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Aula 0. Língua Portuguesa para a AMLURB-SP (Teoria e Exercícios) Pronome: classificação, emprego e colocação Professor: Albert Iglésia

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Aula 0

Língua Portuguesa para a AMLURB-SP (Teoria e Exercícios) Pronome: classificação, emprego e colocação

Professor: Albert Iglésia

(2)

2 Olá!

Você deseja se preparar para o novo concurso da AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA DE SÃO PAULO? Saiba que eu estou aqui para ajudá-lo a conquistar uma das vagas oferecidas. Foi pensando nisso que montei este curso de teoria e exercícios comentados de Língua Portuguesa.

É importante lembrar a você que esta disciplina vem constituindo uma das provas mais importantes dos concursos públicos do país, principalmente quando os candidatos precisam fazer prova discursiva (dessa você se livrou, mas não relaxe). É sabido que muita gente deixa a vaga escapar por descuido do emprego da Língua na modalidade discursiva.

Veja o que iremos estudar juntos neste curso:

Aula Conteúdo

0 Pronome: classificação, emprego e colocação

1 Verbo: conjugações importantes, vozes, emprego dos tempos e modos

2 Substantivo, adjetivo, numeral, advérbio, preposição 3 Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase.

4 Morfossintaxe dos termos da oração (funções das palavras).

5 Processos de coordenação e subordinação (orações e emprego de conjunções).

6 Pontuação.

7 Concordância nominal e verbal.

8 Compreensão e interpretação de textos. Processos de Coesão Textual. Noções de semântica.

Aula 0 – Demonstrativa

(3)

Agora que você já tomou conhecimento das informações preliminares sobre o que mais lhe interessa, permita-me uma breve apresentação.

Sou o professor Albert Iglésia. Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) e especialização em Língua Portuguesa. Há quatorze anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Hoje moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto, produção textual e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras (Cespe, FCC, Esaf, FGV, Cesgranrio e Fundação Universa, por exemplo). Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, BNDES, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, PC-DF, Seap-SP, PC-CE, TC-DF, TJ-DFT, Detran-DF, ICMS-DF etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, sou professor do ensino médio de um colégio público federal no DF. Também já atuei como instrutor da Esaf, da Casa Civil da Presidência da República e de outras instituições voltadas para a capacitação de servidores.

Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:

albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”

(Winston Churchill).

Como já me apresentei a você, peço que me permita falar com mais detalhes sobre este curso. Ele é composto por nove aulas (incluindo esta, que é a demonstrativa). Elas serão ministradas com base no conteúdo descrito no edital (as nomenclaturas foram simplificadas por mim, mas os assuntos serão os mesmos). Terão, aproximadamente, 50 páginas e 30 exercícios comentados, todos extraídos de provas de concursos. Procurarei

(4)

4 inserir questões da própria banca examinadora, entretanto não poderei limitar-me a elas.

Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido cerca de 270 questões. Multiplique esse número pela quantidade de alternativas e veja quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos um trabalho focado nos aspectos mais importantes de cada assunto do programa.

Logo a seguir, passo a explicar a você o assunto desta aula 0 (ou demonstrativa): Pronome: classificação, emprego e colocação. Acredito que você obterá uma noção de como as informações serão transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei em nossos próximos encontros.

Na parte final do material, os exercícios resolvidos encontram-se listados sem os respectivos comentários, para proporcionar a você a revisão do conteúdo estudado comigo. Na sequência, há o gabarito deles. Será assim em cada aula.

Espero que aproveite cada questão e cada comentário da melhor forma possível. Peço que interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para a eficácia do curso.

Eis o que estudaremos adiante:

L

Pronomes ... 5

Classificação ... 5

Emprego de Pronomes ... 8

Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)... 14

Formas de Tratamento ... 30

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos ... 31

Lista das Questões Comentadas ... 40

Gabarito das Questões Comentadas ... 52 Sumário

(5)

Vamos ao que mais nos interessa, pois as provas já estão marcadas:

20/3/2016, e já existe gente estudando!

Pronomes

Classificação

Na última parte da aula, o assunto a ser tratado é pronomes:. Eis uma breve exposição sobre a classificação deles.

Pronome

Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu significado. Existem seis classes de pronomes:

pessoal

Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala;

3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas (do

caso reto). Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as (do caso oblíquo átono). Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco (do caso oblíquo tônico). Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc.

possessivo

Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.

demonstrativo

Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,

situando-os no tempo e no espaço.

1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.

2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.

3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

relativo É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante

(6)

6 em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais.

indefinido

Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimindo quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, todo, tudo, nada, algo etc.

interrogativo É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta:

que, quem, qual, quanto.

1. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.”

No trecho acima há:

(A) oito pronomes.

(B) sete pronomes.

(C) seis pronomes.

(D) cinco pronomes.

(E) quatro pronomes.

Comentário – Vamos identificar cada pronome:

1 - “toda”: pronome indefinido;

2 – “si”: pronome pessoal do caso oblíquo tônico;

3 – “o”: pronome pessoal do caso oblíquo átono;

4 – “aquilo”: pronome demonstrativo;

5 – “que”: pronome relativo;

(7)

6 – “lhe”: pronome pessoal do caso oblíquo átono.

Resposta – C

10 (...) Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras,

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. (...)

2. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) Nas linhas 12 a 14, o pronome relativo retoma o elemento expresso pelo pronome demonstrativo que o antecede.

Comentário – É isso mesmo. O pronome relativo é o vocábulo “que” (l. 13); o seu antecedente (termo substituído pelo relativo) é o pronome demonstrativo

“o” (= aquilo); a referência textual é feita à expressão “formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura”. Nós podemos entender a oração iniciada pelo relativo assim: os especialistas chamam aquilo (=formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura) de “características sociocomunicativas”.

É de se notar que o examinador não ressalta (sublinha, negrita) os pronomes. Você deve, a partir dos conceitos que lhe apresentei, compreender o funcionamento dos vocábulos para saber especificamente do que ele está falando.

Resposta – Item certo.

3. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – adaptada) Voto consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

(8)

8 A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:

Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

Comentário – A afirmativa está correta. Os pronomes substantivos, que substituem o substantivo (numa linguagem mais clara: que não vêm ao lado do substantivo), são: “aquele” (demonstrativo) e “que” (relativo). Os pronomes adjetivos, que vêm ao lado do substantivo, são: “suas” (possessivo;

ao lado do substantivo “histórias”) e “seus” (possessivo; ao lado do substantivo “partidos”).

Resposta – Item certo.

Emprego de Pronomes

 Diferenças quanto ao emprego dos pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo:

a) Ele virou ela. – Na função de sujeito e de predicativo, o pronome pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto.

b) Quero falar com ele.

Sou útil a ele.

Vi-o na rua.

Serão empregados os do caso oblíquo nas demais funções sintáticas (complemento verbal, complemento nominal etc.).

Atente para o fato de que esses pronomes são frequentemente utilizados para promover a coesão e a coerência textual.

c) Eu contei a ti o que acontecera.

Você terá de viajar com nós dois.

Você terá de viajar conosco. (= com + nós)

Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição. Usa-se com nós ou com vós quando tais expressões vêm acompanhadas de elementos de realce, numeral, pronome ou oração adjetiva.

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CUIDADO! Não vá sem eu saber. / Todos saíram, exceto eu (saí).

Mesmo diante de preposição, o pronome pessoal do caso reto será empregado quando for sujeito de verbo, ainda que este esteja elíptico.

d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. (“deu” = VTDI; “um presente” = OD)

Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. (“presenteou” = VTD)

Como complementos verbais, O(S) e A(S) desempenham função de objeto direto; LHE(S), de objeto indireto.

ATENÇÃO! O pronome oblíquo LHE pode equivaler-se a um possessivo, caso em que transmitirá noção de posse: Pediu-lhe os brinquedos emprestados. / Pediu os seus brinquedos emprestados / Pediu os brinquedos dele emprestados.

e) Mandei-o sair da sala.

Fiz-lhes ver que estavam errados.

Em construções cujo verbo principal é causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), O(S) e A(S) desempenham função de sujeito do verbo (infinitivo) da oração subordinada.

CUIDADO! LHE(S) só poderá ser sujeito de verbo infinitivo transitivo direto.

Mandei-lhe sair da sala seria uma construção errada, já que “sair” tem regência intransitiva.

4. (Vunespe/IAMSPE/Auxiliar de Enfermagem/2009) Considere as frases:

I. Pediram-me que eu entregasse o relatório médico à enfermeira.

II. Queriam falar conosco, no sábado, às quinze horas.

III. Avisaram nós que a paciente foi transferida à uma outra enfermaria.

O emprego dos pronomes e o uso da crase estão corretos apenas em a) I.

(10)

10 b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

Comentário – Item I: na função de complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), o pronome pessoal adequado é o oblíquo (me, te, se, nos etc.). Na função de sujeito, o adequado é o do caso reto (eu, tu, ele...). No período, “me” funciona como objeto indireto de “Pediram” e “eu”, como sujeito de “entregasse”. A crase decorre da fusão entre a preposição “a” exigida pela regência do verbo entregar (algo a alguém) e o artigo feminino “a” que acompanha o substantivo “enfermeira”.

Item II: usa-se com nós ou com vós quando tais expressões vêm acompanhadas de elementos de realce, numeral, pronome ou oração adjetiva. Caso contrário, as formas adequadas são conosco e convosco, como na questão da prova. Nas locuções adverbiais femininas (à vista, às claras , à esquerda, à direita etc.) a crase surge obrigatoriamente.

Item III: o primeiro erro diz respeito ao uso do pronome pessoal do caso reto “nós” para completar o sentido do verbo avisar. Na função de objeto (direto ou indireto), usa-se o pronome pessoal do caso oblíquo átono ou tônico: Avisaram-nos (ou ainda: Avisaram a nós). Também há problema com o acento indicativo de crase, pois ela não ocorre antes de palavras de sentido indefinido (artigo ou pronome indefinido, por exemplo). Na prática, troque a palavra feminina “enfermaria” por uma masculina,

“consultório, por exemplo: a paciente foi transferida a um outro hospital.

Percebeu que o “a” é apenas preposição, que não existe aí fusão com um artigo?

Resposta – D

5. (Vunespe/CESP/Auxiliar de Recursos Humanos/2009) O pronome destacado está empregado conforme a norma culta da língua em:

a) A demora na estrada levou ele a desistir de viajar.

(11)

b) Não havia acordo possível entre eu e eles.

c) Poderíamos encontrar elas naquela praia.

d) Espero que, no final de semana, não viajem sem mim.

e) Convidou nós para jantar em um lugar diferente.

Comentário – Alternativa A: como complemento de verbo (objeto direto ou indireto), o pronome pessoal adequado é o do caso oblíquo: “levou-o”.

Alternativa B: construção frequentemente verificada na linguagem popular; na forma padrão o pronome pessoal do caso reto “eu” só surgirá depois da preposição essencial (“entre”) quando for sujeito de um verbo no infinitivo: Entre eu mentir e falar a verdade, prefiro a segunda opção.

Portanto a forma correta aqui é “entre mim e eles”.

Alternativa C: aplica-se aqui também a correção feita à alternativa A. O correto é “encontrá-las”. Formas verbais que terminam em –r, -s e –z perdem essas letras; os pronomes oblíquos o(s) e a(s) recebem a letra l.

Alternativa D: tome como referência o que eu expliquei em B e constate que a construção “sem mim” está corretíssima (surgiu uma preposição essencial; o pronome pessoal não é sujeito de nenhum verbo no infinitivo; então o certo é mesmo o emprego de pronome oblíquo).

Alternativa E: “nós” (note que antes não vem preposição) caracteriza pronome pessoal do caso reto, que não pode funcionar como complemento de verbo. Nessa função, certo estaria o emprego do pronome oblíquo átono nos (“Convidou-nos para juntar...”).

Resposta – D

6. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a seguir.

Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições.

(12)

12 Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma gramatical.

(A) Causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas.

