mburgo Bombardeada
Treze Edifícios
Destruídos -- Dizem
de Berlim
Abatido Um Único Apparelho Aluado
i
Diário Carioca
Fundador: J. fi. DE MACEDO SOARES
anno xiii .- numero 3.673 II Director: HORACIO DE CARVALHO JÚNIOR || rio de janeiho - brasil
JUNHO
São David7
SEXTA - FEIRA
^ammmWv^^W^W^r^i^' "*lAu ''''¦ JM ^W ^W\ ^^ - ^B$'ÁW\General Vuillcmln «liefe de aeronáutica frncewi
BERLIM, 6 — (U.
P.) — A D. N. B.
infor-ma que vários aviões
alliados bombardearam
a cidade de Hamburgo,
i Treze edifícios foram
destruídos. Houve tres
mortos e 21 feridos,
dos quaes dez
grave-mente.
i
As baterias
anti-ae-reas de Hamburgo
aba-teram um dos
appare-l?'f>«? atacantes.
0 Duque de Windsor
Renunciou
Destruidas Centenas
de Tanks Allemaes!
Mantem-se Firme a
Linha Weigand Ante
a Oftensiva Gigante! I
outro lado,
proseguiu
ria
No dia de
hontem,
36 fesa anti-aereti.
Sete
ou-destruição do ramal ferro- aviões inimigos foram aba- tros foram
attiiVgidos
o.
viário e das
usinas
do tidos com
certeza,
pela provavelmente
destrui-libeno.
nossa aviação de caça e de-
dos".
rio
PARIS, 6
(Havas)
—~ dos,
susteve, sem
cessar,
ram se infiltrai* até o
Foi hoje á tarde fornecido nossos soldados de infanta-
Bresle.
o seguinte
communicado ria e artilharia.
Na rerrião :*de
Lnilettc,
official
"O
combate continuou
in-tenso durante todo o
dia
sobre a frente
compreen-dida
entre o mar e a
re-gião do
Chemin des
Da-mes.
NOTICIA-SE. EM XONDRES QUTETO~i;X-IÍEI .TERIA Dfl-r XADO SEU POSTO JOE
OFFI-Cl AL DE LIGAÇÃO LONRES. 6 (Havas) — No-ticia-se nesta capital que o Duque de Windsor renunciou no seu posto de official de li-gação entre os exércitos britan-nico c francez.
O numero de carros des- igualmente, os,;. destacamen-truidos ô considerável: ul- tos allemaes puderam in-trapassa varias centenas. vestir até a importante nl-Diante desse ataque sem tura da margem norte do precedente das massas ini- Aisne.
migas, algumas de nossas- Ao cair do dia, a batalha unidades foram desborda- continuava sempre violen-O inimigo lançou em das e transpostas, parti- ta. \M
muitos pontos do campo de cularmente na região do O moral dàs nossas tro-batalha novas massas de 'Sommc inferior onde ele- pas é esplendido,
carros de assalto, por gru- mentos inimigos consegui- A nossa aviação, por
pos de 200 a 300. Pode-se>= > ==
avaliar em 2.000 o numero desses carros que, desse modo, entraram em com-bate.
Nossas divisões bateram-se magnificamente susten-tadas pelos seus pontos de apoio. Batalhões, compa-nhias, secções de baterias ¦fiHírentãram. o avari^ò: màs; siçodos carros de assalto, destroçando-os com as suas armas.
A nossa aviação, atacan-do fortemente a canhão e a bombas os carros
blinda-Firme a Collaboracão
Militar Anglo-Françqf urca
Os Circulos Militares de AhkaraJulgam
Evitada a Entrada da Italia na Guerra
ANKARÁ'. 6 (Havas) - Em- 0'ient« Mediterrâneo, deixava quanto o general Mittelhauser, hontem esta capital onde se substituto do general Weygand encontrava desde a ultima_se-no commando das tropas do .Bunda-feira, de regresso aBey-Em Berlim Considera-se
Prematuro o Balanço
Detal hado das Operações
Reconhecida a Feroz Resistência dos Francezes — Os Senegalezes
Em-i,enharam-se na Luta Corpo a Corpo, Usando Machadinhas
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conimnndo nuphntOKrii|)lil na, "front" unindo de um iioxlo
Auxilio Immediato aos Aliado s!
E' ESSE 0 APPELLO QUE SE OUVE DOS JORNAES E REVISTAS
DOS ESTADOS UNIDOS
Os Embaixadores Americanos Em Paris e Londres Pedem Que Se
Inten-sifiquem a Producção de Abastecimento de Guerra Para os Alliados
Wimvm^kmWSé^^^
pmlerojio
BERLIM, 6 (TJ. P--» —pi-zla-sè nos circulos autoriza-dos, esta noite, que as tropas allemãs pròseguinm sua ofien-siva ao longo de toda a fren-te de 240 kiíometros, que se estende do canal da Mancha, até Soissons, e, ainda <iue nao detalhasse óffloialmente os no-mes dos pontos alcaiH-ados, as-segurava-se que a linha Wcy-gaiid sofíreu importantes bre-chás principalmente perto cie Amiens e Peronne,, assim como
ennhno írnflcç» de 101 niHH melros»
nas immccliacões da costa ma-ritima.
Segundo parece, o impulso principal esteve a cargo da ala direita, num movimento paral-leio á costa, em direcçao ao Havre, na desembocadura do Sena. Aquella cidade e as lo-calidades costeiras de suas vi-zinhancas constituem objecti-vos militares de primeira or-dem, pois se caissem cm mãos dos allemaes, ficariam cortadas, de uma maneira èífectiva, as
communicações entre a In-glaterra e a França. Em mo-mentos em que os francezes necessitam dispõem de* todo seu poder defensivo, a queda de Savre constituiria uma gran-de gran-derrota. Nos circulos rriiii-tares desta capital ádmitte-se que a resistência que offerecem os francezes ao longo da costa é muito enérgica e in-tensa.
