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Angola. Espírito Santo. 2º Trimestre Angola Economic Outlook 2010: Relançamento da economia. Análise Sectorial O Sector das Telecomunicações.

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Angola

2º Trimestre 2010

www.bes.pt

Espírito Santo

Angola

Economic Outlook

2010: Relançamento da economia.

Análise Sectorial

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Director Coordenador Miguel Frasquilho mfrasquilho@bes.pt tel.: +351213106460 Direcção Research Económico

Carlos Almeida Andrade

caandrade@bes.pt

Pedro Matos Branco

pebranco@bes.pt

Maria Amélia Valverde

mavalverde@bes.pt Henrique Sanchez hmsanchez@bes.pt Tiago Lavrador tdlavrador@bes.pt Ivo Banaco ijbanaco@bes.pt

Paulo Talhão Paulino

pmpaulino@bes.pt

João Pereira Miguel

jpmiguel@bes.pt

Direcção

Research Sectorial

Francisco Mendes Palma

fmpalma@bes.pt

Susana Barros

msbarros@bes.pt

Luís Ribeiro Rosa

luis.c.rosa@bes.pt Conceição Leitão mcleitao@bes.pt Miguel Bidarra mabidarra@bes.pt Patrícia Agostinho patricia.agostinho@bes.pt

Angola

Economic Outlook

2010: Relançamento da economia.

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Análise Sectorial

O Sector das Telecomunicações.

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Angola – Research Económico e Sectorial na Internet www.bes.pt

Este documento foi redigido com informação disponível até Junho 18, 2010.

Este documento é elaborado pelos Research Económico e Sectorial do Espírito Santo Researche utiliza

informação económica e financeira disponível ao público e considerada fidedigna. No entanto, a sua precisão não pode ser totalmente garantida. As opiniões expressas reflectem o ponto de vista dos autores na data da publicação, sujeitas a correcções caso se verifiquem alterações das circunstâncias. A reprodução de parte ou totalidade desta publicação é permitida, desde que a fonte seja mencionada.

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Angola

Economic Outlook

2010: Relançamento da economia.

Para o ano de 2010, o FMI antecipa uma recuperação da actividade da África Sub-sahariana, que se traduzirá num crescimento de 4.7% (2.1% em 2009). Nos países que são, simultaneamente, exportadores de petróleo, o FMI prevê um crescimento das respectivas economias da ordem de 6.5%. No caso específico de Angola, a aceleração da actividade económica em 2010 deverá ser alicerçada num aumento das receitas petrolíferas e num maior dinamismo dos sectores não-energéticos (construção, serviços, agricultura, etc.).As três principais agências de rating – Moody's, Standard & Poor's e Fitch – anunciaram, em Maio, a atribuição de notação à dívi-da de Angola. A suportar esta posição estão, entre outros factores, as perspectivas de crescimento para este país e os baixos níveis de dívida pública e de dívida externa, permitindo assim que o país passe a aceder ao mercado de dívida internacional.

Retoma da actividade vs. risco soberano.

A conjuntura económica continua marcada por um contraste entre, por um lado, um fluxo de notícias positivas no que respeita à actividade económica e, por outro lado, uma preocupação persistente em relação à crise do risco soberano e às suas conse-quências. O cenário de uma recuperação da activi-dade económica global na primeira metade de 2010 tem sido reforçado com a publicação de alguns indi-cadores. Em primeiro lugar, com a divulgação de um crescimento homólogo de 48.5% nas exportações da China no mês de Maio (em forte aceleração face ao registo de Abril, cerca de 30%). As importações cresceram também de uma forma significativa (48.3%), sinalizando o dinamismo da procura interna nesta economia.

PIB dos EUA e da Zona Euro (%, trimestral anualizado). -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 USA Euro Zone % Fontes Bloomberg.

Mesmo na Europa e nos Estados Unidos, os indica-dores disponíveis têm revelado um tom maioritaria-mente positivo, sugerindo que o crescimento do PIB no 2º trimestre deverá ser ligeiramente superior ao

observado no 1º trimestre. No caso da Zona Euro, este cenário resulta, sobretudo, do maior dinamismo das exportações. Neste sentido, o BCE reviu ligeira-mente em alta as previsões de crescimento para 2010, de 0.8% para 1%, esperando um crescimento de 1.2% em 2011 e o próprio Bundesbank elevou também as perspectivas de crescimento do PIB para a Alemanha em 2010, de 1.6% para 1.9%, e em 2011, de 1.2% para 1.4%.

Indicadores de actividade dos sectores indus-trial e dos serviços.

30 35 40 45 50 55 60 65 Jun. 2007 Nov. 2007 Abr. 2008 Set. 2008 Fev. 2009 Jul. 2009 Dez. 2009 Mai. 2010 In de x (P oi nt s) China Brazil US ISM Manufacturing US ISM Non-Maufacturing Euro Zone PMI

Manufacturing

Euro Zone PMI Services

Fonte: Bloomberg.

Este quadro mais positivo ao nível da actividade económica não tem merecido, no entanto, uma grande atenção dos mercados financeiros. Estes mantêm-se focados, sobretudo, nos problemas rela-cionados com as finanças públicas na Europa, e com as suas potenciais repercussões no sistema bancário. Para além do receio de uma reestruturação forçada da dívida pública da Grécia, os mercados têm reve-lado uma preocupação sobre a exposição dos diver-sos bancos (sobretudo europeus), assistindo-se a alguma secagem de liquidez nos mercados monetá-rio e de crédito, que reflecte a quebra de confiança e a falta de informação entre os investidores.

