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A GRUPAMENTO DE ESCOLAS C ARREGADO. Datas da visita: 7 a 9 de Janeiro de 2008

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Datas da visita: 7 a 9 de Janeiro de 2008

A

GRUPAMENTO DE

E

SCOLAS

DO

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I – Introdução

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um “programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho”.

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas do Carregado realizada pela equipa de avaliação que visitou esta Unidade de Gestão entre 7 e 9 de Janeiro de 2008.

Os capítulos do relatório ― caracterização da unidade de gestão, conclusões da avaliação por domínio, avaliação por factor e considerações finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Unidade de Gestão, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento de Escolas do Carregado, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento de Escolas do Carregado, será oportunamente disponibilizado no sítio internet da IGE (www.ige.min-edu.pt).

E sca la de ava lia ção ut iliza da

N ív eis de cla ssif ica ção do s cinco domínios na U nidade de Gest ão

Muito Bom ― Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Bom ― Revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em

procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Suficiente ― Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos

positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da Unidade de Gestão. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

Insuficiente ― Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. Não demonstra uma prática coerente e

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II – Caracterização da Unidade de Gestão

O Agrupamento de Escolas do Carregado situa-se nas freguesias de Cadafais e Carregado, no município de Alenquer, e foi criado no ano escolar de 1998/1999.

A população das freguesias ronda os 10 669 habitantes, segundo os sensos de 2001, distribuídos por uma área total de 24,66 [km2]. No entanto, nos últimos anos tem-se registado um aumento expressivo de novos

habitantes na freguesia do Carregado, nomeadamente famílias de bairros lisboetas demolidos e imigrantes de várias nacionalidades. Por isso, presentemente, a população é bastante heterogénea a nível sociocultural, desenraizada e existem alguns agregados familiares com grandes dificuldades económicas.

O Agrupamento é constituído por três Jardins-de-Infância, cinco Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e pela Escola Sede – Escola Básica Integrada do Carregado. Os estabelecimentos do Carregado (Jardim-de-Infância e Escola do 1.º CEB) poderão ser considerados de média dimensão, sendo os restantes suburbanos ou rurais e de pequena dimensão. A Escola Sede funciona desde o ano escolar de 1994/1995, no âmbito da experiência das escolas básicas integradas iniciada no início da década de 90. No seu primeiro ano de existência esteve tutelada pedagogicamente por uma instituição do ensino superior e aderiu ao Programa “Educação para Todos, PEPT 2000”. Este estabelecimento foi construído num bairro habitacional que, ao longo dos anos, tem sido alvo de muitos assaltos. Contudo, a Escola nunca sofreu qualquer tipo de assalto.

O Agrupamento é pouco disperso e quando foi formalmente criado já existia grande colaboração pedagógica entre os diferentes estabelecimentos que o constituem.

O número de alunos (1445) tem aumentado significativamente nos últimos anos: 129 crianças na Educação Pré-escolar; 606 alunos no 1.º CEB; 327 alunos no 2.º CEB; 345 alunos no 3.º CEB; 11 alunos na turma de Percurso Curricular Alternativo e 27 alunos nos dois Cursos de Educação e Formação (CEF), de nível 2, de Operador de Informática e de Cozinheiro. A Acção Social Escolar apoia 299 alunos, sendo 263 do Escalão A e 36 do Escalão B. No que diz respeito à diversidade linguística, cultural e étnica constata-se que cerca de 13% dos alunos são oriundos de outros países.

O corpo docente é constituído por 7 educadoras e 118 professores, sendo cerca de 10% os docentes titulares. Este Agrupamento teve durante anos grande mobilidade docente. Contudo, actualmente, tem um corpo docente estável, pois 75% dos docentes pertencem aos quadros dos estabelecimentos e tem professores colocados por 3 anos no mesmo estabelecimento devido ao actual regime de concursos.

O pessoal não docente é constituído por 37 elementos: 23 auxiliares de acção educativa, 1 cozinheira, 3 guardas-nocturnos, 1 fiel de armazém, 8 administrativos e 1 psicóloga. Dos 37 elementos, 12 são funcionários da autarquia e prestam serviço a tempo inteiro, na Educação Pré-Escolar e no 1.º CEB. Dos restantes, 20 são do quadro e 5 são contratados. O número de auxiliares de acção educativa torna-se insuficiente face ao número de alunos e às suas características. A Câmara Municipal de Alenquer disponibiliza, ainda, aos Jardins-de-Infância e às Escolas do 1.º CEB do concelho, 1 Psicóloga clínica e uma 1 terapeuta da fala que dão apoio a crianças e alunos dos estabelecimentos do Agrupamento.

A grande maioria dos pais e encarregados de educação apresenta um nível de escolaridade que se situa entre os 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico e, na generalidade, são empregados fabris ou da construção civil e operadores de equipamentos pesados móveis.

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III – Conclusões da avaliação

1. Resultados Suficiente

No ano lectivo de 2006/2007, as classificações nas provas de aferição do 4.º ano foram inferiores às atribuídas internamente, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, tendo em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada em ambas as situações. Nas provas de aferição do 6.º ano, as classificações em Língua Portuguesa foram ligeiramente inferiores às atribuídas internamente e em Matemática foram superiores, tendo também em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada.

