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Controle do imposto sobre serviço de qualquer natureza – ISSQN no município de Mesquita/RJ

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

Controle do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN no

Município de Mesquita/RJ

Alessandro Novaes Vilaró – alessnovaes@gmail.com – UFF/ICHS

Resumo

Este relatório tem por objetivo demonstrar as impropriedades administrativas que afetam o desempenho da Administração Tributária da Secretaria de Fazenda do município de Mesquita. Através de uma análise realizada sobre a gestão da arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN, quanto ao planejamento, execução e controle dos procedimentos de fiscalização. Verifica-se que as práticas adotadas na Secretaria de Fazenda do município de Mesquita fragilizam o lançamento, a cobrança e a efetiva arrecadação do tributo, pela falta de gestão e planejamento, projetos na organização com ações que combatam a sonegação de ISS e a consequente evasão de receitas. A metodologia empregada na construção do presente relatório foi realizada através de pesquisa descritiva, utilizando os relatórios de auditorias governamentais realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e observações de rotinas na Secretaria de Fazenda. A análise realizada no presente relatório demonstra a falta de normas legais, a falta de priorização de recursos, o exercício de servidores estranhos à Administração Tributária, fatos, que contribuem para uma baixa arrecadação. Problemas estes, demonstram a necessidade de se promover a execução de um Plano de Ação para corrigir tais problemas da Secretaria de Fazenda de Mesquita para alcançar a efetiva arrecadação.

Palavras-chave: Administração Tributária; Gestão de Arrecadação; Plano de Ação.

1 - Introdução

Na Administração Tributária do município de Mesquita, desde a sua emancipação em 2000, observa-se a contínua prática de atos que desfavorecem a efetiva arrecadação através lançamentos precários, carência de normas regulatórias, falta de dotação orçamentária específica.

A atual conjuntura vem se perpetuando no município de Mesquita e propicia um descontrole da receita própria. A administração tributária poderá exercer maior controle do ISSQN no município, vencer as resistências do modelo patrimonialista e propiciar uma arrecadação satisfatória para retorno em serviços públicos à sociedade?

O presente relatório vem apresentar um estudo sobre o controle do ISSQN que vem enfrentando dificuldades na arrecadação visto que o município foi um dos últimos a aderir o

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sistema eletrônico de emissão de notas fiscais de serviço, com sistemas eletrônicos distintos e sem integração entre si, dificultando o acompanhamento do tributo.

Os problemas apresentados suscitam ao estudo realizado pelo presente relatório sobre a precariedade na arrecadação do ISSQN. Assim, faz-se necessária uma análise sobre os problemas ora apresentados devendo ocorrer ações planejadas para que haja efetiva arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN, de competência municipal. Acompanhar as impropriedades ocorridas na gestão da arrecadação do ISSQN, quanto ao planejamento, execução e controle dos procedimentos de fiscalização do imposto.

Um estudo sobre impropriedades no planejamento, execução e controle dos procedimentos de fiscalização do ISSQN torna-se importante, na medida em que busca evidenciar como tais deficiências impactam negativamente na eficiência da fiscalização para maximização da arrecadação e no controle dessa atividade essencial para o funcionamento do Estado.

Um levantamento realizado junto ao sistema de gestão de arrecadação, no caso específico do município de Mesquita, constata que diante da emissão das notas fiscais emitidas, principalmente do setor de obras, evidenciam claramente a sonegação do ISSQN com descontos exacerbados de materiais produzidos fora do canteiro da obra, verificando casos com descontos na ordem de 90% do referido imposto, sem a devida comprovação documental.

A pesquisa é quantitativa segundo a natureza, e descritiva quanto aos fins, buscando-se alcançar os objetivos do estudo por meio do estabelecimento de relações entre as variáveis, e o uso de técnicas estatísticas para o tratamento dos dados (RICHARDSON, 2008).

No que concerne aos procedimentos técnicos, foi feito um levantamento bibliográfico, coleta de informações em sistemas informatizados.

