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ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA

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Academic year: 2021

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ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA: OS CAMINHOS DA PÓS-GRADUAÇÃO

Jacintho Maia Neto*

RESUMO

A Escola Superior de Guerra (ESG) possui, ao longo de seus 70 anos, uma relação intrínseca com a ambiência da pós-graduação. Este trabalho buscou apresentar e analisar como essa relação foi construída desde a sua criação em 1949, com base na análise documental e bibliográfica, com ênfase nos onze regulamentos que balizaram a estrutura organizacional da Escola. Com esse intuito, caminhou-se ao longo desse marco legal, extraindo as ideias e as ações que nortearam a construção dos diversos cursos, suas relações com a estrutura e o ambiente organizacional, buscando entender, também, os impactos que o ambiente externo provocava na Escola e suas reações com base na materialização de estruturas e cursos. Finalmente, apresenta-se o caminho pelo qual a ESG decidiu conduzir seus cursos na direção da pós-graduação.

Palavras-chave: Escola Superior de Guerra (ESG). Pós-Graduação. Gestão da Defesa.

Transformação organizacional.

BRAZILIAN WAR COLLEGE: THE POST GRADUATION PATH ABSTRACT

The Brazilian War College (Acronyms in Portuguese - ESG) has, during its 70 years, an intrinsic relation with the environment of the post-graduation. This work sought to present and analyze how this relationship was built since its creation in 1949, based on documentary and bibliographical analysis, with emphasis on the eleven regulations that marked the organizational structure of the School. With this aim in mind, it was carried out along this legal framework, extracting the ideas and actions that guided the construction of the various courses, its relations with the structure and the organizational environment, trying to understand also the impacts that the external environment caused in the School and its reactions based on the materialization of structures and courses. Finally, the way in which the ESG decided to conduct its courses towards the postgraduate course is presented.

Keywords: Brazilian War College (ESG). Post-graduation. Defense Management.

Organizational transformation.

* Graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (1986). Doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (2015). Chefe do Centro de Estudos Estratégicos do Exército (2014-2016) e subchefe do Centro de Operações do Comando Militar do Sul (2017). Membro da Associação Brasileira de Estudos de Defesa e da Associação Latino-Americana de Ciência Política. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Militares (CPDOC/FGV), do Núcleo de Estudos Globais (UFG) e do Laboratório de Estudos de Segurança e Defesa (UFRJ). Professor adjunto na Escola Superior de Guerra. Contato: jacintho@esg.br

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ESCUELA SUPERIOR DE GUERRA: LOS CAMINOS DEL POSGRADO

RESUMEN

La Escuela Superior de Guerra (ESG) tiene, durante sus 70 años, una relación intrínseca con el entorno del posgrado. Este trabajo buscó presentar y analizar cómo se construyó esta relación desde su creación en 1949, basada en el análisis documental y bibliográfico, con énfasis en las once regulaciones que marcaron la estructura organizativa de la Escuela. Con este objetivo en mente, se llevó a cabo a lo largo de este marco legal, extrayendo las ideas y acciones que guiaron la construcción de los diversos cursos, sus relaciones con la estructura y el entorno organizacional, tratando de comprender también los impactos que el entorno externo causó en el la Escuela y sus reacciones basadas en la materialización de estructuras y cursos. Finalmente, se presenta la forma en que la ESG decidió dirigir sus cursos hacia el curso de posgrado.

Palabras clave: Escuela Superior de Guerra (ESG). Posgrado. Gestión de Defensa.

Transformación organizacional.

1 O INÍCIO: DUAS ESCOLAS SUPERIORES DE GUERRA

A história da Escola Superior de Guerra (ESG) inicia-se nos primórdios dos idos de 1948, segundo o saudoso professor Desembargador Antônio Arruda (1983), com o objetivo de ministrar o curso de Alto Comando para oficiais das três Forças Singulares. Essa “primeira ESG” (ARRUDA, 1983, p. XXI) teria se inspirado no ambiente pós Segunda Guerra Mundial, em que o Brasil mantinha um forte alinhamento com o bloco ocidental, e os presságios de um novo conflito se projetavam. Segundo o autor, a denominação de uma escola que estudasse a guerra era adequada e necessária a esse ambiente.

Oficialmente, a organização dessa “primeira ESG” inicia-se com o Decreto nº 25.705, de 22 de outubro de 1948, quando o referido curso de Alto Comando, iniciado em 1942 no âmbito do Exército, passa a ser extensivo aos “oficiais da Marinha e da Aeronáutica” sendo “ministrado sob a direção do Estado-Maior Geral” (BRASIL, 1948).

Nesse mesmo ano, o Chefe do Estado-Maior Geral, então o General Salvador César Obino, após viagem de visita ao National War College, nos Estados Unidos, consolidando ideias e estudos para a criação de um instituto que congregasse militares das três forças e também civis no contexto dos estudos da guerra, estabelece uma comissão coordenada pelo General Oswaldo Cordeiro de Farias, com o objetivo de elaborar o Regulamento da ESG, dando prosseguimento ao que constava no decreto de 1948.

Ao decorrer dos estudos para a elaboração do Regulamento, foram elencados princípios que deveriam nortear os trabalhos daquela comissão:

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141 1) A Segurança Nacional é uma função mais do Potencial Geral da Nação do que de seu Potencial Militar;

2) O Brasil possui os requisitos básicos (área, população, recursos) indispensáveis para se tornar uma grande potência; 3) O desenvolvimento do Brasil tem sido retardado por motivos suscetíveis de remoção;

4) Como todo trabalho, a obtenção dessa aceleração exige a utilização de uma energia motriz e de um processo de aplicação dessa energia;

5) O impedimento até agora existente contra o surgimento de soluções nacionais para os problemas brasileiros é devido ao processo de aplicação de energia adotado e à falta de hábito de trabalho em conjunto;

6) Urge substituir o método dos pareceres por outro método que permita se chegar a soluções harmônicas e equilibradas; e 7) O instrumento a utilizar para a elaboração do novo método a adotar e para a sua difusão consiste na criação de um instituto nacional de altos estudos funcionando como centro permanente de pesquisas. (ARRUDA, 1983, p. XXII e XXIII). Com base nesses princípios, deveriam ser estabelecidos um “método de análise e interpretação dos fatores políticos, econômicos, diplomáticos e militares”, uma dinâmica de “trabalho em conjunto” que se diferenciasse da “política de pareceres” baseada no relato individual e que estabelecesse um “conceito amplo e objetivo da Segurança Nacional” com o intuito de servir como base, para militares e civis, coordenarem suas ações em prol do Desenvolvimento e da Segurança do País (ARRUDA, 1983, p. XXIII).

