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ALLAN VICTOR DA SILVA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL À SEPSE

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São Luís 2018

ALLAN VICTOR DA SILVA

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL À

SEPSE

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São Luís 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL À

SEPSE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem.

Orientador: Ana Amorim

ALLAN VICTOR DA SILVA

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ALLAN VICTOR DA SILVA

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL À SEPSE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Wllington Jorge dos Santos Mestre em Doenças Tropicais

Prof(a). Elton Rodrigues Chaves Esp. Em Unidade de Terapia Intensiva

São Luís, 14 de dezembro de 2018.

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Dedico este trabalho aos meus pais, Luís e Gilcrece que sempre me apoiaram em minhas escolhas, a minha noiva, Thayana, que desde o início esteve ao meu lado me ajudando e dando forças para prosseguir, aos amigos e aos demais que me deram suporte familiar em momentos de minha vida.

...

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade de ter conseguido chegar até aqui, por cada período aprovado, por cada aprendizado e conhecimento adquirido com sucesso. Agradeço pelas pessoas em minha trajetória, que edificaram a minha vida acadêmica e profissionalmente.

Agradeço aos meus professores que estiveram ao meu lado, contribuindo para a construção de tal projeto, e aos meus amigos que me deram suporte necessário em momentos de dificuldades.

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SILVA, Allan Victor da. Assistência do Enfermeiro na Prevenção e Controle da Infecção Hospitalar em Especial SEPSE. 2018. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, São Luís, 2018.

RESUMO

O ambiente hospitalar é um local colaborativo para proliferação de microrganismos o que acarreta em infecções hospitalares, diante disso surgiu o seguinte questionamento: quais cuidados de enfermagem ajudam a prevenir e controlar a infeção hospitalar? Este trabalho tem como objetivo geral: Estudar a assistência do enfermeiro para prevenção e controle da infecção hospitalar em especial da SEPSE.

Este estudo foi realizado através de revisão bibliográfica. Foram revisados artigos científicos oriundos das bases de dados: Scielo, Google Acadêmico, Lilacs. Os critérios de exclusão foram textos incompletos, artigos que não abordaram diretamente o tema do presente estudo e nem os objetivos propostos. Foram consultados ainda diferentes documentos como: Livros, Teses, monografias desde o ano de 2008 até o ano de 2018. Existem diversas infeções, sendo as mais comuns:

ICS, ITU, PAVM, SEPSE, choque séptico e os microrganismos mais prevalentes:

Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Acinetobacter baumannii, Candida albicans), Enterococcus sp, Staphylococcus aureus, Candida sp, Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Pseudomonas sp, Acinetobacter sp e Enterobacter cloacae e entre outros, chamando atenção que este é um problema sério e que continua crescendo nos hospitais, exigindo medidas de prevenção e controle.

Palavras-chave: Infecção Hospitalar; Prevenção da infecção Hospitalar; Controle da Infecção Hospitalar; SEPSE.

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SILVA, Allan Victor da. Preval e Controle da Infecção Hospitalar em Especial SEPSE. 2018. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Faculdade Pitágoras, São Luís, 2018.

ABSTRACT

The hospital environment is a collaborative site for the proliferation of microorganisms, which leads to hospital infections, before which the following question arose: which nursing care helps to prevent and control hospital infection? This work has as general objective: To study the nurse's assistance for the prevention and control of hospital infection in special of SEPSE. This study was carried out through a bibliographic review. Scientific articles from the databases were reviewed: Scielo, Google Scholar, Lilacs. The exclusion criteria were incomplete texts, articles that did not directly address the theme of the present study nor the proposed objectives. Several documents have been consulted, such as: Books, Theses, monographs from 2008 to 2018. There are several infections, the most common being: ICS, ITU, VAP, SEPSE, septic shock and the most prevalent microorganisms: Pseudomonas aeruginosa , Staphylococcus aureus, Candida sp, Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Pseudomonas sp, Acinetobacter sp and Enterobacter cloacae, among others, noting that this is a serious and growing problem in hospitals, requiring prevention and control measures.

