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O exercício da cidadania através do controle social: um estudo sobre os principais instrumentos de controle disponibilizados à sociedade no município de Curitiba

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Academic year: 2021

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O EXERCÍCIO DA CIDADANIA ATRAVÉS DO CONTROLE SOCIAL: UM ESTUDO SOBRE OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DISPONIBILIZADOS À SOCIEDADE NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Aline Maria da Cunha Urbanetz

Resumo: O presente artigo tem como objetivo expor as principais ferramentas disponibilizadas à população do Município de Curitiba para o desempenho do controle social. A pesquisa possui caráter bibliográfico e inicialmente será abordado o conceito de controle social e a importância da Constituição Federal de 1988 no que se refere à garantia de participação da sociedade na Administração Pública. Na sequência será apresentada a relevância da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) na transparência da gestão fiscal, assim como os principais dispositivos da Lei de Acesso à Informação que estão ligados ao controle social. Por fim, este trabalho relata os principais instrumentos de controle social que são disponibilizados na capital paranaense, incluindo uma breve reflexão sobre a transparência proporcionada pelos órgãos públicos e a real compreensão das informações por parte dos cidadãos.

Palavras-chave: Controle social. Transparência. Lei de Responsabilidade Fiscal.

1 INTRODUÇÃO

Ao abrir uma revista ou acessar um site da internet é muito provável que as notícias de grande destaque sejam as relacionadas à corrupção, fraudes e desvio de dinheiro público. O Brasil está afundado em uma profunda crise política e econômica e a cada dia que passa, a população vislumbra as esperanças de melhoria cada vez mais distantes. O cenário realmente é devastador, mas é o momento ideal para que os cidadãos desempenhem o papel garantido pela Constituição Federal de 1988, o exercício da cidadania, que por sinal constitui um fundamento da República Federativa do Brasil. Mas afinal, qual a relação entre o exercício da cidadania e o caos atualmente vivenciado pelos brasileiros? As duas proposições descritas anteriormente estão intimamente ligadas, visto que exercer a cidadania é também participar do destino da sociedade. A Carta Magna de 1988 foi determinante para a garantia da participação

Artigo apresentado como trabalho de conclusão do curso de Especialização em Contabilidade Pública da

Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Contabilidade Pública. Orientador: Prof. Nélio Herzmann, Mestre.

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popular na vida do Estado, estabelecendo sistemas de gestão democrática em várias áreas da administração pública. A população pode (e deve) acompanhar e indagar sobre as atitudes tomadas pelos administradores públicos e atualmente existem dispositivos legais que favorecem o controle da sociedade sobre a máquina pública.

Em 1789, já dizia a declaração dos direitos do homem e do cidadão que a sociedade tem o direito de pedir conta a todo agente público por sua administração. Os cidadãos podem participar ativamente da gestão pública, mas como fazer isso? Como sair da condição de mero espectador da crise política, da corrupção e poder contribuir para a construção de uma sociedade melhor e mais justa para todos?

Diante disto, surgiu a indagação sobre quais os instrumentos disponibilizados à população de Curitiba para o exercício do controle social? Como a sociedade pode acompanhar as decisões que afetam a vida da cidade inteira? Existe alguma maneira de expressarmos nossas opiniões? Que tipo de informações a legislação assegura à população? 2 AFINAL, O QUE É CONTROLE SOCIAL?

A palavra controle está relacionada ao ato de examinar, regular, monitorar. Conforme Bueno (2010), controle pode significar comprovação, inspeção, fiscalização. Ajustando tais definições ao nosso estudo, podemos concluir que o controle social é a fiscalização realizada pela sociedade.

Para a Controladoria Geral da União:

O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.

Conforme entendimento do Tribunal de Contas do Estado do Paraná:

Controle social é o acompanhamento sistemático e atento que o cidadão - individualmente ou por meio de suas entidades associativas e representativas - faz do uso do dinheiro público por parte dos governos.

Segundo o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, a participação da sociedade na gestão pública não está restrita a escolha dos representantes do povo, de quatro em quatro anos, pois os cidadãos tem também o direito de acompanhar durante todo o mandato como o poder delegado é exercido.

