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ÁFRICA DO SUL (2009)

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Academic year: 2021

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JOHANESBURGO - A África do Sul congrega impressionante diversidade de ambientes e uma mescla de crenças, tradições e heranças. Para conhecer tudo isso, percorremos cinco mil quilômetros de norte a sul.

Optamos pelo lado leste, banhado pelo Oceano Índico. Fomos da savana às praias, comemos de carne de kudu a ostra e encontramos um país organizado, boas estradas, hospitalidade e preços bastante convidativos (quando não eram iguais aos do Brasil, eram mais baratos).

A viagem teve início no aeroporto de Johanesburgo (O.R. Tambo). O voo do Brasil chega às 7h30m e o trâmite aduaneiro é rápido. Pegamos o carro e percorremos 500 quilômetros até o portão Phalaborwa do parque Kruger (seguimos pelas estradas R21, N1, N4, R36, R526, R40 e R71). A sugestão para quem deseja se aventurar pelo Kruger por conta própria é adquirir no portão de entrada o guia do parque, que tem todas as informações necessárias para desfrutar com segurança as estradas do local.

Outra sugestão é avaliar a possibilidade de comprar o Wild Card, um cartão válido por um ano que dá acesso a todos os parques da África do Sul que são administrados pelo South African National Parks (SANParks) , de acordo com o tempo que se pretende ficar na África do Sul e com os parques a serem visitados.

Optamos por ficar nas acomodações administradas pelo governo e acertamos. Encontramos bons preços, limpeza e organização. Essas áreas são chamadas de restcamps, que são minicidades no meio da savana, com restaurante, lanchonete, caixa eletrônico, posto de gasolina e minimercado. Todos os restcamps têm cerca elétrica em seu entorno.

Mas não é agressivo. Na maioria dos lugares nem é perceptível. As áreas para alimentação quase sempre têm vista para a savana.

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Fazer reserva com antecedência é imprescindível. A nossa reserva foi feita por uma agência (www.toursa.com) ) especializada em parques no continente africano, e fomos muito bem atendidos.

A primeira noite foi no restcamp Letaba, depois em Shingwedzi, Satara e Skukuza. O deslocamento entre os acampamentos já é um passeio, e pode ser realizado por estrada asfaltada ou de terra. Sugerimos seguir pela estrada de terra - por ter menos circulação, aumentam as chances de se ver os big five (os cinco animais mais difíceis de serem

encontrados na savana: leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte).

Por todo o percurso existem water holes (bebedouros). Nesses locais são maiores as possibilidades de se ver um ataque de predador.

Chegamos atrasados e perdemos o ataque das hienas. Só as

encontramos desfrutando a carcaça. Procure investir um tempo nos bebedouros: algum animal pode aparecer para beber água quando menos se espera.

Em todos os restcamps é possível contratar passeios, que partem ao amanhecer e ao anoitecer. Vale a pena fazer os passeios contratados?

Sim, porque nos horários desses passeios não é permitido circular com carro próprio, além de estar com um guia especializado em localizar animais e receber explicações sobre a fauna e a flora.

Não espere garantia de ver os big five só porque você está com o guia.

Não os vimos quando estávamos com ele, mas sim por conta própria.

Não acredite se disserem que os animais são controlados por GPS e que existem estradas especiais para os carros do parque. Não vimos nada disso. Os carros do parque circulam pelas mesmas estradas liberadas aos turistas e não vimos nenhum animal com coleira localizadora. As estradas não asfaltadas podem ser percorridas em carro de passeio sem problemas.

De um restcamp a outro, percorra no máximo 200 quilômetros, para observar por mais tempo os animais ou aguardar a chegada de algum outro no water hole, afinal "a África não é para todos... mas para quem sabe apreciar".

