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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Academic year: 2021

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Contabilidade de

Instituições Financeiras

2ª edição

teoria e questões comentadas

inclui Sistema Financeiro Nacional e Operações Bancárias

Ricardo J. Ferreira

AMOSTRA DA OBRA

www.editoraferreira.com.br

O sumário aqui apresentado é reprodução fiel do livro Contabilidade de Instituições Financeiras 2ª edição.

(2)

Nota sobre o autor

Ricardo J. Ferreira é graduado em Direito e Ciências Contábeis. Foi

auditor interno nos setores público e privado e assessor jurídico da

Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Membro do

Conselho Editorial da Editora Ferreira e criador da Feira do

Concur-so, foi recentemente homenageado com a Medalha de Mérito Pedro

Ernesto, principal Comenda do Rio de Janeiro.

É professor de Legislação Tributária, Contabilidade e Auditoria,

ten-do siten-do aprovaten-do e classificaten-do nos concursos para Técnico ten-do

Te-souro Nacional (TTN), Agente Fiscal de Tributos do Estado de Minas

Gerais (ICMS/MG), Agente Fiscal de Rendas do Estado de São

Pau-lo (ICMS/SP), Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN), Fiscal de

Rendas do Estado do Rio de Janeiro (ICMS/RJ) e Fiscal de Rendas

do Município do Rio de Janeiro (ISS/RJ), entre outros.

Sumário

Capítulo 1 – Sistema Financeiro Nacional 1

1 Definição 1

2 Origens e aspectos históricos 1 3 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 2 3.1 Subsistema de Supervisão 2 3.2 Subsistema Operativo 3 4 Instituições financeiras 3 4.1 Instituições financeiras monetárias 4 4.2 Instituições financeiras não monetárias 4 4.3 Instituições do SBPE 5 4.4 Agentes especiais 5 4.5 Instituições do sistema de distribuição 6 4.6 Instituições do sistema de liquidação e custódia 6 4.7 Instituições administradoras de recursos de terceiros 6 4.8 Entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados 7 4.9 Instituições do sistema nacional de seguros privados e previdência

complementar 7

5 Instituições prestadoras de serviços financeiros não regulamentados 7 6 Autoridades do Sistema Financeiro Nacional 10 7 Entidades e órgãos normativos e supervisores do SFN 10 7.1 Conselho Monetário Nacional 11 7.2 Banco Central do Brasil 13 7.3 Comissão de Valores Mobiliários 16 7.4 Conselho Nacional de Seguros Privados 17 7.5 Superintendência de Seguros Privados 18 7.6 Conselho Nacional de Previdência Complementar 18 7.7 Secretaria de Previdência Complementar 18 8 Autoridades de apoio 18 8.1 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 19 8.2 Caixa Econômica Federal 20

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Contabilidade de Instituições Financeiras Sumário

8.3 Banco do Brasil S/A 21 9 Instituições financeiras públicas e privadas 22 10 Instituições financeiras monetárias 23 10.1 Bancos múltiplos 24 10.2 Bancos comerciais 25 10.3 Caixas econômicas 26 10.4 Cooperativas de crédito 27 10.5 Bancos cooperativos 27 11 Instituições financeiras não monetárias 28 11.1 Bancos múltiplos sem carteira comercial 29 11.2 Bancos de investimento 29 11.3 Bancos de desenvolvimento estaduais 31 11.4 Sociedades de crédito, financiamento e investimento 32 11.5 Sociedades de crédito imobiliário 32 11.6 Associações de poupança e empréstimo 33 11.7 Bancos de câmbio 34 12 Outros intermediários ou auxiliares financeiros 35 12.1 Bolsas de mercadorias e de futuros 35 12.2 Bolsas de Valores 35 12.3 Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 37 12.4 Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 38 12.5 Sociedades de arrendamento mercantil 39 12.6 Sociedades corretoras de câmbio 40 12.7 Agentes autônomos de investimentos 40 13 Sistema Nacional de Seguros Privados 41 14 Entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguros 41 14.1 Entidades fechadas de previdência complementar 41 14.2 Entidades abertas de previdência complementar 41 14.3 Sociedades seguradoras 42 14.4 Sociedades de capitalização 43 15 Entidades administradoras de recursos de terceiros 43 15.1 Fundos mútuos 44 15.2 Clubes de investimentos 44 15.3 Carteira de investidores estrangeiros 44 15.4 Administradoras de consórcios 44 16 Sistema de Liquidação e Custódia 44 16.1 Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) 45

16.2 Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip) 45 16.3 Caixa de liquidação e custódia 46

Questões inéditas 47

Gabarito 54

Questões de provas 55

Gabarito 60

Capítulo 2 – Regulamentação prudencial 61

1 Regulamentos e requisitos prudenciais 61 2 Desenvolvimento e implementação 61 3 Adequação de capital 62 4 Administração do risco de crédito 63 5 Administração do risco de mercado 66 6 Administração de outros riscos 66 7 Controles internos 68

Capítulo 3 – Normas internacionais: Comitê da Basileia 71

1 Comitê da Basileia 71 2 Acordo da Basileia 71 3 Princípios fundamentais para uma supervisão bancária eficaz 75

Capítulo 4 – Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional

− Cosif 81

1 Regras padronizadas de escrituração 81

2 Objetivo 81

3 Estrutura 83

4 Escrituração 84

5 Exercício social 87

6 Elenco de contas 87

7 Classificação das contas 88 8 Livros de escrituração 93 9 Bancos estrangeiros 96 10 Sociedades ligadas 96 11 Critérios de avaliação e apropriação contábil 98 11.1 Operações com taxas prefixadas 98 11.2 Operações com taxas pós-fixadas ou flutuantes 99

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Contabilidade de Instituições Financeiras Sumário

11.3 Operações com correção cambial 101 11.4 Operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) 101 11.5 Rendas a apropriar 102 11.6 Apropriação pro rata temporis 102 11.7 Contagem de prazo 102 11.8 Dia de aniversário 102 11.9 Data-base para elaboração de balancete e balanço 102 12 Exemplos de contas e suas funções 103