No ano lectivo de 2005/2006, a classificação média nos exames do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Língua Portuguesa foi ligeiramente inferior à média nacional e, no ano lectivo de 2006/2007, superior. Na disciplina de Matemática, as classificações médias nos exames do 9.º ano de escolaridade, nos mesmos anos lectivos, foram iguais à média nacional.

No entanto, embora se trate de alunos que são acompanhados dentro do Agrupamento desde o 1.º ano de escolaridade, a taxa de conclusão do 3.º ciclo não chegaa 60%, o que se deve, em grande parte, aos problemas socioeconómicos e culturais da comunidade local. Por isso, o Agrupamento aderiu, nomeadamente ao Plano Nacional de Leitura e ao Plano de Acção para a Matemática; bem como implementou acções, como por exemplo, o Projecto de Tutorias. As turmas dos CEF, bem como a turma de Percurso Alternativo, foram constituídas de modo a responder às necessidades de um segmento da população escolar e assegurar a integração destes jovens na vida activa.

Os alunos identificam-se com as Escolas e contam com a disponibilidade e o apoio dos docentes, dos Directores de Turma (DT), dos Coordenadores de Escola, do Conselho Executivo (CE) e do pessoal não docente na resolução dos problemas com que se deparam no quotidiano.

Os alunos têm características heterogéneas e, por vezes, o seu comportamento é indisciplinado, quer por razões de contexto sociocultural, quer por sobrelotação dos espaços escolares. Porém, não existem graves problemas de insegurança nem de indisciplina, mas quando surgem, as famílias são também envolvidas na resolução dos mesmos.

O Agrupamento não dispõe, ainda, de dados formais relativos à evolução académica e/ou profissional dos seus alunos, quando estes completam o 3.º CEB.

2. Prestação do serviço educativo Muito Bom

Os Conselhos de docentes da Educação Pré-Escolar e do 1.º CEB reúnem-se, separadamente, com regularidade para trocar informações, uniformizar critérios e definir novas estratégias para o desenvolvimento das suas actividades.

A articulação curricular entre Departamentos verifica-se na concepção do Projecto Curricular do Agrupamento (PCA), principalmente ao nível da gestão dos programas e da avaliação. Os Coordenadores de Departamento acompanham os docentes ao nível do planeamento e da avaliação das diversas actividades pedagógicas em curso. Assim como, asseguram a verificação e a adequação das planificações dos programas, dos materiais fornecidos aos alunos, assim como dos instrumentos de avaliação diagnóstica e sumativa utilizados.

O Agrupamento dispõe de Serviços de Psicologia e Orientação (SPO), que asseguram o acompanhamento dos alunos individualmente ou em grupo,

A Câmara Municipal de Alenquer tem disponibilizado uma psicóloga clínica e uma terapeuta da fala para suprirem as carências detectadas na Educação Pré-Escolar e no 1.º CEB. Este apoio regular dado às crianças e alunos do Agrupamento tem sido importante para o seu desenvolvimento.

A Equipa de Apoios Educativos tem desenvolvido um trabalho consistente, respondendo às necessidades educativas dos alunos, articulando com os DT, docentes, tutores e encarregados de educação.

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3. Organização e gestão escolar Bom O Agrupamento tem Projecto Educativo (PE), elaborado para o triénio 2005-2008, que se operacionaliza através dos Planos Anuais de Actividades respectivos, do Projecto Curricular de Agrupamento e noutros documentos organizacionais, como por exemplo, dos Projectos Curriculares de Turma. O PE foi elaborado tendo em conta o contexto social do Agrupamento e os pontos fracos sentidos pela comunidade escolar, em sede de Conselho Pedagógico, e tem como tema “Uma Escola Humanizada para Todos”. Os documentos orientadores da vida da escola, como o PCA, o PE e o Regulamento Interno, apresentam uma visão organizada de melhoria, embora este último não se encontre actualizado na íntegra.

O PE já foi alvo de uma avaliação intermédia, no ano lectivo de 2006/2007, com o fim de regular o desenvolvimento do mesmo e permitir uma adequada flexibilização, identificando o que deve ser melhorado e o que deve continuar.

O órgão de gestão é constituído por professores empenhados na melhoria da qualidade educativa.

A distribuição do pessoal auxiliar é bastante insuficiente, principalmente na Escola Sede, tendo em conta o número elevado de alunos e o horário de funcionamento dos estabelecimentos.

As instalações e equipamentos dos Jardins-de-Infância e das Escolas do 1.º CEB do Agrupamento são, de um modo geral, adequados, existindo cuidado com a sua manutenção e melhoramento. Porém, duas Escolas do 1.º CEB têm todas as turmas em horário duplo, pois existe uma sobrelotação dos espaços escolares. A Escola Sede não tem Pavilhão Gimnodesportivo e a pintura exterior do seu edifício apresenta sinais de degradação, mas existe, por parte do CE, um cuidado com a manutenção, melhoramento dos espaços e equipamentos.