Assegura-se também que. as
itCouuluc ne 18.* pogiua)
Ismet Inonu, presidente da Turquia
routh depois de ter-se avista-do com o presidente Ismet Ino-nu, com o marechal turco Fevzy Chalmak e com o sr. Saradjo-glou, ministro dos Negócios Es-trangeiros, os circulos bem in-formados annunciam o proxi-mo regresso de Beyrouth, do general Assim Gunduz que ha-via deixado Ankará no dia 24 de maio em viagem para Alher afim de estudar certos proble-mas em collaboracão com o Estado-Maior Francez das tro-pas do Levante.
Essa viagem, que coinclndlu com a estada do marechal Chalmak em Beyrouth e Haifa, demonstra a perfeita ligação entre os Estados Maiores inglez, francês e turco, em relação ás questões militares no Oriente Mediterrâneo..
Os círculos militares turcos de Ankará julgam que o pio-blema 'da entrada da Italia na tmerra, parece senão evitado pslo rfienos ' acuado e o presi-dente Ismet Inonu deixou ntem Ankará para Stambul on-passará algur s dias na sua re-sidencia o> verão.
Entretanto, em Ismir, onde reside importante colônia ita-liam;, as mulheres e crennças Italianas partiram repentina-mente para a Italia.
A mesa da Asscmbléa Naclo-nal recebeu hoje para ractlli-cação a Convenção de amizade o boa vizinhança lurco-syría.
NOVA YORK, 6 (Havas) — A' medida que todos os jornaes e revistas de grande tiragem tomam, cada vez mais nitida-mente, posição favorável ao "auxilio Immediato aos allia-dos, sob qualquer forma", é interessante notar que as car-tas dos "isolaaioniscar-tas" des-appareceram inteiramente das columnas de "corresponden-cia". Foram substituídas pe-Ias que approvam a attitude indicada acima e geralmente confiam ao governo a tarefa de escolher a melhor forma de auxilio.
Não se trata — como podia imaginar-se — de uma campa-nha de imprensa, pois é conne-cido o cuidado que os jornaes dedicam em acompanhar a opinião da maioria de seus lei-tores, embora isso possa ser j unicamente para manter as columnas de "corresponden-cia", úteis ás empresas, do ponto de vista commercial.
Além disso os commentaris-tas notam um resurgimento patriótico nos Estados Unidos, embora seja preciso distinguir essas manifestações dos rui-dosos meetings caracterizados por desfiles com bandeiras e cantos orpheonicos.
Trata-se effectivamente, co-mo o constata hoje em seu ar-tigo diário a senhora Roosevelt, esposa do pesidente, de um de-sejo apaixonado que os norte-americanos sentem de
com-preender o significado das pa-lavras democracia, liberdade e da expressão "morrer pela pa-tria". A cohesão nacional, n-ção aprendida pelos Estados
f?!-.-»*f!»¦<«»'¦
¦ ¦ >m 'Tüf • «^ -'""'^
Embaixador Joscph Kencdy Unidos nos campos de batalha da França, durante a ultima guerra, se affirma agora ern face dos novos acontecimentos, com mais força do que nunca. Justamente por isso não se tra-ta mais da questão dos -"nego-ciantes de armas e banqueiros de guerra" e sim da defesa nacional.
A senhora Roosevelt que tal como o presidente, conhece fl sente a America do Norte,
es-- m^m* es--» 4> ja *
"SÃO PAULO" COMPANHIA
Nacional de Seguros de Vida
SUCCURSAL NO RIO DE JANEIRO : AV. RIO BRANCO N.° 114 - 6." ANDAR
Directores - DR. JOSÉ' MARIA WHITA.KEH
DR. ERASMO TEIXEIRA ÜE ASSUMPÇAO DR. J. C. DE MACEDO SOARES
creve hoje: "E* talvez chegado o momento de cogitar sobre o que é a cidadão norte-america-na. Em janeiro de 1834, din-gindo-se á Câmara Franceza. Lafayette escrevia: "A liber-dade não é nunca um pheno-meno estático. Ella deve sem-pre ser conquistada e recon-quistada. E' uma coisa viva » nunca deve ser considerada como assumpto secundário. A difficuldade para nós, nestes tempos difficeis, é talvez o sa-ber onde estamos e, para cada um individualmente, decidir o que desejamos fazer para nos-so pai'* e os outros. Essas de-cisões são sempre difficeis de adoptar".
A ACÇAO UOS
EMBAIXADO-RES KENNEDY E BULLIT
WASHINGTON, 6 (United Press) — Confirmaram-se na Casa Branca as informações procedentes da Europa, segun; o as quaes os embaixadores em
«.Concilie nn 7." iiiiK'iii'0
Vôos de
Reconheci-mento Sobre
Aero-dromos Inglezes
#¦**-* •* -aT^r ¦nrirmr-r+m*mr*rmT+r>+ -*r^'-» » * ¦-*r-r-#**#--r*ér*r-*#*r«-r»r-r'*T „
SO.*M OS ALARMES AF.REOS DE riTJRHAM A KENT LONDRES, (i (United Press) — Os aviões allemaes, peln se-gunda vez em 24 horas, realiza-ram hoje vôos de recon' pci-mento sobre os aerodromos da Royal Air Force, ao lonrto rio de uma frente de 3nrj tnjlhns; Os alarmes aéreos d° IVrhi^m a Kent duraram de 60 a 90 minutos.
Os apparelhos allemaes so-mente arremessaram bombas em Lincolnsihre, sem cÓntndo causarem damnos apreciáveis.