A metodologia aplicada serão procedimentos comuns voltados para a detecção dos problemas afetos à arrecadação, com o apontamento de melhorias que visam uma melhor gestão tributária.

2 - Apresentação do Caso e Diagnóstico

2.1 – Apresentação de caso

Segundo os dados mais atualizados do IBGE (2011), o município de Mesquita é um dos 29 municípios localizados na Mesorregião Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Com 170.185 habitantes em 2013, é um dos 22 municípios com população na faixa de 100 mil a 500 mil habitantes.

Mesquita possuía em 2013, um Produto Interno Bruto de R$ 1.602.614.596, sendo R$1.326.004.973 relativos a serviços (83%), 31ª posição entre os 92 municípios do Estado do

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Segundo dados do Sistema Integrado de Gestão Fiscal (SIGFIS), a arrecadação de ISSQN em 2013 somou R$ 11.334.969,23 (44% da receita tributária), situando o município de Mesquita na 33ª posição entre os 92 municípios do Rio de Janeiro. É um dos 13 municípios com arrecadação de ISS dentro do intervalo de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões.

Segundo TCE-RJ (2013), existem 3.626 contribuintes ativos, distribuídos da seguinte forma: 57,1% pessoas jurídicas tributadas pelo movimento econômico, 15,4% enquadrados no Simples Nacional, 10,6% pessoas físicas, e outros 16,9% entre sociedades uniprofissionais tributadas por valor fixo, pessoas jurídicas tributadas por estimativas e isentas de ISSQN por conta de benefícios fiscais.

No tocante aos prestadores de serviço optantes pelo regime do Simples Nacional, sua arrecadação representou 12% do total de ISSQN, totalizando em 2013 R$ 1.360.276.

2.2 – Diagnóstico

As impropriedades na arrecadação do ISSQN é problema crônico que assola a maioria dos municípios de pequeno e médio portes no Brasil, no município de Mesquita – RJ as dificuldades são diversas que vão desde a falta de interesse político à falta de estrutura normativa e administrativa.

Em auditoria governamental, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, no Relatório de Auditoria Governamental – Mesquita – RJ, realizado em 2014, evidenciou que os principais pilares para se alcançar a efetiva arrecadação é a normatização, infraestrutura, fiscalização e lançamentos adequados, conforme pontos levantados abaixo:

A Inexistência de consolidação da normatização tributária referente ao ISSQN – a legislação tributária não está consolidada em texto único para consulta dos interessados, dificultando seu entendimento aplicação, o que dificulta os controles interno, externo e social.

Conforme art. 212 do CTN c/c art. 48, parágrafo único, II da LRF. A consolidação da legislação tributária é medida obrigatória ao administrador, a fim de garantir ao contribuinte maior compreensão das leis tributárias, uma vez que confere unidade, simplicidade e coerência ao conjunto da legislação, propiciando leis concisas, transparentes e de fácil consulta. (RIO DE JANEIRO - TCE-RJ, 2014, p. 80)

Em razão da efetividade, os poderes executivos têm o dever de transparência quanto às normas consolidadas em vigor, que deve ser assegurada mediante disponibilização de sua legislação nos sites oficiais do Município.

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Tal medida também é derradeira do cumprimento do princípio da publicidade norteador da Administração Pública, para garantir a transparência a lisura dos atos administrativos.

A fiscalização de tributos vem sendo exercida por agentes sem competências funcionais previstas em lei. Observa-se que agentes públicos que executam fiscalização do ISS, que não foram admitidos por concurso público para carreira específica ou cargo específico de fiscalização tributária, o que coloca em cheque a garantia do crédito tributário lançado e a confiabilidade dos cidadãos no serviço público prestado.