(B) Causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.

(C) Causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.

(D) Causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.

(E) Causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.

Comentário – O verbo causar possui dois complementos: “admiração e espanto” (objeto direto) e “aos brasileiros” (objeto indireto). O primeiro pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono os (a forma los só se justifica diante de verbos terminados por R, S ou Z: causar + os = causá-los); o segundo, por lhes. O examinador optou por repetir o primeiro complemento (objeto direto) e substituir o segundo (objeto indireto): “Causa-lhes admiração e espanto”.

Em seguida, temos que analisar o regime do verbo ver. Ele é transitivo direto, exige complemento sem preposição (objeto direto), que foi representado pela expressão “as próprias instituições”. Esse complemento pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono as, que assume a forma las porque o verbo termina em R: ver + as = vê-las.

Resposta – E

 Pronomes possessivos

Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo. Concordam em gênero e número com a “coisa” possuída.

Ex.: Eu trouxe meu caderno.

Tu trouxeste tuas canetas.

Primeira pessoa Meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) Segunda pessoa Teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) Terceira pessoa Seu(s), sua(s)

(13)

 Pronomes demonstrativos

Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço.

Pronomes Tempo Espaço

Este (s), esta (s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala Esse (s), essa (s), isso Passado próximo Perto da pessoa com

quem se fala Aquele (s), aquela (s),

aquilo

Passado longínquo Longe de quem fala e da pessoa com quem se fala Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito.

Este rapaz ao meu lado é meu amigo.

Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis.

O que é isso aí do teu lado?

Naquela época, a vida era melhor.

O que é aquilo atrás do carro?

7. (Vunesp/2014/Emplasa/Analista Jurídico) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) esta ... o ... Espera ... sua

(14)

14 b) essa ... lhe ... Espera ... tua

c) esta ... lhe ...Espera ... sua d) essa ... o ...Espere ... tua e) esta ... o ...Espere ... sua

Comentário – Observe que a receita se encontra na mão de quem fala.

Portanto o pronome adequado para se referir a ela é “esta”. O verbo “incluí”

necessita de um complemento direto (objeto direto), por isso o “lhe” (que funciona como complemento indireto) não serve. A forma verbal “Espera”

corresponde à segunda pessoa do singular (tu) do imperativo afirmativo. Como estamos tratando com o “o” (terceira pessoa), a forma verbal correta é

“Espere” (terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo).

Resposta – E

Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)

a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este e isto:

empregados quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida como catafórica.).

Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse e isso:

empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual conhecida como anafórica)

(...)

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. E é essa soma de

16 características que define os diferentes gêneros. Ou seja, se é um texto com função comunicativa, tem um gênero.

Na última década, a grande mudança nas aulas de

19 Língua Portuguesa foi a "chegada" dos gêneros à escola. Essa

(15)

mudança é uma novidade a ser comemorada. Porém muitos (...)

25 aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem, certo? Afinal, quem vai se dar ao trabalho de escrever para guardá-la? Essa é a

28 diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior das práticas de leitura e escrita.

(...)

8. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) O vocábulo “essa”, empregado nas linhas 15, 19 e 27, retoma um elemento textual mencionado anteriormente, tendo sido empregado incorretamente, conforme a posição da informação a que se refere no texto.

Comentário – Obviamente, na prova não havia o destaque amarelo. Eu só fiz isso para facilitar sua análise. Deve chamar sua atenção o fato de que o pronome retoma o que já foi dito (coesão anafórica). Ao dizer que ele foi

“empregado incorretamente, conforme a posição da informação a que se refere no texto” (grifo meu), o examinador errou. É justamente por estar retomando informação anterior que o pronome usado (essa) está correto.

Resposta – Item errado.

b) Comprei uma moto e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão;

aquela, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar elementos já citados e desfazer possíveis ambiguidades quanto à compreensão do enunciado. Este diz respeito ao último termo; aquele, ao primeiro.)

c) O que ele disse era verdade.

Passará a que for mais capacitada. a(s) e o(s) diante de que (pronome relativo) – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos, equivalendo-se a aquela(s), aquele(s), aquilo)

(16)

16 Cunha e Cintra (Nova gramática do português contemporâneo, 2008, págs. 354-5) ensinam que o demonstrativo O (e suas variações) pode ser empregado diante de uma oração ou, mais raramente, por uma expressão adjetiva, e dão o seguinte exemplo:

Ingrata para os da terra, boa para os que não são.

(C. Pena Filho)

9. (FGV/POTIGAS/CONTADOR/2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e negociar parcerias.

O pronome destacado no trecho acima exerce função:

(A) anafórica.

(B) dêitica.

(C) epanafórica.

(D) catafórica.

(E) díctica.

Comentário – Como o pronome “isto” antecipa o que será dito, sua função é catafórica.

Função dêitica (ou díctica, tanto faz) é aquela que faz referência exofórica1 (traz algo de fora para dentro do texto), sendo responsável por situar algo no tempo ou no espaço. Exemplo: Esse rapaz é meu amigo. Eu estou falando de que rapaz? Do que está próximo a mim ou de outra pessoa, ou do que está em outro lugar? Além disso, há diferenças no emprego de esse, este e aquele. Repare:

- Esta é minha mãe. (ela está proximo a mim)

- Essa é minha mãe. (ela está próxima à pessoa com quem falo)

1 Ao contrário, a função endofórica faz referência a termos que estão dentro do próprio texto.

(17)

- Aquela é minha mãe. (agora ela está distante de nós dois) Como você pode notar, a referência espacial indicada pelos pronomes em cada uma das frases é diferente.

Outro exemplo comum ocorre com o uso de advérbios:

Hoje estou escrevendo esta aula.

Você precisa agora saber em que dia o locutor pronunciou/escreveu essa frase para situar no tempo a correta referência do advérbio “Hoje”.

E o que é função epanafórica? Na verdade não temos uma função propriamente dita, mas sim uma figura de linguagem que se constitui na repetição de palavras, semelhante à anáfora. Esse tipo de figura pode surgir com outros nomes: epanadiplose, epanalepse, epanastrofe, epânodo.