Key-words: Hospital Infection; Prevention of Hospital Infection; Control of Hospital Infection; SEPSE.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Distribuição das principais infecções hospitalares ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. São Luís/MA, 2015 ... 14 Figura 2 – Distribuição das infecções relacionadas à assistência à saúde ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. São Luís-MA, 2015 .... 15 Figura 3 – Distribuição das IRAS ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, relacionadas ao desfecho desses pacientes na unidade. São Luís/MA, 2015. ... 16 Figura 4 – Distribuição das IRAS ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, relacionadas à ocorrência de sepse, sepse grave e choque séptico. São Luís-MA, 2015 ... 16

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Novos conceitos de infecção, sepse e choque séptico ... 19 Tabela 2 – Medidas de prevenção e controle das infecções e colonizações por bactérias multirresistentes ... 28

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - – Critérios de diagnóstico de sepse Infecção documentada ou

suspeitada e algum dos seguintes critérios...21

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CCIH Comissão de controle de infecção hospitalar.

EPI Equipamento de proteção individual.

IH Infecção Hospitalar.

IRAS Infecções relacionadas à assistência à saúde.

PCIH Programa de controle de infecção hospitalar.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 12 2. INFECÇÃO HOSPITALAR ... 13 3. SEPSE ... 19 4. PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL SEPSE. ... 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30 REFERÊNCIAS ... 31

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente a preocupação em âmbito hospitalar é evitar danos e promover segurança e saúde ao paciente, muitas medidas e técnica são feitas para garantir isso ao paciente, infelizmente nem todos os profissionais usam tais técnicas ou sabem realizá-las o que colabora para infecções no âmbito hospitalar.

Prevenir e controlar a infecção hospitalar é de suma importância para o paciente e profissional de saúde, diante disso a importância deste estudo é contribuir com o conhecimento dos profissionais de enfermagem e acadêmicos de enfermagem, ampliando a literatura da comunidade cientifica.

O ambiente hospitalar é um local colaborativo para proliferação de microrganismos o que acarreta em infecções hospitalares, diante disso surgiu o seguinte questionamento: quais cuidados de enfermagem ajudam a prevenir e controlar a infeção hospitalar?

Este trabalho tem como objetivo geral: Estudar a assistência do enfermeiro para prevenção e controle da infecção hospitalar em especial da SEPSE. Objetivos específicos: Compreender a infecção hospitalar; Estudar o que é e como ocorre a Sepse; Descrever as estratégias de prevenção e controle da infecção hospitalar em especial SEPSE.

Este estudo foi realizado através de revisão bibliográfica. Foram revisados artigos científicos oriundos das bases de dados: Scielo, Google Acadêmico, Lilacs. Os critérios de exclusão foram textos incompletos, artigos que não abordaram diretamente o tema do presente estudo e nem os objetivos propostos. Foram consultados ainda diferentes documentos como: Livros, Teses, monografias desde o ano de 2008 até o ano de 2018. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves Infecção Hospitalar; Prevenção da infecção Hospitalar; Controle da Infecção Hospitalar; SEPSE.

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2. INFECÇÃO HOSPITALAR

Infecção Hospitalar se manifesta no âmbito do hospital ou após alta do mesmo pois muitas vezes está nem é diagnosticada na admissão do paciente, por diversos motivos tais como: período de incubação prolongado ou ainda por dificuldade diagnostica. Observou-se que as infecções de origem hospitalar aumentam as chances do óbito, de internações e complicações no tratamento, elevam os custos da hospitalização, sendo isto oriundo a procedimentos hospitalares, ambulatoriais e de internação (ANVISA, 2010).

