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4ª COMISSÃO DISCIPLINAR. PARTIDA : Goiás EC X Sport Clube do Recife. CAMPEONATO : Campeonato Brasileiro Série A.

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4ª COMISSÃO DISCIPLINAR PROCESSO n° : 080/2014.

PARTIDA : Goiás EC X Sport Clube do Recife

DATA : 20/07/2014.

CAMPEONATO : Campeonato Brasileiro – Série A.

DENUNCIADOS : Goias EC, entidade de prática desportiva, incurso no art. 213, I, §1º do CBJD, e 191, III, do CBJD c/c art. 7º, I e X do RGC da CBF e, art. 191, III, do CBJD c/c art. 72 do RGC da CBF.

RELATOR : Auditor Wanderley Godoy Junior.

EMENTA: PERDA DO MANDO DE CAMPO, ARTIGO 213, I, DO CBJD, CARACTERIZADO. Entidade que não comprova cabalmente a identificação e detenção dos autores da desordem através do estouro de uma bomba, nem apresenta o competente boletim de ocorrência contemporâneo ao evento.

Impossibilidade de aplicar a excludente do parágrafo 3º., do mesmo artigo. DENÚNCIA PROCEDENTE com perda do mando de campo e multa proporcional ao número de partidas.

R E L A T Ó R I O

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No dia 20 de julho de 2014 jogaram pelo Campeonato Brasileiro da Série A, Goiás EC x Sport Clube do Recife, sendo relatado na súmula da partida, campo

“OCORRÊNCIAS”: “Aos 31 minutos do 2º tempo a partida foi paralisada por ter estourado uma bomba artesanal na arquibancada junto à torcida do GOIÁS E.

C., sendo comunicado ao Delegado do jogo e ao Comandante do Policiamento o fato. O sistema de auto falantes e o placar eletrônico do estádio ratificaram a solicitação da equipe de arbitragem, de não soltarem bombas no interior do estádio.”.

Em razão dos fatos narrados a Procuradoria denunciou: Goias EC, entidade de prática desportiva, incurso no art. 213, I, §1º do CBJD, e 191, III, do CBJD c/c art.

7º, I e X do RGC da CBF e, art. 191, III, do CBJD c/c art. 72 do RGC da CBF.

No dia 01 de agosto de 2014 o processo foi levado para julgamento perante esta Comissão Disciplinar, sendo que foi deferido a juntada documentos pelo Denunciado e não foi apresentado nenhum DVD com as imagens.

Após a manifestação da Procuradoria, o denunciado foi defendido por seu Procurador que pediu a absolvição, juntando documentos e um DVD.

É o relatório.

V O T O

ARTIGO 213, I E ARTIGO 191, III, DO CBJD – LANÇAMENTO DE BOMBA.

A Entidade de Prática Desportiva foi denunciada no artigo 213, I e 191, III, por duas vezes, do CBJD, pela ocorrência de desordens na sua praça desportiva, quando sua torcida estourou uma de bomba na arquibancada junto a sua torcida.

Não foi identificado nenhum torcedor e muito menos o boletim de ocorrência, e assim, a infração restou caracterizada.

O relatório da Polícia Militar confirma o ocorrido e a não identificação do autor do ocorrido.

A defesa, o DVD e os documentos não foram suficientes para afastar o lançamento de bomba na arquibancada.

(3)

Analisando detidamente a súmula da partida, pois não existiu nenhuma outra prova robusta da defesa para a excludente do próprio artigo 213 do CBJD, resta caracterizada a infração ao referido artigo.

A excludente do parágrafo 3º., do artigo 213, do CBJD, capaz de absolver a Denunciada não foi cabalmente demonstrada pela defesa, já que não ocorreu nenhuma comprovação da identificação e detenção de todos os autores das desordens.

Transcreve-se o referido parágrafo:

§ 3º A comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade. (NR).

Este tipo de infração, tem se tornado rotina em nossos estádios e os clubes ficam inertes aos fatos ocorridos, até porque o Denunciado é reincidente específico e já cumpriu pena neste ano (fato ocorrido no final do ano passado), pelo mesmo fato.

Perder o mando de campo está cômodo para os clubes que nada fazem para afastar dos estádios a violência.

DA AGRAVANTE ESPECÍFICA - BOMBA

A equipe denunciada é reincidente e de forma específica em relação ao lançamento de bomba, pois ano passado foi punida nos autos 136/2013 e em decisão definitiva do Pleno, com a perda do mando de campo de 3 partidas e R$

40.000,00 de multa.

No referido caso foi também o lançamento de bomba por sua torcida, que novamente comete uma grave infração.

Assim, no presente caso deve ser punida além das partidas e valores acima.

Caracterizada a infração, por unanimidade, condenar o Goiás EC na perda do mando de campo por 4 (quatro) partidas e multa de R$ 50.000,00, com fulcro no artigo 213, I, do CBJD, por entender que a infração foi grave (artigo 213, parágrafo 1º, do CBJD).

(4)

Em relação ao artigo 191, III, do CBJD, para a mesma infração, entendemos não ser aplicável, pois a punição no artigo 213, do CBJD, já engloba a punição pelo fato ocorrido, merecendo a absolvição.

ARTIGO 191, III, DO CBJD – ENTREGA INTEMPESTIVA DA RELAÇÃO DOS ATLETAS

Consta da Súmula da referida partida, que a equipe denunciada não entregou com 1 (uma) hora de antecedência, a relação dos atletas para a partida.

Em razão deste fato a Procuradoria denunciou a referida equipe no artigo 191, III, do CBJD, pois consta expressamente do Regulamento Geral das Competições.

Está expresso no referido Regulamento a entrega com 1 (uma) hora de antecedência do início da partida, a respectiva relação de atletas, o que não ocorreu tempestivamente.

Entendo em não aplicar a advertência, pois trata-se de um critério subjetivo do Auditor, até porque a norma é expressa e a equipe falhou ao não ler as modificações do regulamento para 2014.

Ainda, a multa é de baixo valor, R$ 1.000,00, ficando dentro de uma dosimetria aplicada ao caso concreto, o que se decide por maioria, vencido o Dr Eduardo Martins, que aplicou a pena de advertência..

D I S P O S I T I V O

RESULTADO: “Por unanimidade de votos, multar em R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) mais a perda de 04 mandos de campo, por infração ao art.

213, I, §1º, do CBJD; por maioria, multá-lo em R$ 1.000,00 (um mil reais), por infração ao art. 191, III, do CBJD c/c art. 72 do RGC da CBF e, ainda, absolvê-lo quanto às imputações do art. 191, III, do CBJD c/c art. 7º, I e X do RGC da CBF.

O pagamento da multa aplicada deve ser comprovada nos autos, no prazo de 07 (sete) dias, sob pena da imputação contida no art. 223, do CBJD”.

(5)

Funcionou na defesa do Goiás EC o Dr. João Vicente Morais, que apresentou prova de vídeo, documental e requereu a lavratura do acórdão.

Rio de Janeiro, 04 de agosto de 2014.

WANDERLEY GODOY JUNIOR Auditor Relator

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