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Angola Economic Outlook

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ANGOLA

Trimestre

2010

Após semanas (meses) de indecisão e indefinição face ao programa de auxílio à Grécia, o acordo alcançado entre a União Europeia e o FMI no início do mês de Maio, envolvendo um montante de EUR 110 mil milhões por um período de 3 anos, retirou à economia grega a elevada pressão sobre a capaci-dade de financiamento da sua dívida soberana, no curto prazo. Tal pacote, no entanto, já não foi sufi-ciente para conter o efeito de contágio, com os investidores a centrarem as suas preocupações nou-tras economias periféricas da Zona Euro, considera-das com dificuldades de igual natureza.

Assim, a 10 de Maio, o Ecofin anunciou um conjunto de iniciativas, acordadas entre a União Europeia, FMI e BCE, a fim de garantir a sobrevivência da Zona Euro: a criação de um mecanismo de ajuda financei-ra (European Stabilisation Mechanism) aos países integrantes do euro que evidenciem dificuldades, exigindo aprovação do FMI. O programa deverá envolver um montante de EUR 750 mil milhões por 3 anos (EUR 60 mil milhões a cargo da Comissão Europeia, EUR 440 mil milhões a ser financiados no mercado com a garantia pública dos países da Zona Euro e EUR 250 mil milhões pelo FMI).

Em simultâneo, os Estados-membros que vêm evi-denciando maior vulnerabilidade – Portugal e Espa-nha – comprometeram-se a implementar medidas adicionais que permitam às suas contas públicas alcançar mais rapidamente as exigências do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

No entanto, são observáveis diferentes posições cíclicas em diferentes áreas económicas. De um modo geral, as principais economias emergentes estão a lidar com riscos de sobreaquecimento, expressos, por exemplo, numa aceleração dos pre-ços. No Brasil, com um crescimento homólogo do PIB de 9% no 1º trimestre e uma inflação homóloga de 5.2% (em Maio), o Banco Central elevou recen-temente a principal taxa de juro de referência em 75 pontos base, para 10.25%. Já na Europa, o Banco de Inglaterra e o BCE mantiveram as respectivas taxas directoras inalteradas, reflectindo uma conjun-tura em que os riscos de estagnação da actividade ainda predominam. Por último, nos Estados Unidos, com a economia a beneficiar da conjugação entre crescimento da procura interna e ausência de pres-sões inflacionistas de relevo, não é de esperar que a Reserva Federal possa alterar a actual política mone-tária que coloca a taxa fed funds em mínimos

histó-ricos, entre 0%-0.25%. Ainda recentemente, o Fed reviu em baixa a previsão do deflator core do con-sumo privado (uma das medidas preferidas de infla-ção do Fed) que se situava entre 1%-2% passando para 0.7%-1.6% em 2010, sinalizando que será ain-da por um prolongado período de tempo que os juros de referência se manterão aos actuais níveis.

Países africanos com melhores perspectivas em 2010.

Em África, o impacto da recessão mundial foi inicial-mente sentido junto das economias mais integradas nos mercados financeiros internacionais, como a África do Sul (com uma queda anual do PIB de 2.2%). Posteriormente, esse impacto propagou-se aos países exportadores de petróleo, englobando, neste caso, as economias de Angola, Argélia, Líbia e Nigéria, bem como a economias exportadoras de bens industriais, como Marrocos e Tunísia. No entan-to, a forte recuperação dos fluxos de comércio inter-nacional e a estabilização das condições financeiras na segunda metade de 2009 traduziram-se numa recuperação muito visível da actividade nas princi-pais economias africanas e numa melhoria clara das perspectivas de crescimento para 2010 e 2011. Assim, no seu relatório Regional Economic Outlook – Sub-Saharan Africa, de Abril último, o Fundo Mone-tário Internacional (FMI) estima que, em 2009, a África Sub-Sahariana tenha registado um crescimen-to de 2.1%, o que contrasta com o crescimencrescimen-to veri-ficado em 2008 de 5.6%. Para 2010, o FMI antecipa a recuperação da actividade destes países, que deverão já apresentar um crescimento na ordem dos 4.7%. Nos países que são, simultaneamente, expor-tadores de petróleo, o FMI prevê para este ano um crescimento das respectivas economias da ordem de 6.5%.

Crescimento do PIB mundial e da África Sub-Sahariana (%). -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010F

World Economy Sub-Saharan

%

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Acima de tudo, o dinamismo económico de África esperado para 2010 deverá ser atribuído à melhoria da conjuntura nos mercados das commodities, sus-tentada, em parte, pela Ásia Emergente. Para além do contributo das matérias-primas, destaca-se a manutenção de taxas de investimento elevadas e a recuperação de fluxos de entradas de capitais do exterior.

Crescimento real do PIB e dos sectores não petrolíferos (%). 3.3 11.2 20.6 18.6 20.3 13.2 2.7 7.5 5.2 10.3 9.0 14.1 27.5 20.1 14.8 13.0 0 5 10 15 20 25 30 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009E 2010F % Non-oil sector GDP

Fonte: ES Research (E – Estimate; F - Forecast).