A “segunda ESG” seria criada em 20 de agosto de 1949, incorporando esses princípios em um “Instituto de altos estudos, subordinado diretamente ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e destinado a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários para o exercício das funções de direção e para planejamento da Segurança Nacional” (BRASIL, 1949a), estabelecendo, desde sua criação, o objetivo de congregar civis e militares em prol do desenvolvimento e da segurança nacionais, conforme ficou explicitado em seu “Artigo 5º - Terão ingresso na Escola oficiais de comprovada experiência e aptidão, pertencentes às Forças

Armadas, e civis de notável competência e atuação relevante na orientação e

execução da política nacional.” (BRASIL, 1949a, grifo nosso).

O presente trabalho pretende apresentar, através de uma análise crítica dos documentos que regularam o marco legal da Escola, o prosseguimento dessas duas ESG, permitindo ao leitor “a reflexão e a compreensão acerca da construção, da transformação e da incorporação dos valores e das ações do homem ao longo do tempo” (VERGARA, 2005, p. 130) e, com esse propósito, pretende-se mostrar uma parte de como essa história foi construída.

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Em uma segunda parte, buscou-se entender a Escola pelos seus cursos e os caminhos que a conduziram pelo ambiente da pós-graduação. Em um primeiro momento, autodenominar-se como um centro de estudos e pesquisas foi o suficiente, posteriormente, buscou-se retomar seu posicionamento no meio acadêmico com a adequação de seus cursos como pós-graduação nível especialização, em especial, a partir de 2016, quando alguns de seus cursos passaram a ter essa equivalência com base na Portaria Normativa Interministerial Nº 1/MD/MEC, de 26 de agosto de 2015 (BRASIL, 2015). Finalmente, em 2018, em um esforço conjugado entre os diversos setores da Escola, ocorreu o reconhecimento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do curso de mestrado acadêmico em Segurança Internacional e Defesa.

2 A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA PELO SEU MARCO LEGAL

A ESG, ao longo de seus setenta anos, passou por 11 (onze) Regulamentos que foram traduzindo em um marco legal os desejos e as aspirações de seus idealizadores, a implementação de conceitos e diretrizes de seus comandantes, os estudos e as pesquisas de seus integrantes, colaboradores, conselheiros e incentivadores, mas sobretudo, foi com base na inovadora dinâmica implementada desde sua criação, a de criar uma rede que integrasse seu Corpo Permanente, Corpo de Estagiários e de diplomados, que a Escola Superior de Guerra foi se moldando e renovando ao longo do tempo.

No início, em seu primeiro regulamento, de 28 de setembro de 1949 (BRASIL, 1949b), a Escola buscou consolidar suas principais características explicitadas em seu marco legal de criação (BRASIL, 1949a) definindo-se como um “instituto

nacional de altos estudos” e formalizando em seu regulamento o desejo de que

fosse reconhecida como uma instituição de âmbito nacional e não mais estando circunscrita somente ao ambiente militar. Em relação ao ingresso de civis, especifica que seriam admitidos aqueles com “atuação destacada na formulação ou execução da política nacional, principalmente a exterior”, definindo que participariam dos

cursos da ESG, aqueles civis que representassem a elite da política nacional, em especial, aqueles que atuassem na política externa (BRASIL, 1949b, grifo nosso).

Desde sua criação, a Escolaautodenominou-se como um “centro permanente de estudos e pesquisas” (BRASIL, 1949a), baseando suas estruturas em torno das temáticas a serem estudadas e problematizadas, conforme definido em seu primeiro regulamento:

Artigo 3o Os problemas estudados na ESG versarão principalmente sôbre:

a - Assuntos Nacionais: Análise dos problemas básicos que interessam ao desenvolvimento do potencial nacional.

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143 b - Assuntos Internacionais: Estudo da política exterior e sua coordenação com as necessidades da segurança nacional. Tendências mundiais. Problemas internacionais, principalmente os referentes ao hemisfério ocidental.

c - Assntos Militares: Emprêgo de fôrças combinadas. Determinação do valor das fôrças armadas necessárias à execução da política nacional na paz e na guerra. Planejamento estratégico. Mobilização nacional. [sic]. (BRASIL, 1949b). Em relação a estrutura organizacional da Escola, ela foi definida desde a sua criação, permanecendo assim, com pequenas alterações, até a atualidade:

- I Direção;

- II Junta Consultiva;

- III Departamento de Estudos (DE); e - IV Departamento de Administração (DA).

Naquele momento, o Departamento de Estudos foi dividido em Divisões, que refletiam as temáticas a serem estudadas e pesquisadas na ESG: Divisão de Assuntos Nacionais, Divisão de Assuntos Internacionais e Divisão de Assuntos Militares.

Nas “Disposições Transitórias” do primeiro regulamento, ficou definido que a Escola passaria a funcionar “a partir do início do ano de 1950”, sendo que o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), tendo em vista a inexistência de diplomados pela Escola, poderia “determinar a organização de um curso que, sob a orientação da Missão contratada nos Estados Unidos da América do Norte, funcionará ainda em 1949.”, permitindo que fosse formada a primeira turma de instrutores com o “diploma do Curso Superior de Guerra” (BRASIL, 1949b).

Desde seu início, os idealizadores da Escola deixavam nítida a preocupação de que os oficiais e os civis que fossem designados como instrutores, termo utilizado na lei de criação da Escola (Artigo 4º) e que depois deixaria de ser utilizado, fossem diplomados pela própria ESG. Essa preocupação ficou bem materializada no artigo 18 daquele regulamento, no qual especificava que determinadas funções somente poderiam ser ocupadas por militares e civis diplomados há mais de dois anos pela Escola, tal exigência ficou “dispensada até 31 de dezembro de 1952” (BRASIL, 1949b). Tal situação seria prorrogada até o final de 1954.

A concepção de tornar-se uma escola com foco nos estudos e na pesquisa e, não necessariamente no ensino, caracterizou a ESG como uma escola que não possuía nem alunos, que passaram a ser designados como “estagiários” (BRASIL, 1950), nem professores e instrutores (BRASIL, 1949a), pois seu corpo docente poderia ser constituído, além destes, por juristas, diplomatas, economistas e outras personalidades, passando a ser denominado de Corpo Permanente (ARRUDA, 1983; BRASIL, 1950).

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Em seu segundo regulamento (1954), a Escola passou a incorporar novos conceitos que já eram debatidos em seus cursos, em especial, àqueles que condicionavam a formulação de uma política de segurança nacional, tais como os fatores políticos, econômicos, psicossociais e militares. Essa nova visão sobre o estudo e análise da segurança nacional, iria moldar a estrutura do Departamento de Estudos até os dias de hoje, dividindo-o, inicialmente, em Divisão de Assuntos Políticos, Divisão de Assuntos Psicossociais, Divisão de Assuntos Econômicos e Divisão de Assuntos Militares (BRASIL, 1954).

