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Parecer Consultoria Tributária Segmentos Reintegração de funcionário - Folha

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Reintegração de funcionário - Folha

18/12/2013

(2)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Título do documento

Sumário

1. Questão ... 3

2. Normas apresentadas pelo cliente ... 3

3. Análise da Legislação ... 3

3.1 Reintegração de Funcionários – Definição ... 4

3.2 Efeitos da Reintegração do empregado ... 4

4. Conclusão ... 8

5. Informações Complementares ... 10

6. Referências ... 10

7. Histórico de alterações ... 10

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1. Questão

Atualmente o sistema tem tratamento para a reintegração de funcionários, ocorre que a empresa (empregadora) precisa pagar para o empregado as verbas trabalhistas dos meses em que este esteve desligado da empresa e hoje o sistema não tem folha complementar.

Solicitam apoio quanto aos valores e forma de pagamento a serem observadas nestas situações de reintegração de funcionários.

2. Normas apresentadas pelo cliente

A norma apresentada pelo cliente, para inicio da análise, e que justifica a sua interpretação pode ser encontrado no link abaixo:

http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/reintegracao.htm

O empregado demitido injustamente tem o direito à reintegração na empresa, devendo ser restabelecidas as garantias havidas antes do desligamento como salário, benefícios, cargo, férias integrais ou proporcionais, 13º salário entre outras, ou seja, anula-se a rescisão de contrato e o empregado volta a exercer suas atividades normalmente como se a rescisão não tivesse acontecido.

“Caso haja um lapso temporal entre a rescisão de contrato e a reintegração do empregado, todo este período será contado como tempo de serviço para todos os efeitos legais (trabalhistas e previdenciários).

Neste caso, a empresa fica sujeita às seguintes obrigações:

Pagar a remuneração (salário, vantagens, prêmios, médias de adicionais entre outras) de todo o tempo que o empregado ficou afastado, corrigidos monetariamente;

Recolher (por competência) todos os tributos decorrentes deste pagamento como INSS, imposto de renda e FGTS;

Conceder eventual reajuste salarial que tenha ocorrido neste período;

Computar este período como tempo de trabalho para efeito de férias e 13º salário.

Caso a empresa tenha recolhido a multa de 40% do FGTS (no caso de demissão sem justa causa), poderá ser feito o pedido de devolução do valor para a CAIXA, corrigido monetariamente.”

3. Análise da Legislação

A legislação trabalhista não contém dispositivos disciplinando a reintegração de empregado ao seu antigo cargo ou função exercidos na empresa, mesmo porque, quando ocorre a reintegração, esta se verifica, via de regra, por determinação judicial em decorrência de uma rescisão contratual indevida, embora a reintegração possa, também, ser determinada pelo próprio empregador quando este constata que a rescisão ocorrida foi incorreta em virtude da inobservância de alguma garantia legal da qual o empregado gozava ou, ainda, de algum ato discriminatório cometido pelo superior hierárquico do trabalhador demitido.

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Título do documento 3.1 Reintegração de Funcionários – Definição

Reintegrar significa restabelecer o status anterior, ou seja, reconduzir o empregado à função ou ao cargo que exercia na empresa antes da ruptura contratual. Em outras palavras, o empregado reintegrado recupera o seu antigo emprego. O contrato de trabalho volta a fluir como se a ruptura não tivesse ocorrido.

Diferentemente do que ocorre na recontratação, onde firma-se um novo contrato de trabalho, cujos direitos trabalhistas passam a ser adquirido pelo empregado a partir da nova contratação, o que vale dizer que, a partir da data da nova admissão começa a contagem de períodos de férias, 13º salário etc.

A rescisão contratual durante o período da estabilidade legal (membros da CIPA, gestantes, dirigente sindical, etc), da estabilidade convencional (retorno de férias, retorno de afastamento por doença, etc) ou motivadas por ato discriminatório (discriminação, preconceitos, etc), é que dão causa à reintegração do funcionário.

3.2 Efeitos da Reintegração do empregado

Contrato de trabalho

A reintegração torna nula a rescisão contratual havida, voltando o contrato de trabalho a fluir novamente como se a ruptura não houvesse ocorrido. Portanto, todo o período no qual o trabalhador esteve afastado em decorrência da rescisão anulada é contado como tempo de serviço para todos os efeitos trabalhistas e previdenciários.