Todas são tipos de repetição de palavras, quer no início, quer no fim das frases.

Resposta – D

10. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) No trecho “O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela”, os pronomes demonstrativos exercem, respectivamente, função:

(A) anafórica e catafórica.

(B) catafórica e catafórica.

(C) anafórica e anafórica.

(D) catafórica e anafórica.

(E) dêitica e dêitica.

Comentário – Bem, depois da explicação anterior, ficou fácil assinalar a alternativa correta, não é mesmo? Os pronomes “este” e “aquele” retomam o que foi dito anteriormente. O demonstrativo “este” se refere ao que foi mencionado primeiro; “aquele” retoma o que foi dito por último. Portanto os dois cumprem funções anafóricas.

Resposta – C

(18)

18 11. (FGV/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2008) “Mas a co-relação de forças não

lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

(A) catafórico e catafórico.

(B) anafórico e anafórico.

(C) dêitico e dêitico.

(D) anafórico e catafórico.

(E) catafórico e anafórico.

Comentário – De novo! O demonstrativo “essa” faz referência a ideia de estagnação declarada no segmento anterior. Semelhantemente, o pronome

“isso” também retoma uma ideia anterior: “o retorno dos acordos bilaterais ou regionais”. Ambos, portanto, têm valor anafórico.

Resposta – B

12. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:

(A) ela.

(B) lhe.

(C) si.

(D) sua.

(E) que.

(19)

Comentário – De fato, o pronome relativo “que” é o único que não retoma a expressão “energia nuclear”. Ele substitui a expressão “fins humanos”, seu antecedente.

Resposta – E

13. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

(L.54-57)

A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir:

O pronome Essa tem valor anafórico.

Comentário – Para responder corretamente à questão, basta você ler também o período anterior ao que foi apresentado pela banca examinadora:

É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

Pronto, assim ficou melhor, não é mesmo? Notoriamente, o pronome “Essa” retoma a ideia contida no período “É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade”, configurando mais um caso de coesão anafórica.

Resposta – Item certo.

14. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a

(20)

20 razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha. (L.1-10)

A respeito do trecho acima, analise a afirmativa a seguir:

No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.

Comentário – Eu imagino que este tipo de questão já está manjado, não é verdade? Mas toda esta repetição serve para ressaltar o quanto é frequente nas provas a exploração dos pronomes demonstrativos como elementos de coesão, sobretudo os processos anafóricos e catafóricos.

O pronome “Isso”, no segundo período do texto, de fato retoma a ideia contida no primeiro período.

Resposta – Item certo.

 Pronomes indefinidos

São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado.

Casos Particulares

a) Certo livro: antes do substantivo, equivale-se a pronome indefinido.

Livro certo: depois, equivale-se a adjetivo.

b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor positivo, afirmativo, exprime possibilidade; é o contrário de nenhum, que tem valor semântico negativo.

Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem significação negativa mais enfática do que a expressa por nenhum, indica impossibilidade.

Na língua moderna, algum(a) cristalizou-se com significação negativa (= nenhum) quando empregado depois de substantivo e com valor positivo anteposto a ele. Antigamente não era assim, quando algum(a) podia ter sentido afirmativo ou negativo independente de sua posição, como se depreende dos versos de Camões, em Os lusíadas:

“Desta gente refresco algum tomamos

(21)

E do rio fresca água; mas com tudo Nenhum sinal aqui da Índia achamos

No povo, com nós outros quase mudo.” (V, 69)

(“refresco algum” = algum refresco = sentido positivo)

“Vós a quem não somente algum perigo Estorva conquistar o povo imundo” (VII, 2)

(“algum perigo” = nenhum perigo = valor negativo)

Mas, em geral, o pronome indefinido algum(a) adquire mesmo valor negativo em frases onde já existem outras formas negativas, como não, nem, sem:

“...é muito provável que ela não tenha problema algum.”

“...é muito provável que ela não tenha algum problema.”

 Pronomes relativos

a) Eis os velhos amigos de que lhe falhei.

Eis o instrumento de que lhe falei.

O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com duas ou mais sílabas e dispensa sem e sob.

Lembre-se de que para ser conjunção integrante, esse vocábulo deve unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal.

Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal “explicam” e o

“que” não é pronome relativo.

(...) era falar sobre o idioma e memorizar definições: "Adjetivo:

34 palavra que modifica o substantivo (...)

(22)

22 15. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) Na linha 34, o sujeito do

verbo “modifica” está implícito no pronome relativo, que retoma o elemento textual “palavra”.

Comentário – Sintaticamente, o sujeito do verbo é o pronome relativo “que”.

Semanticamente, esse pronome substitui o termo antecedente “palavra”. É por isso que, em outras palavras, o examinador afirmou que o elemento textual

“palavra” implicitamente é o sujeito do verbo “modifica”.

Resposta – Item certo.

b) A casa onde morei era muito antiga. (certo)

A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado)

ONDE é usado restritivamente em referência a lugar.

A escola onde estudo foi fechada.

A escola aonde vais é muito longe.

A escola donde vens é muito longe.

ONDE é pronome relativo quando substitui um termo antecedente, como no primeiro exemplo (onde = escola). Não deve ser confundido com onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. Observe que agora o vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma pergunta que exprime a ideia de lugar.

Usaremos aonde (contração de a + onde) quando o verbo que surgir após esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a preposição “a”. Se o verbo indicativo de movimento reger preposição “de”, usaremos “donde” (contração de de + onde).

Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e não permanência (como no primeiro exemplo). Com verbos estáticos, que exprimem permanência, a preposição empregada será “em”. Na Língua Portuguesa não existe nonde, isto é, a suposta contração de em + onde.

(23)

c) Ele participou da reunião, a qual deu origem ao atual grupo de trabalho.

O relativo o qual (e variações) é útil para desfazer ambiguidades.

Perceba que, se fosse empregado o relativo QUE, haveria margem para a seguinte dúvida: a reunião ou ele deu origem ao atual grupo de trabalho?

