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Mais de R$ 105 milhões são projetados para reverter parte do desastre ambiental no Rio Taquari

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C M A P

Mais de R$ 105 milhões são projetados para reverter

parte do desastre ambiental no Rio Taquari

- Projeto selecionado, mas que depende de liberação de

recurso, tem duração de 5 anos e vai atuar em 2 mil hectares

-Confira os detalhes nas páginas 06 e 07

Autoridades de saúde encaram

desafio de manter regras de

biossegurança com relaxamento

da população

Página 03.

Pais de alunos tentam mobilização para

evitar fechamento do centenário Cenic

Página 05

Foto: Rodolfo César

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E X P E D I E N T E

*** A Redação não se responsabiliza por artigos assinados ou de origem definida.

Fundado em 03/09/1960

Vicente Bezerra Neto

Patrono do Jornal Correio de Corumbá Razão Social: A. Y. Solominy Neto CNPJ 11.634.903/0001-40

Redação e Parque Gráfico: Rua 7 de Setembro, 249-1 Centro - Corumbá-MS Tel: (67)3231-0357 - CEP 79330-030 e-mail: correiodecorumba@yahoo.com.br (comercial)

correiodecorumba@gmail.com (redação)

Diretor Responsável: Alle Yunes Solominy Neto DRT-84/MS Reportagem: Rodolfo César - MTB 46.060/SP Colaboradores: Rosildo Barcellos, Dílson Fonseca,

Ahmad Schabib Hany e Benedito C. G. Lima.

Chefe do Parque Gráfico: Cleberson Calonga (Juninho)

Corumbá/MS, 12 a 18/09/2021

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CORREIODECORUMBA.COM.BR

Prof. Rosildo Barcellos

Setembro Amarelo

A morte não é contrário da vida, e sim sua consequência. Historicamente a palavra suicídio (etimologicamente sui = si mesmo; -caedes = ação de matar) foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines, em 1737 e significa morte intencional autoinfligida, isto é, quando a pessoa, por desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso, decide “tirar sua própria vida!” A tensão nervosa culmina nos conflitos intrapsíquicos que transtorna a tal ponto, que a morte torna-se único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Acredito também que o o suicida tenta depositar a culpa de sua morte nos outros indivíduos que compõem seu ambiente social, principalmente nos mais próximos. Neste caso o suicídio funciona como um ‘’castigo’’. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve. Por isto os recados dizendo “agora você vai se lembrar de mim o resto de sua vida”. Na civilização romana, importante era a forma de morrer: com dignidade e no momento certo. Para os primeiros cristãos, a morte equivalia à libertação, pois a doutrina pregava que a vida era um “vale de lágrimas e pecados”. Nesse momento a morte surgia como um atalho ao paraíso. Nos séculos V e VI, nos Concílios de Orleans, Braga e Toledo, proibiram as honras fúnebres aos suicidas, e determinaram que mesmo aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Os familiares dos

suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma áurea de respeitabilidade.

Em outras culturas, o suicídio era um ato de bravura, como quando os kamikazes direcionaram seus aviões-bomba aos contratorpedeiros americanos em Pearl Harbor. Quando buscamos uma solução bíblica encontramos “nenhum homicida tem permanente, nele, a vida eterna” (1 João 3.15). O Marquês de Maricá dizia: “Os nossos maiores inimigos existem dentro de nós mesmos” uma fronteira tênue.

Não pretendo conceituar o suicídio, mas contribuir para os que estão em volta de alguém com um problema que pra ele ou ela é incalculável, e que se deprime ou se anula como pessoa, podendo desenvolver um quadro de depressão, que pra mim é o mal do século; pois as famílias não conversam mais, não almoçam juntas e não temos mais cadeiras nas calçadas. Acredito ainda, que o suicidado quer verbalizar a todos, que sua palavra precisa ter valor; que precisa de atenção, claro, como todos nós! Por isso nunca esqueça do seu próximo, de responder as mensagens, de retornar quando possível, a ligação, de agradecer pelo que faz ,(isso mesmo: não ser ingrata nem egoísta)...isso faz uma diferença incomensurável: acredite!

*Articulista

PRATIQUE A PALAVRA DE DEUS

A Palavra de Deus é luz que nos guia na escuridão “Assim diz o Senhor: Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne. Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. Então invocarás o Senhor e ele dirá: “Eis-me aqui”. Se destruíres teus instrumentos de opressão, e d e i x a r e s o s h á b i t o s a u t o r i t á r i o s e a l i n g u a g e m maldosa; se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo o socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio dia.” (Isaías 58: 7-10)

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Autoridades de saúde encaram desafio de manter regras

de biossegurança com relaxamento da população

A pandemia da covid-19 não acabou em Mato Grosso do Sul e apesar das quedas nos números de mortes e internações ligadas à doença, a identificação que uma nova variante circula pela região de Corumbá fez com que as autoridades de saúde retomassem um novo cenário de preocupação. A variante Delta foi identificada em uma moradora de Ladário no dia 6 de setembro e a partir do dia 8, o município foi classificado para a bandeira vermelha, com grau alto de contaminação. Mesmo Corumbá foi impactada e a cidade está na bandeira amarela, de grau tolerável. Essa classificação também significou que a população precisará ajudar no combate à pandemia da covid-19, principalmente evitando as aglomerações, ainda mais à noite, em bares e festas. Para regular essa situação, os fiscais da vigilância e guardas municipais terão papel fundamental na orientação e fiscalização com relação aos critérios de biossegurança.

O trabalho de acompanhamento de irregularidades ligadas ao decreto municipal com regras de biossegurança passou a ser feito de forma mais rigorosa. Bares e conveniências que extrapolarem o horário limite de atendimento estão passíveis de serem lacrados e os proprietários, multados.

Outro fator nessa esteira de exigências para evitar uma maior transmissão está na permanecência da exigência sobre o uso de máscara, que segue em vigor. Andar de máscara pelas ruas em Corumbá, nas últimas semanas, está tornando-se

algo menos comum do que se via há 5 meses.

“Estamos ainda na bandeira amarela, em um processo de trabalho. Continua a cobrança por questão de biossegurança, a responsabilidade individual e coletiva. A Prefeitura de Corumbá e a Secretaria de Saúde estão fazendo um trabalho com as demais secretarias no que concerce à segurança da população”, explica o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite.

O chefe da pasta pontua que a fiscalização sanitária deverá ser desenvolvida com mais rigor, principalmente nos estabelecimentos que descumprem as ordens de combate à covid-19. “Vamos avançar no processo de imunização, continuaremos cobrando o uso de máscaras e também vamos seguir as orientações da Vigilância Estadual frente a bandeira amarela que nós estamos”, reforça o secretário com relação as régras de fechamento e combate às aglomerações.

A Polícia Militar é um dos órgãos que fará o enfrentamento nas ruas com relação à tumulto e aglomerações. Além da PM, a Guarda Municipal também está fazendo esse enfrentamento diário, acompanhados fiscais de saúde, comunicou a Prefeitura.

Sobre o uso de máscara, por exemplo, a obrigatoriedade de se usar o equipamento na rua e em locais fechados segue sendo obrigatório por conta do decreto municipal nº 2.300, de 5 de maio de 2020. A legislação, inclusive, prevê

que as pessoas que desobedecerem a regra podem pagar multa de 100 VRM (valor referência do município) a 15 mil (VRM), o que equivale a R$ 207 e R$ 31.050.

O coordenador do Grupo de Fiscalização Integrada (GFI) de Corumbá, Luciano Cruz, pontua que a obrigatoriedade do uso de máscara segue vigente e a fiscalização também. Pedestres, por exemplo, não chegam a ser abordados sobre o uso da máscara, mas as empresas acabam tendo maior responsabilidade no âmbito desse monitoramento.

“Existe previsão legal do uso de máscaras. Já foram aplicadas multas em empresas que deixaram de cumprir a norma. Já foram lavradas mais de R$ 20 mil em multas relacionadas à biossegurança”, detalha Cruz, ao mencionar valor de penalizações realizadas não só por falta de uso de máscara, mas por desrespeito a outras regras de biossegurança.

Aparecido Brandão, 49 anos, foi a primeira pessoa em Corumbá a ser contaminada pela covid-19 e ele confirma que o desuso da máscara é visível. “Lá na minha empresa eu até brigo com meus funcionários. Eu falo para eles que daqui para fora podem até ficar sem, mas durante o trabalho é preciso (usar). Acham que com a vacina ninguém mais pega a doença, não é verdade. A vacina não protege 100% e a pandemia não acabou”, relata o serralheiro, que tem dois funcionários e ficou com sequelas, como cansaço além do comum.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista em Corumbá, Otávio Philbois, reforça que a

entidade orienta os empresários a manter as regras de biossegurança nas lojas, incluindo tanto orientação para funcionários, como para os clientes sobre o uso de máscaras. “Continuamos orientando pela necessidade de continuarmos com os mesmos protocolos de segurança, especialmente as máscaras”, afirma.

