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UniAGES Centro Universitário Bacharelado em Engenharia Civil

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Academic year: 2022

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UniAGES

Centro Universitário

Bacharelado em Engenharia Civil

MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA

IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:

Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)

Paripiranga

2021

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MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA

IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:

Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)

Monografia apresentada no curso de graduação do Centro Universitário AGES como um dos pré- requisitos para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof.ª M.e Raphael Sapucaia dos Santos

Paripiranga 2021

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Oliveira, Maria da Piedade de Jesus Santos, 2021

Improvisos nos canteiros de obras e acidentes: Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção individual e coletivo a cidade de Paripiranga-BA/ Maria da Piedade de Jesus

Santos Oliveira. – Paripiranga, 2021.

71 f.: il.

Orientador (a): Prof. M.e Raphael Sapucaia dos Santos Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia

Civil) – UniAGES, Paripiranga, 2021..

1. Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências - Paripiranga-BA. 2. Relevância do uso de EPI’S e EPC’S. I.

Programas de prevenção dos acidentes no trabalho. II.

UniAGES.

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MARIA DA PIEDADE DE JESUS SANTOS OLIVEIRA

IMPROVISOS NOS CANTEIROS DE OBRAS E ACIDENTES:

Uma análise sobre a utilização de equipamentos de proteção Individual e Coletivo na cidade de Paripiranga (BA)

Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil

à Comissão Julgadora designada pela Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso do UniAGES.

Paripiranga, 13 de Julho de 2021.

BANCA EXAMINADORA

Prof. M.e Raphael Sapucaia dos Santos UniAGES

Prof. M.e Alberto Brigeel Noronha de Menezes UniAGES

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida, autor do meu destino, minha fortaleza e refúgio, que durante toda a graduação me deu forças para não desistir, conduzindo-me com sabedoria mesmo diante de todas as adversidades enfrentadas.

Aos meus pais Raimundo (in memoriam) e Josefa, por terem me dado condições e oportunidades para estudar. A vocês serei eternamente grata e sempre buscarei ser motivo de orgulho. Amo vocês!

Agradeço imensamente à minha família, ao meu esposo, João Alves por me apoiar e incentivar a ir em busca dos meus sonhos, em todos os momentos, aos meus filhos por me darem forças e me ajudarem sempre que precisei.

Ao Centro universitário AGES, pela oportunidade de adquirir novos conhecimentos na entrada do universo acadêmico, fazendo-me perceber, o quão gratificante és, a Engenharia Civil.

Ao meu ilustre orientador, Raphael Sapucaia, pessoa especial, admirável e de grandes princípios, ao qual tenho uma imensa admiração. Tê-lo como orientador foi um imenso prazer, coadjuvando para a conclusão do trabalho de conclusão de curso.

Ao coordenador que contribuiu através dos seus conhecimentos e esteve sempre disposto a ajudar para um melhor aprendizado, dando-me a oportunidade de chegar ao final desse ciclo, o meu muito obrigada.

A todos os meus professores da UNIAGES, sem exceção, agradeço a cada ensinamento adquirido, a toda vivencia e momentos compartilhados e por estarem presentes em minha caminhada, às vezes amena, mas também árdua, passei por muitas turbulências, mas em busca de um propósito, gratidão a todos que contribuíram para meu aprendizado, me dando base para me tornar quem sou hoje.

Agradeço aos meus colegas, em especial à: Bárbara, Maria Auxiliadora, Nilza, Meritânia, Ana Paula, Jorge Luís, Christian, Jamile, Ana Júlia, Leidjane, que estiveram comigo desde o início até o final da graduação.

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RESUMO

Os acidentes provenientes dos canteiros de obras decorrentes do mal planejamento e da falta de fiscalização são eventos corriqueiros causados por falta de um acompanhamento e orientação de um profissional habilitado e com competências adequadas para gerir a obra. De caráter geral, o trabalho tem como objetivo compreender a relação dos improvisos nos canteiros de obras e o déficit de EPI’s e EPC’s com a ocorrência de acidentes de trabalho nos ambientes de construção civil, na cidade de Paripiranga-BA; objetivos específicos: analisar os fatores de risco associados aos acidentes de trabalho; conhecer as consequências do não uso das ferramentas acima citadas na construção civil; descrever a relevância de averiguações da implantação de um canteiro de obra; desenvolver ações para a redução nos índices de acidente ocupacionais em obras. A metodologia utilizada é a de pesquisa de campo com um questionário contendo perguntas abertas, de cunho exploratório-descritivo com abordagem quali-quantitativa, com utilização de artigos científicos pelas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google acadêmico, dissertações e livros que atendessem os presentes objetivos. Os resultados evidenciam que há inúmeros fatores inerentes à ocorrência de acidentes que são associados a não utilização de EPI’s e EPC’s, assim como, em improvisos de canteiros de obras, sendo evidenciado que na cidade de Paripiranga-BA há um déficit na utilização dos equipamentos de proteção, como a maior causa de acidentes de trabalho relacionados a quedas de níveis de altura e cortes/perfurações. Notou-se também que os únicos métodos fornecidos contra acidentes de trabalho são alguns tipos de EPI’s e palestras, observando-se a grande necessidade de um treinamento prévio e fiscalização. Assim, através desse estudo, foi possível identificar quais os riscos mais eminentes que os trabalhadores na cidade de Paripiranga-BA estão expostos, e como podem ser evitados. Conclui-se que, é de extrema importância a presença de profissionais habilitados na obra, além da necessidade da realização de fiscalizações mais rígidas para garantia da segurança e saúde do trabalhador.

Palavras-chave: Segurança no Trabalho. Medidas de Prevenção. Planejamento. Acidentes de Trabalho. Fiscalização. Riscos. Colaboradores.

(7)

ABSTRACT

Accidents derived from construction sites resulting of poor planning and lack of supervision are common events caused by the lack of monitoring and guidance from a qualified professional with adequate skills to manage the work. Overall, the work aims to understand the relationship between improvisation at construction sites and the deficit of PPE's and EPC's with the occurrence of work accidents in civil construction environments, in the city of Paripiranga-BA;

specific objectives: to analyze the risk factors associated with work accidents; to know the consequences of not using the tools mentioned above in civil construction; describe the relevance of investigations of the implementation of a construction site; develop actions to reduce occupational accident rates on construction sites. The methodology used was a field research with a questionnaire, containing open, exploratory-descriptive questions with a quali- quantitative approach, using scientific articles from databases such as the Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Academic, dissertations and books that met the present purposes. The results show that there are several factors inherent to the occurrence of accidents which are associated with the non-use of PPE's and EPCs, as well as in improvised construction sites, showing that in the city of Paripiranga-BA there is a deficit in the use of equipment for protection, as the biggest cause of work-related accidents, related to falls from heights and cuts/perforations. It was also observed that the only methods provided against accidents at work are some types of PPE's and lectures, confirming the need for prior training and inspection.

Therefore, through this study, it was possible to identify which are the most eminent risks that workers in the city of Paripiranga-BA are exposed to, and how they can be avoided. It is concluded that the presence of qualified professionals in the work is extremely important, in addition to the need to carry out stricter inspections to ensure the worker’s safety and health.

Keywords: Safety at Work. Prevention Measures. Planning. Work Accidents. Oversight. Risks.

Colaborators.