No caso específico de Angola, a aceleração da activi-dade económica em 2010 deverá ser alicerçada num aumento das receitas petrolíferas e num maior dinamismo dos sectores não energéticos (constru-ção, serviços, agricultura, etc.), associados a uma recuperação dos fluxos de entradas de capitais do exterior, bem como a uma recuperação do investi-mento público em infra-estruturas. Assim, o FMI estima que, em 2009, a economia angolana tenha crescido 0.7% (note-se que o Fundo chegou a esti-mar a entrada em recessão desta economia africana) e, para 2010, prevê uma aceleração do crescimento para um valor a rondar 6.7%.

No entanto, apesar de ainda não ser conhecido o valor oficial para o conjunto do ano, informações veiculadas por fontes governamentais apontam para um crescimento de 2.7% em 2009, ou seja, dentro do intervalo de previsto pelo ES Research ao longo dos últimos meses (entre 2% e 5%). A verificar-se este registo, tal não deixará de ser de extrema rele-vância, nomeadamente quando a grande maioria das instituições internacionais apontou durante vários meses para a contracção da actividade. Num ano em que o Governo tentou adaptar a economia do país a um contexto internacional adverso, foi adoptado um vasto conjunto de medidas que visaram assegurar um crescimento económico equilibrado e que passou

pela reprogramação de alguns investimentos públi-cos, pela redução das despesas em bens e serviços e por um maior dinamismo no saneamento financeiro das empresas, de modo a concentrar recursos que sustentassem a diversificação da economia, a dimi-nuição da dependência do petróleo, actuando em sectores geradores de mão-de-obra, como a agricul-tura, indústria e obras públicas.

Em 2011, o ritmo de crescimento económico deverá voltar a subir para um valor próximo de 8.3%, reflectindo uma melhoria do enquadramento econó-mico internacional e a estabilização da procura inter-na.

Segunda tranche do acordo com o FMI foi concedida.

Em 2009, as autoridades angolanas acordaram com o Fundo Monetário Internacional a concessão de um empréstimo num montante até USD 1.4 mil milhões. Esta linha de crédito visa ajudar a corrigir o desequi-líbrio da balança corrente observado desde o início do ano transacto (por via da quebra de receita das exportações de petróleo). Paralelamente, esta ajuda tem como objectivo fazer face às necessidades de investimento de muitos dos projectos estruturantes que estão planeados e que visam relançar e desen-volver vários sectores não-petrolíferos.

O acordo celebrado contemplava um amplo e pro-fundo acompanhamento por parte do Fundo com vista à observação do cumprimento das chamadas metas de desempenho (incluindo o estado das reservas internacionais líquidas, o cumprimento dos limites da dívida interna pública e os pagamentos em atraso) e das metas indicativas (que abrangem a evolução da despesa social e o défice público não-petrolífero). Foi neste contexto que o FMI disponibili-zou a segunda tranche desta linha de financiamento, no montante de USD 171 milhões, elevando assim o valor total já concedido a USD 514.5 milhões. De momento, a avaliação que o Fundo tem vindo a fazer deste processo é globalmente positiva, muito em função de alguns esforços que têm vindo a ser realizados por parte das autoridades angolanas, como o recomeço de leilões no mercado cambial, importante para uma estabilização da taxa de câm-bio, o aumento da transparência da gestão da dívida pública e a criação de um enquadramento legal para a aprovação de projectos de obras públicas.

Em 2009 foi igualmente veiculada a possibilidade da emissão de um empréstimo obrigacionista num

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ANGOLA

Trimestre

2010

tante até USD 4 mil milhões, a ser operacionalizado pelo banco de investimento norte-americano JP Mor-gan em duas tranches. A primeira deveria ter sido concedida em Dezembro último e a segunda agora em Junho. Esta emissão acabou por ser adiada em resultado da recente turbulência nos mercados de dívida internacionais, despoletada sobretudo por problemas no Dubai e na Grécia, e devido à vontade do Governo de obter antecipadamente credit rating que facilitasse a venda de títulos de dívida pública no mercado internacional.

Agências de rating atribuem notação a Angola.

As três principais agências de rating, Moody's, Stan-dard & Poor's e Fitch anunciaram, em Maio, a atri-buição de notação à dívida de Angola. A suportar esta posição estão, entre outros factores, as pers-pectivas de crescimento para este país e os baixos níveis de dívida pública e de dívida externa, permi-tindo assim que o país passe a aceder ao mercado de dívida internacional.

A Moody’s atribui um rating de B1 à dívida de longo prazo angolana, com outlook positivo, sublinhando que poderá proceder a uma revisão em alta desta classificação nos próximos 12 a 24 meses. Já a Fitch atribui uma notação de B+ para a dívida de longo prazo com perspectiva positiva. Para a dívida de cuto-prazo, o rating atribuído foi de B. A Standard & Poor’s concedeu um rating de B+ a longo-prazo e de B a curto-prazo, com outlook estável.

A atribução de rating permitirá o acesso a outros canais de financiamento nos mercados internacionais que viabilizem os projectos de investimento planea-dos. Recentemente, as autoridades angolanas deram a indicação da pretensão de se financiarem no mer-cado doméstico no montante de USD 2 mil milhões, pelo que a atribuição de rating poderá abrir mais uma alternativa à obtenção de fundos.

Kwanza com tendência para estabilizar.

