGAS

CORTADEIRAS

As formigas cortadeiras são o maior inimigo dos plantios florestais. Caso elas não sejam corre-tamente combatidas, a perda pode chegar facilmente a totalidade do plantio.

O controle das formigas cortadeiras deve ser feito durante todo o primeiro ano da floresta e não somente no momento do plantio. Ao contrário do que se imagina, as formigas cortam o ano inteiro, mudando apenas o horário em que trabalham. No verão, elas aparecem com mais frequência no final da tarde e até a noite, enquanto no inverno o seu horário é entre o final da manhã e inicio da tarde.

O melhor mês para combater um formigueiro é julho, antes das formigas realizarem os enxames para formarem novos formigueiros em outras áreas.

A forma ideal para combater as formigas é distribuir iscas por toda a área de plantio, em vez de passar o dia procurando os formigueiros. Se a isca for nova e de boa qualidade, no mesmo dia as formigas irão procurá-la e carregá-la.

AS FORMIGAS SAÚVAS FORMAM ENORMES NINHOS COM DANOS SEVEROS EM REFLORESTAMENTOS.

AS FORMIGAS DE MONTE (QUENQUÉNS) TÊM NINHOS MENORES, MAS OS SEUS DANOS SÃO IGUALMENTE SEVEROS.

ESCOLHA DA

ÁREA PARA PLANTIO

Preferencialmente, os plantios florestais das pequenas propriedades devem ser realizados nas áreas com menor aptidão para a agricultura . As áreas mais distantes da sede, ou com maior declividade, ou com pedras, ou com muita dificuldade de preparo de solo podem ser utiliza-das para o plantio de florestas, deixando as melhores áreas disponíveis para outros cultivos. É importante lembrar que as florestas, não importando de qual espécie, nunca devem ser plantadas nas margens de rios, arroios ou riachos e nem próximo a nascentes ou olhos d’água. Estas áreas são consideradas áreas de preservação permanentes (APPs) e nelas não pode haver nenhuma atividade agropecuária, inclusive plantio de florestas comerciais. Uma floresta de eucalipto plantada nessas áreas poderá ter o seu corte embargado no futuro.

08

09

FO

TO: JUAREZ PEDR

O SO FILHO FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: D ANIEL A THOMAS D A SIL VA

(6)

ROTEIRO PARA O

CONTROLE EFICIENTE DA FORMIGA

Fazer o controle em julho, antes do plantio da floresta.

Antes do controle às formigas, não realizar roçada e nem preparo de solo na área de plantio.

Se na área de plantio houver formigas Quenquéns ou de monte, as iscas devem ser distribuídas em toda a área da floresta, num espaçamento de 4 x 6 metros. Em cada um destes pontos, equivalentes a 24 metros quadrados, devem ser colocados 10 gramas de isca.

FORMIGAS CARREGANDO ISCA Se na área houver o ataque de formigas

Saúvas, é necessário estimar o tamanho do formigueiro. Nestes casos, se aplica 10 gramas de isca granulada para cada metro quadrado de formigueiro.

As iscas devem ser SEMPRE NOVAS. Nunca se deve armazenar iscas em casa, pois elas perdem facilmente o aroma atrativo para as formigas. O ideal é comprar as iscas semanalmente.

Use somente iscas registradas no Minis-tério da Agricultura. Há muitas iscas granuladas falsificadas e sem registro, o que pode causar sérios danos ao meio ambiente, além de não realizar um controle eficiente.

As iscas devem ser colocadas ao lado do carreiro da formiga. NUNCA colocar dentro do formigueiro ou sobre o carreiro.

PORTA-ISCA, USANDO UMA GARRAFA PET

BARREIRA FÍSICA NO CAULE DAS MUDAS

Uma técnica muito interessante no combate às formigas cortadeiras é o uso de porta-iscas. As iscas, ao entrar em contato com a umidade do solo ou do sereno, perdem toda a sua atra-tividade e as formigas não as carregam. Dessa forma, o uso de porta-iscas é uma boa alterna-tiva, porque caso as formigas não carregarem, as iscas poderão ser reutilizadas em outro local. Além disso, se houver chuva as iscas estarão protegidas e também não contaminarão o ambiente.

Ainda existem outras técnicas de controle do ataque de formigas. São técnicas associadas ao uso de produtos que criam uma barreira física, ou seja, são produtos que impedem a passa-gem das formigas pelo caule das plantas. Estes produtos são aplicados na base das mudas. O produto é bastante pegajoso, evitando que as formigas consigam ultrapassar essa barreira. Eles têm durabilidade superior a três meses, não são tóxicos e não causam nenhum prejuízo ao desenvolvimento das plantas. Esses produ-tos não matam a formiga e nem acabam com o formigueiro, servindo apenas de barreira física.