No caminho, não ultrapasse 50km/h em nenhuma estrada dentro de parque (asfaltada ou não) e chegue antes do horário determinado para entrar no restcamp, se não quiser ser multado. O horário de saída e entrada do acampamento (disponível no site SANParks ) depende da

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estação do ano. No deslocamento entre os restcamps, compre um lanche num minimercado. Eles têm tudo pronto para o piquenique na savana: isopor, gelo, sanduíches e bebidas. A informação também vale para churrasco, com carvão, sal grosso, carne, fósforo e álcool em gel.

Não há restaurante no percurso, mas existem áreas cercadas para alimentação, com banheiro.

As opções para acomodações são camping e chalés. Os chalés têm roupa de cama, chuveiro com água quente, cozinha equipada e churrasqueira, e, dependendo da categoria, ar-condicionado e TV.

Suazilândia

Deixando o Kruger (R571 na África do Sul e MR3 na Suazilândia) rumo a Costa Leste banhada pelo Oceano Índico, existem duas alternativas:

contornar o reino da Suazilândia ou atravessá-lo. A decisão depende da disposição de percorrer mais 350 quilômetros e se manter na África do Sul. Atravessamos a Suazilândia para visitar o Lhane Royal National Park. O parque é menor que o Kruger e os animais são separados por setores. Lá, as chances de ver um leão, caso a sorte não tenha estado do seu lado no Kruger, aumentam significativamente. À noite os

funcionários do parque fazem uma apresentação de dança típica. Saindo do parque para a África ao Sul seguimos pelas estradas MR3, MR7,

MR16, MR8 e N2.

Greater St Lucia Wetland Park

De volta à África do Sul, o Greater St. Lucia Wetland Park fica na costa norte do estado de Kwazulu-Natal. Para visitar o parque e os atrativos da região a melhor cidade é St. Lucia, que fica a 265 quilômetros de Durban. Indicamos a pousada Zulani. Os donos moram ali e terão prazer em ajudá-lo a encontrar todos os passeios necessários.

É possível contratar passeios regulares: no mar, para ver baleias e tartarugas marinhas e, no lago, para ver famílias inteiras de

hipopótamos, crocodilos, águias-pescadoras e uma infinidade de

pássaros. Os crocodilos e hipopótamos são vistos em abundância e na entrada da cidade pode-se visitar o maior centro de preservação de crocodilos do país.

Para os amantes do mergulho, a praia de Sodwana Bay é onde se

pratica snorkeling e mergulho com cilindro. Fica a 65 quilômetros de St.

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Lucia. Quem prefere pesca oceânica não ficará entediado. Na cidade de St. Lucia é possível contratar saídas para pesca de marlim. E se ainda assim bater uma saudade da savana, a 65 quilômetros da cidade encontra-se uma reserva particular cujo nome é Hluhluwe-Umfolozi Park.

Descansamos um dia em St. Lucia para lavar roupas e comprar artesanato zulu (não deixe de visitar a feira de rua local) e seguimos direto pela N2 para Garden Route. Foram cerca de 1.300 quilômetros de boas estradas emoldurados pela paisagem árida do interior da África do Sul.

Vale lembrar que ao longo do caminho é necessário entrar nas cidades para abastecer e se alimentar. Diferentemente do Brasil não é comum encontrar postos de serviços à beira das estradas. Então, atenção, quando pensar em abastecer, procure entrar na cidade mais próxima.

Litoral Sul (Garden Route)

A partir de Port Elizabeth a paisagem muda com o mar à esquerda e a montanha à direita (sentido Cape Town). Deste ponto em diante, deixa- se a aridez e desfruta-se da brisa do mar, deixa-se a carne e desfruta-se dos frutos do mar. Essa belíssima faixa litorânea que se estende a partir do Parque Tsitsikamma (a 107 quilômetros depois de Jeffrey's Bay, no sentido Cidade do Cabo) até Mossel Bay (a 397 quilômetros da Cidade do Cabo), pela N2, é uma combinação de vegetação exuberante, montanhas, lagoas, rios e mar. As cidades que beiram a estrada são aconchegantes. Faça o passeio de carro, para que possa parar e apreciar as paisagens. Optamos por ficar alguns dias na cidade de Mossel Bay, porque dela partem os passeios para mergulhar com tubarão branco, ver baleias, lobos marinhos e golfinhos. O mergulho com tubarão branco é feito em uma espécie de gaiola ao lado do barco.