“Continuam as medidas de biossegurança. Tem toque de recolher da meia-noite às 5h. Tem 50% de capacidade limitada nos estabelecimentos como restaurantes e similares. O uso de máscara continua e a fiscalização segue, podendo ser feita 24 horas por dia através do Grupo de Fiscalização Integrada. O GFI segue também podendo controlar espaços públicos com aglomerações”, reconhece Luciano Cruz, que coordena o setor.

Bares e aglomerações

Desde final de agosto, a movimentação no Porto Geral e em bares em Corumbá passou a aumentar consideravelmente após o anúncio do Estado que as prefeituras poderiam suspender o toque de recolher e relaxar as regras de biossegurança. No Estado, a partir do dia 23 de agosto, houve deliberação que os municípios podiam suspender as medidas restritivas, inclusive o toque de recolher. Mesmo que a Capital do Pantanal superou a marca de 70% de habitantes imunizados com dose única ou duas doses da vacina contra covid-19, o governo municipal decidiu seguir com restrições e a obrigatoriedade de uso de máscara está na lista.

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REPORTAGEM ESPECIAL

Com Dílson Fonseca (DRT-1583/MS)

Independência do Brasil: a pátria

além do hino e da bandeira

Documentos e narrativas ajudam a formar

um olhar crítico sobre a história do país

POR:Pedro Annunciato

O homem por trás da espada Embora na iconografia ele apareça como

herói nacional e grande líder militar, vale ressaltar que D. Pedro I era um chefe de Estado com imensas dificuldades de governar. Do ponto de vista institucional, o imperador tinha somente o Poder Moderador, cuja atribuição era mediar conflitos. Porém, na prática, acumulava também o Poder Executivo, responsável pelas decisões administrativas. A edição de 17 de agosto de 1822 do Correio do Rio de Janeiro trazia na primeira página o Manifesto do Príncipe Regente do Brasil aos Governos e Nações Amigas. No documento, D. Pedro I discorria sobre as razões do rompimento definitivo que ocorreria semanas depois, em 7 de setembro. O então príncipe regente do Brasil criticava a ambição portuguesa na exploração das terras descobertas por Cabral, os pesados impostos da coroa sobre a extração do ouro e as “leis tirânicas” que amarravam a colônia a um severo sistema econômico de servidão à metrópole.

Os tempos eram de agitação: proprietários rurais, burocratas, membros da Justiça e comerciantes que haviam se beneficiado da recente abertura dos portos pressionavam pela independência, revoltas separatistas eclodiam por toda a colônia e a escravidão ainda era realidade para mais de um milhão de negros em 1819.Diante da quantidade e da complexidade de atores e processos, orientar os alunos para ter uma visão crítica dos acontecimentos não é fácil. A escola tende a ensinar uma história cívica, herança da Educação nacionalista do século 19, quando o Brasil Império buscava construir sua identidade. Por isso a bandeira e o grito às margens do Ipiranga são referências do tempo em que os atuais professores de História sentavam nos bancos escolares e marcam o imaginário coletivo, exigindo desmistificação. “Hoje, o objetivo deve ser entender como as narrativas da independência foram construídas e chegaram até nós”, diz Juliano Sobrinho, professor de História na Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo.Com essa preocupação, o professor Luiz Paulo Lima analisou diversos discursos antigos e atuais com a turma do 8º ano da EM Ceará, na zona norte do Rio de Janeiro. Independência para

quem? Apesar do clima de festa e libertação de alguns registros históricos,

a vida no Brasil Império era marcada pelo autoritarismo. Após a independência, a escravidão foi mantida. Não havia liberdade de imprensa, pouquíssimas pessoas tinham direito a voto e a relação entre os poderes era tensa. Em 1824, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte e outorgou a primeira Constituição brasileira. O docente começou projetando uma série de pinturas que retratam a América portuguesa e a família real, que vivia no Rio de Janeiro desde 1808. Além de obras clássicas, como

Independência ou Morte (1888), de Pedro Américo (1843-1905) e A Proclamação da Independência (1844), de François-René Moreaux

(1807-1860), Lima escolheu aquarelas menos conhecidas. Jovens Negras Indo à

Igreja para Serem Batizadas (1821) e Tribo Guaicuru em Busca de Novas Pastagens (1823), ambas de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), mostram a

situação de negros e índios. Também foram analisados diferentes retratos de D. Pedro I”Que tipos de pessoas estão representados? Em que lugares? Como são suas vestimentas? O que fazem? A partir dessas perguntas básicas, os alunos conseguem descrever as imagens e notar diferenças entre elas”, conta Lima. “Também lemos artigos de jornais da época para observar que não existe uma única versão dos fatos”, completa. O professor acrescentou narrativas concebidas no presente, como os sambas-enredo da Imperatriz Leopoldinense: João e Marias (2008) narra a chegada da família real ao Brasil; Leopoldina, a Imperatriz do Brasil (1996) fala sobre a princesa austríaca que se casou com o imperador. “Os alunos se identificam muito com essa escola de samba. Muitos moram próximo à quadra e os pais desfilam por ela no Carnaval”, comenta. Divididos em grupos, os estudantes compararam as pinturas antigas aos discursos dos sambas sobre os mesmos acontecimentos. Puderam pesquisar mais detalhes em livros didáticos,

dicionários e na internet e, em seguida, apresentaram as conclusões à sala. Durante a atividade, notaram os diferentes pontos de vista registrados nos materiais analisados. Um exemplo: o samba-enredo de 1996 dá a entender que a Imperatriz Leopoldina influenciou D. Pedro I a proclamar a independência, mas ela nem sequer aparece nos quadros da época ou nos artigos de jornais analisados. “Se o professor proporciona uma reflexão sobre como a história é construída, os alunos são levados a criticar os documentos. Não é interessante usá-los apenas para ilustrar as falas”, aponta Sobrinho. Identidade nacional Quem vivia aqui no século 19 não tinha a percepção de que era brasileiro, já que ainda não existia um estado nacional. Vale mostrar aos alunos que boa parte do interior do país era desconhecida e que o Brasil Império teve que se esforçar para manter sua unidade territorial frente a movimentos separatistas. Levante a espada quem nunca ouviu falar que a bandeira brasileira traz o verde das nossas matas e o amarelo do nosso ouro ou jamais celebrou o 7 de Setembro no pátio da escola. No Ensino Fundamental 1, as aulas de História ainda são muito atreladas às datas comemorativas. “Só porque os pequenos memorizaram alguns fatos não quer dizer que se tratou do tema da independência do Brasil adequadamente”, alerta Daniel Helene, coordenador pedagógico do Centro de Estudar Acaia Sagarana. Além disso, as crianças menores têm dificuldade de entender conceitos complexos como o que significa deixar de ser colônia. Então, como trabalhar esse assunto? “O maior cuidado é não dar um sentido de louvação, mas de compreensão desses símbolos nacionais. O olhar sobre eles pode ter mais historicidade”, sugere Lucas Monteiro, professor de História da Escola Santi, em São Paulo.

Uma possibilidade é partir do imaginário dos alunos. Francisco Lisboa, docente da EM Professor Luiz Costa, em Fortaleza, adotou essa linha com a turma do 6º ano, recém-chegada do Ensino Fundamental 1. Ele explica que, nas séries iniciais, trabalha-se muito a questão das representações sociais ligadas ao conceito de autoridade. “É preciso respeitar o horizonte imaginativo. Inicialmente, a criança quer ser o imperador, montar o cavalo, usar aquelas roupas. Aos poucos, isso vai mudando”, diz Lisboa.

Essa abordagem desmistifica a figura do governante ao enfatizar suas funções institucionais. O docente explica as tarefas burocráticas e o papel político que D. Pedro I cumpria, comparando-os aos cargos e poderes políticos do atual sistema de governo brasileiro. “O grande objetivo não é dizer ao aluno que ele está equivocado, mas trabalhar elementos para que possa construir uma imagem dos personagens históricos mais próxima da realidade”, comenta o professor.”As crianças veem a batalha do quadro do Pedro Américo e perguntam: ‘Mas Dom Pedro precisava mesmo de uma espada?’. Explico que existe um lado simbólico na arte e que aquela pintura é uma representação”, conta Lisboa. Esse tipo de reflexão, em que os alunos procuram compreender as motivações de quem fazia o registro histórico, ajuda a dissolver estereótipos. “É importante que os estudantes vejam que a gente precisa de documentos para construir o conhecimento de História, que façam esse “tatear” histórico e entendam que uma pintura, por exemplo, é uma recriação do artista”, diz Helene.