(8)

LISTAS

LISTA DE FIGURAS

1: Utilização de EPI’s na construção ... 20

2: Classificação dos acidentes do trabalho quanto ao afastamento. ... 22

3: Esquema proposto para o funcionamento de programação e segurança de obras ... 23

4: Tipos de acidentes ... 26

5: Cenário de quedas sem EPI’s ... 27

6: Dispositivo trava queda e cinturão para proteção de diferenças de níveis ... 28

7: Exemplo de mapa de risco ambiental ... 31

8: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva) ...33

9: Localização da cidade de Paripiranga-BA ... 37

10: Capacete aba frontal ... 50

11: Luvas de proteção em raspa e vaqueta ... 51

12: Luvas contra agentes químicos e biológicos ... 51

13: Protetor auditivo tipo concha... 52

14: Protetor auditivo tipo de inserção (PLUG) ... 52

15: Óculos de segurança com lente incolor ... 53

16: Cinturão de segurança do tipo paraquedista ... 54

17: Dispositivo trava queda ... 54

18: Respirador purificador de ar (descartável) ... 55

19: Respirador purificador de ar (com filtro) ... 55

20: Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano longo) ... 56

21: Botina de couro com elástico ... 56

22: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva) ... 57

(9)

LISTA DE GRÁFICOS

1: Medidas de prevenção ... 40

2: Tipo de medidas de prevenção utilizados nas obras ... 41

3: Tipo de EPI’s utilizados nas obras ... 42

4: Tipo de fiscalização nas obras ... 43

5: Responsável pela segurança e prevenção dos acidentes na obra ... 43

6: Vantagens que a empresa pode ter ao utilizar EPI’s ... 44

7: Acidentes que os EPC’s e EPI’s mais previnem ... 45

8: Tipos de acidentes que mais ocorrem em canteiros ... 46

9: Profissionais que mais sofrem acidentes em canteiros ... 47

10: Regiões do corpo mais atingidas por acidentes ... 48

11: Principais causas de acidentes que ocorrem nos canteiros ... 48

12: Regularidade das causas de acidentes que ocorrem nos canteiros ... 49

LISTA DE FOTOGRAFIAS

1: Ordem e limpeza- ambiente livre de obstáculos... 24

2: Ordem e limpeza- ambiente livre de circulação ... 25

3: Ordem e limpeza- material organizado ... 32

4: Ordem e limpeza no canteiro- material organizado ... 32

LISTA DE TABELAS

1: Distribuição do Número de Acidentes do Trabalho na Indústria da Construção, segundo a natureza do acidente ... 34

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LISTA DE SIGLAS

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes DDS Diálogo Diário de Segurança

EPC Equipamentos de Proteção Coletiva EPI Equipamentos de Proteção Individual MTE Ministério do Trabalho e Emprego NR’S Normas Regulamentadoras

PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

PGR Programa de Gerenciamento de Riscos PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais QVT Qualidade de Vida no Trabalho

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1 INTRODUÇÃO ... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências ... 17

2.2 Relevância do uso dos EPI’S e EPC’S ... 18

2.3 Acidentes de trabalho na Construção Civil e seus riscos ... 21

2.3.1 Layouts do canteiro e a segurança na construção civil ... 23

2.3.2 Prevenção dos acidentes no canteiro das edificações ... 24

2.4 Tipos de acidentes e seus fatores contribuintes ... 25

2.5 Programas de prevenção dos acidentes no trabalho ... 29

3 METODOLOGIA ... 35

3.1 Definição do ambiente de estudo ... 36

3.2 Mecanismos utilizados na elaboração da pesquisa ... 37

3.2.1 Questionários ... 37

3.2.2 Registros Fotográficos... 38

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 39

4.1 Apresentação e análise das respostas ... 39

4.2 Análise das possíveis causas e soluções para os problemas encontrados ... 49

4.2.1 Capacete ... 50

4.2.2 Luvas de proteção... 51

4.2.3 Aparelho auricular ... 52

4.2.4 Óculos de proteção ... 53

4.2.5 Cinturão de segurança ... 53

4.2.6 Máscaras de proteção ... 54

4.2.7 Botas ... 56

4.2.8 EPC’s ... 57

(12)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 58

REFERÊNCIAS ... 60

APÊNDICE A ... 64

ANEXOS ... 70

(13)

1 INTRODUÇÃO

Novos caminhos e labutas perpassam o caminho do Engenheiro Civil no contexto atual, vigorando que o trabalho do homem sempre esteve evidente a exposição aos riscos e acidentes, exigindo assim, adoção de medidas preventivas na construção civil. Logo, com o passar dos tempos e com o desenvolvimento da economia, houve mudanças nesse sentido, possibilitando a compreensão e possíveis modificações. Para a redução desses acidentes, é primordial que haja o cumprimento das normas (IRIART et al., 2008).

Segundo a NR-6 (ANEXO II) da Portaria 3214/78 do MTb: Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 1978). Logo, Júnior (2018), traz que é preciso atentar-se para outros fatores de risco para acidentes no trabalho, como o uso de equipamentos danificados, má disposição dos equipamentos elétricos, ausência de sinalização nos canteiros de obras e a desorganização do ambiente de trabalho.

Diante de tais condições, a indústria da construção civil é apontada por suas características negativas, como: a pouca produtividade, custos elevados, tempo excessivos em sua execução, desprovimento da mão-de-obra qualificada e quase nenhuma segurança no trabalho. Logo, durante a construção de obras, levam a ocorrência de problemas em decorrência da precariedade que crescem constantemente, dentre eles, os acidentes no âmbito em geral, mesmo com a existência das normas e dos profissionais que exigem a sua efetivação (TAKAHASHI et al., 2012).

Frente a isto, De acordo com Simões (2010), os dados da Previdência Social no Brasil, relatados na Revista CIPA, tem demonstrado que foram registrados 412 mil acidentes no trabalho em 1993, 388 mil em 94 e 424 mil em 95. Neste último ano, ocorreram 3.381 óbitos por esta causa. Portanto, em nosso país, os acidentes no trabalho causam por dia 1.160 vítimas fatais (número maior do que o de óbitos em acidentes de trânsito). Por isso, a importância da elaboração de um planejamento que traga eficácia e eficiência em sua execução, mas se faz necessário um investimento financeiro para a obtenção e manutenção dos EPI’s e EPC’s.

Nessa linha de pensamento, Vieira (2006) considera que os maiores índices de acidentes relacionados a canteiros são: o não uso dos EPI’s e EPC’s, a falta de fiscalização e os improvisos. Essas práticas são comuns em construções pequenas, em que a sua implementação

(14)

e a falta do uso dos Equipamentos individual e coletivo são escassas ou quase inexistentes.

Assim, um bom layout dentro do canteiro, a improvisação pode ser minimizada ou até eliminada. Para Souza (2005) a adequada implantação do canteiro permite um efetivo gerenciamento do ambiente de trabalho, do processo produtivo e de orientação aos trabalhadores, reduzindo o acentuado número de acidentes e doenças ocupacionais que há muitos anos insistentemente acompanham esse setor.

Portanto, a escolha da presente temática, se deu através de uma reflexão sobre os riscos inerentes aos improvisos em canteiros de obras e a não utilização de EPI’s/EPC’s na cidade de Paripiranga-BA, por parte da maioria dos colaboradores na construção civil e a relação com a ocorrência dos acidentes. Pois, tais atos podem colocar em risco a segurança e saúde, uma vez que tem sido um grande problema enfrentado nas grandes construções, como também nas pequenas construções, onde a fiscalização é parcialmente ou completamente negligenciada.

