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AS PRÁTICAS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Academic year: 2021

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Revista Educação e (Trans)formação, Garanhuns, v. 05, n. 01, jan. 2020 / jun. 2020 Universidade Federal do Agreste de Pernambuco - UFAPE

http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index

AS PRÁTICAS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NUMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DO AGRESTE PERNAMBUCANO

Naiara de Freitas Silva Universidade Federal do Agreste de Pernambuco silvanayharanara@hotmail.com

Gilmara Alves da Silva Barros Universidade Federal do Agreste de Pernambuco marquesgilmara930@gmail.com

Resumo: Considerando que as práticas de leitura na Educação Infantil possibilitam o interesse e gosto pela leitura, o presente artigo propõe identificar quais as práticas de leitura que professoras da Educação Infantil dizem utilizar na sala de aula, bem como os recursos utilizados por elas; sobretudo como essas educadoras se relacionam com tais práticas de leitura e como as desenvolvem para seus alunos no espaço escolar. Analisamos com ajuda de autores como Brandão e Rosa (2010) que discutem a leitura como atividade que deve acontecer diariamente. Sendo assim, desde muito cedo o ser humano consegue fazer leitura do que o cerca. Identificamos ainda a diferença entre roda de leitura e contação de história com ajuda dos autores. Para realização da pesquisa escolhemos uma Escola Municipal que atende apenas a Educação Infantil, da cidade de Caetés-PE. Dessa forma, desenvolvemos uma pesquisa com abordagem qualitativa e a coleta de dados se deu por meio de entrevista semiestruturada, que foram gravadas e transcritas, posteriormente. Contamos com cinco sujeitos que nos forneceram informações, sendo eles quatro professoras efetivas e uma professora apoio, ocorreu apenas uma visita à instituição para coleta de dados. A partir dos dados obtidos, é possível notar que, em todas as salas da instituição, acontecem, diariamente, rodas de leitura ou contação de história e semanalmente as crianças são levadas a sala de leitura, onde se encontra a maioria dos recursos que a escola oferece, tais como fantoches e livros. Assim, as professoras seguem um cronograma estabelecido pela coordenadora para que haja organização, e todas as salas possam aproveitar deste recurso.

Palavras-chave: Leitura. Livro. Ler. Educação Infantil.

READING PRACTICES IN CHILDHOOD EDUCATION IN A SCHOOL IN THE MUNICIPALITY OF AGRESTE PERNAMBUCANO

Abstract: Considering that reading practices in Early Childhood Education enable the interest and taste for reading, this article proposes to identify which reading practices that Early Childhood Education teachers say they use in the classroom, as well as the resources used by them; especially how these educators relate to such reading practices and how they develop them for their students in school spaces. We analyzed with the help of authors like Brandão

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index and Rosa (2010) who discuss reading as an activity that should happen daily. Therefore, from a very early age, human beings can read what is around them. We also identified the difference between reading wheel and storytelling with the help of the authors. To conduct the research, we chose a Municipal School that serves only Early Childhood Education, in the city of Caetés-PE. Thus, we developed a research with a qualitative approach and the data collection took place through semi-structured interviews, which were recorded and transcribed later. We had five subjects who provided us with information, four of them effective teachers and one support teacher, there was only one visit to the institution for data collection. From the data obtained, it is possible to notice that, in all the rooms of the institution, there are daily reading or storytelling rounds and weekly the children are taken to the reading room, where most of the resources that the school is located offers, such as puppets and books. Thus, teachers follow a schedule established by the coordinator for organization, and all classrooms can take advantage of this resource.

Keywords: Reading. Book. Read. Early Childhood Education

1. INTRODUÇÃO

As crianças, antes de entrarem em contato com a escola, trazem consigo experiências de leituras de maneira não convencional. O processo de leitura inicia-se a partir dos primeiros contatos com o mundo através dos afetos, por exemplo, assim são capazes de interpretar diversas situações do dia-a-dia; mesmo sem saberem fazer leitura das palavras conseguem ler imagens. É natural, ao falar-se de leitura, imaginar pessoas com jornais, livros ou revistas, contudo a leitura está presente nas mais diversas formas, como objetos, cores e figuras.

A leitura em voz alta é uma ferramenta importante para a comunicação e produção de conhecimento. Ao ouvir a leitura feita pelo professor, os alunos, com ajuda da imaginação, concretizam o que ouvem. Vale salientar que existe uma diferença entre rodas de leitura e contação de história. Essas são confundidas, ou até igualadas, pois há uma prática de se usar a contação de história para todo momento de leitura.