Bonveto (2007 ) estabeleceu uma classificação de infecção relacionado a cateter, tais como: Infecção hospitalar primária da corrente sanguínea: bacteremia temporária de um foco infeccioso (que pode se resolver espontaneamente) ou pode resultar em sepse (se não for contida);Infecção do local de inserção do cateter:

eritema, induração ou secreção purulenta ao redor da pele no local de sua inserção e/ou febre; Infecção no túnel dos cateteres implantados: eritema, dor, induração nos tecidos que cobrem o cateter maior que 2 cm do local de sua inserção, associada ou não à febre; Cateter colonizado: crescimento maior ou igual a 15 (unidades formadoras de colônias – UFC) semiquantitativa ou maior que 103 (quantitativa), de segmento distal, na ausência de sinais clínicos; Infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter: isolamento do mesmo agente em cultura do segmento distal do cateter (cultura semiquantitativa ou quantitativa) e no sangue, acompanhado de sintomas clínicos de infecção da corrente sanguínea sem outro foco aparente de infecção; Infecção em dispositivo implantável: eritema e necrose da pele acima do reservatório do dispositivo ou exsudato purulento na bolsa subcutânea.

De acordo com Rodrigues e Pereira (2016) as causas que levam o indivíduo contrai uma infecção está relacionado ao seu estado geral saúde, a pratica procedimentos invasivos tais como: transplantes, transfusões, fatores imunodepressivos, uso de ventilação invasiva, nutrição parenteral, abuso da utilização de antibióticos, betabloqueadores e histamínicos, uso de cateteres e outros equipamentos.

Os fatores relacionados ao paciente (idade, estado nutricional, infecção preexistente e comorbidades, os procedimentos, a dificuldade técnica e a duração prolongada de cirurgia, a preparação pré-operatória e a esterilização inadequada dos instrumentos cirúrgicos podem agravar o risco de infecção de forma significativa.

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Tanto as virulências, como a capacidade de invasão do organismo envolvido, o estado fisiológico e a integridade imunológica do hospedeiro, também representam alguns dos elementos que podem determinara ocorrência ou não de infecção (SINÉSIO,2018).

Rodrigues e Pereira (2016) selecionou 1048 paciente da UTI para ver os principais eventos infecciosos relacionadas à assistência à saúde, os óbitos decorrentes dessas infecções, os principais eventos infecciosos encontrados foram:

PAVM, 28 (15,14%) pneumonia nosocomial, 26 (14,05%) ITU associada ao cateter vesical, 18 (9,73%) desenvolveram IPCS associadas ao cateter, 16 (8,65%) apresentaram infecção relacionada ao acesso vascular (exceto IPCS) e 10 (5,40%) desenvolveram outras infecções, como podemos ver nas imagens a seguir:

Figura 01- Distribuição das principais infecções hospitalares ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. São Luís/MA, 2015.

Fonte: Rodrigues e Pereira (2016, p.45)

Na imagem acima podemos ver que as infecções mais prevalentes na UTI deste estudo foram: a pneumonia associada a ventilação mecânica, infecção do trato urinário, infecção da corrente sanguínea relacionado a cateter, acesso vascular e entre outras infecções.

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Figura 02- Distribuição das infecções relacionadas à assistência à saúde ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. São Luís-MA, 2015.

Fonte: Rodrigues e Pereira (2016, p.46)

Na imagem acima pode-se ver que referente aos 510 clientes que foram expostos à ventilação mecânica (48,30%), a duração da VM em dias por clientes apresentou uma média de 8,92 e 8,61 e a densidade de incidência de PAVM foi de 15,83. Em relação ao uso do cateter vesical, 916 utilizaram cateter vesical de demora (86,74%), densidade de incidência de Infecção do trato urinário (ITU) no período foi de 3,48. E, para terminar, 764 (72,35%) dos clientes internados foram expostos com cateter vascular central (CVC), a permanência dos CVC (dias) por paciente apresentou uma média de 8,10, incidência de Infecção da corrente sanguínea (ICS) primária com comprovação laboratorial no período foi de 2,91.

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Figura 03- Distribuição das IRAS ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, relacionadas ao desfecho desses pacientes na unidade.

São Luís/MA, 2015.

