• Nenhum resultado encontrado

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM A MULHER NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM A MULHER NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM A MULHER NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO

MIRANDA, Amanda Mangefeste1 COAIOTO, Deyvid de Souza 2 MILAGRES, Mayana de Fátima3

VIANA, Luana Peçanha Lopes4 NUNES, Karine Ribeiro5

INTRODUÇÃO

A gestação é um processo fisiológico da mulher, o gerar de um novo ser em sua maioria traz muito amor e alegria para a mãe e a família. Em alguns casos pode trazer para a mulher fatores negativo, como a depressão. Alguns trabalhos nacionais apresentam prevalecimento de depressão pós-parto variando entre 12 e 19%. (RUSCHI et al., 2007)

As causas da depressão são bastante abrangentes, segundo SILVA; et al (2010), a depressão pós-parto não é originada por um fator isolado, e sim através de uma união dos fatores sociais, psicológicos, obstétricos e biológicos.

Quando a mulher já possui uma predisposição a depressão, aumenta as chances de desencadear a depressão pós-parto. Há outros fatores que predispõe a puérpera a desencadear depressão como, o conflito familiar, falta de apoio, julgamento e conflito com o parceiro, não aceitação da maternidade, o fato da mãe ser adolescente, financeiro, fatores biológicos como má formação do feto e/ou da gestante, produção baixa do leite materno, etc. (SILVA; BOTTI, 2005

A depressão pós-parto é desencadeada até as quatro primeiras semanas de vida do bebê, segundo algumas literaturas a mulher pode desenvolver a depressão até o primeiro ano de vida da criança, mas não é considerada DPP e sim depressão materna. (FRIZZO; PICCININI, 2005)

1Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo-ES, amanda.mangifeste@gmail.com

2 Graduando do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo-ES, deividi777@gmail.com

3 Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo-ES, Mayanamilagres@hotmail.com

4Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo-ES, luannaplv@gmail.com

5 Professora Orientadora. Enfermeira. Especialista em Enfermagem Obstétrica. Centro Universitário São Camilo-ES, kaaribeiro@hotmail.com

(2)

O enfermeiro possui um papel crucial não apenas na atuação clínica, identificação e tratamento, mas também nos cuidados com essa mulher, educação em saúde na vivência da DPP, afeto e conforto psicológico. O suporte do enfermeiro irá trazer pontos positivos na vida dessa família, por conhecer a situação vivenciada, é importante o auxílio na superação e readaptação das dificuldades, fazendo com que a maternidade seja mais saudável. (SILVA; et al, 2010)

Este trabalho tem como objetivo identificar as ações e as estratégicas de enfermagem para o cuidado com a mulher com depressão pós-parto (DPP).

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão sistemática. Quanto ao levantamento bibliográfico, foram utilizadas bases de dados como Scielo (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando os descritores “Depressão Pós-Parto”, “Saúde Mental” e

“Cuidados de Enfermagem”. Após uma leitura exploratória dos artigos encontrados, foram encontrados 14 (quatorze) artigos com data de publicação entre 2002 e 2015 e correlação com o tema abordado. O levantamento bibliográfico ocorreu no período de Setembro a Novembro de 2017 e buscou selecionar apenas publicações no idioma português.

Após a seleção dos artigos, procedeu-se leitura seletiva, analítica e interpretativa dos textos com a finalidade de ordenar as informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitassem a obtenção de respostas ao problema de pesquisa. Seguidamente, selecionaram-se 9 (nove) artigos que continham verdadeira relação com o foco da pesquisa e descartaram-se 5 (cinco) por não se associarem com a atuação da Enfermagem nos cuidados para com a mulher com depressão pós-parto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A gestação e o parto são momentos de grandes transformações na vida da mulher, há mudança no seu organismo, no psicológico e no papel sócio familiar. Envolve alterações físicas, hormonais, psicológicas, sociais que podem influenciar diretamente em sua saúde mental. Na maternidade a mulher recebe

(3)

uma grande pressão cultural ocasionando muitas vezes um sentimento de incapacidade, ansiedade e culpa, facilitando a predisposição da depressão pós- parto. (BERRETA et al., 2008)

A depressão pós-parto pode ocorrer por distintas causas, devido ao mau relacionamento da mulher com o parceiro, a vida estressante e as ocorrências da gravidez e complicações no parto, as adversidades socioeconômicas enfrentadas pela família e quando a mulher já possui uma pré-disposição para o desenvolvimento da depressão. (SCHMIDT; PICCOLOTO; MÜLLER, 2015).

Segundo Moraes et al. (2006) a DPP é considerada um importante problema de saúde pública, pois afeta a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê. As manifestações clinicas na maioria das vezes surgem nas quatro primeiras semanas após o parto, sendo os principais sintomas o desanimo, alteração no sono, sentimento de culpa, ideias suicidas, temor em machucar o filho, diminuição do apetite e da libido, ideias obsessivas e queda no funcionamento mental.

O acompanhamento das mães de maneira cuidadosa e por meio de ações integradas que levem em conta as variáveis relacionadas à depressão, podem prevenir graves problemas familiares e pessoais que ocorrem na DPP. (Moraes et al, 2016)

Deste modo, é crucial que o enfermeiro esteja preparado para identificar os sinais e sintomas da DPP, agindo de maneira eficiente. De acordo com Valença e Germano (2010) o enfermeiro deverá estabelecer estratégicas preventivas para a DPP sendo desenvolvidas juntamente com o pré-natal, poderá ser feito visitas domiciliares, grupos de encontros de gestantes para que haja educação em saúde, atendimento individual a gestante para esclarecimento de dúvidas, realizando orientações, e em casos especiais encaminhar a paciente para outro profissional da saúde. A mulher que realiza um pré-natal contínuo e precoce, possuir bons hábitos de saúde, esta terá uma gestação com menos riscos e incômodos.