Recomendamos uma visita a Knysna, principalmente para os amantes de ostras, uma das principais atividades econômicas da cidade, que oferece muitos passeios. Não deixe de visitar Knysna Heads, maciços que marcam o encontro entre a lagoa e o mar. É fácil de encontrar.

Faça uma visita aos restaurantes da parte de baixo e desfrute a paisagem na parte de cima.

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Cidade do Cabo

A cidade é uma concorrente do Rio de Janeiro em beleza e

hospitalidade. Tem um ar cosmopolita, afinal tem influência holandesa, britânica e local. Percorremos o Centro da cidade a pé e pudemos conhecer um pouco do seu dia-a-dia, vendo construções de arquitetura holandesa e vitoriana.

O Greenmarket Square é um feira de artesanato ao estilo feira de

Ipanema (Rio de Janeiro) e fica na esquina das ruas Longmarket Street e Burg Street, mas não se preocupe, todos no Centro conhecem o local.

A visita à Table Montain é obrigatória, mas é necessário contar com a sorte porque, com frequência, existem nuvens cobrindo a montanha.

Os amantes das compras não ficarão mal servidos. Existem boas opções de shoppings e o mais famoso é o Victoria & Alfred Waterfront, um bem sucedido projeto no cais da cidade, que recebeu o nome da Rainha Vitória e de seu filho. O complexo tem lojas de grife e restaurantes de diferentes etnias, em mesas com vista para o mar. Bares e bistrôs apresentam música ao vivo. Shows populares podem ser vistos no anfiteatro, e existe ainda o Two Oceans Aquarium. Para quem gosta de uma feirinha, ao lado do shopping existe uma organizada feira de

artesanato.

Do cais, partem excursões em saveiros para admirar a vista e para o Ilha Robben, onde ficou preso Nelson Mandela, e que hoje é um museu.

Ficamos na pousada Villa Sunshine.

Península do Cabo

É formada por uma escarpada cadeia de montanhas que começam na Table Montain e vão até o Cape Point. Iniciamos o passeio pela costa da baía de False Bay (estradas M3 e M4) e voltamos pela Costa Atlântica (estrada M65) para ver o pôr do sol no mar.

Na estrada que acompanha a baía de False Bay, atenção especial para Simon's Town, Fish Hoek e Boulders National Park (onde se visita uma colônia de pinguins). Depois de Simon's Town começam as escarpas e os mirantes. No fim da estrada fica a entrada para o Cape of Good Hope Nature Reserve (o Cabo da Boa Esperança). Na guarita é necessário mostrar o Wild Card ou pagar o ingresso. O nome foi dado por Dom

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João, rei de Portugal, que via ali um presságio positivo para a nova rota para a caminhos das Índias.

Dentro do parque, é possível ver pequenos antílopes e babuínos. Aqui cabe um lembrete, não exponha comida aos babuínos e tranque o carro quando sair. Eles tentam abrir a porta do carro e reviram tudo.

O principal ponto de atração dentro do parque é o farol, de onde se contemplam as escarpas de mais de 300 metros de altura e, mesmo que imaginário, o encontro de dois oceanos (o Índico e o Atlântico). Ainda na área do parque existem outras estradas que levam a mirantes.

Recomendamos a visita.

No retorno, assim que sair da guarita do parque, vire à esquerda para voltar pela Costa Atlântica, passando por Misty Cliffs, o farol de

Kommetjie, Hout Bay e inúmeras praias espetaculares.

Referências

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