• Nenhum resultado encontrado

CONSELHOS TUTELARES FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONSELHOS TUTELARES FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

CONSELHOS

TUTELARES

FUNÇÕES

E

(2)

Conselho Tutelar

Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, cujas decisões apenas poderão ser revistas pela autoridade judicial a pedido de quem tiver legítimo interesse (pais, responsáveis, etc.). Cada município deverá constituir o Conselho Tutelar composto de 5 membros, eleitos pelo povo, para exercer mandato remunerado de 3 anos (artigos 132 a 139).

(3)

REQUISITOS PARA A CANDIDATURA AO

CONSELHO TUTELAR

I – reconhecida idoneidade moral;

II – idade superior a vinte e um anos;

II – residir no município.

É imperiosa a devida comprovação de

desses requisitos, além de outros que

possam estar estabelecidos na lei

municipal e em consonância com os

direitos individuais estabelecidos na CF.

(4)

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR

I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos artigos 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;

O art. 98 dispõe que as medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos no ECA forem ameaçados ou violados: por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; em razão de sua conduta.

(5)

O art. 105 cuida da criança que tenha cometido ato infracional. A ela não cabe punição, mas proteção. Ao ato infracional praticado por criança e nas hipóteses previstas no art. 98 irão corresponder as medidas previstas no art. 101: I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;

II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III – matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;

(6)

V– requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

VII – abrigo em entidade;

VIII – colocação em família substituta.

Alerte-se que essa última medida não pode ser aplicada pelo Conselho Tutelar, pois somente o Juiz tem poder para colocar alguém em família substituta.

(7)

II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;

O art. 129 trata das medidas aplicáveis aos pais que faltem com seus deveres em relação aos filhos. Tais medidas podem ser, dentre outras: encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção à família; encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; advertência; perda da guarda; destituição da tutela;suspensão ou destituição do pátrio poder.

(8)

III – promover a execução de suas decisões, podendo, para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;

b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

Requisitar é exigir e não pedir. Para que uma requisição do CT não seja atendida é necessária uma razão relevante. Se a recusa é injustificada, o CT recorrerá ao juiz para que obrigue o servidor ou autoridade pública a cumprir o determinado. O mesmo se aplica aos particulares.

(9)

IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

V – Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

VI – Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

VII – Expedir notificações;

Notificação é uma comunicação oficial. Podem ser utilizadas para chamar a pessoa a conversar, para determinar uma medida qualquer, etc.

(10)

VIII – Requisitar certidões de nascimento e de óbito da criança ou adolescente quando necessário;

IX – Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X – Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art 220, § 3o, II da Constituição

Federal;

XI – Representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio poder.

(11)

A função do Conselho Tutelar é descobrir onde está acontecendo uma violação aos direitos de crianças e adolescentes Diante do caso concreto,

cabe-lhe:

• Agir para que cesse a violação;

• Depois da violação ocorrida, promover a

responsabilização do agressor;

Se o Conselho Tutelar não realizar ambas as tarefas, estará fugindo de sua responsabilidade, passando ele próprio a violar os direitos da criança e do adolescente.

(12)

DELIBERAÇÕES

O Conselho Tutelar somente pode decidir em conjunto. Havendo divergência, vale a posição da maioria. O conselheiro não pode, sozinho, tomar decisões que comprometam o Conselho, salvo quando imperiosas para preservar os direitos de crianças e adolescentes.

Art. 137 – As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.

(13)

CARGO DE CONSELHEIRO

Junto com o Conselho Tutelar, são criados 5 cargos públicos de conselheiro. O conselheiro é, portanto, um servidor público. Sua investidura no cargo depende de:

a) eleição, nos termos da lei. Hoje já se fala em Conselheiros escolhidos ( e não mais eleitos necessariamente), agora, pelas comunidades locais , com procedimento estabelecido em lei municipal.

b) Nomeação, pelo Prefeito. Uma vez nomeado, só perde o cargo depois que acaba o seu mandato; antes disso, só se cometer falta grave e for exonerado após inquérito administrativo em que seja garantido seu direito de defesa.