É papel da escola promover momentos de leitura que possibilitem o aluno a conhecer os diversos gêneros textuais, tais como rótulos, chamadas ilustradas, histórias em quadrinhos, placas sinalizadoras (que indiquem ambientes), etc. O momento de leitura pode ser atrativo e proporcionar momentos livres, assim a criança pode escolher os livros e materiais que gostaria de ler ou que mais lhe chama atenção. O ambiente precisa ser acolhedor e confortável, pois quanto mais atrativo for tudo que os cerca mais prazeroso será este momento.

A leitura é vista como obrigação para algumas pessoas e muitas vezes esses momentos não possibilitam os benefícios já citados. Assim é preciso haver um cuidado para não tornar o

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index momento de leitura desagradável, uma obrigação, relacionando à leitura aquelas atividades cansativas. Pela importância da leitura, resolvemos, em nossa pesquisa, identificar quais as práticas de leitura que professoras da Educação Infantil dizem utilizar na sala de aula, bem como os recursos utilizados por elas; sobretudo como essas educadoras se relacionam com tais práticas de leitura e como as desenvolvem para seus alunos no espaço escolar.

2. INICIANDO A LEITURA

Vivemos em sua sociedade letrada que ainda assim conta com pessoas analfabetas. Para realizar qualquer atividade simples é necessário que saibamos ler, seja para comprar algo no supermercado, pegar um ônibus ou até mesmo dirigir. Tendo em vista que nem todos são alfabetizados, muitos leem como podem, leem os símbolos, as imagens, etc. Com as crianças que não conseguiram dominar essa ferramenta não é diferente, ao ingressarem na escola passam inicialmente pela Educação Infantil e geralmente aprendem a ler na infância.

Por muito tempo, a Educação Infantil foi vista apenas como um momento de brincadeira, assim compreender a leitura neste ciclo nem sempre foi possível. Contudo, é na Educação Infantil que a criança tem o primeiro contato com o espaço escolar, e antes mesmo de ingressarem nesta fase tem contato com a leitura. Assim Solé (2003, p. 75, apud NASCIMENTO, 2012, p. 19) afirma,

Na etapa da Educação Infantil, a leitura tem um lugar muito definido e ao mesmo tempo muito amplo. Não se trata de acelerar nada, nem de substituir a tarefa de outras etapas com relação a esse conteúdo; trata-se simplesmente de tornar natural o ensino e a aprendizagem de algo que coexiste com as crianças, que interessa a elas, que está presente em suas vidas e na nossa e que não tem sentido algum ignorar.

E a partir destas outras formas de leitura, sobretudo acontecendo de maneira natural a aprendizagem, é possível uma criança, antes mesmo de ser alfabetizada, conseguir ler, como afirma Ferreiro (2004). Muito antes de serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentam interpretar os diversos textos que encontram a seu redor (livros, embalagens, cartazes de rua). Desta forma, no contato com diferentes histórias brota a curiosidade nas crianças e contribui para gerar o estímulo à leitura.

Por isso é fundamental que um adulto leia sempre para as crianças, assim também o professor pode contribuir, como prevê no Referencial Nacional Curricular para Educação

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index Infantil, ao ratificar a importância da participação das crianças nas situações em que os adultos leem textos de diferentes gêneros como contos, poemas, notícias de jornal, informativos, parlendas, trava-língua etc. ―A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura‖. (BRASIL, 1998).

A leitura pode ser ouvida e gerar um sentimento bom, rico em curiosidades e hipóteses, fonte de prazer quando o mediador reserva um momento do tempo em sala, cria um ambiente agradável, prepara adereços que chamem a atenção dos pequenos.

A leitura e a escrita também podem fazer parte das atividades diversificadas, por meio de ambientes organizados para: leitura — são organizados de forma atraente, num ambiente aconchegante, livros de diversos gêneros, de diferentes autores, revistas, histórias em quadrinhos, jornais, suplementos, trabalhos de outras crianças etc.; (BRASIL, 1998).