Os educadores/professores titulares de turma e os DT adequam os horários das reuniões de atendimento aos pais e encarregados de educação de acordo com as suas disponibilidades, promovendo o seu envolvimento, bem como o da comunidade educativa nas actividades programadas. Não obstante, a participação dos pais em actividades do Agrupamento revela-se pouco significativa.

O Agrupamento garante um equilíbrio entre alunos de diferentes origens e níveis socioculturais, bem como entre alunos com diferentes ritmos de aprendizagem, beneficiando todos igualmente dos serviços e bens educativos disponíveis.

4. Liderança Bom

O Agrupamento tem lideranças de topo, designadamente o CE, e lideranças intermédias, como por exemplo, os Coordenadores de Departamento e de Escola com visão prospectiva, que têm procurado com afinco medidas para colmatar ou diminuir as dificuldades surgidas nos diferentes estabelecimentos, enquadradas nos diferentes documentos de orientação escolar.

Os responsáveis do Agrupamento conhecem bem a sua área de acção e estão motivados para continuarem a tomar decisões para resolver os problemas e a melhoria dos resultados escolares, para que o Agrupamento tenha cada vez mais credibilidade junto da comunidade local.

A circunstância da Escola Sede ser, na sua origem, uma Escola Básica Integrada, tem contribuído, ao longo do tempo, para as boas relações de colaboração entre os diferentes estabelecimentos de educação e ensino que presentemente fazem parte do Agrupamento.

A Escola Sede, desde a sua fundação, tem uma tradição de adesão a propostas de inovação, tanto em termos de gestão como em termos educativos

Existem algumas parcerias já consolidadas, designadamente com a Câmara Municipal de Alenquer, a Junta de Freguesia do Carregado, a Junta de Freguesia de Cadafais, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, a Segurança Social, o Centro de Saúde do Carregado, “A Brilha Alimentar”, o Associação Ecológica – ALAMBI, e duas Associações locais que disponibilizam os espaços para as Actividades de Enriquecimento Curricular planificadas pelo Agrupamento e da responsabilidade da autarquia.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento Suficiente

O Agrupamento, ainda, não tem formalmente um processo estruturado de auto-avaliação. Contudo, tem havido actividades de acompanhamento e de avaliação, principalmente do PE e do Plano Anual de Actividades, bem como dos resultados educativos e da realização dos exames nacionais do 9.º ano de escolaridade.

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interno, as actividades de auto-avaliação já concretizadas – para implementar um observatório da qualidade que permita desenvolver no Agrupamento um processo de auto-avaliação sustentado.

IV – Avaliação por factor 1. Resultados

1.1 Sucesso académico

No ano lectivo de 2006/2007, tendo em conta os dados constantes no Perfil de Escola e os que foram disponibilizados pelo CE, a taxa de transição/conclusão no final do 1.º CEB, tem vindo a aumentar e foi a mais elevada dos últimos três anos (97,8%). Nos 1.º, 2.º e 3.º anos de escolaridade as taxas de transição foram de 100%, 96,9% e 100%, respectivamente. Nas provas de aferição do 4.º ano, as classificações foram inferiores às atribuídas internamente, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, tendo em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada em ambas as situações.

As taxas de transição/conclusão, nos 5.º e 6.º anos de escolaridade foram de 91,2% e 84,2%, respectivamente, sendo as disciplinas de maior insucesso no 2.º CEB a Matemática e o Inglês. Nas provas de aferição do 6.º ano, as classificações em Língua Portuguesa foram ligeiramente inferiores às atribuídas internamente e em Matemática foram superiores, tendo também em conta a distribuição pelos diferentes níveis da escala de avaliação utilizada. A classificação global do Agrupamento de Muito Bom e Bom foi de 9,4% enquanto que a correspondente classificação da prova subiu para 14,8%.

As taxas de transição/conclusão no 3.º CEB foram 59,9% no 7.º ano, 69,9% no 8.º ano e 59,2% no 9.º ano. No ano lectivo de 2005/2006, a classificação média nos exames do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Língua Portuguesa (2,6) foi ligeiramente inferior à média nacional (2,7), e no ano lectivo de 2006/2007 (3,4), superior (3,2). Na disciplina de Matemática, as classificações médias nos exames do 9.º ano de escolaridade, nos anos lectivos de 2005/2006 e de 2006/2007, foram iguais às médias nacionais (2,4 e 2,2, respectivamente), sendo as disciplinas de maior insucesso neste nível de ensino, nomeadamente, a Matemática, as Ciências Físico-Químicas, as Ciências Naturais e a Língua Portuguesa. Todavia, embora se trate de alunos que são acompanhados dentro do Agrupamento desde o 1.º ano de escolaridade, a taxa de conclusão do 3.º ciclo não chegaa 60%, o que se deve, em grande parte, aos problemas socioeconómicos e culturais da comunidade local.

Actualmente, o abandono escolar não é significativo, mas antes da existência dos CEF, que funcionam há quatro anos, tinha alguma expressão na Escola Sede.