Fonte: Rodrigues e Pereira (2016, p.46)

Na imagem acima refere ao desfecho dos clientes com IRAS, pôde-se perceber que os que apresentaram IPCS tiveram uma chance de quase 7 vezes maior de ir a óbito do que os pacientes que não apresentaram IRAS os que tiveram ITU apresentaram uma chance 3 vezes maior e os que desenvolveram PAVM uma chance de 4 vezes maior e os que desenvolveram PAVM uma chance de 4 vezes maior de irem a óbito do que os que não tiveram IRAS.

Figura 04- Distribuição das IRAS ocorridas na UTI no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, relacionadas à ocorrência de sepse, sepse grave e choque séptico. São Luís-MA, 2015.

Fonte: Rodrigues e Pereira (2016, p.46)

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Na imagem acima demonstrar que os clientes que tiveram pneumonia associada a ventilação mecânica tem uma elevada chance de ter sepse grave e choque séptico mais do que os que tiveram ITU, quanto os que tiveram ICS referente aos que tiveram ITU não teve diferença.

No estudo de Carneiro et al. (2008) apontou como agente causado das infecções hospitalares: Escherichia coli, Salmonella, Staphylococcus, Klebsiella em diversos setores do hospital foram encontrados estes microrganismos Enquanto que no estudo de Gaspar et al. (2012) ele aponta os microrganismos mais prevalentes tais como: Escherichia coli 63 (23,2%); Staphylococcus aureus 42 (15,5%); Pseudomonas aeruginosa 32 (11,8%); Klebsiella pneumoniae 28 (10,3%); Staphylococcus não produtor de coagulase - SNPC 27 (10,0%); Enterobacter aerogenes 27 (10,0%); e Acinobacter baumannii 11 (4,1%) em âmbito hospitalar.

Machado, Carvalho e Oliveira (2011) realizou uma cultura no quais evidenciou os principais microrganismos: Pseudomonas aeruginosa, encontrada em 92 culturas (17,1%); seguida por Staphylococcus epidermidis 53 (9,83%) e Acinetobacter baumanii 40 (7,42%). Foi possível realizar um paralelo entre as pneumonias, que constituíram a infecção de maior prevalência (28,2%), e 39,35% dos microrganismos isolados: Pseudomonas aeruginosa, Acinectobacter baumannii, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, e Serratia marcescens, que são apontados como causadores de pneumonias.

Em relação a infecções do trato urinário, que corresponderam ao segundo sítio de maior incidência de IH do CTI (45,5%), pôde-se associá-las a 19,3% dos microrganismos isolados: Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus sp, Escherichia coli, Cândida sp, Pseudomonas s, apontados como causadores dessas infecções (MACHADO; CARVALHO;

OLIVEIRA, 2011).

Já com respeito a infecções da corrente sanguínea, terceiro sítio de maior frequência de IH (14,9%), foi possível correlacioná-las a 57,3% do total de patógenos encontrados: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Acinetobacter baumannii, Candida albicans), Enterococcus sp, Staphylococcus aureus, Candida sp, Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Pseudomonas sp, Acinetobacter

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sp e Enterobacter cloacae, citados como os principais causadores dessas infecções.

É importante ressaltar a presença de Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii em todos os tipos de IH identificadas no CTI/HC/UFMG (MACHADO;

CARVALHO; OLIVEIRA, 2011).

No estudo de Lima et al. (2015) ele vem falando que o Staphylococcus aureus é um dos mais prevalente e causadores de infecção sendo este um bactéria gram- positiva resistente a muitos fármacos e causadora de diversos gêneros de infecções, tais como endocardites, pneumonias e septicemias. As feridas cirúrgicas, as escaras e os locais de saída de dispositivos médicos, também podem ser colonizados e entre outros.

Diante das citações dos autores aqui citados existem diversas infeções, sendo as mais comuns: ICS, ITU, PAVM, SEPSE, choque séptico e os microrganismos mais prevalentes: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Acinetobacter baumannii, Candida albicans), Enterococcus sp, Staphylococcus aureus, Candida sp, Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Pseudomonas sp, Acinetobacter sp e Enterobacter cloacae e entre outros, chamando atenção que este é um problema sério e que continua crescendo nos hospitais, exigindo medidas de prevenção e controle no capítulo seguinte será abordados com mais detalhe a SEPSE.

