DEPRESSÃO
Prof. Victor Roberto
QUEBRANDO A BANCA
Você Vai Aprender Nesse Módulo
✓ Depressão na Pessoa Idosa
✓ Diagnóstico;
✓ Sinais e sintomas;
✓ Tratamento individual e em grupo.
Depressão e Ansiedade
Depressão e ansiedade são os principais transtornos de humor que trazem importantes impactos para a saúde e para a capacidade funcional nas
idades avançadas, além de serem importantes fatores de risco para o
suicídio.
Psicológicos
Biológicos
Sociais Culturais
Econômicos Familiares
Fatores
Depressão
As pessoas cujos parentes próximos sofreram de depressão são mais propensas a desenvolvê-la.
Estudo desenvolvido nos anos 90 colocou a depressão como a quarta causa específica de incapacitação.
Em 2020, a depressão será a segunda causa nos países
desenvolvidos e a primeira causa nos países em desenvolvimento.
A prevalência da doença na população em geral varia de 3 a 11% e é duas vezes maior entre as mulheres do que entre os homens.
Depressão
Nas Instituições de Longa Permanência, cerca de 50% dos residentes são portadores de algum problema psiquiátrico, sendo que os quadros demenciais são os mais comuns seguidos por problemas comportamentais e depressão.
A depressão é mais frequente nos anos que precedem à aposentadoria, diminui na década seguinte e, outra vez, sua prevalência aumenta após os 75 anos.
A depressão é a doença psiquiátrica mais comum que leva ao suicídio.
Costumam utilizar os meios mais letais, ainda que não se possa ignorar os chamados suicídios latentes ou passivos (abandono de tratamento e recusa alimentar).
Estima-se que a maioria (75%) das pessoas que se suicidam tiveram consulta com seu médico no mês anterior, e entre um terço e a metade, na semana anterior, por outro motivo que não depressão.
Depressão
CAUSAS
Isolamento
Dificuldades nas relações pessoais
Problemas de comunicação
Conflitos com a família ou com outras pessoas Dificuldades
econômicas Estresse da
vida diária
Depressão
FATORES DE RISCO
É importante a investigação do consumo de bebidas alcoólicas na população idosa, apesar do seu impacto ser reduzido se
comparado com as pessoas mais jovens;
O uso abusivo do álcool pode mascarar os sintomas depressivos, agravando a depressão;
Antecedentes depressivos prévios;
Doença incapacitante, sobretudo se há deterioração funcional implicando numa mudança brusca e rápida;
Doença dolorosa (neoplasia, doença osteoarticular deformante);
Abandono e/ou maus tratos;
Institucionalização;
Morte de cônjuge, familiar ou amigo próximo.
Perfil Suicida
Sexo masculino Viver só
Doença depressiva severa Insônia persistente
Inquietude psicomotora importante
Doença médica severa, dolorosa, incapacitante Perda recente do cônjuge
Institucionalizado ou dependente de cuidados de longa duração Etilista
Ter sentimentos de culpa excessiva
Piora do Quadro
Sintomas psicóticos como alucinações Uso de álcool
Risco ou tentativa de suicídio
Repercussão grave sobre uma doença somática associada
Não responde às doses habituais de um fármaco no tempo esperado Transtorno de personalidade
Ausência de apoio social
Efeitos secundários que impedem a continuação do uso do medicamento A pessoa não aceita o diagnóstico e por isso não adere às recomendações terapêuticas
Presença de pluripatologias psiquiátrica
Diagnóstico
É necessária uma investigação apurada e uma escuta qualificada:
• História de vida do sujeito, atual e pregressa;
• Contexto familiar;
• Contexto social.
Cerca de 50 a 60% dos casos, não são detectados, motivos:
• Falta de treinamento;
• Falta de tempo;
• Falta de escuta;
• Descrença em relação à efetividade do tratamento;
• Reconhecimento apenas dos sintomas físicos da depressão;
• Identificação dos sintomas de depressão como uma reação “compreensível”.