(14)

Para efeito de interpretação, o CONANDA como caso de cometimento de falta funcional grave,

entre outras:

I – usar da função em benefício próprio;

II – romper sigilo em relação aos casos analisados pelo Conselho Tutelar que integre; III – manter conduta incompatível com o cargo

que ocupa ou exceder - se no exercício da função de modo a exorbitar sua atribuição , abusando as autoridade que lhe foi conferida; IV – recusar-se a prestar atendimento ou

omitir-se a isso quanto ao exercício de suas atribuições quando em expediente de funcionamento do Conselho Tutelar;

(15)

V – aplicar medida de proteção contrariando a decisão colegiada do Conselho Tutelar;

VI – deixar de comparecer no plantão e no horário estabelecido;

VII – exercer outra atividade, incompatível com o exercício do cargo, nos termos desta Lei;

VIII – receber, em razão do cargo, honorários, gratificações, custas, diligências.

(16)

FORÇA DO CONSELHO TUTELAR

Embora não tenha poder de resolver pela força as questões sob sua competência, o Conselho Tutelar pode, conforme o art. 136, III, “b”, do ECA, recorrer à justiça para fazer cumprir sua decisão. O agente público ou particular que dificultar a ação do Conselho comete o crime previsto no art. 236 do ECA:

Art 236 – Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei. Pena – detenção de seis meses a dois anos.

(17)

(...) o Conselho Tutelar não é pronto socorro. Se alguém está batendo em alguém, há a necessidade de um pronto socorro de segurança pública (e não de um conselheiro que vá de madrugada brigar com o agressor); se alguém já bateu em pessoa ferida, o que se necessita é de um pronto socorro médico (e não de um conselheiro que vá, solidariamente, chorar o braço quebrado da vítima); se alguém está desvalido ( perdido, abandonado , desprotegido ), essa pessoa precisa de um pronto socorro social ( abrigo ). Muitos municípios criam Conselhos Tutelares para fazer esse trabalho de pronto socorro.

(18)

Não é essa sua função. Sua função é intervir depois que o pronto socorro cumpre sua tarefa, ou quando o pronto socorro ameaça ou viola direitos. Em muitos casos, o conselheiro se transforma em transportador de pessoas para delegacias, prontos socorros, abrigos ou para (!) sua própria casa (que, de residência provada, se transforma em abrigo público. É isso que as pessoas realmente querem com o Conselho Tutelar?).”

Referências

Documentos relacionados

Para saber como o amostrador Headspace 7697A da Agilent pode ajudar a alcançar os resultados esperados, visite www.agilent.com/chem/7697A Abund.. Nenhum outro software

A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se baseia no fato de que uma

1 — Os apoios são concedidos pela Câmara Municipal da Guarda às IPSS legalmente cons- tituídas de acordo com o estipulado no n.º 3, do artigo 2.º do presente Regulamento... 2 —

( ) Sim ( ) Não – Caso você responda não Vá para seção 2: Transporte As próximas questões são em relação a toda a atividade física que você fez na ultima

● Identificar e interpretar informações relativas ao conhecimento químico veiculado nos diferentes tipos de mídias (artigos de jornais, revistas, televisão,

via, a perspectiva de medidas de cunho econômico e financeiro, a serem postas em prática pelo nô- vo govêrno, afastou aquelas faci- lidades bancárias, determinando,..

Afonso IV, quanto aos judeus se explica, pelo contexto conflituoso em que este rei esteve envolvido a partir de 1336, somando-se às consequências da Peste em

O primeiro artigo, (22) intitulado Improved Evaluation of Postoperative Pain After Photorefractive Keratectomy, validou os questionários BPI e MPQ na avaliação da