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Volume 1 1. o gás de minas. fronteira para o desenvolvimento.

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Academic year: 2021

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Volume 1V

olume 1

o gás

de minas

a noVa

fronteira

para o

desenVolVimento.

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(3)

minas

e o futuro.

Em 1952, o então Governador Juscelino Kubitschek enxergou um futuro promissor para Minas Gerais, no qual uma vasta disponibilidade de energia impulsionaria um vigoroso parque industrial em nosso Estado. Os esforços de muitas pessoas e instituições, somados a grandes investimentos realizados, proporcionaram o aproveitamento de um vasto potencial hidroelétrico que abastece hoje um robusto e diversificado parque industrial que está entre os principais do país. Em 2013, quase 60 anos após o Governo de Juscelino Kubitschek, um desafio de proporções semelhantes se coloca no caminho de Minas e dos mineiros. Novamente, está desenhado um futuro de vigorosas transformações para Minas Gerais. Desta vez, os indícios de gás natural ao longo da Bacia do São Francisco representam uma oportunidade única para o fortalecimento e a elevação da competitividade da indústria mineira. A exploração e o aproveitamento do Gás do São Francisco têm potencial para diversificar ainda mais o parque industrial de Minas e gerar empregos de qualidade para os mineiros. Assim como no passado, a construção do futuro desejado demandará grandes esforços e investimentos de diferentes pessoas e instituições. E assim como no passado, Minas Gerais está preparada para encarar o futuro. Esta cartilha esclarece as principais questões relacionadas à exploração do gás natural na Bacia do São Francisco, identificando os atores envolvidos, e o processo exploratório para a obtenção do gás e apresentando oportunidades de aplicações futuras desse gás.

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sumário

06

CONHEÇA O GÁS NA

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08

BA

CIA DO SÃ

O FRANCISCO

12

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

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conheça o

gás natural

O gás natural é um combustível fóssil normalmente encontrado em reservatórios profundos no subsolo. Possui duas funções: a energética, ao ser queimado, e a de insumo, ao ser utilizado como matéria-prima nas indústrias químicas (como na produção de fertilizantes). Tecnicamente, o gás natural “é uma mistura de hidrocarbonetos leves com não-hidrocarbonetos (nitrogênio, por exemplo), sendo o metano (85 – 96% em volume) o principal componente, que se apresenta no estado gasoso nas condições ambientes de temperatura e pressão (1 atm e 25ºC)” . Ele pode ser usado por indústrias, residências e veículos de diversas maneiras, como na geração de energia elétrica ou em processos de aquecimento de água. Uma característica importante do gás natural é que ele se constitui em fonte de energia mais limpa que outros combustíveis fósseis tradicionais como o petróleo e o carvão.

É relevante diferenciar o gás natural (GN) do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - o gás de cozinha tradicional. Um pode substituir o outro, apesar do gás natural ser normalmente distribuído de forma canalizada e o Gás Liquefeito do Petróleo ser distribuído em botijões. Outra característica interessante que diferencia o gás natural do tradicional gás de cozinha é o fato de que quando ocorre algum vazamento, o gás natural, por ser mais leve que o ar, dissipa-se mais rapidamente, enquanto o GLP, por ser mais pesado que o ar concentra-se junto ao chão. O gás natural é extraído de rochas sedimentares, localizadas no subsolo, pode estar as-sociado ou não ao petróleo, e ser encontrado em terra ou em alto mar.

*Fonte: Gas Energy.

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Fonte: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico-MG.

Fonte: ANP.

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bacia do

são francisco

A bacia sedimentar do São Francisco está localizada entre os Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Distrito Federal. A área licitada para exploração do gás natural nesta bacia, em Minas Gerais, é de aproximadamente 100 mil km² e compreende 115 municípios nas mesorregiões Triângulo/Alto Paranaíba; Noroeste; Norte; Central; Metropolitana e Oeste de Minas. Aproximadamente 40% da área já cedida para a exploração encontra-se dentro da porção mineira da SUDENE, caracterizada pelo baixo IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. A existência de gás na bacia do São Francisco é conhecida há décadas pelos sertanejos, que ouviam relatos de poços de água que queimavam e rios que expeliam bolhas de ar que pegavam fogo em seu leito. Hoje se sabe que estes contos foram originados da observação de um fenômeno chamado exsudação, que é o vazamento natural para a superfície do gás armazenado a centenas de metros abaixo do solo.

A observação de fenômenos de exsudação, aliada ao estudo da geologia da bacia sedimentar do São Francisco levou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a realizar nos anos de 2005 e 2008 duas rodadas de licitações que resultaram na concessão para exploração de 39 blocos exploratórios. As empresas atuantes na Bacia são: Petra, Shell, Vale, Petrobrás, Imetame, Orteng, SIPET e Cisco. O Estado de Minas Gerais marca participação nas Rodadas de Licitações através da Cemig e Codemig, que integram grupos consorciados operadores de alguns blocos exploratórios.