O Agrupamento aderiu, designadamente ao Plano Nacional de Leitura, ao Plano de Acção para a Matemática; ao Programa “Computadores, Rede e Internet na Escola” (CRIE); ao Programa de Formação Contínua em Matemática para o 2.º CEB; bem como implementou acções como por exemplo, o Projecto de Tutorias e o reforço da Língua Portuguesa e da Matemática, no sentido de introduzir e desenvolver estratégias e metodologiaspara melhorar as aprendizagens. As turmas dos CEF de Operador de Informática e de Cozinha, bem como a turma de Percurso Alternativo, foram constituídas de modo a responder às necessidades de um segmento da população escolar e, assim, diminuir o insucesso e o abandono, assim como assegurar a integração destes jovens no mercado de trabalho.

O Agrupamento não tem comparado, formalmente, os resultados escolares obtidos com os de outras Escolas/Agrupamentos.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

Os alunos, nomeadamente os Delegados de Turma, foram envolvidos na discussão do PE – triénio de 2005 a 2008 e, sobretudo, nos Projectos Curriculares de Turma. Os documentos orientadores do Agrupamento são dados a conhecer, através de uma brochura, aos novos professores e aos encarregados de educação no início do ano lectivo.

Os alunos identificam-se com as Escolas e contam com a disponibilidade e o apoio dos docentes, dos DT, dos Coordenadores de Escola, do CE e do pessoal não docente na resolução dos problemas com que se deparam no dia a dia.

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A área curricular não disciplinar de Formação Cívica nos 2.º e 3.º CEB tem sido um espaço de debate, análise de situações e estudos de caso relacionados com temas previamente estabelecidos pelos Conselhos de Turma aquando da elaboração do Projecto Curricular de Turma e consignados no PCE, como por exemplo, as relações interpessoais, a sexualidade, os direitos humanos e a segurança. Esta área é leccionada pelo respectivo DT e é avaliada no âmbito do Projecto Curricular de Turma.

1.3 Comportamento e disciplina

Os alunos têm características heterogéneas e, por vezes, o seu comportamento é indisciplinado, quer por razões de contexto sociocultural quer por sobrelotação dos espaços escolares. Todavia, não existem graves problemas de insegurança nem de indisciplina, uma vez que estas questões vão sendo resolvidas a vários níveis: direcções de turma, tutorias e também com as famílias. Por outro lado, na Escola Sede foi criado o Gabinete de Atendimento ao Jovem para ajudar os alunos que apresentam alguns problemas comportamentais, que tem tido bastante adesão, e existem 8 câmaras de vídeovigilância com o objectivo de prevenção deste tipo de incidentes. No entanto, ainda não há uma avaliação formal relativamente a esta última medida.

Existe um bom relacionamento, na generalidade, entre discentes, docentes e pessoal não docente, com respeitoe atenção pelos direitos e deveres mútuos.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O Agrupamento tem vindo a valorizar as aprendizagens dos alunos, estimulando o sucesso académico e educativo. Por isso, tem vindo a aderir a várias iniciativas de âmbito nacional e a implementar vários projectos, como por exemplo: Plano Nacional de Leitura; Plano de Acção para a Matemática; Programa CRIE; Programa Rede de Bibliotecas Escolares; Plataforma Moodle; o Projecto de Tutorias e o reforço da Língua Portuguesa e da Matemática.

No Plano Anual de Actividades estão previstas a realização de visitas de estudo para incentivar os alunos a participarem em actividades culturais e conhecerem outras realidades diferentes dos contextos onde vivem.

As expectativas dos encarregados de educação e dos alunos divergem, havendo uma larga maioria que tem como objectivo seguir cursos profissionais para ingressaram no mercado de trabalho e outros que pretendem prosseguir os estudos. O Agrupamento não dispõe, ainda, de dados formais relativos à evolução académica e/ou profissional dos seus alunos, quando estes completam o 3.º CEB.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

Actualmente, o Agrupamentos tem 4 Conselhos de Docentes: 1 da Educação Pré-Escolar e 3 do 1.º CEB, bem como 8 Departamentos Curriculares e o Departamento da Educação Especial.

A existência de 4 Conselhos de Docentes não facilita a articulação entre os professores do 1.º CEB das diferentes Escolas, nem sequencialidade entre o Pré-Escolar e o 1.º CEB, apesar destes Conselhos serem dirigidos pelos respectivos Vice-Presidentes do CE, representantes destes níveis de educação e ensino. Os docentes destes Conselhos apenas se encontram no início do ano lectivo na reunião geral de professores que se realiza na Escola Sede. Todavia, o Conselho de Docentes da Educação Pré-Escolar reúne-se com regularidade para trocar informações, uniformizar critérios e definir novas estratégias para o desenvolvimento das suas actividades; o mesmo acontecendo com os Conselhos de Docentes do 1.º CEB.

O Agrupamento, em sede de Conselho Pedagógico, tem vindo a preparar a remodelação Departamental, no sentido de implementar 4 Departamentos de acordo com o estabelecido no concurso para professor titular. A articulação curricular entre Departamentos verifica-se na concepção do PCA, nomeadamente ao nível da gestão dos programas e da avaliação. Nas disciplinas, em cada Departamento, a articulação efectua-se também no que diz respeito à gestão dos programas e da avaliação, bem como do planeamento das actividades curriculares.

