• Nenhum resultado encontrado

Multiplicação in vitro de bromélias Aechmea aquilega e Bromelia balansae / In vitro multiplication of bromeliads Aechmea aquilega and Bromelia balansae

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Multiplicação in vitro de bromélias Aechmea aquilega e Bromelia balansae / In vitro multiplication of bromeliads Aechmea aquilega and Bromelia balansae"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Multiplicação in vitro de bromélias Aechmea aquilega e Bromelia balansae

In vitro multiplication of bromeliads Aechmea aquilega and Bromelia

balansae

DOI:10.34117/bjdv6n4-062

Recebimento dos originais:19/03/2020 Aceitação para publicação: 03/04/2020

Gabriel Junio da Silva Dias

Graduando em Agronomia, bolsista do PIBIC/CNPq, Instituto Federal Goiano - Campus Ceres,

E-mail: gabrielgoddri@hotmail.com

Letícia Ferreira da Silva

Graduanda em Agronomia no Instituto Federal Goiano – Campus Ceres – GO, E-mail:leticiafersi@hotmail.com

Leonardo Alves Carneiro

Bolsista DCR da FAPEG/CNPq no Instituto Federal Goiano – Campus Ceres – GO, E-mail:leonacw@uol.com.br

Cleiton Mateus Sousa

Professor, Instituto Federal Goiano-Campus Ceres, E-mail:cleiton.sousa@ifgoiano.edu.br

RESUMO

Objetivou-se avaliar a multiplicação in vitro de A. aquilega e B. balansae em função de combinações de ácido naftaleno acético (ANA) e 6-benzilaminopurina (BAP). O experimento foi realizado em fatorial 2x3x4, sendo duas espécies de bromélias (B. balansae e B. aquilega), três níveis de ANA (0,0; 0,5 e 1,0 mg.L-1) e quatro níveis de BAP (0,0; 1,5; 3,0 e 6,0 mg.L

-1), em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições e seis plântulas por unidade

experimental. Utilizou-se sementes para implantação das culturas in vitro. Após a germinação das sementes, em tubo de ensaio contendo meio MS, com a metade da concentração dos sais, as plântulas foram transferidas para recipientes plásticos, contendo 60 ml de meio MS, suplementado com as concentrações de ANA e BAP propostas. A interação entre ANA e BAP influenciou somente o número de brotos. A interação entre genótipos e BAP influenciou a brotação. O uso de citocinina foi determinante para a proliferação de brotos. Observou diferença entre as bromélias quanto a sensibilidade aos reguladoras de crescimento estudados. A A. aquilega apresentou maior eficiência de brotação em meio com 5,05 mg.L-1 de BAP, enquanto a B. balansae não atingiu o máximo de brotação com 6,0 mg L-1 BAP. Já para o enraizamento in vitro nas duas espécies de bromélias, não é necessário o uso de reguladores de crescimento. A presença de BAP reduziu o enraizamento. Houve diferença na massa fresca e massa seca dos genótipos. A B. balansae apresentou maior massa fresca. As duas espécies demonstraram facilidade na proliferação de brotos, assim como no enraizamento in vitro.

(2)

Recomenda-se o uso de citocinina para a multiplicação das duas espécies de bromélias estudadas e para obter plântulas com potencial para aclimatização, somente o meio MS.

Palavras chave: Bromeliaceae, Cerrado, cultura de tecidos, auxina e citocinina.