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DIÁRIO CARIOCA — Sexta-feira, 7 de Junho de 1940
COMMENTARIO INTERNACIONAL
O COMMENTARIO INTERNACIONAL
A BATALHA DA FRANCA
No seu discurso de hontem, Reynaud encara a
situação com sereiiidade e confiança, tendo
annuncia-do quo a batalha da França está senannuncia-do travada com
decisão e energia
Sobre o aspecto militar da luta, o generallsslmo
Weygand fez uma declaração francamente òptimlsfca.
Desta vez os francezes não foram surpreendidos pelos
novos methodos tacticos e estratégicos empregados
pelo inimigo. Foram esses novos methodos que
pro-duziram o triumpliO allemão no Mosa. Essas
conse-quencias da ruptui do systema fortificado francez,
com o fracasso do exercito commandaclo pelo general Corap, foi aberta uma grande brecha, que permittiu às columnas motorizadas do Reich um passeio quasi tran-quillo até ás poitaü da Mancha.
O trabalho desse colossal, desastre, segundo a ex-pressão de Churchlll, foi a retirada da Flandres, com a
resistência épica en. torno de Dunkerque. Agindo
muito habilmente, Weygand não empreendeu uma
con-tra-offensiva immediata para salvar a situação das
tropas da Flandres. Deixou que as mesmas se salvas-sem com seus próprios recursos e com o auxilio da
po-deroslssima esquadra íranco-ingleza. O commandante
dos exércitos alliados preferiu organizar a resistpncia
numa extensa linha que vae da embocadura do
Som-me até MontSom-meciv. Essa linha já tomou o nome de
Weygand. E com essa denominação passará a
his-toria. .
De accordo com os últimos telegrammas, os fran-cezes tambem estão oppondo novos methodos de luta
para enfrentar o ataque inimigo. Como as grandes
ar-mas allemãs, ou melhor, as que rovoluçicnaram a
çon-cepção defensiva adoptada pelo exercito francez,
*o-ram as suas divisões motorizadas, todo o esforro de
Weygand concentrou-se em dar combate aos tanks.
No Mosa, os francezes não puderam entrem ar
essas divisões blindadas, em narle nela surpresa e
parte pela deficiência de suas armas, anti-tanks.
agora a situação é diversa. Foram preparadas
numero-sas armadilhas contra os carros couraçados e
emnre-gadas novas tactlcas. Nesse sentido, foi muito
prwei-tosa para os francezes a exneriencii do exerci o
ílnian-dez contra o ataque dos tanks soviéticos.
Isso sisnificB que a nova offensiva allemã nao
trouxe surpresa. Pode portanto ser contida pelos
ai-liados, que não se contentarão com uma guerra
de-íensiva, segundo annunclou Churchill ha tres dias.
Ainda é cedo para fazer-se qualquer prognostico
sobre a situação militar, mas é evidente que o exercito francez está combatendo com energia e o valor que • o mundo inteiro reconhece e admira.
AppHcada no Combate aos
Tanks a Tactica Finlandeza
em Já
PARIS, 6 (De Axel de
Hols-tein, da agencia Havas) -— A
violência da batalha octual
ul-trapassn, agora, o Ímpeto da
luta no Mosa. O canhoncio e O ruido das explosões se estende a cerca de cincoenta kilometros para a rectaguarda da zona de fo«o. Aliás não se trata mais dc unia batalha linear mns sim de combates que se estendem por mais dc uma dezena do kiloine-tros de profundidade.
Combates em toda a norte, do
mar ao Chemin des Domes e,
principalmente, ao sul dc
Amiens c Abbcvllle, no Oise c no Aillctte. Os nontos de apoio dos francezes. cercado pelo
ini-mino constituem verdadeiras
foitolczos oue as ondas de
çar-ros de 'assalto allemães
(ealcu-lados pelo eeneral Weyiíand em mais de a.000) agindo cm rtu-pos dc Ü0O o 300, tentam trans-por. Eril alguns pontos o con-seguiram, mas deixaram
dean-te das aldeias fortiticadas. no
fundo dns fossns transformadas em armadilhas e nos diversos
bosques; numerosas enreassas
incendiadas e perfuradas pelos
espiões das defesas contra
innks. , .
Na maioria das vezes, quando não podiam transpor os obsto-culos. os tanks allemães faziam desvios, porem, odeante. iam en-contrur um novo nonto tão so-lidnmonto armado e dcicndido com a ni"sma resolução aue os anteriores.
Com a tactica dc evitar esses
obstáculos, aliiuns erupos de
carros de assalto, sem qunlaner
apoio na infantaria chegaram
por Vezes a se infiltrar muito
Imite. Porém, nunca chefiaram além do dez ou doze kilometros e na maior parte dos casos,
cru-pos blindados allemães foram
definitivamente detidos, fosse
por depararem obstáculos que
não podiam transpor ou evitar, ou Dor terem falta de Razolina.
0 PANORAMA DA GIGANTESC A LUTA AO LARGO DA LINHA
WEYGAND - OS ALLEMÃES CONSEGUEM FAZER
INFIL-TRAÇÕES DE TROPAS MOTORIZADAS MAS SEUS CARROS
DE ASSALTO SAO DESTRUÍDOS
AFASTADOS DO GABINETE FMNCEZ OS
ÚLTIMOS PARTIDÁRIOS DE MUNICH
Daladier e Monzie Saíram Definitivamente do Scenario Governamental
i ¦""»
PARIS. 6 (U. P.) — O afãs-lamento dos últimos "partida-rios de Munlch" e a nomeação do general Degaule para chefe do Ministério da Guerra, são ou-tros factores indicativos da re-solução do coverno do sr. Paul Reynaud de pmsepruir decidida-mente a cuerra e dc fortalecer as unidades motorizadas de seus exércitos; modernização esta que
aquelle chefe havia proposto
muito unles aue Hitler pensas-sc em offerecer essas vantagens
de mobilidade ás forcas do
Reich.