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De acordo com Siraque (2009), o controle social das atividades do Estado é uma luta incessante da humanidade.

Para Bugarin (2003):

A participação da sociedade na detecção e acompanhamento de desvios de recursos públicos é extremamente importante para o país. Primeiro, por se tratar de um processo cívico por meio do qual desenvolve-se o sentimento de união nacional em torno do bem comum. Em segundo lugar, porque tem o potencial de assustar os corruptos com o risco de punição e, assim, desestimulá-los a atuarem nessas atividades ilícitas.

Portanto, o controle social permite o acompanhamento das decisões tomadas pelos agentes públicos, decisões estas que podem afetar direta ou indiretamente toda a população do país. E vale lembrar que tal controle pode ser feito individualmente ou de forma organizada.

Quanto às formas de manifestação do controle social, Siraque (2009) afirma que:

O controle social manifesta-se de diversas formas. Podemos citar as seguintes: vistas a processos administrativos e judiciais nos órgãos públicos em que eles estiverem disponíveis, leitura do Diário Oficial, requerimento ou petição solicitando certidões ou informações junto aos órgãos públicos, carta, denúncias, representação, reclamação verbal à própria Administração, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas, ao Legislativo, ações judiciais.

Por fim, Bugarin (2003) destaca que:

Este envolvimento social, no entanto, requer dedicação e recursos por parte do cidadão comum e compete com suas outras tarefas cotidianas como o trabalho produtivo e o lazer. Dado o custo de dedicar-se ao controle social, existe uma tendência natural do cidadão no sentido de delegar ao governo o controle da administração pública.

3 A PARTICIPAÇÃO POPULAR E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

A Constituição Federal de 1988 (CF) regula todo o ordenamento jurídico brasileiro e é também chamada de constituição cidadã, já que é o texto constitucional mais democrático redigido até hoje em nosso país, proporcionando uma situação favorável à participação dos cidadãos no universo político.

Conforme Scuassante:

A Constituição Federal de 1988 definiu o Brasil como um Estado Democrático de Direito, criando um novo modelo de gestão pública o qual estimula a participação popular, que deve ser entendida como o exercício pleno da cidadania, exigindo assim, a conscientização do indivíduo quanto ao seu verdadeiro papel na busca pela melhoria do bem-estar social.

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Não podemos afirmar que o controle social se originou com a Carta Magna de 1988, entretanto, a ‘Constituição Cidadã’ foi um ponto de partida essencial para o controle realizado pelos cidadãos.

Já no Art. 1º da Lei Suprema a cidadania é elencada como fundamento da República Federativa do Brasil e o parágrafo único do referido artigo consagra que ‘todo o poder emana do povo’. No Art. 5º, inciso XXXIII, é assegurado o direito de receber dos órgãos públicos informações de interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, sob pena de responsabilidade, com exceção dos casos cujo sigilo seja necessário à manutenção da segurança da sociedade e do Estado.

De acordo com Siraque (2009), o cidadão, via de regra, não necessita justificar o motivo da sua petição de informações, mas a Administração Pública tem a obrigação de explicar por que não conseguiu responder à solicitação do cidadão. O referido autor ainda entende que:

O direito de obter informação junto aos órgãos públicos é um dos instrumentos jurídicos mais importantes colocados à disposição da cidadania para que esta possa proceder ao controle social da atividade administrativa do Estado. Porém, não é possível o requerimento de informações aleatórias ou genéricas, ou seja, sem a devida especificação do seu objeto. Também, não se há de confundir solicitação de informações com o sentido de devassa do órgão público ou pelo simples prazer de produzir requerimentos ou petições. Assim, não se admitem solicitações abusivas ou absurdas. Tudo é uma questão de bom senso e do atendimento do interesse público.

Ainda no Art. 5º, inciso LXXIII:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Os dispositivos supracitados estão inseridos no título que corresponde aos direitos e garantias fundamentais constantes na constituição federal, perceba a importância destes dispositivos no que se refere ao controle social, o exercício de tal controle é um direito assegurado pela lei das leis, pela norma máxima do Estado.