Questões inéditas 113

Gabarito 120

Capítulo 5 – Relações interfinanceiras e interdependências 121

1 Conceito 121

2 Serviço de compensação de cheques e outros papéis 121 3 Créditos vinculados/obrigações vinculadas 123 4 Repasses interfinanceiros 124 5 Relações com correspondentes 124 6 Recursos em trânsito de terceiros 125 7 Ordens de pagamento 127 8 Transferências internas de recursos 128 9 Disposições gerais 128

Capítulo 6 – Registro do crédito tributário 131

1 Tributos sobre o lucro 131 2 Diferenças temporárias 132 2.1 Diferenças temporárias tributáveis 132 2.1.1 Diferenças temporárias dedutíveis 133 3 Adições e exclusões temporárias 133 4 Adições e exclusões permanentes 135 5 Registro de crédito tributário por instituições financeiras 135

Capítulo 7 – Ativo permanente 139

1 Investimentos no exterior 139 2 Participações em coligadas e controladas 141

2.1 Desdobramento do custo de aquisição do investimento 146 3 Provisão para perdas em investimentos 147

4 Ajuste do valor do investimento 148 5 Outros investimentos 151 6 Resultado na alienação de investimentos permanentes 152

7 Imobilizado 153

8 Provisão para depreciação do imobilizado de uso 155 9 Imobilizado de arrendamento mercantil 157 10 Resultado na alienação de bens arrendados 159

11 Diferido 160

Capítulo 8 – Patrimônio líquido 163

1 Composição do patrimônio líquido 163

2 Capital social 164

2.1 Subscrição e realização 165 2.2 Aumento ou redução do capital 166 3 Reservas de capital 167 4 Reservas de reavaliação 169

5 Reserva legal 169

6 Reservas estatutárias 170 7 Reservas para contingências 171 8 Reservas para expansão 171 9 Reservas de lucros a realizar 172 10 Reserva de incentivos fiscais 172 11 Reservas especiais de lucros – dividendo não distribuído 173 12 Outras reservas de lucros 173 13 Ações em tesouraria 174 14 Ajuste ao Valor de Mercado – TVM e Derivativos 174

Questões comentadas 176

Capítulo 9 – Contas de compensação 179

1 Conceito 179

2 Registro 179

3 Garantias 180

4 Custódia de valores 181

5 Cobrança 182

6 Administração de carteira de valores mobiliários 182 7 Operações a termo, futuro e de opções 182

(5)

Contabilidade de Instituições Financeiras Sumário

8 Classificação da carteira de créditos 183 9 Patrimônio de fundos públicos administrados 183 10 Disposições gerais 183

Capítulo 10 – Elaboração e publicação das demonstrações financeiras 185

1 Objetivo 185

2 Demonstração de elaboração obrigatória 185

3 Publicação 188

4 Elaboração e divulgação de demonstrações consolidadas no padrão do IASB 192 5 Informações Financeiras Trimestrais 193

Questões comentadas 194

Capítulo 11 – Consolidação operacional das demonstrações 197

1 Conglomerado financeiro 197 2 Consolidação operacional de demonstrações financeiras 198 3 Procedimentos preliminares 201 4 Consolidação do balanço patrimonial 201 5 Consolidação da demonstração do resultado 203

Capítulo 12 – Títulos e valores mobiliários 205

1 Aspectos gerais 205

2 Títulos de renda fixa 210 3 Registro da aquisição de títulos de renda fixa 212 4 Registro dos rendimentos 213 5 Contabilização dos lucros ou prejuízos 214 6 Títulos de renda variável 215 7 Registro da aquisição de títulos de renda variável 217 8 Registro da alienação de títulos de renda variável 217 9 Contabilização dos rendimentos 218

Capítulo 13 – Arrendamento mercantil (leasing) 221

1 Características e espécies de arrendamento mercantil 221 2 Bens sujeitos ao leasing 223 3 O arrendatário no leasing 223 4 O arrendador no leasing 223 5 Prazos do leasing 224

6 Aspectos tributários do leasing 224 7 Contabilização da operação de arrendamento financeiro 224 8 Baixa do bem arrendado 226 9 Recebimento antecipado do valor residual 227 10 Arrendamento imobiliário especial 227

Questões comentadas 228

Capítulo 14 – Operações de crédito 231

1 Aspectos gerais 231

2 Vedações para concessão de crédito 231 3 Classificação das operações de crédito 232 4 Operações prefixadas 233 5 Operações pós-fixadas 234 6 Títulos descontados 235

6.1 Desconto de títulos girados sobre a praça 235 6.2 Desconto de títulos girados sobre outras praças 236 7 Classificação das operações de crédito por nível de risco 237

8 Notas explicativas 239 9 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 239 10 Créditos com empresas em recuperação judicial 246 11 Custas judiciais recuperáveis 246 12 Comissões antecipadas de abertura de crédito 246 13 Composição de dívidas 246 14 Operações de crédito de consórcio 246 15 Contratos de mútuo de ouro 247

Questões de provas 248

Gabarito 250

Capítulo 15 – Operações passivas 251

1 Conceito 251

2 Depósitos à vista 251 3 Depósitos a prazo 253 4 Depósitos de poupança 254 5 Depósitos interfinanceiros 255 6 Recursos de aceites cambiais 255 7 Recursos de letras imobiliárias e hipotecárias 256

(6)

Contabilidade de Instituições Financeiras

8 Recursos de debêntures 256 9 Recursos de empréstimos e repasses 257 10 Comissões de colocação de títulos de emissão própria 257

Questões de provas 258

Gabarito 260

Capítulo 16 – Derivativos 261

1 Instrumentos financeiros derivativos 261 2 Mercado a termo 262 3 Mercado de opções 262 3.1 Opção de compra 263 3.2 Opção de venda 263 4 Mercado futuro 263 5 Mercado de swaps 264 6 Contabilização 265 6.1 Operações a termo 266 6.2 Operações com opções 267 6.3 Operações de futuro 267 6.4 Operações de swap 268 6.5 Operações com outros instrumentos financeiros derivativos 268 7 Operações de hedge 269 8 Derivativos de crédito 273 Questões comentadas 275

Capítulo 17 – Gestão de riscos no mercado financeiro 277

1 Riscos 277

2 Risco de mercado 277 3 Risco de taxa de juros 278 4 Risco de crédito 278 5 Risco de liquidez 279 6 Risco operacional 279

7 Risco legal 280

8 Risco país e risco de transferência 281 9 Risco de reputação 281

Referências bibliográficas 283

Operações de crédito

1 Aspectos gerais

Para cada tipo de instituição financeira, a legislação determina as espécies de operações que podem ser desenvolvidas. As regras de contabilidade das operações de crédito são estabelecidas pelo Bacen, com base na aplicação dos recursos e na atividade predomi-nante do tomador do crédito.