Com « novn reorganização do Gabinete, o sr. Reynaud nssunic o maior poder pessoal que .iá-mais desfructoii estadista rilgiun
na Franca, desde a época de
Clcmenccnu. EITcctivomcntc. o
chefe, do Gabinete tem agora o
commando directo e pleno da
guerra e da paz, cm seu cara-ctor de titular das pastas da De-fesa Nacional e das Uelaçõos Ex-teriores; Ademais, noz á fronte da pasta da Fazenda, o sou oro-tecido, sr. Boutliillier.
No Gabinete nue assumiu suas funeções esta manhã, lá não
fi-cura nenhum "partidário de
Mu-nich . pois os últimos elemen-tos dessa tendência. Daladier e De Monzie. desnppareceram do
scenario governamental,
junta-mente com o "clnudicante" Sar-raut, os quaes nem se moveram
quando Hitler deu o primeiro
•passo em seu plano
èxoonsionis-ta, ao invadir e mililarizar a
Rhcnania, em 11)36. .
O afastamento do sr. Daladier coincide precisamente com o il"
anniversario de sua actuqçap
constante no governo. Com cf-feito, faz hoje tres annos desde x a data em ane o primeiro «ahi-note da Frente Popular do. sr. I.éon Blum assumiu as rédeas do poder, figurando o sr. Da-ladicr á frente da pasta da Dc-fesa Nacional.
Contrariamente ao. que
consi-jjnnram alcumas informações,
não houve crise ministerial; mas sim, uma simples reorganização
do Gabinete. ,
O sr. Hevnaud manobrou com
summa habilidade, evitando
complicações narlanientares. pois o novo Gabinete não renresen-ta mais de 20 nor cento dos vo-lo* do legislativo.
Si se tivesse verificado a rc-nuncia do Gabinete, o sr. nev-naud se leria visto obrigado a. de accordo com a tradicepo
par-lamentar, convocar ambas as
Câmaras afim dc
apresentar-lhes o novo Gabinete, antes de
»«Mimir definitivamente o
uo-der. . ...
Atfi agora não foi determina-da determina-data alttuma em definitivo
para o reinicio dos trabalhos
parlamentares, o oue pcrmitti-rá ao Poder Rnc-uIivo nrose.-nur indeflnidomirmte enm sun tarefa sem necessidade de con lar com
d apnrnvacão de senadores c
derjuladns.
Além dns modificações
J.ntro-dKZidas hotilcm no Gab'ne?e.
informou-se hoie sobre outra
murinhe» de iiitimo momento,?-.A
desi^^-cãn do diríTente
oarln-•mentir rn d íc? Usbc.ln 1.! st n; sr.
Albert Chicberv. narn a. pasto
dn C.ommç.rc.io; orn substituição
dr. «r I.éon Barctv.
Destaca-se sitmifiçaHyamçnlr
mie o afastamento do sr. Dala-riier. O nn"1. cm Gabinetes sue-CCSSlvos e durante muito t"m"'.\ rrtivero n con tro''1 dn nar'e ni-réctanicnti vinculada ás fnrean j,^,T,.orios rii nocãri rrimeide com
:i entradi do ife"Pi'iil r*-.^-;".'
r. i a direcção danuclle Mm
s-C0°'ceneral
r«"nníe. recente-m-"'e nrnmovidri no posto im-p,. rijotamçnlè siinorlor. «onerai A„ \.,.:rmrl:i. hpvin iniciado dos-ri„ in?r, se"* esforços nana nue *, Tr,-T,nn .ir,n"!'":c.e nõVO SVS'.C.-nvi do riirifÍérnizneT.0 do ?cu f-orrtlo. Snns iKenrins pão en-rnntrwim óco nom nnoio nro-„:,.:-, rípclirinVIi-sR nrcP^nmen-te o'sr Daladier entre anudles mie mnis contribniram nora. nue -•vnS sufifiestões fossem
re.ieita-das.
Nilo esmoreceu. entretanto, o
então coronel Doftaule cm seus esforços e conseguiu Interessar o sr. Reynaud cm seus planos. O actual chefe do Gabinete, que compartilhava de seus pontos do vista, traduziu seu apoio em fór-ma de apresentação de um Dro-jecto de lei cm aue se incluiu o plano, pleiteando a criação dc 11 divisões mecanizadas.
A attitude do sr. Daladier e a
frieza com que o Parlamento
colheu o idéa, deitaram por ter-ra esses planos, depois do que a Allemanha sobrepujou rápida-mente a Franca cm matéria de tanks, apesar de ter sido esta
arma introduzida durante a
Grande Guerra pelo «cneral
francez Elicnne.
O general Desaule inspirou
posteriormente o livro do sr.
Reynaud "O problema militar
francez". no qual se pugnava lambem em favor das unidades
do tanks. Anuelle chcle teve
opportunidade de mostrar hu
pouco, praticamente, a
impor-tancia de suas theorias. Com-mandara as columnas
mechani-zódns francezas que aetuaram
no norle de Laon quando os ai-lemács abriram passagem em um raio através do Mosa. a 13 dc maio. Com seus tanks, o
gene-ral Dcpaule anniquilou uma
" panzerdivizionen " inimiga comiiloH, formada por centenas dc Innks.
Esta manhã, o sr. Reynaud re-cebeu em seu cahinete,. do Mi-nislerio da Guerra, o vicc-almi-rante francez Abrial, a quem Je-licilou nela fôrma nor nue
na-via dlricido a evacuação das
tropas franco-britannicas de
Dunlserque.
O vice-almir.ante Abrial. que
chetou n Paris via Londres,
compareceu ao Ministério
acom-panhado do commandante era
chefe da frota franceza.
almi-rante Darlan.
O novo Gabinete Reynaud
reuniu-se esta tarde. As 16.30
horas, em Conselho de
Minis-tros.