Conforme Siraque (2009):

O controle social tem a finalidade de verificar se as decisões tomadas, no âmbito estatal, estão sendo executadas conforme o que foi decidido e se as atividades estatais estão sendo realizadas de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Constituição e pelas normas infraconstitucionais.

Portanto, fiscalizar a execução orçamentária do seu país, acompanhar os procedimentos licitatórios e acompanhar a gestão do patrimônio público não se trata de um

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ato de rebeldia, é um ato perfeitamente legal, assegurado pela Constituição e disponível a qualquer cidadão brasileiro. Além do mais, consoante o Art. 37 da Carta Magna, que trata dos princípios que regem a administração pública, a publicidade é consagrada como princípio a ser observado pela administração direta e indireta de todos os poderes, permitindo o controle social dos atos administrativos.

O art. 61 da Constituição Federal prevê que a iniciativa das leis complementares e ordinárias é extensiva também aos cidadãos, na forma da lei. No que se refere à iniciativa popular, esta pode ser exercida mediante apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por no mínimo um por cento do eleitorado nacional, distribuído em ao menos cinco Estados, com o mínimo de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles, conforme § 2º do referido artigo.

Em seu art. 74, §2º, o texto constitucional ainda assegura que: ‘§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União’.

Para Siraque (2009):

O cidadão, por meio do controle social, não tem o poder de estabelecer sanções jurídicas aos agentes da Administração Pública, tendo em vista que o constituinte delegou o monopólio ao Poder Judiciário para dirimir, em definitivo, conflitos de interesse jurídico, conforme enuncia o art. 5º, XXXV, da Constituição, pois no Estado moderno não é permitido fazer justiça com as próprias mãos, mormente quando os órgãos do próprio Estado forem parte no conflito de direito. Mas a Constituição disponibiliza os instrumentos jurídicos necessários, como o mandado de segurança, o habeas corpus e a ação popular, para os cidadãos acionarem o Poder Judiciário e por meio desses instrumentos verem garantida a aplicação das sanções jurídicas que se fizerem necessárias para a efetividade e eficácia do controle social.

Este artigo não pretende esgotar todos os dispositivos do texto constitucional que se referem ao tema proposto, o objetivo aqui é expor o fato de que a Lei Máxima do país possui preocupação com a participação popular na vida pública.

É evidente que a Constituição Federal fornece amplo fundamento jurídico para o desempenho do controle social, entretanto, existem também outras Leis que amparam o exercício de tal controle, e neste contexto merece destaque a Lei nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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4 OS CRITÉRIOS DE TRANSPARÊNCIA E A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

A Lei nº 101 de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), representa um avanço na forma de administrar os recursos públicos, constituindo um poderoso instrumento de auxílio aos gestores públicos de todas as esferas de governo.

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão entende que a LRF define regras claras e precisas aplicáveis a todos os gestores de recursos públicos, no que se refere à gestão das receitas e das despesas públicas, ao endividamento e à gestão do patrimônio público. O referido Ministério ainda afirma que:

Além disso, a Lei consagra a transparência da gestão como mecanismo de controle social, através da publicação de relatórios e demonstrativos da execução orçamentária, apresentando ao contribuinte a utilização dos recursos que ele coloca à disposição dos governantes.

A Lei de Responsabilidade Fiscal preceitua que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente. A preocupação com o critério de transparência é tanta que a LRF dedica o Capítulo IX integralmente à transparência da gestão fiscal. Na Seção I deste capítulo a lei dispõe que:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Perceba que no artigo anteriormente citado o legislador prevê a ampla divulgação dos instrumentos de transparência da gestão fiscal, inclusive com versões simplificadas e disponibilização em meios eletrônicos (internet). Estas ações favorecem muito o desempenho do controle social, já que atualmente cada vez mais pessoas tem acesso à internet e as versões simplificadas dos documentos são essenciais pois nem todos os cidadãos possuem domínio do vocabulário e das operações que ocorrem diariamente no setor público.