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3. SEPSE

A Sepse é constituída por uma reunião de sinais e sintomas extremamente dominante e que a pratica de protocolos clínicos torna-se uma ferramenta necessária para o diagnóstico prematuro e o tratamento apropriados, visando uma melhor recuperação do indivíduo (INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2017).

Segundo Ferreira e Nascimento (2014), A Sepse é uma desorganização do Organismo causada por resposta inflamatória no indivíduo, sendo esta de natureza infecciosa, capaz de várias manifestações podendo levar uma falência múltiplas dos órgãos, tornando-se indispensável a identificação dos sinais e sintomas da sepse com anamnese e exames físicos no diagnóstico precoce colocando em pratica as intervenções de enfermagem.

Sepse é uma manifestação do organismo frente aos agentes infecciosos, sejam eles Vírus, Bactérias, Fungos e Protozoários. Esta tem uma crescente importância por sua grande ocorrência e gravidade visando um tratamento de urgência (HOSPITAL VERA CRUZ, 2016).

Sepse apresenta-se como uma síndrome inflamatória que se dissemina rapidamente, tornando-se uma preocupação de caráter mundial. Possuindo por tanto a necessidade de um local adequado para um tratamento eficaz e uma melhora no quadro da infecção trazendo ao paciente uma chance de sobrevida, contudo sabe-se que este local precisa ser livre de focos de infecções, para isso a equipe de enfermagem tem um papel fundamenta na busca de um melhor resultado (LIMA;

PICANÇO, 2016).

Foram muitos os estudos a cerca desta patologia e muito se falava em uma apresentação mas precisa e de maior entendimento para que se fosse feito um diagnóstico mais precioso e determinante. Tem-se como apresentação de estudos as mudanças propostas para a, resposta inflamatória sistêmica (SRIS), sepse e choque séptico (INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2017). Na tabela abaixo veremos a classificação da Sepse:

Tabela 1 – Novos conceitos de infecção, sepse e choque séptico

Classificação antiga Classificação atual Característica

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Sepse Infecção sem disfunção

Infecção suspeita ou confirmada, sem

disfunção orgânica, de forma independente da presença de sinais de SIRS.

Sepse grave

Sepse Infecção suspeita ou confirmada, associada a disfunção orgânica, de forma independente da presença de sinais de SIRS.

Choque séptico Choque séptico

Sepse que evoluiu com hipotensão não corrigida com reposição volêmica (PMA ≤ 65 mmHg), se forma independente de alteração de lactato.

Fonte: Instituto Latino Americano de Sepse.

A sepse é uma das doenças mais desafiadoras da medicina. Têm sido despendidos esforços consideráveis para um melhor entendimento da inflamação sistêmica que caracteriza essa síndrome (DIAS et. al., 2014 p.136). Esta é considerada uma das doenças fatais mais comumente encontradas em todo o mundo.

Trata-se de uma das poucas moléstias democráticas, já que atinge tantas pessoas em localidades com poucos recursos, como as residentes em áreas mais desenvolvidas (VIANA, MACHADO, 2016 p.13).

Segundo DIAS et. al. 2014, p.136) diz que apesar de sua importância e da demanda de recursos, seu reconhecimento muitas vezes ainda não ocorre em tempo hábil, deixando margem para a ocorrência de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. Seu manejo sofreu profundas mudanças na última década, havendo hoje inúmeras orientações com base em evidências advindas de estudos no cenário clínico.

A saber que a sepse é identificada por estadiamentos; no primeiro é definida pela Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS), mais a presença do foco infeccioso; no segundo é a evolução da SRIS para a sepse grave, sendo identificado por disfunção orgânica ou hipoperfusão tecidual; no terceiro é o choque séptico, sendo a sepse grave com hipotensão não revertida após reposição volêmica (DIAS et al., 2014; LIMA, PICANÇO, 2017, p.2).