Cada Departamento Curricular definiu os seus critérios de avaliação tendo em conta os critérios gerais do Agrupamento. Assim, foram estabelecidos os critérios específicos de cada área disciplinar. O mesmo aconteceu com a Educação Pré-Escolar e com o 1.º CEB. Estes critérios estão devidamente explicitados no PCA de todos os níveis de educação e ensino.

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No início de cada ano lectivo existem várias reuniões entre o CE e as Coordenadoras de Estabelecimento para a organização das actividades a desenvolver durante o ano.

Como tem sido prática do Agrupamento, no presente ano lectivo, verificou-se a articulação formal entre as educadoras titulares de grupo, os docentes titulares de turma do 1.º CEB e os DT dos 2.º e 3.º CEB para que fossem constituídas turmas mais equilibradas e disponibilizada mais informação sobre os alunos nos Conselhos de Turma e de Docentes. O mesmo aconteceu a nível dos apoios educativos e da identificação de crianças e alunos com necessidades educativas especiais.

A circunstância da Escola Sede ser, na sua origem, uma Escola Básica Integrada, tem contribuído, ao longo do tempo, para as boas relações de colaboração entre os diferentes estabelecimentos de educação e ensino que presentemente fazem parte do Agrupamento.

A articulação sequencial com as Escolas Secundárias e Profissionais onde se matriculam os alunos, formalmente, não tem visibilidade.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Os Coordenadores de Departamento não têm tido a prática de supervisionar as actividades lectivas em sala de aula, excepto em situações problemáticas. Todavia, o acompanhamento dos docentes tem ocorrido ao nível do planeamento e da avaliação das diversas actividades pedagógicas em curso. A qualidade científica e pedagógica é assegurada pelos Coordenadores de Departamento que verificam a adequação das planificações dos programas, dos materiais fornecidos aos alunos, assim como dos instrumentos de avaliação utilizados, quer diagnóstica, quer sumativa.

A avaliação na Educação Pré-Escolar é qualitativa e é realizada através de um ficha informativa comum a todos os grupos, sendo aí registadas as aquisições que as crianças vão fazendo no seu percurso educativo, sendo dado conhecimento aos encarregados de educação.

O tratamento estatístico dos resultados académicos é, fundamentalmente, realizado pelos Conselhos de Turma, Departamentos Curriculares e Conselhos de Docentes do 1.º CEB, posteriormente, estes resultados são analisados com profundidade pelo Conselho Executivo e pelo Conselho Pedagógico, sendo divulgados à comunidade educativa.

O Agrupamento tem realizado o levantamento das necessidades de formação que têm sido apresentadas no Conselho Pedagógico do Centro de Formação de Associação de Escolas de Alenquer. Contudo, as acções de formação relacionadas com conteúdos científicos não têm sido acreditadas, pelo que alguns docentes têm vindo a investir na sua auto-formação, através da frequência em Mestrados, Cursos de Pós-Graduação e acções em instituições do Ensino Superior.

A formação dos docentes realizada no Centro de Formação tem sido, essencialmente sobre Informática e Plataforma Moodle. No presente ano lectivo, está prevista uma formação a nível da Escola Sede, dinamizada pelos docentes da disciplina de Matemática sobre Quadros Interactivos.

2.3 Diferenciação e apoios

O Agrupamento dispõe de SPO, que assegura o acompanhamento dos alunos individualmente ou em grupo, porém, nem sempre tem funcionado regularmente devido a questões de natureza contratual entre a psicóloga e a Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo. A orientação vocacional dos alunos tem sido assegurada por estes Serviços.

A Câmara Municipal de Alenquer disponibilizou às Escolas do concelho uma psicóloga clínica e uma terapeuta da fala para suprirem as carências detectadas na Educação Pré-Escolar e no 1.º CEB. Este apoio regular dado às crianças e alunos do Agrupamento tem sido importante para o seu desenvolvimento.

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formalmente realizada. Contudo, foram elaborados documentos específicos de suporte à avaliação dos planos de recuperação e de acompanhamento.

O Agrupamento tem mantido uma articulação com o Centro de Saúde do Carregado, no âmbito da Saúde Escolar, que se tem manifestado, designadamente no Projecto de Saúde Oral do 1.º CEB e no de vacinação de alunos e docentes. É de salientar o forte investimento feito pelo Agrupamento na figura de professor tutor. Presentemente, existem 18 alunos a serem tutorados por 17 professores. Não obstante, nenhum dos docentes envolvidos nas tutorias frequentou qualquer acção de formação específica sobre esta temática.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