Conforme os ditames da LRF, durante o processo de elaboração e discussão das leis orçamentárias a transparência será assegurada através do incentivo à participação popular e realização de audiências públicas. A transparência também será assegurada através da disponibilização em tempo real de informações pormenorizadas da execução orçamentária e financeira, facilitando o controle social das contas públicas.

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O Art. 48-A define que qualquer pessoa física ou jurídica pode ter acesso a informações referentes ao lançamento e recebimento das receitas, inclusive os recursos extraordinários, assim como os atos da execução da despesa, dados referentes ao número do correspondente processo, bem/serviço fornecido, beneficiário do pagamento e até mesmo o procedimento licitatório quando este for realizado.

No que se refere ao controle social, o Art. 49 determina que as contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo serão disponibilizadas no respectivo Poder Legislativo assim como no órgão técnico responsável pela sua elaboração, possibilitando a consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Além disto, a disposição é que tais contas estejam disponíveis durante todo o exercício. Sendo assim, além da disponibilização de informações decorrentes da gestão fiscal nos meios eletrônicos, os cidadãos também podem fiscalizar a prestação de contas pessoalmente. As contas prestadas pelos Prefeitos Municipais por exemplo, devem ser disponibilizadas na Câmara Municipal respectiva, durante todo o exercício.

Ainda no Capítulo IX, o parágrafo 3º do Art. 56 determina que seja dado ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas julgadas ou tomadas.

Outro ponto importante da Lei nº 101/2000 é a garantia de qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato poder denunciar o descumprimento das prescrições estabelecidas pela LRF ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público.

Fica evidente a preocupação do legislador em facilitar o controle social através de instrumentos de transparência disponibilizados à população. Adiante veremos se o Município de Curitiba cumpre com os requisitos de transparência descritos na LRF e se tais requisitos possibilitam de fato a fiscalização por parte da sociedade.

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A fim de regulamentar o direito à informação, previsto no texto constitucional, foi editada a Lei nº 12.527 de 2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. A referida Lei é aplicável não somente à União, mas também aos Estados, Distrito Federal e Municípios.

O direito fundamental de acesso à informação é assegurado mediante a aplicação de alguns procedimentos, sempre em conformidade com os princípios básicos da administração pública. O Art. 3º estabelece que tais procedimentos consistem em observar a publicidade como regra geral e o sigilo da informação como exceção, divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações, a utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação, o fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública e por fim, mas não menos importante, o desenvolvimento do controle social na administração pública.

Os órgãos e entidades do poder público devem manter uma gestão transparente da informação, proporcionando o amplo acesso e a divulgação das informações. A divulgação de informações de interesse coletivo ou geral deve ser feita em local de fácil acesso e independentemente de requerimentos. Deverão ser utilizados todos os meios e instrumentos legítimos de que os órgãos e entidades do poder público dispuserem, sendo que a divulgação em sítios oficiais da internet é obrigatória. Além disto, os sítios oficiais devem conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que garanta o fornecimento de informações de maneira objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, possibilitando também a geração de relatórios em diferentes formatos eletrônicos, como planilhas e texto por exemplo, objetivando otimizar a análise das informações disponibilizadas.

Segundo a Lei de acesso à informação, qualquer interessado pode pedir acesso a informações de órgãos e entidades do poder público, através de qualquer meio legítimo, sendo que o pedido deve conter a identificação do requerente e a especificação da informação solicitada. A busca e o fornecimento de informações são gratuitos e, se o acesso à informação não for autorizado por se tratar de informação sigilosa, o requerente deve ser informado da possibilidade de recorrer, assim como prazo e demais condições para a interposição de recurso.

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6 A TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO MUNICIPAL

Conforme o Portal da Transparência do governo federal, é dever da prefeitura informar a população, com clareza, sobre como é gasto o dinheiro público. O executivo municipal deve prestar contas à população e publicar suas contas de maneira simples e em local visível e de fácil acesso para os cidadãos.