De acordo com auditoria do TCE-RJ, evidencia-se a essencialidade das atividades de fiscalização:

O inciso XXII do art. 37 e inciso IV do art. 167, ambos da CF, alinhados com os princípios da eficiência e da transparência versam que: As Administrações Tributárias Municipais são atividades essenciais ao funcionamento do Estado e devem ter recursos prioritários para realização de suas atividades – dentre as quais se destaca a fiscalização tributária – e devem ser exercidas por servidores efetivos investidos em carreiras específicas. (RIO DE JANEIRO - TCE-RJ, 2014, p. 82)

Desse modo, a fiscalização tributária deve ser exercida por servidores de carreira específica da administração e fiscalização tributária, prevista em lei específica.

O município não registra a execução das despesas com modernização e aparelhamento da administração tributária na subfunção específica 129, que trata da administração de receitas, estabelecida pela Portaria MPOG 42/99, a fim de garantir a transparência e permitir averiguação da priorização de recursos prevista constitucionalmente - é imprescindível que as dotações orçamentárias para as atividades da administração tributária sejam específicas, de forma a ser possível quantificar o montante do gasto com custeio, aparelhamento e modernização dessa atividade.

Mister se faz não só a previsão e dotação orçamentária, como também a devida execução, sem remanejo durante a execução orçamentária prevista.

A Inexistência de publicação das medidas de combate à evasão e sonegação de tributos a serem apresentadas junto com o desdobramento das receitas em metas bimestrais constitui falta de planejamento da fiscalização do ISS e inexistência de instrumento legal de autorização para a realização de procedimentos de fiscalização.

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O art. 13 da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que o Município deve especificar as medidas de combate à evasão e à sonegação a serem realizadas quando da publicação das metas bimestrais de arrecadação no início do exercício. Além disso, o §1º, art. 1º da LRF c/c art. 174 da CF definem que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente. O planejamento da fiscalização do ISS tem que estar formalizado numa programação da fiscalização, ou plano de fiscalização, objetivando direcionar o trabalho ao combate à evasão e à sonegação fiscal, garantir a impessoalidade nas escolhas e, consequentemente, contribuir com a administração tributária em sua missão na busca da efetiva arrecadação.

A Cartilha da Gestão da Receita Municipal do TCE-RJ conceitua que, para uma adequada fiscalização no ISS, a administração tributária deve implementar controle das ações fiscais. A fiscalização não se encerra com a autuação, é necessário um acompanhamento e avaliação dos resultados obtidos na fiscalização.

3 - Referencial Teórico

O ISSQN deve ser instituído por lei municipal complementar e estar consolidado e compatível com a Constituição Federal e com a Lei Complementar nº 116/03, a fim de dar segurança, publicidade e transparência à gestão do imposto e evitar guerra fiscal entre os municípios fluminenses.

Segundo Abrantes e Ferreira (2012, p. 44), o Código Tributário Nacional balizou a ação das autoridades administrativas submetendo seus poderes e deveres ao princípio da legalidade. Assim, cabe à lei prescrever a discrição no âmbito de atuação do poder de fiscalização.

De acordo com os incisos XVIII e XXII, do art. 37, da Constituição Federal, as administrações tributárias municipais são atividades essenciais ao funcionamento do Estado e devem observar os seguintes aspectos:

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 3.1 – Normatização e planejamento:

A exigência de leis claras e específicas em matéria tributária consiste na garantia do cumprimento do estrito processo legal da atividade tributante.

Kieffer (2012) ressalta a importância de a legislação tributária estar consolidada em texto único para análise jurídica e subsídio à equipe de fiscalização dos tributos:

O Município de Agudo possui sua legislação tributária esculpida na Lei nº. 1014 de 1995 – Código Tributário Municipal e suas alterações, em especial a Lei nº. 1533 de 2003, que inclui as alterações advindas da Lei Complementar nº. 116 de 2003 e demais alterações, que, em decorrência da falta de uma revisão moldada em consonância com o Código Tributário Nacional e Constituição Federal, ao longo do tempo tornou-se um aglomerado de leis específicas, de difícil interpretação, carecendo de consolidação, para que a análise jurídica e o amparo à equipe de fiscalização possa ser mais eficiente e qualificado.

