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UM NOVO OLHAR SOBRE A MATEMÁTICA ELEMENTAR

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Academic year: 2021

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(1)

UM NOVO OLHAR SOBRE A

MATEMÁTICA ELEMENTAR

Rafael Filipe Novoa Vaz

&

(2)

TODO PONTO DE VISTA

É A VISTA DE UM SÓ PONTO.

(3)

UMA PREOCUPAÇÃO ACADÊMICA

Muitas

vezes

o

discurso

dos

professores

universitários,

dos

palestrantes e dos livros está muito

distante do cotidiano escolar.

(4)

PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS SOBRE A

MATEMÁTICA ESCOLAR

Ela não tem uma essência. Pode ser praticada de maneiras

bem diferentes, com interesses sociais, políticos e

econômicos bem distintos.

Se por um lado ela mostra mostra-se um meio de

implementação de uma lógica de dominação e controle,

por outro, ela promove a cidadania crítica.

(5)

ADESTRAMOS OU ENSINAMOS?

VALORIZAMOS O DECOREBA OU O

PENSAMENTO?

(6)

O QUE É A DIVISÃO?

DIVISÃO É UM CONCEITO FÁCIL?

(7)

Será que permitimos que os estudantes

tenham liberdade para pensar?

(8)

COMO ACHAMOS OS DIVISORES

NATURAIS DE UM NÚMERO?

(9)
(10)

ENSINO MARCADO POR REGRAS E MACETES

O ensino de frações tem sido praticado como se nossos alunos

vivessem no final do século XIX, um ensino marcado pelo

mecanicismo, pelo exagero na prescrição de regras e macetes,

aplicações inúteis, conceitos obsoletos, “carroções”, cálculo pelo cálculo.

Esta fixação pelo adestramento empobrece as aulas de matemática,

toma o lugar de atividades instigantes e com potencial para introduzir

e aprofundar ideias fortes da matemática.

(LOPES, 2008)

(11)

“SABER OPERACIONAL”

Fazio e Siegler (2011) definem como saber operacional como sendo

a habilidade de percorrer uma série de etapas para resolver um

problema.

Em linhas gerais, o ensino de frações tem se caracterizado por uma

ênfase no simbolismo e na linguagem matemática, na aplicação mecânica

de algoritmos (sobretudo na aritmética de frações) e no uso de

(12)

NO PASSADO SE ENSINAVA ASSIM...

“Para dividir uma fracção por uma fracção, multiplica-se a

fração dividendo pela fracção divisor invertida”.

Elementos de Aritmética,1920, editora FDT

(13)

“SABER CONCEITUAL DE FRAÇÕES”

“É o conhecimento do significado das frações, de suas magnitudes e

relações com grandezas físicas. Trata-se de uma compreensão de

como

os

procedimentos

aritméticos

com

frações

são

(14)

Precisamos pensar sobre os “porquês”!

O que ensinamos, antes de

tudo, deve fazer sentido

para nós professores. Só

assim, haverá a chance de

fazer

sentido

para

os

alunos.

(15)

VOCÊ CONHECE OUTRO ALGORITMO PARA

REALIZAR A DIVISÃO?

(16)

UM OUTRO ALGORITMO PARA A DIVISÃO DE

NATURAIS!

(17)

QUAL É A MATEMÁTICA DO PEDIR

EMPRESTADO NA SUBTRAÇÃO?

(18)
(19)

ENSINO DE FRAÇÕES:

POBRE EM TERMOS CONCEITUAIS

O conceito de fração nunca é definido claramente e suas diferenças com os

números inteiros não é enfatizada suficientemente.

As complexidades conceituais associadas ao emprego de frações são enfatizadas

desde o início em detrimento do conceito básico.

As regras das operações aritméticas com frações são apresentadas sem relacioná-las

às regras das operações com números inteiros, com os quais os alunos têm

familiaridade.

Em geral, explicações matemáticas essenciais de quase todos os aspectos do

conceito de fração não são dadas.

(WU, p.2, 1999

)

(20)

DICAS PARA DESENVOLVER O CONHECIMENTO

CONCEITUAL NO ENSINO

DE

FRAÇÕES:

Usar representações diagramáticas;

Explore a reta numérica;

Faça conexões com operações com naturais;

Explore as ideias associadas as frações;

(21)

AGORA É A NOSSA VEZ...

A) 3

3

5

− 2

1

5

B)

3

10

+

5

12

C) 3

1

4

÷

1

2

(22)

A) 3

3

5

− 2

1

5

2º modo

3,6 − 𝟐, 𝟐 = 1,4

1º modo

3

𝟑 𝟓

− 𝟐

𝟏 𝟓

= 𝟑 − 𝟐 + (

𝟑 𝟓

𝟏

𝟓

) = 𝟏

𝟐 𝟓

3º modo

3

𝟑 𝟓

− 𝟐

𝟏 𝟓

=

𝟏𝟖 𝟓

𝟏𝟏 𝟓

=

𝟕 𝟓

(23)

B)