O art. 48, § 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe que:

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.

Apesar de estarmos tratando do controle social no município de Curitiba, vale destacar as ações desempenhadas pela Controladoria Geral da União (CGU), em nível nacional. A CGU desenvolveu o Programa Olho Vivo no Dinheiro público, que pretende estimular o controle social dando condições para a participação de conselheiros municipais, lideranças locais, agentes públicos municipais, professores e alunos, entre outros. A referida controladoria ainda disponibiliza cursos online cujo tema é o controle social e os conteúdos lá abordados são úteis inclusive no controle das contas municipais. No site do órgão há também uma cartilha de controle social que já está na sua segunda edição.

6.1 O PORTAL DA TRANSPARÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Na página da internet da prefeitura de Curitiba é informado que no Portal da Transparência Municipal são disponibilizadas as seguintes informações:

 Informações sobre funções, competências, estrutura organizacional, quem é quem e a agenda das autoridades municipais;

 Dados sobre programas, ações, projetos e atividades do Município de Curitiba;

 Informações referentes ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomada de contas realizadas no Município de Curitiba;

 Detalhes sobre repasses e transferências de recursos efetuados pelo Município de Curitiba;

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 Informações sobre licitações, contratos, contratações e atas de registro de preços firmadas pelo Município de Curitiba;

 Informações sobre provimento de cargos e relação dos servidores públicos lotados ou em exercício no Município de Curitiba.

O portal da transparência foi criado para que o público em geral possa fiscalizar a aplicação dos recursos públicos municipais, conforme a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009 e Decreto nº 7.185, de 27 de maio de 2010.

O interessante é que qualquer cidadão pode solicitar informações adicionais do Portal da Transparência, bem como outras informações públicas. Tal solicitação pode ser feita diretamente no site da Prefeitura de Curitiba ou pessoalmente em um dos Serviços de Informação ao Cidadão (SIC) disponibilizados pelo Município. Além disso, se o pedido de informações for negado sem que tal negativa esteja embasada por um parecer jurídico, ou caso o cidadão entenda que sua pergunta não tenha sido devidamente respondida, é possível solicitar recurso diretamente pela internet. Portanto, aqui observa-se o que preceitua a Lei de Acesso à Informação.

No portal da transparência existe um menu relacionado à Legislação, onde é possível consultar a legislação tributária municipal, leis e decretos municipais e até mesmo a Legislação Federal (neste caso a página é redirecionada ao site do Planalto).

Existe também a possibilidade de consultar os contratos celebrados pelo Município de Curitiba. A busca ofertada é bastante abrangente pois o cidadão pode consultar os contratos de acordo com o órgão gestor ou através do nome do fornecedor, não sendo obrigatório conhecer o número do contrato ou o edital de licitação vinculado. Ao realizar a busca e selecionar determinado contrato são disponibilizadas muitas informações, como número do contrato, fornecedor, vigência inicial e final, situação, modalidade de licitação, objeto, valor, dados jurídicos relativos ao contrato em questão, aditivos, dotações orçamentárias vinculadas e empenhos emitidos para o contrato.

É possível consultar os convênios existentes, já que é disponibilizada uma tabela que evidencia as transferências recebidas. A referida tabela destaca o órgão gestor do convênio, termo de ajuste, número no siafi/siconv, ano, objeto, valor concedente anual, valor de contrapartida, valor total, início e término de vigência.

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No portal da transparência ainda são disponibilizadas informações relativas aos servidores públicos da Prefeitura Municipal de Curitiba, podendo ser verificada a relação de cargos efetivos preenchidos, a relação de vagas legais por cargo, a relação de cargos em comissão, listagem de servidores/empregados ativos, possibilidade de consultar servidores inativos, relação de servidores a disposição de outros órgãos, remuneração dos servidores, tabela salarial, tabela de agentes políticos e tabela das funções gratificadas existentes.

Há um menu relacionado ao patrimônio municipal, onde constam dados referentes aos bens móveis e imóveis pertencentes ao Município que foram doados, cedidos, permissionados ou permutados.