2 Vedações para concessão de crédito

As instituições financeiras são proibidas de realizar operações de crédito com:

1. seus diretores e membros dos conselhos consultivo ou administrativo, fis-cais e semelhantes, bem como seus respectivos cônjuges;

2. parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o item anterior;

3. pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital com mais de 10%, salvo autorização específica do Banco Central do Brasil, em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral;

4. pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10%;

5. pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau.

(7)

Contabilidade de Instituições Financeiras Operações de crédito

3 Classificação das operações de crédito

De acordo com o Cosif, na classificação das operações de crédito, nos diversos títulos contábeis, deve-se ter em conta:

1. a aplicação dada aos recursos, por tipo ou modalidade de operação; 2. a atividade predominante do tomador do crédito.

01. (Analista/Bacen/Esaf/Adaptada) Na classificação das operações de crédito, pelos diversos títulos contábeis, deve-se ter em conta a aplicação dada aos recursos, por tipo ou modalidade de operação, e a atividade predominante do tomador do crédito.

( ) certo ( ) errado

A aplicação é como o tomador usa o recurso, como por exemplo a compra de máqui-nas. Gabarito: certo.

As operações de crédito distribuem-se segundo as seguintes modalidades:

1. Empréstimos – são as operações realizadas sem destinação específica ou vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os emprés-timos para capital de giro, os emprésemprés-timos pessoais e os adiantamentos a depositantes;

2. Títulos descontados – são as operações de desconto de títulos, como dupli-catas e notas promissórias;

3. Financiamentos – são as operações realizadas com destinação específica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os financiamentos de parques industriais, máquinas e equipamentos, bens de consumo durável, rurais e imobiliários.

02. (Analista/Bacen/Esaf/Adaptada) As operações de crédito são classificadas nas seguintes modalidades: empréstimos, títulos descontados e financiamentos. ( ) certo

( ) errado

Na prática, a operação de desconto muitas vezes é chamada de empréstimo. Gabarito: certo.

03. (Analista/Bacen/Esaf/Adaptada) Empréstimos são as operações realizadas com destinação específica ou vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. ( ) certo

( ) errado

Essa é a definição de financiamento. Gabarito: errado.

Em operações de repasse, a instituição pode proceder ao seu registro segundo a origem

dos recursos, em desdobramentos de uso interno.

Mediante a utilização de subtítulos de uso interno ou de sistema computadorizado paralelo, as aplicações em operações de crédito devem ser segregadas segundo a ativi-dade predominante do tomador do crédito, de forma que permita o preenchimento dos documentos da Estatística Econômico-Financeira.

Os saldos credores em contas de empréstimo devem ser inscritos, diariamente, pelo valor global, em Saldos Credores em Contas de Empréstimos e Financiamentos, do passivo circulante, no subtítulo adequado. Essa conta registra o valor total dos saldos credores em contas de empréstimos e financiamentos. Diariamente, ela é creditada pelo valor global. No dia seguinte, é debitada pelo retorno dos saldos às respectivas contas.

4 Operações prefixadas

Operações prefixadas são aquelas em que os juros são fixados de forma antecipada, sem que haja modificação do seu valor durante o período de validade do contrato.

Empréstimo em 01/03/x1 10.000,00 Juros da operação 1.000,00 Vencimento 30/04/x1 Valor a ser pago no vencimento 11.000,00 Em 01/03/x1, quando do empréstimo:

D – Empréstimos (AC/ARLP)

C – Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas (PC/PELP) 10.000,00

Em 31/03/x1, apropriação da receita correspondente ao mês de março, considerando-se o método linear:

D – Empréstimos

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Contabilidade de Instituições Financeiras Operações de crédito

Mesmo que sejam liquidados apenas na data do vencimento (em 30/04/x1), os juros devem ser apropriados mensalmente, de acordo com a competência.

Em 30/04/x1, apropriação da receita correspondente ao mês de abril: D – Empréstimos

C – Rendas de Empréstimos 500,00 Ainda em 30/04/x1, liquidação do empréstimo:

D – Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas

C – Empréstimos 11.000,00

5 Operações pós-fixadas

Operações pós-fixadas são aquelas cujos juros são apurados em data futura, sobre o valor corrigido, de acordo com a variação de um índice, como a TR, por exemplo.

Empréstimo em 01/03/x1 10.000,00 Juros da operação 12% ao ano Vencimento 30/04/x1 Índice de atualização TR Consideremos que a variação mensal da TR tenha sido de 1%. Em 01/03/x1, quando do empréstimo:

D – Empréstimos

C – Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas 10.000,00 Em 31/03/x1, apropriação da receita correspondente ao mês de março:

Saldo devedor atualizado = 10.000,00 x 1,01 = 10.100,00 Correção do empréstimo = 100,00

Juros = 10.100,00 x 0,12 x 30/365 = 99,62 D – Empréstimos

C – Rendas de Empréstimos (correção + juros) 199,62

Em que pese o mês de março ter 31 dias, na contagem do prazo, excluímos o dia da operação e incluímos o dia do vencimento.

Apesar de só serem liquidados na data do vencimento (em 30/04/x1), os juros devem ser apropriados mensalmente, de acordo com a competência.

Em 30/04/x1, apropriação da receita correspondente ao mês de abril: Saldo devedor atualizado = 10.199,62 x 1,01 = 10.301,62

Correção do empréstimo = 102,00 Juros = 10.301,62 x 0,12 x 30/365 = 101,61 D – Empréstimos

C – Rendas de Empréstimos 203,61 Ainda em 30/04/x1, data da liquidação do empréstimo:

D – Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas

C – Empréstimos 10.403,23

6 Títulos descontados

Normalmente, os títulos descontados são duplicatas e promissórias de emissão do pró-prio cliente. No caso de duplicata, o devedor principal é o aceitante do título de crédito, ou seja, o comprador das mercadorias. Na hipótese de promissória, o devedor principal é a empresa que efetuou o desconto.

