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PROCESSO Nº: PROCEDIMENTO COMUM AUTOR: CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DA 15 REGIÃO.

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PROCESSO Nº: 0800038-47.2019.4.05.8306 - PROCEDIMENTO COMUM

CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DA 15 REGIÃO. AUTOR:

Ataliba De Abreu Netto ADVOGADO:

MUNICIPIO DE MACAPARANA RÉU:

Eduardo Henrique Teixeira Neves ADVOGADO:

(JUIZ FEDERAL TITULAR) 25ª VARA FEDERAL - PE

DECISÃO

Tratase de ação ordinária ajuizada pelo CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA -CRTR - 15ª REGIÃO/PE, em face do MUNICÍPIO DE MACAPARANA/PE, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para fins de suspender o andamento do concurso previsto no Edital nº 001/2019, do Município de Macaparana/PE, em relação ao cargo de Técnico em Radiologia, até a retificação do edital. Aduz a autarquia que o Município de Macaparana/PE, por meio de edital de concurso público, tornou pública a abertura das inscrições e estabeleceu normas relativas à realização do certame para provimento, dentre outros cargos, de cargo efetivo, sob regime estatutário, de Técnico em Radiologia.

Salienta que, dentre as irregularidades constatadas no edital, encontra-se a previsão de remuneração do Técnico em Radiologia no valor de R$ 998,00 (novecentos e noventa e oito reais), sem o acréscimo de 40% de risco de vida e insalubridade, e de carga horária semanal de 40 (quarenta horas), em desacordo com as benesses previstas na Lei 7.394/85, que regula o exercício da profissão de Técnico em Radiologia. Esclarece que, em se tratando de lei federal estabelecendo condições para o exercício profissional, incumbe ao município respeitá-la, visto que, nesse particular, a legislação federal prevalece sobre a legislação municipal, porquanto se trata de competência privativa da União para legislar.

O decisum exarado no id. 9820734 determinou a citação da parte ré antes da apreciação da medida de urgência.

Manifestou-se a municipalidade demandada (id. 10190833) afirmando que o Edital nº 001/2019 está totalmente de acordo com a Lei Municipal nº 1.133/2018, a qual criou o cargo de provimento efetivo de Técnico em Radiologia, disciplinando sobre as atribuições, vencimentos e jornada de trabalho do referido cargo. Acrescentou, relativamente à alegação de ausência de previsão no edital do certame do adicional de periculosidade/insalubridade, que a concessão de tal adicional não depende de previsão em Edital de certame público, e sim em Lei Municipal competente, que regule as hipóteses e os percentuais relativos a tal benefício.

Decido.

Nos termos do art. 294 do Código de Processo Civil, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Por sua vez, o seu parágrafo único prevê que a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

Neste caso, estamos diante do pedido de tutela provisória incidental, já que formulada no bojo da petição inicial, bem assim de natureza antecipada.

São requisitos para a concessão da tutela de urgência: a existência de elementos que evidenciem a

e o , tudo em

probabilidade do direito perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo conformidade com as regras do art. 300 do Código de Processo Civil.

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andamento do certame previsto no Edital nº 001/2019, do Município de Macaparana/PE, em relação ao cargo de Técnico em Radiologia, até a retificação do edital, adequando-o à legislação federal.

Em consequência, que passe a constar a remuneração de 02 (dois) salários mínimos, com acréscimo de 40% (quarenta por cento) a título de adicional de insalubridade, além de carga horária de 24 (vinte e quatro) horas semanais, nos termos dos nos arts. 14 e 16 da Lei nº 7.394/85.

Pois bem. No caso em tela, dois pontos devem ser desde logo enfrentados:

i) a questão relativa ao poder da municipalidade de legislar sobre condições de trabalho; ii) a fixação de piso salarial em múltiplos do salário mínimo.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo nº 758.227, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, que abordou a questão relativa à competência para legislar sobre condições de trabalho, em relação aos profissionais fisioterapeutas e terapeutas , reafirmou o entendimento da Suprema Corte no sentido da competência privativa da ocupacionais

União para legislar sobre condições do exercício profissional.

Nesse sentido, a norma municipal dispondo de maneira diversa sobre a matéria, frente à legislação federal, é inconstitucional, por invadir competência expressa da União (Art. 22, XVI, CF).

Conquanto o precedente do STF trate da carga horária do profissional fisioterapeuta, em que são partes o Município de Fazenda Rio Grande/PR e o Conselho Regional de Fisioterapia daquela Região, o mesmo raciocínio deve ser aplicado ao caso presente, em relação aos técnicos em radiologia.