Por outro lado, a leitura pode ser cansativa, quando os recursos são deixados de lado. O primeiro contato com os livros se dá pelas formas e cores, assim quanto mais atraente esse momento for para os pequenos mais gosto brotará com relação à leitura. Momentos atraentes não exigem muitos gastos, basta sentar em círculo no chão, ir ao pátio da escola, a praça, variar a entonação de voz; basta usar os mais simples detalhes e dar um brilho ao momento de leitura. As escolas de Educação Infantil são para as crianças um mundo de descobertas, onde possibilita a interação social, influências socioculturais para o desenvolvimento da aprendizagem. A leitura é uma das principais ferramentas que estimula a criança desenvolver a capacidade de interpretação e oralidade. As histórias infantis levam as crianças para um mundo imaginário onde elas relacionam as histórias que ouvem. Além disso, podem contribuir para despertar nas crianças a vontade de aprender a ler, como destacam Teberosky e Colomer (2003, p. 17 apud BRANDÃO e ROSA, 2010, p.40)

Na Educação Infantil, a leitura de histórias em voz alta, pela professora, mostra assim, que as marcas gráficas do papel (que não diferentes do desenho) também comunicam algumas coisas. Ou seja, ao ouvir a leitura em voz alta, ―a criança pequenas assiste à transformação das marcas gráficas em linguagem.‖

É muito importante para formação das crianças ouvir muitas histórias, pois é através delas que a criança descobre a importância de ouvir, contar e recontar histórias, ao ter um

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index contato diário com leituras e livros a criança vai estreitando os laços e isto vai tornando-se uma prática cada vez mais familiar criando um hábito e uma prática frequente.

A leitura na educação infantil não é apenas a decodificação de símbolos, mas é essencial para inserir a criança na sociedade. É fundamental que o educador valorize as experiências de leituras trazidas pelos alunos para o ambiente escolar, pois os primeiros contatos das crianças com os livros se dão pelo formato que eles possuem, as imagens que eles trazem e por curiosidade. Segundo Fernandes (2003), a leitura envolve diferentes processos e estratégias de realização na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura. Portanto, ler é uma atividade que requer tempo e bastante prática, porque não é apenas conhecer as letras e, sim, uma interação do leitor com o texto. É um processo contínuo, onde o incentivo da família e do professor é a base para o acesso às diferentes leituras que o mundo oferece.

3. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE RODA DE LEITURA E CONTAÇÃO DE

HISTÓRIA?

A roda de leitura, assim como a contação de história são práticas pedagógica e cultural, na qual a leitura acontece da seguinte maneira: o educador senta-se no chão junto com as crianças, em círculo. As leituras feitas desta maneira há uma aproximação maior entre as crianças. Elas prestam mais atenção e há também uma interação maior entre todos, em ambas práticas o texto é lido na integra, mas vale ressaltar que na contação de história o texto original serve como apoio, podendo ser alterado pelo contador. Quando o educador insere essa prática na rotina da sala de aula tem como objetivo despertar nas crianças o gosto pela leitura, a criatividade, o raciocínio lógico, a ampliação do vocabulário e a curiosidade. De forma divertida e prazerosa, o educador consegue educá-los, conscientizá-los, relacionando às leituras com a realidade. Queiroz (2009 apud BRANDÃO e ROSA, 2010, p. 40 e 41)

[...] é no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. [...] Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária.

A leitura é um fator estimulante para o desenvolvimento social e cognitivo da criança e também desenvolve a capacidade de interpretação e interação com o outro social. É nesta fase que todos os hábitos da criança começam a se formar, por isso é tão importante estimular

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index a leitura desde muito cedo para formar leitores desde pequenos. Segundo Sandroni e Machado (1991, p.12, apud CASTRO e WINKELLER, 2011), a criança percebe desde muito cedo, que livro é uma coisa boa e dá prazer. As crianças desde pequenas já mostram interesse por livros, mesmo ainda não sabendo ler, mas o que chama atenção delas são as figuras, as cores, as imagens e desenhos presentes nos livros, despertando neles o mundo imaginário e de fantasia. De acordo com Sandroni e Machado (1991, p.16, apud CASTRO e WINKELLER, 2011), o amor pelos livros não é coisa que apareça de repente. É fundamental a presença dos pais e os educadores nessas novas descobertas, estimulando e incentivando a leitura desde cedo nos pequenos.

A contação de história está presente na vida das crianças desde quando ainda são bebês e suas mães o contavam várias histórias. Por esse motivo, os pais têm grande influência sobre a formação dos hábitos de leitura da criança, pois eles estão presentes na vida deles desde pequenos até a vida adulta. Neste sentido, ela é essencial para o desenvolvimento social e cognitivo da criança, deixando claro que cada criança é um ser único e que cada um possui suas dificuldades e limitações. Deste modo Cafiero (2010, p. 85-86) afirma

A leitura é um processo cognitivo, histórico, cultural e social de produção de sentido. Isso significa dizer: O leitor - um sujeito que atua socialmente, construindo experiência e história – compreende o que está escrito a partir das relações que estabelece entre as informações do texto e seus conhecimentos de mundo.