Remunerações e demais vantagens relativas ao período de afastamento

Considerando que a ruptura contratual havida foi anulada com a consequente reintegração do trabalhador ao emprego, as remunerações e demais vantagens (prêmios, gratificações, anuênios, quinquênios etc.) a que o trabalhador tem direito relativas ao período de afastamento das atividades devem ser pagas pelo empregador.

Dessa forma, tendo ocorrido reajustamento salarial para os empregados da empresa em geral, o reintegrado fará jus à correção respectiva.

“CLT (...)

Art. 495 - Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da suspensão.

(...)”

No que tange à correção monetária dos valores devidos, quando a reintegração se dá por ordem judicial, na própria sentença o juiz normalmente já determina o reajustamento, definindo o índice. Se a reintegração ocorreu por iniciativa do empregador, tais valores também devem ser corrigidos; entretanto, considerando a inexistência de dispositivo legal definindo o índice a ser aplicado nesta situação, pode a empresa, antes de definir-se por adotar este ou aquele índice, consultar o sindicato representativo da categoria profissional respectiva.

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Contagem das férias

O período em que o trabalhador esteve afastado das atividades em virtude da rescisão contratual anulada até a sua volta ao serviço é normalmente computado nos períodos aquisitivos e concessivos de férias.

Reintegração de empregado Cipeiro

Para um melhor entendimento, tomemos como exemplo a seguinte situação:

Empregado admitido em 20.02.2006, eleito como representante dos empregados na CIPA, para o exercício de mandato no período de 01.01 a 31.12.2007, foi dispensado sem justo motivo em 24.02.2008. Ingressou ação na Justiça do Trabalho em março/2008, pleiteando a sua reintegração ao emprego uma vez que goza de estabilidade até dezembro/2008. Em 02.05.2008, por ordem judicial, foi reintegrado na empresa. Para efeito de contagem de férias temos:

Dados fictícios:

Rescisão contratual sem justo motivo ocorrida em 24.02.2008;

Período de estabilidade de emprego: 01.11.2006 (registro da candidatura) até 31.12.2008 (1 ano após o final do mandato);

Data da reintegração: 02.05.2008.

Contagem dos períodos aquisitivos e concessivos Períodos aquisitivos Períodos concessivos 20.02.2006 a 19.02.2007 20.02.2007 a 19.02.2008 20.02.2007 a 19.02.2008 20.02.2008 a 19.02.2009

20.02.2008 a 19.02.2009 20.02.2009 a 19.02.2010 (concessivo em curso)

Portanto, as férias relativas ao 1º período aquisitivo (20.02.2007 a 19.02.2007) devem ser pagas em dobro, uma vez que o período concessivo referente às mesmas (20.02.2007 a 19.02.2008) já se esgotou. Observe-se que, quando da rescisão contratual (24.02.2008), o empregador já não contava com tempo hábil para conceder referidas férias no prazo legal. As férias relativas ao 2º período aquisitivo (20.02.2007 a 19.02.2008) podiam ser pagas de forma simples, desde que gozadas integralmente até 19.02.2009.

As férias relativas ao 3º período aquisitivo podem ser concedidas de forma simples até 19.02.2010.

13º salário - Contagem de avos

Da mesma forma que nas férias, o período em que o trabalhador esteve afastado das atividades em virtude da rescisão contratual anulada até a sua volta ao serviço é normalmente computado no cálculo do 13º salário.

Reintegração de empregado Cipeiro - cálculo do 13º salário

Considerando o mesmo exemplo acima mencionado, ou seja, empregado admitido em 20.02.2006, eleito como representante dos empregados na CIPA, para o exercício de mandato no período de 01.01 31.12.2007, foi dispensado sem justo motivo em 24.02.2008.