(...) De qualquer

modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a

10 usa, e, em princípio, os parâmetros que a identificam permitem identificar indivíduos como pertencentes à comunidade.

(...)

16. (IADES/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/2011 – adaptada) No trecho “os parâmetros que a identificam” (linha 10), o pronome relativo “que”

remete a “parâmetros” e, por isso, admite a substituição pelo pronome os quais; entretanto, nesse contexto, essa substituição provocaria ambiguidade.

Comentário – Os pronomes relativos que e os quais são equivalentes. A diferença básica entre eles é que o segundo sofre flexão de número e gênero para concordar com o termo que substitui. Assim, estaria gramaticalmente correta a modificação proposta pelo examinador e, além disso, não provocaria ambiguidade.

Resposta – Item errado.

17. (Vunesp/2014/PC-SP/Oficial Administrativo) De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.

A expressão destacada pode ser corretamente substituída, mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:

a) no qual.

(24)

24 b) pelo qual.

c) do qual d) com o qual.

e) em cujo o qual.

Comentário – Repetindo: os pronomes que e o qual (e variações) são intercambiáveis. Havendo a preposição em na sentença, ela se contrai com o pronome: no qual (e variações).

Resposta – A

d) É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.

O pronome relativo CUJO(S)/CUJA(S) estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e consequente. Concorda em gênero e número com a “coisa” possuída.

Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituição dele por outro relativo (que, a/o qual, quem), a pretexto de que serão mantidas a correção gramatical e a coerência argumentativa. ISSO NÃO É VERDADE.

NÃO É POSSÍVEL FAZER TAL SUBSTITUIÇÃO. Não confunda o caso anterior (correspondência entre que e o/a qual) com este.

Observe esta construção: O professor cujo o filho nasceu está feliz.

O que acha? Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical não abona o emprego de artigo antes (...o cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO, daí o motivo de não se empregar o acento indicativo de crase diante dele.

e) Esta é a pessoa a quem prezo como amigo.

O pronome relativo QUEM é utilizado em referência a pessoas e se faz acompanhar de preposição. Eu disse PREPOSIÇÃO e não artigo. Portanto, se perguntarem a você qual a classe gramatical daquele “a” em negrito, NADA DE DIZER “ARTIGO”.

f) Esqueci tudo quanto foi dito.

(25)

Podemos confiar em todos quantos estão presentes.

Podemos confiar em todas quantas estão presentes.

QUANTO (e variações) será pronome relativo quando estiver acompanhado de tudo (e variações).

g) Essa é a hora quando as garças levantam vôo.

Não entendi a maneira como ela se dirigiu a mim.

QUANDO e COMO serão pronomes relativos sempre que se referirem a um termo antecedente (“hora” e “maneira”, nessa ordem). O primeiro tem valor semântico de tempo; o segundo, de modo.

18. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo está corretamente empregado na seguinte alternativa:

(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.

(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.

(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.

(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.

(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.

Comentário – Devo chamar a sua atenção o uso de preposição para reger o pronome relativo. Ela será usada de acordo com a regência do verbo (ou nome) que surge após o relativo.

Alternativa A: ele jamais teria escrito o artigo sem o quê?

Sem as ideias de alguns autores. O pronome relativo “cujas” estabelece a relação de dependência entre “alguns autores” (termo antecedente) e “ideias”

(termo conseqüente).

Alternativa B: um povo se identifica com o quê? Com as características. Eis, então, a construção correta: As características com que um povo se identifica devem ser preservadas;

(26)

26 Alternativa C: o erro aqui não tem a ver com a ausência da preposição, mas sim com o emprego do artigo “a” após o relativo “cuja”. Como já foi explicado, isso é proibido!

Alternativa D: quem tem conhecimento tem conhecimento de algo. Onde foi parar a preposição de exigida pelo nome “conhecimento”? Eis a correção: Eis os melhores poemas nacionalistas dos quais se tem conhecimento.

Alternativa E: além da má ordenação dos termos, que prejudica a coerência da frase, o enunciado tem um “o” a mais. Note a diferença: Aqueles são os escritores cujos romances traduzidos foram lançados.

Resposta – A

19. (IADES/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/2011) O trecho “Era um obcecado por jogo e, na vez em que foi atropelado, pediu urgentemente,” pode ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem alteração semântica, da seguinte forma:

(A) Era um obcecado por jogo e, na vez onde foi atropelado, pediu urgentemente,

(B) Era um obcecado por jogo e, na vez quando foi atropelado, pediu urgentemente,

(C) Era um obcecado por jogo e, na vez à qual foi atropelado, pediu urgentemente,

(D) Era um obcecado por jogo e, na vez a qual foi atropelado, pediu urgentemente,

(E) Era um obcecado por jogo e, na vez que foi atropelado, pediu urgentemente,

Comentário – Alternativa A: há prejuízo. O pronome relativo onde foi mal empregado. Reserve-o para substituir termo que indique lugar. Vamos corrigir sentença: ...na vez em que...

(27)

Alternativa B: não há prejuízo. O relativo quando substitui o elemento “vez” e expressa tempo (Quando ele foi atropelado?).

Alternativa C: há prejuízo. A forma “à qual” se constitui por preposição a + pronome relativo a qual. Porém não há motivo para o uso da preposição. Não existe verbo (nem nome) cuja regência a exija.

Alternativa D: há prejuízo. Agora não existe mais a preposição a, mas faltou a preposição em (em + a qual = na qual). O relativo substitui o vocábulo “vez”. Este é regido pela preposição “em” (na = em + a). Esta não desaparece, devendo reger, agora, o relativo: ...na vez na qual...

Alternativa E: há prejuízo. O raciocínio é semelhante. Falta a preposição em: ...na vez em que...

Resposta – B

20. (Esaf/DNIT/Técnico de Suporte em Infraestrutura de Transportes/2013) Assinale a opção que, ao preencher a lacuna, provoca erro gramatical no texto abaixo.