A execução da fiscalização deve ser adstrita à lei e documentada através dos termos de início de ação fiscal, pois a atividade de cobrança de tributos é plenamente vinculada (CTN, art. 3º). Ou seja, que não há espaço para discricionariedades do administrador e as decisões a respeito da programação fiscal ou da aplicação de sanções devem estar reguladas por atos normativos formais.

Coaduna com a norma, o planejamento das ações fiscais é algo de fundamental importância, pois é um dos pilares da gestão fiscal responsável, de acordo com art. 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF. Especialmente em relação à administração do ISS, impõe que haja programação das fiscalizações, a fim de lhes dar transparência, evitar arbitrariedades, favorecimentos ou qualquer outra afronta à impessoalidade e maximizar o potencial de arrecadação do município.

A falta de planejamento interno, aperfeiçoamento profissional, renovação da estrutura de trabalho, tecnologias e fontes de informações, destacando-se fatores relacionados, principalmente, à inobservância ao que é assegurado pela própria Constituição Federal, no que diz respeito à atividade essencial do Estado, a qual deve dispor de meios para seu exercício (CURY, 2014).

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 3.2 – Servidores de carreiras específicas e suas precedências:

As administrações tributárias devem ser pautadas pelo regime de direito público, devendo ser realizadas por servidores efetivos organizados em carreiras específicas (auditores, agentes e fiscais de tributos ou renda.

Tal requisito é a forma de garantir a continuidade administrativa da atividade fiscal (eficiência), além de ser uma blindagem contra ingerências externas, por parte de sindicatos e associações de lojista e de políticos, que podem comprometer o risco dessa atividade (controle).

Segundo Pereira (1998), a atividade de fiscalização é uma das atividades de Estado, por isso deve ter sua estruturação própria e não deve ser delegada “são aquelas atividades onde o servidor é agente dos poderes do Estado para o exercício de uma série de atividades sem similar no setor privado, como, por exemplo, a manutenção da ordem pública e a defesa, a arrecadação e fiscalização de tributos e contribuições, entre outras”.

Diante disso, cumpre salientar que a atividade de fiscalização deve ser exercida somente por servidores efetivos e de carreira específica, por se tratar de atividade essencial ao funcionamento do Estado e, conforme estatui a CF no art. 37, inciso XII que o exercício da essencialidade pelos servidores de carreiras específicas se dará com “recursos prioritários”, e com “precedência sobre as demais áreas”, conforme o inciso XVIII do mesmo artigo.

Assim, França (2012, p. 73) menciona que tal precedência é uma “demonstração inequívoca da importância da administração fazendária que se situa em grau superior aos demais setores administrativos”.

Para que esse comando constitucional seja efetivo, a carreira deve ser organizada com adequada política de recursos humanos, no que se refere a aspectos de seleção, formação, capacitação permanente, lotação, movimentação e normas de conduta ética e disciplinar.

Outro ponto de extrema relevância é o lançamento tributário, que deve se dar exclusivamente por servidores da Administração Tributária para garantir a futura cobrança do crédito tributário.

O lançamento é o procedimento administrativo vinculado e obrigatório tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria

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tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. (art. 142 do Código Tributário Nacional).

Tais exigências visam garantir o lançamento do crédito tributário para efetiva cobrança, nesse sentido, Mangieri (2012, p. 52) explica que dever ser efetuado e revisto pela autoridade administrativa, com fundamento em legislação ordinária específica.

3.3 – Prioridade de recursos e dotação orçamentária:

A prioridade de recursos destinados à administração tributária é tão importante que motivou uma das poucas exceções do princípio da não vinculação da receita de impostos previsto no art. 167, IV da Constituição Federal.