Logo, no que tange ao concurso público objeto da presente ação, a situação é a mesma, porque se trata, também, de discussão sobre condições para o exercício profissional.

Nesse sentido, mutatis mutandis , precedente do STJ:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. "TÉCNICO EM RADIOLOGIA". JORNADA DE TRABALHO. ART. 14 DA LEI 7.394/85. APLICAÇÃO AOS SERVIDORES. POSSIBILIDADE. ART. 22, XVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Os servidores públicos estaduais submetem-se ao regime jurídico próprio de seus Estados, em virtude da repartição de competências constitucionais, que em respeito ao princípio federativo previsto no art. 18 da Constituição Federal, confere autonomia política e administrativa a todos os entes federados, que serão administrados e regidos pela legislação que adotarem, desde que observados os preceitos constitucionais. 2. A despeito

de cada ente federado poder organizar seu respectivo serviço público, instituindo regime jurídico que irá reger suas relações com seus servidores, estas ainda estarão sujeitas às regras gerais estabelecidas pela União no exercício da competência estabelecida no art. 22 da Constituição Federal, segundo o qual "[c]ompete privativamente à União legislar sobre: XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões" 3. A Lei Federal 7.394/85 (que "Regula o. Exercício da Profissão de Técnico em Radiologia, e dá outras providências"), em seu art. 14, determina que "[a] jornada de trabalho dos profissionais abrangidos por esta Lei será de 24 (vinte e quatro) horas semanais". 4. O art. 14 da Lei 7.394/85 foi recepcionada pelo art. 22, XVI, da Constituição Federal, sendo, portanto, aplicável aos servidores públicos ocupantes do cargo de "técnico em radiologia". Nesse sentido, mutatis mutandis: AgRg no REsp 823.913/RS, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, (STJ - AgRg no AREsp: 341145 SC Sexta Turma, DJe 21/6/10. 5. Agravo regimental não provido.

2013/01328050, Relator: Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Data de Julgamento: 06/02/2014, T1 -PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 18/02/2014) [Destaquei]

No que tange ao segundo ponto controvertido, a lei nº 7.394/85, que fixa o valor salarial dos técnicos em radiologia, prescreve em seu art. 16 que tais profissionais receberão dois salários mínimos como piso da categoria.

(3)

A Constituição Federal, por sua vez, em seu artigo 7º, IV, dispõe que:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

(...)

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo

vedada sua vinculação para qualquer fim;

Merece destaque, nesse ponto, em relação à vinculação da remuneração dos técnicos em radiologia ao salário mínimo, a decisão da Medida Cautelar na ADPF nº 151, de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa:

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. Direito do Trabalho. Art. 16 da Lei 7.394/1985. Piso salarial dos técnicos em radiologia. Adicional de insalubridade. Vinculação ao salário mínimo. Súmula Vinculante 4. Impossibilidade de fixação de piso salarial com base em múltiplos do salário mínimo. Precedentes: AI-AgR 357.477, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 14.10.2005; o AI-AgR 524.020, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 15.10.2010; e o AI-AgR 277.835, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 26.2.2010. 2. Ilegitimidade da norma. Nova base de cálculo. Impossibilidade de fixação pelo Poder Judiciário. Precedente: RE 565.714, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 7.11.2008. Necessidade de manutenção dos critérios estabelecidos. O art. 16 da Lei 7.394/1985 deve ser declarado ilegítimo, por não recepção,

mas os critérios estabelecidos pela referida lei devem continuar sendo aplicados, até que sobrevenha norma que fixe nova base de cálculo, seja lei federal, editada pelo Congresso Nacional, sejam convenções ou acordos coletivos de trabalho, ou, ainda, lei estadual, editada conforme delegação prevista na Lei Complementar 103/2000. 3. Congelamento da base de cálculo em questão, para que seja calculada de acordo com o valor de dois salários mínimos vigentes na data do trânsito em julgado desta decisão, de modo a desindexar o salário mínimo. Solução que, a um só tempo, repele do ordenamento jurídico lei incompatível com a Constituição atual, não deixe um vácuo legislativo que acabaria por eliminar direitos dos trabalhadores, mas também não esvazia o conteúdo da decisão proferida por este Supremo Tribunal Federal. 4. Medida cautelar

(STF - ADPF: 151 DF, Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento:

deferida.

02/02/2011, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-084 DIVULG 05-05-2011 PUBLIC 06-05-2011 EMENT VOL-02516-01 PP-00001) [Destaquei]

Sabe-se que as decisões preferidas em sede de controle abstrato da constitucionalidade das leis e atos normativos, a exemplo da ADPF, são dotadas de efeito vinculante da conduta da Administração Pública, não podendo a municipalidade, sob a alegação de existência de lei municipal dispondo de maneira diversa sobre condições de trabalho, se furtar à observância do que restou decidido pela Suprema Corte.