Em 2009, num contexto de fortes quedas das reser-vas externas líquidas por via da diminuição das receitas provenientes do sector petrolífero, as auto-ridades angolanas implementaram um conjunto de medidas com o objectivo de garantir o financiamento regular da economia angolana e, simultaneamente, a estabilidade cambial do Kwanza (AOA). De facto, devido à crescente pressão para a depreciação do Kwanza, as autoridades monetárias tiveram que

pro-ceder ao aumento do rácio de reservas obrigatórias exigidas às instituições financeiras para 30% e à limitação dos levantamentos e transferências de capitais para o exterior em moeda estrangeira. Já numa segunda fase, perante o decréscimo acen-tuado das reservas externas líquidas, as autoridades decidiram abandonar o peg que a moeda angolana tinha face ao dólar norte-americano, tendo o Kwanza desvalorizado e estabilizado num intervalo USD/AOA 90-94 desde Novembro do ano passado. Durante o último mês verificou-se inclusivamente uma ligeira recuperação do Kwanza para um patamar próximo de USD/AOA 93. Ao longo deste ano, a moeda ango-lana deverá apresentar uma evolução mais estável, prevendo-se que o ciclo de desvalorização iniciado em 2009 seja interrompido, muito por via da recupe-ração do volume de reservas externas líquidas do país, em função da melhoria da actividade económi-ca e, em particular, dos tradicionais fluxos prove-nientes do sector petrolífero.

Taxa de câmbio do Kwanza vs. USD e EUR.

0 20 40 60 80 100 120 140 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 EU R /A O A a nd U S D /A O A 113.5 92.6 EUR/AOA USD/AOA Fonte: Bloomberg.

Produção petrolífera dá sinais de recuperação.

Em 2010, Angola tem registado um nível médio de produção de petróleo de 1.92 milhões de barris diá-rios (mb/dia), que compara com o valor médio de 1.79 verificado em 2009, o que representa um cres-cimento na ordem dos 7.2%. No actual contexto, Angola cimentou a sua posição como um dos maio-res produtomaio-res africanos de petróleo e como o segundo exportador desta matéria-prima para a Chi-na. Com o preço internacional do crude a estabilizar próximo dos patamares desejados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), ao lon-go de 2010 não são esperadas medidas no sentido de cortes na oferta, possibilitando que Angola estabi-lize a sua produção num nível compreendido entre 1.9 e 2.0 mb/dia.

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Para o sector petrolífero angolano, será importante a recuperação da procura mundial de crude, a fim de viabilizar a exploração de investimentos já previstos que, por se situarem em águas profundas e ultrapro-fundas da costa angolana, exigem montantes de investimento muito significativos. Assim, entre 2009 e 2013, Angola espera atrair investimentos na ordem dos USD 50.6 mil milhões, dos quais aproximada-mente 40% serão destinados à construção de uma refinaria no Lobito.

Reservas líquidas externas (USD mil milhões) e produção de petróleo de Angola

(mb/dia). 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Jan. Mar. May Jul. Sep. Nov. Jan. Mar. May Jul. Sep. Nov. Jan. Mar. 1.6 1.65 1.7 1.75 1.8 1.85 1.9 1.95 2008 2009 U S D bi lli ons mb/d ia y Oil production (Rhs)

Net external reserves (Lhs)

Fontes: BNA, OPEP.

Inflação estabiliza, apesar da manutenção dos

constran-gimentos ao nível da oferta.

O ritmo de crescimento dos preços registou uma ligeira moderação durante o mês de Abril, com a taxa de variação homóloga a recuar para 13.73% (13.80% em Março). No entanto, apesar do ligeiro abrandamento, o desempenho da inflação em Ango-la desenroAngo-la-se aos níveis mais elevados desde o início de 2006, num movimento de crescimento dos preços iniciado em Março de 2008, altura em que se registou um valor mínimo de 11.74%.

A classe da alimentação e bebidas não alcoólicas (com um peso superior a 50% no cabaz de preços) continua a ser a maior responsável por este movi-mento do IPC. O aumovi-mento da procura de bens ali-mentares e a persistente falta de capacidade de res-posta da oferta interna tornam a economia angolana muito dependente da importação deste tipo de bens. Paralelamente, a depreciação do kwanza face às divisas dos principais parceiros comerciais angolanos contribui para o encarecimento das importações de bens alimentares com origem (por exemplo) em

Por-tugal, Brasil e África do Sul, fornecedores importan-tes deste tipo de bens a Angola. O comportamento recente da inflação continua a reforçar a natureza prioritária dos investimentos em infra-estruturas logísticas (armazenamento, transporte e distribui-ção), bem como no aumento da capacidade produti-va interna, no sentido de reduzir esta pressão infla-cionista.

Taxa de inflação homóloga (%).

0 5 10 15 20 25 30 35 2005 2006 2007 2008 2009 2010 % 13. 73%

Fontes: FMI, ES Research.

Assim, dado o cenário recente para a inflação e, tendo em consideração os desequilíbrios fundamen-tais entre a oferta e a procura, a inflação média anual em 2010 e 2011 deverá situar-se em 13.3% e 9.9%, respectivamente.

Autoridades voltam a privilegiar os TBC.

Nos últimos meses, as autoridades angolanas têm privilegiado a emissão de Títulos do Banco Central (TBC) em detrimento da emissão de Bilhetes do Tesouro. Esta alteração deveu-se fundamentalmente à pressão que se fez sentir no mercado cambial, que conduziu à penalização do Kwanza face ao dólar e, simultaneamente, dada a preferência do sistema financeiro por prazos mais curtos a fim de facilitar a gestão de liquidez. As taxas associadas à colocação destes títulos acompanharam a tendência de subida iniciada em 2009, garantindo remunerações reais significativas dado o actual nível de inflação. No entanto, a estabilização recente do mercado cambial retirou pressão ao Kwanza e permitiu uma modera-ção das taxas que vinham sendo praticadas.