ABSTRACT

The objective was to evaluate the in vitro multiplication of A. aquilega and B. balansae as a function of combinations of naphthalene acetic acid (ANA) and 6-benzylaminopurine (BAP). The experiment was carried out in a 2x3x4 factorial, with two species of bromeliads (B. balansae and B. aquilega), three levels of ANA (0.0; 0.5 and 1.0 mg.L-1) and four levels of BAP (0.0; 1.5; 3.0 and 6.0 mg.L-1), in a completely randomized design, with three replications and six seedlings per experimental unit. Seeds were used to implant the cultures in vitro. After seed germination, in a test tube containing MS medium, with half the concentration of salts, the seedlings were transferred to plastic containers, containing 60 ml of MS medium, supplemented with the proposed ANA and BAP concentrations. The interaction between ANA and BAP influenced only the number of shoots. The interaction between genotypes and BAP influenced the sprouting. The use of cytokinin was decisive for the proliferation of shoots. There was a difference between the bromeliads in terms of sensitivity to the growth regulators studied. A. aquilega showed higher efficiency of sprouting in medium with 5.05 mg.L-1 of BAP, while B. balansae did not reach maximum sprouting with 6.0 mg L-1 BAP. For in vitro rooting in the two species of bromeliads, it is not necessary to use growth regulators. The presence of BAP reduced rooting. There was a difference in the fresh and dry mass of the genotypes. B. balansae had the highest fresh weight. Both species demonstrated ease in the proliferation of shoots, as well as in vitro rooting. It is recommended to use cytokinin for the multiplication of the two species of bromeliads studied and to obtain seedlings with potential for acclimatization, only the MS medium.

Keywords: Bromeliaceae, Cerrado, tissue culture, auxin and cytokinin.

1 INTRODUÇÃO

A família bromeliaceae é muito diversificada. Atualmente são 58 gêneros e cerca de 3.140 espécies, normalmente são encontradas em regiões neotropicais e subdivididas nas subfamílias; Brocchinioideae, Bromelioideae, Hechtioideae, Lindmanioideae, Navioideae, Pitcairnioideae, Puyoideae e Tillandsioideae (GIVNISH et al., 2011). Na flora brasileira as bromélias estão presentes em todos os ecossistemas, sendo representadas por 44 gêneros dessa família por 1.348 espécies, aproximadamente 90% endêmicas do país (BFG, 2015).

As bromélias apresentam diferentes hábitos, podendo ser epífitas, terrestres ou saxícolas. São plantas herbáceas e perenes, apresentam adaptações formadas pelas folhas que possuem escamas peltadas, associadas à roseta que recobrem as folhas para absorção de água e nutrientes (Horres et al. 2007). Entre as espécies destaca-se a Bromelia balansae, amplamente distribuída, não apresentando endemismo no Brasil. Está presente nas regiões;

(3)

Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Do mesmo modo na Argentina, Bolívia, Colômbia e Paraguai (Wanderley et al, 2007). Essa planta está presente na lista vermelha da flora brasileira (CNCFlora, 2012). Já a Aechmea aquilega, tem origem no brasil com forte ocorrência no Nordeste, presente em vários habitats e ecossistemas (Bispo, 2011). Essas espécies apresentam importante papel ecofisiológico. Realizam a ciclagem dos nutrientes e armazenam água em um tanque formado pelas folhas entrelaçadas em sua base, promovendo um micro-habit favorável para o desenvolvimento e reprodução de vários organismos como insetos, vertebrados e invertebrados (Frank et al., 2004; Del-Claro, 2012).

Além de apresentar importantes papéis ecológicos, as bromélias possuem importância agrícola, medicinal e ornamental. Espécies dessa família é largamente cultivada, o Ananas

comosus, conhecido como abacaxi é utilizado na alimentação humana. As folhas apresentam

substâncias extraídas que podem ser utilizadas como antioxidantes e antimicrobianas na indústria farmacêutica (Divensi & Araújo, 2012). Devido a beleza das folhas com colorações variadas e rusticidade, são utilizadas na ornamentação urbana. Dessa forma, as bromélias apresentam expressivo potencial econômico, o que as torna alvo do extrativismo, justificando a preocupação com alternativas de conservação e produção de mudas.

A cultura de tecidos é uma estratégia representada por técnicas assépticas, para a propagação de mudas visando a comercialização em larga escala, produção de plantas sadias e a conservação do material genético. Avanços na cultura de tecidos vegetais tem permitido a obtenção de mudas de bromélias com qualidade (GUERRA & DAL VESCO, 2010). Entre as técnicas, destaca-se a propagação in vitro (Sarasan et al. 2006).