Como se vê, conquanto tenha declarado ilegítimo o art. 16 da Lei 7.394/85, reafirmando a impossibilidade de fixação de piso salarial com base em múltiplos do salário mínimo, o STF manteve os critérios estabelecidos no art. 16 da Lei 7.394/85, até que sobrevenha norma que fixe nova base de cálculo.

Reza o dispositivo: "Art. 16 - O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de risco de vida e insalubridade."

Desse modo, consoante, ainda, a decisão do STF, deve a base de cálculo ser congelada no valor de dois salários mínimos vigentes na data do trânsito em julgado, que ocorreu em 13/05/2011.

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(quarenta por cento), a título de risco de vida e insalubridade. O TRF da 5ª Região ratifica tal posicionamento. Vejamos:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA. EDITAL. PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. PREVISÃO DE REMUNERAÇÃO ABAIXO DO PISO SALARIAL DA CATEGORIA. LEI 7.394/85. ADPF 151. ANULAÇÃO. IMPROVIMENTO. (...) 4. De acordo com a decisão da Suprema Corte, o valor do salário mínimo

dos técnicos em radiologia corresponde a dois salários mínimos vigentes à época do trânsito em julgado da decisão cautelar em ADPF, que totaliza R$1.090,00 (mil e noventa reais). Além disso, deve incidir sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de risco de vida e insalubridade, o que totaliza R$ 1.526,00 (mil quinhentos e vinte e seis reais) . 5. O edital questionado previu a

seguinte remuneração para o cargo de técnico em radiologia: Salário - R$ 880,00; Outras vantagens - R$ 330,00; Total - R$ 1.210,00. 6. O edital do certame fixou a remuneração abaixo do piso salarial da categoria profissional em questão, em desconformidade com a legislação federal de regência e com o que determinado pelo STF. 7. Remessa necessária improvida, mantendo-se a (sem destaque no original) (PROCESSO: sentença por seus próprios fundamentos."

08008630820164058302, APELREEX/PE, DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ VIDAL SILVA NETO (CONVOCADO), 3ª Turma, JULGAMENTO: 31/05/2017, PUBLICAÇÃO: ) [Destaquei] PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. ILEGITIMIDADE ATIVA. PRELIMINARES REJEITADAS. CONCURSO PÚBLICO. SERVIDOR MUNICIPAL. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. EDITAL. APLICAÇÃO DA LEI Nº 7.394/85 E ADPF 151/DF-MC. PISO SALARIAL.1. Trata-se de apelação interposta pelo Município de Fortaleza contra sentença proferida pelo Juízo da 10ª Vara da Seção Judiciária do Ceará, que julgou procedente o pedido formulado na ação civil pública, condenando o Município de Fortaleza a aplicar aos salários dos Técnicos em Radiologia os critérios fixados na ADPF 151/DF-MC. 2. Deve ser rejeitada a preliminar de perda superveniente do interesse processual porque, conforme ressaltado no parecer do MPF, o fato de estarem encerradas todas as etapas do concurso público, em cujo edital foi prevista uma remuneração inferior ao piso salarial, só reforça a necessidade de apreciação do mérito da demanda, uma vez que é a partir da posse que a impugnada cláusula editalícia passou a produzir os seus efeitos. 3. O apelado continua sendo parte legítima para figurar no polo ativo da demanda, uma vez que, da leitura do art. 12 da Lei 7.394/85 e do art. 23, VIII, do Decreto 92.790/86, é possível concluir que cabe ao Conselho Regional de Técnicos em Radiologia não apenas fiscalizar o exercício profissional, mas, também, defender os direitos da respectiva categoria. 4. No mérito, cinge-se a questão em verificar se os municípios, ao disporem sobre a remuneração de seus servidores ocupantes de cargos públicos, estão ou não vinculados à Lei Federal nº 7.394/85, que regula o exercício da profissão de técnico em radiologia. 5. Conforme previsto no art. 22, XVI, da Constituição Federal, a competência para legislar sobre condições para o exercício de profissões é privativa da União, devendo prevalecer, assim, a norma federal sobre qualquer lei estadual ou municipal. 6. O STF, quando do julgamento da ADPF nº 151, embora tenha reconhecido a não recepção do art. 16 da Lei 7.384/85, concluiu que os critérios fixados pela referida lei deveriam continuar sendo aplicados até que lei federal posterior estabelecesse nova base de cálculo, ou, ainda, lei estadual, editada conforme delegação prevista na LC nº 103/2000, tendo determinado, na ocasião, que a base de cálculo ficaria congelada no valor de dois salários-mínimos vigentes na data do trânsito em julgado daquela decisão, com o objetivo de desindexar o salário-mínimo. 7. Considerando que o Edital nº 33/2016, do Município de Fortaleza, fixou a remuneração em inobservância aos ditames da Lei nº 7.394/85 e da ADPF 151, deve ser mantida a sentença que julgou procedente 8. Precedentes desta Primeira Turma: PROCESSO: 08001404420154058101, o pedido.