A reunião foi realizada no
Palácio do F.liseo e foi prcsid-da pelo primeiro magistrado aa
nação sr. Albert Lebrun, QUEM E' O NOVO MINISTRO
DA EDUCAÇÃO NACIONAL PARIS. 6 (H.) — O sr. Yvon Delbos. que assume a nasta au Bdunbcão Nacional, em
substi-tuicão do sr. Albert Sarraut.
nasceu em Thonac. denartamen-to dn Dordonha. em 1885.
Antigo alumnn da Escola Nor-mal de onde saiu em 11)11.
de-pois de completar o curso de
letras, entrou oara o jornalis-mo.
Collaborou cm numerosos
or-fiãos dc Paris e dos
departa-mentos. Por fim assumiu a di-roerão do "Radical . na auali-dade de rcdaclnr-rhcfe.
Mobilizado cm 1914 como sar-Cento de infantaria, foi ferido e passou para a aviação. Nova-mente ferido foi d"ns vezes ci-tado na ordem do dia.
Em fins de 1010. fundou o
nrcâo "Ere Nouvelle". nntes de
dar o seu concurso á "Depecne
de Toulouse". 'nllo . .
Eleito deputado em 1028, foi reeleito cm 1932 c 1936.
Filiado ao Partido Radica t-SO-cialisla. foi sub-secretuno do en-sino technico e bellos arles no Gabinete Paiiíleve e em 1925 foi desistindo para titular da pasta da IristruQCão Publica.
Publicou na imprensa e cm
sefüiidn intitulado "Experienco
nóii"c". uma série de artigos em que dá as suas impressões.;so-bre n viagem realizada á URSS.
Vlec-nrcsidente da Câmara
pacional-socinlista foi nor mais rio uma vez convidado ndo pre-sid-nlè da Republica a formar
o r-abinete. , ,
Fm 10.'íii. entrou como
mjnls-tro da Jiislica oaro o
Minis-lerio Sarraut. Esteve n frente
do Quai d'Orsay. em 1936 e 1937
nos gabinetes Blum e
Cnau-tempn.
Chamado pelo sr. Daladier
para dirigir a nasta da Educa-cão Nacional na remodelação dc 13 dc setembro de 1939. não
en-Irou, entretanto, no Gabinete
"ovnaud, auando foi
constitui-do. „ ,.
O sr. Jean Prouvost escolhido para a pasta dns Informações, é nntiirnl de Roubai*; descenden-fe de uma familia tradicional de fahricnntes de tecidos de Ia.
Nada parecia Dredcstinnl-o ao Brande jornalismo de informa-ção. embora houvesse feito
«e-rios estudos tanto cm Franca
como no "Bcnumont Collcge . na Inclaterrn.
Depois de varias viagens ao
cstranffeiro, o actual ministro
dedleou-sc inicialmente á
indus-tria de tecelacem de lã.
com-quanto sempre se mostrasse at-traido pelo jornalismo.
O novo titular das
Informa-ções. fez toda o guerra como
combatente. Terminadas ns
hos-tilidades, loco cm seguida ao
armistício, adquiriu o jornal
"Paris Midi" oue então conta-va o tiraeem de 5.000 exempla-res. mas que dentro cm Douço
veiu a assumir a importância
aue ainda conserva.
Em 1930. Jean Prouvost collo-ca-sc á frente do "Paris Soir" que è hoje um dos mais
impor-tnnles quotidianos do mundo. Mas essa simples formula de um diário mesmo de enorme
ti-ragem não podia satisfazer a
um espirito dominado oor idéas novas.
Assim é que succcsslvamcnfe
Jean Prouvost funda o "Paris
Soir Dimanche", o
hebdomeda-rio "Maric Claire" e "Match".
Dirice, outrosim, "Pour
Vous" e foi o cr'"dor do posto emissor "Radio 37".
O novo titular realizou fre-auentes visitas particularmente aos Estados Unidos e á
Gra-Bre-tanha, onde conta numerosas
amizades com personalidndes
políticas e directores da grande imprensa.
APRESENTAÇÃO DOS NOVOS MINISTROS
PARIS, 6 ÍH.) — O sr. Paul Rcvnnud. presidente do Conse-lho e titular dns pastas da De-fesa. Guerra e Nccocios Estran-Ceiros, apresentou ás 16 horas
ao presidente Lebrun, os seus
novos collo boradores: Georges
Pernot, ministro da familia
franceza: Yves Routhillier.
ml-nistro das Finanças; Frossard.
ministro das Obras Publicas:
Jean Prouvost. ministro das
In-formações; Chichery, ministro
do CónimerciO e Industria: Yvon
Delbos, ministro da Educação
Nacional: eeneral DeCaullc.
sub-secretario da Defesa
Naco-nal' FévHer. seeretado de Esla-do dns Obras Publicas.
O chefe do Governo c os seus
collnhòradòres debrram o Pa
•¦-cio do Elvsco, ás 16 horas e 30 minutos,
VIBIONT": ATtTlGO DE "LE TEMPS"
PARIS. 6 CH.) — Sob a
epi-«raphe "Salvação Publico . "Le
Temos" exnmirta a remodelação
do gabinete Paul Rcvnaud «¦
friza:
"No momento actual todns as questões do nessons devem ser subordinadas ã salvação dn Pa-tria.
Tudo quanto a França deseja é ser dirigida', é obedecer.
Ohe-decerá eom confiança, com
enerfíia onda vez mnis forte, aos sons chefes civis e militares des-de que estes disponham dn mes-ma cnercin e esteiam nromotos n p«-.;"mir as suas resnonsnbili-dades";
O "Le Temps" concilie que
não hn nada de desesocrador.
tanto mais auanto nada nóde have" de desesnnvndor emquan-to não fór vencida a vontade emquan-
to-, tal e absoluta da nacao fran-¦«8».
