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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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Embrapa Pecuária Sudeste

CPPSE

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS

IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS

PELA EMBRAPA

Nome da tecnologia:

Bifequali Transferência de Tecnologias

Ano base da avaliação: 2018

Equipe de Avaliação: Adilson Marcio Malagutti

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS

TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1.- IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título

Bifequali transferência de tecnologias 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU

Dentre os benefícios para o público alvo, estabelecidos no V PDE, selecionou-se o mais aderente à tecnologia avaliada, em função dos impactos gerados e dos seus beneficiários, conforme apresentado na tabela 1.

Tabela 1 – benefícios para o público alvo conforme V PDE

Benefícios para o Público Alvo

X Consolidação do Brasil como líder na produção de alimentos, fibras e agroenergia

Ampliação contínua da competitividade da agricultura, com foco na agregação de valor aos produtos

Alimentos seguros e segurança alimentar

Produção sustentável nos biomas, conservação, valoração e uso eficiente dos recursos e da biodiversidade

Redução dos desequilíbrios regionais entre as regiões do País

X Inserção social e econômica da agricultura familiar, das comunidades tradicionais e dos pequenos e médios empreendimentos

Não se aplica

1.3. Descrição Sucinta

O Programa Bifequali de Transferências de Tecnologias surgiu de uma demanda real de técnicos e pecuaristas à Embrapa Pecuária Sudeste. Pecuaristas e técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER questionavam pesquisadores e técnicos da Unidade sobre a existência de um programa específico para o sistema de produção de gado de corte.

Por meio da metodologia Canvas e do trabalho de um conselho gestor, instituído por Ordem de Serviço Interna, foi descrito aquilo que é o "valor" a ser entregue pelo programa, aos clientes (pecuaristas, técnicos e funcionários das fazendas de gado de corte), ou seja, "Oferecer soluções tecnológicas que tornem a atividade mais rentável e sustentável, promovendo aumento na satisfação e felicidade das pessoas envolvidas". O objetivo geral do projeto é promover a aproximação entre pesquisa e setor produtivo, em via de mão-dupla, favorecendo a prospecção das demandas e a geração de soluções tecnológicas para a pecuária de corte que permitam o atingir a proposta de valor do programa Bifequali TT.

Durante o ano de 2013 foram selecionados alguns técnicos e Unidades Demonstrativas, que passaram por dois treinamentos, um conceitual e outro técnico e as Unidades Demonstrativas foram visitadas por membros do programa. Com a submissão e aprovação de um projeto ao Macroprograma 4 da Embrapa, o grupo que está trabalhando no programa conseguiu expandir o número de técnicos em treinamento e a quantidade de Unidades Demonstrativas, além de consolidar a metodologia participativa de Transferência de tecnologias (TT) e definir todas as

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normas do programa, inclusive com a construção de plataforma on-line que armazena e coordena o fluxo de dados.

1.4. Ano de Lançamento: 2012 1.5. Ano de Início de adoção: 2013 1.6. Abrangência

Ao final de 2018 o projeto Bifequali transferência de tecnologias está presente em 4 estados brasileiros, conforme apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 – Estados brasileiros onde a tecnologia está implantada

Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul

AL AC DF ES PR BA AM GO x MG RS CE AP MS x RJ SC MA PA MT x SP x PB RO PE RR PI TO RN SE 1.7. Beneficiários

Os beneficiários diretos da tecnologia são os agropecuaristas, que conseguem sua inserção social e econômica por meio da viabilização do negócio de produção de carne e de animais para comercialização em suas propriedades, distribuídas em todo território nacional.

Também como beneficiários diretos, encontramos os técnicos extensionistas capacitados que se viabilizam na atividade de assessoria técnica e os funcionários da fazenda, que são beneficiados pela apropriação de conhecimentos técnicos e pela melhoria nas condições de exercício da profissão. Indiretamente toda a sociedade beneficia-se com o aumento na produção de alimento com qualidade nutricional e sanitária adequadas.

2.- IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA

A tecnologia se insere de forma mais característica na cadeia produtiva da pecuária bovina de corte, que de modo geral é conduzida a pasto de forma extensiva, em propriedades rurais. Nessa cadeia produtiva, a tecnologia está inserida dentro do sistema de produção adotado pelo pecuarista, onde os impactos mais pronunciados são o aumento da produtividade e da renda, geração de empregos e conservação ambiental, apresentando impactos benéficos na conservação do solo e da água.

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3.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS 3.1- Avaliação dos Impactos

Os impactos econômicos gerados pela tecnologia foram comparados com a situação anterior, ou seja, comparou-se a atividade que o pecuarista já exercia, com a nova forma de trabalho adotada a partir da sua inclusão no projeto Bifequali Transferência de Tecnologia.

