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Academic year: 2021

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(1)

Prof. Rubens Kindlmann

Espécies Tributárias – classificação jurídica

dos tributos e os critérios classificatórios

(teoria

pentapartida

e

tripartida).

Características das espécies tributárias.

Tredestinação das Receitas tributárias e a

vinculação dos serviços. Estudo de Casos

Práticos.

(2)

O motivo

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é

determinada pelo fato gerador da respectiva

obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais

adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua

arrecadação.

A divisão das espécies tributárias ganha lugar à

medida em que a natureza de cada tributo poderá

ser determinante à sua aplicabilidade e à sua

validade.

(3)

Teoria Dualista

A teoria dualista (ou bipartida), liderada por Geraldo

Ataliba separa os tributos em 2 espécies

a)

Os tributos vinculados a atuação estatal (taxas e

contribuições de melhoria)

b)

Tributos não vinculados (impostos)

É uma divisão antiga e válida apenas para fins de

estudo

(4)

Teoria

Tripartite

Vem fundamentada nos Artigos 145 da CF e 5º do

CTN que separa os tributos em três espécies:

a)

Impostos

b)

Taxas

(5)

Teoria

Pentapartida

Divide os tributos em 5 exações autônomas e

independentes

a)

Impostos

b)

Taxas

c)

Contribuições de Melhoria

d)

Empréstimos Compulsórios

e)

Contribuições

EMENTA: (...) De fato, a par das três modalidades de tributos (os impostos,

as taxas e as contribuições de melhoria), a que se refere o art. 145, para declarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. (Trecho do voto do Ministro Moreira Alves, do STF no RE

(6)

Determinação

da Natureza

Jurídica

específica do

tributo

Nos termos do art. 4º do CTN, a natureza jurídica

específica do tributo é determinada pelo fato gerador da

obrigação. Pouco importa a denominação e demais

características formais adotadas pela lei, bem como a

destinação legal do produto de sua arrecadação.

A análise do fato gerador do tributo é determinada pela

classificação dos tributos como vinculados ou não

vinculados.

É vinculado o tributo que, para ser cobrado, precisa de

uma atividade específica do Estado em relação ao sujeito

passivo. É não vinculado quando sua cobrança

independe de qualquer atuação do Estado.

(7)

Impostos

Art. 16, CTN

Impostos

Nominados

(art. 145, I, 153, 155 e

156)

Residuais

(154, I)

Extraordinário de

Guerra

(154, II)

(8)

Impostos

Art. 16, CTN

Paulo de Barros Carvalho: “podemos definir imposto

como o tributo que tem por hipótese de incidência um

fato alheio a qualquer atuação do Poder Público”

(Curso

de direito tributário, 16. ed., p. 36.)

Os impostos são tributos cujo a obrigação tem por fato

gerador situação independente de qualquer atividade

estatal e qualquer contraprestação estatal específica

(9)

O Princípio da não afetação dos impostos Art. 167. São vedados: (...)

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,

ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

(...)

Impostos

(10)

Exceções ao princípio da não afetação dos impostos

1ª Repartição constitucional dos impostos; (art. 158/159, CF) 2ª Destinação de recursos para a saúde;(198,§2º, CF)

Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; (212, CF) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; (37, XXII, CF)

3ª Prestação de garantias para: (Art. 165, §8º, CF)

(i) operações de crédito por antecipação de receita; (ii) a União (garantia e contragarantia); e

(iii) pagamento de débitos para com esta.