O portal possui um menu relativo ao transporte público e ao clicar nesta opção a página é redirecionada para o site da URBS (empresa de economia mista que controla o sistema de transporte público de Curitiba), onde há o detalhamento dos custos da tarifa e dados relativos à comissão de análise da tarifa.

Há o Portal de Dados Abertos de Curitiba e conforme informações constantes no próprio portal este consiste numa ação da Prefeitura Municipal de Curitiba de disponibilização, através da internet, de documentos, informações e dados governamentais de domínio público para a livre utilização pela sociedade, garantindo à mesma, acesso aos dados primários, de forma que possam ser reutilizados produzindo novas informações e aplicações digitais para a sociedade. Este portal permite filtrar informações através das seguintes categorias: saúde, financeiro, recursos humanos, abastecimento, turismo, cultura, governo municipal, transporte, habitação, pesquisa e planejamento, segurança, administração pública e legislação.

Cabe destacar que o portal da transparência possibilita o acompanhamento da entrada e saída de materiais nos órgãos municipais, podendo ser consultada toda a movimentação mensal, onde há a descrição do item, estoque anterior, quantidade que entrou e saiu do estoque no mês de referência, o respectivo estoque atual e o número da nota fiscal correspondente.

São disponibilizadas também as publicações realizadas no Diário Oficial do Município, organograma contendo a estrutura organizacional da Prefeitura, plano de contas de cada órgão municipal e relatórios das gestões anteriores.

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No que se refere à transferência de recursos, o portal da transparência informa a destinação de recursos que foram feitos a terceiros e também os recursos recebidos pela prefeitura, oriundos de outro ente da Federação, como auxílio ou assistência financeira e cooperações. Os empenhos a pagar também podem ser consultados.

O portal permite o acompanhamento das compras e todos os procedimentos licitatórios, assim como as justificativas quando ocorrerem contratações diretas. Também é possível o acompanhamento das receitas orçamentárias, extraorçamentárias e também das despesas feitas pela Prefeitura.

Por fim, é interessante citar o Programa Municipal de Educação Fiscal (PMEF), que objetiva proporcionar condições para a mudança nas relações entre os cidadãos e a administração pública, incentivando a participação da sociedade no acompanhamento da aplicação dos recursos públicos e expondo de forma democrática as informações financeiras e orçamentárias da gestão pública. Este programa visa trazer transparência às informações tributárias, de maneira de fácil entendimento.

6.2 OS REQUISITOS DA LRF E O PORTAL DA TRANSPARÊNCIA

Conforme já mencionado neste trabalho, o art. 48 da LRF lista instrumentos de transparência da gestão fiscal que devem ser amplamente divulgados, inclusive em meios eletrônicos: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária; o Relatório de Gestão Fiscal e as versões simplificadas desses documentos.

Ao acessar o portal da transparência de Curitiba é possível visualizar uma opção específica para os orçamentos. Estão disponíveis para consulta os planos plurianuais (PPA) de 1998 até o último PPA. As leis de diretrizes orçamentárias (LDO) estão disponibilizadas de 2001 até a última LDO e no que se refere aos orçamentos anuais (LOA) estão disponíveis de 2001 até o último plano. Neste menu são encontrados também os relatórios de investimentos desde 2003 até 2013.

Ainda na página inicial do portal da transparência está disponível um menu denominado ‘Balanços’. Nesta opção encontramos diversas informações bimestrais desde

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2001, entre elas são apresentados o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, sua respectiva versão simplificada, o Relatório de Gestão Fiscal e sua versão simplificada.

Conforme a LRF, a transparência também será assegurada mediante o incentivo à participação popular e realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e discussão das leis orçamentárias. A prefeitura de Curitiba realiza diversas consultas públicas, recentemente podemos destacar a consulta pública para debater a Lei Orçamentária Anual e o plano municipal de Saneamento. Estes eventos são abertos à participação popular e consistem numa excelente oportunidade para os cidadãos ajudarem a definir a destinação do orçamento municipal e o futuro do saneamento na cidade por exemplo.