A tecnologia gera impactos econômicos? sim ( x ) não ( ) Os benefícios econômicos gerados enquadram-se na categoria de incremento na produtividade (da terra, de cada animal no rebanho e do trabalho), pois é um fator cuja evolução ficou evidenciada durante a coleta de dados.

Quanto à participação de entidades parceiras no processo de desenvolvimento e transferência da tecnologia, restou evidente o papel de vários técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de São Paulo (CATI), além de profissionais da assistência técnica privada, sem os quais a atividade de transferência de tecnologia não se sustenta econômica e tecnicamente. Os parceiros estão em instituições públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural, vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais, instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e em instituições privadas. Observa-se que quanto mais fortes e estruturadas as parcerias locais, maior o comprometimento das partes envolvidas, o que resulta em incremento na renda dos produtores.

A participação da Embrapa na geração e transferência da tecnologia concentra-se na capacitação da rede de assistência técnica e nas auditorias realizadas nas Unidades Demonstrativas. Nesse trabalho, considerou-se que a Embrapa Pecuária Sudeste é responsável por 70% dos resultados, pois trata-se de projeto liderado e coordenado pela unidade, com recursos da Embrapa, sendo que nessa fase ainda não estão presentes parceiros financiadores das ações de transferência de tecnologias, entes que serão aproximados do projeto nos próximos anos. Os demais 30% dos resultados alcançados, são atribuídos aos técnicos extensionistas que, dedicados à melhoria da sustentabilidade da pecuária bovina, implantam e acompanham as mudanças tecnológicas das propriedades atendidas.

A área de adoção da tecnologia apresentada na tabela 3 segue proposta citada por AVILA (2001) e foi apurada com base no depoimento dos técnicos, segundo os quais o conhecimento adquirido impactou, em média, 1.085 hectares. Estando ativos, ao final de 2018, 24 técnicos, a área total de adoção apurada foi de 26.040 hectares. Nos anos anteriores, a área de adoção foi calculada em função do número de técnicos ativos, sendo em 2013 e 2014 de 10 técnicos, 2015 de 18 técnicos e de 2016 a 2018 de 24 técnicos.

Para o cálculo do impacto econômico comparou-se a renda obtida na propriedade antes e depois desta passar a ser acompanhada por um técnico do projeto Bifequali TT. Segundo dados dos técnicos entrevistados, houve incremento em produtividade, da ordem de 30% nos últimos 5 anos, ou seja, incremento de 6% ao ano em produtividade. Conforme dados da INTTEGRA (2018), instituto

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especializado em coleta de dados e geração de benchmarking1, a produtividade média da amostra 420 fazendas de pecuária analisadas, totalizando um rebanho de 1.694.882 cabeças, foi de 10 arrobas por hectare por ano. Na tabela 3 essa produtividade foi utilizada como referência para a produtividade inicial das fazendas, anterior ao trabalho do técnico.

O preço recebido pelo produtor, por arroba vendida, foi apurado de acordo com as informações do indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa (Esalq, 2018), tendo como valores anuais médios os valores, em reais por arroba, de R$ 107,59 em 2013, R$ 126,29 em 2014, R$ 145,42 em 2015, R$ 152,90 em 2016, R$ 138,81 em 2017 e R$ 144,58 em 2018.

Tabela 3 – impactos econômicos – Cálculo do benefício econômico

Ano Receita com Produção Anterior-R$/ha.ano Receita com Produção Atual- R$/ha.ano Renda Adicional Obtida R$/ha.ano Participação da Embrapa - CPPSE (%) Ganho Líquido Embrapa -CPPSE R$/ha.ano Área de Adoção (hectares) Benefício Econômico (R$)122 (A) (B) C=(B-A) (D) E=(CxD) F G=(ExF) 2013 1.075,90 1.075,90 0 70% 0 10.850 0 2014 1.262,90 1.338,67 75,77 70% 53,04 19.530 1.035.871,20 2015 1.454,20 1.628,70 174,50 70% 122,15 26.040 3.180.786,00 2016 1.529,00 1.804,22 275,22 70% 192,65 26.040 5.016.606,00 2017 1.388,10 1.721,24 333,14 70% 233,20 26.040 6.072.528,00 2018 1.445,80 1.879,54 433,74 70% 303,62 26.040 7.906.264,80

3.2.- Análise dos impactos econômicos

O controle dos custos, implantado pela atuação dos técnicos, permite a adoção de medidas que aceleram o sistema de produção, começando muitas vezes por medidas simples tais como a venda dos animais improdutivos e evoluindo para ajustes de lotação, aumento na produção de forragem, dietas nutricionalmente balanceadas e preparação do sistema de produção para períodos de seca.

O aumento na produtividade (arrobas de carne produzidas por hectare por ano), aliada ao raio de atuação onde cada técnico provoca mudanças positivas, gera significativo benefício econômico positivo.

Analisando-se a série de dados de 2013 a 2018 o benefício econômico acumulado atinge R$ 23.212.056,00.