Encomrnriim-se "paralvzndos e bloqueados" poro emprecar a expressão utilizada pelos finlan-dezes nor oceasião dos
memora-vels combates contra as
divi-soes motorizadas soviéticas e
quando destruíram mais dc 1.200 tanks com um processo muito
semelhante ao que está msoru
sendo empreendo na França. Uma vez privados das possl-bilidades de movimento .— que é um dos factores essenciaes de seu poderio — os carros
blin-dados podem, durante alcumas
horas, se defender com o fogo das metralhadoras e canhões, po-rém, tornum-se presa fácil dos adversários aue dispõem não só
dc copioso armamento -
anti-tunk e poderosa artilharia co-mo tambem — c isto é oue os
finlandczes não tinham —. de
outros carros blindados o uvioes especializados nos bombardeios, no vôo em mergulho.
Os aviões francezes não se
contentam, porém, cm liquidar os tanks assim bloqueados, moís, procuram os adversários dessa
espécie em todos os logares.
mesmo nos pontos de partida. Loco que é assignalado um gru-po dc tanks. as bombas chovem em torno, os apparelhos dc
us-salto caem em mergulho e
abrem foCo com o canhão, cujo neaueno proicctil pcrfunmte
dç-monstrou ser terrível quando
bate cm cheio na couraça que fôrma o tecto do tank.
A maior parte dos carros de
assalto foram cffcclivamcnte
Drotecidos contra os tiros das
armas terrestres. Principalmente
nos fianças foram collocadas
grossas blindagens. Para evitar
um accrcscimo da tonelacejn
desses miichinismos no logur do "tecto" foram collocadas sim-pies placas espessas mas desti-nadas unicamente a tiroteccr os tripulantes contra os estilhaços dos obuzes.
Além disso, se possuem um
armamento temível contra os
adversários terrestres, os carros não possuem armamento antl-aéreos e o seu campo de obser-voção aéreo é muito pequeno. SA podem ser defendidos contra ataques aéreos pelos elementos
de infantaria de
acompanha-mento. Porém, até esses fpram tambem atacados a metralhodo-ro pela aviação franceza, nue se emnregou a fundo na batalha. Pnr sua vez. ns soldados da in-fontorla allemã conhecem a
ago-nin dc verem bruscamente os
ovlões descerem contra elles em velo"idndc vertiginosa e despe-jando as raiadas dc aun tro ou seis metralhadoras con lucrados. Não ho o recurso de sç deitar pnrn respirar e readquirir a co-rogem. pois. 6 preciso avançar, avançar sempre.
Nas primeiros linhos da recta-guardo do inimigo, assim como
em pontos bem afastados, a
aviação ollloda continuo agindo
de modo mossiço. Estrados,
pon-tos, entroncamenpon-tos, depósitos
de munições são atacados sem
tréguas, desde as proximidades
immcdlutus do linha dc fogo
até pontos longínquos, além dos fronteiros da l oleica c da Fran-çu, até no Rheno.
Naturalmente os combates
aéreos são incessantes. Os ap-fiorelbos uta laiH-ani-.se oo combate de caça das forças emcm
formação cerrado. Nestes
ulti-mns dios, iinnuiiciorom fontes
outorizadas francezas, que 36
apparelhos allemães foram aba-tidos com certeza, e sete,
pro-vovelmenle. isso unicamente
quanto aos aviões dc caço sem se falar na artilharia anti-aci'ea o nas metralhadoras terrestres,
cujos nineiadores agora sabem
Collocar instantaneamente em
bateria para responder com o
foco terrestre ao fogo aéreo. Os círculos militares trance-zes con.lecturovom hoie, á noite, aue até o momento Presente a
batalha evoluía cm condições
bem favoráveis para os alliados, apesar dos pequenos nrogressos
realizados pelos allemães nas
duns alas da actual zona do com-bate.
Nota-se a propósito que, ao
contrario do que se uodia pen-sar hoje pela manhã, a batalha não sc estendeu pela ala direi-ta franceza.
O violento bombardeio de
ar-t ilha ria desencadeado hoje do
manhã pelos allemães nu região de Rethel, com emprego inten-sivo de obuzes fumlgcnos, não loi secuido dc ataque
Porém, sc a batalha não
au-gmentou em desenvolvimento,
cresceu singularmente cm inten-sidade. Os combates foram par-ticularmentc violentos nas duns alas. sobretudo em Aillctte, on-de o infantaria allemã
acompa-nhada dc numerosos carros c
apoiada pelo intenso fogo du
artilharia conseguiu um certo
avanço uttineindo as cristas que
marecam o norte do Aisne e
agora a luta está sendo travada cm pontos oue sc tornaram ce-lebres durante os ultimas cuer-ras, principalmente, no famoso moinho dc Lafovx.
Ao coir do noite os froncezes
desencadearam um vigoroso
Contra-ataque. No ala esquerdo, no baixo Somme. as forcas alie-mãs que hontem haviam feito um ligeiro movimento dc rei ir»-da. continuaram o recuo na
di-reccão do riacho Breslc.
pro-fundo fosso margeada por
fio-restas que se estendem de au-male o Lo Trcport. no Mancho.