Em 1959, em um contexto de valorização da ESG, o comando da Escola passa a ser exercido por oficial general do mais alto posto, passando a ser designado, também, como Diretor de Ensino. No ano seguinte, o Chefe do Departamento de Estudos que era um cargo acumulativo com o de um dos assistentes militares e ocupado em processo de rodízio das Forças, passa a ter uma nomeação específica, não acumulativa com outros cargos e exercida por um oficial general de três estrelas, ou seja, superior hierarquicamente aos assistentes militares que eram oficiais generais do primeiro posto e recebendo o encargo de Subdiretor de Ensino. Interessante lembrar que, pela primeira vez, a estrutura organizacional da ESG, citada anteriormente, tem inserida no nível da “Direção”, além do Comando e do Gabinete, uma Direção de Ensino e, não de Estudos, mudando a concepção inicial da Escola como um Centro de “estudos e pesquisas” (BRASIL, 1949a).

Em 1961, o General de Exército Oswaldo Cordeiro de Farias, então Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, assina o novo regulamento, retornando ao entendimento de que a Escola tinha como foco “promover e realizar estudos e pesquisas [...] de interesse para a Segurança Nacional” (BRASIL, 1961). Como seu primeiro comandante, o General Cordeiro de Farias buscava a retomada dos principais eixos norteadores da Escola.

Em um primeiro momento, insere no regulamento da Escola as modificações ocorridas em 1959 (comandante como oficial general do último posto) e a de 1960 (mais um oficial general do penúltimo posto como chefe do Departamento de Estudos), no entanto, substitui a “Direção de Ensino” por uma “Direção Geral de Estudos”, sendo o comandante designado como Diretor Geral de Estudos e o chefe do Departamento de Estudos, seu Subdiretor Geral de Estudos (BRASIL, 1961).

Posteriormente, com o intuito de buscar uma coordenação entre as divisões e centralizar as atividades relacionadas com a elaboração dos currículos dos cursos, serviços de tradução e gestão dos periódicos, cria a Divisão de Assuntos Doutrinários e de Coordenação (BRASIL, 1961). Em relação aos cursos, insere os cursos de Mobilização Nacional (CMN), criado em 1957, e o de Informações (CI), criado em 1958, no regulamento da Escola, como uma tentativa de não se perder o conhecimento gerado anteriormente, pois não haviam funcionado no ano anterior, ficando os dois cursos, enquanto não fossem reativados, como disciplinas do Curso Superior de Guerra.

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145 Dois anos depois, um novo regulamento foi publicado, materializando no Departamento de Estudos a vontade anterior de inserir na grade curricular os referidos cursos, sendo criada a Divisão de Assuntos de Logística e Mobilização (DALMob) e a Divisão de Assuntos de Informações e Contrainformações (DAICI).

Interessante lembrar que, desde o regulamento de 1961 e ratificado no de 1963, a chefia das Divisões não era mais privativa de militares (no posto de Coronel ou Capitão-de-Mar-e-Guerra) e de civis de categoria equivalente, passou a ocorrer uma diferenciação entre as chefias das divisões, ficando as Divisões de Assuntos Políticos, de Assuntos Psicossociais, de Assuntos Econômicos e, agora a DALMob podendo ser exercidas tanto por militares como civis e as Divisões de Assuntos Militares, Assuntos Doutrinários e de Coordenação e a DAICI privativas do posto de Coronel ou Capitão-de-Mar-e-Guerra.

Nos próximos dez anos, a Escola passaria a ser a grande formuladora de uma “Doutrina de Segurança Nacional”, baseada na construção de conceitos através de conferências, debates, pesquisas e estudos, a doutrina foi se configurando a partir de um “conceito estratégico nacional”, que apresentou os conceitos de “Objetivos Nacionais, Objetivos Nacionais Permanentes, Avaliação Estratégica da Conjuntura, Diretrizes de Governo e Mobilização”, os quais seriam complementados pelos de “Segurança Nacional, Poder Nacional, Política Nacional, Estratégia Nacional” em conferência proferida pelo segundo comandante da Escola, General de Exército Juarez Távora, “A Segurança Nacional, a Política e a Estratégia: Conceituações e Interrelações” (ARRUDA, 1983, p. XXIX e XXX).

Em 1967, o Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, em conferência na ESG, apresenta uma “dilação do conceito de segurança nacional”, compreendendo-a como sendo “a defesa global das instituições, incorporando por isso os aspectos psico-sociais [sic], a preservação do desenvolvimento e da estabilidade política interna”. Mais à frente, apresenta as relações entre desenvolvimento e segurança, para então construir a “doutrina de segurança nacional”, a qual comportaria “influências ideológicas [também citada como doutrinária em sua apresentação], tecnológicas e econômicas”.

Ao prosseguir em sua conferência, o Presidente Castello Branco1 apresenta outros constructos da doutrina de segurança nacional, quais sejam as suas relações com a política internacional, caracterizada por conflitos de interesses

entre as áreas de influência das duas potências globais a época (EUA e URSS), com a temática do nacionalismo, como um grande propulsor da mobilização e

do esforço nacional em prol do desenvolvimento do País, o qual nos conduz a necessidade da consolidação do sistema federativo, como forma de “promover

a redução do desequilíbrio econômico entre os Estados e regiões” em prol da segurança nacional.

1 Realizada por ocasião da abertura do ano letivo de 1967. Aula Magna para o Curso Superior de Guerra.

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Ao finalizar sua conferência, o Presidente Castello Branco apresenta à Escola sua “grande missão”, qual seja a de “formular, pela conjunta aplicação do talento civil e militar, uma doutrina permanente e coerente de segurança nacional”. Essa missão já havia se iniciado oficialmente na ESG pela inclusão, no regulamento de 1963, da “discussão sobre uma Doutrina de Segurança Nacional” no contexto dos estudos a serem realizados no CSG.

Em seu quinto regulamento (BRASIL, 1973), o comandante passa a ser o Diretor de Estudos, retirando o termo “Geral” da denominação. A mesma situação ocorre com o Chefe do DE que passa a ser o Subdiretor de Estudos, que com a reestruturação do Comando, recebe a designação de Subcomandante da Escola. A partir de então, a nomeação para os cargos de Comandante e Subcomandante, obedeceriam, em princípio, “ao critério de rodízio entre as Forças Armadas, não devendo ambos pertencer a mesma Força” (BRASIL, 1973).

O regulamento de 1973 institucionaliza o debate anterior sobre as relações entre desenvolvimento e segurança, inserindo como objetivos do Curso Superior de Guerra o de:

a) Habilitar civis e militares para o exercício de funções de Direção e Assessoria, especialmente dos órgãos responsáveis pela formulação e planejamento da Política Nacional de Segurança e de Desenvolvimento;

b) Cooperar no aprimoramento de uma metodologia para a formulação e planejamento da Política Nacional de Segurança e de Desenvolvimento. (BRASIL, 1973, grifo nosso).