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Angola Economic Outlook

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Análise Sectorial

O Sector das Telecomunicações.

O desenvolvimento do sector das telecomunicações é uma prioridade da política económica e social de Angola, estando projectados diversos investimentos neste sector nos próximos anos. O sistema de telecomunicações angolano tem ainda um longo caminho a percorrer, pois apresenta grandes fragilidades. A maior parte das infra-estruturas necessitam ser recuperadas e melhoradas, de modo a proporcionar, à população e às empre-sas, mais sofisticados e eficazes sistemas de comunicação, e assim unir o país numa estratégia de desenvolvi-mento global. Estimular a concorrência entre os operadores (fixos, móveis, Internet) e melhorar o ambiente regulatório são dois desafios centrais da política de comunicações angolana, a par do incremento da coopera-ção regional e lusófona.

As Telecomunicações em Angola.

Com vários marcos relevantes ao longo do século XIX, as comunicações em Angola evoluíram ao ritmo mun-dial, com alguns sucessos de relevo, tal como o da 1ª emissão de radiodifusão de uso público, a partir da cidade de Benguela, apenas 10 anos após a pioneira BBC em Londres ter inaugurado o seu serviço. Na altu-ra da sua independência, em Novembro de 1975, Ango-la possuía uma das redes de comunicações mais modernas da região.

Nos anos que se seguiram à independência, o sector registou uma série de alterações a nível legal, da orga-nização administrativo-política e da estrutura empresa-rial. Em 1992 foi constituída a actual Angola Telecom, empresa pública estatal; em 1999, o Governo decidiu criar o INACOM - Instituto Angolano das Comunicações, de modo a reforçar as condições de concorrência no sector.

Assim, e no quadro das políticas definidas pelo Gover-no, o sector das telecomunicações em Angola tem vin-do a estar gradualmente aberto à concorrência. Diver-sos operadores, públicos e privados, desenvolvem a sua oferta de diversos serviços de telecomunicações no quadro das reformas programadas e tendo que ultra-passar constrangimentos estruturais que ainda se regis-tam no sector, na perspectiva de contribuir para o pro-gresso e bem estar dos cidadãos, da economia e da sociedade.

Organização do Sector das Telecomunicações.

Acompanhando o ritmo do crescimento da economia angolana, o sector das telecomunicações dinamiza a sua actividade, em quantidade e qualidade da oferta disponibilizada, equipando o conjunto dos agentes sociais e económicos de Angola com mais sofisticados instrumentos de comunicação, cada vez mais relevan-tes numa sociedade globalizada, assente numa cres-cente e sofisticada rede de interconexões.

Estrutura do sector das telecomunicações.

Fonte: INACOM.

Os desafios ao desenvolvimento do sector das teleco-municações são diversos. A par da criação de condições para que o natural desempenho deste sector, dinâmico e criativo nas propostas e soluções que apresenta, tenha espaço para se concretizar nas suas várias valên-cias – serviço fixo, serviço móvel, Internet, entre outros – existe em Angola um esforço acrescido, resultante do processo de reconstrução social e económica que o país atravessa, realidade geradora de oportunidades e desa-fios específicos.

Enquadramento legal e regulatório.

A Lei Base das Telecomunicações (Lei N. 8/01) é o elemento legal chave à organização do sector, que reflecte a intenção do Governo de promover a sua libe-ralização. A lei regulamenta o estabelecimento, a ges-tão e a exploração das infra-estruturas de telecomuni-cações. O principal objectivo é criar o enquadramento legal que garanta a expansão e modernização do sector angolano das telecomunicações, garantindo serviço de

Ministério dos Correios e das Telecomunicações

Instituto Angolano das Comunicações (INACOM)

Gabinete de Regulação e Serviços Públicos

Dep. de Administração,

Finanças e Pessoal e Gestão do EspectroDep. de Planificação Desenvolvimento e InformaçãoDep. de Estudos,

Mercado

Serviço Fixo Serviço Móvel Serviço de Dados

Angola Telecom Mercury Nexus Mundo Startel Wezacom Movicel

Unitel MultitelISPs Nível Político

Nível de Regulação

Nível Operacional

Ministério dos Correios e das Telecomunicações

Instituto Angolano das Comunicações (INACOM)

Gabinete de Regulação e Serviços Públicos

Dep. de Administração,

Finanças e Pessoal e Gestão do EspectroDep. de Planificação Desenvolvimento e InformaçãoDep. de Estudos,

Mercado

Serviço Fixo Serviço Móvel Serviço de Dados

Angola Telecom Mercury Nexus Mundo Startel Wezacom Movicel

Unitel MultitelISPs Nível Político Nível de Regulação Nível Operacional Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação

Ministério dos Correios e das Telecomunicações

Instituto Angolano das Comunicações (INACOM)

Gabinete de Regulação e Serviços Públicos

Dep. de Administração,

Finanças e Pessoal e Gestão do EspectroDep. de Planificação Desenvolvimento e InformaçãoDep. de Estudos,

Mercado

Serviço Fixo Serviço Móvel Serviço de Dados

Angola Telecom Mercury Nexus Mundo Startel Wezacom Movicel

Unitel MultitelISPs Nível Político

Nível de Regulação

Nível Operacional

Ministério dos Correios e das Telecomunicações

Instituto Angolano das Comunicações (INACOM)

Gabinete de Regulação e Serviços Públicos

Dep. de Administração,

Finanças e Pessoal e Gestão do EspectroDep. de Planificação Desenvolvimento e InformaçãoDep. de Estudos,

Mercado

Serviço Fixo Serviço Móvel Serviço de Dados

Angola Telecom Mercury Nexus Mundo Startel Wezacom Movicel

Unitel MultitelISPs Nível Político Nível de Regulação Nível Operacional Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação

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Sector das telecomunicações em Angola

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ANGOLA

Trimestre

2010

qualidade a preços razoáveis, assim como o progressivo acesso de um cada vez maior número de angolanos a estes serviços nas várias regiões do país.