Os títulos recebidos em operações de desconto são classificados como: títulos girados sobre a praça e títulos girados sobre outras praças.

6.1 Desconto de títulos girados sobre a praça

Registro da operação de desconto: D – Títulos Descontados (AC/ARLP) C – IOF a Recolher (PC/PELP)

C – Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas

Apropriação mensal da renda (juros do título descontado): D – Títulos Descontados

C – Rendas de Títulos Descontados Liquidação do título pelo devedor:

D – Caixa ou Depósitos de Pessoas Físicas ou Jurídicas C – Títulos Descontados

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Contabilidade de Instituições Financeiras Operações de crédito

6.2 Desconto de títulos girados sobre outras praças

Em operação de desconto efetuada em 01/03/x1, no Rio de Janeiro, a Companhia Alfa tinha em carteira duplicata a receber com as seguintes características:

Local de recebimento: São Paulo Data de vencimento: em 30/04/x1 Valor nominal da duplicata: 10.000,00

Taxa de desconto aplicada pela instituição financeira: 10% Não houve incidência de IOF

Em 01/03/x1, registro da operação de desconto pela agência do Rio de Janeiro: D – Títulos Descontados

C – Depósitos de Pessoas Jurídicas 9.000,00

Ainda em 01/03/x1, a agência do Rio remeteu a duplicata descontada para agência do mesmo banco em São Paulo. A agência do Rio efetuou o registro correspondente em contas de compensação:

D – Mandatários para Cobrança – Agência SP

C – Cobrança por Conta de Terceiros – Cia. Alfa 10.000,00 A agência de São Paulo também efetuou o registro em contas de compensação: D – Títulos em Cobrança Direta – de outras agências

C – Cobrança por Conta de Agências – Dependência RJ 10.000,00 Em 31/03/x1, apropriação da receita relativa ao mês de março, pelo método linear: 10.000,00 x 0,10 x 30/60 = 500,00

Para efeito de cálculo, o dia da operação é excluído. D – Títulos Descontados

C – Rendas de Títulos Descontados 500,00 Em 30/04/x1, em virtude do recebimento da duplicata, a agência de SP lançou: D – Caixa (ou conta de depósito)

C – Cobrança de Terceiros em Trânsito – Agência RJ 10.000,00

Na mesma data, a agência de SP baixou a responsabilidade registrada em contas de compensação:

D – Cobrança por Conta de Agências – Dependência RJ

C – Títulos em Cobrança Direta – de outras agências 10.000,00 Ainda em 30/04/x1, a agência do Rio contabilizou os juros do mês de abril: 10.000,00 x 0,10 x 30/60 = 500,00

D – Títulos Descontados

C – Rendas de Títulos Descontados 500,00 Em seguida, a agência do Rio registrou o aviso de cobrança e baixou as contas de com-pensação:

D – Cobrança de Terceiros em Trânsito – Agência SP

C – Títulos Descontados 10.000,00 D – Cobrança por Conta de Terceiros – Cia. Alfa

C – Mandatários para Cobrança – Agência SP 10.000,00

7 Classificação das operações de crédito por nível de risco

A Resolução CMN nº 1.748/90 obrigava as instituições financeiras a transferirem, a partir da data de vencimento, os créditos não liquidados para títulos contábeis que indicavam tratar-se de créditos em atraso ou em liquidação, conforme os prazos, que variavam de 60 a 360 dias. Essa Resolução vigorou até março de 2000.

Com a edição da Resolução CMN nº 2.682/99, as instituições financeiras e demais insti-tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil são obrigadas a classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis: I – nível AA; II – nível A; III – nível B; IV – nível C; V – nível D; VI – nível E; VII – nível F; VIII – nível G; IX – nível H.

A classificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:

1. em relação ao devedor e seus garantidores: a) situação econômico-financeira;

b) grau de endividamento;

c) capacidade de geração de resultados; d) fluxo de caixa;

e) administração e qualidade de controles; f) pontualidade e atrasos nos pagamentos; g) contingências;

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Contabilidade de Instituições Financeiras Operações de crédito

h) setor de atividade econômica; i) limite de crédito.

2. em relação à operação:

a) natureza e finalidade da transação;

b) características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;

c) valor.

A classificação das operações de crédito:

1. de titularidade de pessoas físicas deve levar em conta, também, as situa-ções de renda e de patrimônio, bem como outras informasitua-ções cadastrais do devedor;

2. de um mesmo cliente ou grupo econômico deve ser definida considerando aquela que apresentar maior risco, admitindo-se, excepcionalmente, clas-sificação diversa para determinada operação.

A classificação da operação nos níveis de risco deve ser revista:

1. mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos, devendo ser observado, no mínimo:

a) atraso entre 15 e 30 dias: risco nível B; b) atraso entre 31 e 60 dias: risco nível C; c) atraso entre 61 e 90 dias: risco nível D; d) atraso entre 91 e 120 dias: risco nível E; e) atraso entre 121 e 150 dias: risco nível F; f) atraso entre 151 e 180 dias: risco nível G; g) atraso superior a 180 dias: risco nível H.

2. conforme as características do devedor e de seus garantidores e em relação à operação:

a) a cada 6 meses, para operações de um mesmo cliente ou grupo econô-mico cujo montante seja superior a 5% do patrimônio líquido ajustado; b) uma vez a cada 12 meses, em todas as situações, exceto na hipótese de

operações de crédito contratadas com clientes cuja responsabilidade total seja de valor inferior a R$ 50.000,00.

8 Notas explicativas

Devem ser divulgadas em nota explicativa às demonstrações financeiras informações detalhadas sobre a composição da carteira de operações de crédito, observado, no mínimo:

1. distribuição das operações, segregadas por tipo de cliente e atividade eco-nômica;

2. distribuição por faixa de vencimento;

3. montantes de operações renegociadas, lançados contra prejuízo, e de ope-rações recuperadas, no exercício;

4. distribuição nos correspondentes níveis de risco, segregando-se as opera-ções, pelo menos, em créditos de curso normal com atraso inferior a 15 dias, e vencidos com atraso igual ou superior a 15 dias.