Escala de Depressão Geriátrica (EDG)
A avaliação breve do estado de humor, por meio de uma pergunta levanta a suspeita de depressão, que será confirmada ou não pela Escala de
Depressão Geriátrica (EDG)
A incorporação da aplicação dessa avaliação pode melhorar a detecção da depressão nesse nível de atenção.
Sinais e Sintomas
Fadiga matutina Retardo psicomotor Redução da afetividade Intranquilidade ou nervosismo
Ansiedade
Alteração do ciclo sono-vigília
Alteração do apetite (habitualmente com anorexia) Múltiplas queixas somáticas mal sistematizadas Falta de interesse nas coisas que antes lhe agradavam
Queixas acentuadas de anedonia (perda da capacidade de sentir prazer) e de distúrbio cognitivo Distúrbios do comportamento e da conduta
Etilismo de início recente
Termos Técnicos
Apraxia – É uma desordem neurológica que se caracteriza por provocar uma perda da capacidade para executar movimentos e gestos precisos, que exigem padrões de lembrança ou sequências de movimentos, como exemplo, vestir-se, alimentar-se e fazer uma ligação.
Afasia – É a perda da capacidade para utilizar a linguagem, que acarreta uma incapacidade parcial ou total para compreender ou expressar palavras, nomear pessoas e objetos.
Agnosia – Consiste na deterioração da capacidade para reconhecer ou identificar objetos, pessoas, sons, formas, apesar de manterem a função sensorial intacta. A pessoa não consegue associá-los ao papel que eles geralmente desempenham nem à sua função.
Quadro Crônico
Demora em iniciar o tratamento.
Tratamento baseado apenas na medicalização.
Utilização de medicações inadequadas e em doses inadequadas.
Descontinuidade ou redução precoce da medicação.
Tratamento
O tratamento da depressão visa:
• À promoção da saúde e a reabilitação psicossocial;
• À prevenção de recorrências;
• A piora de outras doenças presentes e do suicídio;
• A melhora cognitiva e funcional;
• Ajudar para que a pessoa idosa possa lidar com suas dificuldades.
Atendimento individual Atendimento em grupo Atividades comunitárias Atendimento à família.
Ao fornecer suporte, explicar o que é depressão, sugerir medidas comportamentais à família e ao idoso,
dar esperança, monitorizar efeitos colaterais e efeitos terapêuticos, os profissionais de saúde, estarão
criando um clima de confiança que terá efeito
terapêutico e representará um fator decisivo na adesão ao tratamento proposto.
Atendimento Individual
Acompanhamento e Orientação
Psicoterapia
Possuem altas taxas de eficácia em especial as terapias centradas em problemas presentes, pois fornecem a
pessoa recursos adicionais para enfrentamento de problemas.
O início da terapêutica na pessoa idosa deve começar com doses baixas e
aumentá-las aos poucos, porém alcançando as doses terapêuticas, uma
vez que a utilização de subdoses
constitui o principal fator da inadequação da resposta aos antidepressivos.
Farmacoterapia
Atendimento em Grupo
Oficinas terapêuticas;
Oficinas expressivas;
Oficinas de geração de renda;
Oficinas culturais;
Grupos terapêuticos;
Grupos operativos;
Atividades esportivas, atividades de suporte social;
Grupos de leitura e debate etc.
Atendimento Comunitário
Atividades desenvolvidas em conjunto com associações de moradores e outras instituições existentes na comunidade.
Têm como objetivos propiciar a construção de laços e trocas sociais; a integração do serviço de saúde e do usuário com a família, a
comunidade e a sociedade em geral; e a integração entre as famílias da comunidade.
Essas atividades precisam ser planejadas e construídas junto à comunidade, podem ser: festas comunitárias, caminhadas com grupos
da comunidade, participação em eventos e grupos dos centros comunitários.