3.3. – Fontes de dados

Os dados utilizados nesse trabalho foram obtidos pela aplicação dos questionários de avaliação de impacto modelo Ambitec a produtores rurais e técnicos extensionistas e em publicações especializadas. Os municípios onde os dados foram coletados encontram-se listados na Tabela 4.

1

O benchmarking é um instrumento de gestão que baseia-se na aprendizagem com base nas melhores experiências das melhores fazendas. Cada cliente recebe a comparação dos seus números produtivos e financeiros referenciados com as demais fazendas integrantes do estudo e sua posição ranqueada. Os melhores resultados têm seus processos mapeados.

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Tabela 4 – impactos econômicos - consultas realizadas por município

Municípios Estado Entrevistados

Votuporanga SP 2 Alambari SP 1 Avaré SP 2 Piracicaba SP 3 Aparecida do Taboado MS 1 Araçatuba SP 1 Miranda MS 1 Doverlândia GO 1 Vila Rica MT 2 Total 14

4. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos

O sistema Ambitec-Social é um método integrado, adequado para aplicação em campo na avaliação social de inovações tecnológicas agropecuárias. Proporciona uma medida da contribuição da tecnologia para o desenvolvimento local sustentável (RODRIGUES, 2005).

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social? sim ( x ) não ( ) Os aspectos analisados pela metodologia AMBITEC social apresentam diversos indicadores, que são pontuados com notas em uma escala que varia de -15 a +15. No aspecto emprego a tecnologia mostra necessidade de capacitação em nível técnico, de curta duração. O indicador ―oportunidade de emprego local qualificado‖ apresentou um índice positivo (nota 1,4), pois o projeto provoca um pequeno aumento na necessidade de qualificação da mão de obra para dar suporte aos novos processos tecnológicos.

O indicador ―oferta de emprego e condição do trabalhador‖ não foi impactado nem positiva nem negativamente, pois não é percebida maior oferta de trabalho na unidade produtiva. O indicador ―qualidade do emprego‖ também não foi alterado.

Tabela 5 - Impactos sociais – aspecto emprego

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Capacitação Sim 9,0

Oportunidade de emprego local qualificado Sim 1,4 Oferta de emprego e condição do trabalhador Sim 0 Qualidade do emprego Sim 0

O aspecto renda, avaliado pela metodologia AMBITEC social, apresentado na Tabela 6, mostrou que a ―geração de renda no estabelecimento‖ é afetada positiva e significativamente pela adoção das tecnologias propostas no projeto (nota 5,0). Nas propriedades entrevistadas a produtividade por área e por animal e, consequentemente, a renda, foram fortemente aumentadas. O indicador ―valor da propriedade‖ foi afetado positivamente (nota 3,8), principalmente pela melhoria das pastagens e da infraestrutura, além da organização dos dados do sistema produtivo.

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Tabela 6 - Impactos sociais – aspecto renda

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Geração de Renda do estabelecimento Sim 5,0 Diversidade de fonte de renda Sim 0 Valor da propriedade Sim 3,8

O aspecto saúde, apresentado na Tabela 7, no indicador ―saúde ambiental e pessoal‖ mostrou nota inalterada, percepção também apontada pelos entrevistados em relação ao indicador ―segurança e saúde ocupacional‖. O indicador ―segurança alimentar‖, foi fortemente influenciado (nota 8,0), pois tanto a qualidade nutricional quanto a garantia da produção de alimentos melhoram muito segundo os entrevistados, com reflexos claros para a sociedade consumidora desses alimentos.

Tabela 7 - Impactos sociais – aspecto saúde

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Saúde ambiental e pessoal Sim 0 Segurança e saúde ocupacional Sim 0 Segurança alimentar Sim 8,0

Outro aspecto analisado pelo AMBITEC Social é a ―gestão e administração‖ (Tabela 8), no qual o indicador ―dedicação e perfil do responsável‖ foi afetado positivamente com nota 7,3, sugerindo que há aprimoramento nos aspectos gerenciais do negócio, com aumento da capacitação dirigida à atividade, melhoria no planejamento formal, no uso de sistema contábil e aumento no tempo de permanência do responsável no estabelecimento.

O indicador ―condição de comercialização‖ obteve nota 0, assim como o indicador ―disposição de resíduos‖, que não foi influenciado.

Com nota positiva em 4,5 o indicador ―relacionamento institucional‖ mostrou incremento nos atributos de utilização de assistência técnica e capacitação permanente do gerente e de empregados especializados.

Tabela 8 - Impactos sociais – aspecto gestão e administração

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Dedicação e perfil do responsável Sim 7,3 Condição de comercialização Sim 0 Disposição de resíduos Sim 0 Relacionamento institucional Sim 4,5

4.2.- Análise dos Resultados

A avaliação do impacto social da adoção da tecnologia, por meio da metodologia AMBITEC social, mostrou resultado positivo, com índice médio geral ponderado de +2,82 (de uma escala variando de -15 a + 15), conforme apresentado na Tabela 9.

