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MEMÓRIA, EXERCÍCIO FÍSICO E ENVELHECIMENTO: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE A MEMÓRIA VISUOMOTORA E IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

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Academic year: 2020

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Edição 26, volume 1, artigo nº 09, Julho/Setembro 2013

D.O.I: 10.6020/1679-9844/2609

Página 170 de 220

MEMÓRIA, EXERCÍCIO FÍSICO E

ENVELHECIMENTO: UM ESTUDO SOBRE A

RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE A MEMÓRIA

VISUO-MOTORA E IDOSOS PRATICANTES E NÃO

PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

MEMORY, EXERCISE AND AGING: A STUDY ON THE

RELATIONSHIP EXISTING BETWEEN THE MEMORY

OF ELDERLY VISUO- MOTOR AND PRACTICING

AND NOT- PRACTICING PHYSICAL ACTIVITY

Basílio Fechine1, Olga Vasconcelos2, Manuel Botelho3, Nicolino Trompieri4 , Joana Carvalho5

1

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Departamento de Aprendizagem Motora, Fortaleza, Ceará, Brasil, rommel@ifce.edu.br

2

Universidade do Porto, Departamento de Aprendizagem e Controle Motor, Porto, Portugal, olgav@fade.up.pt

3

Universidade do Porto, Departamento de Aprendizagem e Controle Motor, Porto, Portugal, mbotelho@fade.up.pt

4

Universidade Federal do Ceará, Departamento de Fundamentos da Educação - Avaliação do Ensino e Aprendizagem, Fortaleza, Ceará, Brasil, nicolinotf@ufc.br

5

Universidade do Porto, Departamento de Recreação e Tempos Livres, Porto, Portugal,

mbotelho@fade.up.pt

Resumo – Este estudo teve como objetivo avaliar a memória visuo-motora

de idosos praticantes e não-praticantes de atividade física. Foram sujeitos 70 voluntários residentes na Cidade do Porto pertencentes ao Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. O instrumento para mensuração da memória visuo-motora foi o teste de memória visuo-motora adaptado de THINUS-BLANC et al., (1996). Os testes estatísticos utilizados utilizaram

Statiscal Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0., e

compreenderam a análise de variância (p>=0,05). Da análise dos resultados, destacam-se as seguintes conclusões: a memória visuo-motora dos idosos em função da prática de atividade física apresentou diferença significativa nas variáveis de desempenho do teste visual-motor 1 e 2.

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Página 171 de 220

Abstract – The aim of this study is to evaluate the old people’s visualmotor

memory with practice and no practice of physical activity. Seventy volunteers who live in OPorto city from Centro de Investigação em Atividade Fisica, Saúde e Lazer (CIAFEL) of the Faculty of Sport, University of Oporto. The instrument for measurement of the visual-motor memory was the test of the visual-motor memory (adapted from THINUS-BLANC et al., 1996). Statistical tests used Statiscal Package for Social Sciences (SPSS), version 17.0. and included analysis of variance (p> = 0.05). From the analysis of results, we can point out the following conclusions: the old people’s visual motor memory in relation to the physical activity practice presented a significant difference in the variable performance of the visual motor test 1 and 2.

Keywords: Memory. Elderly. Visual motor memory. Physical activity.

1. Introdução

Há pouca informação decorrente de pesquisa sistemática sobre o efeito da atividade física sobre a memória, e acredita-se que dados dessa natureza podem contribuir para a compreensão das relações entre variáveis cognitivas (memória) e saúde física em homens e mulheres idosos.

No âmbito da Educação Física e da Saúde, os dados provenientes desta investigação e de outras que dela decorrerem poderão oferecer contribuições úteis ao planejamento de medidas, com vista à manutenção, à melhoria e à promoção do bem-estar físico e psicológico e a prevenção das demências em cidadãos idosos.

Fechine e Trompieri (2012) apontam que com o envelhecimento o déficit de memória se torna mais acentuado com o passar dos anos ocasionando problemas futuros de ordem funcionais das atividades da vida diária.