Nesse sentido, o objetivou-se avaliar a multiplicação in vitro de A. aquilega e B.

balansae em função de combinações de ácido naftaleno acético e 6-benzilaminopurina.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais do Instituto Federal Goiano – Campus Ceres. A implantação das culturas in vitro foi a partir de sementes disponibilizadas pelo Jardim Botânico de Brasília. A desinfestação consistiu na imersão das sementes em etanol 70%, durante 1 minuto, em seguida em solução de 0,125% de hipoclorito de sódio com três gostas de tweem-80 durante 20 minutos, finalizando com três lavagens com água deionizada e autoclavada.

Após a desinfestação, as sementes foram inoculadas em tubos de ensaio (2,5 cm x 15cm), contendo 20 ml de meio de cultura com 50% das concentrações dos sais MS

(4)

(Murashige e Skoog, 1962), vitaminas (Tiamina 0,05 mg.L-1, ácido nicotínico 0,25 mg.L-1 e

ácido piridoxina 0,25 mg.L-1), mio-inositol 50 mg.L-1, glicina 1 mg.L-1, acrescido de 30 g.L-1

de sacarose e 7 g.L-1agar. Antes da adição do ágar, o pH foi ajustado a 5,7. Os tubos de ensaios

com as sementes foram mantidos em sala de crescimento a 25±2º C e fotoperíodo de 16h luz e 8 horas escuro.

Quando as plântulas apresentaram um par de folhas com aproximadamente 4 cm de altura, 97 dias após a germinação para B. balansae e 98 para A. aquilega, foram transferidas para recipientes plásticos, contendo 60 ml de meio MS vitaminas (tiamina 0,1 mg.L-1, ácido nicotinico 0,5 mg.L-1 e ácido piridoxina 0,5 mg.L-1) mio-inositol 100 mg.L-1, glicina 2 mg.L

-1, acrescido de 30 g.L-1 de sacarose, o pH foi ajustado a 5,7. Os frascos continham esferas de

argila expandida cobertas com papel filtro como suporte, e o meio de cultura foi suplementado com as combinações de auxina e citocinina propostas.

O experimento foi em arranjo fatorial 2x3x4, sendo: duas espécies de bromélias (B.

balansae e B. aquilega); três níveis de ácido naftaleno acético (0,0; 0,5 e 1,0 mg.L-1) e quatro de 6-benzilaminopurina (0,0; 1,5; 3,0 e 6,0 mg.L-1), em delineamento de blocos ao acaso, três repetições e seis plântulas em cada unidade experimental. Após 249 dias, avaliou-se sobrevivência (%), brotação (%), enraizamento (%), número médio de brotos produzidas por plântula, massa fresca e massa seca da B. balansae e A. aquilega.

As análises estatísticas dos dados foram submetidas a análise variância (ANAVA) realizadas por meio de teste F, as médias comparadas pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade, ou regressão linear, utilizando o programa Sisvar (Ferreira, 2003).

3RESULTADOSEDISCUSSÕES

As sementes de Bromelia balansae e de Aechmea aquilega apresentaram germinação acima de 90% e 84,7%, respectivamente. A interação entre auxina e citocinina influenciou apenas no número de brotos. A interação entre os genótipos e citocinina influenciou a brotação (%). Os níveis de BAP influenciaram o enraizamento e número de brotos. Houve diferença na massa fresca e massa seca entre os genótipos (Tabela 1).

(5)

Tabela 1. Resumo do quadro da análise de variância com os valores do quadrado médio e a significância pelo teste F a 5% de probabilidade de erro.

FV GL Brotação (%) Enraizamento (%) Nº Brotos Massa fresca Massa seca GENÓTIPO 1 156.250000NS 1111.111111NS 2.777778NS 68.874784* 0.496684* ANA 2 225.694444NS 850.694444NS 348.270833NS 1.913308NS 0.018701 NS BAP 3 35989.583333* 7638.888889* 9266.622685* 14.470186NS 0.026089 NS GEN x ANA 2 677.083333NS 538.194444NS 200.173611NS 6.825589NS 0.019473 NS GEN x BAP 3 5804.398148* 1712.962963NS 719.199074NS 4.577592NS 0.018458 NS ANA x BAP 6 364.583333NS 1128.472222NS 2548.706019* 16.358930NS 0.076785 NS

GEN xANA x BAP 6 1464.120370NS 1417.824074NS 681.997685NS 11.601484NS 0.053268 NS

Erro 120 1107.638889 1062.500000 990.854861 9.301859 0.036778 *valor de F significativo a 5%; ns não significativo.