Deste modo a comunidade escolar influencia na formação dos pequenos. A contação de história foi um momento criado pelos educadores e inserido na sua rotina diária. Acontece da seguinte forma: o educador realiza a contação de uma história de um determinado gênero textual, fazendo as adaptações ao enredo do texto. Geralmente com as crianças sentadas no chão ou em tapetes, da forma que o mediador achar melhor.

É fundamental que o educador elabore perguntas para serem feitas antes, durante e depois da história e também crie um momento para que as crianças, por meio das imagens, figuras e desenhos recontem a história de sua forma, pois elas leem através dos elementos citados acima, já que ainda não decodificam textos, como afirma Martins (2006, p. 30, apud RODRIGUES, 2015).

Um processo de compressões formais e simbólicas, não importando por meio de que a linguagem. Assim o ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico e estabelecendo uma relação igualmente histórica entre leitor e o que é lido.

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index Quando acrescentamos alguns recursos materiais na contação de história, torna-se mais atrativa para as crianças e o ambiente também deve ser organizado para melhor favorecer o momento. Os materiais podem ser vários e vai da criatividade do educador. Tais como: fantoches, dedoches, máscaras, aventais etc. Enriquece o momento dando uma veracidade aos fatos contados. Deste modo, podemos dizer que a contação de história é uma das maneiras que a criança pode compreender o mundo contribuindo para desenvolvimento cognitivo social e psicológico. Neste processo de formação de leitores, os educadores deve possuir um conhecimento sobre livros e ser um mediador da aprendizagem. Ele deve possibilitar ao educando o conhecimento dos diferentes gêneros textuais tais como: verbais (contos, fábulas, desenhos, figuras e charges etc.) Assim, é preciso que o educador promova momento de leituras contribuindo para inserir a criança na cultura letrada.

4. METODOLOGIA

A presente pesquisa tem como objetivo identificar quais as práticas de leitura que professoras da Educação Infantil dizem utilizar na sala de aula, bem como os recursos utilizados por elas; sobretudo como essas educadoras se relacionam com tais práticas de leitura e como as desenvolvem para seus alunos nos espaços escolares. Para isso, foi utilizada a pesquisa qualitativa que busca conhecer as características de um grupo, levando em consideração aquilo que nos foi afirmado. Conforme Minayo (2009, p. 22), ―[...] a abordagem qualitativa se aprofunda no mundo dos significados. Esse nível de realidade não é visível, precisa ser explorada e interpretada, em primeira instância, pelos próprios pesquisados‖.

Para atingir o objetivo proposto, a pesquisa realizou-se em uma escola Publica de Educação Infantil, da cidade de Caetés-PE. Contamos com a participação de quatro professoras titulares e uma professora de apoio que serão identificadas como professora 1, 2, 3, 4 e 5 ao longo do artigo, sendo todas formadas em Licenciatura em Pedagogia, com especialização, exceto a professora 5. As professoras 1, 2 e 3 possuem pós-graduação em Psicopedagogia e a nº 4, em Educação Inclusiva.

Todas as professoras são contratadas da Rede Municipal e apenas a professora 5 possui dupla jornada de trabalho em outro município, atuando também na educação infantil, atua na área a 16 anos. Já as professoras 1, 2, 3 e 4 atuam a 13, 10, 7 e 6 anos respectivamente, nem sempre na educação infantil.

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index Utilizamos da entrevista semiestruturada para coleta de dados, que foram autogravadas e transcritas posteriormente. A entrevista semiestruturada se dá a partir de um esquema previsto que pode sofrer alteração no desenvolvimento. Segundo Laville e Dionne (1999, p. 186-187),

a entrevista estruturada, por exemplo, se constrói exatamente como um questionário uniformizado com suas opções de respostas determina- das, salvo se, em vez de serem apresentadas por escrito, cada pergunta e as respostas possíveis são lidas por um entrevistador que anota ele mesmo, sempre assinalando campos ou marcando escalas, o que escolhe o entrevistado.