Os estudos sobre a memória visuo-motora na terceira idade ainda são escassos e apontam para a terminologia memória visuo-espacial, destacando haver nesse tipo de memória um declínio com o passar dos anos. Alguns estudiosos, como Salthouse (1991) apontam para um maior declínio por parte dos idosos em tarefas espaciais relacionadas à memória para faces, percursos citadinos, plantas de museu e sítios de edifícios na cidade. Alguns dos poucos artigos encontrados sobre a memória espacial, como o de Frieske e Park (1993) indicam para um declínio relacionado a cenas ou imagens complexas. Outros estudiosos, como Crook e Larrabee (1992) afirmam existir com a idade declínios relacionados à memória para

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Página 172 de 220 faces, enquanto que, para Lipman e Caplan (1992) as memórias relacionadas a percursos urbanos apresentam um declínio favorável com o passar dos anos, tendo este último estudo, também percursos a serem retidos e evocados para a realização das tarefas espaciais dos idosos.

Fechine e Trompieri (2011) relatam que as perdas acentuadas na memória podem ser estabilizadas ou até regredidas pela prática habitual de atividade física. Destacando que essa variável cognitiva dependerá de como está correlacionada com os fatores sócio-demográficos como sexo, idade, escolaridade e dentre outros.

O presente estudo se propõe avaliar a memória visuo-motora de idosos praticantes e de não praticantes de atividade física, segundo fatores sócio-demográficos, como idade, sexo, nível de escolaridade, prática de atividade física e tempo de atividade física.

2. Metodologia

Esta pesquisa se caracterizou como transversal e envolveu idosos sedentários e idosos fisicamente ativos, de ambos os sexos. As variáveis independentes foram representadas pelos fatores sócio-demográficos (idade, sexo, escolaridade, prática de atividade física e tempo de atividade física); como variáveis dependentes as fornecidas pelos testes visuo-motores 1 e 2 e seus respectivos tempo de execução e número de erros.

2.1. Caracterização da amostra

A pesquisa foi realizada com uma amostra composta por 70 sujeitos idosos residentes na Cidade do Porto (Portugal) pertencentes ao Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIEFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Os participantes selecionados situavam-se na faixa etária compreendida entre 60 e 91 anos, distribuídos em dois grupos, um de prática de atividade física, e outro de não-praticantes de atividade física. O grupo de praticantes de AF contou com 36 sujeitos e o grupo de não-praticantes contou 34 sujeitos.

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Página 173 de 220 Os idosos praticantes e não-praticantes de atividade física foram divididos em dois grupos de faixa etária:

· 60a 70 anos (idosos jovens); e · 71 anos ou mais (idosos).

A escolaridade dos indivíduos foi dividida em três níveis:

· Superior (NS - curso universitário ou outros cursos superiores). · Médio (NM - 11o

/ 12o ano ou equivalente, magistério primário, cursos dos institutos industriais).

· Fundamental (NF - nível de escolaridade inferior ao 11o

ano).

O resumo das características dos idosos, segundo o sexo, idade, nível de escolaridade e tempo de atividade física, estão ilustradas na Tabela 1.

Tabela 1 - Número e percentagem de sujeitos

2.2. Critérios da seleção da amostra

Os sujeitos foram convidados e indicados por outros, no CIEFEL. Foram informados sobre o sigilo dos dados individuais e assinaram um termo de consentimento informado. Para os sujeitos não praticantes de atividade física, estes tinham que no

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Página 174 de 220 mínimo gozar de plenas condições físicas e mentais para a realização do teste de memória visuo-motora e não ter participado em atividades físicas sistematizadas nos últimos 12 meses. Ressalta-se que estes idosos estavam inclusos em outra pesquisa e passaram anteriormente por uma bateria de testes dentro do próprio CIEFEL.

Para os sujeitos praticantes de atividade física, estes tinham que estar realizando atividade física regular e sistematizada num período de duas ou mais vezes por semana com um prazo igual ou superior a 12 meses. Assim, os idosos praticantes de atividade física desta amostra participavam de duas categorias de atividade física do CIEFEL, sendo estas:

· Musculação (dias - terças e quintas; Horário: 10h as 11h); e

· Ginástica, caminhada, dança (dias - segundas e quartas; horário: 14h30min as 15h30min)

Estas aulas eram ministradas sempre por um mínimo de dois alunos do curso de Educação Física da Universidade do Porto e supervisionadas pelo professor Basílio Rommel Almeida Fechine.