Compreende-se que a Engenharia Civil, apresenta uma gama de prós e contras ao indivíduo quando se fala na prevenção e no controle dos acidentes da construção civil e na qualidade de vida e isso exige técnicas e treinamento. A prevenção de acidentes é um benefício tanto econômico quanto social, a segurança do trabalho pode ser considerada como um bom investimento (BARBOSA; RAMOS, 2012). Destarte, para Marras (2002) esses problemas que ocorrem nas construções contribuem para estabelecer as práticas de segurança, pois mostrará a realidade e situações precárias às quais os colaboradores vivem, sendo a função da segurança no trabalho atuar de forma a prevenir de acidentes e a eliminar os fatores de risco.

Frente ao exposto, compreende-se que são inúmeros os riscos associados a não utilização dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo na construção civil. Assim, é imprescindível que o Engenheiro Civil e seus colaboradores estejam devidamente equipados e treinados para assegurar sua segurança, e assim diminuir a ocorrência de acidentes no trabalho.

Dessa forma, quais os fatores associados aos improvisos nos canteiros de obras e não utilização de equipamentos de proteção com a ocorrência de acidentes na cidade de Paripiranga-BA?

Dado isso, a hipótese que se levanta, atrela-se à relevância de implantação de um canteiro de obra nas construções da cidade de Paripiranga-BA, a fim de buscar medidas apropriadas para o melhoramento das condições de trabalho, através de planejamento e organização, visando maior segurança e redução de acidentes, no que tange a norma vigente, do uso apropriado dos EPI’s. Pois, de acordo com Rodrigues (2007) a busca pela segurança e respeito aos colaboradores é de extrema importância, assim, os profissionais devem buscar maneiras de amenizar a incidência desses eventos, compreendendo quais os fatores

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contribuintes para a ocorrência desses acidentes, para que seja garantida uma melhor qualidade de vida ao colaborador.

Justifica-se a opção pela pesquisa acerca dos improvisos nos canteiros de obras e sua relação com a grande incidência de acidentes no trabalho, atrelado à falta do uso dos EPI’s e EPC’s na cidade de Paripiranga-BA, a partir da grande relevância de adoção de medidas de prevenção de acidentes, com foco na segurança e saúde do trabalhador. Portanto, o tema convergente a ser discutido é de grande relevância social, pois, mesmo com as normas vigentes, e conforme Rodrigues (2017) afirma, inúmeros trabalhadores da construção civil são expostos constantemente a riscos de acidentes devido à resistência ao uso dos EPI’s. Daí a relevância social da utilização de equipamentos de proteção e que sejam realizados treinamentos que assegurem a sua segurança, pois implicam significativamente melhora da qualidade do trabalho e na saúde do trabalhador.

Vale ressaltar que o presente trabalho tem como relevância acadêmica, o aprimoramento da visão dos graduandos em Engenharia Civil acerca de suas atribuições no gerenciamento do ambiente de trabalho, pois, dando a importância do aluno conhecer os riscos inerentes a não utilização de EPI’s, EPC’s e sua conscientização e canteiros improvisados, com isso, possam exercer papel de educador em saúde para a prevenção de acidentes de trabalho da sua equipe, pois o desconhecimento sobre tal temática pode refletir na prática profissional, para tanto é imprescindível a presença de um profissional capacitado (TEIXEIRA, 2017). É notório a relevância cientifica, pois, apesar de inúmeras pesquisas sobre a temática, ainda há elevadas ocorrências de acidentes de trabalho por não utilização de EPI’s e improvisos em canteiros de obras, assim, a pesquisa justifica-se por sua contribuição no fortalecimento de discussões acerca da temática, trazendo benefícios a nível econômico e social.

Em geral, o objetivo da pesquisa é compreender a relação dos improvisos nos canteiros de obras e o déficit de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo com a ocorrência de acidentes de trabalho nos ambientes de construção civil, na cidade de Paripiranga-BA. Logo, os objetivos específicos se elencam em: analisar os fatores de risco associados aos acidentes de trabalho; conhecer as consequências do não uso dos equipamentos individual e coletivo na construção civil; descrever a relevância de averiguações da implantação de um canteiro de obra;

desenvolver ações para a redução nos índices de acidente ocupacionais em obras.

Esse estudo possui cinco capítulos: o primeiro abordará a introdução, trazendo o objetivo desse estudo, o problema e as medidas necessárias para evitar os acidentes nas edificações, o segundo trará o referencial teórico, o qual explana as principais causas e consequências dos acidentes de um canteiro mal planejado, como também orienta o

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planejamento do canteiro para atender o quesito segurança em todos os seus âmbitos. No capítulo três é apresentada a metodologia, como a definição do ambiente de estudo e as técnicas usadas no desenvolvimento da pesquisa. No quarto capítulo são expostos e analisados os resultados obtidos na pesquisa de campo, com a apresentação dos principais tipos de eventos ocorridos com mais frequência avaliados em algumas edificações da cidade, bem como a descrição das possíveis causas e soluções. E no último, as considerações finais sobre o trabalho.

(17)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Acidentes em canteiros de obras: causas e consequências

O canteiro de obra está diretamente relacionado à execução de uma obra de construção civil. Logo, para Arca (2021) é de extrema relevância um projeto de canteiro de obras claro e bem detalhado, pois em muitas obras são detectados erros que prejudicam a segurança dos colaboradores que levam à ocorrência de atrasos e acidentes nas construções. Percebe-se que um mal planejamento dos canteiros estão associados, levam a consequências negativas e insatisfatórias, a nível de saúde, segurança e financeiro.

Assim, o ambiente de construção civil tem apontado cada vez mais a um aumento nos índices de acidentes e um dos grandes problemas enfrentados são: a falta de treinamentos e a falta de escolaridade dos colaboradores. Essas são algumas das variáveis mais comuns para as causas dos acidentes e isso é decorrente dos improvisos nos canteiros de obras e a exposição dos trabalhadores às péssimas condições de trabalho e atividades laborais (TAYPE; DEZEN- KEMPTER, 2020). Portanto, segundo Saurin (1997) os canteiros são planejados de acordo com a análise dos riscos oferecidos nas edificações, são oferecidas alternativas avaliativas para a elaboração desse planejamento, afim de trazer eficiência e melhores resultados, além de melhor qualidade de vida aos trabalhadores.

Nesse sentido, os acidentes de trabalho causam enormes impactos sociais, econômicos e organizacionais. Tendo em vista que, muitos desses acidentes poderiam ser evitados, o que demonstra a negligência e a baixa efetividade das políticas e programas de prevenção, além do despreparo relacionado à inexperiência, à baixa qualificação e cultura dos colaboradores (LIMA; MAIA, 2000). Porquanto, segundo Santos (2018) deve-se destacar que a doença ocupacional se iguala ao acidente de trabalho, contudo, para este caso, é preciso analisar se o motivo que levou o trabalhador a adoecer é de fato laboral para caracterizá-la como tal.

Como descrito por Padilha (2012) os danos e riscos que um canteiro de obras mal planejado pode trazer são inúmeros, pois contribuem para o aumento de acidentes e prejuízos nas obras. Percebe-se que fatores relacionados à falta de instrução aos trabalhadores quanto ao uso dos EPI’s, a falta de fiscalização e a negligência dos próprios colaboradores, trazem sérias consequências e, em alguns casos, levam à morte.

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Levando-se em consideração a hierarquia das classes de trabalhadores de construção civil, os pedreiros e carpinteiros são os profissionais que mais são acometidos por acidentes, pois há mais chances de sofrer incidentes, devido às funções exercidas e pela falta do uso dos equipamentos, isso torna-se um ato de insegurança. Logo, as regiões do corpo que são mais atingidas são as mãos, mesmo sabendo que existem os Equipamentos de uso individual, como no caso as luvas que diminuiriam os riscos de danos ocupacionais prejudiciais à saúde e segurança do trabalhador (AGUIAR, 2018).