A oferta curricular do Agrupamento é tão diversificada quanto possível, dadas as limitações de espaço, existindo dois cursos CEF e uma turma de Percurso Curricular Alternativo. A oferta dos CEF revelou ser uma opção de sucesso, com docentes e alunos muito motivados. Por outro lado, os projectos/programas, como por exemplo, Plano Nacional de Leitura para os 1.º, 2.º e 3.º CEB; Plano de Acção para a Matemática para os 2.º e 3.º CEB; Programa CRIE para o 2.º e 3.º CEB; Programa Rede de Bibliotecas Escolares na EB 1 do Carregado e na Escola Sede; Projecto “Prevenção Rodoviária Portuguesa” para o 2.º CEB; Parlamento Jovem para os 2.º e 3º CEB; Plataforma Moodle; o reforço da Língua Portuguesa ou da Matemática no “tempo de 45 minutos a decidir pela

escola” do 5.º ao 8.º anos (de acordo com a indicação do respectivo Conselho de Turma); Projecto de Tutorias para

o 2.º e 3.º CEB; Projecto “Desenvolvimento Linguístico e Aprendizagem da Leitura e da Escrita” para a Educação Pré-Escolar; Projecto “Se eu fosse autarca” para o 1.º CEB; actividades de enriquecimento curricular na Educação Pré-Escolar e no 1.º CEB, em parceria com a Câmara Municipal de Alenquer e outras instituições locais; Projecto “Educação para a Saúde” para os 1.º, 2.º e 3.º CEB; Desporto Escolar para os 1.º, 2.º e 3º CEB; Programa Eco-Escola para os 1.º, 2.º e 3.º CEB; Sala de Estudo de Língua Portuguesa para alunos estrangeiros e oriundos de países de expressão portugueses (SELPE) para os 1.º, 2.º e 3.º CEB, envolvem já um número relevante de recursos e começam a dar indicadores da sua eficácia na promoção do sucesso educativo. Para além destas acções, foram introduzidos dois Quadros Interactivos em duas salas de aula para os 2.º e 3.º CEB para começarem a ser utilizados ainda durante o presente ano lectivo.

As actividades no âmbito do ensino experimental das ciências são desenvolvidas em salas específicas devidamente equipadas e em bom estado de conservação o que tem permitido a realização de experiências que contribuem para uma atitude positiva dos alunos face ao método científico.

O Agrupamento investiu na utilização de meios informáticos, aumentou o software existente e tem promovido progressivamente o uso da Internet e da Plataforma Moodle, no sentido da divulgação da informação no seio da comunidade educativa.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Agrupamento tem PE, elaborado para o triénio 2005-2008, que se operacionaliza através dos Planos Anuais de Actividades respectivos, do PCA e nos demais documentos organizacionais, como por exemplo, dos Projectos Curriculares de Turma. O PE tem como tema “Uma Escola Humanizada para Todos”, foi elaborado tendo em conta o contexto social do Agrupamento e os pontos fracos sentidos pela comunidade escolar, em sede de Conselho Pedagógico. E tem os objectivos seguintes: diversificar as ofertas curriculares, prevenir/combater o insucesso e abandono escolares; promover a disciplina para prevenir/combater a (in)disciplina e valorizar os recursos humanos. Os documentos orientadores da vida da escola, como o PCA, o PE e o Regulamento Interno, apresentam uma visão organizada de melhoria, embora este último não se encontre na totalidade actualizado.

O PE já foi alvo de uma avaliação intermédia, no ano lectivo de 2006/2007, com o fim de regular o desenvolvimento do mesmo e permitir uma adequada flexibilização, identificando o que deve ser melhorado e o que deve continuar. Esta avaliação teve por base a elaboração de inquéritos por questionário aplicados aos alunos, sobre as diferentes estratégias utilizadas, a diferentes níveis, para melhorar o sucesso educativo, como por exemplo, a forma como os conteúdos programáticos estão a ser apresentados, os reforços de aprendizagem, as salas de estudo, as tutorias, a Ocupação Plena dos Tempos Escolares e as actividades desenvolvidas no Gabinete de Apoio a Jovens.

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concretiza-se através dos Projectos Curriculares de Turma que são bastante discutidos e trabalhados nos Conselhos de Turma e de Docentes, envolvendo sempre que possível os alunos.

As áreas curriculares não disciplinares, de uma forma geral, procuram valorizar as competências, as aptidões e pretendem promover a educação dos alunos para que estes estejam preparados não só para prosseguir os estudos, como também para um exercício activo da cidadania. O Estudo Acompanhado tem vindo a permitir reforçar as aprendizagens, designadamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no 9.º ano, tendo em conta os exames nacionais. A Área de Projecto destina-se a estimular a produção de trabalhos relacionados com outros espaços curriculares, bem como actividades de natureza lúdica e actividades dirigidas à prestação de um serviço à comunidade, sendo a escolha de temas feita de acordo com as características dos alunos. No 8.º ano esta área é destinada à utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), de acordo com a legislação em vigor. No final de cada período, é realizado um relatório por turma, pelos docentes envolvidos, sobre as actividades desenvolvidas nestas áreas.

A Ocupação Plena dos Tempos Escolares dos alunos, vulgo aulas de substituição, foi organizada de acordo com o estabelecido legalmente.

3.2 Gestão dos recursos humanos

A direcção do Agrupamento é constituída por docentes empenhados na melhoria da qualidade educativa. Conhece e tem em conta as competências dos professores aquando da distribuição do serviço docente, implementando, sempre que possível, os critérios da continuidade pedagógica na docência e nas direcções de turma, tendo em conta a estabilização do corpo docente.

O acolhimento de docentes e não docentes, colocados pela primeira vez no Agrupamento, é apoiado pelo CE, pelas Coordenadoras de estabelecimento e pelos Coordenadores de Departamento, verificando-se que as práticas exercidas, quer no início do ano, quer diariamente, contribuem para a adaptação e integração na comunidade escolar.

