Curso Administração de Finanças
Carga Horária: 40 horas
Prezado aluno, com o Curso Administração de Finanças você conseguirá ter uma visão bastante ampla sobre diversos tópicos dessa área de atuação e assim conseguir se diferenciar dos demais candidatos que não se preocupam em se qualificar, destacando-se assim em meio à multidão.
Este curso tem o intuito de compilar informações para que os interessados sobre a temática possam aprimorar seu conhecimento sobre as principais características da área
Nós da Capacita EAD desejamos um excelente aprendizado, e muito sucesso.
É importante que durante todo o curso faça anotações dos estudos para facilitar sua aprendizagem.
Bom estudo!
Equipe Pedagógica
Sumário
INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ... 5
A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O PAPEL DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO ... 15
1. Conceitos - Finanças ... 15
2. Principais Áreas em Finanças ... 16
3. O Administrador Financeiro ... 18
4. Áreas da Administração de Finanças Empresariais ... 19
4.1. ORÇAMENTO DE CAPITAL ou ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ... 19
4.2. ESTRUTURA DE CAPITAL ... 19
4.3. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ... 20
5. Forma Jurídica de Organização das Empresas ... 20
6. O Papel do Administrador Financeiro ... 22
OS OBJETIVOS E AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO: ... 22
RESUMINDO AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO: ... 23
7. Responsabilidade Social da Empresa ... 23
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ... 24
INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Definição
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração dos recursos financeiros das empresas e organizações. Ela está diretamente ligada a Administração, Economia e a Contabilidade.
Premissas
Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos.
Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade e, principalmente na administração geral de nível estratégico, gerencial e operacional em que se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa.
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à:
• Gestão das contas a pagar e receber
• Concessão de crédito para clientes e avaliação de risco
• Planejamento, orçamento e previsões
• Analise de investimentos
• Obtenção de recursos
Tal área administrativa, pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento mas o desenvolvimento e estabilização.
Um dos maiores problemas nas empresas em geral é a falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento financeiro. É exatamente Por esse motivo que a maioria das pequenas empresas brasileiras entram em falência até o quinto ano de existência.
Administração Financeira e Contabilidade
Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo relacionamento de interdependência que ambas têm é que confundem-se estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se sobrepõem.
São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão.
É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover dados para mensurar a performance da empresa, avaliando sua posição financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando suas demonstrações reconhecendo as receitas no momento em que são incorridos os gastos (este é o chamado regime de competência), mas o que diferencia as atividades financeiras das contábeis é que a administração financeira enfatiza o fluxo de caixa, que nada mais é do que a entrada e saída de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade financeira para satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de curto ou longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa.
Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o administrador financeiro se utiliza do regime de competência, mas cada um tem suas especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem menosprezar a importância de cada atividade já que uma depende da outra no
que diz respeito à circulação de dados e informações necessárias para o exercício de cada uma.
Finanças Corporativas
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do administrador financeiro têm como base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, visando a maximização do lucro.
Verificamos que a principal fonte de dados do administrador financeiro é o fluxo de caixa da empresa já que daí é que se percebe a quantia real de seu disponível circulante e suas movimentações, para financiamentos e novas atividades. As funções típicas do administrador financeiro são:
Análise e controle financeiro
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com relação ao rumo geral da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno financeiro tal
como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance das metas da empresa.
Gestão de Ativos
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos irremediável, e até mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o ‘capital de giro’.
Gestão de Passivos
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. Leva-se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo com
a estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até ao certo ponto, ante ao desespero), mas independente da situação de emergência é necessária uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós e contras, a fim de se ter segurança e respaldo para decisões como estas.
O Administrador Financeiro
Como praticamente toda ciência, administração financeira incorporou as grandes mudanças e evoluções do mundo contemporâneo. O administrador financeiro, por seu lado, passou a ser mais exigido, sendo necessária cada vez mais especialização e atualização dos profissionais desta área.
Profissionais especialistas em administração financeira podem atuar em três segmentos distintos de mercado:
• Bancos e Instituições Financeiras
Tem a função de captar e emprestar recursos, fazendo assim a conexão entre quem tem recursos disponíveis e quem precisa de recursos para suas atividades
• Finanças Corporativas
Finanças das empresas não financeiras e nosso foco de estudo.
• Mercado Financeiro / Mercado de Capitais
Ações, debêntures, derivativos, enfim, todos produtos negociados em bolsa de valores e mercados futuros
Função do administrador financeiro nas empresas
A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas que podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças (conhecido como Chief Financial Officer – CFO), diretor financeiro, controller e gerente financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro. Sendo que, independentemente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos níveis hierárquicos.
Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um especifico organograma e divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho. Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no departamento contábil – até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos, pelo fato de seu pequeno porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está inter- relacionado e, que dependendo do da capacitação do responsável desse setor, poderá muito bem arcar com as duas funções: de tesouraria e controladoria.
Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das
finanças evoluem e se desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretor-financeiro, associado à parte contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e tomada de decisão.
No caso de uma empresa de grande porte, é imprescindível esta divisão, para não ocorrer confusão e sobrecarga.
Deste modo, a gerência financeira cuida de duas partes específicas e interdependentes:
• Tesouraria
o Finanças em espécie
o Administração do caixa (pagar e receber)
o Planejamento financeiro
▪ Gerenciamento de crédito a clientes
▪ Captação de recursos
▪ Decisão de desembolso e despesas de capital
Já a controladoria (ou contabilidade) é responsável pela contabilidade de finanças e custos, assim como, do gerenciamento de impostos – ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa.
Ao basear-se nas funções financeiras, pode-se dizer que qualquer que seja a natureza de sua atividade operacional, o administrador financeiro é responsável pela tomada de Três grandes decisões financeiras:
• Decisão de Investimento – Aplicação de Recursos
• Decisão de Financiamento – Captação de Recursos
• Decisão de Dividendos – Alocação dos recursos resultantes do resultado (lucro) da empresa
Objetivos e compromissos
Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos.
Pois conduzindo bem o negócio, cuidando eficazmente da parte financeira, conseqüentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos, e logicamente, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e pessoal). Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas nesta área, dependendo da situação e necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos.
Mas, no geral, a administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros e tem como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa, a fim de se ter uma posição competitiva diante de um mercado repleto de concorrência,
proporcionando, deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das atividades da mesma, estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos investidores.
Instituições Financeiras
Como funcionam as Instituições Financeiras?
É através das participações de Instituições Financeiras que se realizam as operações de intermediação financeira no mercado. A instituição financeira coloca-se entre os agentes econômicos que possuam disponibilidade de caixa para aplicações (poupança) e aqueles que necessitam de crédito.
A instituição capta recursos no mercado pagando uma remuneração(juros) aos investidores. Com os recursos levantados, efetua operações de empréstimo, cobrando um taxa de juros. A diferença entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de crédito e a paga aos aplicadores é denominada Spread. O spread deve cobrir todas as despesas e riscos dos negócios realizados e remunerar a atividade de intermediação financeira.
Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por um conjunto de instituições financeiras, públicas e privadas, que atuam através de diversos instrumentos financeiros, na captação de recursos, distribuição e transferência de valores entre os agentes econômicos.
Principais instituições participantes do SFN:
• Conselho Monetário Nacional – CMN
• Babco Central – Bacen
• Comissão de ValoresMobiliários – CVM
• Bancos Comerciais e Multiplos
• Bancos de Investimento
• Sociedades de Arrendamento Mercantil – Leasing
• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – CDC
• Associações de Poupança e Empréstimo – Financiamento Imobiliário
A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O PAPEL DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
1. Conceitos - Finanças
É a arte e a ciência de se administrar fundos, isto é, aplicar princípios econômicos, contábeis e conceitos do valor do dinheiro no tempo às tomadas de decisões em negócios. A palavra “arte” implica que existem algumas oportunidades para ser criativo na administração de dinheiro. E a palavra
“ciência” implica que existem alguns fatos comprovados subjacentes às decisões financeiras. De uma forma mais ampla, dizemos que ela trata do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Em última análise, Finanças é a arte e a ciência de administrar fundos.
2. Principais Áreas em Finanças
Existe uma tendência cada vez maior de executivos oriundos da área financeira ocupando os cargos mais altos nas organizações. Nesse contexto, algumas áreas vêm se destacando e atraindo a atenção de estudantes e profissionais por serem excelentes oportunidades de carreira.
São elas: Finanças Corporativas (ou Empresariais), Investimentos, Instituições Financeiras, Finanças Internacionais e, por último, Consultoria em Finanças Pessoais.
Finanças Empresariais requer do profissional financeiro conhecimento para decisões vitais no âmbito empresarial, que podem envolver a estrutura de ativos, a estrutura financeira ou planejamento e controle da gestão e obtenção de resultado de empresas e órgãos governamentais.
A área de Investimentos lida com ativos financeiros, tais como ações, debêntures, títulos públicos e privados, derivativos e outras obrigações. Em sua atividade o profissional financeiro calcula preços desses ativos, determina os
riscos envolvidos e o retorno possível, analisa o contexto para definição da melhor composição de carteiras para cada tipo de investidor. Esse profissional pode atuar como Operador de Bolsa de Valores, Administrador de Carteiras de Fundos ou ainda como Analista de títulos.