Diante de tais fatores supracitados, é notável a necessidade de um levantamento sobre as causas desses incidentes, para que sejam tomadas medidas preventivas de comum acordo entre patrões e funcionários, a fim de que sejam evitados acidentes ocupacionais, pois esses eventos trazem sérias consequências e, em alguns casos, pode levar à morte (SAURIN;

RIBEIRO, 2000). Assim, conforme Krampe (2020) devido às consequências que podem ser desencadeadas pelo processo de negligências dos profissionais no layout de um canteiro podem ser amenizadas mediante à colaboração de todos e à implementação de um programa de prevenção, evitando-se maiores tragédias.

Diante do exposto, verifica-se que a falta de treinamentos traz muitas inseguranças quando se fala dos riscos em que os trabalhadores podem sofrer, devido a resistência às medidas preventivas que leva aos acidentes e doença ocupacional que se iguala ao acidente de trabalho, contudo, quando isso ocorre, costuma-se gastar um elevado custo, portanto, é preciso analisar a situação o canteiro de obra (GUEDES; SILVEIRA, 2017).

2.2 Relevância do uso dos EPI’S e EPC’S

Os EPI’s são dispositivos que garantem a segurança de forma individual, protegendo membros superiores, inferiores, pele, ouvido e o tronco. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), junto a Nr-6 da portaria n°3214 de 8 de junho de 1978, os equipamentos de uso individual são designados para a proteção da saúde e integridade física do trabalhador e deverá ser fornecida gratuitamente aos empregados, devendo ser apropriado para cada tipo de risco vigente na obra, já os EPC’s tem como finalidade proteger todos que estiverem presentes no ambiente de trabalho e são indispensáveis para garantir a segurança de todos e evitar as doenças ocupacionais, como exemplos há as placas sinalizadoras, os extintores de incêndio, cones, mangueiras. Com isso, serão reduzidos os acidentes, aumentará a produção,

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pois além de proteger os EPC’s tem como função manter a ordem e limpeza no ambiente de trabalho (FONSECA, 2018).

Vale frisar que um dos maiores obstáculos quanto ao uso dos EPI’s, é a falta de nível de escolaridade dos funcionários, afetando mesmo que indiretamente sobre a conscientização da importância e segurança que podem trazer. Uma vez que, deve-se haver comprometimento quanto ao seu uso, seja a nível individual ou coletivo, por parte da empresa e dos próprios funcionários para assegurar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, pois a proteção aumenta o nível de segurança dos funcionários estando eles com os equipamentos adequados a cada função (ROCHA; SALVAGNI; NODARI, 2019).

Pode-se mencionar, por exemplo, que existem várias maneiras de prevenção de acidentes no ambiente de trabalho e a principal delas é a conscientização por parte dos operários, considerando como forma de garantia de sua segurança. Além disso, o empregador também deverá contribuir, através do fornecimento dos equipamentos para a realização de treinamentos, como também, a fiscalização. Tais fatores são essenciais de forma a garantir a sensibilização coletiva sobre a relevância do uso destes equipamentos, a fim de prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Outro fator de extrema relevância é a troca dos EPI’s sempre que houver a necessidade ou segundo as normas do fabricante (CÔRTES et al., 2019).

De acordo com a ISO 45001 (2018) a organização deve estabelecer, implementar e manter um processo para eliminar as fontes de risco, assim como a redução dos riscos de SST, adotando a seguinte hierarquia de controles: Eliminação da fonte de risco; Substituição do processo por processos, operações, materiais e equipamentos menos perigosos; Adoção de controles de engenharia e reorganização do trabalho; Adoção de controles administrativos, incluindo treinamento; Uso de EPI’s adequado (ABNT, 2018).

Nesse sentido, evidencia-se a importância de medidas preventivas como uso dos EPI’s como: botas, cinto de segurança, uso de óculos, luvas, capacetes, protetor auricular, máscaras, além disso, a atuação de profissionais treinando e orientando os colaboradores quanto à importância e uso correto desses Equipamentos (AMARAL, 2013).

Entretanto, para Baú, (2013) diante de tais dados estatísticos, levando-se em consideração que a principal causa de acidente está relacionada à falta de medidas preventivas e à falta de capacitação. Percebe-se que é de extrema importância a implementação de fiscalização nas empresas, pois há uma necessidade evidente de treinamento da equipe quanto à utilização e uso correto dos EPI’s, conforme figura 1. Baú (2013) também cita que grande

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parte dos trabalhadores considera o EPI desconfortável ou acredita que o andamento do trabalho é diminuído pelo uso de equipamento de proteção.

Como pode-se perceber na figura 1, acerca dos tipos de EPI’s, verifica-se que cada um tem uma determinada finalidade e, no geral, servem para proteger o corpo do indivíduo contra os riscos iminentes associados à construção civil. Assim, é necessário que os profissionais envolvidos sejam submetidos a treinamentos e também que façam uso dos EPI’s, beneficiando a saúde e segurança no trabalho (FERREIRA, 2020).

Figura 1: Utilização de EPI’s na Construção Civil Fonte: Baú, 2013.

Ainda segundo Ferreira (2020), além da prevenção de acidentes, há também outros fatores que tanto a contratante quanto a contratada devem considerar, até antes mesmo de assinarem qualquer contrato, como: o custo a ser considerado numa reavaliação sobre quais treinamentos, proteções individuais e coletivas. Por isso é tão importante o planejamento para ter um olhar holístico sobre a obra, isto é, conhecer os riscos que envolvem o individual e coletivo e assim sejam evitados possíveis imprevistos, o que trará benefícios à economia e à segurança daqueles que ali trabalham.

Diante de tais entendimentos, a não utilização dos EPI’s acarreta inúmeros prejuízos, relacionados ao descuido, uma vez que para o prosseguimento de uma obra, é necessário que atendam alguns requisitos de segurança para a sua execução. Tais medidas se dão através de

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almejar-se um ambiente seguro e com minimização dos riscos inerentes à construção civil, como as quedas de altura. Pode-se afirmar que o uso correto dos EPI’s, ou a insuficiência deles em relação à quantidade de colaboradores, apresenta resultados ineficazes e posteriormente traz resultados negativos, pois ajudam diretamente na prevenção e segurança e satisfação dos trabalhadores (JOMAA, 2012).

2.3 Acidentes de trabalho na Construção Civil e seus riscos

O conceito definido pela lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da Previdência Social determina, em seu Capitulo II, Seção I, artigo 19, segundo Piza (1997): Acidente de Trabalho é o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou ainda a redução permanente ou temporal da capacidade para o trabalho.

De acordo com o mencionado anteriormente, percebe-se o quão imprescindível é a utilização de EPI’s e EPC’s, pois a ausência destes acarretam em acidentes de trabalho na construção civil que, conforme Bakke (2010) podem ocorrer tanto dentro quanto fora das empresas, ou seja, o percurso entre a casa e o trabalho é considerado como acidente de trajeto.

Logo, os funcionários da construção civil estão sempre expostos aos riscos peculiares, provocando redução para o exercício do trabalho total ou parcialmente.

Como cita Julio et al., (2014) os fatores que estão interligados aos acidentes do trabalho, envolvem: certos acidentes sofridos pelo segurado no local e no horário de trabalho; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e o acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho.