Especificamente, a lei pretende:

 promover o investimento público e privado, encora-jar a concorrência e expandir os serviços básicos de telecomunicações às áreas rurais e mais remo-tas do país com níveis de qualidade aceitáveis e a preços razoáveis;

 garantir a concorrência entre os vários operadores;  promover a expansão das infra-estruturas de tele-comunicações, assim como a entrada de novos operadores;

 garantir as obrigações de serviço universal de tele-comunicações;

 promover o desenvolvimento de novos serviços e redes assente em propostas inovadoras em termos tecnológicos;

 garantir os direitos dos consumidores, nomeada-mente a não discriminação no acesso aos serviços de telecomunicações.

O INACOM, Instituto Angolano das Comunicações, foi criado pelo Decreto nº 12/99, de 25 de Junho, e é o organismo responsável por assegurar a regulamentação e monitorização da actividade de prestação de serviços de telecomunicações. Compete-lhe ainda a planificação, gestão e fiscalização da utilização do espectro radioe-léctrico, em todo o território nacional.

As atribuições específicas do INACOM são:

 gerir o espectro radiofónico e preparar e manter actualizado o plano nacional de frequências;

 preparar e gerir o plano nacional de numeração telefónica;

 licenciar o estabelecimento e a exploração das redes e dos serviços de telecomunicações;

 recolher taxas dos operadores e prestadores de serviços e aplicar sanções, quando necessário;  aplicar taxas para garantir o serviço universal nas

áreas rurais e remotas do país;

 estabelecer procedimentos e condições para a interconexão entre as diferentes redes;

 padronizar (tornar standard) e autorizar equipa-mentos e respectivas condições de uso no sistema nacional de telecomunicações;

 restringir o uso de equipamento de telecomunica-ções por razões de segurança e/ou de interferência com outros serviços.

Liberalização do sector.

Os serviços fixos de comunicação, também planeados para serem liberalizados em 2001, tiveram que esperar até 2002, ano da atribuição das licenças pelo INACOM a

4 companhias – Mercury Telecom, Mundo Startel, Tele-sel e Wezacom – que, por um prazo de 15 anos, podem prestar serviços fixos de telefone, acesso à Internet e serviços de transmissão de dados.

O espírito liberalizador iniciado em 2001 contava tam-bém com planos, por parte do Governo, de privatizar a Angola Telecom. Em 2003 foi criada uma comissão para supervisionar o processo de privatização. Existe hoje, em Angola, legislação de enquadramento às privatiza-ções que simplifica todo o processo, nomeadamente quanto ao investimento directo estrangeiro. A Lei ango-lana permite até 30% de participação estrangeira nas empresas de telecomunicações.

Porém, antes de privatizar a Angola Telecom, o Gover-no poderá reforçar a posição da companhia Gover-no mercado através de um conjunto significativo de investimentos em infra-estruturas.

A companhia de serviço móvel da incumbente Angola Telecom, a Movicel, foi privatizada em Julho de 2009, sendo a sua gestão operacional realizada pela chinesa ZTE. Esta foi uma das maiores privatizações em Angola, e os 80% do capital vendido pertencem à Porturil Investments (40%), à Modus Comicare (19%), à Ipang (10%), à Lambda Investment (6%) e à Novatel (5%). A Angola Telecom e os Correios e Telégrafos de Angola têm os restantes 20%.

A liberalização das comunicações móveis em Angola foi marcada pelo lançamento da rede GSM do operador privado Unitel, que passou a concorrer com a Movicel. O Governo tem planeado, desde 2006, a concessão de uma terceira licença para operador móvel, o que ainda não ocorreu.

Rede fixa.

Grande parte da infra-estrutura das telecomunicações fixas fora de Luanda está destruída. A Administração, as empresas, as organizações internacionais, as organi-zações não-governamentais dependem das comunica-ções via satélite e/ou rádio. É, também assim, que se caracterizam as comunicações entre Luanda e as res-tantes regiões do país.

Na capital, onde estão instaladas cerca de dois terços das linhas fixas, já convertidas de analógicas para digi-tais, a operação faz-se em sobre-capacidade, tornando difíceis as comunicações. Entre 1996 e 2010 (estimati-va), a teledensidade em Angola (nº de linhas fixas por 100 habitantes), passou de 0.4% para 2%.

O principal operador é a Angola Telecom, num mercado que se estima ter cerca de 350 mil linhas fixas instala-das.

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Linhas de comunicações fixas, 1996 - 2010E(Milhares). 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010E 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010E

Fontes: ITU, INACOM, Operadores. (E - Estimativa).