A coleta de dados ocorreu em uma única visita, na qual realizamos a entrevista com os sujeitos já citados. Elaboramos perguntas que possibilitaram identificar quais as práticas de leitura que professoras dizem utilizar na sala de aula bem como os recursos utilizados por elas.

As perguntas foram as seguintes: 1) Atua na área há quanto tempo? 2) Qual a forma de seleção? 3) Na sala de aula você faz roda de leituras? Com qual frequência? Como acontece? 4) Como se organiza o ambiente para que haja a leitura? 5) Como fazer os alunos participarem do momento de leitura se ainda não dominam o mecanismo da decodificação? 6) Ao trabalhar um livro (história) quanto tempo (dias) você aborda tal história? 7) Quais recursos você utiliza nas rodas de leituras e qual importância você dá a isso? 8) A maneira que o ambiente está organizado interfere no momento da roda de leitura? De que maneira? 9) Há materiais suficientes na instituição?

5. O QUE DIZEM AS PROFESSORAS SOBRE O MOMENTO DE LEITURA?

Para que as crianças gostem de ler é necessário que ela tenha contato com a leitura, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998) afirma que a criança deve ter contato com os diversos gêneros de livros. Com isso, questionamos as cinco professoras, que nos forneceram informações para a efetivação deste trabalho, se acontecem rodas de leituras em sala de aula. Todas afirmaram que sim, com isso surgiu a seguinte fala:

P1- Eu entrego livros e eles vão recontando a história através das figuras né? Da imagem, como eles ainda não obtém o letramento, a leitura pelas letras, né? Que é o letramento, então eles fazem assim, leem através da imagem.

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index Essa afirmação decorreu depois de questionarmos como fazer para os alunos participarem do momento de leitura se ainda não dominam o sistema de escrita, pois gostaríamos de identificar quais estratégias às professoras dizem utilizar para despertar o gosto pela leitura nos alunos de Educação Infantil. Como afirma Ferreiro (2004), antes das crianças serem alfabetizadas, elas são capazes de ler o que encontram ao seu redor. Foi possível notar que os alunos não sabem ler de maneira convencional, mas que a professora acredita na capacidade que eles têm de lerem o que os cercam. Desta forma, é possível notar, na fala da P1, o uso de tal mecanismo em sala de aula. Quando questionamos outras professoras, também obtemos respostas que mostram o quanto as professoras acreditam que é possível ler antes mesmo de se alfabetizar:

P2- Aqui na escola tem fantoches. Eu uso o tom de voz, mudo de voz uso aquela introduçãozinha básica se vou contar história o gato no telhado, como é que o gato faz? O som do gato.

P4- Livros espalhados na mesa e peço para eles escolherem como eles não sabem ler peço que observe as figurinhas e contem a maneira deles, é uma maneira de fazer que eles gostem da leitura.

É possível notar uma ligação nas falas da P1 e P4, que mostram um cuidado em trazer os livros para sala de aula, despertando no aluno a curiosidade e gosto pela leitura. Já a P2 valoriza os sons e o uso do lúdico por meio de fantoches, uma vez que as crianças são atraídas por tais recursos, vale salientar que os alunos também sentem-se atraídos pelos livros, quando as professoras distribuem em sala de aula. A roda de leitura desperta na criança o interesse por tal ação, desta forma o livro é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento deste mecanismo.

O ato de contar histórias é um recurso para a formação de um leitor e desperta neles a curiosidade e o gosto pelos livros. De acordo com o RCNEI (1998), é importante que as crianças possam manusear diversas formas de textos (livros, jornais, cartazes, revistas, gibis), pois observando produções escritas vão conhecendo de forma gradativa as características formais da linguagem.

Quando questionamos como se organiza o ambiente para que haja a leitura foi possível notar que todos os sujeitos que nos forneceram informações reservam um momento da aula, diariamente, para a roda de leitura ou contação de história, como afirmado anteriormente. Além de organizar um ambiente e os materiais que auxiliam em tal atividade, notamos ainda

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index que as professoras buscam levar as crianças para a sala de leitura que a instituição disponibiliza, onde se encontra a maioria dos recursos que a escola oferece. Podemos observar isso na fala da professora 1:

P1- Eu costumo sentar no cantinho da leitura ou na sala de leitura, lá tem tapetes e tudo mais, um ambiente mais para leitura, quando não levo eles à sala de leitura a gente senta no cantinho da leitura, hoje mesmo já teve a roda de leitura, sentamos ali e li o livros para eles mostrando a imagem e depois eles quem falam sobre o que aconteceu na história, recontam, né? Na verdade.