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Pais de alunos tentam mobilização para

evitar fechamento do centenário Cenic

Por Rodolfo César

Dezenas de pais de alunos do Colégio Imaculada Conceição (Cenic) decidiram reunir-se para tentar evitar o fechamento da escola centenária de Corumbá. O Cenic tem 140 alunos, atualmente, mas precisaria de ao menos 300 para continuar sendo viável. As dificuldades ligadas à questão financeira, algo que já perdura há alguns anos, chegou ao momento de não ser mais sustentável. O pedido de apoio também chegou à esfera política da cidade, mas por enquanto não existe cenário para reversão do término das atividades. A barreira financeira é um desafio real que a instituição enfrenta, porém existe outro que é uma redução significativa de Irmãs para continuar o trabalho das Irmãs Salesianas. A decisão sobre o fechamento está sacramentada e foi divulgada oficialmente por meio de nota da diretora do Cenic, Irmã Maria Aparecida Lopes de Souza, em 1º de setembro.

“Há 117 anos, nós chegamos em Corumbá e assumimos o Colégio Imaculada Conceição (...). O Colégio cresceu e se consolidou, buscando sempre oferecer educação de qualidade, priorizando a formação integral, à luz dos valores evangélicos, o que o fez ser reconhecido como Instituição conceituada. Fazemos uma memória agradecida porque foram muitos anos de serviço educacional nesta cidade, em que muitas pessoas fizeram e fazem parte da história construída com dedicação e comprometimento. Comunicamos a decisão do encerramento das atividades educacionais do Colégio Imaculada Conceição, no final do ano letivo de 2021. Sentimos muito, mas foi uma decisão necessária a se tomar no contexto atual”, especificou a nota.

As aulas no Cenic vão até 31 de dezembro deste ano, mas os pais de alunos decidiram fazer apelos pela cidade para tentar evitar o fechamento. A primeira iniciativa do grupo foi produzir uma arte que está circulando em redes sociais para alertar sobre o fato. “Há 117 anos, o Colégio Imaculada Conceição vem formando bons cristãos e honestos cidadãos na cidade de Corumbá. Não deixe essa história acabar!”, defende a mensagem.

Também foi criada a #ficacenic para concentrar os assuntos tratados sobre o tema. “Todos os pais ficaram muito tristes com o fechamento da escola. É uma escola muito querida, que se preocupa muito com o bem-estar dos alunos. Não que as outras não façam isso, mas lá tem a visão das Irmãs. Meu filho, que tem necessidades especiais, elas fazem uma parte de inclusão muito boa. Os amigos respeitam muito. Para quem é católico, também tem um diferencial”, reconhece Ana Paula Honório, que é mãe de um estudante de 11 anos e estuda no 4º.

O movimento para tentar garantir a permanência do colégio vai seguir até o final do ano, mesmo com as dificuldades relatadas pela diretoria e com a decisão praticamente irrevogável. Conforme Ana Paula, que faz parte do grupo que tenta mudar essa história, a mobilização está ganhando cada vez mais força. “Começou com uma das mães, que passou a postar (para defender o não fechamento). Professores também (postaram). E ninguém quer que a escola feche. Essa escola é praticamente um patrimônio histórico de Corumbá, tem mais de 100 anos. Todos ficaram arrasados”, relata.

As tratativas para evitar o fechamento não estão só nas redes sociais. Na quinta-feira (9), as Irmãs Maria Aparecida Lopes e Ângela, foram conversar com a deputada federal Bia Cavassa (PSDB) para tentar medidas que possam reverter o fechamento. “Não deixe essa história acabar. É essa bandeira que eu, cidadã corumbaense, levanto junto com a comunidade. Acredito que juntos buscaremos uma alternativa para o não fechamento dessa tão importante instituição educacional”, pontua a deputada. Nesse primeiro contato Bia Cavassa não divulgou que medidas podem ser tomadas.

Irmã Maria, em conversa com o

Correio de Corumbá, reconhece que

reverter o fechamento é uma missão complicada. “Nós não temos como reverter o processo. Nós não temos o número de alunos então não temos como continuar abertos. Só se houvesse um milagre”, explica. Ela reconhece que a dificuldade financeira em manter o Cenic aberto é grande obstáculo e além de dobrar

o número de alunos matriculados seria preciso outras ações. “A gente estava protelando, inventava uma promoção, fazia tudo o que podia. Começamos a negociar aluguéis desde 2018 para poder ajudar nessa questão”

O quadro de funcionários, atualmente em 37, também está ciente das mudanças iminentes e todos serão desligados em 31 de dezembro de 2021. Os contrato com os alunos matriculados vai também o último dia deste ano. Houve conversa com mais três escolas sobre a possibilidade de absorver os estudantes do colégio e a situação foi exposta aos pais, que poderão escolher a unidade de ensino que quiserem.

O prédio onde funciona o Colégio Imaculada Conceição segue sob a administração das Irmãs Salesianas e não existe previsão para ser vendido. No mesmo espaço já existe outra escola em funcionamento que é o ENAM. Também há salas ocupadas por unidade local da instituição de ensino superior Unigran, que tem sede em Campo Grande.

História centenária

Em 16 de fevereiro de 1904 foi fundado o Cenic. Porém, na época o nome era Genic. A direção do local é das Filhas de Maria Auxiliadora, que são Irmãs Salesianas vindas para Corumbá com a missão espiritual de atuar no ensino por meio o sistema preventivo de São João Bosco. Essa história começou no dia 13 de fevereiro de 1904. Conforme reportagem do Correio de

Corumbá de setembro de 2013, às

11h, na cidade de Cuiabá (MT) embarcaram na lancha Ipiranga

comanda por Henrique Santa Ana com destino a Corumbá as quatro irmãs: Irmã Natividade Rodrigues, Irmã Anita Gudehus, Irmã Júlio Massolo e Irmã Luiza Marques. Elas viajaram por três dias até chegar a Corumbá.

Inicialmente, a escola foi um centro de catequese. Depois, funcionou como colégio internato para meninas.

Além do colégio na educação infantil e no ensino fundamental, há atividades sociais desenvolvidas no bairro Aeroporto para crianças, adolescentes e jovens. ,

O trabalho educacional é desenvolvido nos pilares definidos como razão, religião e amorevollezza, que tem como princípio o afeto para criar confiança. Por conta do relacionamento da instituição com os alunos, há um engajamento grande principalmente com as ex-alunas. Existe, inclusive, uma Confederação Mundial das Ex-Alunas e dos Ex-alunos das Filhas de Maria Auxiliadora.

A estrutura do Cenic conta com quadra, laboratório, parque infantil, biblioteca, quarto do sono, laboratório de química e biologia, salas para balé de karatê, capela, cozinha experimental, cantina escolar e horta pedagógica. Entre as atividades extras que são oferecidas estão piano, futsal, xadrez, além de balé e karatê.

Em 2019, a direção criou o período integral de ensino para crianças de 3 a 7 anos. Como é um colégio particular, o valor da mensalidade cobrada neste 2021 é de R$ 430 para o ensino chamado integral, com atividades extras à tarde e aulas com grade disciplinar básica de segunda a sexta, das 7h às 12h.

Histórica fachada do Colégio Cenic

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- Projeto selecionado, mas que depende de liberação de

recurso, tem duração de 5 anos e vai atuar em 2 mil hectares

-Mais de R$ 105 milhões são projetados para reverter

parte do desastre ambiental no Rio Taquari

Por Rodolfo César

A recuperação do Alto Taquari, em uma área envolvendo Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, está avaliada em R$ 105,8 milhões e agora depende da efetiva liberação de recursos. O projeto está sob análise e foi selecionado em março deste ano no âmbito do Pró-Águas Taquari, no Programa Águas Brasileiras, do Ministério do Desenvolvimento Regional. O recurso para financiar a proposta é ainda um impasse, porque ele foi apresentado para captar dinheiro do Caixa Florestas, mas o banco estatal não efetuou a liberação.

Por parte do governo do Estado também não há ainda interlocução para buscar na iniciativa privada o financiamento da proposta, que tem previsão para ser concluída em 5 anos após ser iniciada. Essa intervenção tem impacto direto no bioma que envolve Corumbá porque o Rio Taquari é um dos principais formadores do Pantanal brasileiro. A recuperação dessa região tem abrangência nos municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari, em Mato Grosso, e Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso e São Gabriel do Oeste. Refere-se a uma população de 162.103 habitantes, sendo que a maioria está em MS (131.585).

O Rio Taquari vem sofrendo diversos impactos de degradação ambiental por décadas. Mesmo sua importância para todo um bioma não reduziu esses danos. A bacia hidrográfica do Taquari tem uma área de 78 mil km² e nasce em Alto Taquari (MT) para depois descer até Mato Grosso do Sul e seguir no sentido leste-oeste, em uma extensão de 800 km. Desse total, 500 km estão na planície pantaneira, área que mais tem sofrido com a intervenção humana.