9 Provisão para créditos de liquidação duvidosa

A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa deve ser constituída mensalmente, não podendo ser inferior ao somatório decorrente da aplicação dos per-centuais a seguir mencionados, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores das instituições pela constituição de provisão em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos créditos:

a) 0,5% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível A; b) 1% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível B; c) 3% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível C; d) 10% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível D; e) 30% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível E; f) 50% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível F; g) 70% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível G; h) 100% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível H.

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Contabilidade de Instituições Financeiras Operações de crédito

A tabela seguinte resume as informações necessárias ao cálculo da provisão.

Dias de atraso Nível mínimo de risco Provisão

– AA 0% entre 1 e 14 dias A 0,5% entre 15 e 30 dias B 1% entre 31 e 60 dias C 3% entre 61 e 90 dias D 10% entre 91 e 120 dias E 30% entre 121 e 150 dias F 50% entre 151 e 180 dias G 70% superior a 180 dias H 100%

04. (Analista/Bacen/Cesgranrio/2010) No encerramento do último semestre, deter-minado banco tinha a seguinte carteira de operações de crédito, em reais: Situação A vencer 300.000.000 Vencidos (dias): 5 80.000.000 15 60.000.000 45 40.000.000 75 20.000.000 105 15.000.000 135 10.000.000 165 7.000.000 195 4.000.000 TOTAL 536.000.000

Devem ser considerados, também, os níveis de risco determinados pelo Banco Central e os respectivos percentuais para cálculo da provisão para créditos de liquidação duvidosa. Nível de % risco provisão AA 0% A 0,5% B 1,0% C 3,0% D 10,0% E 30,0% F 50,0% G 70,0% H 100,0%

A partir dessas informações, qual a provisão para créditos de liquidação duvidosa e a respectiva contabilização?

a) D – Despesas financeiras 18.600.000

C – Provisões para operações de crédito 18.600.000 b) D – Despesas financeiras 16.600.000

C – Provisões para operações de crédito 16.600.000 c) D – Despesas de provisões operacionais 22.600.000

C – Provisões para operações de crédito 22.600.000 d) D – Despesas de provisões operacionais 18.600.000

C – Operações de crédito 18.600.000 e) D – Despesas de provisões operacionais 16.600.000

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Dias de atraso Nível mínimo de risco Provisão

– AA 0% 300.000 – entre 1 e 14 dias A 0,5% 80.000 400 entre 15 e 30 dias B 1% 60.000 600 entre 31 e 60 dias C 3% 40.000 1.200 entre 61 e 90 dias D 10% 20.000 2.000 entre 91 e 120 dias E 30% 15.000 4.500 entre 121 e 150 dias F 50% 10.000 5.000 entre 151 e 180 dias G 70% 7.000 4.900 superior a 180 dias H 100% 4.000 4.000 Total 22.600 Gabarito: C

A operação classificada como de risco nível H deve ser transferida para conta de com-pensação, com o correspondente débito em provisão, após decorridos 6 meses da sua classificação nesse nível de risco, desde que apresente atraso superior a 180 dias, não sendo admitido o registro em período inferior. A operação deve permanecer registrada em conta de compensação pelo prazo mínimo de 5 anos e enquanto não esgotados todos os procedimentos para cobrança.

A operação objeto de renegociação deve ser mantida, no mínimo, no mesmo nível de risco em que estiver classificada, observado que aquela registrada como prejuízo deve ser classificada como de risco nível H, bem como que:

1. admite-se a reclassificação para categoria de menor risco, quando houver amortização significativa da operação ou quando fatos novos relevantes justificarem a mudança do nível de risco;

2. o ganho eventualmente auferido por ocasião da renegociação deve ser apropriado ao resultado, quando do seu efetivo recebimento;

3. considera-se renegociação a composição de dívida, a prorrogação, a nova-ção, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique a alte-ração nos prazos de vencimento ou nas condições de pagamento original-mente pactuadas.

É vedado o reconhecimento, no resultado do período, de receitas e encargos de qualquer natureza relativos a operações de crédito que apresentem atraso igual ou superior a 60 dias, no pagamento de parcela de principal ou encargos.

As instituições devem manter adequadamente documentadas sua política e procedi-mentos para concessão e classificação de operações de crédito. Esses docuprocedi-mentos devem

ficar à disposição do Banco Central do Brasil e do auditor independente. A documen-tação deve evidenciar, pelo menos, o tipo e os níveis de risco que a instituição se dispõe a administrar, os requisitos mínimos exigidos para a concessão de empréstimos e o processo de autorização.

O auditor independente deve elaborar relatório circunstanciado de revisão dos critérios adotados pela instituição quanto à classificação nos níveis de risco e de avaliação do provisionamento registrado nas demonstrações financeiras.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa deve ser constituída com base no valor contábil dos créditos, mediante registro a débito de Despesas de Provisões Operacio-nais e a crédito da adequada conta de provisão para operações de crédito. No caso de insuficiência, reajusta-se o saldo das contas de provisão, em contrapartida com o débito na conta de despesa. No caso de excesso, reajusta-se o saldo das contas de provisão a crédito da conta de despesa, para os valores provisionados no período, ou a crédito de

Reversão de Provisões Operacionais, se já transitados em balanço. Constituição de provisão:

D – Despesas com Provisões Operacionais C – Provisões para Operações de Crédito Reversão de provisão já transitada em balanço: D – Provisões para Operações de Crédito C – Reversão de Provisões Operacionais

Para fins de constituição de provisão em operações de arrendamento mercantil, deve-se considerar como base de cálculo o valor presente das contraprestações dos contratos, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato.

Os créditos baixados como prejuízo devem ser registrados em contas próprias do sistema de compensação, em subtítulos adequados à identificação do período em que ocorreu o registro, devendo ser mantido controle analítico desses créditos, com identificação das características da operação, devedor, valores recuperados, garantias e respectivas providências administrativas e judiciais, visando à sua recuperação.