Intentou ação na Justiça do Trabalho em março/2008, pleiteando a sua reintegração ao emprego uma vez que goza de estabilidade até dezembro/2008. Em 02.05.2008, por ordem judicial, foi reintegrado na empresa. Para efeito de cálculo do 13º salário temos:

Dados fictícios:

Data de admissão: 20.02.2006;

Rescisão contratual sem justo motivo ocorrida em 24.02.2008;

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Período de estabilidade de emprego: 1º.11.2006 (registro da candidatura) até 31.12.2008 (1 ano após o final do mandato);

Data da reintegração: 02.05.2008;

13º salário devido relativo ao ano de 2008 = 13º salário integral, ou seja, 12/12 (1º.01 a 31.12.2008) da remuneração devida em dezembro/2008.

Observação: O período de afastamento das atividades em virtude da rescisão contratual anulada (25.02.2008 a 01.05.2008) não acarretou qualquer alteração na contagem dos avos de 13º salário devido no ano de 2008, ou seja, o 13º salário foi apurado como se a ruptura contratual não tivesse ocorrido.

Contribuição previdenciária e depósitos do FGTS

Na reintegração, os pagamentos efetuados relativos aos salários e demais verbas devidas correspondentes ao período do afastamento das atividades sofrem a incidência das contribuições previdenciárias normais, observadas as competências correspondentes, estando também sujeitos aos depósitos do FGTS.

GFIP/Sefip - Retificação

O Manual da GFIP/Sefip, versão 8.4, em seus C apítulos I, item 1.2 e 8.1, determinam que:

As informações prestadas incorretamente devem ser corrigidas por meio do próprio Sefip, conforme estabelecido no Capítulo V do mencionado Manual;

Quando a sentença judicial determinar a reintegração do empregado (não convertida em indenização), o trabalhador deve ser informado em GFIP/Sefip com código 650 Característica 3;

1.2 - CÓDIGO DE RECOLHIMENTO

650 Recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social relativo a Anistiados, Reclamatória Trabalhista, Reclamatória Trabalhista com Reconhecimento de Vínculo, Acordo, Dissídio ou Convenção Coletiva, Comissão de Conciliação Prévia ou Núcleo Intersindical de Conciliação Trabalhista;

8.1 – CARACTERÍSTICA DO RECOLHIMENTO 03 Reclamatória Trabalhista;

Deve ser transmitida uma GFIP/Sefip com código 650 (modalidade branco) C aracterística 3 para cada competência do período compreendido entre o desligamento anulado e o efetivo retorno ao trabalho.

Nos campos Período Início e Período Fim, deve-se repetir a competência do movimento. Além disso, a GFIP/Sefip, onde consta o desligamento anulado, deve ser retificada.

O Manual de Orientações, Retificação de Dados, Transferência de Contas Vinculadas e Devolução de Valores Recolhidos a Maior, aprovado pela Circular Caixa nº 462/2009 , na versão 1.04, apresentada pela Circular Caixa nº 618/2013 , determina que, havendo o cancelamento da rescisão, a empresa deve preencher o formulário RDF, campos 1 a 15 com a identificação do empregador e da guia paga, 19 a 24 com o motivo da devolução e dados do trabalhador e 28 a 31, com os valores de depósito ou remuneração pleiteados e, em seu Capítulo IV (Retificação de Dados com devolução de FGTS - RDF), informa que são passíveis de devolução, solicitada por meio do RDF, os valores recolhidos indevidamente ao FGTS em virtude, entre outros, de cancelamento da rescisão contratual.

Dessa forma, deverá a empresa observar as determinações contidas tanto no Manual da GFIP/Sefip, versão 8.4, como no Manual de Orientações, versão 1.04, anteriormente mencionados, em relação às retificações de dados motivadas pela reintegração do trabalhador.

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Observação: A Circular Caixa nº 462/2009 , em vigor desde 28.12.2009, estabelece o Manual de Orientações como instrumento disciplinador dos procedimentos referentes à retificação de dados e transferência de contas vinculadas, bem como à devolução de valores recolhidos a maior, junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Visando atualizar a versão apresentada pela citada Circular Caixa nº 462/2009 que continua vigente, foi publicada a Circular Caixa nº 618/2013 - DOU 01 de 21.03.2013, que informa estar disponível no sítio da Caixa, no endereço www.caixa.gov.br , opção download - FGTS, o Manual de Orientações - Retificação de Dados, Transferência de Contas Vinculadas e Devolução de Valores Recolhidos a Maior, na nova versão 1.04, que entra em vigor na data de sua publicação (21.03.2013).