O transporte público ideal é aquele ___(A)___você tenha as prioridades, ___(B)___ possa ter uma hierarquia. Como, por exemplo, o transporte ___

(C)___carrega um maior número de pessoas ter uma via exclusiva para ele. Em seguida, seria criada uma hierarquia até chegar ao pedestre, ___(D)___o carro passa por uma via específica e a gente vai tendo uma valorização de espaços. A partir daí a gente vai gerar efi ciência no transporte público e com essa efi ciência a gente vai convidar as pessoas para ___(E)___ utilizem o transporte público.

a) em que b) que c) em que

(28)

28 d) em que

e) que

Comentário – Na terceira lacuna, a preposição “em” está sobrando. Não há nada que justifique sua presença. O certo é usar apenas o pronome relativo

“que”. Observe: “...o transporte que carrega um maior número de pessoas...”

Resposta – C

21. (Vunespe/CESP/Auxiliar de Recursos Humanos/2009) O domingo é o dia da semana _____ muitas pessoas gostam, _____ há as que _____ o sábado.

a) do qual ... porque ... preferem b) com o qual ... então ... prefere c) de que ... mas ... preferem d) a que ... porém ... prefere

e) em que ... portanto ... preferem

Comentário – Sempre que surgir um pronome relativo na frase, fique de olho no verbo ou nome que surgir depois. Caso eles reclamem uma preposição e o relativo seja o termo regido, a tal preposição deverá ser empregada antes do pronome.

Na prática, é assim: o verbo “gostam” é transitivo indireto;

seu complemento vem introduzido pela preposição “de”; o termo regido é o pronome relativo, o qual representa o substantivo “domingo”. Veja a construção: Muitas pessoas gostam do domingo.

Vamos agora usar o pronome relativo no lugar do substantivo:

O domingo é o dia da semana de que (ou do qual) muitas pessoas gostam.

Como se percebe, não dá para “matar” a questão agora, pois a primeira lacuna aceita tanto “de que” quanto “do qual”. Mas dá para descartar as alternativas B, D e E.

A segunda lacuna é muito importante. Não faz sentido usarmos a conjunção explicativa “porque” para justificar que muitas pessoas

(29)

gostam do domingo “porque” há as que preferem o sábado. É ilógico. Mas é perfeitamente coerente dizer que muitas pessoas gostam do domingo e outras gostam do sábado. A relação que sobressai entre as orações é mesmo de oposição, e não de explicação. Assim, a segunda lacuna deve ser preenchida com o conectivo “mas”.

Para finalizar, ressalte-se que o verbo “preferem” concorda em número e pessoa com o antecedente do pronome relativo “que”, o pronome demonstrativo “as” (= aquelas).

Resposta – C

Barreira da língua

A barreira da língua e dos regionalismos parece um mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias já levantadas, como a falta de remédios, de equipes e de infraestrutura, mas não é.

Como é possível estabelecer uma relação médico-paciente, um diagnóstico correto, se o médico não compreende o paciente e vice-versa?

Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português, mas ela só tende a piorar com o “portunhol” que se vislumbra pela frente.

O ministro da Saúde já disse que isso não será problema, que é mais fácil treinar um médico em português do que ficar esperando sete ou oito anos até um médico brasileiro ser formado.

[...]

(Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo, 03.07.2013. Adaptado)

22. (Vunesp/2013/MPE-ES/Analista de Banco de Dados) No trecho – … essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português… – (3º parágrafo), o termo em destaque assume o sentido de a) dúvida e equivale a “talvez”.

b) afirmação e equivale a “realmente”.

(30)

30 c) inclusão e equivale a “também”.

d) intensidade e equivale a “inclusive”.

e) oposição e equivale a “apesar de”.

Comentário – Salvo opinião contrária, a questão não é tão difícil. Basta ler com atenção o trecho apontado. Mesmo nos comunica a ideia de inclusão. Ou seja, o Brasil também está incluído entre os países onde há dificuldades de entendimento na relação médico-paciente, inclusive com médicos e pacientes falando português. A ideia, portanto, é de inclusão, somatório, adição. Só tome cuidado com a ideia contida na letra D. Embora fale de inclusão, traz uma ideia de intensidade que se divorcia do sentido do termo destacado.

Resposta – C

Formas de Tratamento

Tratamento Abreviatura Uso

Senhor, Senhora Sr., Srª tratamento formal

Você V. tratamento informal

Vossa Alteza V. A. príncipes e duques

Vossa Eminência V. Emª cardeais

Vossa Excelência V. Exª altas autoridades e

oficiais-generais

Vossa Magnificência V. Magª reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. reis e imperadores

Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes em geral

Vossa Santidade V. S. papa

Vossa Senhoria V. Sª tratamento formal para

pessoas graduadas.

As formas de tratamento designam indiretamente à 2ª pessoa do discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem a concordância nominal e verbal da frase para a terceira pessoa do singular ou do plural, conforme o caso.

(31)

Particularidades

a) Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, ainda que por meio de correspondências)

Sua Excelência fez um belo discurso. (para falar da pessoa)

b) Vossa Excelência apresentará seus projetos? (note que o verbo e o pronome possessivo correspondem à terceira pessoa e o adjetivo tende a concordar com o gênero da pessoa referida – concordância ideológica) c) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado)

Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo)

(muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os outros pronomes para a terceira pessoa)

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos

Antes de apresentar os casos de colocação pronominal, cabe lembrar que próclise é a ocorrência do pronome antes do verbo (Fingiu que não o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge após o verbo, temos um caso de ênclise, que na escrita é marcada pela presença do hífen (Dá-me sua ajuda.). A mesóclise, que só ocorre com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, é o emprego do pronome no “meio” do verbo, entre a forma infinitiva e a desinência modo-temporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.).

Casos de Próclise a) Palavras de sentido

negativo

Nada me fará desistir.

Ninguém me fará desistir.

b) Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves.

Talvez se cumprimentassem.

c) Conjunções

subordinativas e pronomes relativos

Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.

O livro que me deste é muito interessante.

d) Conjunções Ora se atribulava, ora se aquietava.

(32)

32 coordenativas alternativas Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu.

e) Pronomes e advérbios interrogativos

Quem lhe contou a verdade?