10

11

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO

TO: JUAREZ PEDR

O

(7)

A aparência da muda também é muito impor-tante e os principais pontos a serem observados na escolha das mudas são:

A – Sistema radicular: as mudas devem

apre-sentar um sistema radicular bem formado. O torrão deve ser firme e consistente ao ser retirado do tubete. A muda ideal é aquela que apresenta raízes finas e brancas. As mudas com raízes grossas e marrons são mudas que ficaram muito tempo no viveiro e que já passaram do ponto.

B – Altura das mudas: o ideal é que as mudas

apresentem uma altura na faixa dos 30 centí-metros. Mudas com esta altura apresentam um bom sistema radicular e apresentam uma boa quantia de folhas. Uma boa quantidade de folhas é fundamental para que as mudas tenham um crescimento rápido logo após o plantio.

QUALIDADE

DAS MUDAS

AS MUDAS COM RAÍZES GROSSAS E MARRONS DEVEM SER DESCARTADAS.

MUDA COM BOA ALTURA E BOA QUANTIDADE DE FOLHAS.

O sucesso de um projeto florestal é a soma de muitas variáveis, mas, sem dúvida, a qualidade genética das sementes é a mais importante. Ao observar a imagem é possível verificar a existência de muitas qualidades nas árvores que servirão de matrizes para as sementes. São árvores uniformes, retas, de grande produtivi-dade. Mudas produzidas com sementes de árvores matrizes com essa qualidade têm grande possibilidade de resultar em uma floresta com as mesmas qualidades. Por outro lado, as sementes de florestas mal manejadas ou de árvores com características inadequadas (tortas, crescimento desuniforme, com muitas forquilhas) certa-mente produzirão uma floresta com as mesmas características indesejadas. Por isso, é muito importante que as mudas sejam produzidas somente com sementes certificadas.

SEMENTES

CERTIFICADAS

A ESCOLHA ERRADA DAS SEMENTES RESULTA EM PREJUÍZOS NO FUTURO. SEMENTES DE BOAS MATRIZES PRODUZEM BOAS FLORESTAS.

12

13

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: D ANIEL A THOMAS D A SIL VA

(8)

14

15

O preparo do solo, principalmente a descompactação da linha de plantio, é fundamental para o rápido estabeleci-mento dos plantios florestais.

No caso dos plantios florestais, o preparo de solo é feito apenas na linha de plantio. No restante da área, se realizam apenas roçadas. Uma boa descompactação da linha de plantio irá resultar em crescimento mais rápido das mudas.

O primeiro passo no preparo do solo é subsolar a linha de plantio. Para isso, cada produtor rural deve utilizar os equipamen-tos disponíveis na sua propriedade. Pode ser feito com subsolador, com arado de aiveca, com “mola”, com arado búfalo. O funda-mental é romper as camadas superficiais do solo, da forma mais profunda possível. Após a descompactação, deve ser feito o destor-roamento, utilizando-se uma grade de arrasto, correntes ou troncos.

Nos casos em que o terreno não permite o uso de implementos agrícolas, seja pela declividade ou pelo excesso de pedras, a alternativa é a abertura de covas. Neste caso, quanto maior a cova, melhor será o desenvolvimento inicial das mudas.

PREPARO

DO SOLO

FLORESTA DE EUCALIPTO COM 3 ANOS E ESPAÇAMENTO DE 3X2M.

PLANTIO

Atualmente o melhoramento genética do eucalipto melhorou muito. Para se ter uma ideia, em 1970, cada hectare de eucalipto crescia por ano em torno de 15 metros cúbicos. Atualmente, já se consegue atingir um crescimento superior a 60 metros cúbicos por ano.

Essa informação é importante para se compreender porque, atualmente, a distância de plantio entre as árvores deve ser maior do que era no passado. Além disso, no caso das florestas para produção de madeira, o maior espaçamento é importante para que as árvores fiquem mais grossas e uniformes, produzindo toras de maior valor nas serrarias.

Para produção de madeira com eucalipto, se recomenda duas opções de espaçamentos para as pequenas propriedades:

• 3 x 2 metros = ao redor de 1.600 árvores por hectare

• 3 x 3 metros = ao redor de 1.100 árvores por hectare

Com esses espaçamentos, no primeiro ano, é possível fazer o plantio consorciado com alguma outra cultura agrícola (milho, feijão) entre as linhas de plantio do eucalipto.