A Aechmea aquilega apresentou melhores resultados para percentagem de brotação que a B. balansae em relação as concentrações de citocinina. A concentração de 5,05 mg.L-1 de BAP, proporcionou maior brotação nesta espécie, enquanto a B. balansae não apresentou o máximo de brotação em meio com 6,0 mg.L-1 de BAP (Figura 1).

Figura 1. Brotação (%) em duas espécies de bromélias in vitro em função de concentrações de BAP.

Os reguladores de crescimento são moléculas com ações semelhantes aos hormônios. O uso em baixas concentrações, proporcionam, inibem ou alteram vários processos fisiológicos e morfológicos nos vegetais (Sousa, 2005). As citocininas estão relacionadas à vários processos no ciclo de vida, como aumento da percentagem e crescimento de brotações (Müller & Sheen, 2007). - - - - Aechmea aquilega = -3,702x2 + 37,40x + 1,112 R² = 0,993 _____ B. balansae = -0,842x2 + 13,85x + 31,21 R² = 0,761 0 20 40 60 80 100 0 1,5 3 4,5 6 B ro taçã o (%) Concentrações de BAP (mg. L-1)

(6)

As citocininas possuem receptores celulares que apresentam sensibilidade entre cada genótipo, ocasionando interação especifica entre citocinina-receptor. Conforme Müller & Sheen (2007), o reconhecimento molecular das citocininas, envolve modificações das cadeias laterais ligadas à adenina. Dessa forma, o uso exógeno de BAP em A. aquilega, promove a interação citocinina-receptor, com o aumento da concentração até 5,05 mg L-1, ocorre incremento na percentagem de brotos.

Geralmente, é comum o uso de explantes com baixas ou nenhuma capacidade em sintetizar moléculas com ação hormonal. Desta forma, os tecidos dependem da adição de reguladores de crescimento exógeno no meio de cultura para induzir determinada resposta fisiológica (Grattapaglia & Machado, 1998). Estes fatos relacionados com o balanço hormonal endógeno e a sensibilidades celular à molécula utilizada, explica a divergência de brotação nas bromélias estudadas.

Para o enraizamento in vitro, os genótipos apresentaram boa capacidade de enraizamento, chegando a 98% sem o uso de reguladores de crescimento. Observou-se que a presença de BAP no meio de cultivo, bem como o aumento das concentrações, influenciaram significativamente diminuindo a percentagem de enraizamento (Figura 2).

Figura 2. Enraizamento (%) em bromélias in vitro em função de concentrações de BAP.

Os resultados para enraizamento neste trabalho, contraria Gupta (1986), o qual refere-se à adição de citocinina como favorável ao enraizamento. Segundo Leão et al. (2014), no enraizamento in vitro de microbrotos de A. setigera, a formação de raízes adventícias ocorreu

y = 1,4164x2- 13,881x + 96,096 R² = 0,9986 0 20 40 60 80 100 0 1,5 3 4,5 6 En ra iza m en to (% ) Concentrações de BAP (mg. L-1)

(7)

em todos os tratamentos, inclusive na ausência de reguladores de crescimento exógeno. Londe

et al. (2015), e Barboza (2004), trabalhando com A. comosus cv. Erectifolius utilizando 1,0

mg.L-1 de BAP no meio de cultura não observaram formação de raiz.

Para Vriesea scalaris, a ausência de regulador no meio de cultura induz a formação de raizes, portanto, o uso de AIB não proporcionou o aumento na quantidade na regeneração de raízes (Silva et al. 2009). No enraizamento in vitro de abacaxizeiros multiplicados in vitro sob sistema dupla-fase de cultivo, o uso de reguladores de crescimento é desnecessário para aumentar o número de raízes (Scherwinski-Pereira et al. 2012).