As Instituições Financeiras são aquelas que lidam primeiramente com assuntos financeiros, como Bancos, Associações de Poupança e Empréstimo e Seguradoras. Essas instituições necessitam profissionais para uma grande variedade de tarefas relacionadas a finanças. Pode atuar na área de empréstimos, captação de recursos, seguros, previdência privada e capitalização entre outras.
Finanças Internacionais podem ser definidas como uma especialização que requer conhecimento em todas as áreas citadas, sua atuação envolve aspectos internacionais como taxa de câmbio e risco político, empréstimos internacionais, administração de carteira e análise de títulos de empresas sediadas em vários países.
Consultoria em Finanças Pessoais é uma atividade com certa tradição nos Estados Unidos. No Brasil vem se desenvolvendo de forma crescente. O Consultor de Finanças Pessoais (CFP), conhecido também como Planejador de Finanças Pessoais, tem um foco de atuação muito forte no planejamento financeiro. Sua atividade básica consiste em gerir as finanças pessoais para facilitar o alcance de objetivos econômico-financeiros pretendidos pelos clientes.
Pode auxiliar na administração do orçamento doméstico, na análise e na busca de alternativas para endividamentos elevados, orientações sobre aplicação de recursos nas modalidades mais adequadas para cada perfil de investidor. Orienta ainda, na escolha de seguros e planos de aposentadoria.
3. O Administrador Financeiro
Em empresas de pequeno porte, a estrutura organizacional, muitas vezes, não comporta um setor ou um departamento financeiro, e o próprio proprietário desempenha a atividade de administrador financeiro. À medida que a empresa cresce, passa a ser necessária uma estrutura organizacional e, com isso, emerge a figura desse administrador, que pode ter diferentes denominações, como diretor financeiro, vice-presidente de finanças, gerente financeiro, etc. Um exemplo de seu posicionamento na estrutura organizacional de uma empresa está representado no organograma abaixo:
Conforme ilustrado, o diretor financeiro coordena as atividades de tesouraria e controladoria. A controladoria lida com contabilidade de custos e financeira, pagamentos de impostos e sistemas de informações gerenciais. A tesouraria é responsável pela administração do caixa e dos créditos da empresa, pelo planejamento financeiro e pelas despesas de capital.
4. Áreas da Administração de Finanças Empresariais
4.1. ORÇAMENTO DE CAPITAL ou ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Diz respeito aos investimentos a longo prazo da empresa, mais planejamento e gerência destes investimentos a longo prazo. Nesta função, o administrador financeiro procura identificar oportunidades de investimentos que possuem valor superior a seu custo de aquisição. Em termos gerais, isso significa que o valor dos fluxos de caixa gerados pelo ativo excede o custo de tal ativo.
Independentemente do investimento em consideração, o administrador financeiro precisa preocupar-se com o montante de fluxo de caixa que espera receber, quando irá recebê-lo e qual a probabilidade de recebê-lo. A avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros é a essência do orçamento de capital.
4.2. ESTRUTURA DE CAPITAL
Refere-se à combinação específica entre capital de terceiros a longo prazo e capital próprio que a empresa utiliza para financiar suas operações. O administrador financeiro possui duas preocupações nessa área. Primeiro, qual o montante que a empresa deve tomar emprestado? Segundo, qual a fonte mais barata de fundos para a empresa? Adicionalmente à combinação de recursos, o
administrador financeiro deve decidir exatamente sobre como e onde levantará os recursos. Cabe a ele então a tarefa de escolher as fontes e os tipos de empréstimos.
4.3. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
Refere-se à administração dos ativos de curto prazo da empresa, tais como estoques, e aos passivos de curto prazo, tais como pagamentos devidos a fornecedores. É uma atividade cotidiana que assegura que os recursos sejam suficientes para continuar a operação.
As questões seguintes devem ser respondidas sobre o capital de giro:
1. Quais devem ser os volumes disponíveis de caixa e estoque?
2. Devemos vender a crédito para os nossos clientes?
3. Como obteremos os recursos financeiros a curto-prazo que venham ser necessários?
As três áreas que acabamos de descrever – orçamento de capital, estrutura de capital e administração de capital de giro – são categorias amplas. Cada uma inclui uma variedade de tópicos.
5. Forma Jurídica de Organização das Empresas
Quanto ao aspecto jurídico, as empresas podem ser classificadas de duas maneiras: individuais ou societárias.