CONSIDERAÇOES FINAIS

(4)

É preciso que o profissional de saúde da ESF através da prática humanizada envolva ações de promoção e prevenção atuando com criatividade buscando atender o indivíduo em seu âmbito familiar e comunitário operando no acolhimento e encaminhamento apropriado da gestante no pré-natal.

O enfermeiro precisa do conhecimento da DPP, pois está inserido na porta de entrada para o acolhimento e direcionamento da puérpera na terapêutica e prevenção deste transtorno. Deverá estar preparado para a identificação desses sintomas, promovendo ações preventivas para a depressão pós-parto como a realização correta e eficiente do pré-natal, incentivar o parceiro na participação do desenvolvimento da gravidez e nas consultas, organizar grupos de gestantes para a educação em saúde, realizar a abordagem psicológica da mulher deixando que ela exponha suas dúvidas, angustias e realização de visitas domiciliares. (VALENÇA; GERMANO, 2010)

Além disso, os profissionais da ESF precisam estar preparados para acolher a gestante, enfrentar os problemas e orienta-las. Discernir o estado da mãe para a identificação precoce dos fatores de riscos. Estabelecer vínculos de confiança e de responsabilidade buscando a promoção à saúde e prevenção da DPP e seus agravos.

REFERÊNCIAS

Beretta MIR, Zaneti DJ, Fabbro MRC, Freitas MA, Ruggiero EMS, Dupas G.

Tristeza/depressão na mulher: uma abordagem no período gestacional e/ou puerperal. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2008;10(4):966-78. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a09.htm.

FRIZZO, G. B.; PICCININI, C. A. Interação mãe bebê em contexto de depressão materna: aspectos teóricos e empíricos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 47-55, 2005.

MORAES, Inácia Gomes Silva; PINHEIRO, Ricardo Tavares; SILVA, Ricardo Azevedo; HORTA, Bernardo Lessa; SOUSA, Paulo Luis Rosa; FARIA, Augusto Duarte. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Rev. Saúde Pública, Rio Grande do Sul, v.40, n.1, p.65-70, 2006.

(5)

SCHMIDT, Eluisa Bordin; PICCOLOTO, Neri Maurício; MÜLLER, Marisa Campio. Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. Psico-usf, Porto Alegre-rs, v. 10, n. 1, p.61-68, jun.

2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pusf/v10n1/v10n1a08.pdf>.

Acesso em: 11 nov. 2017.

SILVA, Elda Terezinha; BOTTI, Nadja Cristiane Lappan - DEPRESSÃO PUERPERAL – UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 02, p. 231 - 238, 2005. Disponível em http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen. Acesso em: 11 nov.2017.

SILVA, Francisca Cláudia Sousa da et al. Depressão pós-parto em puérperas:

conhecendo interações entre mãe, filho e família. Acta Paul Enferm, Fortaleza- ce, v. 3, n. 23, p.411-416, fev. 2010. Acesso em: 12 nov. 2017

SOBREIRA, Nádya Aparecida Soares; PESSÔA, Célia Geralda de Oliveira.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DETECÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS PARTO. Revista Enfermagem Integrada, Ipatinga: Unileste-mg, v. 5, n. 1,

p.905-918, ago. 2002. Disponível em:

<https://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v5/04-assistencia-de- enfermagem-na-deteccao-da-depressao-pos-parto.pdf>. Acesso em: 11 nov.

2017.

RUSCHI, Gustavo Enrico Cabral et al. Aspectos epidemiológicos da depressão pós- parto em amostra brasileira. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, v. 3, n. 29, p.274-280, 06 nov. 2007. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n3/v29n3a06>. Acesso em: 22 nov. 2017.

VALENÇA, Cecília Nogueira; GERMANO, Raimunda Medeiros. Prevenindo a depressão puerperal na estratégia saúde da família: ações do enfermeiro no pré- natal. Rev. Rene, Fortaleza, v. 11, n. 2, p.1-212, jun. 2010. Disponível em:

<http://www.revistarene.ufc.br/vol11n2_html_site/a15v11n2.htm>. Acesso em:

19 nov. 2017.

Referências

Documentos relacionados

Alandroal todas Arronches todas Barrancos todas Campo Maior todas Castelo de Vide todas Crato todas Elvas todas Marvão todas Moura todas Mourão todas Nisa todas

Os recursos humanos disponíveis em qualquer de suas divisões são utilizados em cada divisão através de uma estrutura divisionalizada, conforme ilustração estabelecida

A sensibilidade materna oportuna e apropriada ao comportamento do bebê é um componente central dos relacionamentos mãe-bebê e do desenvolvimento social e

Há várias razões para acreditar que focalizar o comportamento de choro do bebê pode ser uma forma eficaz de melhorar os resultados do desenvolvimento em meio a crianças de

O estudo mostrou que o cuidado a mulher no período puerperal é de grande importância e que exige da equipe de saúde e familiares atenção à saúde física e mental da

Considerações finais: Há necessária identificação do risco de depressão pós-parto desde o início da atenção pré-natal a partir de uma escuta atenta e sensível de cada mulher

A depressão pós-parto é um importante problema de saúde pública, afeta de 10% a 59,4% das puérperas, o rastreamento deve ser feito pela enfermagem durante o

Neste contexto, em que o microssistema familiar é mobilizado pela sintomatologia da Depressão Pós-Parto, entende-se que a mulher, na maioria das vezes, não consegue evitar