6.3 OUTROS INSTRUMENTOS DE AUXÍLIO À POPULAÇÃO CURITIBANA

A Câmara Municipal de Curitiba está aberta à visitação da população, basta que o interessado agende uma visita, preencha um formulário de inscrição e haja um mínimo de 10 (dez) interessados na visitação. É possível agendar a visita para escolas, faculdades e qualquer outro tipo de instituição. As visitas são guiadas por servidores da Câmara que apresentam a estrutura funcional da Casa, explicam qual é a função do Poder Legislativo Municipal, bem como o papel dos vereadores, mencionam os instrumentos que a população possui para interagir com os parlamentares. O site da Câmara Municipal também permite o acompanhamento das audiências públicas até então agendadas, além do portal da transparência da própria Câmara, que disponibiliza muitas informações aos cidadãos.

O Município de Curitiba possui uma página na internet denominada Portal dos Conselhos, onde estão reunidas informações sobre os Conselhos Municipais da cidade, facilitando a participação da sociedade e o acompanhamento das ações governamentais. Trata-se de um espaço destinado à transparência, onde é possível saber detalhes sobre cada conselho municipal, a legislação vinculada, atas e deliberações, os serviços prestados, os eventos agendados e até mesmo entrar em contato com os conselhos.

6.3 TRANSPARÊNCIA vs COMPREENSÃO

Apesar da LRF pregar a transparência, exigindo ações que visem a preservação do equilíbrio das contas públicas e a publicação de uma série de documentos que viabilizem o controle social isso não implica que as informações disponibilizadas estejam próprias para

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serem utilizadas pela sociedade. Apesar da LRF exigir relatórios simplificados, muitas vezes a linguagem utilizada não é apropriada para os cidadãos que possuem pouco conhecimento do vocabulário utilizado em finanças públicas e do processo orçamentário em si.

Segundo Medeiros (2003):

Embora a LRF enfatize a importância da transparência da gestão como mecanismo de controle social (BRASIL, 2001), com a exigência de publicação de relatórios e demonstrativos da execução orçamentária, nem sempre os números são apresentados ao contribuinte de modo compreensível, a fim de evidenciar, com clareza, a utilização dos recursos que ele coloca à disposição dos governantes.

Fica evidente que a população é ‘convidada’ a participar da fiscalização dos gastos públicos, entretanto, a parcela que efetivamente participa é muito pequena, talvez por falta de interesse de alguns cidadãos, talvez pelo fato da má divulgação das audiências realizadas. Com o intuito de favorecer o controle da população o legislador já prevê a publicidade de relatórios simplificados, entretanto, há ainda um outro fator a levar em consideração, que diz respeito ao grau de instrução da população brasileira e a capacidade de interpretar gráficos, pareceres, relatórios e a própria legislação.

Junior e outros entende que:

O acesso à informação e a efetiva compreensão das informações disponíveis são de fundamental importância para que o cidadão sinta-se motivado a participar da gestão de sua cidade. Para isso é necessário utilizar o meio e a mensagem corretos para que se cumpra o que prevê a lei e se atinja seu objetivo no tocante à transparência, controle e fiscalização da gestão fiscal. (...). Para tanto, são necessárias campanhas educativas e esclarecedoras e convocações por meio dos veículos de comunicação de massa, para que, usando-se uma linguagem identificada com o povo, o cidadão tenha despertado o interesse pelos assuntos referentes à gestão do município em que vive.

Cruz (2011) ainda destaca que quase sempre a conveniência e a condição de quem veicula um dado determina a maneira com que esta informação chega até uma pessoa, em detrimento ao real diagnóstico dos receptores da informação.

CONCLUSÃO

A Constituição Federal de 1988 foi um marco importante para o desenvolvimento do controle social e a Lei de Responsabilidade Fiscal demonstrou a preocupação com o critério de transparência. Na sequência, a edição da Lei de Acesso à informação veio confortar o cidadão ao corroborar o fato de que a população pode e deve solicitar informações dos órgãos públicos.