APELREEX/CE, Desembargador Federal Élio Wanderley de Siqueira Filho, 1º Turma, j. 21/08/2017; PROCESSO: 08051517320144058300, AC/PE, Desembargador Federal Rodrigo Vasconcelos Coelho de Araújo (Convocado), 1º Turma, j. 28/07/2017. 9. Apelação improvida. Honorários advocatícios, fixados na sentença em 10% sobre o valor da causa, majorados para 12%,ex

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vido disposto no parágrafo 11 do art. 85 do CPC (honorários recursais). (PROCESSO: 08052655920164058100, DESEMBARGADOR FEDERAL ROBERTO MACHADO, 1º Turma, JULGAMENTO: 30/08/2018, PUBLICAÇÃO: ) [Destaquei]

Acerca da necessidade de adequação da carga horária também se pronunciou o egrégio TRF5:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. INOCORRÊNCIA. CONCURSO PÚBLICO. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. CARGA HORÁRIA. LEI Nº 7.394/85. RETIFICAÇÃO DO EDITAL. 1. Preliminar de coisa julgada que há de ser rejeitada, pois em outra ação objetivava o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 7ª Região a retificação do Edital de Concurso da UNCISAL nº 004/2014, a fim de que a carga horária prevista para o Cargo de Gestor em Planejamento de Saúde - Radiologia fosse reduzida de 30 para 24 horas semanais, enquanto na presente demanda o instrumento convocatório impugnado é o nº 003/2014 e o Cargo em relação ao qual se pretende fazer corresponder jornada de trabalho inferior é o de Técnico em Radiologia. 2. A Lei nº 7.394/85, que regula o exercício da profissão de Técnico em Radiologia, estabelece, em seu art. 14, que a jornada de trabalho dos profissionais por ela abrangidos será de 24 (vinte e quatro) horas semanais. 3. Trata-se de lei federal que prevalece sobre as disposições do art. 8º, inciso II da Lei nº 6.434/2003 e do art. 39, inciso II, da Lei Estadual nº 6.436/2003, que preveem carga horária semanal de trinta horas para os cargos de técnico em radiologia, uma vez que compete privativamente à União legislar sobre as condições para o exercício de profissões, conforme disposto no art. 22, XVI, da CF/88. 4. Retificação do edital impugnado, que 5. relacionava ao cargo de Técnico em Radiologia a carga horária de 30 horas semanais. Apelação e remessa oficial, tida por interposta, desprovidas. (PROCESSO: 08041074620144058000, DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO MACHADO CORDEIRO, 3ª Turma, JULGAMENTO: 07/10/2016, PUBLICAÇÃO: ) [Destaquei]

Nesse sentido, há previsão no Anexo II do Edital (9813482), do salário-base no importe de R$ R$ 998,00 (novecentos e noventa e oito reais) e carga horária semanal de 40 (quarenta horas). Não obstante, silencia acerca do acréscimo de 40% (quarenta por cento) do adicional de insalubridade, devendo, portanto, ser feita a devida correção.

Em face do exposto, é imperiosa a adequação do Edital nº 001/2019, do Município de Macaparana/PE, à previsão da Lei 7.394/85, adaptando-a consoante a fundamentação adotada nesta decisão.

Nesse contexto, presentes os requisitos autorizadores da antecipação dos efeitos da tutela, defiro a medida de urgência pretendida para, diante da nulidade parcial do Edital de concurso público nº 001/2019, do Município de Macaparana/PE, suspender a realização do certame, tão somente em relação ao cargo de Técnico em Radiologia, para adequação do edital no que concerne à fixação do piso salarial, acrescido de 40% do adicional de insalubridade, e da carga horária semanal da categoria profissional. Determino, ainda, a reabertura do prazo de inscrições, por dez dias, com prévia publicidade, para a inscrição de eventuais novos interessados em candidatar-se ao aludido cargo.

Intimem-se.

Goiana (PE), data da validação. FERNANDO BRAZ XIMENES Juiz Federal Substituto da 25º Vara/PE

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