Grandezas para avaliação de ruído

(1)

Grandezas para

(2)

Grandezas para avaliar

ruídos estacionários:

 Reação ao ruído  audibilidade,

tonalidade, características espectrais, hora de ocorrência, duração, etc.

 Grandezas para avaliar ruídos

estacionários:

 Medidas de incômodo e de audibilidade não

estão normalmente disponíveis em

(3)

Grandezas para avaliar

ruídos não-estacionários

 Ruído ambiente  superposição de ruídos,

de naturezas diferentes e origens distintas, próximas ou remotas.

 Nível de ruído residual  nível sonoro

mínimo

 Nível de ruído residual  nível de ruído de

fundo

 Nível de ruído de fundo  conjunto de sons

(4)

(5)

 Não é possível caracterizar ruídos

não-estacionários por meio de valores em função do tempo.

 Descrição necessita ser mais simples

(6)

Níveis estatísticos (L10, L50,

L90) ou nível excedente LN:

 Definido como o nível de ruído que é

excedido N% do tempo durante o dia ou

durante o intervalo de tempo determinado.

 Um valor de 60 dB L10 significa que o nível

sonoro excede 60 dB para 10% do dia ou do tempo de amostra. Esta medida é

(7)

 L90 é uma boa medida do ruído de

fundo

 L50 é o ruído mediano, que não é

necessariamente o valor médio;

 L10 é uma boa medida para ruídos

intrusos ou intermitentes, como

(8)

 Tabela 7.2 - Exemplo:

 Número de vezes e porcentagem do tempo em que os

níveis sonoros registrados estiveram nas faixas com largura de 5 dB(A) indicadas:

Intervalo do nível de ruído dB(A)

Número de ocorrências Porcentagem do tempo (%)

56 – 60 2 10

61 – 65 8 40

66 – 70 4 20

71 – 75 2 10

(9)

Histograma do ruído classificado na tabela 7.2, em intervalos de níveis sonoros de 5 dB(A).

Histograma do ruído

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

56 – 60 61 – 65 66 – 70 71 – 75 76 – 80 81 – 85

Nível sonoro - dB(A)

(10)

Exemplo:

 Cálculo da área formada pelo

histograma:

 Área = 5(10+40+20+10+15+5) = 500

unidades

 Unidades  referem-se ao produto

(11)

Exemplo:

 Cálculo do L90  60 dB(A)  10% da área

partindo-se do valor inicial do nível sonoro (50 unidades).

 Cálculo do L50  65 dB(A)  50% da área (250

unidades).

 L10  90% da área do histograma  450 unidades =

(5 x 10) + (5 x 40) + (5 x 20) + (5 x 10) + (y x 15)

o y x 15 = 50 unidades  y = 3,3 dB(A) o Por tanto, L10 = 75 +3,3 = 78,3 dB(A)

 Há medidores que registram e fornecem estes dados

(12)

 Avaliação de ruído de transporte

 Administração Federal de Rodovias

dos EUA  L10 como grandeza para

avaliar o ruído em áreas residenciais.

 L10 = 60 dB(A)  nível critério para

tranqüilidade

 L10 = 70 dB(A)  residências

(13)

Nível equivalente:

 Forma de se calcular o nível de

ruído médio ponderado no tempo.

 Onde Lp(t) é o nível sonoro no instante t;

 T = intervalo do tempo de registro.

(14)

Nível equivalente:

 Onde n corresponde ao número de leituras

do nível sonoro Lpi;

 fi = fração do tempo em que o nível sonoro

assumiu o valor Lpi, dado por fi=ni/N.

             



  10 1 10 1 10 log 10 10 1 log

10 p i n Lp i

i i L n i i

eq n f

(15)

Nível equivalente:

 O Leq é diferente da média

logarítmica e aritmética.