Entretanto para Barros, Maia e Monteiro (2016, p.389), a sepse é um grave problema de saúde pública em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que apesar de um enorme esforço de investigação nas últimas décadas continua sendo um desafio considerável e crescente aos cuidados de saúde.

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Os critérios para identificação da sepse, suspeitada ou documenta, observando variáveis do estado hemodinâmico gerais: hipertermia acima de (38,3°C); hipotermia abaixo de (36°C); taquicardia acima de (90 bpm); taquipneia; estado mental alterado, edema significativo; hiperglicemia acima de (140 ml/ dL); hipotensão arterial - PAS abaixo de (90 mm Hg) e PAM abaixo de (75 mm Hg); hipoxemia; oligúria aguda;

hiperlactetemia (WESTPHAL et al., 2011; LIMA, PICANÇO, 2017 p.11).

A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) é definida pela presença de pelo menos duas das seguintes evidências clínicas: temperatura acima de 38°C ou abaixo de 36°C, taquicardia com frequência cardíaca acima de 90 batimentos por minuto, taquipneia ou hiperventilação com PaCO2 abaixo de 32 mmHg, leucocitose acima de 12.000/mm3, leucopenia abaixo de 4.000/mm3 ou mais de 10% de formas jovens de neutrófilos (DIAS et. al.,2014 p.140).

Entretanto Barros, Maia e Monteiro (2016, p.389) diz que, algumas condições podem comprometer a resposta imune do hospedeiro e aumentar a suscetibilidade às infecções, tais como: envelhecimento da população, procedimentos invasivos, pacientes imunossuprimidos e com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Sepse é uma síndrome prevalente com elevado número de morbidade, mortalidade e que representa altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são fatores primordiais para que essa mudança seja percebida (INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2017).

Segundo Ferreira e Nascimento (2014) alguns elementos são cruciais para um diagnóstico preciso fazendo com que, haja um tratamento eficaz para uma melhora substancial do paciente. São critérios de diagnostico conforme podemos ver no Quadro 1:

Quadro 1 – Critérios de diagnóstico de sepse Infecção documentada ou suspeitada e algum dos seguintes critérios

– Variáveis gerais:

Febre (temperatura central > 38,3º C) Hipotermia (temperatura central < 36º C)

Frequência cardíaca > 90 bpm ou > 2 DP acima do valor normal para a idade Taquipneia

Alteração de sensório

Edema significativo ou balanço hídrico positivo (> 20 ml/kg/24 horas)

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Hiperglicemia na ausência de diabete (glicemia > 120 mg/dl) – Variáveis inflamatórias:

Leucocitose (contagem leucócitos totais > 12.000 / mm³) Leucopenia (contagem leucócitos totais < 4.000 / mm³)

Contagem de leucócitos totais normal com > 10% de formas imaturas Proteína C- reativa no plasma > 2 DP acima do valor normal

Procalcitonina plasmática > 2 DP acima do valor normal

Fonte: Ferreira e Nascimento (2014)

Para Barros, Maia e Monteiro (2016) a causa que podem vir a comprometer o sistema imunológico e multiplicar a vulnerabilidade às infecções são: os procedimentos invasivos, o envelhecimento populacional, pessoas imunossuprimidos, e com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), tendo também grande importância os hospedeiros em uso de bebidas alcoólicas, desnutridas, diabetes mellitus.

Algumas bactérias são multirresistentes mediante ao tratamento com antibioticoterapia, por diversos fatores sendo o uso indiscriminado de antibiótico e as práticas utilizadas por profissionais de saúde inapropriadas onde geram ao ambiente hospitalar uma maior susceptibilidade para riscos de disseminação de bactérias multirresistente e uma estadia do paciente mais prolongada no ambiente hospitalar (CARNEIRO et al., 2008).