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

Conforme informações constantes do Manual do Caged, disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na hipótese de ocorrer a prestação de informação indevida no Caged, a empresa deverá proceder a retificações de declarações anteriores por meio do arquivo "AC ERTO", o qual deve ser entregue junto com o movimento mensal.

Esclarece ainda o mencionado Manual que, para tanto, no menu principal do Aplicativo do Caged Informatizado - AC I, existe a opção ACERTO, e, para cadastrar as movimentações não informadas ou informadas incorretamente, deve ser escolhida a opção

"Cadastro de Acertos", clicando no botão "Incluir", após o que aparecerá a tela para preencher os dados do movimento . Em seguida, escolha a opção "Gerar Arquivo Acerto".

Ressalta ainda o Manual em comento que só poderão ser enviados acertos referentes aos últimos 36 meses.

Conversão do direito de reintegração em indenização

Quando o pedido de reintegração se dá via judicial, pode ocorrer de o juízo, ao verificar o grau de incompatibilidade entre as partes (empregador e empregador) que inviabilize o convívio harmonioso e salutar, determinar a conversão do pedido de reintegração em indenização correspondente aos salários do período e demais direitos correspondentes ao período de afastamento da estabilidade.

Nesse sentido, estabelece o art. 496 da C LT a seguir reproduzido e também Súmulas do TST:

“Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.”

SÚMULA Nº 244. GESTANTE.ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea

"b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias , mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.”

“SÚMULA Nº 396 - Estabilidade provisória. Pedido de reintegração. Concessão do salário relativo ao período de

estabilidade já exaurido. Inexistência de julgamento "extra petita"

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Título do documento

I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego.

II - Não há nulidade por julgamento "extra petita" da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT .”

Forma de pagamento das verbas retroativas:

Reintegração judicial: A reintegração de funcionário decorrente de decisão judicial deve seguir os critérios definidos pelo juiz na sentença, haja vista que não há previsão formal na CLT sobre este procedimento, por exemplo, se o juiz determinar que a reintegração deve ser convertida em indenização, quando do pagamento, deve ser emitido um recibo específico para este fim, com os termos e identificações pertinentes, constantes da ação trabalhista. Não sendo convertido em indenização, poderá ser feito um único documento discriminando todas as verbas e demais valores constantes da decisão, ou, se o pagamento for parcelado, um recibo a cada parcela paga com as informações necessárias para identificar a que se refere o pagamento.

Reintegração extra-judicial: Como já dito acima, a reintegração não é um novo contrato de trabalho, restabelece-se a relação empregatícia anterior, como se não tivesse ocorrido a interrupção indevida, que pode se dar extra judicialmente, por acordo entre empregado e empregador. Neste caso, apesar de não existir previsão legal expressa, entendemos que o pagamento pode ser efetuado período a período no qual o funcionário foi afastado, através de um holerite mensal, se o pagamento era mensal, por exemplo, para cada mês em que o funcionário ficou afastado.

Nestes documentos (holerites) devem constar, detalhadamente : as verbas pagas, multa por atraso de pagamento salarial, correção monetária (o índice poderá ser obtido junto ao sindicato da categoria) e os descontos pertinentes.

Aos valores rescisórios pagos pode ser efetuado acordo formal entre o empregado e empregador quanto à devolução ou compensação, que poderá ser feita de forma parcelada, ou a compensar quando da ocorrência da época efetiva do pagamento, no caso de férias e 13º salário, por exemplo, mas é de livre negociação entre as partes, sem previsão legal quanto a forma de devolução ou compensação.

4. Conclusão

Todo o período no qual o trabalhador esteve afastado em decorrência da rescisão anulada é contado como tempo de serviço para todos os efeitos trabalhistas e previdenciários.

Dessa forma, as remunerações, mês a mês, férias, 13º salário e demais vantagens (prêmios, gratificações, anuênios, quinquênios etc.) a que o trabalhador tem direito relativas ao período de afastamento das atividades devem ser pagos pelo empregador.

Tendo ocorrido reajustamento salarial para os empregados da empresa em geral, o reintegrado também fará jus à correção respectiva. Sobre os valores pagos incidirão normalmente as contribuições previdenciárias bem como serão devidos os depósitos do FGTS respectivo, acrescidos dos encargos legais pertinentes.