Quanto à escolaridade, não havia limites para o grau de escolaridade nem para a situação ativa profissional, muito menos para o tipo de sexo ou grau etário.

Foram cortados da amostra os idosos que não completaram o percurso do teste de memória visuo-motora e os que se sentiram afetados emocionalmente.

2.3. Instrumento

O método utilizado neste estudo para avaliar a memória visuo-motora dos idosos praticantes e não praticantes de atividade física foi o teste visuo-motor 1 (mais complexo → percurso: AB-BA-AC-CA) e suas respectivas variáveis dependentes “tempo de execução e número de erros”, e o teste visuo-motor 2 (mais fácil→ percurso: A-B-C-A) e suas respectivas variáveis dependentes “tempo de execução e número de erros” (Thinus-Blank et. al 1996). A figura 1 abaixo ilustra didaticamente a execução do teste.

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Figura 1 – Mapa do trajeto do teste visuo-motor 1 e 2.

2.4. Procedimentos estatísticos

Para análise estatística das variáveis deste estudo, utilizou-se o programa estatístico

Statiscal Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0.

Em relação ao desempenho dos sujeitos, os testes estatísticos utilizados compreenderam a estatística descritiva (média, desvio padrão e percentagem) e a estatística inferencial. No âmbito deste, recorremos à análise de variância (ANOVA), com o nível de significância estabelecido em p>=0,05, considerando os fatores sócio-demográficos sexo, idade, nível de escolaridade, prática de atividade física e tempo de atividade física.

Na análise de desempenho dos testes visuo-motor 1 e visuo-motor 2, em virtude do tamanho da amostra, não foi exequível realizar a análise de variância que permitisse comparar as médias da distribuição conjunta nas categorias de medida das quatro variáveis independentes. Assim, realizaram-se três análises de variância com distribuição conjunta das variáveis: Prática de Atividade Física versus Sexo; Idade e Escolaridade.

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2.5. Comitê de ética

Declara-se que os sujeitos envolvidos na pesquisa foram informados sobre o sigilo dos dados individuais e assinaram um termo de consentimento informando a importância do trabalho. O referido estudo também passou pelo rigoroso processo de aprovação do comitê de ética da Universidade do Porto – Portugal. Ressalta-se, ainda, que a área temática de investigação e sua modalidade de pesquisa no campo do Envelhecimento e da Educação Física, além de respeitar os princípios emanados pela Declaração de Helsinque, cumpriu com as exigências setoriais e regulamentações específicas da Faculdade de Desporto e da legislação mundial.

3. Análise dos resultados

A descrição dos resultados dos testes Visuo-motor 1 e Visuo-motor 2, serão apresentados em tópicos, dos quais serão abordadas as variáveis analisadas segundo o: Sexo, Idade, Escolaridade, Prática de Atividade Física, Tempo de Atividade Física.

3.1. Sexo

Na variável sexo, não se observou diferença significativa entre as médias no teste Visuo-motor 1 (tempo: F=3,60; p=0,71 e erros: F=2,53; p=0,11) e Visuo-motor 2 (tempo: F=0,34; p=0,55) e dos erros: F=0,19; p=0,66) no sexo (masculino e feminino) nas quatro variáveis de desempenho nos testes (tempo 1, erro 1, tempo 2, erro 2). Entretanto os idosos praticantes de atividade física apresentaram os melhores resultados (menores tempos e erros), conforme se observa nas figuras 2 e 3.

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Página 177 de 220 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0 1 1 0 1 2 0 1 3 0 1 4 0 1 5 0 1 6 0 1 7 0 1 8 0 1 9 0 2 0 0 T V M -1 2 6 ,1 3 6 2 ,2 3 1 6 ,8 3 3 5 ,2 5 H o m e n s

Tempo de execução (média/seg)

E rro s (m é d ia )

M u lh e re s P ra tic a n te s

N ã o P r a tic a n te s

Figura 2 - Teste visuo-motor 1 – sexo

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0 1 1 0 1 2 0 1 3 0 1 4 0 1 5 0 1 6 0 T VM -2 8 ,0 0 2 4 ,7 7 2 ,4 2 4 7 ,7 5 H o m e n s

Tempo de execução (média/seg)