O ganho eventualmente auferido por ocasião da renegociação de operações de crédito, calculado pela diferença entre o valor da renegociação e o valor contábil dos créditos, deve ser registrado em subtítulo de uso interno da própria conta que registra o crédito e ser apropriado ao resultado somente quando do seu recebimento, mediante registro em Rendas de Operações de Crédito, segundo critérios previstos na renegociação ou proporcionalmente aos novos prazos de vencimento.

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Os créditos baixados como prejuízo e porventura renegociados devem ser registrados pelo exato valor da renegociação, a crédito de Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízos, com baixa simultânea dos seus valores das respectivas contas de compensação. 05. (Contador/BNDES/Cesgranrio) Na hipótese de renegociação de créditos baixados

como prejuízo, as instituições financeiras devem, a partir da celebração do: a) contrato, apropriar as rendas já incorridas, mas ainda não transferidas para o

resultado.

b) contrato, apropriar as rendas em receitas diferidas, observada a periodicidade mensal.

c) contrato, apropriar as rendas em receitas efetivas, observada a periodicidade mensal.

d) contrato de composição de dívida, apropriar as rendas em receitas no resul-tado do exercício.

e) contrato de composição de dívida, apropriar as rendas em receitas diferidas, observada a periodicidade mensal.

A conta de receita usada é Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízos. Gaba-rito: C

Baixa, como prejuízo, de empréstimos incobráveis: D – Provisões para Operações de Crédito

C – Empréstimos

Registro, em contas de compensação, dos créditos baixados como prejuízo: D – Operações de Crédito Nível H

C – Carteira de Créditos Classificados

Recuperação de créditos antes baixados como incobráveis: D – Caixa

C – Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízos

06. Um banco recuperou, por meio de renegociação, R$ 12.000.000,00 de créditos já baixados como prejuízos, que serão recebidos em 3 meses. Qual a contabilização recomendada, em reais?

a) D – Operações de crédito – Ativo circulante 12.000.000 C – Recuperação de créditos baixados como

prejuízos – DRE 12.000.000 b) D – Operações de crédito – Ativo circulante 12.000.000

C – Rendas de operações de créditos 12.000.000 c) D – Disponibilidades 12.000.000

C – Rendas de operações de créditos 12.000.000 d) D – Disponibilidades 12.000.000

C – Provisão para créditos de liquidação duvidosa 12.000.000 e) D – Provisão para créditos de liquidação duvidosa 12.000.000

C – Recuperação de créditos baixados como

prejuízos – DRE 12.000.000 Como o prazo para recebimento é de três meses, em vez de Caixa, foi debitada a conta Operações de Crédito, que registra um direito. Gabarito: A

Baixa das contas de compensação: D – Carteira de Créditos Classificados C – Operações de Crédito Nível H

No caso de recuperação de créditos mediante dação de bens em pagamento, devem ser observados os seguintes procedimentos:

1. quando a avaliação dos bens for superior ao valor contábil dos créditos, o valor a ser registrado deve ser igual ao montante do crédito, não sendo permitida a contabilização do diferencial como receita;

2. quando a avaliação dos bens for inferior ao valor contábil dos créditos, o valor a ser registrado limita-se ao montante da avaliação dos bens.

Considera-se valor contábil dos créditos o valor da operação na data de referência, com-putadas as receitas e encargos de qualquer natureza.

Assim, se o crédito proveniente de empréstimo era da ordem de 15.000,00 mas a insti-tuição financeira recuperou apenas 10.000,00 mediante recebimento de bens:

D – Bens não de Uso Próprio 10.000,00 D – Provisões para Operações de Crédito 5.000,00

(14)

Derivativos

1 Instrumentos financeiros derivativos

Instrumentos financeiros derivativos são aqueles cujo valor varia em decorrência de mudanças em taxa de juros, preço de título ou valor mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura. Por exemplo, o mercado futuro do dólar é uma espécie de derivativo que tem como referência o preço do mercado à vista do dólar (conhecido o preço à vista, as partes interessadas especulam sobre sua cotação no futuro).

01. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) Derivativos são instrumentos financeiros cujo valor depende (ou deriva) do preço ou do desempenho de mercado de um bem básico, de uma taxa de referência ou de um índice.

( ) certo ( ) errado

Esse preço ou desempenho de mercado não está sujeito ao controle das partes, que, por isso, correm riscos. Gabarito: certo.

02. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) É de responsabilidade do Bacen a regulamenta-ção dos principais produtos do mercado de derivativos negociados, como opções sobre ações, futuros sobre ações, termos sobre ações e futuros índices.

( ) certo ( ) errado

Essa competência pertence à CVM. Gabarito: errado.

Margem de garantia é uma caução exigida pela câmara de compensação, representada por um percentual do valor do contrato, para cobrir os compromissos assumidos pelos participantes no mercado futuro. O valor permanece depositado na conta da corretora

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enquanto comprador e vendedor não liquidarem suas operações. Após o encerramento das posições, a margem de garantia é restituída.

03. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) No mercado de opções, apenas o vendedor tem a obrigação de efetuar depósito de margem, uma vez que os compradores, não importando a posição de compra, seja em opções de compra ou em opções de venda, somente terão direitos e não obrigações, não existindo, portanto, risco de inadimplência do comprador de opções.

( ) certo ( ) errado

No mercado de opções, os compradores ou titulares podem ou não exercer a opção de comprar ou vender oferecida pelo lançador. Gabarito: certo.

2 Mercado a termo

No mercado a termo, as partes assumem a posição de comprador e de vendedor em data estabelecida e a preço certo e ajustado. A diferença em relação aos contratos futuros está no fato de o mercado a termo não exigir ajustes diários, vale dizer, o desembolso só ocorre na data da liquidação do contrato.

3 Mercado de opções

Opções são instrumentos financeiros pelos quais o titular, na posição de compra (call) ou de venda (put), terá um preço fixo para comprar ou vender um ativo (preço de exer-cício), em determinada data. O titular da opção paga, antecipadamente, um prêmio ao lançador da opção.

04. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) Opções são instrumentos financeiros por meio dos quais o comprador terá um preço variável para um bem ou título-objeto (preço de exercício), para uma determinada data de vencimento (data de exercício). ( ) certo

( ) errado

O preço de opção é fixo. O lançador da opção tem a obrigação de comprá-la ou vendê-la, conforme o caso, cabendo ao titular da opção a faculdade de exercê-la. Gabarito: errado.