Impostos

(11)

Princípio da

não afetação

Exceções à não afetação que evidenciam que a regra é “relativa” Art. 80. Compõem o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza: II – a parcela do produto da arrecadação correspondente a um

adicional de cinco pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, ou do imposto que vier a substituí-lo, incidente sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção do Fundo;

III – o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 153,

(12)

Classificação

dos impostos

Instantâneos, Complexivos e Continuados:

Instantâneos: Fato gerador isolado (transmissão de bens imóveis)

Complexivos: Conjunto de fatos considerados como um todo (renda

obtida ao longo de todo um ano)

Continuados: situação continuada no tempo (IPTU)

(13)

Classificação

dos impostos

Ordinários e Extraordinários

Ordinários - Permanentes,

constituindo receitas constantes do Estado

Extraordinários – Temporários, instituídos para satisfazer necessidades excepcionais de

(14)

Classificação

dos impostos

Diretos e Indiretos –

quando possível a determinação prévia da pessoa do contribuinte (contribuinte de fato e de direito)

quando impossível a determinação prévia da pessoa do contribuinte (contribuinte de fato e de direito)

(15)

Taxas

-

Art. 145, II, CF + §2º

- Art. 77 a 79 do CTN

Taxas

De poder de polícia

(Art. 145, II primeira

parte)

De serviços públicos

específicos e divisíveis

(Art. 145, II segunda

parte)

(16)

Caso prático

Lei 3461/2015 – Município de Gramado

Art. 123-A. A Taxa de Turismo Sustentável será cobrada por unidade habitacional, dos hóspedes, não residentes ou domiciliados no Município de Gramado.

Art. 123-B. A Taxa de Turismo Sustentável tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, por parte dos hóspedes visitantes, da infraestrutura física implantada no Município de Gramado e do acesso e fruição ao patrimônio natural e histórico deste Município.

Art. 123- C. O Sujeito Passivo da Taxa de Turismo Sustentável é o hóspede dos estabelecimentos elencados no art. 123-D° desta Lei.

Art. 123-D. É responsável tributário pelo recolhimento da Taxa de Turismo Sustentável, o estabelecimento onde esteja hospedado o contribuinte, devendo ser efetuada por ocasião da liquidação da conta do hóspede.

Art. 123-E. A Taxa de Turismo Sustentável será devida no valor de R$ 2,00 (dois reais), por cada diária gerada por unidade habitacional, em hotéis, pousadas, resorts e similares.

(17)

Contribuições

de Melhoria

- Art. 145, III, CF

-Art. 81 e 82, CTN

- DL 195/67

Contribuições

de Melhoria

(art. 145, III)

(18)

Contribuições

de Melhoria

- - DL 195/67

Art. 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:

I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos

pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas;

II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e

viadutos;

III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema;

IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;

V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação;

VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e

melhoramento de estradas de rodagem;

VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;

VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

(19)

Empréstimos

Compulsórios

Art. 149, CF

Art. 15, CTN

Empréstimos

Compulsórios

Extraordinários de

calamidade publica

ou guerra (art. 148, I)

De investimento

(art. 148, II)

(20)

Exemplo:

Década de 80

Decreto Lei 2288/86 – Criou o Fundo Nacional de

Desenvolvimento e o Empréstimo Compulsório

Objetivo: Fornecer recursos para realização de

investimentos

necessários

à

dinamização

do

desenvolvimento nacional e apoio à iniciativa privada

na organização e ampliação de suas atividades

econômicas

Contribuintes: exigido dos consumidores de gasolina

ou álcool para veículos automotores bem como dos

adquirentes de automóveis de passeio e utilitários

(21)

Quanto se pagava:

28% do valor do consumo de gasolina e álcool

carburante;

30% do preço de aquisição de veículos novos e de até

um ano de fabricação;

15% (quinze por cento) do preço de aquisição de

veículos novos e de até um ano de fabricação.

20% do preço de aquisição de veículos com mais de um

e até dois anos de fabricação;

10% do preço de aquisição de veículos com mais de

dois e até quatro anos de fabricação.