A Embrapa Pantanal faz acompanhamento das condições do Rio Taquari. Estudos apontam que naturalmente a bacia sofre com a sedimentação, porém esse processo foi acelerado ao longo dos anos. Dados apresentados pela entidade e que constam também no projeto

de recuperação mostram que a sedimentação diária é de cerca de 36 mil toneladas.

“Isso acontece devido ao forte potencial erosivo dos solos, ao regime de chuvas da região, às elevações de nível da água do Rio Paraguai em boa parte do ano e à enorme diferença de nível entre a nascente e a foz, fazendo com que o rio passe, nas suas cabeceiras, de uma altitude de 800 m para 200 m em apenas 300 km de extensão. Entretanto, é inegável que as atividades antrópicas na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Taquari tiveram grande contribuição para a aceleração do processo de assoreamento do Rio Taquari, o que somente reforça a necessidade de revitalização da bacia”, detalha o estudo de recuperação elaborado pelo projeto Pró-águas Taquari, do Instituto Espinhaço, de Brasília (DF).

Com relação às atividades humanas que interferiram diretamente para a degradação do Rio Taquari, a Embrapa Pantanal conclui que a atividade agropecuária incentivada em meados de 1970 na região não ocorreu de forma coordenada e alinhada com conceitos de proteção ambiental. “A rápida e desordenada expansão da atividade agropecuária, iniciada em meados da década de 70, no planalto da Bacia do Rio Taquari, intensificou a entrada de sedimentos na Planície Pantaneira, dando origem ao mais grave problema ambiental e socioeconômico do Pantanal: o assoreamento do Rio Taquari no seu baixo curso. Esse assoreamento fez com que milhares de quilômetros quadrados de terras localizadas no Pantanal passassem a ficar inundadas permanentemente, acarretando sérios impactos ao meio-ambiente e a sócio-economia dessa região”, indica a autarquia federal.

No final de 1970, lavouras e pastagens ocupavam cerca de 3% da Bacia do Alto Taquari. No começo dos anos 2000, a agropecuária ocupava pouco mais de 60% dessa mesma área. Um aumento de quase 2000%, sendo

que a pastagem é a principal ocupação, com cerca de 55%. Esses números foram identificados na Acta Limnológica Brasiliensia, de D.F. Calheiros e M.D. Oliveira; e na Análise multivariada em zoneamento para planejamento ambiental, de J. Dos S. V. Da Silva. Esse projeto sob análise de recuperação prevê atuar fora da planície pantaneira, porém buscando a conservação do solo e da água, além da recomposição de vegetação nativa ao longo de 2 mil hectares, tanto em Mato Grosso como em Mato Grosso do Sul. A proposta é que com esse investimento, a disponibilidade de água seja aumentada no Rio Taquari. Essas ações vão envolver interação com 5.989 propriedades rurais que estão cadastradas no CAR, justamente na área de abrangência do projeto. A participação do produtor rural nessa recuperação vai ser necessária.

“A proposta de educação ambiental para as comunidades será adequada às características dos diferentes públicos. Serão realizadas oficinas com os produtores rurais, seminários para lideranças públicas e estudantes do ensino superior, momentos de educação ambiental nas escolas de ensino primário, fundamental e médio, além de cursos de capacitação de professores para ações de educação ambiental”, indica o Instituto Pinhaço.

E apesar das ações estarem focadas para serem realizadas no Alto Taquari, o projeto aponta que

outras partes da bacia serão beneficiadas. O Médio e Baixo Taquari, localizados na planície pantaneira, representam 64% da área total da bacia hidrográfica, porém o Alto Taquari produz 16% do volme de água do Pantanal.

“As ações propostas pelo projeto Pró-Águas Taquari deverão levar para toda a Bacia Hidrográfica do Rio Taquari a melhoria na quantidade e na qualidade da água para o abastecimento público, para a navegação e também para as atividades socioeconômicas como a agricultura, a pecuária e a pesca, que são desenvolvidas ao longo de suas extensões. Espera-se, assim, que a região sofra os impactos positivos das ações do projeto Pró-Águas Taquari, revertendo o atual quadro de instabilidade produtiva que vem sendo observado nas últimas décadas na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari”, garante o estudo.

O pesquisador da Embrapa Pantanal Carlos Padovani salienta que os problemas em diferentes áreas do Rio Taquari seguem sendo monitorados. Danos que foram causados por ações humanas conseguiram alterar toda a dinâmica de trechos do curso d’água que atualmente enfrentam uma estiagem severa. Quando esse período for concluído, que há previsão para ocorrer depois de 2024, e houver cheia, novas áreas com sedimentações poderão ocorrer. Uma das regiões onde houve um grande efeito sobre o volume de

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água do rio é no Caronal. Esse desastre ambiental que ocorreu aos poucos e ao longo de quatro décadas, atingiu parte da sub-bacia do Paiaguás, do Pantanal. Após o período de seca, existe a previsão que novos impactos vão surgir. “A avulsão no Caronal se completou, isolando o trecho rio abaixo que havia secado na sua maior extensão. Áreas antes sob risco de avulsões e inundações pelo Taquari ficaram livres desse risco. O trecho que passou a ser o canal do rio, no Paiaguás, antes em grande parte permanentemente inundável, vai passar pela instabilidade de avulsões quando a estiagem terminar”, detalha o biólogo Carlos Padovani, que acompanha a situação do Taquari e do Pantanal há mais de uma década.

Não houve especificação sobre os efeitos que a atuação em 2 mil hectares do projeto Pró-Águas Taquari vai causar em locais que o rio teve seu curso alterado e mudou a dinâmica de áreas alagadas e não alagadas no Pantanal, principalmente no Caronal. Essa repercussão ainda será observada no futuro. No Alto Taquari, há 1.414 hectares de áreas de preservação permanente (APP) para serem recuperadas, conforme declaração de proprietários rurais a

partir de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Conforme a Caixa Econômica Federal, o Fundo Socioambiental Caixa para preservação e conservação ambiental vai ter pelo menos R$ 150 milhões para ações de preservação. Na atual etapa do programa, 3,5 milhões de hectares serão atingidos com 10 milhões de árvores a serem plantadas não só no bioma que envolve o Taquari, mas em outros do Brasil.

Um outro projeto, de menor alcance, já teve valor aprovado (R$ 3,2 milhões) para ser financiado pelo Caixa Florestas. Essa proposta tem atuação em área menor que 60 hectares na região do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari.

Em junho deste ano, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e

Agricultura Familiar), o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, levaram o vice-presidente de Negócios e Varejo da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo e equipe do programa Caixa Florestas para visitar o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari para validar o projeto Pró-Águas para recuperar essa área menor do Taquari.

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FRENTE AMPLA PELA

DEMOCRACIA MS

A democracia é uma conquista da civilização. Fora dela, só a barbárie. No Brasil ela foi conquistada com dura luta. Na década de 1980, os brasileiros foram às ruas no movimento “Diretas Já”. Esse movimento permitiu a conquista da Constituição de 1988 com todo um regramento democrático pactuado, inclusive as eleições diretas. A amplitude dessa frente política foi a condição da vitória. Três décadas depois, a Democracia brasileira encontra-se ameaçada.

No epicentro dessa crise está o Presidente da República, um populista incapaz de enfrentar a crise sanitária, o desemprego e a inflação. Além disso, investe contra as instituições democráticas e o estado de direito. Sentindo-se ameaçado quanto à sua reeleição, lança-se diariamente na construção de crises que têm o objetivo de criar uma cortina de fumaça para tentar esconder seus propósitos autoritários de ruptura da ordem democrática, com um golpe de Estado.

Não resta aos brasileiros outro caminho senão o da resistência com a formação de uma frente ampla democrática. Esse manifesto é uma conclamação à luta contra as ameaças de golpes que pairam sobre o país. Conclamamos também ao apoio ao trabalho da CPI do COVID 19, que está revelando toda a extensão da incapacidade da área de Saúde do governo e expondo fortes indícios de envolvimento com a corrupção.

Nosso caminho é construir um combate sem tréguas em todas as frentes, nos parlamentos, nas instituições sociais, nas redes e principalmente nas ruas. Devemos apoiar as passeatas que têm sido realizadas, cobrando o seu caráter aberto e democrático, levando a elas todas as cores com as quais os brasileiros se identificam.

A luta pela democracia deve ser de todos.