É importante enfatizar a importância da participação de todos no planejamento, para que haja uma redução dos acidentes e uma melhor Qualidade de Vida no trabalho (QVT), pois, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há uma necessidade de fortalecer os programas referentes à saúde do trabalhador, além de possibilitar melhores condições nos âmbitos: físico, químicos, biológicos e ergonômicos na vida dos trabalhadores (LACAZ, 2000).

A presença de inúmeros riscos em características laborais permanece, no que tange à área da construção civil, mas também existem práticas que poderão ser utilizadas pelos empregadores, afim de minimizar a ocorrência de acidentes, como a implementação de medidas

(22)

preventivas, sinalização adequado, fornecimento dos EPI’s, fazer um quadro com fornecimento de informações relevante ao setor (CAMPOS; CAMPOS, 2000).

Devido à grande incidência, o acidente de trabalho e as doenças ocupacionais vem trazendo preocupações dentro das empresas, pois não tem a devida importância como deveria, expondo os trabalhadores a situações precárias, levando a danos graves ou até mesmo irreversíveis que podem até tornar-se incapaz para o trabalho (MONTEIRO; BERTAGNI, 2017).

A classificação dos acidentes do trabalho é feita por Bensoussan, citado por Costella (1999), em função dos possíveis afastamentos e danos sofridos pelos trabalhadores, de acordo com a Figura 2.

Figura 2: Classificação dos acidentes do trabalho quanto ao afastamento.

Fonte: Bensoussan, citado por Costella (1999).

Vale observar que os fatores geradores desses acidentes possuem características específicas para cada um deles e se tornam ainda mais evidentes quando se trata de obras mais carentes e desprovidas da adoção de medidas preventivas eficazes, isso poderá se agravar ainda mais em decorrência do não cumprimento das normas que são estabelecidas (NASCIMENTO;

SALIM, 2018).

Deve-se evidenciar que as medidas de prevenção é o ponto primordial para evitar a ocorrência das quedas de níveis de altura, os soterramentos, acidentes devido à corrente elétrica, entre outros, são elencadas como a educação para os treinamentos, palestras e averiguações, além das observações como também uma boa gestão (STÜLP; HENGEN, 2015).

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2.3.1 Layouts do canteiro e a segurança na construção civil

Frente aos inúmeros riscos associados à construção civil, é de extrema importância reforçar sobre o bom entendimento do funcionamento de um layout, bem como a organização da disposição de seus espaços físicos que contribuem na melhoria dos processos construtivos.

Uma vez que, tais ações são para a diminuição da ocorrência dos acidentes, problema esse, resultante da falta de planejamento do canteiro (NEVES; NASCIMENTO, 2019).

Conforme Mendes (2013), os ambientes devem ser distribuídos adequadamente, seguindo um fluxo para a alocação dos materiais e os objetos de uso devem ser alocados em locais de fácil acesso, evitando assim o seu deslocamento para uma longa distância. Portanto, falta a conscientização da importância de um layout padronizado, assim, ocorrem as deficiências e isso se torna um obstáculo para que se obtenham bons resultados, devem ser feitos também os treinamentos e incentivos para os funcionários, afim de manter um ambiente organizado.

Dentro de tais explanações, Mattos (2010) aborda que um layout bem planejado é fundamental para agilizar as atividades e garantir a segurança dos funcionários. Portanto, verifica-se que cada caso merece uma análise e devem ser identificadas as interferências e barreiras que possam impedir uma correta armazenagem e bom fluxo de materiais, pessoas e equipamentos.

A ocorrência dos acidentes acontece em várias etapas das obras, por isso a importância da implementação de programas de segurança desde o início, quando há uma programação adequada sobre a execução, como observado na Figura 3 e os riscos às quais os trabalhadores serão expostos e os pontos críticos nos canteiros são identificados, isso traz controle e segurança, o ideal seria que esses programas fossem implantados como forma de trazer benefícios para empregadores e colaboradores. (CARVALHO, 1984).

Figura 3: Esquema Proposto para o Funcionamento de Programação e Segurança de Obras.

Fonte: Carvalho (1984).

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2.3.2 Prevenção dos acidentes no canteiro das edificações

Pode-se mencionar, por exemplo, que planejamento do canteiro deve atender aos requisitos de segurança, em todas as suas áreas, para que sejam distribuídos todos os layouts nos locais adequados, e assim serão evitados que os colaboradores sejam atingidos por materiais e equipamentos utilizados que levariam à ocorrência de acidentes. Para isso, é fundamental a presença de um profissional da área, demonstrando sua liderança e apoio aos funcionários, gerenciando sua equipe e fornecendo-lhes orientações necessárias para a segurança do trabalho (COSTA; GASPAR, 2019).

Deve-se ressaltar que há a necessidade de medidas preventivas para não ocorrer quedas de diferença de nível e problemas ocupacionais. Para isso, é de suma importância as orientações a respeito dos seus riscos e às formas de evitá-los, inclusive na cidade de Paripiranga-BA, onde as construções são feitas sem nenhuma supervisão e os colaboradores são expostos aos riscos, atos ou condições inseguras, sem proteção e nenhuma segurança (CAVALCANTE et al., 2015).

Conforme a NR-18, a conscientização de todos os que trabalham relativa às medidas preventivas é fundamental. Como já ressaltado, o ambiente deve apresentar-se com iluminação adequada e com espaços livres de obstáculos. Tais medidas devem existir mediante ou não ao risco de quedas (BRASIL, 2015), como destaca as Fotografias 1 e 2 expostas a seguir.

Fotografia 1: Ordem e Limpeza- Ambiente Livre de Obstáculos Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).

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Fotografia 2: Ordem e Limpeza- Ambiente com livre circulação Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).

Considerando que a construção civil é causadora de muitos acidentes, expondo os trabalhadores a perigos. As quedas de nível de altura são aquelas motivadas fundamentalmente pela inobservância das necessárias ações preventivas e/ ou por ações improvisadas, muitas sofrendo consequências (ALMEIDA, 2006).

Os impactos em decorrência da falta de segurança e precarização são alguns dos catalizadores para o avanço de acidentes, assim, destaca-se a necessidade de investimentos e políticas públicas preventivas na construção civil, de forma a averiguar quais são as variantes das causas desses acidentes, devido à alta vulnerabilidade desses trabalhadores. É importante frisar que estudos enfatizam em que setor e funções há esses maiores índices, os acidentes típicos e crescentes em relação aos de trajeto (SANTANA; NOBRE; WALDVOGEL, 2005).

Pode-se ressaltar que um dos fatores que dificulta a construção de um canteiro de obras é o seu elevado custo e isso provoca diversos danos e riscos aos trabalhadores da construção civil, como a falta de segurança e na qualidade de vida dos profissionais. Pois, o fator segurança é imprescindível para a saúde do trabalhador em qualquer fase da construção, desde a sua concepção, execução e finalização da obra ( SAURIN, 1997).

2.4 Tipos de acidentes e seus fatores contribuintes

No que se refere aos riscos e tipos de acidentes que afeta diretamente na saúde do trabalhador, pode-se relacionar os acidentes ocasionados em decorrência da ocupação exercida

(26)

pelo colaborador, como: quedas de nível de altura, os soterramentos, choque elétrico, e/ou atividade laboral em local com alta periculosidade (SILVEIRA et al., 2005).

Logo, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2010 (FIGURA 4), há três tipos de acidentes do trabalho:

Figura 4: Tipos de acidentes

Fonte: Adaptado do Anuário Estatístico da Previdência Social, de 2010.