O plantio deve ser realizado após o período das geadas de cada região, mas antes das temperaturas mais altas da primavera. Então, no sul do Brasil, os meses de agosto e setembro são os mais recomendados.

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(9)

A adubação de base deve ser realizada imediatamente após o plantio e nunca deve ser dentro da cova ou dentro da linha de plantio. O adubo deve ser aplicado na superfície do solo, sendo distribuído ao redor das mudas e na distância de um palmo. Isso evita a queima das raízes das mudas.

Para essa adubação de plantio, recomenda-se escolher um adubo rico em fósforo, como por exemplo as fórmulas 05-30-15 ou 06-30-06. A quantidade recomendada é de 100 gramas por planta.

Após 45 a 60 dias do plantio, deve-se fazer uma adubação de cobertura, usando 100 gramas por planta de alguma fórmula rica em nitrogênio. As fórmulas mais usuais para a cobertura são: 26-00-00 ou 20-00-20 ou 20-02-14. Repete-se esta adubação de cobertura após 120 dias

ADUBAÇÃO

O ADUBO DEVE SER DISTRIBUÍDO NA SUPERFÍCIE DO SOLO

16

17

TRATOS

CULTURAIS

Após o plantio, os principais tratos culturais são a capina ou coroamento ao redor das mudas e também as roçadas nas entrelinhas. Essas práticas são fundamentais, pois o eucalipto não apresenta um crescimento uniforme quando cresce em meio aos inços. Dessa forma é funda-mental manter os inços sempre abaixo da copa das mudas, de maneira que as mudas possam crescer em altura e também desenvolver uma boa copa. Normalmente, esses tratos culturais são necessários somente no primeiro ano do plantio.

AS MUDAS NÃO PODEM CRESCER NO MEIO DO MATO. O OBJETIVO DA CAPINA É DEIXAR A COPA DO EUCALIPTO CRESCER COM BASTANTE ESPAÇO. FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(10)

RALEIO OU

DESBASTE

Nos dois exemplos acima, após o segundo raleio, que será realizado quando a floresta tiver 10 anos, ainda sobrarão ao redor de 250 árvores. Se bem manejadas, a partir dos 15 anos, essas árvores produzirão toras de altíssima qualidade para serraria, além de produzir lenha da ponteira e das galhadas.

6 ANOS

ÁRVORES CORTADAS

IDADE

PRODUTOS TIPOS DE

VOLUME PRODUZIDO

10 ANOS 15 ANOS 700 Lenha, toretes e toras Lenha e toretes

Lenha 100 metros de lenhaempilhada

245 metros cúbicos de toretes + 60 metros

de lenha da ponta e dos galhos

246 metros cúbicos de toras + 105 metros cúbicos de toretes + 30 metros de lenha

da ponta e dos galhos 650

250

EXEMPLO DE MANEJO PARA UMA FLORESTA COM ESPAÇAMENTO 3 x 3 m (1.100 árvores por hectare)

6 ANOS

ÁRVORES CORTADAS

IDADE

PRODUTOSTIPOS DE

VOLUME PRODUZIDO

10 ANOS 15 ANOS 500 Lenha, toretes e toras Lenha, toretes e toras

Lenha 80 metros de lenhaempilhada

68 metros cúbicos de toras + 127 metros cúbicos de toretes + 40 metros de lenha

da ponta e dos galhos 277 cúbicos de toras + 64 metros cúbicos de toretes

+ 30 metros de lenha da ponta e dos galhos 350

250

TORAS DE EUCALIPTO COM ALTA QUALIDADE PARA USO EM SERRARIAS

18

19

O raleio das árvores é um manejo muito importante em uma floresta plantada para a produção de toras para serraria. O raleio deve ser realizado quando as árvores entrarem em competição por nutrientes, água e luz. Após o raleio, as árvores que não foram descarta-das irão se desenvolver com o tronco mais grosso, reto e uniforme. Dessa forma, a floresta terá um maior rendimento de toras e com alta qualidade para serraria. A idade e a quantidade de árvores que serão descarta-das em cada operação de raleio, vai depender do espa-çamento que foi usado no plantio. Em todas as opera-ções de raleio, deve sempre ser realizado um corte seletivo. Isso significa descartar as árvores mais finas e com defeito, sempre mantendo as melhores árvores para a produção de toras.