Como afirma o RCNEI (1998), o ambiente para leitura deve ser atraente, aconchegante, deve dispor de diversos livros escritos por diversos autores. Podemos notar na fala da P1 que a sala de leitura é um ambiente agradável que dispõem de tais recursos. Contudo, pudemos perceber que geralmente está é usada apenas uma vez por semana, por cada turma, uma vez que a coordenadora providenciou um cronograma para organizar a utilização da sala, de maneira que todas as turmas possam aproveitar de tal recurso.

Notamos que a maioria das professoras fica restrita à orientação da coordenadora em usar o espaço disponibilizado pela instituição, mas elas valorizam os momentos de leitura tanto na sala de leitura quanto na sala de aula. Porém ficam felizes em tirar os alunos da rotina da sala de aula, levando-os para um ambiente da sala de leitura onde se encontram a maioria dos recursos oferecidos pela instituição.

Com a fala da P1, chegamos à conclusão que a sala dispõe de um cantinho de leitura que mobiliza a turma a sair da rotina de sentar na banca em filas e leva a sentar próximo deste lugar reservado à leitura, fazendo, assim, que essa ação tenha um momento de dedicação e mobilização. Ela deixa claro que desafia os estudantes a relerem a história que foi lida, assim pode-se notar uma característica no que afirma Ferreiro (2004) onde as crianças possuem capacidade de ler o que as cerca.

Perguntamos com qual frequência e de que maneira as rodas de leituras acontecem, as professoras afirmaram que acontece diariamente, contudo sentimos uma confusão na fala da P4, mas logo quando realizamos outra pergunta ela afirmou que acontecia diariamente. A seguir uma das respostas dada para ilustrar.

P3- Sim, todos os dias, até porque a roda de leitura ela, dentro dela eu trabalho a oralidade com os alunos, a participação mais ativa deles faz parte da roda de leitura, assim não posso contar uma história sem fazer essa roda de leitura, é cotidiana mesmo na sala.

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index A roda de leitura, além de desenvolver o interesse pela leitura, desenvolve outras habilidades, a P3 deixa claro isso em seu discurso com tal afirmação, ressaltando a importância desses momentos e mostrando o valor de acontecerem diariamente. Dentro da leitura, pode-se trabalhar outros aspectos como a oralidade e a interação, tornando-se uma prática cotidiana. Como afirma Teberosky (1996, p. 25), ―a leitura diária permite às crianças um contato com a linguagem formal dos livros e com o texto escrito que as motiva aprender, ao mesmo tempo que, condiciona suas aprendizagens posteriores‖.

Analisando as respostas apresentadas pelas educadoras podemos considerar que a atividade de leitura desenvolvida por elas têm se dado de forma coerente, pois efetiva-se o que afirma o RCNEI (1998), o aluno que não sabe ler pode fazer por meio da leitura do professor, ouvir já é leitura.

Ao perguntarmos, se ao trabalhar um livro de literatura, quanto tempo (dias) a professora aborda tal história, elas responderam que geralmente leem um livro por dia, mas há ocasiões em que um mesmo livro é trabalhado por vários dias. Eis algumas falas que esclarecem essa questão:

P3- Quando se trata de um livro com um número de páginas menor eu trabalho em um dia, quando o livro tem um número de páginas maior eu faço uma sequência didática de acordo com o número de página, de uma semana, três dias, depende da história.

P4- Não, todos os dias eu utilizo uma história diferente, hoje mesmo foi a da cinderela.

Os educadores devem possibilitar aos alunos interpretar as histórias, encarar os personagens e apresentá-los aos alunos de forma alegre e divertida. Promovendo a leitura, os educadores contribuem para o crescimento intelectual e social das crianças. Por meio de seu discurso, a P4 confirma o que já foi dito, uma vez que ela valoriza as rodas de leitura na sala de leitura, ela utiliza palavras mais diretas, e discurso pequeno para responder aquilo que lhe foi questionado. Desta forma, ela dá exemplos da leitura do dia, presenciamos a atividade relacionada com história, pois quando chegamos para coleta de dados, os alunos estavam fazendo uma atividade de colorir com o desenho da personagem principal.