Outra característica desse regulamento e que irá prevalecer até o de 2006, foi a mudança no perfil do Corpo Permanente, que anteriormente compreendia todos os integrantes do Comando, do DE, do DA e do Gabinete, e agora passa a incluir o Comando, o DE e somente os chefes do DA e do Gabinete, passando a existirem duas denominações que ficariam recorrentes: o Corpo Permanente e o Corpo Administrativo.

Passados vinte e três anos da primeira turma do Curso Superior de Guerra e com a institucionalização do binômio desenvolvimento e segurança nacionais, a Escola sentiu a necessidade de que houvesse uma atualização desses conhecimentos, em especial sobre a Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, assim como da “Metodologia para a Formulação e Planejamento da Política Nacional”, tendo como público-alvo “civis e militares diplomados em qualquer dos cursos da ESG” (BRASIL, 1973), com esse intuito, foi criado o Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra (CAESG).

Em agosto de 1984, mais de dez anos de seu último regulamento, a Escola busca institucionalizar seu aprendizado, agora inserindo em seu Artigo 1º que ela:

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147 Art. 1º - [...] é um instituto permanente de altos estudos e pesquisas [...] destinado a desenvolver e consolidar os conhecimentos os conhecimentos necessários para o exercício das funções de comando e de assessoramento em Organizações, Forças ou Estados-Maiores Combinados, bem como para o planejamento da Segurança e do Desenvolvimento Nacionais. (BRASIL, 1984, p. 1).

Observa-se a inserção no texto que trata das finalidades da Escola a temática da Segurança e do Desenvolvimento Nacionais, principal objetivo do CSG, assim como do exercício de funções e de assessoramento em um ambiente de natureza combinada, foco principal do Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (CEMCFA). A par dessa mudança de finalidade e com o objetivo de dinamizar sua estrutura administrativa, desde 1981, a ESG já possuía autonomia administrativa, no intuito de melhor apoiar as atividades de seus cursos (BRASIL, 1981).

Uma novidade que aparece no 6º Regulamento da Escola é a criação de duas estruturas que visavam assessorar o comandante, além da Junta Consultiva considerada uma assessoria especial permanente que existia desde a criação da ESG, quais sejam: o Corpo de Conselheiros, composto basicamente por antigos Ministros Chefes do Estado-Maior das Forças Armadas e antigos comandantes da Escola, e o Corpo de Conferencistas Especiais, constituído por personalidades de “reconhecida competência e notável saber, não pertencentes aos Quadros da ESG” e que tivessem se destacado como antigos membros do Corpo Permanente ou conferencistas avulsos (BRASIL, 1984).

No ano seguinte ao regulamento de 1984, a ESG altera o nome de seu principal curso, o CSG, para Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), atualizando sua grade curricular e dando continuidade a um período da história do Curso Superior de Guerra que havia se iniciado no ano de 1948, quando o Estado-Maior das Forças Armadas recebeu a missão de reestruturar o Curso de Alto Comando estendendo-o para a Marinha e a Força Aérea (BRASIL, 1948).

A principal modificação inserida no regulamento de 1988, foi a de que os estudos a cargo da ESG compreendiam as atividades de ensino, pesquisa e extensão, as quais foram definidas em seu:

Art. 13 - […]

§ 1º - As atividades de ensino são as relativas aos cursos instituídos pelo Poder Executivo.

§ 2º- As atividades de pesquisa compreendem os estudos teóricos, doutrinários e conjunturais, relacionados com as finalidades da ESG.

§ 3º - As atividades de extensão são as relativas ao apoio aos ciclos de estudo promovidos pela Associação dos Diplomados

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pela ESG (ADESG) e a outros cursos ou ciclos ministrados ou promovidos pela ESG.

Art. 14 - As atividades correlatas de intercâmbio e de difusão serão planejadas pela ESG e submetidas à aprovação do Ministro Chefe do EMFA.

§ 1º - As atividades de intercâmbio compreendem o inter-relacionamento da ESG com instituições públicas e privadas, nacionais, estrangeiras e internacionais, no cumprimento de suas finalidades.

§ 2º - As atividades de difusão envolvem a divulgação dos conhecimentos e trabalhos desenvolvidos e consolidados pela Escola. (BRASIL, 1988, p.3).

Com o passar do tempo e do crescente dinamismo dos acontecimentos, principalmente no cenário internacional, como a queda do muro de Berlim (1989) e o fim da União Soviética (1991), uma nova ordem mundial se anunciava, assim como seus reflexos na América do Sul e, em especial, no Brasil. Com o intuito de entender essa nova ambiência e assessorar o comando da Escola na coordenação dos estudos e das pesquisas, o regulamento de 1994 cria mais uma assessoria diretamente ligada ao comandante, o Centro de Estudos Estratégicos.

Uma outra novidade do 8º Regulamento da ESG foi a modificação do nome do Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas para Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares (CAEPEM), passando a considerá-lo de mesmo nível ao CAEPE e com os mesmos objetivos do CEMCFA explicitados no regulamento de 1988:

a) contribuir para o aprimoramento da Doutrina, da Política e da Estratégia militares brasileiras;

b) habilitar oficiais das Forças Armadas para o exercício das funções de comando, de chefia e de estado-maior combinado. (BRASIL, 1994).

Em 1996, ano da publicação da Política de Defesa Nacional, na qual se pode observar os traços do DNA da ESG, ao relacionar a Defesa com os campos do poder nacional “uma política de defesa sustentável [...] e [que] compatibilize as prioridades nos campos político, social, econômico e militar” (BRASIL, 1996a). O novo regulamento aumenta o número de assessorias, porém com o foco na administração, a Assessoria de Controle que tem por finalidade “estabelecer condições para melhor desempenho da administração, mediante fiscalização permanente, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial. ” (BRASIL, 1996b).

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149 Depois de ter sido criado em 1958 e funcionado no ano de 1959 e de 1965 até 1972, o antigo Curso de Informações, retorna à Escola, agora com uma nova modelagem e como o curso de mais alto nível na área de Inteligência, mudando sua denominação para Curso Superior de Inteligência Estratégica (CSIE), sendo considerado juntamente com o CAEPE e o CAEPEM, cursos “de mesmo nível” (BRASIL, 1996b).

O 9º Regulamento da ESG também incorpora outro curso para atender a necessidades específicas, em especial a possibilidade de civis e militares de Nações Amigas frequentarem a Escola, que foi o Curso Especial de Altos Estudos de Política e Estratégia (CEAEPE), que não se constituiu, no entanto, como um curso regular. O curso funcionou até o ano de 2005 e, a partir de 2007, o CAEPE passou a receber os civis e militares de Nações Amigas.