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Dentre os indicadores, oferta de emprego, condição do trabalhador, qualidade do emprego, diversidade de fontes de renda, saúde ambiental e pessoal, segurança e saúde ocupacional, condição de comercialização e disposição de resíduos resultaram inalterados. Embora não tenham sido apontadas alterações negativas nesses indicadores, eles merecem especial investigação quanto a oportunidades de melhorias. Atenção também deve ser dada aos indicadores que apresentaram as maiores notas, capacitação com nota 9,0, segurança alimentar com nota 8,0, dedicação e perfil do responsável com nota 7,3 e geração de renda com nota 5,0, pois demonstram ser as características sociais mais positivas da tecnologia.

Com tal resultado a tecnologia pode ser considerada adequada e recomendável para aplicação em campo, pois atende à expectativa de maximizar os impactos sociais positivos e garantir que a tecnologia contribua com a atuação socialmente responsável das tecnologias desenvolvidas pela Embrapa.

Tabela 9 - Impactos sociais – média ponderada de todos os indicadores Indicadores de Impacto

Social Peso do indicador Coeficiente de impacto

Capacitação 0,1 9,0

Oportunidade de Emprego Local

Qualificado 0,1 1,4

Oferta de Emprego e Condição

do Trabalhador 0,05 0,0

Qualidade do Emprego 0,1 0,0

Geração de Renda 0,05 5,0

Diversidade de Fontes de Renda 0,05 0,0

Valor da Propriedade 0,05 3,8

Saúde Ambiental e Pessoal 0,05 0,0

Segurança e Saúde Ocupacional 0,05 0,0 Segurança Alimentar 0,05 8,0 Dedicação e Perfil do Responsável 0,1 7,3 Condição de Comercialização 0,1 0,0 Disposição de Resíduos 0,1 0,0 Relacionamento Institucional 0,05 4,5

4.3.- Impactos sobre o Emprego

Os impactos da adoção da tecnologia sobre o emprego foram avaliados em conformidade com a metodologia ensinada por AVILA (2005), com dados apresentados na tabela 10. Informações produzidas durante as entrevistas com técnicos e produtores não conseguiram detectar incrementos na oferta adicional de empregos nas propriedades. Empregos gerados nos demais segmentos da cadeia produtiva não foram avaliados, inclusive os empregos gerados para os técnicos que prestam assistência às propriedades.

Tabela 10 – impactos sociais - número de empregos gerados

Ano

Emprego adicional por propriedade Propriedades adicionais Não se aplica Quantidade de emprego gerado (A) (B) C= (AXB) Todos 0 0 0

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4.4. – Fonte de dados

Os usuários da tecnologia entrevistados foram produtores rurais patronais de pequeno ou médio porte, com a produção orientada para o mercado. Os municípios estão listados na Tabela 11.

Tabela 11 – impactos sociais - número de consultas realizadas por município

Municípios Estado Total

Votuporanga SP 2 Alambari SP 1 Avaré SP 2 Piracicaba SP 3 Aparecida do Taboado MS 1 Araçatuba SP 1 Miranda MS 1 Doverlândia GO 1 Vila Rica MT 2 Total 14

5.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1.- Avaliação dos impactos

Sistemas de avaliação de impactos ambientais devem ser direcionados à indicação de tendências e magnitudes de impactos, sem a preocupação de fornecer números precisos ou inventários detalhados de estado do ambiente (RODRIGUES, 2000). O sistema AMBITEC-ambiental baseia-se em conjunto de indicadores e componentes envolvendo seis aspectos de caracterização do impacto ambiental – alcance da tecnologia (abrangência e influência), eficiência tecnológica, conservação ambiental, recuperação ambiental, qualidade do produto, capital social e bem-estar e saúde do animal.

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC? sim ( x ) não ( ) 5.1.1.- Alcance da Tecnologia

Até o momento dessa avaliação, os dados constantes da plataforma on-line disponibilizada por Bifequalitt (2018), apresenta 24 técnicos em capacitação, ativos no projeto e 24 propriedades atendidas pelos técnicos, que são acompanhadas pela Embrapa na modalidade de Unidades Demonstrativas.

5.1.2.- Eficiência Tecnológica

A eficiência tecnológica refere-se à contribuição da tecnologia para a redução da dependência no uso de insumos, sejam esses insumos tecnológicos ou naturais. Os indicadores de eficiência tecnológica são uso de agroquímicos, uso de energia e uso de recursos naturais. Os resultados apurados são apresentados na Tabela 12.