E rro s (m é d ia )

M u lh e re s

P ra tic a n te s N ã o P ra tic a n te s

Figura 3 -Teste visuo-motor 2 - sexo

3.2. Idade

O resultado retratado na variável idade não apresentou diferença significativa entre as médias nos testes Visuo-motor 1(tempo: F=1,52; p=0,22 e erros: F= 1,32; p=0,25) e Visuo-motor 2 (tempo: F=0,10; p=0,74 e erros :F=0,25; p=0,61 nas duas faixas etárias (60 a 70 anos e 71 anos ou mais) nas quatro variáveis de desempenho nos testes (tempo 1, erro 1, tempo 2, erro 2). Entretanto os idosos praticantes de

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Página 178 de 220 atividade física apresentaram os melhores resultados (menores tempos e erros) conforme se observa nas figuras 4 e 5.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 33,60 69,90 15,48 50,04 60 a 70 anos

Tempo de execução (média/seg)

Erros (média)

TVM-1

71 anos ou mais

Praticantes Não praticantes

Figura 4 - Teste visuo-motor 1 – Idade

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 45 ,80 3,60 7,9 5 23,67 60 a 70 anos

Tempo de execução (média/seg)

Erros (m édia)

TVM-2

71 anos ou mais

Praticantes N ão praticantes

Figura 5 - Teste visuo-motor 2 – Idade

3.3. Escolaridade

Não se observou diferença significativa entre as médias no teste Visuo-motor 1 (tempo: F= 0,61; p=0,54 e erros: F= 0,49; p= 0, 61) e Visuo-motor 2 (tempo: F= 1,58; p=0,21 e erros: F=1,42; p=0,24) nos três níveis de escolaridade nas quatro variáveis de desempenho nos testes (tempo 1, erro 1, tempo 2, erro 2). Porém os idosos

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Página 179 de 220 praticantes de atividade física apresentaram os melhores resultados (menores tempos e erros) conforme se observa nas figuras 6 e 7.

0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0 1 8 0 2 0 0 2 2 0 2 4 0 2 6 0 2 8 0 3 0 0 2 1 ,7 5 6 0 ,8 7 2 3 ,6 3 4 8 ,5 0 2 2 ,8 9 1 1 4 ,0 0 N S

Tempo de execução (média/seg)

E rro s (m é d ia ) T V M -1 N M P r a tic a n te s N ã o p r a tic a n te s N F

Figura 6 - Teste Visuo-motor 1 – Escolaridade

0 2 0 4 0 6 0 8 0 10 0 12 0 3,2 5 25 ,5 3 9 ,2 1 3 5,50 2,22 4 ,0 0 N S

Tempo de execução (média/seg)

E rro s (m é d ia) TVM -2 NM P ra tic a nte s N ã o Pr atic an te s NF

Figura 7 - Teste Visuo-motor 2 – Escolaridade

3.4. Tempo de atividade física

Na variável idade, não se observou diferença significativa entre as médias no teste Visuo-motor 1 (tempo: F=0,76; P= 0,38 e erros: F=1,20; P= 0,28) e Visuo-motor 2 (tempo: F=1,94; P=0,17 e erros: F= 1,96; P = 0,17) no tempo de atividade física (menos de 5 anos de atividade física e mais de cinco anos de atividade física) nas

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Página 180 de 220 quatro variáveis de desempenho nos testes (tempo 1, erro 1, tempo 2, erro 2). Não estabeleceu comparação gráfica entre os idosos como maior e menor tempo de atividade física, porque estes pertencem ao mesmo grupo de pratica de atividade física.

3.5. Tempo de atividade física

Observou-se diferença significativa entre as médias no teste Visuo-motor 1 (tempo: F= 8,97 p< 0,004) e erros: F=8,48; p< 0,005) e Visuo-motor 2 (tempo: F=12,39; p< 0,001) e erros: F= 10,76 ; p< 0,002) nos grupos de praticantes e não-praticantes de AF nas quatro variáveis de desempenho nos testes (tempo 1, erro 1, tempo 2, erro 2). Alem disso os idosos praticantes de atividade física apresentaram os melhores resultados (menores tempos e erros) conforme se observa na figura 8.