Exemplo:

(22)

Período de Cobrança: 07/86 a 12/89

Como se resgatava: no último dia do terceiro ano

posterior

ao

seu

recolhimento,

efetuando-se

o

pagamento com quotas do Fundo Nacional de

Desenvolvimento

Exemplo:

(23)

Contribuições

Art. 149, CF

Art. 149-A, CF

Art. 195, CF

Contribuições

Sociais Gerais (art. 149, primeira parte) De seguridade social

Nominadas (Art. 149,primeira parte, c/c 195, I, II e III)

Residuais (art. 149, primeira parte c/c 195 § 4º)

De previdência do funcionalismo público estadual, distrital e municipal (149,§1º)

De intervenção no domínio econômico (Art.

149, segunda parte) De interesse das categorias profissionais ou econômicas (art. 149, terceira parte) De iluminação publica municipal e distrital (art. 149-A)

(24)

CIDE-COMBUSTÍVEIS

Constituição Federal

Art. 177 (...)

§4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:

I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso;

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;

II - os recursos arrecadados serão destinados:

a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;

b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;

(25)

Contribuição de

interesse das

categorias

profissionais ou

econômicas

É a Contribuição para conselhos de fiscalização profissional

Os conselhos de fiscalização profissional são autarquias profissionais que fiscalizam o exercício de profissões regulamentadas, conforme as respectivas leis específicas. As contribuições devidas a tais conselhos, como os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea), os Conselhos Regionais de Química (CRQ), os Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren), são chamadas anuidades. Tendo as anuidades

exigidas pelos conselhos de fiscalização profissional natureza Tributária,

classificando-se como contribuições sociais do interesse das categorias profissionais ou econômicas (art. 149 da CF), submetem-se necessariamente à legalidade, à irretroatividade e às anterioridades, bem como às demais garantias tributárias. (Paulsen, Leandro. Curso de direito tributário completo – 8.ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.)

(26)

Também são consideradas contribuições do interesse de categorias econômicas as contribuições destinadas aos novos serviços sociais

autônomos que atendem a setores específicos

Exemplo: as destinadas ao Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) criados pela Lei n. 8.706/93.

Contribuição de

interesse das

categorias

profissionais ou

econômicas

(27)

Tredestinação

É o desvio da destinação da receita tributária para uma finalidade diversa daquela que se previu inicialmente

ADCT, Art. 76.

“São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às

contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do

Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no

domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas

até a referida data.” ADCT. Art. 76-A

São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Estados e do Distrito

Federal relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem

a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.

(28)

 ADCT, Art. 76-B

São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Municípios relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.

Redações dadas pela EC93 de 8/9/2016

Tredestinação

(29)

A jurisprudência

Ementa: DIREITOS CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO – DRU. ART. 76 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE A ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE DA DRU E O

DIREITO À DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA PROPORCIONAL À

DESVINCULAÇÃO. ILEGITIMIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A questão nuclear deste recurso extraordinário não é se o art. 76 do ADCT ofenderia norma permanente da Constituição da República, mas se, eventual inconstitucionalidade, conduziria a ter a Recorrente direito à desoneração proporcional à desvinculação das contribuições sociais recolhidas. 2. Não é possível concluir que, eventual inconstitucionalidade

da desvinculação parcial da receita das contribuições sociais, teria como consequência a devolução ao contribuinte do montante correspondente ao percentual desvinculado, pois a tributação não seria inconstitucional ou ilegal, única hipótese autorizadora da repetição do indébito tributário ou o reconhecimento de inexistência de relação jurídico-tributária. 3. Não tem

legitimidade para a causa o contribuinte que pleiteia judicialmente a restituição ou o não recolhimento proporcional à desvinculação das receitas de contribuições sociais instituída pelo art. 76 do ADCT, tanto em sua forma originária quanto na forma das alterações promovidas pelas Emendas Constitucionais n. 27/2000, 42/2003, 56/2007, 59/2009 e 68/2011. Ausente direito líquido e certo para a impetração de mandados de segurança. 4. Negado provimento ao recurso extraordinário.

(30)

Contatos

Rubens Kindlmann

Kindlmann

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