O regulamento de 2002 suprime o Capítulo Da Natureza e Finalidade,

substituindo-o pelo da Competência, limitando-se a definir a ESG pelos seus cursos,

a qual compete “planejar, coordenar e desenvolver os cursos previstos neste Regulamento” (BRASIL, 2002, grifo nosso).

Aos cursos anteriores, o CAEPE, o CSIE, o CEAEPE e o de atualização (CAESG), seriam acrescentados o de Logística e Mobilização Nacional (CLMN) direcionado a militares e a civis que tivessem sido indicados “por órgão ou empresa de interesse do Sistema Nacional de Mobilização” e pelo curso de Gestão de Recursos de Defesa (CGERD) criado por solicitação da Secretaria de Organização de Recursos Institucionais (SEORI) do Ministério da Defesa. Além desses, o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares foi remodelado, alterando sua denominação para Curso de Estado-Maior de Defesa (CEMD). (BRASIL, 2002)

O atual regulamento da ESG é do ano de 2006, constituindo-se no 11º de uma série que começou em 1949 e que procurou adequar a Escola às mudanças de seu ambiente externo, assim como, atender às necessidades das novas legislações e de seu público interno. Em relação aos cursos, ele mantém os especificados no regulamento de 2002, com algumas modificações, quais sejam: a extinção do CEAEPE, pela absorção do seu principal público-alvo (militares e civis de Nações Amigas) pelo CAEPE e extingue o curso de atualização (CAESG) (BRASIL, 2006).

Mais recentemente, em 2018, o Regulamento da Escola foi alterado para incluir o Comandante do Núcleo da ESG em Brasília, cargo a ser ocupado por “oficial-general da ativa do primeiro posto das Forças Singulares, designado em sistema de rodízio” (BRASIL, 2018a).

Com o objetivo de atender novas e constantes demandas do Ministério da Defesa e da ESG, a Escola publica, anualmente, no Diário Oficial da União, a “Diretriz para o Planejamento e a Execução das Atividades de Estudo, Pesquisa e Ensino e para o Processo Seletivo aos Cursos da Escola Superior de Guerra (ESG)” (BRASIL, 2018b), na qual apresenta os cursos que serão disponibilizados em sua sede do Rio de Janeiro e em seu campus de Brasília.

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Ao longo deste Capítulo não se pretendeu apresentar todos os cursos que a Escola Superior de Guerra teve a oportunidade de conduzir durante os últimos setenta anos, mas apresentar uma panorâmica de suas modificações estruturais e dos cursos que estiveram presentes em seus onze regulamentos, mostrando sua capacidade de se adequar às modificações de seu ambiente externo, às necessidades de seu público interno, do Estado-Maior das Forças Armadas e, desde 1999, do Ministério da Defesa.

3 A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA E A PÓS-GRADUAÇÃO

As três Forças Singulares, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que definiu em seu Art. 83 que “O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino” (BRASIL, 1996c), buscaram a partir desse marco legal, elaborarem suas respectivas legislações de ensino, criando cada uma o seu sistema de ensino militar e, consequentemente, os seus respectivos regulamentos.

A Escola Superior de Guerra ficou à margem dessa regulamentação, não se inserindo em nenhuma das três leis de ensino, pois como foi criada em um contexto de subordinação hierárquica direta ao Estado-Maior das Forças Armadas e, posteriormente, ao Ministério da Defesa, não foi abrangida pela legislação pertinente de nenhuma das Forças Singulares.

Destarte, a ESG buscou seu próprio caminho para o reconhecimento de seus cursos, em especial, através da disseminação de seu conhecimento por meio da “maturação de conceitos” (MANSAN, 2017), pela “formação de intelectuais” em seus cursos e pelas atividades e cursos “promovidos pela Associação dos Diplomados da ESG (ADESG)” (MANSAN, 2017).

Em relação aos cursos, a partir de 1961, a ESG amplia o público-alvo do Curso Superior de Guerra, permitindo que, não somente os civis oriundos de organizações governamentais realizassem o CSG, mas, também, aqueles oriundos de organizações “paraestatais ou particulares” (BRASIL, 1961).

A trajetória dos cursos da ESG, em sua busca por uma equivalência entre eles e os cursos de altos estudos das Forças, vai se verificar, apenas no regulamento de 1996, no qual fica explicitado que:

Art. 14. Funcionam na ESG: [...]

§ 6º O CAEPE, o CAEPEM e o CSIE, embora com destinações diferenciadas, são ministrados nos seus aspectos curriculares, como de mesmo nível.

§ 7º O estabelecimento de equivalência entre o CAEPE, o CAEPEM e o CSIE com os demais cursos de Altos Estudos de

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151 Política e Estratégia das Forças Singulares é da competência de cada Força Armada. (BRASIL, 1996b).

Segue-se um quadro comparativo dos cursos da ESG, com base em seus onze regulamentos e na Diretriz emitida em 2018 (BRASIL, 2018b), que regulou os cursos a serem realizados em 2019. Ressalta-se que outros cursos ocorreram desde sua criação, no entanto, não foram citados em seus regulamentos:

Quadro 1 - Comparativo de Cursos por Regulamento

REGULAMENTO CURSOS

Início

Decreto Nº 25.705, 22 out. 1948. Ch EMFA: Gen Ex Salvador César Obino

Pres: Eurico Gaspar Dutra

- Curso de Alto Comando

1942-1947 (Exército) / 1948 (Marinha, Exército e Aeronáutica)

Decreto Nº 27.264, 28 set. 1949 Ch EMFA: Gen Ex Salvador César Obino

Pres: Eurico Gaspar Dutra

- Curso Superior de Guerra

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (1953)

Decreto Nº 35.187, 11 mar. 1954 Ch EMFA: Gen Ex Álvaro Fiúza de Castro

Pres: Getulio Vargas

- Curso Superior de Guerra

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de Mobilização Nacional (1957) - Curso de Informações (1958 e uma Tu em 1959)

Decreto Nº 50.352, 17 mar. 1961 Ch EMFA: Gen Ex Oswaldo Cordeiro de Farias

Pres: Jânio Quadros

- Curso Superior de Guerra*

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de Mobilização Nacional* - Curso de Informações*

* CSG: amplia o acesso de civis:

organizações governamentais, paraestatais ou particulares (1962)

* CMN: como disciplina do CSG (1960 - 1981) * CI: como disciplina do CSG (1960 - 1964)

Decreto Nº 53.080, 4 dez. 1963 Ch EMFA: Gen Ex Oswaldo de Araújo Motta

Pres: João Goulart

- Curso Superior de Guerra*

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de Informações (1965 - 1972) * como objetivo: Doutrina de Segurança Nacional

(14)

Decreto Nº 72.699, 27 ago. 1973 Ch EMFA: Gen Ex Arthur Duarte Candal Fonseca

Pres: Emílio G. Médici

- Curso Superior de Guerra*

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de atualização da Escola Superior de Guerra

