Expatriação de empregados - aspectos trabalhistas. 30 de janeiro de 2019

Expatriação de empregados - aspectos trabalhistas

30 de janeiro de 2019

Expatriação de empregados



Premissa: transferência de empregados locais para prestação de serviços no exterior:



Transferência temporária: retorno ao Brasil é desde o início acordado pelas partes;



Transferência definitiva: cessa a relação com o empregador

local; não há qualquer expectativa

O que acontece com o contrato de trabalho?

Transferência provisória:

- Manutenção do contrato de trabalho local;

Transferência definitiva:

- Rescisão do contrato de trabalho local:

- a) Pedido de demissão;

- b) Dispensa sem justa causa;

- c) Rescisão por mútuo acordo.

De quem foi a iniciativa para a expatriação?

Transferência definitiva – extinção do vínculo local

Pedido de demissão

- Melhor utilizar quando a iniciativa da transferência partiu do empregado;

Dispensa sem justa causa

- Alternativa com menos riscos e mais cara, mas que reflete expatriação por iniciativa da empresa;

Rescisão por mútuo acordo

- Nova modalidade de rescisão criada pela Reforma Trabalhista.

Rescisão por mútuo acordo

Rescisão por mútuo acordo

- Acordo entre as partes

- Devidas as seguintes verbas trabalhistas:

 metade: (a) o aviso prévio, se indenizado; e (b) a indenização sobre o saldo do FGTS;

 na integralidade: demais verbas trabalhistas.

 movimentação conta do FGTS, limitada até 80% dos depósitos

Transferências provisórias

 Legislação aplicável:

Lei 7.064/82 – originalmente criada para construção civil Lei 11.962/09 – Ampliou o conceito da Lei 7.064/82

 Brasileiros passaram a ter direito proteções e direitos trabalhistas adicionais

 Elevação dos custos de transferência de brasileiros.

Transferências provisórias

Critérios para aplicação da lei

 Transferências nas seguintes hipóteses:

 I - empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro;

 II - empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro;

 III - empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior.

Transferências provisórias

Adicional de Transferência

 Na transferência temporária, adicional em valor correspondente a, no mínimo, 25% do salário do empregado enquanto perdurar a

transferência (analogia ao parágrafo 3°, artigo 469, CLT).

 Importância da distinção entre adicional de transferência e salário base:

 Para comprovar o cumprimento da legislação trabalhista

 Para remover o adicional quando cessar a transferência

Transferências provisórias

Término da Transferência:

 Ao término da transferência, o empregado deverá ser repatriado ao Brasil e o empregador deverá arcar com os custos envolvidos.

 O salário pago no exterior (excluído o adicional de transferência) deverá ser utilizado como referência quando o empregado regressar ao Brasil – risco de redução salarial.

www.trenchrossiewatanabe.com.br