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Tabela 12 – impactos ambientais - eficiência tecnológica

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Uso de insumos e materiais Sim -4,5

Uso de energia Sim -1,5

Uso de recursos naturais Sim -0,8

O indicador ―uso de agroquímicos, insumos e materiais‖ apurou nota de negativa -4,5, em razão dos relatos de aumento no uso de ingredientes para ração, silagem e insumos. Apesar do aumento no uso de adubos nas pastagens, a percepção dos entrevistados é que os insumos passaram a ser utilizados de forma mais racional, impactando positivamente o índice.

O indicador ―uso de energia‖ apurou nota negativa em -1,5, pois os pecuaristas passaram a usar mais energia elétrica. O indicador ―uso de recursos naturais‖ apresentou nota -0,8 impactado pelo incremento no uso de água, decorrente de aumento no rebanho e da maior disponibilidade de água para os animais.

5.1.3.- Conservação Ambiental

A contribuição da tecnologia para a conservação ambiental é avaliada segundo o seu efeito na qualidade dos compartimentos do ambiente, ou seja, atmosfera, qualidade do solo e da água, biodiversidade e geração de resíduos sólidos, conforme apresentados na Tabela 13.

Tabela 13 – impactos ambientais - Conservação Ambiental

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Atmosfera Sim 2,0

Qualidade do solo Sim 8,0 Qualidade da água Sim 1,2

Biodiversidade Sim 2,0

O aspecto conservação ambiental foi positivamente influenciado pelos indicadores ―qualidade do solo‖ e ―qualidade da água‖, tendo obtendo índice 8,0 e 1,2 respectivamente. A redução nos atributos erosão, perda de matéria orgânica e perda de nutrientes nas propriedades assistidas pelo projeto é muito significativa, quando comparada com o sistema anterior. Quanto ao indicador ―qualidade da água‖, os atributos coliformes, turbidez e assoreamento/sedimentos foram beneficiados pela implantação da tecnologia.

O indicador atmosfera mostrou-se afetado positivamente, em função da redução na emissão de gases de efeito estufa, pela fermentação ruminal dos bovinos que passaram a ser alimentados com dietas mais equilibradas.

A vegetação nativa passou a ser menos pressionada, pois as áreas de pastagem mais produtivas foram capazes de alimentar o rebanho das fazendas. 5.1.4.- Recuperação Ambiental

A recuperação ambiental inclui-se no sistema de avaliação de impacto ambiental em decorrência do elevado grau de degradação das propriedades rurais, observado em praticamente todas as regiões agrícolas do País, impondo que o

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resgate desse passivo ambiental deva ser prioritário a todos os processos de inovação tecnológica agropecuária. Este aspecto da avaliação refere-se à efetiva contribuição da inovação para a recuperação na propriedade das áreas degradadas, das áreas de preservação permanente e das áreas de mananciais (Tabela 14).

Tabela 14- impactos ambientais - Recuperação Ambiental

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Recuperação Ambiental Sim 1,0

Os atributos que influenciaram de forma mais significativa a nota foram ―áreas de preservação permanente‖ e ―solos degradados", regularizações que os pecuaristas atendidos pelo programa são incentivados a fazer em suas propriedades.

5.1.5.- Qualidade do Produto

A qualidade do produto refere-se aos efeitos da tecnologia em termos de conteúdo de aditivos, resíduos químicos e contaminantes biológicos, aspecto aplicável no AMBITEC produção animal. Houve benefício na qualidade do produto quanto à presença de resíduos de produtos químicos, justificando o índice apresentado na Tabela 15. As anotações que permitem rastreabilidade e o acesso ao técnico para tomada de decisão quanto ao uso de medicamentos e defensivos torna o sistema de produção mais seguro quanto aos alimentos produzidos.

Tabela 15 – impactos ambientais - Qualidade do Produto

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Qualidade do produto Sim 1,8

5.1.6. – Bem-estar e saúde do animal

As questões relativas ao bem-estar, à saúde e à segurança animal são avaliadas no âmbito das áreas de pastagem e de confinamento (Tabela 16)

Tabela 16 – impactos ambientais - bem-estar e saúde do animal

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Geral

Bem estar animal sob confinamento Sim 4,5 Bem estar animal sob pastejo Sim 3,0

Os atributos conforto térmico, acesso a fontes de água e de suplementos apresentaram valores positivos na avaliação desse indicador, sugerindo melhoria nas condições de bem-estar dos animais em função da adoção da tecnologia.

Nos ambientes confinados, houve relatos de maior segurança em razão dos cálculos técnicos sobre área a ser disponibilizada por cada animal, boas práticas de manejo aplicáveis a lotes confinados e melhores condições de conforto aos animais presentes nos recintos de confinamento.

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5.2.- Índice de Impacto Ambiental

A avaliação do impacto ambiental da adoção das práticas do projeto Bifequali transferência de tecnologias, por meio da metodologia AMBITEC, mostrou resultado positivo com nota média geral ponderada de +1,51 (de uma escala variando de -15 a + 15), conforme apresentado na Tabela 17.