3

10

+

3

4

1º modo – Usando o MMC

𝟑

𝟏𝟎

+

𝟑

𝟒

=

𝟑

𝟏𝟎

𝟐

𝟐

+

𝟑

𝟒

𝟓

𝟓

=

𝟔

𝟐𝟎

+

𝟏𝟓

𝟐𝟎

=

𝟐𝟏

𝟐𝟎

2º modo

𝟑 𝟏𝟎

+

𝟑 𝟒

= 𝟎, 𝟑 + 𝟎, 𝟕𝟓 = 𝟏, 𝟎𝟓

3º modo – Usando um Múltiplo Comum Qualquer

𝟑

𝟏𝟎

+

𝟑

𝟒

=

𝟑

𝟏𝟎

𝟒

𝟒

+

𝟑

𝟒

𝟏𝟎

𝟏𝟎

=

𝟏𝟐

𝟒𝟎

+

𝟑𝟎

𝟒𝟎

=

𝟒𝟐

𝟒𝟎

=

𝟐𝟏

𝟐𝟎

(24)

C) 3

1

4

÷

1

2

1º modo

𝟑

𝟏

𝟒

÷

𝟏

𝟐

= 𝟑, 𝟐𝟓 ÷ 𝟎, 𝟓 = 𝟑𝟐𝟓 ÷ 𝟓𝟎 = 𝟔, 𝟓

2º modo

𝟑

𝟏

𝟒

÷

𝟏

𝟐

=

𝟏𝟑

𝟒

÷

𝟏

𝟐

=

𝟏𝟑÷𝟏

𝟒÷𝟐

=

𝟏𝟑

𝟐

(25)

POR QUE NÃO PERGUNTAR “QUANTOS

CABEM”?

1

2

÷

1

8

𝟏

𝟐

÷

𝟏

𝟖

= 𝟒

(26)

3º modo

Quantos 1/2 cabem em 3 inteiros?

6

E em 1/4?

1/2

Resposta 𝟔

𝟏 𝟐

C) 3

1

4

÷

1

2

(27)

REAGRUPANDO...

9

10

÷

3

(28)

USANDO A IDEIA DA REPARTIÇÃO

3/4 : 2?

(29)

ALGORITMO NÃO USUAL PARA A DIVISÃO

𝟗

𝟏𝟎

÷

𝟑

𝟏𝟎

=

𝟗 ÷ 𝟑

𝟏𝟎 ÷ 𝟏𝟎

=

𝟑

𝟏

= 𝟑

𝟏𝟓

𝟏𝟎

÷

𝟓

𝟐

=

𝟏𝟓 ÷ 𝟓

𝟏𝟎 ÷ 𝟐

=

𝟑

𝟓

𝟑

𝟒

÷

𝟐

𝟓

=

𝟏𝟓

𝟐𝟎

÷

𝟖

𝟐𝟎

=

𝟏𝟓 ÷ 𝟖

𝟐𝟎 ÷ 𝟐𝟎

=

𝟏𝟓

𝟖

𝟏

=

𝟏𝟓

𝟖

(30)
(31)

UM OUTRO MODO DE SOMAR

3

10

E

3

4

.

Tomemos o número 20, pois é um múltiplo comum de 4 e de 10.

3

10

de 20 = 6

3

4

de 20 = 15

6+15 = 21

Logo temos 21 de 20, ou seja,

21

(32)

O PORQUÊ DO ALGORITMO DA DIVISÃO DE FRAÇÕES

𝒂

𝒃

÷

𝒄

𝒅

=

𝑎 ∙ 𝑐 ∙ 𝑑

𝑏 ∙ 𝑐 ∙ 𝑑

÷

𝑐

𝑑

=

𝑎 ∙ 𝑑

𝑏 ∙ 𝑐

=

𝒂

𝒃

𝒅

𝒄

outro modo

𝒂

𝒃

÷

𝒄

𝒅

=

𝒂

𝒃

𝑑

𝑐

÷

𝑐

𝑑

𝑑

𝑐

=

𝑎 ∙ 𝑑

𝑏 ∙ 𝑐

÷ 1 =

𝒂

𝒃

𝒅

𝒄

(33)
(34)

PARA REFLETIR...

Se, em nossas ações profissionais, priorizarmos uma

abordagem apenas técnica, com uma perspectiva que

restringe a Matemática a si mesma, poderemos apenas

adestrar a pessoa em habilidades de cálculo e no uso de

algoritmos, negando-lhe o conhecimento matemático

necessário para a leitura de mundo a que ela tem direito.

Beatriz D'Ambrósio

(35)

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

FAZIO, L.; SIEGLER, R. S. Teaching fractions. Educational Practices Series. Geneva. International Academy of Education - International Bureau of Education. v. 22, 2011

• LOPES, Antônio J. O que nossos alunos podem estar deixando de aprender sobre frações, quando tentamos lhes ensinar frações. Bolema. Rio Claro. v. 21, n. 31, p. 1-22. 2008.

• MAGINA, S.; BEZERRA, F. B.; SPINILLO, A. Como desenvolver a compreensão da criança sobre fração: uma experiência de Ensino. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília. v. 90, n. 225, p. 489-510, maio/agosto. 2009.

MERLINI, V. L. O conceito de fração em seus diferentes significados: um estudo diagnóstico com alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2005

(36)

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

• PONTE, J. P. Concepções dos professores de matemática e processos de formação. In: PONTE, J.P. et al.

Educação matemática. Lisboa. Instituto de Inovação Educacional, 1992. p.187-239.

WU, H. (1999). Some remarks on the teaching of fractions in elementar school. Disponível em: http://math. berkeley. edu/~ wu/fractions2. pdf . Acesso em: 05 Maio. 2013

VAZ, R. F. N. Metodologia Didática de Análise de Soluções Aplicada no Ensino de Frações. 2013. 81f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática). UFRJ, Rio de Janeiro, 2013.

VAZ, R. F. N. Divisão de Frações: Explorando Algoritmos Não Usuais. Educação Matemática em

Referências

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