Por que te afliges tanto?

f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado.

Alguém te contou a verdade?

g) Frases exclamativas e optativas

Como te atreves!

Deus o abençoe, meu filho!

h) Preposição em + verbo no gerúndio

Em se tratando desse assunto, nada mudará.

23. (IADES/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/2011 – adaptada) No trecho “Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.”,

Haveria erro de colocação pronominal caso se transpusesse a partícula

“se” para depois do verbo “formam”.

Comentário – Sim, haveria. O advérbio sem pausa (sem pontuação)

“naturalmente” atrai o pronome, obrigando-o a figurar em posição proclítica.

Resposta – Item certo.

24. (Vunesp/2014/PC-SP/Escrivão) Considerando apenas as regras de regência e de colocação pronominal da norma-padrão da língua portuguesa, a expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que raramente ou nunca têm informações sobre o impacto ambiental do produto ou do comportamento da empresa. – pode ser corretamente substituída por:

a) ... nunca informam-se sob o impacto...

b) ... nunca se informam o impacto...

c) ... nunca informam-se ao impacto...

d) .. nunca se informam do impacto...

(33)

e) ... nunca informam-se no impacto...

Comentário – Como já vimos acima, o pronome é atraído pelo advérbio sem pausa. Note que “quem se informa se informa de/sobre algo”.

Resposta – D

Casos de Mesóclise a) Verbo no futuro do

presente ou do pretérito, sem palavra atrativa

Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida inteira.)

Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.)

Casos de Ênclise a) Antes de tentar decorar

qualquer outra regra, é fundamental saber que a tendência da língua portuguesa recai sobre o uso da ênclise.

Portanto, se não ocorrer qualquer um dos casos mencionados

anteriormente, usaremos a ênclise.

Levante-se e lute.

Tratando-se desse assunto, nada mudará.

Vendê-lo era o que mais importava.

Aqui, fazem-se chaves.

(...)

10 jogar na loteria. Nos encontramos no Rio, no Hotel Canadá, na (...)

25. (IADES/PG-DF/Analista Jurídico/2011 – adaptada) A colocação proclítica do pronome “Nos” (linha 10) não atende aos preceitos da norma padrão, embora, na oralidade, esse uso seja recorrente.

(34)

34 Comentário – Você notou que o pronome oblíquo átono está no início da oração? Isso não é possível na língua padrão (gramática normativa). Então, qual a colocação correta? Como o verbo encontrar não está no futuro do presente nem no futuro do pretérito, só resta uma opção: ênclise. Veja:

Encontramo-nos no Rio...

Se você não sabe por que a letra s sumiu, espere até ler o comentário da próxima questão.

Resposta – Item certo.

26. (Vunesp/2013/PC-SP/Auxiliar de Papiloscopista) Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Os policiais sempre ofereceram-nos ajuda.

b) Nunca informaram-me sobre o seguro desemprego c) Nos avisaram que a polícia já havia sido chamada d) Assim que telefonarem-lhe, ele tomará providências.

e) Não lhe disseram que os passaportes eram falsos.

Comentário – Nas alternativas A, B e D, os pronomes são atraídos, respectivamente, pelos advérbios sem pausa “sempre” e “nunca” e pela locução conjuntiva adverbial “assim que”. Na alternativa C, não é possível iniciar a oração com pronome oblíquo átono.

Resposta – E

27. (Vunesp/2013/CTA/Analista) Assinale a alternativa em que o pronome está posicionado em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) As crianças não dispuseram-se a fazer suas malas.

b) Ninguém recusou-se a arrumar as malas no carro.

c) Meus amigos dedicaram-se a deixar a casa em ordem.

d) Hoje os motoristas nem irritaram-se uns com os outros.

e) Nada apresentou-se como um empecilho para a viagem.

(35)

Comentário – Observe com atenção as palavras atrativas: “não”, “ninguém”,

“nem” (sentido negativo), “nada”.

Resposta – C

Alguns pontos precisam ser ressaltados neste momento:

1 – O particípio não admite ênclise.

Dada-me a resposta, calei-me. (errado) Dada a mim a resposta, calei-me. (certo)

2 – O futuro do presente e o futuro do pretérito também não admitem ênclise.

Direi-te a verdade. (errado) Dir-te-ei a verdade (certo)

3 – O numeral ambos, quando sujeito, também atrai o pronome oblíquo átono.

Ambos se casarão amanhã.

4 – É licita a próclise ou a ênclise quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra negativa.

Estou aqui para te servir (ou servir-te).

Meu desejo era não o incomodar (ou incomodá-lo).

5 – Quando o infinitivo vier precedido pela preposição a, a próclise não será possível se o pronome for o ou a.

Estamos a contemplá-la.

Se soubesse, não continuaria a lê-lo.

Começou a lhe ensinar português (ou ensinar-lhe).

Até agora, a posição do pronome oblíquo átono levou em conta a existência de apenas um verbo. Veja a seguir como empregá-los em relação a uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal).

a) Verbo auxiliar + infinitivo

Ex.: Eu devo-lhe fazer um favor. (ênclise do verbo auxiliar) Eu devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal)

(36)

36 Eu não lhe devo fazer um favor. (próclise do verbo auxiliar; a palavra atrativa impede a ênclise)

Eu não devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal; o advérbio

“não” é insuficiente para impedi-la)

b) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo

Ex.: Os jovens deixaram de se falar. (próclise do principal) Os jovens deixaram de falar-se. (ênclise do principal) c) Verbo auxiliar + gerúndio

Ex.: Estou-lhe obedecendo. (ênclise do auxiliar) Estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal)

Não lhe estou obedecendo. (próclise do auxiliar, em virtude da palavra atrativa, que impede a ênclise)

Não estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal; distante, o advérbio perde sua força atrativa)

d) Verbo auxiliar + particípio

Ex.: Havia-me levado ao cinema. (ênclise do auxiliar; não é possível a ênclise do verbo principal por estar ele no particípio)

Não me havia levado ao cinema. (próclise do auxiliar, em virtude do advérbio de negação)

Devo esclarecer ainda que, na fala brasileira (diferentemente do que ocorre na tradição lusitana), os pronomes oblíquos átonos tendem a ficar

“solto” entre o verbo auxiliar e o principal, formando a próclise deste, como atestam os exemplos abaixo, extraídos de excelentes escritores modernos.

a) “Mas agora já sabemos nos defender” (Guimarães Rosa) b) “Meus olhos iam se enchendo de água.” (Raquel de Queirós)

c) “A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestígio para isso?” (Jorge Amado)

(37)

28. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Em “exauri-los” e “poder-se- á”, construiu-se corretamente a junção do pronome à forma verbal Assinale a alternativa em que isso não ocorreu.