A distribuição do pessoal auxiliar é manifestamente insuficiente, mormente na Escola Sede, tendo em conta o número elevado de alunos e o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Os Serviços de Administração Escolar têm vindo gradualmente a ser informatizados e estão organizados pelas áreas funcionais previstas, sendo o número de pessoal reduzido face às necessidades do Agrupamento.

O pessoal administrativo, no último triénio, tem frequentado acções de formação sobre relações humanas, atendimento, liderança e contabilidade, mas as auxiliares de acção educativa não têm frequentado qualquer tipo de acções.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

As instalações e equipamentos dos Jardins-de-Infância e das Escolas do 1.º CEB do Agrupamento são, de um modo geral, adequados, existindo cuidado com a sua manutenção e melhoramento. Contudo, duas Escolas do 1.º CEB têm todas as turmas em horário duplo, pois existe uma sobrelotação dos espaços escolares. A Escola Sede não tem Pavilhão Gimnodesportivo, tem carência de áreas cobertas nos espaços exteriores e a pintura exterior do seu edifício apresenta sinais de degradação, mas existe, por parte do órgão de gestão um cuidado com a manutenção, melhoramento dos espaços e equipamentos que, de um modo geral, são adequados tendo em atenção as limitações provocadas também pela sobrelotação, devido ao aumento demográfico na freguesia do Carregado.

Os recursos materiais estão acessíveis e, de um modo geral, bem organizados. É de referir que os materiais e equipamentos das bibliotecas da Escola Sede e da Escola do 1.º CEB do Carregado, que integram a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, são suficientes e diversificados. A biblioteca da Escola Sede encontra-se aberta desde as 8h00 até às 18h30, para acolher os alunos que chegam em diferentes horários, em virtude da organização que foi estabelecida para os transportes escolares.

As opções orçamentais, segundo o CE, são definidas pelo Conselho Administrativo ouvidos os Conselhos de Docentes, os Departamentos Curriculares e as linhas orientadoras definidas pela Assembleia de Escola. O Agrupamento tem angariado donativos pontuais de algumas entidades particulares do Concelho.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

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turma e os DT adequam os horários das reuniões de atendimento de acordo com as disponibilidades das famílias e promovem o envolvimento dos encarregados de educação, bem como da comunidade educativa nas actividades programadas. Não obstante, a participação dos pais em actividades do Agrupamento revela-se pouco significativa. O Agrupamento gostaria de encontrar novas estratégias para atrair os pais ao Agrupamento, pois considera que é ainda uma área a melhorar, essencialmente ao nível do 2.º e 3.º CEB.

A Assembleia de Escola (AE), na sua constituição, tem como representante da autarquia o Vereador da Educação, o que tem sido uma mais-valia, designadamente na procura de soluções para os problemas do Agrupamento.

3.5 Equidade e justiça

O Agrupamento promove a equidade e justiça através do diálogo na resolução dos problemas, na distribuição do serviço docente; na constituição de turmas, mantendo, sempre que possível, a coesão grupo/turma ao longo do percurso escolar. O Agrupamento garante um equilíbrio entre alunos de diferentes origens e níveis socioculturais, bem como entre alunos com diferentes ritmos de aprendizagem, beneficiando todos igualmente dos serviços e bens educativos disponíveis. No entanto, não são predefinidos tempos nos horários dos alunos para que todos possam ter igual acesso às actividades de enriquecimento curricular disponibilizadas.

Os alunos com necessidades educativas especiais são acompanhados pela equipa de apoios educativos, de acordo com as suas necessidades.

Os alunos de outras nacionalidades, assim como os alunos cuja origem são os países africanos de língua oficial portuguesa, são objecto de acompanhamento específico. Os Projectos Curriculares de Turma são concebidos, tendo em conta as dificuldades que se lhes colocam na aprendizagem da Língua Portuguesa.

O Agrupamento, através do CE, tem acompanhado e apoiado os alunos com carências socioeconómicas através de medidas específicas e apoios suplementares, com a maior descrição, de acordo com cada caso, para além do apoio da Acção Social Escolar.

O Agrupamento tem vindo a investir no Projecto de Tutorias como forma de acompanhamento dos alunos mais problemáticos.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

O Agrupamento tem lideranças de topo, designadamente o CE, e lideranças intermédias, como por exemplo, os Coordenadores de Departamento e de Escola com visão prospectiva, que têm procurado com afinco medidas para colmatar ou diminuir as dificuldades surgidas nos diferentes estabelecimentos, enquadradas nos diferentes documentos de orientação escolar.

A oferta educativa que tem vindo a ser disponibilizada, tendo em conta a sobrelotação da Escola Sede, é

adequada à população escolar, sendo de referir o êxito que os CEF têm tido junto de alunos e docentes. Os diferentes estabelecimentos de educação e ensino que integram o Agrupamento são procurados,

designadamente pelos docentes, que aí pretendem fixar-se, devido à qualidade da gestão e ao clima interno adequado ao desenvolvimento profissional. É de referir, que há docentes a leccionar na Escola Sede há cerca de uma década, apesar da sua residência não ser no Concelho de Alenquer.