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

No que tange à correção monetária dos valores devidos ao empregado, quando a reintegração se dá por ordem judicial, na própria sentença o juiz normalmente já determina o reajustamento, definindo o índice. Se a reintegração ocorreu por iniciativa do empregador, tais valores também devem ser corrigidos; entretanto, considerando a inexistência de dispositivo legal definindo o índice a ser aplicado nesta situação, pode a empresa, antes de definir- se por adotar este ou aquele índice, consultar o sindicato representativo da categoria profissional respectiva.

Considerando que por ocasião da ruptura contratual o empregador efetuou o pagamento das verbas rescisórias então apuradas, tais como: férias vencidas e proporcionais, aviso prévio, 13º salário, entre outras, entendemos que, mediante acordo entre as partes, os valores pagos poderão ser compensados quando dos pagamentos dos direitos trabalhistas de mesmo título.

Assim, por exemplo, quando do pagamento das férias individuais do empregado, serão descontados os valores pagos a este título (férias) por ocasião da rescisão ocorrida. Da mesma forma, quando do pagamento do 13º salário, os valores recebidos por ocasião da rescisão sob esta denominação serão compensados.

Os valores pagos sob a rubrica de aviso prévio indenizado poderão ser descontados das remunerações mensais a serem pagas ou ainda de forma parcelada mediante acordo entre as partes, utilizando-se no acerto os critérios de razoabilidade e bom senso.

Em relação ao saldo da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sacado pelo trabalhador reintegrado, embora não haja previsão legal expressa determinando o procedimento a ser observado, entendemos que tal valor deverá ser devolvido pela empregada à empresa, cabendo a esta atualizar o montante devolvido e efetuar o depósito do mesmo na Caixa Econômica Federal (Caixa). A Caixa deverá ser consultada com relação aos procedimentos a serem observados na efetivação do respectivo depósito. Da mesma forma, a multa rescisória (40% sobre o total dos depósitos efetuados) também deverá ser devolvida, ou na impossibilidade de devolução, descontada na remuneração, de forma parcelada, mediante acordo entre as partes.

Quanto ao seguro-desemprego, a Resolução C odefat nº 619/2009 estabelece que as parcelas do mencionado benefício, recebidas indevidamente pelos segurados por qualquer dos motivos previstos na Lei nº 7.998/1990 deverão ser restituídas mediante Guia de Recolhimento da União (GRU) para depósito na conta do Programa Seguro-Desemprego, cujos valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a partir da data do recebimento indevido até a data da restituição.

O pagamento da GRU deverá ser efetuado na Caixa Econômica Federal.

Constatado o recebimento indevido e a obrigação de restituição pelo trabalhador por ocasião do processamento de novo benefício, o MTE promoverá a compensação, nas datas de liberação de cada parcela, dos valores devidos ao Erário Público com o saldo de valores do novo benefício.

O prazo para o trabalhador solicitar o reembolso de parcelas restituídas indevidamente será de 5 anos, contados a partir da data da efetiva restituição indevida.

O pagamento retroativo deverá ser efetuado conforme o tipo de reintegração, se judicial ou extrajudicial. Sendo judicial, conforme tenha determinado a sentença judicial, se extrajudicial, através de holerites retroativos, do período de afastamento, detalhando os verbas pagas, descontos e compensações.

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Título do documento 5. Informações Complementares

Na visão dos processos junto ao ERP, poderão ter impactos todo processo de folha de pagamento do funcionário, 13º salario, férias e todas as movimentações devidas.

6. Referências

• http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/gfip/gfip3manform.htm

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

• http://www.normaslegais.com.br/legislacao/circularcef462_2009.htm

• http://www.normaslegais.com.br/legislacao/circular-caixa-618-2013.htm

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7998.htm

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8036consol.htm

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/89/.../ManualGFIPSEFIP84.doc

• http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocodefat619_2009.htm

7. Histórico de alterações

ID Data Versão Descrição Chamado

LJAC 26/11/2013 1.00 Reintegração de funcionários THYWJP

LJAC 18/12/2013 1.1 Reintegração de funcionários THYWJP

Referências

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