O Peru muito além de Machu Picchu
Conheça as melhores atrações na região de Cusco
Alimentando lhamas no sítio arqueológico de Tambomachay
Quando se ouve falar no Peru, geralmente a primeira coisa que nos vem à cabeça são as grandes ruínas de Machu Picchu. A beleza do local é realmente impressionante e vale muito a visita, porém, se você estiver de passagem pelo país, não deixe de explorar a beleza de Cusco e seus arredores. Não é à toa que a cidade é conhecida como a capital arqueológica da América do Sul! As opções de passeio são tantas que fica até difícil escolher o que fazer. Por isso, com base na viagem que fiz, reuni as melhores dicas para você aproveitar sua viagem de acordo com suas preferências e tempo disponível. Então, vamos lá!
O Boleto Turístico
A opção mais econômica e mais completa para quem quer conhecer Cusco é, sem dúvidas, adquirir o boleto turístico. Ele é uma espécie de ticket que te dá acesso a 16 atrações turísticas diferentes, tanto em Cusco como no Vale Sagrado, a região localizada nos arredores da cidade. Eu comprei o boleto válido por 10 dias, e este custa 140 soles. Na verdade, paguei 70 soles, já que sou estudante (uma espécie de
“meia-entrada”). Há também um boleto que custa 70 soles, mas é válido somente no dia da compra. Esse só vale a pena para quem tem pouco tempo e não vai conseguir visitar muitas atrações.
Na entrada de cada atração você deve apresentar o boleto juntamente com sua identidade, e eles vão marcando todas as que você já visitou. Assim, o boleto turístico é válido apenas para uma visita em cada atração. Há diversos pontos em que o boleto turístico é vendido em Cusco. Eu consegui o meu no Museu Qoricancha, no centro da cidade, mas é fácil encontrá-lo também em inúmeras agências e até mesmo em hotéis!
O City Tour
É esse o nome dado para o passeio feito nas principais atrações localizadas dentro da cidade de Cusco. Eu contratei um ônibus e um guia por uma agência no centro da cidade, mas a entrada para todas as atrações já estava incluída no boleto turístico, comprado anteriormente.
A primeira parada é na Igreja Qoricancha, o Templo del Sol, construído pelos Incas e posteriormente tomado e modificado pelos espanhóis e transformado no Convento de Santo Domingo. A arquitetura do local é muito rica, já que mistura as construções indígenas com a arquitetura barroca europeia. Esta é a única atração do tour que não está incluída no boleto e custa 10 soles.
Vista panorâmica da cidade de Cusco, do alto de Saqsayhuamán
Depois de visitá-la, tomamos o ônibus e fomos em direção a Saqsayhuamán, um grande templo Inca de reza, e o mais impressionante de todos. Do alto de seus paredões é possível ter uma visão panorâmica de toda a cidade! A próxima parada foi em Pukapukara, outro templo mais simples. Em seguida, fomos a Tambomachay, onde está localizada a fonte de água sagrada dos Incas. Havia muitas lhamas por lá e aproveitei para dar comida a uma delas! A última parada do city tour foi em Qenqo, um templo onde eram feitos os sacrifícios humanos aos deuses.
Por conta própria, fiz uma visita ao Museo de Sitio del Qoricancha e ao monumento Pachacuteq.
Dica: tente fazer o city tour o mais cedo possível, porque quanto mais escuro ficar, mais difícil será aproveitar os locais!
Subindo a trilha de Pisac, a cidade espanhola O Vale Sagrado
Esse é o passeio feito aos arredores de Cusco, em vilarejos mais distantes ao longo do rio Vilcanota. Geralmente ele leva o dia inteiro e é feito em dois dias, um dia dedicado ao norte do Vale Sagrado, e outro ao sul. Contratei um tour pelo norte do Vale Sagrado, e saindo bem cedinho de Cusco, paramos na cidadezinha de Pisac, fundada pelos espanhóis para controlar os índios que realizavam trabalhos forçados nas plantações. A vista das plantações e do cemitério indígena é incrível, e foi um dos destinos que mais gostei! Após almoçar em Urubamba, fomos a Ollantaytambo, a única cidade da era inca ainda habitada no Peru. Essa cidade inclui um complexo militar e religioso, e alguns palácios, de arquitetura incrível! Por fim, fomos a Chinchero, um antigo vilarejo que abrigava os viajantes indígenas. Ao redor de sua igreja e sua praça, está uma das vendas locais mais famosas da região.
Já no Vale Sagrado Sul, visitei Moray, um complexo de vários terraços de plantações, localizado ao redor das montanhas nevadas dos Andes. Na volta, paramos nas salinas de Maras, onde é produzido um dos sais mais caros do mundo! O ingresso para o local é à parte e custa 10 soles. Há também as atrações de Tipón e Pikkilakta, menos conhecidas, e infelizmente não pude visitá-las por falta de tempo.
O boleto também inclui o Museu Municipal de Arte Contemporânea, o Museu Histórico Regional, o Museu de Arte Popular e o Centro Qosqo de Arte Nativa, que não tive a oportunidade de visitar.
Um dos terraços do complexo de Moray
As Salineras de Maras, no Vale Sagrado