 Grandeza empregada por diversas

normas e legislações

 Questionável para avaliação de ruído

impulsivo

 Aceito para avaliação de ruídos

(16)

Nível equivalente:

 Leq pode ser calculado a partir do

histograma, quando este apresenta forma gaussiana (aproximação):

60 )

(

₁₀ ₉₀ 2

50

L

(17)

Nível equivalente:

 Em termos de níveis estatísticos L10

e L50:

15 )

(

₁₀ ₅₀ 2

50

L

(18)

Nível equivalente:

 Figura exemplo 7.2: Registro de 180

níveis sonoros extraídos em

(19)

1 1 2 3 2 1 2 3 3 4 7 4 5 8 9 13 11 18 15 13 10 8 6 8 7 5 4 3 2 1 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81

Nível sonoro - dB(A)

Nú

mero d

(20)

Nível equivalente:

 Tabela 7.3 – Número de medições no intervalo Lpi e

fração do tempo fi correspondente

Lpi – dB(A) Número de medições Fi

53 9 0,05

58 13 0,07

63 33 0,18

68 70 0,39

73 39 0,22

78 15 0,08

(21)

Nível equivalente:

 Leq = 71,6 dB(A)



















10

1

10 log

10

n Lp i

i

eq

f

(22)

Nível dia e noite (Ldn):

 Grandeza desenvolvida pela EPA –

EUA

 Avaliação de ruído em comunidades,

proveniente de todas as fontes

 Medida similar o nível equivalente

 Calculado durante 24 h

 Níveis sonoros no período noturno

(23)

 Pode ser calculado a partir dos níveis

(24)

Nível dia e noite

–

CEE

(Lden):

    dB L i L i L i L den N E D          _ _ 



     8 1 10 10 4 1 10 5 12 1

10 ₁₀ ₁₀

10 24

(25)

Nível dia e noite

–

CEE

(Lden):

 Onde:

 L_D = L_Aeq do período das 07 /- 19

 L_E = L_Aeq do período das 19 /- 23

(26)

 Pesquisa de Miedema e Oudshoorn (

Environmental Health

Perspectives,Vol. 109, N. 4, 2001) 

modelagem entre Lden e incômodo ao ruído.

 %HA: altamente incomodados

 %A: Incomodados

(27)

(28)

(29)

Nível de exposição sonora

(SEL)

 Avaliação específica de um único

evento

 Perturbação  duração e nível de

(30)

SEL

 Sound Exposure Level

 Onde Lmax = nível de pico na ponderação

A;

 t1/2 = (t2 – t1)/2

 t1 e t2 tomados a -10 dB antes e depois do

pico sonoro, respectivamente.

2 1 max

10 log

t

L

(31)

Avaliação de ruído em

comunidades

 Incômodo  interferência na

concentração, conversação, no lazer, no sono, etc.

 Caracterização dos efeitos em um

(32)

(33)

Avaliação de ruído em

comunidades

 A figura anterior apresenta 55 estudos

de casos de ruído em comunidades.

 %HA = porcentagem de pessoas

severamente incomodadas

dn dn

dn

L

HA

0 ,

00047

.

0 ,

0401

0 ,

8553

.

(34)

Avaliação de ruído em

comunidades

 Outras fontes de incômodo 

fábricas, subestações de energia elétrica, torres de resfriamento de

grandes sistemas de ar condicionado, atividades comerciais, atividades de lazer, cultos religiosos, escolas,

atividades esportivas, etc.

 Reação da comunidade  em função

(35)

Avaliação de ruído em

comunidades

 Figura 7.4 –

Porcentagem de pessoas

severamente

incomodadas pelo ruído de tráfego veicular e aéreo (%HA) versus Ldn em diversas

localidades dos EUA e da Europa.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

50 55 60 65 70 75 80 85 90

%

(36)

Quadro 7.1 - Correções do nível de ruído medido

Correção [dB(A)] Características do ruído

Tom puro + 5 Impulsivo ou intermitente + 5 Horário comercial - 5 Duração do ruído

Contínuo 0

 30 min - 5

 10 min - 10

 5 min - 15

 1 min - 20

 15 s - 25 Local

(37)

Quadro 7.2 - Reação comunitária ao nível de ruído corrigido

Nível corrigido – dB(A) Reação esperada

 45 Sem reações

45 – 55 Reclamações esporádicas

50 – 60 Reclamações generalizadas

55 – 65 Ação da comunidade

(38)

Avaliação de ruído em

comunidades

 Exemplo:

 Em um local residencial exclusivo, mediu-se

o nível de ruído de 50 dB(A), devido a um transformador de subestação de energia elétrica. Verificou-se adicionalmente, no espectro sonoro medido, que o ruído

(39)

Avaliação de ruído em

comunidades

 Exemplo 7.4 – Solução

 Nível sonoro ponderado A: 50 dB(A)

 Correções do nível de ruído medido, segundo valores

do quadro 7.1

 Tom puro em 120 Hz  + 5 dB(A);

 Duração do ruído contínuo, 0 dB(A);

 Local  residencial exclusivo, + 5 dB(A)

 Nível de ruído corrigido: 50 + 5 +0 + 5 = 60 dB(A).

 Reação comunitária esperada (quadro 7.2) 

(40)

Níveis

–

critério, legislações

e normas para avaliação de

ruído em comunidades.

 EPA  Ldn  grandeza escolhida para

avaliação de ruído em comunidades.

 Leq = 45 dB(A)  limite interno para

residências.

 Nível critério externo  60 dB(A)

 Margem de segurança  5 dB  Leq = 55

dB(A) _– áreas residenciais.

 Ex.: Leq = 48,6 dB(A) (dia e noite)  Ldn =

55 dB(A)

 Ou Ld = 53 dB(A)  Ln = 47,2 dB(A)  Ldn

(41)

 1993  OMS  Recomendações de

proteção

 Perturbações decorrentes da

exposição, incluindo sono, e

interferência na comunicação oral.

 Valores baseados em dados de

(42)

Quadro 7.3 – Níveis-critério A-ponderados anuais médios* identificados pela EPA como requisito para proteção da saúde e para o bem estar da

população, com uma “adequada” margem de segurança.

Interno Externo Tipo de ocupação Grandeza

Interfe-rência na atividade

PAIR (**)

Proteção a ambos os efeitos (b)

Interfe-rência na atividade

PAIR Proteção a ambos os efeitos (b) Residencial com

áreas externas de lazer e casas de campo

Ldn Leq(24h)

45

70

45 55

70

55

Residencial sem áreas externas de lazer Ldn Leq(24h) 45 70 45

Comercial Leq(24h) (a) 70 70 ( c) (a) 70 70 ( c) Transporte interno Leq(24h) (a) 70 (a)

Industrial Leq(24h) (a) 70 70 ( c) (a) 70 70 (c ) Hospitais Ldn

Leq(24h)

45

70

45 55

70

55

Educacional Ldn Leq(24h)

(d)

45

70

45 55

70

55

(43)

(44)

(45)

 Brasil  Resolução CONAMA n.º 001 de 09/03/1990

 Limite de emissão de ruído  atividades industriais,

comerciais, sociais ou recreativas

 Ruído de tráfego  CONTRAN

 NBR 10.151(2000)  aceitabilidade do ruído,

independente de queixas.

 LAeq

 Correções  +5 dB  ruído de impacto ou com tons

puros

(46)

Quadro 7.5: Nível-critério de avaliação para ambientes externos, em dB(A)

Tipos de áreas Diurno Noturno

Sítios e fazendas 40 35

Estritamente residencial urbana ou de

hospitais ou escolas

50 45

Mista, predominantemente residencial. 55 50

Mista, com vocação comercial e

administrativa.

60 55

Mista, com vocação recreacional 65 55

(47)

Avaliação de ruído em

comunidades

 NBR 11.415  definição de termos e grandezas 

ruído aeronáutico

 NBR 12.859  Impacto sonoro de operações

aeroportuárias.

 Índice Ponderado de Ruído – IPR

 Nível efetivo de ruído percebido (“effective perceived

noise level” EPNL)

 NBR 8.572  valores par redução de níveis de ruído

 fachadas ou coberturas  área II- Planos de

Zoneamento de ruído em aeroportos  Redução do

nível de ruído (RR) requerida.