3.1 Opção de compra

Quando a entidade adquire a opção de compra, passa a ter a faculdade de comprar o ativo. O lançador da opção de compra, no entanto, será obrigado a vender, caso a enti-dade resolva exercer a opção. Ou seja, existe a faculenti-dade de comprar para a entienti-dade e a obrigação de vender para o lançador. Quando a entidade é o lançador da opção, as responsabilidades são invertidas: o adquirente tem a faculdade de comprar; e a entidade, a obrigação de vender.

3.2 Opção de venda

Quando a entidade adquire a opção de venda, passa a ter a faculdade de vender o ativo. O lançador da opção de venda, porém, será obrigado a comprar, caso a entidade resolva exercer a opção de vender. Ou seja, existe a faculdade de vender para a entidade e a obrigação de comprar para o lançador.

4 Mercado futuro

Tem a função de proteger, por meio da distribuição do risco, os agentes econômicos das variações de preços de seus produtos e de seus investimentos.

Por exemplo, se a entidade acredita que, dentro de seis meses, o preço de certo título cairá, ela pode negociar, hoje, a venda do título para entrega em seis meses, garantindo, assim, o preço atual, que julga ser mais vantajoso. Na outra ponta, estará um investidor que, ao contrário da entidade, acredita na alta do preço desse título e espera ganhar dinheiro com isso.

A liquidação dos compromissos no mercado de futuros não é feita mediante a entrega do ativo negociado. As compras e vendas dos ativos envolvidas ocorrem apenas docu-mentalmente. Por exemplo, em um contrato envolvendo títulos públicos, as variações de preços são pagas ou recebidas em dinheiro ou equivalente, não em produtos.

Contratos futuros são aqueles relativos a operações para liquidação em data futura. São padronizados pelas bolsas de mercadorias e futuros, o que permite sua negociação até a data dos seus vencimentos. Neles constam a identificação do bem (tipo, peso, quanti-dade), o volume, as datas de liquidação e as datas e os locais de entrega.

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05. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) Contratos futuros caracterizam-se por opera-ções para liquidação em uma data futura, cujos contratos são padronizados pelas bolsas de mercadorias e de futuros, possibilitando a sua negociação até a data dos respectivos vencimentos. Nesses contratos, são especificados pelas bolsas o bem (tipo, peso, quantidade), o volume (tamanho do contrato), as datas de liquidação e de entrega e o local de entrega.

( ) certo ( ) errado

Trata-se de contratos para liquidação futura, padronizados pelas bolsas. Gabarito: certo.

5 Mercado de swaps

A operação de swap envolve um acordo mediante o qual as partes assumem a obriga-ção de realizar, em data futura, o resultado financeiro líquido proveniente da aplicaobriga-ção de taxas ou índices sobre um montante utilizado exclusivamente como ativo e passivo referenciais, conforme contrato. Torna possível um hedge perfeito, uma vez que permite um acordo com valor e data de vencimento adequados ao interesse das partes. Os con-tratos de swaps das bolsas de mercadorias e futuros permitem trabalhar com variáveis alternativas, combinadas duas a duas: IGP-M, dólar, taxa Selic, TR etc. A liquidação do contrato de swap ocorre com o pagamento da diferença em favor de um dos partici-pantes do contrato.

06. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) A operação de swap é caracterizada por um acordo mediante o qual as partes assumem a obrigação recíproca de realizar, em certa data futura, o resultado financeiro líquido decorrente da aplicação de taxas ou índices sobre um montante utilizado exclusivamente como ativo e passivo refe-renciais (conhecidos como Valores Nocionais ou Parcela Destacada), estabelecido no contrato.

( ) certo ( ) errado

A operação de swap é um contrato com obrigação para os contratantes de realizar no futuro o resultado financeiro líquido gerado pela aplicação de taxas ou índices sobre um ativo ou passivo que serve como referência. Uma das partes recebe a variação líquida gerada pela adoção da taxa ou índice. Gabarito: certo.

6 Contabilização

O valor de referência das operações com instrumentos derivativos deve ser registrado em contas de compensação.

O registro do resultado apurado nas operações deve ser realizado individualmente, sendo vedada a compensação de receitas com despesas em contratos distintos.

Na apuração do resultado mensal, deve ser realizada a compensação de receitas com despesas anteriormente registradas, desde que dentro do próprio semestre e relativas a um mesmo contrato.

Nas operações a termo, os títulos e valores mobiliários adquiridos devem ser classificados em uma das seguintes categorias, na data do recebimento do ativo objeto da operação:

1. títulos para negociação; 2. títulos mantidos para venda; 3. títulos mantidos até o vencimento.

As operações com instrumentos financeiros derivativos devem ser avaliadas pelo valor de mercado, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços, computando-se a valorização ou a desvalorização em contrapartida à adequada conta de receita ou des-pesa, no resultado do período.

Para fins da avaliação, a metodologia de apuração do valor de mercado é de responsabili-dade da instituição e deve ser estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, que levem em consideração a independência na coleta de dados em relação às taxas praticadas em suas mesas de operação, podendo ser utilizado como parâmetro: 1. o preço médio de negociação representativa no dia da apuração ou, quando não

disponível, o preço médio de negociação representativa no dia útil anterior; 2. o valor líquido provável de realização obtido mediante adoção de técnica

ou modelo de precificação;

3. o preço de instrumento financeiro semelhante, levando em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador;

4. o valor do ajuste diário no caso das operações realizadas no mercado futuro. Quando o instrumento financeiro derivativo for contratado em negociação associada à operação de captação ou aplicação de recursos, a valorização ou desvalorização decor-rente de ajuste a valor de mercado poderá ser desconsiderada, desde que:

1. não seja permitida a sua negociação ou liquidação em separado da opera-ção a ele associada;

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2. nas hipóteses de liquidação antecipada da operação associada, a mesma ocorra pelo valor contratado;

3. seja contratado pelo mesmo prazo e com a mesma contraparte da operação associada.

As operações com instrumentos financeiros derivativos realizadas por conta própria pelas instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e administradoras de consórcios devem ser registradas como segue.