EXEMPLO DE MANEJO PARA UMA FLORESTA COM ESPAÇAMENTO 3 x 2 m (1.600 de árvores por hectare)

SELEÇÃO DAS MELHORES ÁRVORES PARA PRODUÇÃO DE TORAS

FONTE: DADOS DO AUTOR.

FONTE: DADOS DO AUTOR.

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(11)

SERROTE APROPRIADO PARA A DESRAMA CONSEQUÊNCIA DOS NÓS NA MADEIRA SERRADA ESSES SÃO OS GALHOS QUE DEVEM SER CORTADOS

PARA A PRODUÇÃO DE MADEIRA SEM NÓ

O CORTE DEVE SER RENTE AO TRONCO

PODA OU

DESRAMA

20

21

A desrama é o corte dos galhos inferiores da copa da árvore. Tem a única finalidade de dar qualidade à madeira, pois com essa operação as árvores irão produzir madeira sem nó e serão mais valorizadas pelas serrarias.

As florestas destinadas à produção de lenha não devem e não precisam sofrer desrama.

A desrama só deve ser realizada nas árvores que serão destinadas à produção de toras. Então, a desrama só será feita nas árvores mais uniformes e com melhor desenvolvimento, que não serão descartadas no primeiro raleio.

A desrama deve se iniciar quando os troncos das árvores estiverem com uma grossura de 4 dedos ou 10 centímetros. O que define o momento de iniciar e terminar a desrama é o diâmetro do tronco. Então, a desrama nunca deve ser feita na parte do tronco com grossura inferior a 10 centí-metros, independente da idade ou da altura da árvore.

A desrama é uma atividade que deve ser feita anualmente nos meses de inverno, quando as árvores sentem menos o corte dos galhos.

É muito importante que a operação de desrama seja realizada com serrote próprio para esta finalidade. A desrama nunca deve ser realizada com facão ou foice. O corte deve ser bem junto ao tronco, sem machucar, sem lascar e sem deixar qualquer pedaço ou toco de galho.

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(12)

CONSÓRCIO

DE

FLORESTA

E

PECUÁRIA

CRESCIMENTO DE CAPIM TANZÂNIA EM CONSÓRCIO COM EUCALIPTUS GRANDIS NO ESPAÇAMENTO DE 3 X 2 M COM ESSA QUANTIDADE DE LUZ É POSSÍVEL A SEMEADURA DE AZEVÉM O PLANTIO EM ESPAÇAMENTOS MAIORES PERMITE O CULTIVO AGRÍCOLA NO PRIMEIRO ANO E PASTAGEM NOS ANOS SEGUINTES

22

23

Antigamente se alguém falasse em cultivar pasto no meio do eucalipto, não seria levado a sério. No caso de floresta de eucalipto para produção de madeira, é perfeitamente possível o consórcio de florestas com pastagens cultivadas. Isso ocorre porque as árvores de eucalipto são plantadas com a distância mínima de 3 metros entre as linhas de plantio. Além disso, ao se conduzir a produção para a serraria, será necessário realizar a desrama a partir do segundo ano, o que permitirá que entre mais luz na floresta.

O raleio, que é feito aos 6 anos, também permitirá uma maior entrada de luz na floresta, permitindo o desenvolvimento de uma boa pastagem.

Em consórcio com a floresta, a pastagem cultivada sofre menos na estiagem e, no inverno, não seca tanto com a geada. Outra boa opção, é o consórcio da floresta de eucalipto com os potreiros de campo nativo, que são bem comuns nas pequenas propriedades. Nessa opção, pode ser usado o espa-çamento de 6 x 6 metros, resultando ao redor de 280 árvores por hectare. Nesse caso, não será necessário nenhum raleio durante o desenvolvimento da floresta, mas apenas a realiza-ção de desrama. Essas 280 árvores serão cortadas para produção de toras a partir dos 15 anos de idade, sem interferir no aproveitamento do potreiro de campo nativo para alimen-tação dos animais da propriedade.

FO

TO: GILMAR DEPONTI

FO TO: JOR GE F ARIAS FO TO: JOR GE F ARIAS

(13)

POUPANÇA

VERDE

MUDAS FORMICIDA FERTILIZANTES HERBICIDAS PREPARO DO SOLO TOTAL QUANTIA/HECTARE

INSUMOS

VALOR TOTAL (R$)

1.100 (+ 5% de replante) 3 Kg 330 Kg 3 Litros -30,00 345,40 288,75 51,00 630,00 1.345,15

24

25

O reflorestamento é um investimento de longo prazo e pode ser um complemento importante para a renda dos produtores, devido ao alto valor que as toras de eucalipto alcançam no mercado atual de madeira. No futuro, o valor de mercado destas toras poderá ser ainda mais elevado, devido às maiores restrições ao uso de madeira de lei proveniente de espécies de árvores nativas.