Notamos, na fala das demais professoras, que as histórias são por vezes relacionadas às atividades didáticas, seguidas por sequencias muito longas, contudo essa tarefa pode ser chata para os alunos. Por outro lado, com a leitura maior, que se estendera por vários dias,

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index pode-se despertar nos pequenos a curiosidade, assim eles podem levantar diversas hipóteses sobre a leitura, e se sentirão estimulados a escutarem e participarem de tais momentos.

6. O QUE DIZEM AS PROFESSORAS SOBRE OS MATERIAIS UTILIZADOS

PARA A LEITURA?

Ao questionarmos quais recursos se utilizava nas rodas de leitura ou contação de história e qual a importância se dá a isso, todas responderam que utilizam vários recursos para que a leitura seja mais verídica e para que os alunos consigam entender melhor as histórias. Notamos que frequentemente as educadoras confeccionam com os alunos o que irão utilizar em sala, assim os recursos utilizados nem sempre são confeccionados apenas por elas, uma vez buscam incluir as crianças na produção de recursos e os engajando nas atividades, assim criando um momento atrativo, pois despertará gosto pela leitura que será ouvida. Todas afirmam que os recursos são importantes no momento da leitura, pois assim eles compreenderão melhor a história e terão uma facilidade de interpretá-la. Como nos mostram as falas das professoras.

P4- Geralmente eu trabalho mais com livro, mas pra chamar mais a atenção dele aqui tem fantoches. Alguns livros que eu trago não tem imagem e com os fantoches fica mais fácil para eles intenderem. [...] para a comunicação deles é melhor ainda, você vai contando a história, vai questionando e eles vão falando é muito bom. P5- Dependendo do tema você pode usar livros espalhado, acessórios, fantoches, aventais, personalizar as crianças.

Segundo o RCNEI (1998) faz-se importante o manuseio de materiais, de textos diversos para que as crianças conheçam de forma gradativa as características formais da linguagem e a diferença entre as mesmas. Como ouvir as histórias lidas por outras pessoas, desta forma, podemos notar que todas as professoras presam pela leitura, e querem chamar atenção dos alunos para esse momento. Como as crianças em sua maioria estão tendo contato com a escola pela primeira vez, e em algumas ocasiões com a leitura também, as professoras buscam atrair a atenção delas com diversos objetos.

Na fala da P4, é possível notar o apego pelos livros, desta forma podemos deduzir que em sua sala acontecem rodas de leitura com mais frequência que contação de história. E ela busca complementar com os exemplares que as crianças não têm contato na escola, quando

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index afirma que traz outros títulos pessoais. Ela ressalta a importância dos questionamentos durante o momento de leitura e da interação das crianças.

A professora, em seu depoimento, valoriza o contato com o livro, mesmo sem que eles consigam ler, eles são capazes de interpretar as imagens e são livres para isso. Como afirma Queiroz (2009, p. 40 e 41 apud BRANDÃO e ROSA, 2010), ―quando o homem sente-se livre para pensar e deixa agir a fantasia, possibilita o contato com a construção do conhecimento, deste modo esses elementos são fundamentais na infância e possibilitam a construção literária‖. Desta forma, a professora deixa as crianças livres para interagirem com a história, pensar e agir a fantasia, para que assim desenvolvam o conhecimento por determinados assuntos e possam se tornar íntimos dos livros.

A P5 nos traz uma resposta mais direta e valoriza os recursos que são utilizados durante a roda de leitura, assim o uso dos livros fica omisso. Fazendo com que os alunos não tenham proximidade com o mesmo, o que pode ser desvantajoso, tanto na roda de leitura quanto na contação de história. Pois é essencial que haja esse contato direto com o livro onde o educando não apenas veja o livro, mas que possa toca-lo, folheá-lo. E assim recontar a história quando for conveniente.

O amor pelos livros não surge do nada, como citado por Sandroni e Machado (1991, apud CASTRO e WINKELLER), o professor deve estimular, mostrar que é algo prazeroso, pois só é possível amar aquilo que conhecemos. Quando a criança tem o contato com os livros, com os pais em casa e ao ingressarem na escola a professora continua estimulando, é pouco possível que está criança ache a leitura chata. É importante a prática destes momentos, pois nem todas as crianças que estão na escola possuem uma estrutura familiar que preza por momentos de leitura. Assim, a escola é uma ferramenta eficaz na formação de pequenos leitores.