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0 1 1 0 1 2 0 1 3 0 1 4 0 1 5 0 1 6 0 1 7 0 1 8 0 3 0 ,1 8 6 , 1 4 5 5 , 8 8 2 3 , 0 3 T V M -1

Tempo de execução (média/seg)

E rr o s ( m é d ia )

T V M -2 P r a t ic a n t e s N ã o p r a tic a n te s

Figura 8 - Testes visuo-motores 1 e 2 - Prática e não-prática de atividade física.

4. Discussão

Na análise de desempenho dos testes visuo-motor 1 e visuo-motor, somente a variável prática de atividade física apresentou diferença significativa entre as médias de suas categorias de medida TVM-1 e TVM-2.

Dois aspectos poderiam explicar o efeito da prática de atividade física sobre os melhores resultados nas variáveis dependentes, tempo de execução e número de

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Página 181 de 220 erros obtidos no teste visuo-motor pelos idosos praticantes de AF nas variáveis independentes sexo, idade, nível de escolaridade. O primeiro deles é de ordem biológica e aponta os efeitos da esfera hormonal provocada pelo exercício físico na evocação da memória.

Santos et al. (1998) relata nos seus estudos que a influência do exercício físico sobre a memória está, sobretudo, na similaridade das substâncias envolvidas na regulação da memória e na regulação homeostática do exercício. Para esses autores, as hormonas libertadas em função do estresse proporcionado pelo exercício físico influenciam também a memória, sendo estas: adrenalina, noradrenalina, ACTH, vasopressina, β-endorfina.

Para van Boxtel et al. (1997), duas hipóteses são responsáveis por explicar a melhora da função cerebral pelo exercício físico. A primeira enfatiza que o exercício físico promove maior aporte sanguíneo para o cérebro, proporcionando melhor irrigações e, consequentemente, maior abastecimento de oxigênio e glicose, motivo pelo qual o indivíduo executa melhor as funções cerebrais. A segunda hipótese relata que as atividades neuromusculares são responsáveis por acarretar estímulos aos centros cerebrais superiores, causando estimulação neurotrófica do cérebro e melhor funcionamento das suas atividades cerebrais.

Corroborando a primeira hipótese de van Boxtel et al. (1997), Mcauley e Rudolph (1995) apresentam que o exercício físico, além de proporcionar melhoras biológicas e funcionais, contribui para maior integridade cérebro-vascular e maior aporte de oxigênio para o cérebro.

Van Boxtel el at. (1997), em um estudo envolvendo extensos testes cognitivos e um protocolo para determinação do consumo máximo de oxigênio em 132 indivíduos de ambos os sexos situados na faixa etária entre 24 a 76 anos, constataram que quem apresentou maiores índices de VO2 máx. apresentou também melhores desempenhos em testes cognitivos.

Estudos de Vercambre et al. (2011); Smith et al. (2010) e Angevaren et al. (2008) posicionam-se positivamente a respeito da utilização do treino aeróbico sobre a memória do idoso; Cassilhas et al. (2007), Busse et al. (2008), Chang e Etnier (2009) utilizam o treino de força como mediador nas melhoras da função cognitiva, o que sustenta a utilização dessas modalidades de exercício no programa de treino no estudo aqui apresentado.

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Página 182 de 220 variável física pode ter sido determinante nas diferenças significativas a favor dos praticantes de atividade física quando comparados aos não praticantes, necessitando desta maneira estudos posteriores para possibilitar delimitações quanto a variações de resultados e confirmação sólida sobre o obtido mediante as metodologias adotadas na sistematização dos treinos.

Resultados obtidos por Fechine (2012) apresentam dados positivos sobre o efeito da atividade física sobre praticantes sistemáticos e não sistemáticos e não praticantes de atividade física, tendo a memória como parâmetro norteador. Esta variável cognitiva apresentou diferenças significativas sobre o efeito do exercício físico, ressaltando que este é vital para a sua melhora com o passar dos anos, o que entra em analogia com os achados deste artigo, pois os idosos praticantes de atividade física alvo deste estudo apresentaram melhores índices de memória, menor tempo de execução e menor números de erros tanto no TVM1 quanto no TVM2.