As comunicações fixas não se resumem, principalmente em Luanda, às linhas telefónicas. É também aqui que existe uma infra-estrutura de televisão por cabo (a TV Cabo), que funciona desde 2003 e vem alargando o

portfolio de canais e serviços prestados. Está a ser con-vertida para fibra óptica, abrindo caminho para novos serviços de voz, imagem e dados.

A Angola Telecom tem em curso um plano de investi-mentos, até 2013, no valor de USD 2.4 mil milhões, para a promoção da rede fixa. Destacam-se 7 mil kms de ligações em fibra óptica e a instalação de 500 mil linhas telefónicas.

Internet.

A primeira ligação de e-mail, em Angola aconteceu em 1990, realizada por uma ONG a trabalhar no país no âmbito da cooperação Angola-Canadá. Desde essa data, e principalmente após o estabelecimento da paz, ocorreram diversos desenvolvimentos. Os serviços de Internet começaram por ser disponibilizados por enti-dades não lucrativas (ONGs), tendo em 1996 surgido os primeiros operadores comerciais. A Ebonet (actualmen-te Nexus) foi a primeira operadora comercial de In(actualmen-ter- Inter-net, funcionando com um nível de banda de 1 Mb/s (megabytes por segundo), que em 2002 aumentou para 7 Mb/s, e que desde então, principalmente após a instalação do cabo submarino internacional de fibra óptica SAT-3 WASC (West Africa Cable System), passou para 300 Mb/s.

Hoje são cerca de 20, o número de operadores de Internet, sendo a Nexus, a ACS, a Movinet (Movicel) e a TV Cabo os principais operadores. Esta realidade pos-sibilitou alargar o número de utilizadores, 750 mil, aumentando o nível de penetração deste serviço, 4.2% (estimativa), que compara com 0.1% da população, no início da década. Os preços praticados são elevados, pelo que também aqui são esperados efeitos na descida do preço resultantes do aumento da concorrência.

Utilizadores de Internet, 1997 - 2010E (Milhares). 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1997 2000 2002 2004 2006 2008 2010E 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1997 2000 2002 2004 2006 2008 2010E

Fontes: ITU, INACOM, Operadores. (E - Estimativa).

Rede Móvel.

A Angola Telecom lançou o primeiro sistema de telefo-ne celular no país em 1994, oferecendo cobertura em Luanda, Benguela e Cabinda, e ao longo das principais estradas entre estas cidades.

Subscritores de comunicações móveis, 2002 - 2010E (Milhões). 0 2 4 6 8 10 12 2002 2004 2006 2008 2010E 0 2 4 6 8 10 12 2002 2004 2006 2008 2010E

Fontes: ITU, INACOM, Global Mobile, Operadores. (E - Estimativa). O mercado de comunicações móveis foi aberto à con-corrência em 2001, com o lançamento da rede GSM 900 da Unitel. Desde então, o telefone móvel tem registado notáveis taxas de crescimento, e o número de subscrições de comunicações móveis ultrapassou o das comunicações fixas em menos de um ano, com uma proporção actual de 30 para 1.

Ambas as redes, Movicel (Angola Telecom) e Unitel, funcionam em banda larga, oferecendo serviços 3G. Estima-se a existência de mais de 10 milhões de subs-critores de comunicações móveis, o que representa uma taxa de penetração de 57%, valor muito superior a 1% registado em 2002, ano em que os dois operado-res móveis se encontravam já a operar.

Os preços praticados são, ainda, relativamente altos, principalmente devido à falta de concorrência.

(14)

Aguarda-Sector das telecomunicações em Angola

14

ANGOLA

Trimestre

2010

se, desde 2006, a emissão da terceira licença de ope-rador móvel, sendo incerto quando tal irá ocorrer. O menor ritmo de crescimento económico desde 2009 e a melhoria do serviço prestado pelas comunicações fixas e Internet são elementos que farão abrandar o ritmo de crescimento deste mercado. Porém, o aumen-to da cobertura geográfica em curso e a maior concor-rência esperada com a entrada de um terceiro opera-dor, que se acredita vir a acontecer, a exemplo do que ocorre na maior parte dos países africanos, deverá con-tinuar a estimular o mercado angolano de comunica-ções móveis.

Cooperação lusófona.

A AICEP – Associação dos Operadores de Correios e Telecomunicações dos Países de Língua Oficial Portu-guesa, foi criada em 1990, sendo constituída por 12 operadores de correios de telecomunicações de Portu-gal e dos PALOP. Desde a sua criação, tem-se assistido a mudanças muito significativas no sector das comuni-cações ao nível da sua própria economia, das técnicas de gestão e das tecnologias, nomeadamente com o desenvolvimento exponencial de sistemas digitais. No campo operativo, a AICEP desenvolve acções com vista à melhoria da operação dos seus membros, nomeadamente nas áreas da rede, gestão, organização qualidade de serviço e respectivos meios tecnológicos de suporte, numa perspectiva de divulgação de boas práticas de convergência e complementaridade inter-sectorial. Analisa ainda os problemas e as vantagens da convergência e da conexão entre os cidadãos lusófo-nos.

Hoje, a AICEP é constituída por 24 Operadores de Cor-reios de Telecomunicações, 5 Órgãos Reguladores de Comunicações, 4 Membros da Indústria/Serviços, dos 9 Países e Territórios de Língua Oficial Portuguesa. A per-cepção do peso dos membros da AICEP como parceiros naturais das comunicações torna-se mais real quando traduzidas em números. Em 5 continentes, o universo das comunicações representa 10.7 mil milhões de Km2, 243 milhões de falantes lusófonos, 27.8 mil trabalhado-res, EUR 11.6 mil milhões de receita, EUR 1.3 mil milhões de resultados e EUR 2.4 mil milhões de inves-timento.