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Fonte: ANP. 10

BA

DF

MG

Bacia do rio São Francisco GO BA RJ ES SP MG DF BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

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Por se tratar de porção de terra, o tipo de exploração de gás na Bacia do São Francisco recebe a denominação de “onshore” (terrestre), onde o gás pode ser encontrado em diferentes tipos de rocha e profundidades. No processo de exploração de gás natural, o conhecimento geológico é fundamental e é absolutamente necessário para mitigar riscos da atividade. Como uma primeira etapa do trabalho, as empresas atuantes na Bacia do São Francisco realizaram estudos sísmicos (2D) ao longo de 22 mil quilômetros. Esses estudos foram realizados com auxílio de caminhões que possuem uma plataforma vibratória. Essa plataforma emite pequenas ondas de choque no solo, que são captadas por sensores denominados geofones. Todos os dados captados pelos geofones são coletados e processados. Esse estudo visa identificar pontos de melhor potencial de existência de hidrocarbonetos.

Com a identificação dos pontos geologicamente mais favoráveis à presença de gás, iniciam-se as primeiras campanhas de perfuração, que buscam, em um primeiro momento, maior conhecimento da bacia através da confrontação do conhecimento adquirido durante a perfuração com os dados técnicos obtidos nas campanhas de levantamento sísmico. O gás encontrado nessa bacia possui a característica de não estar associado ao petróleo, diferentemente do que comumente se observa na exploração em alto mar no Brasil, e por se encontrar em um tipo compacto de rocha, as tight sands (arenitos de baixa porosidade e permeabilidade), exige técnicas de estimulação especificas. Esse tipo de exploração com estimulação normalmente é chamada de exploração não convencional. Ressalta-se que a bacia hidrográfica do São Francisco (o conjunto de terras que fazem a drenagem das águas das precipitações marcada por um rio principal e por seus afluentes) é diferente da bacia sedimentar do São Francisco (que é a área de depressão terrestre nas quais se depositaram sedimentos).

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12

benefícios

econômicos

O início da exploração de gás será um grande indutor do desenvolvimento econômico da região, caracterizada por um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e propiciará a atração de grandes empresas que utilizam o gás natural como insumo na produção, além da geração direta de recursos para os municípios, através do pagamento de “Royalties” (tributos pagos pela exploração). As perspectivas, portanto, são de elevação do emprego e da renda regional.

Para se ter uma ideia, apenas na exploração do gás natural, são necessários sondadores, assistentes de sondadores, torristas, plataformistas, auxiliares de plataforma, operadores de vibroseis, instaladores de geofones e cabeamentos, operadores em bombeamento de alta pressão, técnicos em petróleo (conhecimento do maquinário), técnicos em geologia, técnicos em eletrônica, técnicos em mecânica, técnicos de segurança, técnicos em meio ambiente, técnicos em química, técnicos em enfermagem, eletricistas, mecânicos, auxiliares eletro-mecânicos, almoxarifes, motoristas, sem falar nos próprios engenheiros e projetistas.

A criação de todos esses empregos diretos também terá o efeito de dinamizar a economia local, de forma que ela passe a suprir as novas necessidades dos trabalhadores.

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Além desses benefícios para os municípios dentro da Bacia do São Francisco, o estado inteiro se beneficiaria com o gás natural competitivo (seja como fonte energética, seja como insumo para a indústria petroquímica), uma vez que isso significaria redução de custos de produção, gerando maior competitividade e, consequentemente, maior produção. O artigo da próxima página ilustra os benefícios da expansão da produção do gás natural não convencional nos Estados Unidos.

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14

O papel dO gás na

recuperaçãO ecOnômica

dOs estadOs unidOs

da américa

A partir de 2002, o aumento do preço do petróleo arrastou consigo o preço do gás natural em todo o mundo. A elevação do preço encareceu tanto o gás que era utilizado como fonte de energia, quanto o que era utilizado como matéria-prima (para a produção de fertilizantes e polietilenos), o que fez com que os Estados Unidos perdessem competitividade em relação a outras regiões que possuíam fontes energéticas mais baratas ou maior oferta do gás como insumo. Sem o aparecimento de novas tecnologias, os EUA teriam aumentado ainda mais a importação de gás como insumo e também de petróleo como fonte energética.

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15 Em 2006, o preço do gás desvincula-se do preço do óleo, voltando a um nível competitivo. A partir de 2009, a derrubada dos preços do gás natural tornam os Estados Unidos líderes em competitividade no mundo, o que levou desenvolvimento não só às indústrias petroquímicas como também a diversas outras empresas graças ao barateamento da energia. Isso só foi possível graças aos avanços em novas técnicas que viabilizaram a produção de gás em determinadas bacias, causando uma redução dos preços e uma melhora da competividade do país. Pode-se, inclusive, afirmar que os EUA, em um curto espaço de tempo, passarão a ser novamente exportadores de derivados petroquímicos, com um cenário futuro promissor. Atualmente, o país conta com mais de 10.000 produtores (as 20 maiores empresas produzem 50% do gás), 155 empresas transportadoras (sendo 44 empresas de transporte interestadual), 1.300 empresas de distribuição local e cerca de 300 comercializadores. Há cerca de 59 milhões de consumidores residenciais, 5 milhões de consumidores comerciais, 235 mil consumidores industriais e cerca de 1.000 geradores.

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Embaixo dEssE

solo Está uma

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quE dEmanda

uma tEcnologia

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Referências

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