Porém, em nenhum desses
nontos o disposição rranecza foi
dominndo ne'a forço. A linha
Wcvgond resiste. .„„„„
COMMT!N*OAPO RO M1N1STE-RIO DO AR FRANCEZ PARIS. 6 (H.) — O min-stro do Ar forneceu o seguinte com-municado: "Desde que foi
do-«encadeada a batalha do Som-me n nosso aviação dc nssolto desde ns primeiras horns do dia não cessou de perseguir os
oo-lumnas allemãs em marcha,
bem como os carros dc assalto e os elementos motorizados
ac-cumulados pelo inimigo, dando
prova da maior energia e cora-Cem. As nossas tripulações pro-seguiram esto manhã e durante
todo o dio nos operações, em
contacto estreito com as forças do terra. O effeito vigoroso des-sa aeção foi observado cm
mui-tiplos pontos: destruições de
Comboios e congestionamentos
consideráveis de material cau-sados pelas explosões das
nos-sas bombas. Os apparelhos dc
caça realizaram numerosas ln-cursões acompanhando as mis-soes dc bombardeio c protegeu-do ns expedições dc reabasteci-mento. Numerosos combates
fo-ram travados, com resultados
que ainda não puderam ser dc-terminados. Confirma-se que no dia de limitem foram abatidos mais de 40 aviões inimigos. De outra parte mnis de 150 toncla-dns de explosivos foram lança-dns tanto na frente de ataque, como na rectaguarda do adver-sario. A aviação dc observação e os appnrelhos de reconheci-mento estiveram activos:
expio-raram n rectaguarda da frente
de combate o aue permittiu as-sigualar os movimentos das tro-pas c os objectivos do campo de batalha.
PARIS. 6 (U. P.) — A» for-cas francezas barraram a gifían-tesen offensiva allemã, reiniciada nesta madrugada sobre a frente do. Somme, de tal sorte que, tia
opinião do ceneralissimo
VVey-gand, a situação militar era " baV tante boa ".
Experimentadas na batalha da
Flandres. as tropas francezas nfio se deixaram surpreender pelas tu-éticas dos movimentos eiivol.en-tes das unidades encouracadas na-zistas, as quaes. embora temiam penetrado as linhas írancezas em alguns logares, soffreram a perda de numerosos tanks.
Offieialmente annunciou-se gue a chamada linha Weygand r.ão mi
transposta como affirmavam a*
informações de Berlim, o nue
confirma que os francezes
inun-tém solidamente todas as
posi-ções estabelecidas dias antes de
terminada a luta no sul da Bel-Antes do raiar do dia, os alU—
mães, num grande deslocamento
de forças motorizadas
recomti;;»-ram o ataque desencadeado liou-tem, exercendo a sua maior pres-são no flanco esquerdo francez.
Pretenderam flanquear Amiens
para tomar a direcção do Havre e do Sena inferior. As forcas do general Weygand tiveram quí ia-zer um ligeiro recuo entre Amiens e o mar, mas conservaram nua-etns at suas linhas nos demais t>ç-ctores da frente. Os sllemães abri-ram passagem pelo Somme iníe-rior entre Amieps e a costa, em vários pontos, mas não puderam
ir além da segunda linha
fran-ceza, apparcntemente poucos kiio-metros desse rio.
O inimigo, que durante a noi-te concentrou' grandes forças,
de»-feriu tres furiosos ataques ein
direcção de Amiens e Peronne,
no rio Aillete e do canal a sudo-este de Laon, além de aughten-tar a sua pressão na zona de <\i>-beville.
O inimigo empregou enormes
contingentes de artilharia e
avia-cão, lançando ao ataque, ainda,
numerosos tanks, mas os france-zes não se deixaram, surpreender, como aconteceu no inicio da ha-talha da Flandres. No sector de
Chemin des Dames os allemães
concentraram o seu fogo de arti-lharia e bombardeio aéreos para preparar, sem duvida, um ataque
de infantaria em massa.
Não houve um só minuto dt trégua na luta. Durante a noite, os canhões e aviões alliados, em numero quasi ij»ual no do inimigo, travaram furiosos duellos e
ala-caratn as estradas, pontes e
.'-lumnas encouraçadas nazistas,
fustigando de tal forma os seus
movimentos que o inimigo não
(Conclne na 7.* pngltiu)
ESCREVE UM JORNAL DE SOPHIÂ :
"SE
A ITÁLIA ENTRAR NA GUERRA
CHOCAR-SE-A', DE INICIO, COM AS
TROPAS
COLONIAES
FRANCEZAS"
SOFIA, 8 (Havas) — "A Ita-lia nada fará na fronteira dos Alpes mas se acontecesse o con-trarlo chocar-se-Ia ôp. inicio com ns tropas do Imncrlo Colon'al Francez que se encontram a pos-tos", essa é a principal
afflrmn-ção do artigo publicado no jornal"Zora"
e assinado pelo próprio dimc'or desse órgão.
O Exercito Italiano — prosse-gue o articulista — deveria
tam-bem combater os soldados da
Tunísia, Al«jerla e Marrocos, Uri-glrtos por franceses.
Além disso é preciso nfio es-quecer o Exercito Franco-Brí-tannico do Oriente Próximo e tambem é bom não despresar
as colônias longínquas — re*
servxatorios inexgotaveis de
soldados.
O jornal conclne que a pecar das victorias allemãs no con-tinente o ataaue da Itália não seria tão fácil como alguns o pensam.
A Guerra Dia a Dia
Escrevemos na nossa chronlca de hontem : "embora ainda
sendo prematura qualquer antecipação dos resultados finaies da
gigantesca batalha, pode-se affirmar que os resultados iniçiaes
se mostram francamente favoráveis aos defensores da Unha
Weygand". .
E a razão dessa affirmatlva fundamentava-se no facto de
haverem as tropas francezas conseguido deter a furiosa
offen-siva germânica, paralysando praticamente a tentativa de
avan-ço do Exercito do Reich contra o coração da França,
zer face aos modernos processos da guerra de movimento, o com-mando e a tropa do exercito francez demonstraram a sua alta capacidade de adaptação estratégica; criaram uma nova tactica. Essa tactica, cujo elemento central e característico é a flexibl-lidade, consiste na chamada defesa profunda, que preferiríamos chamar de posição em movimento. E', em linhas geraes, o se-guinte: deixar que os tanks inimigos penetrem por entre as linhas de defesa avançadas, impedindo a progressão das unida-des que os seguem na sua investida (motocyclistas e infantaria).
t«!<ío hontem Hoie essa Impressão de vantagem para as ; Assim, os carros de assalto do Reich investiram através das van
armas alliadas se accentua ainda mais, no desenvolvimento que a grande batalha teve, de então para cá.