Acileu Brun (Músico e Compositor; Academia de Letras do Brasil, seccional de Campo Grande); Ahmad Schabib Hany (Professor; UFMS); Aldo José dos Santos (Vereador de Anastácio; PDT); Aleixo Paraguassú Netto ( Juiz de direito ; aposentado); Alexandre de Morais Cantero Advogado trabalhista; Conselho OAB nacional); Alfredo Sulzer (Economista); Ályson Jordan Ladislau Gamarra (Produtor Cultural; Amarildo Cruz (Deputado Estadual; PT); Amarílio Ferreira Junior (prof. UFSCar); Ana Claudia Salomão da Silva (Jornalista; Sindicato dos Jornalista de MS e diretor da CUT-MS); André Luiz das Neves Pereira (Advogado trabalhista); Antônio Firmino de Oliveira Neto (Geógrafo; Professor da UFMS); Aparecida Bueno Nogueira (Engenheira e profissional de Saúde Pública); Arthur Pedro Jara Cristaldo (Advogado trabalhista); Athayde Nery de Freitas Júnior (Advogado ; Cidadania); Beatriz Rahe Pereira (Cirurgiã-dentista); Ben Hur Ferreira (Advogado; Professor UCDB); Bianca Maria Machado de Oliveira (Atriz e Produtora cultural; Fórum de Cultura MS); Branca Maria de Menezes (Professora universitária); Bosco Martins (Jornalista); Camila B. Jara (Vereadora; PT); Carla Centeno (Professora ; UEMS); Carmelino Rezende (Advogado; Cidadania); Carmem Ferreira Barbosa (Assistente Social); Celso Cordoniz (médico); Celso Costa (Arquiteto e Urbanista); Celso Pereira da Silva (Advogado trabalhista; ex-Delegado Regional do Trabalho MS); Celso Petit Mercado (Músico); Dagoberto Nogueira Filho (Advogado e Administrador; Deputado Federal PDT); Daniel Estevam Miranda (Professor; UEMS); Dante Teixeira de Godoy Filho (Jornalista e Escritor); Dario Pires Xavier (Químico; Professor UFMS); Demétrio Ferreira de Freitas (Sindicalista; Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos de Campo Grande, MS.); Dirceu de Oliveira Peters (Arquiteto e Urbanista); Edilson dos Santos Sarate (Economista, Assessor parlamentar; PT); Edir S. Viégas (Jornalistra); Eduardo Rocha (Dep. Estadual PMDB); Eliza Cesco (Professora, UEMS); Elma Tânia de Oliveira Gomes (Técnica em enfermagem ); Elvio Garabini (Arquiteto e Urbanista); Emidia Lopes Penha (Professora e Escritora ; Academia de Letras do Brasil/Campo Grande); Fábio Alex Salomão Bezerra

(Advogado e Sindicalista; Presidente Sindimassa /Secretario Geral Federação Trabalhadores em Panificação); Fábio Trad (Advogado; Deputado Federal PSD); Fausto Matto Grosso (Professor UFMS; Cidadania); Fayez José Rizk (Arquiteto e Urbanista); Felipe de Moraes Gonçalves Mendes (Advogado trabalhista); Gabriel Felipe Felix (Músico e Cineasta); Gaspar Francisco Hickmann (Advogado e dirigente sindical; Slndsep-MS); Geraldo Espíndola (músico; compositor); Gilmar Conceição; Gregória Mirtes Belmondes (Servidora pública federal); Heitor Miranda (Procurador de Justiça aposentado; Consultor em logística); Luiz Herique Mandetta (Médico; DEM); Ismael Gonçalves (Advogado trabalhista); Izaias Pereira da Costa (Médico; UFMS); Jairo Fontoura Corrêa (Advogado; ex-vereador); James Jorge; João Carlos T. Gordin (Economista); João Leite Schimidt (Advogado; PDT); Jorge Chacha (Médico; ex-Reitor UFMS); Jorge Eremites de Oliveira (Professor em História; UFPEL); Jorge Marques Batista (Servidor Público; aposentado); José Francisco Ferrari (Arte Educador; Ativista cultural); José Luiz dos Santos Filho (Funcionário dos Correios); José Orcirio Miranda dos Santos (Bancário; Produtor rural; empresário turismo; ex-governador do Estado); José Ribas Woitschach (Publicitário; assessor Sindimassa); Jozyne Andrea Simioli Fontoura Correa (Assistente Social); Jussimara Barbosa Bacha (Psicóloga; Empresária Rural); Katia Nascimento Figueira (Professora; UEMS); Lairson Palermo (Advogado; ADJC/MS); Lamartine Santos Ribeiro (Professor ; UCDB); Landes Pereira (Economista; Consultor de agronegócio, articulista); Lázaro de Godoy Neto (Biólogo; Presidente do Sindagua-MS); LeandroM.Barbosa (historiador; Func. Público); Leia Teixeira (Prof.UFMS, mov. Mulheres e povos indígenas); Lucimar Rez; Luiz Gonçalves Mendes Júnior (Farmacêutico; Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de MS (SINFAR/MS); Luiz Herique Mandetta (Médico; DEM); Luiz Taques (Jornalista e escritor); Maíra Maluf Esselin (Médica); Marcelo Bluma (Engenheiro Civil / Advogado; Presidente Estadual do Partido Verde / MS); Márcia dos Reis Meggiolaro (Jornalista aposentada; UFMS); Marcia Ledesma (Assistente administrativo; Cidadania); Márcia Regina Ledesma Vaneli (Assistente administrativo; Cidadania); Maria Augusta Rahe Pereira (Médica; Cidadania); Maria Celina Piazza (Química ; UFMS); Maria Cristina de Matos Maluf (Professora ; Rede Pública); Marisa Bittar ( Prof. UFSCar); Maria Emilia Sulzer (Assistente Social); Maria Helena Silva Andrade (Bióloga; Professora); Mário Cesar Fonseca (Advogado; Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania - ADJC); Mariza Pereira Santos (Psicóloga); Matheus Seixas Cavalcante (Gestor de Recursos Humanos; Liderança Acredito MS); Marta Hoffman (Eng. Florestal); Milton Mariani (Professor ; Democracia Já); Moacir Saturnino de Lacerda (Engenheiro ; meio ambiente/música); Myrian Conceição Silvestre dos Santos (Aposentada; Empresária); Natacha Simei Leal (Antropóloga; Professora universitária); Neide Gomes de Moraes (Advogada; PT); Neila Janes (Arquiteta e Urbanista, UNIDERP);Neuza Chacha (Jornalista); Horácio Cerzosimo (Eng. Agrônomo); Paulo Cabral (Sociólogo); Pedro Celestino Pereira (Engenheiro); Paulo Cesar; Paulo Marcos Esselin (Professor; ADUFMS); Paulo Roberto Cimó Queiroz (Professor; UFGD); Paulo Roberto Paraguassú (Comerciário); Pedro César; Pedro Kemp (Deputado Estadual; PT); Ricardo Maia (Cientista Social; Cidadania); Roberto Figueiredo (Professor); Rogê Teissere Delgado (Gestor; PV); Semy Ferraz (Engenheiro, direitos humanos); Sergio Cruz (jornalista); Silvana Terena (Artesã e microempresária; Cidadania); Silvia Cesco (Poetisa romancista e Professora de português); Silvia Rahe Pereira (Bióloga); Simone Tebet (Advogada e Senadora); Suely Pletz Neder (Defensora Pública ; aposentada); Suzana Dias de Souza de Albuquerque (Artesão e micro empresária; Cidadania); Tânia Bertolotto (Médica); Tânia Mara; Tito Carlos M Oliveira (Geógrafo; UFMS); Valdeli Van; Valter Pereira (Advogado; Constituinte de 88 e ex-senador); Vânia Aparecida; Vânia Mugartt (Professora/Administradora de Empresas; Coletivo Mães de Bonito / PSB); Vera Lúcia Kodjaoglanian (Saúde pública); Vinicius de Moraes G. Mendes (Músico e Compositor; Advogado Sindicato Músico);Vladimir da SilvaFerreira (Professor, PT); Walter Guedes (Professor; UEMS); Wender Lúcio Martins (micro empresário; Acredito); Yonne Ribeiro Orro (Professora; Cidadania); Yves Drosghic (Advogado).

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Implantação de rota bioceânica ferroviária vai

ter trabalho coordenado a partir de Corumbá

A Prefeitura de Corumbá ficará a frente de trabalho de coordenação para criar a integração logística entre o Brasil e as cidades argentinas de Salta, Jujuy e Tucuman, que ficam no norte do país vizinho. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) vai dar apoio ao governo municipal para que haja a consolidação desse ramal da rota biocenânica ferroviária.