Alinhado à priorização de recursos está a vinculação da receita orçamentária, onde Morgado (2011) define orçamento como sendo “um plano financeiro de uma Administração, por meio do qual, para um período determinado de tempo, são previstas suas receitas e fixadas as correspondentes despesas” (op. cit., p.5). Adiante, acrescenta as múltiplas finalidades do instrumento:

Contabilmente, pode ser utilizado para calcular os valores auferidos ou despendidos em diversas classes de valores. Como instrumento do planejamento e administração (sic), permite que se projetem os gastos necessários a um determinado período de tempo. Possui função econômica, como instrumento de realização da política fiscal do governo. Por fim, possui importante função de controle, já que a peça orçamentária é instrumento de autorização de gastos e permite a análise da conformidade legal das despesas autorizadas. (MORGADO, 2011, p.5)

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 4–Plano de Ação

O acompanhamento de tais impropriedades e o aprimoramento dos procedimentos administrativos na fiscalização e gestão do ISSQN, através do plano de ação, irá maximizar a arrecadação e dar maior transparência da atividade estatal, visando a satisfação do contribuinte; bem como a instrumentação e custeio da máquina para garantir o bom funcionamento do município e o alcance do bem estar social.

PLANO DE AÇÃO - FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO

PROBLEMA a ser resolvido O QUE será feito? COMO será feito? QUEM fará? Prazo

início Prazo final Falta de transparência quanto à normatização do ISSQN. Providenciar a inserção da legislação vigente no Portal do Município Publicar a Legislação Tributária completa no portal eletrônico do município Secretário de Fazenda 24/7/2017 28/7/2017 Inexistência de carreira específica para exercício de atividades de fiscalização do ISSQN Elaboração de plano de carreira específico dos cargos envolvidos. Criação e encaminhamento de projeto de lei Gabinete do Prefeito 31/7/2017 08/9/2017 Falta de previsão e execução orçamentária da subfunção 129 – Administração da Receita Prever e comprometer a despesa/investi mento de forma integral Incluir no orçamento e executar os recursos em material, equipamentos e capacitação Secretário de Fazenda; Secretário de Governo 31/7/2017 18/8/2017 Inexistência de planejamento da fiscalização do ISSQN Implantar e implementar planejamento de ações fiscais Criação de comissão de inteligência fiscal para planejamento anual, impessoal e eficaz Secretário de Fazenda 31/7/2017 25/7/2017

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 5 –Conclusão

A administração pública municipal, principalmente através da administração tributária, deve atentar aos princípios norteadores constitucionais da administração pública e fazendária, respeitando a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da coisa pública.

A administração tributária deve ser exercida por servidores de carreira específica, remunerados conforme a responsabilidade e complexidade de suas atividades; a fim de se evitar a descontinuidade da atividade de arrecadação, a ingerência de interesses políticos, desestímulos e desvios de caráter funcional tendentes à corrupção, bem como a prática de clientelismos, infelizmente, muito comum na realidade.

Faz-se necessário que novos estudos sejam realizados sobre a análise apresentada pelo presente relatório, possibilitando o acompanhamento da arrecadação proveniente dos modelos apresentados, bem como melhorias e ajustes para os controles da arrecadação do ISSQN.

A priorização dos recursos para a essencial atividade da administração tributária, que de forma integrada, transparente e planejada, deve realizar a efetiva arrecadação de seus tributos, com impessoalidade e eficiência, é peça fundamental para manter o equilíbrio das ações voltadas à efetiva arrecadação aos cofres públicos.

O alcance dos objetivos depende da qualificação e interesse de gestores, que se converterá em benefícios para o próprio governante e para a população local.

Os desafios no cumprimento das normas e numa arrecadação eficiente podem depender do cumprimento de tal plano de ação, que, além de ser obrigação por parte do gestor, serve como instrumento auxiliador da efetiva arrecadação prevista na LRF, como obrigação a ser desempenhada pelo Chefe do Poder Executivo, cujo descumprimento pode levar a sanção de impedimento das atividades como gestor público.

Em termos gerais, a fiscalização tem como principal objetivo o alcance e manutenção de uma elevada percepção de risco por parte dos contribuintes ao tomar a decisão de não cumprir com suas obrigações tributárias. Ao inibir a evasão fiscal, favorece a arrecadação, a disseminação do sentimento de justiça e a competitividade da economia.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 6 - Referências

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