Spirduso (2005), em seu livro Dimensões físicas do envelhecimento, cita Blumenthal et al. (1988; 1989) e Clarkson-Smith e Hartley (1989) como dois pontos controversos a respeito da influência do exercício físico sobre a memória.

Spirduso (2005) citando Blumenthal et al. (1988; 1989) assinala que, num estudo baseado num modelo de intervenção sobre a influência do exercício físico em homens de meia idade e idosos, não foi encontrado efeito positivo de um programa de exercício físico sobre a memória.

Spirduso (2005), entretanto, citando Clarkson-Smith e Hartley (1989), expressa que, em outro estudo transversal comparativo com 62 homens e mulheres idosos que se exercitavam vigorosamente e 62 homens e mulheres sedentários, ficou constatado que os que se exercitavam apresentaram melhores resultados do que os sedentários nos testes de memória (memória de trabalho) e raciocínio.

Williams e Lord (1997) afirmam que, num estudo de 12 meses, envolvendo um programa de exercícios físicos para 94 idosos, ocorreram melhoras físicas (força muscular), como também melhoras significativas no campo cognitivo, como amplitude da memória e do humor, bem-estar e tempo de reação. Estudo realizado por Stevens et al. (1999) buscou relacionar memória e estilo de vida. Envolveu 497 adultos na faixa de 25 e 80 anos, usando o Metamemory in Adulthood

Questionnaire. Os resultados indicaram que a prática de atividade física e a

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Página 183 de 220 mais altos escores em memória.

O estudo realizado por Stevens et al. (1999) buscou relacionar memória e estilo de vida. Esse experimento envolveu 497 adultos na faixa de 25 e 80 anos, usando o Metamemory in Adulthood Questionnaire. Os resultados demonstraram que a prática de atividade física e a existência de contato social com membros familiares e amigos foram relacionados com os mais altos escores em memória. Segundo esse autor, a conclusão do trabalho mostrou que as pessoas consideradas física e socialmente ativas possuem maior capacidade de perceber suas memórias como boas. No entendimento de Stevens et al. (1999), esse estudo evidenciou também a ideia de que o envelhecimento parece influenciar a percepção de mudanças na capacidade de memória. No entanto, os fatores de ordem social parecem influenciar com maior força a capacidade de memória e também de ansiedade acerca do desempenho desta.

Hill et al. (1993) num estudo com 87 idosos sedentários relacionou o desempenho cognitivo com a capacidade aeróbia. Tais pesquisadores observaram efeitos positivos na memória lógica e na Escala Wechsler de Memória (WMS) no grupo treinado, em comparação com o controle que não treinou.

Confirmando a posição de que o exercício físico influencia a memória, Antunes et al. (2001), num estudo com duração de 6 meses, envolvendo 40 mulheres idosas situadas na faixa etária entre 60 e 70 anos, divididas entre grupo controle (sedentárias) e experimental, sujeitas a testes neuropsicológicos antes e após um programa de exercício físico (condicionamento aeróbico), evidenciou no final da pesquisa resultados indicando melhoras significativas na memória, atenção, agilidade motora e humor por parte do grupo experimental.

Kara et al. (2005); Kramer; Erickson, (2007); Netz et al. (2007); Kamijo et al. (2009); Masley et al. (2009) reforçam os benefícios do treino aeróbico e destacam a contribuição deste para além dos benefícios físicos, enveredando para os caminhos da memória. Variável cognitiva esta que mais sente os efeitos benéficos da atividade física, como confirmado nos achados desse estudo que apontou os idosos praticantes de atividade física como melhores índices de memória que os idosos não praticantes.

Antunes (2003), em outra pesquisa com 50 homens sedentários e saudáveis, de 60 a 75 anos, apresentou resultados interessantes quanto à junção do exercício físico e a cognição. Tal estudo, com duração de 6 meses, dividiu os idosos em grupo

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Página 184 de 220 controle (sedentários) e experimental, sujeitos a testes neuropsicológicos antes e após um programa de exercício físico (condicionamento aeróbico). Tal pesquisa evidenciou no final do programa de atividade física um aumento da capacidade funcional, como também melhora em funções cognitivas como a memória, além de benefícios como diminuição da pressão arterial, melhora no desempenho cardíaco, humor, auto-estima e qualidade do sono.