* como objetivo Política Nacional de Segurança e de Desenvolvimento Estagiário promovido à Of Gen durante o curso, permanece

Decreto Nº 90.079, 16 ago. 1984 Ch EMFA: Ten Brig Valdir Vasconcelos

PRES: João Figueiredo

- Curso Superior de Guerra*

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra

* Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (1985)

Decreto Nº 95.732, 12 fev. 1988 Ch EMFA: Ten Brig Paulo Roberto Coutinho Camarinha

Pres: José Sarney

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia

- Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas

- Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra

REGULAMENTO CURSOS

Decreto Nº 1.327, 5 dez. 1994 Ch EMFA: Almte Esq Arnaldo Leite Pereira

Pres: Itamar Franco

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares*

- Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra (70 anos)

* Substituiu o CEMCFA

Decreto Nº 2.090, 9 dez. 1996 Ch EMFA: Gen Ex Benedito Onofre Bezerra Leonel

Pres: Fernando Henrique Cardoso

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares

- Curso Superior de Inteligência Estratégica - Curso Especial de Altos Estudos de Política e Estratégia*

- Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra

* CEAEPE: convite para estrangeiros (militares ou civis)

(15)

153 10º

Decreto Nº 4.291, 27 jun. 2002

Min Def: Geraldo Magela da Cruz Quintão

Pres: Fernando Henrique Cardoso

Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia

- Curso de Estado-Maior de Defesa - Curso Superior de Inteligência Estratégica - Curso Especial de Altos Estudos de Política e Estratégia

- Curso de Logística e Mobilização Nacional - Curso de Gestão de Recursos de Defesa - Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra

11º

Decreto Nº 5.874, 15 ago. 2006

Min Def: Geraldo Magela da Cruz Quintão

Pres: Luiz Inácio Lula da Silva

Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia - CAEPE (militares e civis, nacionais e de nações amigas) - Curso de Estado-Maior de Defesa - Curso Superior de Inteligência Estratégica - Curso de Logística e Mobilização Nacional - Curso de Gestão de Recursos de Defesa - Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra

2019 Portaria Normativa Nº 72/GM-MD, 20 nov. 2018

ESG - RJ:

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (Lato sensu)

- Curso Superior de Defesa

- Curso Superior de Inteligência Estratégica (Lato sensu)

- Curso de Logística e Mobilização Nacional (Lato sensu)

- Curso de Estado-Maior Conjunto (Lato sensu) - Curso de Segurança Internacional e Defesa (Lato sensu)

- Mestrado em Segurança Internacional e Defesa (Stricto sensu)

- Programa de Extensão Cultural da ESG (Extensão) ESG - BSB:

- Curso de Altos Estudos de Defesa (Lato

sensu)

- Curso de Direito Internacional dos Conflitos Armados

- Estágio de Direito Internacional dos Conflitos Armados

- Curso de Diplomacia de Defesa - Curso de Análise de Crise Internacional Fonte: O AUTOR, 2019.

(16)

A trajetória dos cursos na ESG demonstra o quanto ela foi se moldando com as alterações de seu ambiente externo, principalmente, com as mudanças políticas ocorridas no país, com as mudanças estruturais e de subordinação do EMFA e, depois para o Ministério da Defesa, demonstrando que, independente da ambiência política e das mudanças organizacionais, os cursos estruturantes sempre se mantiveram presentes, quais sejam: o Curso Superior de Guerra, depois CAEPE, e o Curso de Estado-Maior e Comado das Forças Armadas, depois Curso de Estado-Maior Conjunto. Em relação à pós-graduação, observa-se que ela não constou de forma explícita em nenhum de seus regulamentos. Em termos estruturais, verificou-se que, em 2006, decorrente do Regulamento daquele ano, o novo Regimento Interno criou uma Divisão de Pós-Graduação2.

Um importante canal disseminador do conhecimento produzido na ESG e, consequentemente, de seus cursos de especialização tem sido a ADESG, que desde sua criação em 1951, vem realizando ciclos de estudos para disseminar os conhecimentos construídos na Escola em suas conferências, debates, estudos e pesquisas conduzidos pelo seu Corpo Permanente e pelo Corpo de Estagiários. A partir do regulamento de 1954, todos registraram a necessidade da Escola apoiar as atividades da ADESG, inclusive em suas publicações, inicialmente nos Boletins da ADESG, depois na revista Segurança e Desenvolvimento e mais, recentemente, nos seus Informativos.

No que se refere à pós-graduação stricto sensu na ESG, um dos principais marcos ocorre no ano de 1973, quando, com base na grade curricular do Curso Superior de Guerra, uma proposta de mestrado em “Estudos dos Problemas Brasileiros” foi aprovada pelo Conselho Federal de Educação o Parecer 1.331/74, que tinha por objetivos:

a) promover a formação, em nível de pós-graduação, dos estagiários e formados do Curso Superior e do Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (CEMCFA);

b) realizar a pesquisa e o desenvolvimento de estudos sistemáticos de alto nível nas áreas de concentração previstas neste regimento [política, econômica, psicossocial e militar]; e c) preparar especialistas, pesquisadores e professores, em nível universitário, para desempenhar funções de liderança e de responsabilidade no ensino e na administração do sistema escolar brasileiro, no que concerne ao “Estudo de Problemas Brasileiros”. (BRASIL, 1974, p. 203).

Segundo Lerner (2004, p. 120), o curso de mestrado em EPB apresentou um “corpo permanente composto por oito professores [..]” todos com “igual proficiência 2 Revista da Escola Superior de Guerra. Editorial. v. 21, n. 46, 2º sem. 2006.

(17)

155 nas áreas política, econômica, psicossocial e militar” (BRASIL, 1974). O trabalho de Lerner buscou apresentar um paralelo entre a base curricular do curso de mestrado em EPB da ESG com o de especialização em EPB, implementado em 1975 e o de mestrado em EPB implementado em 1977, ambos pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

No ano de 1999, após mudar de subordinação para o então recém-criado Ministério da Defesa, assume o comando da Escola o General de Divisão Théo Espíndola Basto, que após diversos ciclos de debates, entre eles “A ESG e o seu futuro” lança o “Programa ESG 2000”, constituído por cinco projetos que iriam orientar as atividades da ESG, quais sejam:

- Modernização do Ensino;

- Modernização e Racionalização Administrativa; - Fundação;

- Patrimônio Cultural; e

- Imagem da ESG. (BASTO, 2000, p. 26)

No Projeto Modernização do Ensino, entre outras propostas, sugere a atualização do Regulamento da ESG de 1996 com foco no termo Defesa, substituindo no binômio Segurança e Desenvolvimento o termo Segurança por Defesa e acrescentar Justiça Social, passando a ser um trinômio “Defesa, Desenvolvimento e Justiça Social”. No CAEPE, sugere substituir a Política de Segurança Nacional por Política de Defesa Nacional e, finalmente, depois de uma modernização da estrutura acadêmica e com as alterações pedagógicas necessárias, a possibilidade dos diplomados pelo CAEPE receberem a titulação de “Mestres em Ciências Políticas e Estratégicas”, reconhecida pelo Ministério da Educação. (BASTO, 2000, p. 27 e 28). As propostas apresentadas não foram materializadas no Regulamento da ESG de 2002, que se limitou a descrever que a competência da Escola se restringia a “planejar, coordenar e desenvolver os cursos previstos” (BRASIL, 2002), nem no de 2006, que preservou o foco no “planejamento da segurança nacional” (BRASIL, 2006) e não no da “Defesa Nacional”. Assim, em nenhum dos dois Regulamentos foram apresentados os objetivos dos cursos da ESG, como ocorria até 1996.