O trajeto de trem entre Corumbá até os munícipios argentinos cria uma rota que vai viabilizar o transporte de cargas indo para o Oceano Pacífico, no Chile. A Argentina tem interesse na efetivação desse ramal porque poderá exportar para o Brasil minérios extraídos da região norte. A discussão que culminou no acordo para que a Prefeitura de Corumbá encabece esse projeto ocorreu na tarde de quarta-feira (8), durante reunião online que teve a participação do ministro de carreira diplomática do MRE, João Carlos Parkinson. Ele está engajado nesse projeto há mais de cinco anos. Participaram também da agenda o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Augusto da Costa Marques, o assessor especial da Prefeitura, Élbio Mendonça, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá (ACIC), André Campos, o vereador Manoel Rodrigues, e o diretor da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS) na região, Lourival Vieira, que também atua como gerente de Comércio Exterior no Executivo Municipal.

Por Rodolfo César

“A ideia é estabelecermos um

documento, elaborado pelo MRE, definindo algumas diretrizes e colocando Corumbá na coordenação desse trabalho. O principal objetivo é promover essa cooperação comercial com as cidades do norte argentino, principalmente no que se refere a logística ferroviária, que é estratégica não só para o Mato Grosso do Sul, mas também para o Brasil”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável.

Essas tratativas vão compor o processo de estudo de viabilidade técnica da rota bioceânica ferroviária, que está sendo tratado desde 2017. Nesse projeto maior, o tema tem engajamento de Brasil, Bolívia e Argentina, a partir de regiões específicas. Aqui no Brasil, é Corumbá o município de maior interesse na questão. O governo boliviano foi quem iniciou a proposta e cidades do norte da Argentina estão empenhadas nesse processo.

A FIEMS participar do grupo de trabalho que envolve ainda empresários argentinos e brasileiros, além dos presidentes das Câmaras de Comércio Exterior de Salta, Jujuy e Tucuman. Na avaliação do chefe de gabinete da presidência da FIEMS, Robson Del Casale, a Federação das Indústrias têm interesse em trabalhar nessa discussão. “Principalmente quanto ao ponto de vista empresarial de política de fomento ao desenvolvimento industrial do Estado”.

Segundo a FIEMS, a Argentina é o quarto principal comprador de produtos de Mato Grosso do Sul,

sendo responsável por US$ 199 milhões ou 3% da receita total exportada pelo Estado no ano de 2020 (US$ 5,8 bilhões). Em volume, foram vendidos 1,4 milhão de toneladas de produtos de MS para a Argentina. Em contrapartida, o país vizinho é o 16.º principal fornecedor de produtos para Mato Grosso do Sul, com US$ 6,5 milhões ou 0,3% do valor total importado pelo Estado no ano de 2020 (US$ 1,9 bilhão). Para o chefe de gabinete da presidência da FIEMS, a viabilização de novos corredores logísticos ligando os dois países deve ampliar os negócios. “Entendemos que isso pode favorecer o comércio entre Corumbá e o Norte da Argentina. Por isso, vale destacar ainda que temos aqui o CIN (Centro Internacional de Negócios), vinculado ao IEL, que pode ajudar nas relações comerciais entre os dois países”.

O ministro Parkinson destacou que com uma integração maior entre

Corumbá e o Norte da Argentina, as duas regiões deverão gerar novos fluxos de comércio, atraindo investimentos e gerando mais empregos. “Temos uma produção complementar e podemos usar isso para intensificar essa integração. Com isso, teremos mais investimentos para novas alternativas logísticas, que vão facilitar ainda mais essas relações comerciais”.

“Se apresentarmos o potencial comercial entre Corumbá e o Norte da Argentina, com a quantidade de carga que pode ser movimentada entre as duas regiões, podemos acelerar essa revitalização, além de trazer novos investimentos em outros modais”, sugeriu Cássio Augusto da Costa Marques, para pontuar a revitalização da Malha Oeste, que é uma ferrovia que liga Corumbá a São Paulo, por Bauru, e está sucateada. (Com informações

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3ª SEMANA - CENTRO PARTE BAIXA –

BORROWISK, BEIRA RIO E CERVEJARIA.

-ALAMEDA DO TAMENGO

-ALAMEDA RIO DE JANEIRO

-LADEIRA 21 DE SETEMBRO

-LADEIRA MANOEL CAVASSA

-LADEIRA CÁCERES

-LADEIRA CUNHA E CRUZ

-LADEIRA DO CONTORNO

-LADEIRA DONA EMILIA

-LUIS FEITOSA RODRIGUES

-RUA FIRMO DE MATOS ENTRE TRAVESSA ACAMPAMENTO E RUA AMÉRICA.

-RUA MAJOR GAMA ENTRE TRAVESSA ACAMPAMENTO E RUA AMÉRICA.

-RUA SETE DE SETEMBRO ENTRE ALAMEDA ARTHUR MANGABEIRA E AMÉRICA.

-RUA QUINZE DE NOVEMBRO ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E RUA AMÉRICA.

-RUA FREI MARIANO ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E RUA AMÉRICA.

-RUA ANTONIO MARIA COELHO ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E AMÉRICA.

-RUA ANTONIO JOÃO ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E RUA AMÉRICA.

-RUA TIRADENTES ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E RUA AMÉRICA.

-RUA LADÁRIO ENTRE AVENIDA GENERAL RONDON E RUA AMÉRICA

-RUA TENENTE MELQUÍADES DE JESUS ENTRE RUA DELAMARE E RUA AMÉRICA.

-ALAMEDA VULCANO ENTRE RUA TREZE DE JUNHO E AVENIDA RIO BRANCO.

-RUA GERALDINO M. DE BARROS ENTRE RUA TREZE DE JUNHO E AVENIDA RIO BRANCO.

-RUA CACÉRES ENTRE RUA VINTE DE SETEMBRO E AVENIDA RIO BRANCO.

-RUA BARÃO DO MELGAÇO ENTRE RUA MATO GROSSO E AVENIDA RIO BRANCO.

-ALAMEDA SÃO BENTO ENTRE RUA MATO GROSSO E AVENIDA RIO BRANCO.

-ALAMEDA LENON ENTRE RUA MATO GROSSO E AVENIDA RIO BRANCO.

(LESTE OESTE) 3ª SEMANA , CENTRO PARTE BAIXA

-RUA DOMINGOS SAHIB -TRAVESSA ACAMPAMENTO

-RUA MANOEL CAVASSA

-ALAMEDA ARTHUR MANGABEIRA

-LADEIRA JOSÉ BONIFÁCIO

-RUA MANOEL CAVASSA

-ALAMEDA PORTUGAL

-AVENIDA GENERAL RONDON ENTRE RUA LUIS FEITOSA RODRIGUES E RUA TENENTE MELQUIADES DE JESUS.

-RUA DELAMARE ENTRE RUA 21 DE SETEMBRO E RUA TENENTE MELQUÍADES DE JESUS.

-RUA TREZE DE JUNHO ENTRE RUA LUIS FEITOSA RODRIGUES E RUA TENENTE MELQUÍADES DE JESUS.

-RUA DOM AQUINO ENTRE RUA LUIS FEITOSA RODRIGUES E RUA GERALDINO M. DE BARROS.

-RUA CUIABÁ ENTRE RUA LUIS FEITOSA RODRIGUES E RUA GERALDINO M. DE BARROS.

-RUA AMÉRICA ENTRE RUA EDU ROCHA E RUA GERALDINO M. DE BARROS.

-RUA VINTE UM DE SETEMBRO ENTRE RUA GERALDINO M. DE BARROS E RUA CÁCERES.

-RUA MATO GROSSO ENTRE RUA CÁCERES E RUA ALBUQUERQUE.

-AVENIDA RIO BRANCO ENTRE RUA GERALDINO M. DE BARROS E RUA ALBUQUERQUE.

3ª Semana SETEMBRO 20 a 25

"Atenção Moradores para a Coleta de

Galhos Setorizada esta semana nas ruas!"

O empobrecimento

da um povo

PLAY X GAMES

Essa firma eu recomendo para a manutenção dos seus equipamentos de vídeo games, computadores e de informática em geral, com peças e acessórios, ou seja, assistência técnica completa com qualidade e garantia, por preços justos.

Dentro em breve estará oferecendo espaço maior para os amantes dos Games, sempre sob a direção geral do amigo Thalles Carvalho; atencioso atendimento por parte do AKAUAN e contando com um dos maiores especialistas do setor que é o técnico de informática GABRIEL, jovem, mas já sendo um expert no assunto.

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Estacionamento e Lava Jato do Maranhão, bem em frente do CEM-Centro

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Pandemia. Lockdown. Redução salarial.

Desemprego. Auxílio emergencial.

Estes termos podem indicar os rumos que o Brasil está tomando em relação ao seu povo. Somado a estes fatores ocorrem aumento da inadimplência, dívidas e falta de honra com compromissos e pagamentos. Recente levantamento da Serasa Experian aponta que de cada três brasileiros, um está com ao menos uma conta por pagar.

Os fatores são diversos. O casal tinha certo “status” de vida. Ambos trabalhavam e pagavam a escola privada dos filhos. Com o fechamento das empresas, um perdeu o emprego, ou os dois. Resultado? A renda da família despencou e o filho teve que migrar da escola particular para a pública.