O segundo aspecto importante acerca da influência da prática de AF na memória do idoso é a possível transferência da adaptação ao treino (repetições, séries, valores das cargas, técnicas de movimento, movimento rítmico, velocidade, concentração, atenção, percursos citadinos, mapa visual das máquinas, posição do corpo sobre o espaço etc.) para novas habilidades (alça fonológica ← executivo central→ alça visual-espacial) ligadas ao funcionamento da memória de trabalho e, por consequência, na memória visuo-motora/espacial.

Clarkson-Smith e Hartley (1990) constataram que idosos bem adaptados e treinados no jogo de brigde (jogo de cartas) possuem também desempenhos melhores em tarefas que avaliam a capacidade da memória de trabalho (alça fonológica e alça visual) do que idosos não treinados, propondo, assim, que a prática contínua de uma tarefa que delega recursos à memória de trabalho age preventivamente contra o declínio associado à idade.

Spirduso (2005) acentua que Wolfgang Mozart tornou-se pianista aos 5 anos; e que aos 17 anos pôde alcançar a sofisticada e refinada coordenação óculo manual necessária para vencer um campeonato de tênis. Como se pode notar, segundo a afirmação de Spirduso (2005), Mozart nunca jogou tênis, mas a quantidade de informações visuais e manuais que o piano lhe proporcionou, possivelmente, o ajudaria efetivamente numa partida de tênis. E isso pode ser transferido para outros desportos ou práticas de atividade física, desde que tais atividades atribuam ao aluno tarefas que imponham demandas constantes à cognição, mais especificamente à memória visuo-motora.

Em um estudo realizado por Botelho (2006) envolvendo a memória visuo-motora em 46 idosos de ambos os sexos praticantes e não-praticantes de atividade física ele constatou que, tanto nos idosos do sexo masculino como nos do sexo feminino, foram identificadas diferenças significativas apenas numa das variáveis da memória visuo-motora, a variável número de erros. Este estudo apontou que os idosos de ambos os sexos praticantes de atividade física apresentam melhores

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Página 185 de 220 tempos na execução do teste visuo-motor do que os idosos não-praticantes de atividade física, também de ambos os sexos.

No sentido de averiguar os efeitos do EF na memória visuo-motora e na velocidade de reação manual, Azevedo (2005) realizou uma pesquisa onde se propôs comparar a memória visuo-motora e a velocidade de reação manual num grupo de 46 idosos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 65 e os 93 anos. Foram organizados dois grupos: um grupo praticante de EF ao longo de cinco anos e um grupo não praticante de EF nos últimos cinco anos. A autora concluiu que o grupo dos praticantes apresentou não só uma memória visuo-motora melhor do que o grupo dos não praticantes, como também apresentou melhores valores de tempo de execução no teste da memória visuo-motora.

Alguns estudiosos relatam em seus estudos com idosos que a esfera cognitiva, dentre elas a memória (Antunes, 2006), atenção e tempo de reação (Carneiro, 2005), são significativamente melhoradas após um processo sistematizado de atividade física.

Costa (2007), em outro estudo sobre cognição, também apresentou dados bibliográficos que confirmam os benefícios cognitivos, dentre eles a memória visual e visuo-motora, desencadeados por um estilo de vida fisicamente ativo.

Para o American College of Sports Medicine (1998), a memória, juntamente com a atenção, tempo de reação e a inteligência fluida, são alguns pontos da esfera cognitiva, influenciada beneficamente pela prática da atividade física. O ACSM faz ressalva, no entanto, ao afirmar sobre as inconsistências dos dados acerca da melhoria das funções cognitivas provocadas pelo exercício físico.

Tal resultado, obtido pelos idosos praticantes de atividade física frente aos não praticantes, é endossado por alguns estudos que relatam a influência da intensidade e dos níveis de atividade física sobre a memória como os de Özkaya et al., (2005); Kara et al. (2005), Lambourne (2006); Angevaren et al., (2008); Cassilhas et al. (2007); Chang e Etnier (2009); Masley et al. (2009) ; Kamijo et al. (2009) ; Netz et. al (2007).