O indicador que resultou nota mais negativa (-4,5) foi o uso de insumos materiais, sendo esse o indicador que merece especial investigação quanto a oportunidade de melhorias. Atenção também deve ser dada aos indicadores que apresentaram maiores notas, qualidade do solo, bem estar animal sob pastejo e sob confinamento, com notas 8,0, 4,5 e 3,0 respectivamente, pois podem ser as características ambientais mais positivas da tecnologia.

Com tal resultado a tecnologia pode ser considerada adequada e recomendável para aplicação em campo, pois atende à expectativa de minimizar os impactos ambientais negativos das atividades agropecuárias.

Tabela 17 – impactos ambientais - média ponderada de todos os indicadores

Indicadores de impacto ambiental Peso do indicador Coeficientes de impacto

Uso de Insumos Materiais 0,09 -4,5

Uso de Energia 0,09 -1,5

Uso de Recursos Naturais 0,09 -0,8

Atmosfera 0,09 2,0

Qualidade do Solo 0,09 8,0

Qualidade da Água 0,1 1,2

Biodiversidade 0,09 2,0

Recuperação Ambiental 0,09 1,0

Bem-estar Animal sob Pastejo 0,09 4,5

Bem-estar Animal sob Confinamento 0,09 3,0

Qualidade do Produto 0,09 1,8

5.3. – Fonte de dados

Os municípios que foram fontes de dados para as avaliações apresentadas nesse relatório estão listados na Tabela 18.

Tabela 18 – impactos ambientais - número de consultas realizadas por município

Municípios Estado Total

Votuporanga SP 2 Alambari SP 1 Avaré SP 2 Piracicaba SP 3 Aparecida do Taboado MS 1 Araçatuba SP 1 Miranda MS 1 Vila Rica MT 2 Doverlândia GO 1 Total 14

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6. CUSTOS DA TECNOLOGIA 6.1 - Estimativa dos Custos

A Tabela 19 apresenta a estimativa dos gastos com pessoal, custeio e capital (depreciação) na geração (P&D) e na transferência da tecnologia objeto dessa avaliação de impacto. Foram incluídas tanto as despesas diretas do projeto, como as indiretas (administração e manutenção do centro, treinamento etc).

Tabela 19 – estimativa dos custos da tecnologia

Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica Total 2012 110.000,00 0 10.000,00 10.000,00 130.000,00 2013 110.000,00 0 5.000,00 5.000,00 120.000,00 2014 110.000,00 56.695,00 10.005,00 5.000,00 181.700,00 2015 110.000,00 59.627,50 10.522,50 5.000,00 185.150,00 2016 110.000,00 44.533,00 7.858,00 5.000,00 167.391,00 2017 130.000,00 2.531,00 447,00 5.000,00 137.978,00 2018 150.000,00 0 6.000,00 6.000,00 162.000,00

6.2 - Análise dos Custos

Para o cálculo dos custos de pessoal e de transferência de tecnologia foram estabelecidos percentuais de tempo de dedicação de cada pesquisador e analista ao projeto. Esses percentuais foram ponderados pelos custos totais de cada um, resultando nos valores apresentados na tabela 19.

O custeio de pesquisa refere-se aos valores empenhados no projeto de fontes da Embrapa (macroprogramas), informados pelo Setor de Orçamentos e finanças, do qual originaram-se também os valores descontados do projeto a título de custos administrativos. Nos anos de 2012, 2013 e 2018 o projeto Bifequali transferência de tecnologia não obteve financiamento da Embrapa nos macroprogramas, por esse motivo não são informados valores de custeio e são lançados nas colunas custos de administração e de transferência de tecnologias os valores utilizados para custeio das atividades do projeto

O Bifequali tt é um processo de transferência de tecnologias, que tem em si um conjunto de metodologias científicas e empíricas. As tecnologias aplicadas nas propriedades atendidas pelos técnicos são geradas em diferentes instituições de pesquisa e inclusive na propriedade, pelo técnico e pelo pecuarista. Os custos não se extinguem a partir de um momento no tempo, conforme é esperado do comportamento de custos e benefícios em pesquisas convencionais. Há constante acompanhamento, viagens, novas técnicas a serem difundidas e propriedades sendo incluídas ou excluídas, o que faz manter a existência de custos ao longo do tempo, acompanhados pelos benefícios, que variam conforme o número de propriedades atendidas e o valor de mercado da arroba.

7.- AÇÕES SOCIAIS

As ações sociais desenvolvidas pela Unidade relacionadas a esta tecnologia concentraram-se na disseminação do programa a produtores, técnicos da extensão

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rural e também ao público interno da Unidade e enquadram-se nas categorias de educação e formação profissional interna e externa (Tabela 20).