Segundo Pasqual et al. (2008) a atividade fisiológica das auxinas depende não apenas daquelas adicionadas ao meio, mas também do AIA no interior dos tecidos cultivados e da interação entre os dois. Fatores que afetam os níveis naturais de AIA e atividade deste composto podem, desse modo, ser importantes para controlar o crescimento e a morfogênese na cultura.

Dessa forma, um dos fatores que pode ter contribuído para o bom enraizamento in vitro da A. aquilega e B. balansae, foi o tamanho das partes aéreas, favorecendo a produção endógena de auxina pela planta. Tendo em vista que altas concentrações de citocinina pode inibir a emissão e o desenvolvimento radicular, observamos que a ausência de BAP promoveu o enraizamento.

Observa-se que o número de brotos dos genótipos foi influenciado pela interação entre ANA e BAP (Figura 3). A multiplicação in vitro de A. aquilega e B. balansae sob diferentes combinações de ANA e BAP, mostraram-se mais eficientes na combinação de 3,45 mg.L-1 de BAP e 0,5 mg.L-1 de ANA, atingindo a media de 44,14 brotos em cada plântula (Figura 3).

Figura 3. Número de brotos em bromélias in vitro em função da interação ANA e BAP. - - - - 0,0 mg de ANA = 6,944x - 0,004 R² = 0,978 ____ 0,5 mg L-1 de ANA = -4,315x2 + 29,73x - 7,074 R² = 0,661 -- -- -- 1,0 mg de ANA = 5,400x + 0,532 R² = 0,995 0 10 20 30 40 50 60 0 1,5 3 4,5 6 n . d e b ro to s Concentrações de BAP (mg. L-1)

(8)
(9)

Figura 5. Respostas in vitro de B. balansae em função de combinações de ANA e BAP.

A massa fresca apresentou variações em relação aos genótipos. A B. balansae mostrou-se mais eficiente em acumulo de biomassa fresca, quando comparada com A. aquilega (Figura 6).

(10)

Vieira et al. (2014), trabalhando com B. pinguin sob o efeito de fitorreguladores, não identificou diferença significativa entre os tratamentos para massa fresca, mostrando que o meio nutritivo foi favorável ao desenvolvimento dos explantes.

Segundo Macedo et al. (2003), pequenas concentrações de BAP (1,0 mg.L-1), conjugadas com ANA (0,5 mg.L-1), proporcionaram maior peso da massa fresca de plântulas de abacaxizeiro (Ananas comosus).

Os resultados obtidos para essa variável podem estar associados a capacidade de cada genótipo em seus tecidos, conseguir absorver maior quantidade de água, nutrientes e responder a determinados estímulos, aumentando altura da planta e multiplicação de brotos.

4 CONCLUSÕES

As duas espécies apresentaram facilidade na brotação e enraizamento in vitro. No entanto, observou diferença entre as espécies quanto as respostas às moléculas reguladoras de crescimento. A bromélia A. aquilega apresentou maior percentual de brotação em meio com 5,05 mg.L-1 de BAP, enquanto a B. balansae exige concentrações acima de 6,0 mg.L-1 de BAP para atingir o máximo. A combinação de 3,45 mg.L-1 de BAP e 0,5 mg.L-1 de ANA

proporcionou maior número de brotos por planta (44,14). Para obter plântulas in vitro, das duas espécies de bromélias, enraizadas e com potencial para aclimatização, não é necessário o uso de reguladores de crescimento.

REFERÊNCIAS

Barboza SBSC, Caldas LS, Souza LAC (2004) Micropropagação do híbrido PExSC-52 e da cultivar SmoothCayenne de abacaxizeiro. Pesq. agropec. bras. Brasília, v.39, n.8, p.725-733, ago.

Galvanese MS, Tavares AR, Aguiar FFA, Kanashiro S, Chu EP, Stancato GC, Harder ICF (2007) Efeito de ana, 6-ba e ágar na propagação in vitro de aechmea blanchetiana (baker) l.b. smith, bromélia nativa da mata atlântica. Revista Ceres. p. 63-67.