Assim, os dados obtidos com este estudo entram em consonância com as demais pesquisas revisionais como os de Santos ela t. (1998); Fechine e Trompieri (2011); Fechine e Trompieri (2012) e com outros estudos de caráter empírico debatido neste artigo, diferenciando-se, entretanto, nas proporções de análise e na disposição das variáveis e especificidades inerentes a cada contexto investigativo.

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5. Conclusão

Considerando o objetivo deste estudo, o de comparar a memória visuo-motora de idosos praticantes e não-praticantes de atividade física, segundo o sexo, a idade, o nível de escolaridade, tempo e a prática de atividade física, cabe destacar o fato de que, em geral, os idosos praticantes de AF apresentaram resultados superiores aos idosos não praticantes nos testes visuo-motores (TVM-1 e TVM-2). Essas associações entre a memória visuo-motora e a prática de atividade física e seus fatores demográficos foram positivas. Com base nos resultados aqui apresentados, bem como nas interpretações desenvolvidas, concluímos que:

· Não foi encontrada diferença significativa na memória visuo-motora, segundo o sexo.

· Não foi encontrada diferença significativa na memória visuo-motora, segundo a idade.

· Não foi encontrada diferença significativa na memória visuo-motora, segundo o nível de escolaridade.

· Foi encontrada diferença significativa na memória visuo-motora, segundo a prática de atividade física, tendo os idosos praticantes de atividades física com resultados superiores aos não-praticantes nas diversas relações com o sexo, idade e nível de escolaridade.

Do conjunto dos resultados, pode-se concluir que, nas relações entre a memória visuo-motora e exercício físico, os idosos praticantes de atividade física apresentaram os melhores resultados, corroborando com os estudos da revisão de literatura que indicam melhor memória para aqueles idosos que possuem vida fisicamente ativa. Dessa forma, é de suma importância que uma população de idosos esteja inclusa num universo de atividade física, preferencialmente numa proposta de programação de exercícios que abranjam desde exercícios aeróbicos como anaeróbicos, para que possam sempre promover, de forma variada, o melhor bem-estar físico e psíquico, tão essencial no dia-a-dia.

Diante da relevância do tema e dos desafios sobre o envelhecimento e sua associação com o exercício físico, a prática regular de atividade física sistematizada representa uma intervenção não-farmacológica benéfica para esta população. Há a necessidade de novas pesquisas para se aferir quais procedimentos de estímulo

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Página 187 de 220 físico poderiam auxiliar a esfera cognitiva na melhora ou atenuação do seu decréscimo com o tempo.

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Sobre os autores

Basílio Rommel Almeida Fechine - Professor do Curso de Licenciatura de

Educação Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, Brasil. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Mestre em Ciências do Desporto e Especialista em Atividade Física para Terceira Idade pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal. Coordenador do Laboratório de Aprendizagem Motora do IFCE e do Projeto “Em Canindé a Vida é Longa” do Ministério da Educação.

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Olga Vasconcelos - Professora associada da Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutora em Ciências do Desporto – FADE-UP. Coordenadora do Gabinete de Aprendizagem Motora e do Laboratório de Aprendizagem e Controle Motor. Membro do Corpo Editorial e Revisora da Revista Portuguesa de Ciências do Desporto e de outras revistas internacionais.

Manoel Botelho - Professora associado da Faculdade de Desporto da Universidade

do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutor em Ciências do Desporto FADE-UP. Professor visitante da Universidade Metodista de Angola. Coordenador de implantação do Curso de Educação Física Educação Física e Desportos, no Instituto Normal de Educação Física (INEF) da Universidade Metodista de Angola.

Nicolino Trompieri - Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade

Federal do Ceará – UFC, Brasil. Chefe do Departamento de Fundamentos da Educação. Doutor em Educação pela UFC. Membro do Corpo Editorial e Revisor da Revista Cadernos de Educação.

Joana Carvalho - Professora associada da Faculdade de Desporto da Universidade

do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutora em Ciências do Desporto – FADE-UP. Presidente do Conselho Científico. Coordenadora do Mestrado em Atividade Física para Terceira Idade.

Imagem

Tabela 1 - Número e percentagem de sujeitos
Figura 1 – Mapa do trajeto do teste visuo-motor 1 e 2.
Figura 2 - Teste visuo-motor 1 – sexo
Figura 4 - Teste visuo-motor 1 – Idade
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