Tabela 20 – Ações Sociais

Tipo de ação

Ações de filantropia x Agricultura familiar

Apoio Comunitário Comunidades Indígenas

x Educação e formação profissional externa x Educação e formação profissional interna

Meio ambiente e educação ambiental Participação no Fome Zero

Reforma Agrária

Saúde, segurança e medicina do trabalho x Segurança Alimentar

8- AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS A relação benefício/custo da geração da tecnologia, descontada a 6% ao ano está positiva em 19,42. O Valor Presente Líquido (VPL 6%aa) foi calculado à partir do fluxo líquido de caixa do projeto, apresentado na Tabela 21, em R$26.234.239,46 e a taxa interna de retorno (TIR) resultou em de 265%.

Tabela 21 - fluxo de caixa liquido do projeto

Ano Benefício econômico

anual Custo total anual

Fluxo liquido acumulado de caixa do projeto 2012 0 130.000,00 -130.000,00 2013 0 120.000,00 -250.000,00 2014 1.035.871,20 181.700,00 604.171,20 2015 3.180.786,00 185.150,00 3.599.807,20 2016 5.016.606,00 167.391,00 8.449.022,20 2017 6.072.528,00 137.978,00 14.383.572,20 2018 7.906.264,80 162.000,00 22.127.837,00

Os resultados avaliados indicam que a tecnologia é adequada à implantação em campo.

O anexo 1 apresenta depoimentos dos entrevistados sobre pontos a melhorar no projeto.

9.- BIBLIOGRAFIA

AVILA, A.F.D.; RODRIGUES G.E.; VEDOVOTO, G.L. Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa: Metodologia de referência. Brasilia-DF: Embrapa Informação Tecnológica, 189 p., 2008.

ÁVILA, F. D. A. Avaliação dos impactos econômicos, sociais e ambientais da pesquisa da Embrapa: metodologia de referência. Embrapa, SEA, Brasília. 153 p., 2001

BERNARDI, A.C. de C. et al Tecnologias da Embrapa Pecuária Sudeste para agricultura familiar. — São Carlos: Embrapa Pecuária Sudeste, Documentos, 2007.

(15)

BIFEQUALITT. Página com informações sobre o projeto. Disponível em: https://www.embrapa.br/pecuaria-sudeste/transferencia-de-tecnologia/bifequali-tt. A- cesso em 03/12/2018.

CEPEA. Relatório de preços da arroba de boi. Disponível em: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/consultas-ao-banco-de-dados-do-site.aspx. Aces-so em 03/12/2018.

INTTEGRA. Relatório de benchmarking. 2018. Disponível em: https://www.inttegra.com/servicos/benchmarking, acesso em 03/12/2018.

RODRIGUES, G. S.; CAMPANHOLA, C.; KITAMURA, P. C.; IRIAS, L. J. M.; RODRIGUES, I. Sistema de avaliação de impacto social da inovação tecnológica agropecuária (Ambitec-Social). Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2005. 31p. (Embrapa Meio Ambiente. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 35).

RODRIGUES, G.S.; CAMPANHOLA, C.; KITAMURA, P.C. Avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária: Ambitec-Agro. Jaguariúna: Embrapa Meio Abiente, 2003. 93 p. (Embrapa Meio Ambiente. Documentos, 34) RODRIGUES, G. S.; CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P. J.; QUEIROZ, J. F.; FRIGHETTO, R. T. S.; RAMOS FILHO, L. O.; RODRIGUES, I.; BROMBAL, J. C.; TOLEDO, L. G. Avaliação de impacto ambiental de atividades em estabelecimentos familiares do Novo Rural. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2003. 44 p. (Embrapa Meio Ambiente. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 17).

RODRIGUES, G. S.; CAMPANHOLA, C.; KITAMURA, P. C. Avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária: um sistema de avaliação para o contexto institucional de P&D. Cadernos de Ciência e Tecnologia, v. 19, n. 3, p. 349-375, 2002.

RODRIGUES, G. S.; BUSCHINELLI, C. C. A.; IRIAS, L. J. M.; LIGO, M. A. V. Avaliação de impactos ambientais em projetos de desenvolvimento tecnológico agropecuário. II. Avaliação da formulação de projetos, versão 1.0. Jaguariúna, SP: Funep, Embrapa Meio Ambiente, 2000. 28 p.

(16)

ANEXO 1

Os depoimentos mais relevantes dos pecuaristas entrevistados foram ordenados em tópicos e transcritos nesse anexo.

O que leva um pecuarista a contratar consultoria nos moldes propostos pelo Bifequali?