Os jantares (ou almoço) fora de casa deixaram de ser cotidianos e passaram a ser luxo.

Resultado desta diminuição: o proprietário do restaurante teve que demitir, não abrir todos os dias e reduzir o número de pratos oferecidos. Outra situação. Os avós eram o sustentáculo e provedores da família. Alguns morreram por conta da covid-19 e, o resultado? Família em penúria. Contas atrasadas, alimentação deficitária, brigas em casa e falta de oportunidades para nova colocação.

Esse quadro vem se desenhando na maioria das cidades do país. Outro fator notado neste cenário é que as prefeituras e câmaras municipais estão abrindo concursos públicos para recompor seus quadros funcionais e cumprir determinações legais. Tudo bem? Nada! Os salários oferecidos estão baixos e, o que vale a pena neste contexto é a garantia de estabilidade num cenário aterrador para as finanças da família brasileira.

Estudar para viver de concurso público já não é o sonho de grande parte dos universitários. Trabalhar por conta própria, também não. Entre o certo e o duvidoso, estudar, se preparar e sobreviver é o caminho a ser seguido. GREGÓRIO JOSÉ

Radialista, Jornalista e Filósofo Pós-graduado em Gestão Escolar MBA em Gestão Pública

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Morador de 5 anos que vive

em área atingida por incêndios

ajuda Bombeiros com água

Davi Miranda tem 5 anos e acompanhou de perto o trabalho dos Bombeiros no combate às chamas na região onde mora, na Colônia São Domingos. As dificuldades ao enfrentar esse tipo de trabalho são enormes por conta do perigo do fogo, o calor que os militares encaram. Para tentar ajudar

nessa ação, Davi passou a levar água para os brigadistas como maneira de auxiliá-los.

O esforço do garoto comoveu quem atuou nessa frente de combate. Davi preparava um recipiente para coletar a água e levar aos Bombeiros enquanto o fogo ameaçava a comunidade que ele vive.

Esse incêndio começou em 30 de agosto e só foi extinto na quinta-feira (9). Nesse trabalho, foram 10 Bombeiros Militares empenhados, além de uma viatura e 2 aeronaves para atacar com lançamento de água.

Conforme avaliado pela corporação, as chamas destruíram cerca de 3800 hectares da região. “A situação (de ajuda de Davi) ocorreu quando o fogo chegava nas proximidades da casa dele. Ele falou para os pais que queria ajudar os Bombeiros, e que o sonho dele era ajudar a salvar a natureza e os animais”, contou o tenente-coronel comandante da

Operação Hefesto na região de Corumbá Leandro Moura Marzolla.

O esforço e determinação de Davi criou um sentimento de agradecimento não só na equipe que atuou na região da colônia, mas também foi compartilhada com outros brigadistas. “Para gente é motivo de satisfação. Numa situação que exige tanto esforço e dedicação dos Bombeiros, ter essa demonstração de apreço de uma criança renova as novas forças para seguir no combate e cumprir a árdua missão de vidas alheias, natureza e riquezas salvar”, reconheceu o tenente-coronel Marzolla.

Rodolfo César

Benedito C.G. Lima*

*Poeta trovador contador de histórias ativista cultural Corumbá/MS

“CHANICA - LEITEIRO”

La vai o bugre leiteiro

Subindo a ladeira

Vai cheio de leite

Fardo pesado

No amanhecer do Dia

Chanica Leiteiro

Toma pinga na esquina

Pra matar o cansaço

Chanica figura popular

Na avenida das palmeiras

La vai o bugre pantaneiro.

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SINAL DE ALERTA

Quando um educandário, sobretudo como o

centenário CENIC, é levado a encerrar suas

atividades, toda a sociedade precisa ‘fechar para

balanço’, isto é, parar para refletir sobre seus rumos.

Tempos sombrios estes em que vivemos: enquanto bocas de fumo e a rede de exploração sexual infantojuvenil progridem à luz do dia, um dos mais antigos educandários de Mato Grosso do Sul anuncia seu iminente encerramento de atividades... Quando uma escola é levada a fechar as portas, a sociedade está dando sinais de que está à beira da falência. Sobretudo, em se tratando de um educandário centenário, referência de pioneirismo e vanguarda educacional. O sistema preventivo de Dom Bosco, que está na base da formação das normalistas pioneiras na educação corumbaense e ladarense, fez a diferença em todo o mundo entre fins do século XIX e a primeira metade do século XX.

Também não esqueçamos que, depois que as ‘forças ocultas’ perseguiram o Frei Mariano de Bagnaia e os Franciscanos saíram desta região, foram Salesianos e Salesianas a capitanear a educação, com a chegada a Corumbá, em 1898, da Missão Salesiana para instalar o Colégio Santa Teresa e, quinze anos depois, a Congregação das Filhas de Maria a implantar paulatinamente o Ginásio e Escola Normal Imaculada Conceição (GENIC), a partir de 1904. O prédio do educandário, sito à rua Frei Mariano, foi inaugurado em 1925, isto é, daqui a quatro anos comemora seu primeiro centenário. A atual capela do GENIC é mais recente: foi inaugurada no início da década de 1960, como testemunhou meu Sogro, Senhor Mário Galeano, que, católico praticante, se orgulha de ter trabalhado alguns meses, em 1959, na construção da igreja, só tendo se desligado da equipe quando a Capitania dos Portos lhe entregou o documento de marinheiro de convés, com o qual iniciou a profissão de marítimo até aposentar-se como comandante.

O Senhor Jorge José Katurchi, do alto de seus 95 anos a completar no próximo mês, conta que conheceu sua querida e saudosa Companheira quando ela estudava no GENIC. Cacerense e, do lado materno, descendente do Marechal Cândido Rondon, Dona Anna Thereza estudou no tradicional ‘Colégio das Irmãs’, como sempre foi carinhosamente chamado, e graças ao fato de ser um renomado educandário seus Pais a matricularam, a despeito da distância, por conta do prestígio e do nível da educação oferecida.

Antes da criação do Instituto Superior de Pedagogia, em 1968, a

quase totalidade das professoras da região era formada no GENIC, cujo nível era de reconhecimento nacional. Isso é possível conferir em diversas pesquisas para dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. Além do mais, o acervo da biblioteca centenária e os documentos públicos relativos às atividades didáticas da instituição são uma rica fonte de pesquisa. E para que continue, inclusive, como fonte de pesquisa, a escola precisa estar funcionando, sob pena de se perderem documentos por causa do abandono.

Não são poucas as pessoas que vieram a Corumbá (e acabaram ficando) por causa do GENIC. Além da saudosa Dona Anna Thereza Rondon Maldonado Katurchi, Companheira de Vida de Seu Jorge Katurchi, temos a Professora Marlene Terezinha Mourão, a querida ‘Peninha’, artista plástica, caricaturista, chargista, poeta e escritora. A ‘Peninha’, que é Prima do célebre compositor e cantor Zacarias Mourão, veio de Coxim e acabou ficando, para felicidade nossa, tendo sido das pioneiras docentes do então Centro Pedagógico de Corumbá (quando da UEMT).

Por outro lado, nos últimos 50 anos, há diretoras cujos nomes já estão na história de Corumbá, entre elas a Irmã Rosa Maluf, Irmã Antônia Brioschi, Irmã Aurélia Brioschi e irmã Beatriz de Barros. A Irmã Rosa, diretora na década de 1960, fez uma gestão de vanguarda, embora os tempos fossem de obscurantismo político, tendo entre docentes a Irmã Sofia, Professora de Filosofia e Literatura de grande formação intelectual, entre outras Professoras (com letra maiúscula) que contribuíram para a afirmação de Corumbá como terra de grandes talentos nas diferentes áreas da cultura, ciência e tecnologia. Na última década do século XX, o GENIC teve em sua Direção a memorável Irmã Antônia Brioschi, coordenadora da Pastoral Social durante parte do episcopado do saudoso Dom José Alves da Costa, quando conduziu a Segunda Semana Social Brasileira (1993/4), se responsabilizou pela área da Comunicação na Ação da Cidadania Contra a Fome e pela Vida e em seguida foi determinante na fundação do Fórum Permanente de Entidades Não Governamentais de Corumbá e Ladário, cuja sede provisória funcionou no educandário. A Irmã Aurélia Brioschi a sucedeu com igual

ênfase, e no início dos anos 2000 a saudosa Irmã Beatriz de Barros manteve a escola conectada com a coletividade corumbaense.