As empresas individuais são aquelas que possuem um único dono. Geralmente, essa forma jurídica se aplica às pequenas empresas, cujos donos respondem
sozinhos pela empresa e de forma ilimitada. A razão social de uma empresa individual é constituída pelo nome do proprietário, por extenso ou abreviado, e pode ser complementado com o ramo de atividade ao qual ela pertence.
Já as empresas societárias são constituídas por duas ou mais pessoas. No Brasil, os tipos mais comuns dessas empresas são:
•Sociedades por cotas de responsabilidade limitada
Nesse tipo de sociedade, o capital, estabelecido em contrato social, é representado por cotas. Cada sócio é diretamente responsável pela integralização das suas e, indiretamente, pela integralização das cotas dos outros sócios. Cada um deles é denominado cotista, e o nome ou a razão social dessas sociedades é seguido da palavra limitada, por extenso ou abreviada na forma
“LTDA”.
•Sociedade anônima
Nesse tipo de sociedade, o capital, estabelecido em contrato social, é dividido em parcelas, denominadas ações. Os sócios ou os acionistas têm a responsabilidade limitada ao valor de suas ações subscritas ou adquiridas. O nome ou a razão social dessas sociedades é seguido pela expressão sociedade anônima ou da forma abreviada S.A. A sociedade anônima pode ser classificada de duas maneiras: ABERTA, cujas ações e/ou debêntures são negociadas na bolsa de valores - e as empresas captam recursos junto ao público, via subscrição de novas ações ou lançamento de debêntures; FECHADA, cujas
ações não são negociadas na bolsa de valores e a captação de recursos provém dos próprios acionistas.
6. O Papel do Administrador Financeiro
As funções financeiras podem ser de curto e longo prazo. As de curto prazo envolvem a administração de caixa, do crédito, das contas a receber e a pagar, estoques e financiamentos de curto prazo.
A administração financeira de curto prazo também é chamada de administração do capital circulante. O administrador financeiro no curto prazo também se preocupa com o planejamento financeiro e tributário.
No longo prazo o administrador financeiro envolve-se com as decisões financeiras estratégicas, tais como orçamento de capital, estrutura de capital, custo de capital, relacionamento com investidores etc.
As decisões financeiras no longo prazo envolvem a obtenção de recursos para projetos e investimentos e a definição dos critérios a serem adotados para a escolha entre investimentos alternativos.
OS OBJETIVOS E AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO:
O objetivo da empresa é maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários existentes. Atendendo a um desejo específico dos acionistas: a remuneração de seu capital, sob a forma de distribuição de dividendos.
O administrador financeiro procura conciliar a manutenção da liquidez e do capital de giro da empresa, para que a empresa possa honrar com as obrigações
assumidas perante terceiros na data do vencimento, bem como a maximização dos lucros sobre os investimentos realizados pelos acionistas.
RESUMINDO AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO:
- manter a empresa em permanente situação de liquidez;
- maximizar o retorno sobre o investimento realizado;
- administrar o capital de giro da empresa;
- avaliar os investimentos realizados em itens do ativo permanente;
- estimar o provável custo dos recursos de terceiros a serem captados;
- analisar as aplicações financeiras mais interessantes para a empresa;
- informar sobre as condições econômico-financeiras atuais e futuras da empresa;
- interpretar as demonstrações financeiras;
- manter-se atualizado em relação ao mercado e às linhas de crédito oferecidas palas instituições financeiras.
7. Responsabilidade Social da Empresa
Aumentar a riqueza dos acionistas não quer dizer que a administração deva relegar para segundo plano as responsabilidades sociais, apesar de que o conflito entre “maior riqueza” e “responsabilidade social” seja normalmente uma constante.
Esta responsabilidade social poder ser resumidas em: proteção ao consumidor, segurança no trabalho, apoio à educação, participação ativa na comunidade, processos sustentáveis, inclusão social, dentre tantos outras.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
PADOVEZE, Clovis Luis Introdução à Administração Financeira. São Paulo:
Thomson Pioneira, 2005.
HOJI, M. Administração Financeira: uma abordagem prática.2ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de Administração Financeira. 2ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BRIGHAM, E. F; GAPENSKI, L. C.; EHRHARDT, M.C. Administração Financeira: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2005.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10 ed. São Paulo:
Harbra, 2004.
HERRMANN JR, F. Analise De Balanços Para A Administração Financeira.
3ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NIKBAKHT, E; GROPPELLI, A.A. Administração Financeira – Série Essencial. 3ª Ed.São Paulo: Saraiva, 2010.
MEGLIORINI, E.; VALLIM, M.A., Administração Financeira – Uma abordagem Brasileira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.