4.2 Motivação e empenho

Os responsáveis do Agrupamento conhecem bem a sua área de acção e estão motivados para continuarem a tomar decisões que visem a resolução dos problemas e a melhoria dos resultados escolares, de forma a tornarem cada vez mais credível o Agrupamento junto da comunidade local.

4.3 Abertura à inovação

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tempo, para as boas relações de colaboração entre os diferentes estabelecimentos de educação e ensino que presentemente fazem parte do Agrupamento.

O recurso à Plataforma “Moodle” como instrumento de comunicação e, brevemente, de ensino e de apoio ao estudo, comprova a aceitação à inovação que o Agrupamento demonstra. Todavia, a sobrelotação dos espaços escolares são um constrangimento significativo ao desenvolvimento da actividade educativa.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

Existem algumas parcerias já consolidadas, designadamente com a Câmara Municipal de Alenquer (responsável pelos estágios do CEF de Operador de Informática, a Junta de Freguesia do Carregado, a Junta de Freguesia de Cadafais, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, a Segurança Social, o Centro de Saúde do Carregado, “A Brilha Alimentar” (empresa responsável pela colocação dos estágios dos CEF de Cozinha), a Associação Ecológica – ALAMBI (no âmbito do Projecto Eco-Escolas), o Rancho Folclórico e a Associação Desportiva do Carregado. Estas duas últimas Associações locais disponibilizam os espaços para as Actividades de Enriquecimento Curricular planificadas pelo Agrupamento e da responsabilidade da autarquia.

É de salientar a existência de reuniões mensais dos Presidentes dos Conselhos Executivos do concelho, promovidas pela Câmara Municipal de Alenquer.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento 5.1 Auto-avaliação

O Agrupamento não tem ainda, formalmente, um processo estruturado de auto-avaliação. Contudo, diferentes secções do Conselho Pedagógico têm-se dedicado a actividades de acompanhamento e de avaliação, principalmente do PE e do Plano Anual de Actividades, bem como das aprendizagens e da realização dos exames do 9.º ano de escolaridade.

O CE e o Conselho Pedagógico têm sentido necessidade de alargar e estruturar e unificar num processo conjunto as diferentes actividades de avaliação já desenvolvidas. Por isso, pretendem, durante o ano lectivo vigente, voltar a implementar um observatório da qualidade, à semelhança do que já existiu quando a Escola Sede aderiu ao Programa PEPT, tendo em conta as actuais realidades educativas. Neste sentido, a Avaliação Externa foi entendida como uma mais-valia para o arranque desta iniciativa.

5.2 Sustentabilidade do progresso

O envolvimento da AE, do CE e do Conselho Pedagógico nas actividades educativas de todas os estabelecimentos do Agrupamento, a estabilidade e a mobilização do corpo docente, a qualidade do clima interno, as actividades de auto-avaliação já concretizadas, indicam que existem condições para desenvolver um processo de auto-avaliação que conduza a um progresso sustentado.

V – Considerações finais

Apresenta-se agora uma síntese dos atributos da Unidade de Gestão (pontos fortes e pontos fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos) que poderá orientar a sua estratégia de melhoria.

Neste âmbito, entende-se por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; oportunidade: condição

externa à organização que poderá ajudar a alcançar os seus objectivos; constrangimento: condição externa à organização que poderá prejudicar o cumprimento dos seus objectivos.

Todos os tópicos seguidamente identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

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ƒ A consistência do trabalho desenvolvido pela Equipa dos Apoios Educativos, dos Directores de Turma, dos docentes e dos Tutores nas respostas às necessidades educativas dos alunos;

ƒ A abrangência do Projecto Curricular do Agrupamento que tem sido de grande utilidade no exercício da prática lectiva dos docentes;

ƒ O envolvimento dos Conselhos de Turma e de Docentes, bem como dos alunos na concepção dos Projectos Curriculares de Turma;

ƒ A oferta educativa dos Cursos de Educação e Formação existentes porque têm motivado os docentes e os alunos envolvidos;

ƒ A sólida articulação do Agrupamento com a autarquia, tanto a nível de recursos humanos e materiais, como na organização de estágios para os alunos do Curso de Educação e Formação de Operador de Informática.

Pontos fracos

ƒ A participação pouco significativa da generalidade dos pais e encarregados de educação dos alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico nas diferentes actividades educativas programadas;

ƒ A deficiente articulação sequencial com as Escolas Secundárias que recebem os alunos que prosseguem os estudos;

ƒ A inexistência de um do processo de auto-avaliação organizado. Oportunidades

ƒ A candidatura a um Centro de Novas Oportunidades, na possibilidade da Escola Sede funcionar em regime nocturno, para implementar Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) e novos Cursos de Educação e Formação de diferentes níveis e tipos.

Constrangimentos

ƒ A sobrelotação da Escola Sede, bem como de duas Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico que têm as turmas com horário duplo;

ƒ O número reduzido dos auxiliares de acção educativa face às necessidades do Agrupamento, tendo em conta o elevado número de alunos e o horário de funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino;

ƒ A inexistência de um Pavilhão Gimnodesportivo na Escola Sede o que dificulta a prática de Educação Física e das modalidades do Desporto Escolar;

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