- Busca por melhoria na produtividade e rentabilidade

- Credibilidade da instituição pelo trabalho desenvolvido no país no setor agropecuário - O trabalho em equipe e a maior segurança de ter um técnico amparado por profissionais e pesquisadores comprometidos com o mesmo objetivo

- Planejamento do sistema de produção

- Comprometimento com a viabilidade do sistema - Comprometimento com as metas traçadas

- A proposta de conhecer o custo de produção real e com isso da adoção da tecnologia, com mais determinação, fora buscar o lucro pretendido

- Elevar a renda vinda da atividade

- Fazer com que se use de técnicos e manejos para se produzir mais com menores custos com uso de tecnologias

- Deveria ser aumento de eficiência uso da terra, aumentar controle financeiro e produtivo - Organizar o sistema produtivo da fazenda

- Melhorar indicativos zootécnicos

- Mensurar os resultados obtidos e traçar estratégias

- Fechamento de safra (estação), informações para tomada de decisões.

- Aumentar a renda (lucro), produtividade, diversificar a renda da propriedade e da atividade agropecuária

- A busca por tecnologias por saber seu custo de produção bem como melhorar a renda da sua propriedade

- O apoio da embrapa

- A produção da fazenda não estava pagando as contas e necessidade de aumentar a produção e renda

O que leva o pecuarista a não querer consultoria?

- Tradicionalismo, produtor pensa que sabe mais que os técnicos treinados - Tradição de conduzir a atividade conforme seus antepassados conduziram

- Tem de tudo, vaidade, não querer compartilhar dados reais financeiros relacionados a atividade, por não ser algo tangível, acha caro pagar por consultoria, ou por não haver negociação de valores, ou seja, pensa que deve ser algo muito barato. E por fim, por falta de entendimento da real necessidade e benefícios que a consultoria poderá trazer a sua atividade agropecuária.

- Falta de planejamento

- Falta de delineamento de metas - O imediatismo, se achar sabido

- Precisa de mudanças na atitude a frente da atividade - Não ter noção de onde se pode chegar

- Cultura brasileira de achar que tem conhecimento por fazer atividade por muitos anos, não controlar finanças propriedade, não ver propriedade como empresa ou atividade de alta lucratividade.

- Achar o desembolso caro pagar um técnico

- Ainda está na era do "achismo", tudo que faz acha que está da forma certa - Outros pecuaristas ainda não sabem onde procurar técnicos capacitados - A falta de informação sobre os benefícios de uma consultoria

- Custo, falta de informação sobre o potencial da atividade e capital para investimento, o qual as vezes não é necessário.

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- Por achar que é autosuficiente, que a consultoria para ele vai ser gasto e que informação ele busca com o vizinho, TV e loja agropecuária.

- O Custo da Consultoria

- Cultura ou mito sobre adubar pastos -

Quais os maiores desafios que você enfrenta para conseguir clientes na pecuária?

- Conscientizar produtores a investir em consultoria técnica - Tempo para dedicar à atividade

- Localizar, identificar os clientes potenciais e expor com persuasão todas as vantagens que uma boa consultoria poderá contribuir. Transmitir confiabilidade.

- Falta delineamento de metas e planejamento de médio e longo prazo incluindo fluxo de caixa

- O tempo e por consequência a dedicação - Atividade marginal na propriedade

- Muitas oportunidades de uso da terra, lazer, arrendamentos

- Concorrência, produtor que acha que sabe tudo e acredita na maioria das vezes em vendedores

- Baixa procura pelos pecuaristas da região, falta interesse dos mesmos em melhorar a eficiência produtiva

- Primeiro é ter acesso a eles (conhecê-los), segundo quanto cobrar a uma assistência, terceiro acreditar na nossa proposta de trabalho, já que não tenho um nome conhecido como referência na área, que facilitaria a chegada de novos clientes.

- Como na minha região de atuação as propriedades são de menor tamanho (área) é difícil viabilizar o custo da consultoria.

- Conseguir achar as pessoas certas, que irão aplicar as tecnologias propostas, fazer as anotações e conseguir pagar a consultoria

- Confiabilidade.

Sugestões

- Nivelamento técnico. Existem turmas que receberam diferentes formações dentro do Bifequali . Muito foco no feijão guandu e pouco em tecnologias comprovadas pela pesquisa e pela prática. Utilizar outras tecnologias consagradas pela pesquisa independente da instituição visando recuperação de áreas com pastagens degradadas e formação de pastagem. Elaborar uma planilha de acompanhamento zootécnico e econômico da propriedade mais simples para viabilizar as anotações. Deixar as planilhas mais complexas para propriedades mais evoluídas dentro do programa.

Formação mais técnica também voltada para gestão em agronegócios, possibilitando o corpo técnico do Bifequali ter uma visão melhor de toda a cadeia produtiva que é extremamente complexa e assim entender o comportamento do mercado, direcionando eficientemente as ações dentro da propriedade

Montar treinamentos em módulos sendo que cada módulo trata de um tema específico, exemplo, adubação e manejo de pastagem, melhoramento genético, escrituração zootécnica, manejo reprodutivo, balanceamento de dieta para bovinos, instalações rurais, cada módulo com especialistas da pesquisa e da consultoria.

Em todo módulo após a parte teórica realizar um estudo de caso real simulando uma consultoria numa propriedade.

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