PANORAMA GERAL
Com effeito, se encararmos attentamente na evoiuçao da luta
que se desenvolve, ao longo de toda a frente de batalha, verificai
e-mos facilmente que de hontem para hoje se torna mais evidente a
cana cidade de resistir e a segurança defensiva da linha
Wey-gand. — e esta resistência é. como temos frisado, o primeiro
pas-so para a derrota dos exércitos allemães, que só poderiam
subsis-tir se conseguissem manter os seus methodos de
guerra-reiam-pago. rem os quaes estarão condemnados ao extermínio ou a
Inanie
o°'meJhor ^^ dessft evolucao s&0 as duas declarações
do nlto commando francez, feitas no começo e no fim do dia de
1011
A^a manhã dizia : "a situação é bastante boa". A da tarde
reforçava: "a situação é extremamente boa". Elemento
com-.mum : a situação é boa. Variação : a situação passou de bastante boa pari extremamente boa.
DESLOCA-SE 0 EIXO DA OFFENSIVA
NAZISTA
De facto, a situação evoluiu de maneira assaz significativa.
A principio, os exércitos de Hitler tinham sido despejados, com
todas as suas forças, sobre quasi toda a extensão da "«ha Wey.
gand, ao longo do Somme e do Aisne, com dois eixos princtoaa&:
de Peronne a Amiens e de La Fere a Laon rumo a Soissons.
Esses dois eixos do ataque visavam, como object vo W??Sm
convergir em Compiégne, e, como objectivo medlato, o avanço
contra Paris, resultante daquella convergência
A evolução da batalha, porém, deu ao desenvolvimento da
pe-leja uma nova feição: totalmente paralysados no
sectox'Laon-Aoissons. os allemães concentraram todo o seu esforço' »* «ctor
de Perone-Amiens. Os objectivos se transferem pois do sul para
o sudoeste. de'Oompiégne e Paris para Havre:.. „
Ficaram, assim, muito mais modestos os objectivos da oiien
siva germânica. ._ _ _ .
TREMENDA DESTRUIÇÃO DE TANKS E DA INFANTARIA HITLERISTA
Se se reduziram tanto os objectivos, mais ainda as
realida-des. D inicio atmvessado o Somme pelas^anguardas,
motart-zadas do Reich. os carros de assa to das ^Mtog|
ram-sé por entre os postos de resistência franceza, conseguindo
avançar até ás retaguardas das primeiras linhas de «fesa ao
exercito da ííSnoa. Depois wifleou-ae. «"^S^SítXmíSolSã
vestida dos tonks nazistas não passava de uma hábil manoma.
SÃ dosPSS^cKSela^erra de posição para
fa-guardas apparentemente rotas da linha Weygand; e quando os motocyclistas e as tropas de infantaria do Reich tratavam de palmilhar o caminho que suppunham aberto pelos seus carros de assalto, foram surpreendidos por metralhadoras oceultas e por fortes contingentes de infantaria franceza que lhes infligiram perdas colossaes, obrigando-as ao recuo immedlato, -Emquanto isso; os tanks, impossibilitados de recuar, tambem cahiam na ar-madilha que lhes fora preparada, sendo destruídos por comple-to pelos grupos especialmente destinados e equlppdos para tal fim.
E, assim, os exércitos, de Weygand estão desenvolvendo uma das acções mais mortíferas contra os exércitos do Reich, reali-zando a mais tremenda destruição fie tanks e de Infantaria na-zista. E, sobretudo, contendo a sua offensiva e pondo em che-que todo o poderio militar do Reich.
0 DISCURSO DE REYNAUD
Communicando ao seu povo e ao mundo o feito das armas gaulezas, o sr. Paul Reynaud proferiu um discurso em que pln-ta o quadro de que o exercito francez está livrando o mundo con-temporaneo :
"O mundo inteiro está seguindo com a respiração suspensa M
^loi?5 *,udes desía,luta- uma vez <lue * a sorte do mundo que
se-ra decidida na batalha de Junho de 1940, e isto por centenas de annos como o próprio Hitler disse, o Universo em peso jà co-nhece agora o que significam os riscos de uma dominação «io toda a Europa, e quiçá de mais alguma cousa • o regimen üa oppressao no qual o povo que não tiver sangue allemão nas su«s veias, terá que desempenhar o papel de escravo. Primeiramente insultos e chicotadas ás faces dos operários, depois a destrui-çao physica e moral de todas as elites. Este, emfim será o novo mundo annunclado por Hitler na sua proslamação : idade Mecúa.
Chrlsto1" QUe nUnCa malS Sei'ia lllumlnadt> Pe1» claridade de
Um mundo de que os soldados da França, da nova França, es-tão livrando a humanidade inteira.
O sonho da hegemonia allemã, porém, terá pela frente o animo inabalável da França. A França que hoje está résisiiiido a Adolf Hitler não é mais a França desse período que ficou en-tre as duas guerras. E' uma França nova, uma França clitli-rente, tal como a Inglaterra que hoje luta contra Hitler, não é mais a Inglaterra de 20 annos passados".
E o mundo todo acompanha realmente a epõpéã cia
resi--tencia heróica do exercito da França porque, cemorii o i
1-ro minist1-ro, "os nossos soldados que lutam no Sòmm" e rvi is-ne estão combatendo pela Independência de to"'os os co oá"
...EA ITÁLIA
Por isso, o sr. Virginio Gayda ameaça os Estados Unidos ae represálias por parte da Itália.
E' provável que toda a população do colosso ameri.^no esteja a esta hora invocando o soccorro divino para con jurar tamanha ameaça.