A análise preliminar dos riscos (APRS) é fundamental para a prevenção e garantia da saúde e segurança de todos os envolvidos no sistema como um todo, essa análise tem como objetivo diminuir a quantidade e a gravidade dos acidentes nos canteiros, identificando as falhas, tornando o sistema mais eficaz e eficiente (FRANÇA; TOZE; QUELHAS, 2008).

Em relação às atividades de maior periculosidade para os operários estão as quedas em nível de altura, choques elétricos, lesões por materiais cortantes e pontiagudos e isso implica na falta do uso equipamentos individuais e coletivos, sabendo que para que a proteção seja efetiva, precisa fazer investimentos, e assim o controle dos riscos e diminuição das suas quantidades (OPITZ, 1988).

De acordo com Roque (2011) as principais causas de queda de nível de altura são: Perda de equilíbrio (passo em falso, escorregão, etc.); falta de proteção (guarda-corpo); e falha de uma instalação ou dispositivo de proteção; método incorreto de trabalho; Contato acidental com fios de alta tensão; Inaptidão do trabalhador à atividade.

Diante de tais fatores supracitados, a falta de EPI’s podem levar à ocorrência de acidentes como pode-se observar na figura 5 a seguir que demonstra a exposição direta do indivíduo ao risco de comprometimento da integridade física e até mesmo o óbito. Esses riscos também estão associados ao descuido do colaborador ao movimentar-se, como também em sua falta de atenção na execução das tarefas desenvolvidas, que podem trazer graves consequências, e isso faz com que a saúde do trabalhador seja prejudicada.

ACIDENTE DE TRABALHO

Acidentes típicos Acidentes de

Trajeto

Acidentes Atípicos

Acontecem no trajeto entre a residência do segurado e o seu local de trabalho, e vice-versa.

Resultantes de qualquer doença profissional peculiar a

um ramo de atividade São aqueles que resultam das

características da profissão do acidentado

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Figura 5: Cenário de quedas sem EPI’s Fonte: Roque (2011).

Para Pereira et al., (2016) nas mais diversas atividades ocupacionais, são inúmeras as situações em que o risco de queda se encontra presente. É por tal razão que deve existir uma gestão de segurança eficaz, prevendo e analisando os riscos em todos os locais e atividades, propondo e implementando as necessárias medidas preventivas, a fim de que os engenheiros responsáveis pelo empreendimento normalmente já assoberbados com seus incontáveis problemas técnicos.

Pode-se destacar que os profissionais da área de segurança do trabalho são responsáveis pelo gerenciamento das organizações no que tange à segurança e proteção individual e coletiva, através de análise, busca cumprir normas que implicam na melhoria da qualidade de vida dos operários, por meio de exames de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), poderão ser notificados os tipos de acidentes ocorridos em um determinado período (MAZON, 2014).

Contra quedas com diferença de nível são utilizados cinturões e dispositivos trava- queda. O dispositivo trava-queda, apresentado na Figura 6, é para a proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas, é imprescindível seu uso em atividades em nível de altura (SIMÕES, 2010).

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Figura 6: Dispositivo trava queda e cinturões para proteção contra quedas de diferenças de níveis.

Fonte: Manual de Segurança em Manutenção de Fachadas (2003) Apud SIMÕES (2010).

A categoria da construção possui inúmeros elementos que submetem os trabalhadores aos riscos de acidentes e que contribuem para causas de acidente são: a resistência do uso dos EPI’S por parte dos operários e isso é algo que já está enraizado na cultura local. Assim, cabe aos profissionais conscientizar que o uso traz uma maior segurança, em que o profissional utiliza trava de queda para proteção contra queda de diferenças de níveis, evitando a ocorrência dos acidentes. Logo, há uma necessidade de um controle e correção desses atos imprudentes e negligências, para isso, deve haver uma fiscalização por parte de todos os envolvidos (SAHIB;

SAHIB, 2020).

Segundo Sá (2020) a utilização inadequada também pode provocar riscos ao trabalhador, como uso de vestimentas e calçados que não condiz ao tipo de trabalho, outro exemplo é o improviso de equipamentos e a falta de manutenção e de diálogo, é preciso uma interação entre empregado e empregador, afim de manter os colaboradores cientes dos riscos que correm e assim criar medidas mitigadoras, fazendo uma gestão dos riscos apresentados.

A falta do cumprimento das normas contribui para ocorrência dos acidentes, a falta de treinamento para uso dos EPI’s é outro fator relevante, muitas vezes, não há o fornecimento desses equipamentos, a maioria não sabe como utilizar, dificultando assim o manejo. Enquanto não houver profissionais habilitados para esse setor, os índices de acidentes continuará aumentando, a distribuição dos materiais também é causa de acidentes, ergonômicos e físicos (CIPRIANO, 2013).

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O maior índice de acidentes da construção civil são quedas de nível de altura, considerado como fator principal da causa dos acidentes, isso ocorre devido aos improvisos dos andaimes, a falta de atenção e cuidado por parte dos trabalhadores ao manusear algum tipo de material , esse setor exige um olhar mais rígido quanto ao uso dos EPI’s para que através dessa medidas haja uma redução desses eventos (TAKEI et al., 2014).

Nessa perspectiva, frente aos tipos de acidentes e seus fatores contribuintes, é de extrema relevância que seja realizada a classificação de risco de acordo com a ocupação, uma vez que, os profissionais da área de segurança do trabalho são responsáveis pelo gerenciamento das organizações, no que tange à segurança e proteção individual e coletiva, através de análise busca cumprir normas que implicam na melhoria da qualidade de vida dos operários, por meio de análises e posteriormente a CAT, poderá ser notificado os tipos de acidentes e a ocupação do trabalhador ocorridos em um determinado período (MAZON, 2014).

No ramo da construção civil, os riscos físicos, provenientes de quedas, perfurações e cortes, são considerados mais comuns e acometem os trabalhadores. Porém, também pode ocorrer a exposição a riscos químicos e biológicos, isso varia de acordo com a ocupação que cada colaborador exerce. Tornando-se um fator preocupante à forma como as empresas de pequeno e médio porte negligenciam o uso dos equipamentos de segurança individual e coletivo, isso é resultante da falta de fiscalização que se agrava a cada dia (PEREIRA et al., 2016).

Entretanto para Souza (2005), a busca pelo entendimento do uso dos equipamentos individuais e coletivos, tende a permitir uma melhor compreensão sobre o seu funcionamento e modos de prevenção e isso se dá na forma de reduzir acidentes e suas diversas formas como acontecem, seja causando danos leves, severos e até a morte, percebendo-se assim sua real importância e como é fundamental o seu uso, sendo mencionado o risco mais elevado, o de queda de altura, seria necessário assim o uso do cinto de segurança sempre, isso ocorre pelo fato dos operários usar mais frequentemente apenas botas e luvas.

2.5 Programas de prevenção dos acidentes no trabalho

Nessa conjectura, percebe-se que é de extrema importância orientações para o autocuidado, segundo Costella (1999) se refere à orientação quanto às relações sociais dos colaboradores e profissionais da área, por meio da implantação de programas de Segurança e Saúde do Trabalho, pois são essenciais para manter o controle, redução dos riscos de acidentes

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e possibilita a melhoria da segurança e prevenção. O PCMAT é obrigatório para elaboração nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, juntamente com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), conforme a NR 09 e o Programa de Controle médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), segundo a NR 07 (BRASIL, 2017).