(11)

Grattapaglia D, Machado MA, (1998) Micropropagação. In. Torres AC, Caldas LS, Buso JA (Org.). Cultura de Tecidos e Transformação de Genética de Plantas. 1 Ed. Brasília: SPL. v.1. p. 183-260.

Gupta PP (1986) Eradication of mosaic disease and rapid clonal multiplication of bananas and plantains through meristem tip culture. PlantCell, TissueandOrganCulture, v.6, p.33-39.

Hartmann HT, Kester DE, Davies JRFT, Geneve RL (2011) Plant propagation: principles and practices. 8.ed. São Paulo: Prentice-Hall. p. 915.

Leão JRA, Vasconcelos JM, Beltrão RT, Raposo A, Firmino Junior PC (2014) Micropropagação de AechmeasetigeraMart. exSchult. &Schult. f.: uma bromélia endêmica da Amazônia Ocidental. Biota Amazônia Open JournalSysten. Disponível em <http://periodicos.unifap.br/index.php/biota>Macapá, v. 4, n. 2, p. 117-123.

Londe L N, Rocha SS, Damascena NS, Feitosa FM, Pereira JCG, Martins RN (2015) Avaliação das respostas morfogenéticas em abacaxi ornamental sob diferentes concentrações de ANA. Belo Horizonte: EPAMIG, 2015. 3 p.

Macedo CEC; Silva MG, Nobrega FS, Martins PM, Barroso PAV, Alloufa MAI (2003) Concentrações de ANA e BAP na micropropagação de abacaxizeiro L. Merrill (Ananascomosus) e no cultivo hidropônico das plântulas obtidas in vitro. RevistaBrasileira de Fruticultura. v. 25, p. 501-504.

Mendes GC, Soares CQG, Braga VF, Pinto LC, Santana R, Viccini LF, Peixoto PHP (2007) Multiplicação in vitro de explantes de Billbergia distachia (Vellozo) MEZ (Bromeliaceae). Revista Brasileira de Biociências, v.5, p. 972-974.

Müller B, Sheen J (2007) Advances in cytokinin signaling. Science, v.318, p.68-69.

Murarashige T, Skoog FA (1962) revised médium for rapid growth and bioassays with tabacco tissue cultures. PhysiologyPlantarum, v.15, p.473-497.

(12)

Pasqual M, Santos FC, Figueiredo MA, Junqueira KP, Rezende JC, Ferreira EA (2008) Micropropagação do abacaxizeiro ornamental. Horticultura Brasileira 26: 045-049.

Scherwinski-Pereira JE, Lima ECA, Silva TL, Mesquita AGG, Maciel AS, Costa FHS (2012) Double-phase culture system for large scale production of pineapple. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v.109, p. 263-269.

Silva ALL, Franco ETH, Dornelles EB, Bortoli CLR, Quoirin M (2009) In vitro multiplication of Vriesea scalaris E. Morren (Bromeliaceae). Iheringia, v.64, p. 151-156.

Sousa, CM (2005) Otimização de protocolos para propagação in vitro de gérbera (Gerberajamesonii). Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Vieira MAM, Miranda DP, Karsburg IV, Massaroto JA, Ribeiro NG (2014) CALOGÊNESE in vitro DE Bromeliapinguin L. SOB EFEITO DOS FITORREGULADORES ANA E BAP. Enciclopédia Biosfera: Centro científico conhecer. v.10, n.18, p. 736.

Givnish TJ, Barffus MHJ, Van EB, Riina, R, Schulte K, Horres R.; Gonsiska PA, Jabaily, RS, Crayn DM, Smith JAC, Inverno K, Brown GK, Evans TM, Holst BK, Luther HW, Zizka G, Barry PE & Sytsma KJ (2011) Phylogeny, adaptative radiation, and historical biogeography in Bromeliaceae: insights from an eight-locus plastid phylogeny. American Journal of Botany 98: 872-895.