Este contexto de cooperação é relevante, não só pelo que significa, certificado pelos números atrás apresen-tados, mas, mais ainda, porque o continente africano – pela dimensão dos recursos financeiros, materiais e humanos necessários para a melhoria progressiva dos indicadores de comunicações – representa um vasto potencial de crescimento para os grandes fornecedores de equipamentos e serviços de telecomunicações.

Em Angola, com os investimentos planeados e a apro-priada moldura regulamentar, o mercado de telecomu-nicações deverá assumir uma posição de destaque no contexto africano.

(15)

ANGOLA

Indicadores Económicos Seleccionados

2004 2005 2006 2007 2008E 2009E 2010P 2011P

População (Milhões) 15.0 15.4 15.9 16.3 16.8 17.3 17.8 18.4

Produto Interno Bruto (PIB)

Valores Nominais, KZ mil milhões* 1 652.1 2 669.9 3 629.7 4 545.9 6 373.7 5 528.9 7 551.2 8 765.3

Valores Nominais, USD mil milhões* 19.8 30.6 45.2 59.3 84.9 68.8 85.5 99.2

PIB per capita (USD)* 1 322 1 988 2 847 3 629 5 054 3 972 4 793 5 392

Crescimento real (Previsão do ES Research,%) 11.2 20.6 18.6 20.3 13.4 2.7 7.5 8.3

Crescimento real (Previsão do FMI,%) 11.2 20.6 18.6 20.3 13.4 0.7 6.7 8.3

Sector Petrolífero (Previsão do FMI, %) 13.1 26 13.1 20.4 12.2 -5.1 5.0 6.1

Sector Não Petrolífero (Previsão do FMI, %) 9.0 14.1 27.5 20.1 14.8 8.2 7.8 10.1

Crescimento real (Previsão do Governo,%) - - - 23.3 13.8 2.7 8.6 8.6

PIB por sector (% do total) 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Agricultura, Floresta e Pescas 8.6 7.2 7.3 7.7 8.2 11.4 - -

Petróleo e Gás 54.7 62.9 55.7 55.8 58.3 42.3 - - Diamantes 5.2 4.3 2.3 1.8 1.2 1.0 - - Indústria Transformadora 4.0 3.6 4.8 5.3 6.6 7.2 - - Electricidade e ˘gua 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 - - Construção 3.8 3.2 4.3 4.9 4.4 7.6 - - Comércio 15.9 12.4 16.8 16.9 15.3 22.0 - -

Serviços não Transaccionáveis 7.7 6.3 8.7 7.5 5.9 8.4 - -

Taxa de Inflação (IPC, %) 43.6 23.0 13.3 12.2 12.5 13.7 13.3 9.9

Contas Externas

Exportações (USD milhões) 13 801 24 291 33 334 44 684 64 218 36 509 49 034 56 948 Importações (USD milhões) 10 633 15 132 16 306 26 313 43 152 28 533 37 982 41 273

Saldo da Balança Corrente (% do PIB) 3.5 16.8 25.2 15.9 7.6 -5.2 2.7 2.2

Saldo da Bal. de Mercadorias (% do PIB) 38.6 51.4 51.1 51.9 50.5 28.6 35.5 35.9

Saldo da Bal. de Serviços (% do PIB) -22.9 -21.6 -13.3 -20.8 -25.7 -17 -20.7 -20.4

Reservas Externas Líquidas (USD milhões) 1 418 3 153 8 560 11 183 17 980 12 127 15 509 18 917

Taxa de Câmbio (Média Anual)

USD/KZ 83.5 87.2 80.4 76.8 75.0 79.3 91.7 85.0 EUR/KZ 103.9 108.6 101.0 105.2 110.3 110.7 122.4 102.0 Contas Públicas

Receita Total (% do PIB)* 37.5 40.4 46.4 46.7 50.5 32.5 38.6 40.5

Despesa Total (% do PIB) * 38.5 39.4 31.6 35.1 41.6 41.6 37.1 35.3

Saldo Orçamental (% do PIB)* -1.0 1.0 14.8 11.6 8.9 -9.1 1.5 5.2

Taxas de Juro

Taxa de Redesconto (%) 95.0 95.0 14.0 19.6 19.6 30.0 25.0 25.0

Taxa dos TBCs a 182 dias (%) 60.0 10.0 6.0 15.0 15.0 20.0 20.0 15.0

E Estimativa, P Previsão.

(16)

Contactos

16

ANGOLA

Trimestre

2010

BANCO ESPÍRITO SANTO

Av. Liberdade, 195 1250 - 142 – Lisboa

PORTUGAL

BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA

Rua do 1º Congresso do MPLA, 29 Bairro Ingombotas - Luanda

ANGOLA

ESPÍRITO SANTO RESEARCH

Rua Alexandre Herculano, 38 – 5º 1269 – 161 Lisboa

PORTUGAL

BES INVESTIMENTO

Rua Alexandre Herculano, 38 1269 – 161 Lisboa

PORTUGAL

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Calle Serrano, 88, 28006 Madrid ESPANHA

BES SECURITIES DO BRASIL

Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 8º 04538 – 905 São Paulo

Referências

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