Ela trabalha em outra instituição como professora regente e em uma fala afirma que acontece diariamente rodas de leitura nesta instituição, mas não explica como isso acontece. Ela relata que contribui com os momentos, mesmo sendo professora de apoio e conta uma das experiências que decorreu em uma contação de história, pois ela relatou que já conhecia a história e foi contar. Para tanto, ela levou objetos para complementar esse momento. Pelas palavras da professora, o momento foi bem divertido e atrativo para as crianças, despertando, assim, o gosto pela leitura.

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index Questionamos se a instituição dispõe de recursos para os momentos de leitura, todas as professoras responderam que sim, exceto a P3, pois, em sua fala, é possível notar que ela queria recursos para além do que a escola disponibiliza, que são livros e fantoches:

P3- A uma carência, dentro do âmbito da leitura. Temos os livros de historinha, mas com esse livro de história que recurso eu poço usar? Porque só livros como eles não sabem ler a gente precisa trazer outras coisas, porque dentro daquele livro eu preciso de que? Eu preciso de fantoches que, por exemplo, temos uns, mas é poucos, que também não dá para toda leitura.

Para ela, a quantidade é insuficiente e como as crianças não sabem ler convencionalmente é mais fácil mantê-los atentos ao concreto. Desta forma, além dos recursos o ambiente interfere, como afirma o RCNEI (1998), os momentos de leitura devem serem aconchegantes e dispor de diversos livros. Notamos que esse ambiente é oferecido na instituição na sala de leitura, mas que as professoras buscam também tornar a sala esse local de aconchego por meio do cantinho da leitura. Acreditamos que o ambiente também interfere no momento de leitura como afirmaram todos os sujeitos da pesquisa, uma vez que a história é mais animada a maneira que a sala está organizada e os recursos para complementarem esse momento.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partindo da nossa proposta inicial de identificar quais as práticas de leitura que professoras da Educação Infantil dizem utilizar na sala de aula, bem como os recursos utilizados por elas; sobretudo como essas educadoras se relacionam com tais práticas de leitura e como as desenvolvem para seus alunos, seja em espaços escolares e sociais. Constatamos que a escola assume um papel fundamental, no que diz respeito ao incentivar a prática de leitura pelas crianças. A escola é, de fato, um espaço de inserção da criança no universo da leitura e da escrita, mas não podendo deixar de valorizar outras leituras que a criança trás consigo, assim também como seus conhecimentos prévios.

Nossa pesquisa revela que as atividades de leituras desenvolvidas na instituição são significativas e coerentes, pois incentiva as crianças proporcionando momentos de leitura no ambiente por ela disponibilizado, como a sala de leitura, onde as educadoras nos revelaram que fazem semanalmente momentos de leituras, seja contação de histórias ou rodas de leituras. Nesses momentos preocupam-se em trazer recursos didáticos para aprimorar e dá

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http://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/index dinamismo à atividades. Elas proporcionam leituras de forma agradável, prazerosa, divertida, sem forçar e com bastante naturalidade, pois assim farão despertar na criança o hábito pela leitura, a curiosidade e nesses momentos sempre há uma interação entre todos e isso é fundamental para proporcionar também o contato com o outro social.

8. REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Assumindo a dimensão interacional da linguagem. In. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003, p. 39 a 85.

BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi, ROSA, Ester Calland de Sousa. Entrando na roda: as histórias na Educação Infantil. In: Ler e escrever na educação infantil: discutindo práticas pedagógicas. 1° ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010, p. 33-51.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998, v. 3.

CAFIERO, Delaine. Leitura como Processo: Caderno do Professor. Belo Horizonte: Coleção Alfabetização e Letramento, 2005.

CASTRO, Gisele Yumi Freitas de. WINKELER, Maria Sílvia Bacila. Importância da leitura na

educação infantil: Relato de experiência em um CEI de Curitiba-PR. Anais do X Congresso Nacional de Educação- EDUCERE. Curitiba: PUCPR, 2011. p. 14026-1425. Disponível em: https://docplayer.com.br/8092425-A-importancia-da-leitura-na-educacao-infantil-relato-de-experiencia-em-um-cei-de-curitiba-pr.html. Acesso em 21 de junho 2019.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24 ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia de pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

NASCIMENTO, B. E. S. Argumentação nas rodas de história: Reflexões sobre a mediação docente na Educação Infantil. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.

RODRIGUES, S. M. A prática de leitura na educação infantil como incentivo na formação de futuros leitores. Revista Eventos Pedagógico, Mato Grosso, v. 6, n. 2, p. 241-249, jun./ jul.

2015. Disponível em:

http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/view/1855. Acesso em: 02 de abril 2019.

Referências

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