Se compararmos o retorno do investimento em refloresta-mento com uma aplicação em caderneta de poupança, percebemos como pode ser alta a viabilidade de se inve-stir em florestas de eucalipto para produção de madeira, conforme apresentado abaixo.

O gasto médio para o plantio de 1 hectare de eucalipto no sul do Brasil, com espaçamento de 3 x 3 metros, é estimado em:

FONTE: DADOS DO AUTOR.

ESTE MÓVEL É FEITO DE MADEIRA DE Eucalyptus grandis: QUALIDADE E DURABILIDADE. FO TO: GUILLERMO D ’AMR O SIO | DRE AMS TIME .C OM

(14)

VALOR ATUAL DA PRODUÇÃO (R$) TOTAL 500 350 250 Lenha Lenha, toretes e toras Lenha, toretes e toras 80 metros de lenha empilhada

68 metros cúbicos de toras + 127 metros cúbicos de

toretes + 40 metros de lenha da ponta e dos galhos

6 ANOS

IDADE

CORTADASÁRVORES PRODUTOTIPOS DE VOLUME PRODUZIDO

10 ANOS

15 ANOS

277 metros cúbicos de toras + 64 metros cúbicos de

toretes + 30 metros de lenha da ponta e dos galhos

2.000,00

11.565,00

27.920,00

R$ 41.485,00

26

27

Neste exemplo, com o espaçamento de 3 x 3 m, o produtor rural irá gastar R$ 1.345,15 para plantar 1 hectare de eucalipto. Se ele aplicar esse recurso na poupança por 15 anos, essa aplicação irá render R$ 4.721,45, considerando um rendimento médio de 0,7% ao mês.

Se o produtor seguir todas as recomendações técnicas e conduzir esta floresta para produzir madeira para serraria, ele irá obter o seguinte rendimento:

Os dados acima mostram que ao longo de 15 anos, mesmo sem considerar um aumento no preço atual da madeira e vendendo as árvores em pé, essa floresta poderá render R$ 41.485,00. Isso significa que a floresta poderá render aproximadamente nove vezes mais do que a pou-pança. Com base nesta simulação, vemos que o plantio de florestas para a produção de madeira poderá ser uma opção de investimento para complementar a renda dos produtores rurais e trazer segurança para sua família.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presente cartilha não deve ser considerada uma proposta. Seu conteúdo

também não deve representar promessa de resultado, sendo tão somente uma compilação e um agrupamento de informações técnicas em um único documento a respeito da produção de florestas manejadas, que poderão despertar o interesse do produtor rural a se aprofundar no assunto e procurar informações técnicas com profissionais da área. A leitura dessa cartilha não substitui a consulta e a orientação prévia de profissionais especializados.

FONTE: DADOS DO AUTOR.

FO

TO: MAR

TIN MULLEN | DRE

AMS

TIME

.C

Referências

Documentos relacionados

Neste tipo de situações, os valores da propriedade cuisine da classe Restaurant deixam de ser apenas “valores” sem semântica a apresentar (possivelmente) numa caixa

nuestra especialidad por su especial proyección en el ámbito del procedimiento administrativo y el proceso contencioso administrativo, especialmente los alcances de la garantía

ed è una delle cause della permanente ostilità contro il potere da parte dell’opinione pubblica. 2) Oggi non basta più il semplice decentramento amministrativo.

A assistência da equipe de enfermagem para a pessoa portadora de Diabetes Mellitus deve ser desenvolvida para um processo de educação em saúde que contribua para que a

servidores, software, equipamento de rede, etc, clientes da IaaS essencialmente alugam estes recursos como um serviço terceirizado completo...

Objetivou-se com este estudo avaliar a qualidade de leite pasteurizado com inspeção estadual pela pesquisa de estafilococos coagulase positiva, sua

1- Indica com P, se a frase estiver na voz passiva e com A se estiver na ativa. Depois, passa-as para a outra forma. a) Vimos um cisne moribundo.. Assinala com um X o

Este artigo está dividido em três partes: na primeira parte descrevo de forma sumária sobre a importância do museu como instrumento para construção do conhecimento, destaco