A ideia de equivalência do CAEPE com um curso de pós-graduação nível mestrado não foi adiante, tendo em vistas as peculiaridades da legislação da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES), órgão normativo e avaliador de propostas de pós-graduação nível stricto sensu, mas, principalmente, acredita este autor, pela possibilidade de descaracterização do CAEPE, para se adequar a essa legislação.

Nos anos seguintes, novos estudos foram realizados, concluindo pela “viabilidade e oportunidade da implantação de um programa de pós-graduação

stricto sensu”. Em 2014, foi elaborada a “Memória sobre a estruturação da pesquisa

(18)

No ano seguinte, o Centro de Estudos Estratégicos (CEE) apresenta o estudo “A implantação do Programa de Pós-Graduação na ESG: modelo de estruturação e seus impactos sobre o CEE” que teve por objetivo “propor um modelo de estrutura organizacional para implantar e conduzir o PPG na ESG, analisando seus impactos sobre o CEE”. O estudo fez uma análise de três Linhas de Ação possíveis de atenderem a implantação de um PPG na ESG, concluindo que a melhor seria o CEE incorporar a condução da pós-graduação no âmbito da Escola, o que efetivamente ocorreu.

Muito provavelmente, decorrente dos estudos realizados e da Portaria Normativa Interministerial (BRASIL, 2015), algumas dessas ideias foram inseridas no Regimento Interno de 2016 (BRASIL, 2016), atualmente em vigor. A antiga Divisão de Pós-Graduação, criada através do Regimento de 2006, passou a denominar-se Coordenadoria Geral de Pós-Graduação, ficando diretamente subordinada ao Chefe do DE (Subcomandante). No entanto, a alteração mais importante ocorrida nesse regimento, foi a institucionalização da pós-graduação na Escola conforme explicitado no parágrafo 1º do Artigo 1º:

§ 1º A ESG funcionará como centro permanente de estudos e pesquisas e ministrará cursos voltados à formação, à especialização, à extensão, ao aperfeiçoamento e executará programas de pós-graduação, em assuntos de interesse da defesa que forem instituídos. (BRASIL, 2016, grifo nosso). Essa institucionalização seguiu por dois caminhos, cada um sendo conduzido por estruturas distintas na Escola, todas subordinadas ao Departamento de Estudos, sendo que o lato sensu ficaria a cargo dos Assistentes Militares, com apoio das Divisões e conduzido pelos coordenadores de cada curso da ESG e o stricto sensu pela CGPG:

Artigo 54. À Coordenadoria Geral de Pós-Graduação compete: I - conduzir as atividades relacionadas ao Programa de Pós-graduação stricto sensu, conforme regulamentação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). (BRASIL, 2016, grifo nosso).

Em relação à pós-graduação nível especialização, a Portaria Interministerial (BRASIL, 2015) possibilitou à Escola estabelecer como equivalentes aos cursos de pós-graduação lato sensu os seguintes cursos regulares, a partir de 2016:

- Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia - CAEPE; - Curso de Estado-Maior Conjunto - CEMC;

- Curso Superior de Inteligência Estratégica - CSIE; e - Curso de Logística e Mobilização Nacional - CLMN.

(19)

157 No ano seguinte, em 2017, a Escola encaminha para a CAPES sua proposta de curso novo, no nível de mestrado, modalidade acadêmico e com o nome de “Segurança Internacional e Defesa”, na área de Ciência Política e Relações Internacionais. O curso foi estruturado com uma área de concentração “Segurança Internacional e Defesa” e com duas linhas de pesquisa “Geopolítica e Segurança Internacional” e “Políticas, Estratégias e Planejamento de Defesa”.

No final de 2018, a CAPES autorizou o funcionamento, a partir de 2019, do Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID), nível Mestrado Acadêmico (BRASIL, 2018c), consolidando um esforço conjunto da Escola por mais de dez anos. Em dezembro do mesmo ano foi lançado o edital do curso, tendo suas atividades começadas em 18 de março de 2019, com nove alunos. Posteriormente, novo edital foi aberto e mais nove alunos foram matriculados, totalizando dezoito alunos no curso de mestrado em 2019.

Com o início do funcionamento do Curso de Altos Estudos de Defesa no campus de Brasília, a partir de 2018, este, também, foi considerado como curso de lato sensu. Além dos cinco cursos regulares que se tornaram equivalentes à especialização, a Escola possui duas turmas de lato sensu em andamento do Curso de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (CPGSID).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Escola Superior de Guerra, ao longo de seus setenta anos, foi consolidando-se como referência nos estudos de Segurança, Defesa e Deconsolidando-senvolvimento Nacionais. Essa referência foi construída por uma metodologia própria que priorizou a construção e análise de conceitos, através de conferências, pesquisas, estudos e do debate construtivo entre um Corpo Permanente e um Corpo de Estagiários. A disseminação desse conhecimento tem sido baseada em um sistema de redes entre os integrantes da Escola e seus diplomados, o qual transpôs esses conceitos e sua metodologia para fora dos muros da Fortaleza de São João.

A relação com a pós-graduação chegou tardiamente aos cursos da Escola, como se viuao longo do presente trabalho, ocorrendo uma primeira tentativa somente na década de setenta, ocasião em que o mestrado em “Estudos dos Problemas Brasileiros” foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação, sem, no entanto, conseguir ser implementado. Interessante foi que essa tentativa de implementação do Comandante da ESG em 1973, General Bina Machado, posteriormente, foi encaminhada pelo próprio General à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde, por quase dez anos, esteve em funcionamento, conforme nos mostrou Lerner (2004).

Outras parcerias que foram realizadas entre a ESG e Instituições de Ensino Superior não foram computadas no presente trabalho, por não terem sido institucionalizadas nos regulamentos, foco principal desta pesquisa. A pós-graduação retorna fortemente aos cursos da Escola, após a Portaria Normativa

(20)

Interministerial (BRASIL, 2015), quando quatro cursos passam a ser considerados como especialização.