 RR [dB(A)]  Lext – Lint

 Área II  IPR entre 53 e 60  grande volume de

(48)

Avaliação de ruído em

comunidades

 NBR 8.572  valores para RR em

residências situadas na área II

 Congonhas, Guarulhos e Galeão 

RR de 35 a 40 dB(A)

 Santos Dumont  20 a 25 dB(A)

 Boletim Técnico IAC 4.102-058 –

DAC  Avaliação de ruído e

(49)

7.4 Avaliação do ruído em

ambientes internos:

 EPA  nível critério de 45 dB(A) 

interferência na comunicação oral.

 1957  Curvas-critério de ruído

(50)

(51)

(52)

Avaliação do ruído em

ambientes internos:

 Método da tangente  determinação

do valor de NC de um espectro sonoro.

 Ruído assoviante  ruído excessivo

em médias/altas frequências.

 Ruído retumbante  excessivo nas

(53)

Avaliação do ruído em

ambientes internos:

 Curvas de avaliação de sala: Room

criteria curves – RC  melhor avaliação de ruídos com baixa

freqüência  inclinação constante de

-5 dB/oitava, com extensão até 16 Hz.

 Destinadas a avaliar ruído de ar

condicionado – conferem maior

(54)

(55)

Quadro 7.6: Valores de RC segundo tipo de espaço e nível sonoro equivalente

Tipo de espaço recomendado Nível RC Curva RC

Nível sonoro equivalente

dB(A) Apartamentos 25-35 (N)1) _35-45

Salas de reunião 25-30 (N) 35-40 Igrejas 30-35 (N) 40-45 Fábricas 40-65 (N) 50-75 Escritórios

- Salas de conferência 25-30 (N) 35-40 - Sala de computador 40-45 (N) 50-55 Hospitais e Clínicas

- Centros cirúrgicos 25-30 (N) 35-40 - Corredores 30-35 (N) 40-45 - Áreas públicas 35-40 (N) 45-50

Escolas

- Salas de aula e de leitura 25-30 (N) 35-40

(56)

Figura 7.7: Curvas-critério de ruído balanceadas _– balanced noise criteria curves _– NCB  neutro, assoviante ou

(57)

Quadro 7.7: Curvas de avaliação de ruído (NC) recomendadas e níveis sonoros A ponderados

correspondentes (exemplos) -

NBR 10152

Locais dB(A) NC

Hospitais

Apartamentos, enfermarias, berçários, centros cirúrgicos

Laboratórios, áreas para uso do público Serviços

35 – 45 40 – 50 45 – 55

30 – 40 35 – 45 40 – 50 Escolas

Bibliotecas, salas de música, salas de desenho Salas de aula, laboratórios

Circulação

35 – 45 40 – 50 45 – 55

30 – 40 35 – 45 40 – 50 Residências

Dormitórios Salas de estar

35 – 45 40 – 50

30 – 40 35 – 45 Escritórios

Salas de reunião

Salas de gerência, de projeto e de administração

Salas de computadores

30 – 40 35 – 45 45 – 65

(58)

(59)

INTERFERÊNCIA NA FALA

 Interferência do ruído na fala 

processo de mascaramento 

deslocamento do limiar de audibilidade.

 Consoantes  maior conteúdo de

informações da fala – mais facilmente

mascaradas (sons mais fracos).

 Energia dos sons da fala  100 e

(60)

 Informações do som da fala  200 a

5000 Hz.

 Divisão em 20 bandas  variação em

uma faixa dinâmica de 30 dB 

proporcionais às bandas críticas.

 Índice de articulação – Articulation

Index  correlação com a

(61)

 AI  número entre 0 e 1  correlação com

inteligibilidade da fala na presença de ruído.

 Abaixo de 0,1  conversação não inteligível  Acima de 0,6  alta inteligibilidade

 Nível de interferência da fala (speech

(62)

(63)

 Nível de interferência na fala

preferencial (preferred speech

interference level _– PSIL)  média

dos níveis sonoros: 500, 1000 e 2000 Hz.

(64)

Quadro 7.8: Condições para uso do telefone em função do ruído interferente dado em termos do PSIL

Nível de interferência da fala Uso do telefone

PSIL < 60 dB Satisfatório

60 dB < PSIL < 75 dB Difícil

(65)

Figura 7.11: Qualidade da comunicação da fala em função do nível sonoro e distância.