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Percebe-se a existência de um elo ligando vários normativos, a constituição federal, a lei de responsabilidade fiscal, a lei de acesso à informação, entre outras normas infralegais não citadas no presente trabalho, todas se articulando de maneira a propiciar o controle social. A base jurídica que possibilita o controle social existe, mas neste caso a prática não é tão objetiva como a teoria, já que muitas vezes existem obstáculos que impedem o exercício da cidadania por parte dos cidadãos.

A Lei de Responsabilidade Fiscal possibilitou a garantia de mecanismos para a participação direta da sociedade no que tange aos gastos públicos, entretanto tais mecanismos ainda são pouco divulgados e na grande maioria das vezes a linguagem utilizada é extremamente técnica, o que dificulta a compreensão das informações e assusta grande parte da população. Sem dúvida alguma, a internet possibilita uma rápida circulação de informações entre todo o mundo, mas não deve ser o único canal de comunicação entre o governo e a população, tendo em vista que ainda há muitos brasileiros que sequer são alfabetizados. O Portal da Transparência divulga informações muito relevantes para o controle social, mas não basta o acesso e a leitura de dados brutos, é necessário interpretar o que está sendo exposto, e além do mais, é necessário relacionar os dados.

De modo geral, conclui-se que o Município de Curitiba cumpre com os requisitos de transparência elencados na lei, entretanto, a transparência não é efetiva. O Município cumpre um requisito legal, mas não possibilita o real atingimento do que era proposto por tal requisito (o acompanhamento da população, o controle social).

Não basta o acesso à internet, é necessário saber onde encontrar as informações e é necessário saber interpretá-las. Portanto, no que tange ao controle social, ainda há muito o que melhorar.

O portal da transparência do município de Curitiba é muito rico em informações e de um modo geral é um site de fácil navegação, entretanto, é preciso saber interpretar as informações disponibilizadas para que o cidadão possa compreender a realidade das operações ocorridas no município e consequentemente saber o que questionar e a quem questionar. Além disso, apesar de estarmos habituados com o mundo digital ainda existem pessoas que não possuem amplo acesso à internet, neste caso a transparência não é efetiva já que a maioria das informações relacionadas a audiências públicas, processos licitatórios e prestação de contas ocorre por meios eletrônicos.

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Independentemente de posicionamento político, a grande maioria da população concorda que o cenário brasileiro está deplorável. Notícias e mais notícias de corrupção e descaso com a população. Os cidadãos, por sua vez, não podem aceitar os acontecimentos de braços cruzados e simplesmente acompanhar a baixaria que ocorre no Planalto e seus arredores, a população deve desempenhar seu papel a partir de pequenos atos, através de atitudes conscientes e pensando no bem-estar coletivo. Chega de tentarmos buscar o tão famoso ‘jeitinho brasileiro’, não podemos apontar o dedo para os políticos corruptos se nós não fazemos a nossa parte, se nós tentamos burlar o sistema e a legislação a fim de obter benefícios (ainda que inconscientemente). Enquanto pensarmos assim, o país não vai para frente. Ao cidadão cabe fazer bom uso dos recursos e informações existentes, a fim de exercer sua cidadania em plenitude.

THE EXERCISE OF CITIZENSHIP THROUGH SOCIAL CONTROL: A STUDY ON THE MAIN CONTROL INSTRUMENTS AVAILABLE TO SOCIETY IN THE MUNICIPALITY OF CURITIBA

Abstract: This article deals with the exercise of social control in the Municipality of Curitiba. Initially, will be approached the concept of social control and the importance of the Federal Constitution of 1988 in terms of ensuring the participation of society in Public Administration. Will be presented the relevance of the Fiscal Responsibility Law (FRL) in the transparency of fiscal management, as well as the main provisions of the Law on Access to Information that are linked to social control. Finally, this paper reports on the main instruments of social control that are available in the capital of Paraná, including a brief reflection on the transparency provided by public agencies and the real understanding of information by citizens.

Keywords: Social control. Transparency. Fiscal Responsibility Law. REFERÊNCIAS

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