6.1 Operações a termo

Nas operações a termo, deve ser registrado, na data da operação, o valor final contratado deduzido da diferença entre esse valor e o preço à vista do bem ou direito em subtítulo retificador de uso interno da adequada conta de ativo ou passivo, reconhecendo as recei-tas e despesas em razão do prazo de fluência dos contratos, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços.

Por exemplo, em 1º/04/x1, a instituição financeira compra R$ 1.000,00 em ações, com revenda a termo das mesmas ações por R$ 1.100,00 para 30/04/x1.

Em 1º/04/x1

Registro da compra das ações: D – Títulos de Renda Variável (ativo)

C – Caixa ou outra disponibilidade 1.000 Registro da venda do contrato a termo:

D – Vendas a Termo a Receber (ativo) 1.100

C – Títulos de Renda Variável (ativo) 1.000 C – Rendas a Apropriar por Vendas a Termo (ativo retif.) 100

Em 30/04/x1

Reconhecimento dos juros:

D – Rendas a Apropriar por Vendas a Termo (ativo retif.)

C – Outras Rendas Operacionais (receita) 100 Registro simplificado da liquidação/recebimento do contrato:

D – Caixa ou outra disponibilidade

C – Vendas a Termo a Receber (ativo) 1.100

6.2 Operações com opções

Nas operações com opções deve ser registrado, na data da operação, o valor dos prêmios pagos ou recebidos na adequada conta de ativo ou passivo, respectivamente, nela perma-necendo até o efetivo exercício da opção, se for o caso, quando então deve ser baixado como redução ou aumento do custo do bem ou direito, pelo efetivo exercício, ou como

receita ou despesa, no caso de não exercício, conforme o caso.

Na instituição lançadora da opção de compra de ações, registro em contas de compen-sação:

D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias

C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas 1.300 Registro do recebimento do prêmio:

D – Caixa ou outra disponibilidade

C – Prêmios de Opções Lançadas (PE) 100 Considerando o não exercício da opção pelo titular, registro do lucro na transação: D – Prêmios de Opções Lançadas (PE)

C – Lucros em Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias (receita) 100 Registro da baixa nas contas de compensação:

D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas

C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias 1.300

6.3 Operações de futuro

Nas operações de futuro deve ser registrado o valor dos ajustes diários na adequada conta de ativo ou passivo, que devem ser apropriados como receita ou despesa, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços.

Registro em contas de compensação:

D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias

C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas 1.500 Registro do ajuste diário:

1 – Em contas de compensação:

D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias

(18)

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2 – Em contas patrimoniais:

D – Mercado Futuro – Ajuste Diário

C – Rendas de Operações com Derivativos 50 Registro do recebimento do ajuste diário:

D – Caixa ou outra disponibilidade

C – Mercado Futuro – Ajuste Diário 50 Registro da baixa nas contas de compensação:

D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas

C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias 1.550

6.4 Operações de swap

Nas operações de swap deve ser registrado o diferencial a receber ou a pagar na adequada conta de ativo ou passivo, devendo ser apropriado como receita ou despesa, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços.

No banco que pagará o diferencial entre as taxas, registro em contas de compensação: D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias

C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas 1.000 Registro do pagamento do diferencial:

D – Despesas com Operações com Derivativos

C – Caixa ou outra disponibilidade 20 Registro da baixa nas contas de compensação:

D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas

C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias 1.000

6.5 Operações com outros instrumentos financeiros derivativos

Nas operações com outros instrumentos financeiros derivativos, deve ser realizado registro em contas de ativo ou passivo de acordo com as características do contrato, inclusive aqueles embutidos, que devem ser registrados separadamente em relação ao contrato a que estejam vinculados.

07. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) As opções exóticas são um grupo de opções especiais, moldadas de acordo com a estrutura e o interesse de cada investidor, que têm como principais vantagens sobre as convencionais a flexibilidade, o baixo custo e a maior eficácia do hedge, e que podem ser negociadas apenas por meio de registro em bolsa de mercadorias e futuros.

( ) certo ( ) errado

Opções exóticas são aquelas fora de uma padronização. O erro está na menção à necessidade de registro na bolsa de mercadorias e futuros. Gabarito: errado.

7 Operações de hedge

Hedge é a designação de um ou mais instrumentos financeiros derivativos com o obje-tivo de compensar, no todo ou em parte, os riscos decorrentes da exposição às variações no valor de mercado ou no fluxo de caixa de qualquer ativo, passivo, compromisso ou transação futura prevista, registrado contabilmente ou não, ou ainda grupos ou partes desses itens com características similares e cuja resposta ao risco objeto de hedge ocorra de modo semelhante.

Hedger é quem assume posição no mercado de futuros contrária à assumida no mer-cado à vista para proteger-se das oscilações de preços, enquanto especulador é quem assume posição contrária ao hedger. O especulador compra e vende contratos futuros com o objetivo de ganhar a diferença entre o preço de compra e o preço de venda, sem nenhum interesse pelo ativo respectivo.

08. (Analista/Bacen/Cespe/Adaptada) Hedger é a pessoa física que busca, por meio de operações de compra ou de venda de instrumentos financeiros, especialmente no mercado de produtos derivativos, provocar risco de perdas decorrente das variações de preços de bens com que trabalha, de ativos financeiros que possua em carteira ou de passivo que tenha contraído.

( ) certo ( ) errado

O hedger pode ser pessoa jurídica. Seu objetivo é compensar riscos por variações no mercado ou no fluxo de caixa. Gabarito: errado.

(19)

Neste livro, o autor aborda a estrutura do Sistema Financeiro Nacional e os principais aspectos da Contabilidade aplicável às instituições financei-ras, de acordo com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif).

A obra é indicada principalmente aos profissionais de contabilidade da área bancária e aos candidatos a concursos para o Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e demais instituições financeiras, relativamente às seguintes matérias: Contabilidade de Instituições Financeiras, Sistema Financeiro Nacional e Operações Bancárias. Visando à fixação dos assun-tos mais relevantes, intercaladas à teoria e ao fim dos capítulos, constam questões inéditas e de provas anteriores para facilitar o entendimento e a interpretação.

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