Bansi; Martos; Stefano (2012) afirma que a prevenção é considerada como requisito primordial para a satisfação e motivação dos colaboradores na execução de suas tarefas. Assim, é de extrema relevância que as empresas implementem programas de segurança e saúde no trabalho, como também, investir em programas de treinamentos de seus operários, a fim de que, a segurança no trabalho torne-se um hábito. Tais fatores são benéficos aos trabalhadores por garantir a segurança e saúde, como também, as empresas, por aumentar a produtividade.

Nessa perspectiva, faz-se necessário a implementação de programas de prevenção, segundo a NR-18, as quais podemos citar: PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria de Construção), PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), Mapa de Riscos, SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), feito pelo engenheiro da obra, (BANSI; MARTOS; STEFANO, 2012).

Diante disso, o mapa de risco é feito por meio da planta do construção, onde serão feitas as disposições das dependências ou local onde ficarão alocados os materiais e assim identificar as áreas de risco, onde serão demonstrados, através dos círculos com cores e tamanhos diferentes, os tipos e o grau do risco que um indivíduo pode estar exposto a acidente de trabalho ou doença ocupacional, a depender da lesão provocada e seu agravamento, pode ser: leve, grave ou moderado (GRIBELER, 2012).

A construção do mapa de riscos é feita sobre uma planta ou desenho do canteiro indicando, através de círculos, o tipo de risco que podem surgir. Utilizam-se cores para identificar o tipo de risco e a sua gravidade, estas representadas pelo tamanho dos círculos como pode-se observar na figura 7 a seguir. O círculo pequeno atribui-se a um risco pequeno por sua essência ou por ser risco médio já protegido, o círculo médio atribui-se a um risco que gera relativo incômodo, mas que pode ser controlado e o círculo grande atribui-se a um risco que pode matar, mutilar, gerar doenças e que não dispõe de mecanismo para redução, neutralização ou controle (SIMÕES, 2010).

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Figura Figura 7: Exemplo de Mapa de Risco Ambiental

Fonte: Dicas de Prevenção e Acidentes no Trabalho (2009), Apud SIMÕES (2010).

A CIPA é um programa de Prevenção de Acidentes de trabalho e junto com a CIPA pode ser utilizada a SIPAT para promoção de redução dos riscos de ambiente de trabalho. Para que o programa funcione, é importante que haja participação da maior parte dos integrantes da empresa, sabendo que quando colocada em prática corretamente, terá efeitos satisfatórios (RODRIGUES; SILVA, 2016).

Para Teixeira; Almeida, (2007) o PCMAT é considerado como o plano de segurança que procura o planejamento e a ordem e todos os atos que venham garantir a segurança e saúde dos trabalhadores nos canteiros. Este deverá dá início antes da obra começar com a participação de todos para que os objetivos quanto às seguranças sejam alcançados, deve ser instituído obrigatoriamente em obras com 20 ou mais operários.

Segundo Carmo (2017) é de suma importância a implantação de programas de prevenção, isso se confirma quando é mencionado o PCMAT, Programa que trata das condições e o meio ambiente em que o trabalhador convive, durante a execução de suas atividades laborais, nesse sentido, pode-se observar a questão da organização do canteiro, ordem e limpeza, permitindo que as vias de circulação estejam livre de obstáculos, como objetos, entulhos, capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador, garantindo saúde e segurança, como mostra nas Fotografias 3 e 4.

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Fotografia 3: Ordem e limpeza no canteiro- Material organizado Fonte: Criação da autora (Produzida em 2021).

Fotografia 4: Ordem e limpeza no canteiro- material organizado Fonte: Criação da autora (produzida em 2021).

Portanto, dentre os riscos que podem afetar direta ou indiretamente a vida do trabalhador, podem-se citar o risco ambiental, em que o trabalhador pode ter problemas de saúde quando inserido em um ambiente de trabalho não seguro e com péssimas condições de trabalho, assim poderia ser implementado o PPRA, Programa que consiste na Prevenção desses riscos (REIS, 2018).

Assim, umas das formas de reduzir os índices de acidentes são as inspeções, instrumentos de fiscalização para assegurar que os trabalhadores estejam em condições seguras.

(33)

Os EPC’s são também utilizados para controle dos riscos do ambiente em geral, como: os cones, extintores de incêndio, placas de sinalização, etc. como apresenta a Figura 8, para que a inspeção funcione dentro de uma organização, se faz necessário a interação de todos para que as ocorrências quanto aos riscos das obras sejam sanadas, evitando problemas e gastos futuros, desde que sejam fornecidos os EPI’s e a utilização dos EPC’s e treinamentos adequados. Neste caso, a intervenção do engenheiro civil e do responsável pela segurança do trabalho é indispensável tanto na prevenção quanto na qualidade de vida dos trabalhadores (MANGAS, 2003).

Figura 8: EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva)

Fonte: Primeiraclasseuniformes.com/linha-epi.html#. XK6MB4lKjMU

Visando aos riscos e aos fatores que levam ao grande número de acidentes e envolvem a construção civil, por meio desta pesquisa, nota-se a importância de se investigar porque os acidentes nos canteiros são frequentes e quais as etapas mais propensas a acontecer (HENRIQUE; FEITOSA; ARAUJO, 2017). Para Konzen et al., (2020) inúmeros acidentes poderiam ser evitados, caso as empresas estabelecessem a implantação de programas de segurança para garantir um maior cuidado à prática fazendo treinamento, palestras e cursos para seus operários, pois não adianta somente fornecer os EPI’s, para que haja uma eficácia ou melhores resultados, devem haver os treinamentos, pois, segundo a pesquisa, a maioria dos colaboradores desconhecessem a função de cada equipamento.

As Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho consistem em um total de 36. Dentre estas, as que se caracterizam de extrema importância para a segurança e saúde dos colaboradores na indústria da construção civil são as NR'S: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 12, 18, 23 e 35. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR-6, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso

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individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 1978), como destaca a Tabela 1.

Tabela 1: Distribuição do Número de Acidentes do Trabalho na Indústria da Construção, segundo a natureza do acidente.

Fonte: Brasil (1978).

Segundo Brasil (2015) a NR-18 (Norma Regulamentadora), tem como função intervir na organização e disposição adequada da instalação do layout do canteiro, prevenindo e proporcionando uma maior redução dos acidentes e dos prováveis riscos graves, além de garantir a saúde dos colaboradores. Os layouts devem atender as exigências mínimas para que haja conforto e segurança. Mas ainda há uma dificuldade quanto ao cumprimento das NR’s, por falta de conhecimento sobre as normas de segurança, fundamental para a prevenção dos acidentes.

Todavia, embora a nova NR-18 tenha sido desenvolvida e definida através destas técnicas, percebe-se, a sua frequente falta de cumprimento e a persistência de altos índices de acidentes de trabalho. O não cumprimento das normas geram obstáculos e elevados custos, faz- se necessário o comprometimento e um esforço coletivo, essa seria uma forma para que ocorram as melhorias nas condições de trabalho e proteção na saúde dos colaboradores, além disso deve- se fazer frequentes análises do local de trabalho sobre os fatores de risco que são determinantes desses acidentes. O esforço seria para a conscientização sobre os riscos tanto ocupacionais, como os relacionados aos acidentes de trabalho, isso provavelmente reduziria a incidência desses eventos (COSTELLA, 1999).

Para tornar-se viável esses padrões ideais de segurança no trabalho, deve-se partir dos níveis de exigências mínimos, os quais são definidos, no caso brasileiro, pela NR-18 (Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção), em sua versão mais recente, publicada em julho de 1995. Porém, essa nova legislação ainda não foi totalmente entendida pelos profissionais do setor, visto que é possível reconhecer a existência de dúvidas quanto à sua compreensão (BRASIL, 2015).