BFG (2015) Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v. 66, n. 4, 1085-1113.

CNCFlora. Bromelia balansae in Lista Vermelha da flora brasileira versão (2012) Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Bromelia balansae>. Acesso em 7 janeiro 2019.

Horres R, Schulte K, Weising K, Zizka G (2007) Systematics of Bromelioideae (Bromeliaceae) evidence from molecular and anatomical studies. Aliso, Anaheim, v. 23, n. 1, p. 27-43.

(13)

Bispo SM, Ribeiro AS (2011) Variação na composição isotópica do carbono e nitrogênio da matéria orgânica e biomassa da coroa foliar de Aechmea aquilega (Salisb.) griseb bromeliaceae em caatinga, agreste e mata atlântica de Sergipe São Cristóvão. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) – Núcleo de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe.

Wanderley MGL, Martins SE, Costa AF (2007) Bromeliaceae. In: Wanderley, M.G.L.; Shepherd GJ, Melhem, TS Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.494.

Del-Claro K (2012) Origens e importância das relações plantas-animais para a ecologia e conservação. In: TOREZAN-SILINGARDI, Helena Maura. (Orgs). Ecologia das Interações Plantas-Animais: Uma Abordagem Ecológico-Evolutiva. Rio de Janeiro: Technical Books, p. 336.

Frank JH, Sreenivasan S, Benshoff PJ, Deyrup MA, Edwards GB, Halbert SE, Hamon AB, Lowman MD, Mockford EL, Scheffrahn RH, Steck GJ, Thomas MC, Walker TJ & Welbourn WC (2004) Invertebrate animals extracted from native Tillandsia (Bromeliales: Bromeliaceae) in Sarasota County, Florida. Florida Entomologist. 87: 176–185.

Sarasan VA, Cripps R, Tamsay MM, Atherton C, McMichen M, Prendergast G & Rowntree JK (2006). Conservation in vitro of threatened plants – progress in the past decade. In vitro Cellular & Developmental Biology-Plant 42: 206-214.

Guerra MP, Dal-Vesco LL (2010) Strategies for the Micropropagation of Bromeliads. In.: Jain, S. M. & Ochatt, S.J. (eds.). Protocols for in vitro propagation of ornamental plants: Methods in Molecular Biology. New York: Humana Press Springer. p.47-66.

Ferreira DF (2003) Programa de análises estatísticas (Statistical Analysis Software) e planejamento de Experimentos - SISVAR. Universidade Federal de Lavras.

Imagem

Figura 1. Brotação (%) em duas espécies de bromélias in vitro em função de concentrações de BAP
Figura 2. Enraizamento (%) em bromélias in vitro em função de concentrações de BAP.
Figura 3.  Número de brotos em bromélias in vitro em função da interação ANA e BAP.
Figura 4. Respostas in vitro de A. aquilegaa em função de combinações de ANA e BAP.
+2

Referências

Documentos relacionados

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em

História da doença atual: em 17/3/2002 a paciente procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) queixando- se de febre alta, de início abrupto, acompanhada de cefaléia intensa,

Para além dessa afirmativa, Renato Janine Ribeiro, no texto No caminho do futuro (2000) refere que em se tratando das humanidades, “somos pouco rigorosos aos olhos dos

Nossa motivação então é tentar diminuir esse trabalho, criando uma ferramenta que automatiza o processo de definição dos parâmetros de cada modelo, como também o processo

Após 120 dias do cultivo in vitro, os brotos obtidos por meio da micropropaga- ção, medindo 0,3-2,3 cm de comprimento por 0,3-1,4 cm de diâmetro e peso médio de 0,43 g,

Você pode experimentar alívio seus sintomas de refluxo ácido e azia depois de apenas um dia de tratamento com pantoprazol, mas este medicamento não é feito para lhe trazer

Em conclusão, ambos os protocolos do TUG (velocidade usual e máxima) correlacionam-se com desfechos de capacidade física, sendo observadas correlações mais

Redução do estoque de carbono após a exploração florestal, alterações no numero de indivíduos e no estoque de carbono da regeneração natural e danos aos indivíduos