Após 2017, com o encaminhamento da proposta de novo curso de mestrado acadêmico à CAPES e a sua aprovação no ano seguinte, a ESG passou a ter cursos no ambiente lato sensu e no stricto sensu. Em 2018, com a inclusão do CAED, mais um curso passou a ser considerado de especialização. Com isso, a partir de 2019, esta passou a ser a configuração da pós-graduação na Escola:

Quadro 2 - Cursos de pós-graduação na Escola

CURSO SITUAÇÃO

Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Especialização

Curso de Estado-Maior Conjunto Especialização

Curso Superior de Inteligência Estratégica Especialização Curso de Logística e Mobilização Nacional Especialização Curso de Especialização em Segurança Internacional e Defesa Especialização Curso de Altos Estudos de Defesa (BSB) Especialização Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa Mestrado Fonte: O AUTOR, 2019.

Finalmente, verifica-se que a trajetória da ESG na pós-graduação seguiu por dois caminhos distintos, o primeiro o da especialização (lato sensu) focado nos seus cursos regulares e que já possuem um histórico de atividades e de diplomados bem extenso, formando quase oito mil alunos ao longo de seus setenta anos, além do mais recente, o CPGSID. O segundo caminho foi o do stricto sensu, mais difícil e que traz em seu bojo a quebra de paradigmas no meio militar, permitindo que uma instituição externa a esse ambiente passe a avaliar sistematicamente um de seus cursos, o PPGSID.

Independente dos caminhos pelos quais a pós-graduação foi sendo construída na ESG, entende-se que uma nova fase está se iniciando, na qual o conhecimento gerado pela interação de “docentes” e “discentes”, ou melhor, de um Corpo Permanente e um Corpo de Estagiários poderá contribuir para o reposicionamento da Escola no ambiente acadêmico.

REFERÊNCIAS

ARRUDA, Antônio de. A Escola Superior de Guerra: história de sua doutrina 2. ed.

ampl. São Paulo: GRD: Instituto Nacional do Livro, 1983.

BASTOS, Théo Espíndola. Programa Escola Superior de Guerra 2000. Revista da

(21)

159 BRASIL. Decreto nº 1.327, de 5 de dezembro de 1994. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 5 dez. 1994.

BRASIL. Decreto nº 2.090, de 9 de dezembro de 1996. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 9 dez. 1996b.

BRASIL. Decreto nº 4.291, de 27 de junho de 2002. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra - ESG, e dá outras providências. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 27 jun. 2002.

BRASIL. Decreto nº 5.874, de 15 de agosto de 2006. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra - ESG e dá outras providências. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 15 ago. 2006.

BRASIL. Decreto nº 9.419, de 25 de junho de 2018. Altera o Anexo ao Decreto no 5.874, de 15 de agosto de 2006, que aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra - ESG. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 25 jun. 2018a.

BRASIL. Decreto nº 25.705, de 22 de outubro de 1948. Estabelece normas para a organização da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República Federativa

do Brasil, Poder Legislativo: Brasília, DF, 22 out. 1948.

BRASIL. Decreto nº 27.264, de 28 de setembro de 1949. Aprova e manda executar o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 set. 1949b.

BRASIL. Decreto nº 28.962, de 11 de dezembro de 1950. Dá nova redação ao art. 16 do Regulamento aprovado pelo Decreto número 27.264, de 28 de setembro de 1949. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 dez. 1950.

BRASIL. Decreto nº 35.187, de 11 de março de 1954. Aprova e manda executar o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 mar. 1954.

BRASIL. Decreto nº 40.835, de 24 de janeiro de 1957. Cria, na Escola Superior de Guerra o Curso de Mobilização Nacional e dá outras providências. Diário Oficial

(22)

BRASIL. Decreto nº 43.810, de 29 de maio de 1958. Cria, na Escola Superior de Guerra, o Curso de Informações (CI) e dá outras providências. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 29 maio 1958.

BRASIL. Decreto nº 47.708, de 26 de janeiro de 1960. Dá nova redação aos artigos 8o e 10 do atual Regulamento da Escola Superior de Guerra, aprovado e mandado executar pelo Decreto 35.187, de 11 de março de 1954. Diário Oficial (da)

República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 26 jan. 1960.

BRASIL. Decreto nº 50.352, de 17 de março de 1961. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 mar. 1961.

BRASIL. Decreto nº 53.080, de 4 de dezembro de 1963. Aprova o Regulamento para a Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 4 dez. 1963.

BRASIL. Decreto nº 72.699, de 27 de agosto de 1973. Aprova o novo Regulamento para a Escola Superior de Guerra e dá outras providências. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 27 ago. 1973.

BRASIL. Decreto nº 85.750, de 24 de fevereiro de 1981. Assegura autonomia administrativa à Escola Superior de Guerra e dá outras providências. Diário Oficial

[da] República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 24 fev. 1981.

BRASIL. Decreto nº 90.079, de 16 de agosto de 1984. Dispõe sobre o Regulamento para a Escola Superior de Guerra e dá outras providências. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 16 ago. 1984.

BRASIL. Decreto nº 95.732, de 12 de fevereiro de 1988. Aprova o Regulamento da Escola Superior de Guerra. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 12 fev. 1988.

BRASIL. Escola Superior de Guerra. Portaria Normativa nº 18/GAB/ESG, de 1º de fevereiro de 2016. Aprova o Regimento Interno da Escola Superior de Guerra (ESG). Brasília, DF, 2016.

BRASIL. Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 20 dez., 1996c.

(23)

161 BRASIL. Lei nº 785, de 20 de agosto de 1949. Cria a Escola Superior de Guerra e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Poder Executivo, Brasília, DF, 20 ago. 1949a.

BRASIL. Ministério da Defesa. Portaria Normativa nº 72/GM-MD, de 20 de novembro de 2018. Aprova a Diretriz para o Planejamento e a Execução das

Atividades de Estudo, Pesquisa e Ensino e para o Processo Seletivo aos Cursos da Escola Superior de Guerra [ESG], referente ao ano de 2019. Brasília-DF, 2018b.

BRASIL. Ministério da Defesa; Ministério da Educação. Portaria Normativa Interministerial nº 1/MD/MEC. Dispõe sobre a equivalência de cursos nas

instituições militares de ensino e na Escola Superior de Guerra em nível de pós-graduação lato sensu. Brasília-DF, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. 180ª Reunião do CTC-ES. Brasília, DF, 2018c. Disponível em: http:// www.capes.gov.br/pt/avaliacao/entrada-no-snpg-propostas/resultados . Acesso em: 9 jul. 2019.

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MANSAN, Jaime Valim. A Escola Superior de Guerra e a formação de intelectuais no campo da educação superior no Brasil (1964-1988). Revista Brasileira de

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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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