(A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos (B) permitireis + os = permiti-los-eis

(C) fizestes + lhes = fizeste-lhes

(D) encontraram + os = encontraram-nos (E) aprenderás + as = aprendê-las-·ás

Comentário – Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos átonos a verbos?

– me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:

a) associados a verbos terminados em –r, -s ou –z, e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça.

/ Põe-no aqui.

c) associados a verbos conjugados no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo, os pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados logo após o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras anteriores: cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei = dar-lhe-ei.

Conclui-se, assim, que a forma correta é fizestes-lhes (sem a necessidade de eliminar o S final do verbo).

Resposta – C

(38)

38 29. (FGV/SAD-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2010) A alternativa que contraria

a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é:

(A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança pública.

(B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.

(C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.

(D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.

(E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.

Comentário – Alternativa A: correta, pois o pronome relativo “os quais” atrai o pronome oblíquo “se”. É um caso de próclise obrigatória.

Alternativa B: correta, pois com verbos no futuro do presente ou futuro do pretérito, o pronome deve figurar no “meio” deles. É um caso de mesóclise.

Alternativa C: o advérbio “não” atrai o pronome “se” (próclise obrigatória), que não pode se empregado depois do verbo (ênclise).

Alternativa D: no meio de uma locução, o pronome pode surgir depois do auxiliar com ou sem hífen, ou depois do principal com hífen (ênclise).

Alternativa E: aqui, preferiu-se a ênclise do verbo principal da locução “vai enviar” e colocou-se o pronome “lhe” depois dele.

Resposta – C

30. (Vunespe/2009/CEETEPS/Auxiliar Administrativo) Assinale a oração em que a colocação do pronome átono acontece pelo mesmo motivo por que ocorre em – E são mais comuns do que se imagina.

a) Os tricôs e as camisas vaporosas se apresentaram no verão passado.

b) O governo se comprometeu a encontrar uma solução para os desabrigados.

c) O corredor, depois que venceu a competição, se viu nos braços da multidão.

(39)

d) Ninguém sabe por que ela se inquieta diante de tão pouco.

e) No Brasil, muitas pessoas costumam se associar a clubes esportivos.

Comentário – O pronome referido é o “se” (oblíquo átono), que ocupa posição proclítica em relação ao verbo “imagina”. Isso ocorre em orações subordinadas, em que o pronome é atraído pelo conectivo subordinante.

Repare que na quarta opção temos também uma oração subordinada: “por que ela se inquieta diante de tão pouco”.

Nas demais alternativas, o pronome “se” integra a oração principal.

Resposta – D

Por hoje é só. Se tiver dúvidas, use o fórum.

Albert Iglésia

(40)

40 Lista das Questões Comentadas

1. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.”

No trecho acima há:

(A) oito pronomes.

(B) sete pronomes.

(C) seis pronomes.

(D) cinco pronomes.

(E) quatro pronomes.

10 (...) Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras,

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. (...)

2. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) Nas linhas 12 a 14, o pronome relativo retoma o elemento expresso pelo pronome demonstrativo que o antecede.

3. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – adaptada) Voto consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:

Lista das Questões Comentadas

(41)

Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

4. (Vunespe/IAMSPE/Auxiliar de Enfermagem/2009) Considere as frases:

I. Pediram-me que eu entregasse o relatório médico à enfermeira.

II. Queriam falar conosco, no sábado, às quinze horas.

III. Avisaram nós que a paciente foi transferida à uma outra enfermaria.

O emprego dos pronomes e o uso da crase estão corretos apenas em a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

5. (Vunespe/CESP/Auxiliar de Recursos Humanos/2009) O pronome destacado está empregado conforme a norma culta da língua em:

a) A demora na estrada levou ele a desistir de viajar.

b) Não havia acordo possível entre eu e eles.

c) Poderíamos encontrar elas naquela praia.

d) Espero que, no final de semana, não viajem sem mim.

e) Convidou nós para jantar em um lugar diferente.

6. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a seguir.

Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições.

(42)

42 Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma gramatical.

(A) Causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas.

(B) Causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.

(C) Causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.

(D) Causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.

(E) Causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.

7. (Vunesp/2014/Emplasa/Analista Jurídico) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) esta ... o ... Espera ... sua b) essa ... lhe ... Espera ... tua c) esta ... lhe ...Espera ... sua d) essa ... o ...Espere ... tua e) esta ... o ...Espere ... sua

(...)

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo

(43)

e a composição do material a ser lido. E é essa soma de

16 características que define os diferentes gêneros. Ou seja, se é um texto com função comunicativa, tem um gênero.

Na última década, a grande mudança nas aulas de

19 Língua Portuguesa foi a "chegada" dos gêneros à escola. Essa mudança é uma novidade a ser comemorada. Porém muitos (...)

25 aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem, certo? Afinal, quem vai se dar ao trabalho de escrever para guardá-la? Essa é a

28 diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior das práticas de leitura e escrita.

(...)

8. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) O vocábulo “essa”, empregado nas linhas 15, 19 e 27, retoma um elemento textual mencionado anteriormente, tendo sido empregado incorretamente, conforme a posição da informação a que se refere no texto.

9. (FGV/POTIGAS/CONTADOR/2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e negociar parcerias.

O pronome destacado no trecho acima exerce função:

(A) anafórica.

(B) dêitica.

(C) epanafórica.

(D) catafórica.

(E) díctica.

Referências

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