FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Curso de Eletrônica
Eletrônica de Potência
Prof. Irineu Alfredo Ronconi Junior Prof. João Neves
O DIAC E O TRIAC
O DIAC:
O diac é um dispositivo semicondutor (Diode Alternating Current) constituído de dois terminais, e funciona de modo semelhante a dois diodos zeners colocados de forma oposta em série conforme a figura 1.
D2 ZENER D1
ZENER
Figura 1 – Circuito equivalente do DIAC
A simbologia e a construção interna de um diac são mostradas na figura 2.
Figura 2 – O diac simbologia e estrutura interna
O diac atua como uma chave bidirecional acionada pela tensão de avalanche, semelhante ao funcionamento do diodo zener, porém nos dois sentidos da tensão alternada. Esta tensão é chamada de tensão de avalanche e simbolizada por VBO, em geral situa-se entre 27V a 42V.
Figura 3 – Curva do DIAC (DB3-4-34)
O DIAC normalmente é utilizado para o disparo de tiristores de forma segura. Também é utilizado em circuitos de proteção de sobre tensão.
O TRIAC :
O TRIAC (Triode Alternating Current) é um dispositivo de estado sólido de três terminais, para se utilizado em corrente alternada. Dos três terminais, dois são utilizados para a passagem da corrente da carga e o outro para o controle de disparo. Os dois terminais de potência são denominados Anodo 1(MT1) e anodo 2(MT2). O terminal de disparo é nominado como gate.
A Estrutura interna e o símbolo do triac são mostrados na figura 4.
Como se pode observar há uma assimetria da distribuição das camadas semicondutoras internas do TRIAC. O gate se encontra mais próximo ao terminal de anodo 1 (MT1) e por este motivo este terminal será colocado sempre ao maior potencial para alimentação. Também é possível observar que o dispositivo de várias camadas poderia ser considerado como dois SCR´s associados em antiparalelo (considere em seqüência as camadas PNPN de MT1 para MT2 e vice-versa. Assim poderemos ter como circuito equivalente dois SCR´s em antiparalelo como mostra a figura 5.
MT2 MT1 SCR2 SCR SCR1 SCR MT2 MT1 SCR2 SCR SCR1 SCR
Figura 5 – Circuito equivalente
A curva de transferência do TRIAC, comparada ao SCR, é mostrada na figura 6.
Figura 6 – Função de transferência de um triac genérico, em comparação com o SCR
O componente pode ser disparado em mais de um quadrante do plano UxI. VG é a tensão de disparo aplicada ao gate do
para isto é necessário utilizar dois transformadores de pulso conforme mostra a figura 7, pois não poderemos disparar o SCR com pulsos negativos, além da possibilidade de colocar os dispositivos em curto circuito através do gate e catodo.
MT2 MT1
T2 10TO1
T1
10TO1 SCR2
SCR SCR1
SCR
Figura 7 – O TRIAC com SCR´s para potência elevada
A vantagem do uso do TRIAC com relação ao SCR é a comodidade para o disparo e a sua desvantagem a sua limitação em potência.
Ainda com relação a operação do TRIAC, conforme a figura 6 verificamos que o mesmo opera nos quatro quadrantes de acordo com a tabela a seguir:
Quadrante A2(MT2) Gate(G)
I U > 0 U > 0
II U > 0 U < 0
II U < 0 U < 0
IV U < 0 U > 0
Na figura 8 são apresentados alguns TRIACS
Figura 8 – Tiristores Bourns
(http://www.bourns.com/ProductLine.aspx?name=silicon_triacs)
Figura 9 – Triac série TIC216
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Tabela 2 – Tiristores de média corrente
(http://www.semikron.com/skcompub/pt/search.htm?suche=SKT+240)
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Tabela 3 – Tiristores de alta corrente
Nas figuras seguintes, (figura 10 e 11) são mostradas parte de “data sheet” de um SCR de baixa potência (TIC 116 e TIC 106) da firma Bourns. São semelhantes aos triacs, porém deve ser observada a diferença na pinagem.