Função 1998 % 1999 %

Aprisionamento ou prensagem 213 10.17 212 12.07

Corpo estranho 104 4.97 62 3.53

Impacto contra 270 12.90 236 13.43

Impacto sofrido 573 27.37 460 26.18

Queda com diferença de nível 234 11.18 177 10.07 Reação do corpo e seus movimentos 161 7.69 106 6.03

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3 METODOLOGIA

Partindo do princípio da pesquisa científica, buscou-se, ao longo de sua operacionalização, compreender a relação de improvisos nos canteiros de obras e ausência de EPI’s, com a ocorrência de acidentes na cidade de Paripiranga-BA. Para isto, o procedimento técnico adotado para a realização da presente obra é de caráter de pesquisa em campo que, segundo Gil (2002) tem como objetivo primordial investigar a realidade de um determinado grupo, neste estudo, refere-se aos trabalhadores de construção civil. Para a realização deste, o instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário com perguntas abertas. Houve entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado para coletar dados referentes ao uso de EPI’s e EPC’s, as principais causas e consequências dos acidentes de trabalho na construção civil.

Para o desenvolvimento do presente trabalho, também aconteceu a exploração de materiais bibliográficos, a fim de desenvolver argumentos que sustentam a presente temática.

Utilizaram-se principalmente livros e artigos para reflexão dos dados teóricos existentes, que em consonância com a pesquisa de campo, busca-se a definição de argumentos inovadores, pois, devido aos grandes riscos inerentes a construção civil, nota-se o quão importante é o aprofundamento acerca de tal temática. Diante das leituras nos acervos bibliográficos, percebeu-se a incidência de acidentes, o mais comum são as quedas de nível de altura que, por sua vez, aumenta com o passar dos anos (MARCONI E LAKATOS, 2006).

Do ponto de vista de seus objetivos, trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório e descritivo. Conforme Gil (2010), a pesquisa descritiva consiste na “[...] a descrição de características de determinada população, fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis”, tendo como finalidade conhecer e descrever com nitidez os fatores inerentes aos acidentes de trabalho em construção civil na cidade de Paripiranga-BA, como forma de levantamento de dados e reflexão dos dados teóricos existentes.

No que se refere ao seu caráter exploratório, conforme Marconi e Lakatos (2006) é relacionado a “[...] busca de desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar os conceitos”, uma vez que, visa explorar a relação dos improvisos dos canteiros de obras e ausência de EPI’s com os acidentes de trabalho em Paripiranga-BA, no intuito de, através de uma investigação pela pesquisa de campo, esclarecê-lo. Assim, utilizou-

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se a combinação da pesquisa exploratório-descritiva para a realização de uma análise empírica e teórica frente à presente temática.

Do ponto de vista da abordagem do problema, o trabalho trata-se de uma pesquisa quali- quantitativa, com ênfase na reflexão dos dados teóricos e coleta de dados, uma vez que, segundo Richardson (1999) “a pesquisa qualitativa é caracterizada com a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados”, com ênfase na reflexão de trabalhos já existentes sobre tal problemática. Por outro lado, a pesquisa quantitativa, como o próprio nome enfatiza, é relacionada à quantificação de modalidades de coleta de dados oriundos do questionário pela pesquisa de campo na cidade de Paripiranga-BA, utilizando-se métodos estatísticos para a mensuração dos dados coletados (RICHARDSON, 1999).

Destarte, as bases de dados que foram utilizadas para a realização da pesquisa artigos na base de dados referentes a: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino- americano (Lilacs), Google acadêmicos e livros que atendessem os objetivos propostos no presente estudo. Sendo utilizados os descritores acerca: acidentes de trabalho; segurança no trabalho; construção civil; canteiros de obras; EPI’s e EPC’s.

Em referência aos métodos de tabulação e análise, foram utilizados o estatístico sistemático, a fim de realizar uma análise estatística dos dados coletados, facilitando a compreensão e interpretação rápida da massa de dados, uma vez que, foram utilizados para a representação dos dados: gráficos (LAKATOS, 2003).

3.1 Definição do ambiente de estudo

Neste trabalho, realizou-se a coleta dos dados em obras da cidade de Paripiranga, no estado da Bahia, que se limita a leste sul com o estado de Sergipe e possui uma distância de 364Km, da capital, Salvador, conforme a Figura 9.

A escolha da cidade de Paripiranga-BA como lugar de estudo se deu através da observação de locais de construção civil com presença de improvisos de canteiros de obras, como também, muitos profissionais que não utilizam ou fazem uso de forma inadequada de EPI’s e EPC’s, onde o descumprimento das Leis é maior, pois as obras são informais e de pequeno porte, mesmo com a consciência dos colaboradores quanto ao uso dos Equipamentos, ainda assim há uma prática incorreta por haver pouca fiscalização (CAROLINA, 2019).

(37)

Observando-se a necessidade de se pesquisar os fatores inerentes à ocorrência de acidentes de trabalho nessa cidade, para que tais fatores sejam discutidos e explorados.

Figura 9: Localização da cidade de Paripiranga.

Fonte: (WEATHER FORECAST, 2021).

Dessa maneira, a cultura da prevenção só terá efeito se existir a conscientização de todos os envolvidos que todos tenham conhecimento de suas responsabilidades quanto aos riscos, sua identificação, avaliação e eliminação são de todos os envolvidos, para isso, pode-se estabelecer o DDS (Diálogo Diário de Segurança), (MEIRELES; PINTO, 2016).

3.2 Mecanismos utilizados na elaboração da pesquisa

3.2.1 Questionários

Para a fundamentação teórica da pesquisa bibliográfica e obtenção dos resultados desse trabalho, a coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário com perguntas abertas, elaborado no Word e repassado aos responsáveis pela obra para a obtenção das respostas. O questionário contém 12 perguntas sobre o uso dos equipamentos de segurança na construção, a existência de fiscalização tipo de medidas de prevenção na organização, quais tipo de medidas de prevenção na organização, os tipos de equipamentos individual e coletivo são utilizados na construção, os profissionais mais sujeitos a acidentes nos canteiros, o local do

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corpo mais acometido pelos acidentes, causas e tipos de acidentes mais corriqueiros na obra. O questionário foi organizado para obter uma análise sobre a utilização ou não de EPIs em atividades, dentro de uma rotina diária de trabalho na construção civil.

As perguntas pré-estabelecidas trazem questões sobre vantagens ao se tomar medidas preventivas, tipos de EPI’s mais usados pelos colaboradores, tipos de acidentes que os EPI’s mais previnem. Vale ressaltar que a pesquisa foi feita em obras apenas da zona urbana, visando observar os procedimentos adotados e se seguem as normas de segurança. No total foram obtidas 11 respostas.

O questionário aplicado está apresentado no Apêndice A.

3.2.2 Registros Fotográficos

Frente ao questionário utilizado, foi possível os participantes anexarem até 02 imagens dos EPI’s utilizados nas obras. Ficou à escolha do participante se desejaria anexar ou não os arquivos, permitiu-se o consentimento de uso das imagens.

É importante frisar que não foram realizadas visitas no local das obras devido às condições impostas pela pandemia, entretanto, os registros fotográficos enviados pelos participantes representaram um importante instrumento de estudo e avaliação dos casos, de forma que, a partir de inspeções visuais, puderam ser identificados os tipos de acidentes mais comuns que ocorrem.

Os registros Fotográficos estão apresentados no Apêndice A.

Referências

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