Além disso, as atividades de assistência e inclusão social mantidas pela congregação no Bairro Aeroporto, sob a denominação de Geniquinho, têm um grande impacto positivo na região há mais de 30 anos. Embora se trate de uma entidade assistencial, ela é vinculada ao GENIC e seus projetos, pioneiros e inovadores, traduzem o compromisso das Irmãs Salesianas em favor do protagonismo juvenil e da qualificação profissional, à luz dos valores e da experiência centenária com o sistema preventivo de Dom Bosco.

Como uma cidade de formação cosmopolita feito Corumbá pode permitir que o cessar de atividades do GENIC possa acontecer sem esboçar uma iniciativa coletiva capaz de assegurar a permanência não só da congregação, como da própria escola que tanto contribuiu para o desenvolvimento da formação intelectual de diversas gerações, e que a partir do último quartel do século XX abriu seu espaço para alunos?

Embora mais recentes, as escolas paroquiais Nossa Senhora de Caacupê e Sagrado Coração encerraram suas atividades na década de 1980, na mesma ocasião em que a Escola Batista de Corumbá, mantida pela Primeira Igreja Batista de Corumbá, também fechou. Pouco tempo depois, foi a vez da Escola Estrela do Oriente, cuja sobrevivência havia sido assegurada por um convênio com a Secretaria de Estado da Educação.

À exceção das escolas Batista e Estrela do Oriente, o fechamento das outras escolas citadas implicou na saída da Congregação Jesus Menino, responsável pelo apoio não só das escolas, como, na época, do Asilo São José, fundado e gerido pela Associação das Senhoras Católicas da Diocese de Corumbá, em que a querida Dona Cerise de Campos Barros e anteriormente a saudosa Dona Julieta Nemir Marinho e membros de respectivas diretorias

marcaram época pela dedicação e abnegação à frente da entidade. É um sinal de alerta para todos os segmentos sociais e todos os setores de atividades lícitas de Corumbá, Ladário e Mato Grosso do Sul iniciarem um inadiável processo de debate propositivo para encontrar uma saída honrosa para nossa região. A prefeitura e o governo do estado também não podem se furtar a participar, tanto quanto a Câmara e a Assembleia Legislativa. Quando há vontade política tudo é possível, basta dar início e se entregar de espírito aberto, que dará certo. Não se trata de um point ou de barzinho em que a juventude se encontra para divertir-se. Trata-se de uma escola com mais de 100 anos de história, pioneira na alfabetização, na formação escolar e na preparação das primeiras normalistas da mais antiga cidade do estado, cujo apogeu cultural mudou os rumos econômicos e políticos do sul de Mato Grosso. Confesso que, quando o Jornalista Luiz Taques, em meio às suas costumeiras ligações de Amigo que não esquece suas raízes, me perguntou se tinha conhecimento do iminente fechamento do GENIC (ou CENIC), não acreditei, pensei que se tratasse de alguma chacota, ainda que não seja de seu feitio.

Mais uma vez, os diferentes segmentos da população corumbaense e ladarense darão seu inadiável brado para assegurar a permanência desse importante educandário. Mais que mera manifestação de apoio ao centenário educandário, precisamos ampliar a adesão de todos os trabalhadores da Educação para que somem os esforços em favor de novo tempo, que começa agora: só depende de você, isto é, de cada um de nós.

Para concluir, vou tentar transcrever a letra (ou parte dela, que eu não consegui gravar) da música que todo final de ano nos faziam manter, como prova de amor pela escola em que estudamos:

‘Adeus, Escola querida! / Adeus, adeus, adeus! / De ti eu levo saudades, / Saudades tantas de ti...’ (Autor desconhecido)

Ahmad Schabib Hany

O Jorge Rodrígues

(El Cubano) e equipe

aguardam sua visita para

aquele corte de cabelo

caprichado ou tirar a barba

em ambiente com

ar condicionado.

Rua Cabral 923, entre as

ruas Frei Mariano e Antônio

Maria, ao lado da Padaria e

Marmitaria do Aragão.

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Corumbá/MS, 12 a 18/09/2021

Em fase de planejamento, Carnaval

2022 tem sorteio da ordem do

desfile das escolas de samba

Com o sorteio da ordem dos desfiles das escolas de samba, a Liesco cumpriu uma primeira etapa para a realização do carnaval, caso o evento aconteça de fato em 2022. “Não sabemos se vai acontecer. Mas, a Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá (Liesco) está fazendo o que está sob sua responsabilidade para na hora que o carnaval possa ser realizado, tenhamos toda a preparação pronta para que tenha o nível de qualidade que Corumbá merece”, afirmou Victor Raphael, presidente da Liesco.

O diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Cruz, acompanhou o sorteio. Ele informou que, por orientação do prefeito Marcelo Iunes, mantém total atenção à evolução do combate e enfrentamento à pandemia visando garantir a segurança da população numa eventual realização do carnaval.

“A Prefeitura de Corumbá está extremamente atenta aos índices da pandemia e trabalhando com respeito a todo esse momento que o mundo vive. É preciso deixar claro que o carnaval é um evento grande, que precisa ser preparado com antecedência. Estamos acompanhando os índices de controle e o momento que vivemos. Estamos trabalhando no planejamento e no acompanhamento da situação antes de qualquer definição”, disse Joilson.

A cautela com a realização ou não do carnaval 2022 está diretamente ligada ao controle da pandemia da covid-19 na cidade. As medidas adotadas pela Prefeitura de Corumbá no enfrentamento da pandemia têm garantidos índices sanitários satisfatórios no combate à

Prefeito visita sede da Funec e

vistoria manutenção do Parque

Zumbi dos Palmares

Na sexta-feira, 10 de setembro, o prefeito Marcelo Iunes visitou a nova sede da Fundação de Esportes de Corumbá (FUNEC), localizada na rua 21 de Setembro, bairro Nossa Senhora de Fátima, e o Parque Urbano Zumbi dos Palmares, no bairro Popular Velha.

Na Funec, o chefe do Executivo Municipal discutiu com o diretor-presidente da Fundação, Luciano Oliveira, sobre a retomada das atividades esportivas na cidade após o período mais crítico da pandemia da Covid-19 e sobre o planejamento para os próximos meses de 2021. “Graças a Deus nossa população está praticamente toda imunizada e podemos retomar nossas atividades, ainda que obedecendo os protocolos de biossegurança. Já tivemos alguns eventos da Funec, todos muito bem sucedidos, e vamos retomar nosso planejamento para este ano e também para 2022”, afirmou o prefeito Marcelo Iunes. Para este ano, a Prefeitura está trabalhando para viabilizar a realização de mais um Eco Pantanal

Extremo. “Estamos conversando com o Governo do Estado, através da Fundesporte, para fazermos o evento em dezembro deste ano, com as modalidades que já temos consolidadas e talvez alguma novidade”, completou o prefeito. Outro tema da visita foi o tradicional Campeonato Amador da Liga de Esportes de Corumbá (LEC). “Vamos sim realizar essa competição juntamente com a Liga. Conversamos também sobre a reforma do Nação Guató e sobre alguns projetos futuros que a FUNEC vai realizar ainda neste ano e no começo do ano que vem”, explicou Luciano Oliveira.

Já no Parque Urbano, o prefeito acompanhou o trabalho realizado pela Unicesumar no local. Em troca da área onde será construído o futuro campus da universidade, a instituição educacional se comprometeu a zelar e fazer a manutenção de todo o Zumbi dos Palmares, localizado na rua Pedro de Medeiros. A reforma da sede, inclusive, já está em fase final de conclusão.

pandemia. Atualmente, Corumbá figura na bandeira Amarela do Programa Prosseguir, do Governo do Estado. A classificação aponta grau tolerável e permite o funcionamento de atividades essenciais e não essenciais de baixo, médio e alto risco de proliferação do novo coronavírus.

“A nossa missão é planejar, deixar tudo preparado para quando o Carnaval, por ventura, for anunciado, nós possamos estar prontos e aptos a realizá-lo. Não depende da Liga, depende da boa evolução dos índices de enfrentamento à pandemia. Percebemos que há queda nos casos, redução nas internações e boa adesão à vacinação pela população. Isso tudo é muito importante para nós retomarmos as nossas atividades. Estamos planejando e fazendo o nosso trabalho, agora começam as reuniões em torno do regulamento”, finalizou o presidente da Liesco. Transmitido ao vivo nas redes sociais da Liesco e respeitando medidas de biosseguranças, o sorteio definiu a seguinte ordem para os desfiles das escolas de samba, em grupo único. Domingo – 27 de fevereiro 1 – Caprichosos de Corumbá 2 – Mocidade Independente da Nova Corumbá 3 – Acadêmicos do Pantanal 4 – Império do Morro (atual

vice-campeã) 5 – Estação Primeira do Pantanal Segunda – 28 de fevereiro 1 – Marquês de Sapucaí 2 – Major Gama 3 – A Pesada (atual campeã)

4 – Vila Mamona 5 – Imperatriz Corumbaense

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