É causa de agravamento o estilo de vida populacional como: alimentação desregulada, níveis de estresse, uma intensa jornada de trabalho. Como também a doença autoimune, hereditariedade, doenças infectas contagiosas, neoplasia. O número de sepse está aumentando consideravelmente e a tendência para os próximos anos é um crescimento nestes casos (FERREIRA; NASCIMENTO, 2014).

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4. PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM ESPECIAL SEPSE.

O Serviço de Enfermagem representa um papel relevante no controle de infecções por ser o que mais contatos mantém com os pacientes e por representar mais de 50% do pessoal hospitalar. Colaboram também com destaque, na redução de infecções hospitalares, os Serviços Médicos, de Limpeza, Nutrição e Dietética, Lavandaria e de Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento (NERE et al. 2017)

O apoio da Administração Superior do Hospital e a colaboração dos demais servidores, em toda a escala hierárquica, desde o Administrador até o Servente, fazem-se indispensáveis. Afora o esforço permanente e sistematizado de todo o pessoal hospitalar, muito do bom êxito na execução de medidas de prevenção e controle de infecções vai depender da planta física, equipamentos, instalações e da capacidade do pessoal (MENDONCA et al. 2011)

Independente do bom atendimento dos pacientes, a adoção de medidas preventivas contra as infecções é dificultada pelas deficiências encontradas na planta física de nossos hospitais, tais como a localização dos ambulatórios, o controle do acesso de pacientes externos ao Centro Obstétrico, Centro Cirúrgico, Berçário, Lactário, Unidade de Queimados, etc (NERE et al. 2017)

O número deficiente de elevadores obriga a permissão do transporte promíscuo de pacientes, de carros térmicos de alimentação, de roupa limpa e suja, de visitantes e de pessoal hospitalar. Dependências físicas com áreas deficientes dificultam a execução de técnicas médicas e de enfermagem, assim como as grandes enfermarias onde a superlotação concorre para o aumento de infecções cruzadas (MENDONÇA et al.2011)

A falta de quartos individuais, com sanitários próprios em cada unidade de internação, não facilita a montagem de isolamento para pacientes portadores de doenças infectocontagiosas e para os suspeitos. A simples, enfatizada e indispensável lavagem constante das mãos do pessoal hospitalar, na prevenção de infecções, afigura-se, às vezes, de difícil adoção pelo número reduzido de lavatórios e pelo seu tipo 5 inadequado (ARAÚJO et al. 2010)

A localização inconveniente de certos setores que devem ser próximos entre si, como o Centro Obstétrico e Berçário à Unidade de Internação Obstétrica, as Salas de Operações à Unidade de Recuperação Pós-Anestésica e está à Unidade de

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Tratamento Intensivo, como as construções de material de má qualidade, permitindo a infiltração de água e a falta de incineradores de lixo, são critérios muitas vezes não observados pelos responsáveis pelas construções de nossos hospitais (NERE et al.2017).

Percebeu-se ainda que a equipe multiprofissional por estar e agir de forma próxima ao paciente na execução de procedimentos relacionados a assistência em saúde, necessitam de ajustes acerca dos procedimentos operacionais padrão e manuais, estabelecidos pelo o ministério, como: educação continuada e treinamentos para a devida prevenção dos riscos de (IH) ao cliente atendido, adotando medidas simples como lavagem das mãos (MENDONÇA et al.2011).

Identificou-se, portanto, que o conhecimento adquirido durante a formação dos profissionais de saúde que atuam com clientes de internação e sua assistência, leva a uma melhor estratégia de prevenção, possibilitando que a equipe identifique com mais eficácia os casos prováveis ou possíveis focos de (IH) em todas as atividades que o mesmo tenha contato com situações de risco (ARAÚJO et al. 2010).

Observou-se ainda que é de grande valia a implantação ou aperfeiçoamento de uma (CCIH) nas instituições, sendo necessário que todos que fazem parte da equipe assistencial envolvidos nesse controle saibam de suas atribuições, pois durante a prestação de serviço suas ações iram favorecer, cooperando para que a porcentagem crescente de casos diminua, optando também por maquinário adequado e devidamente esterilizado. (GIAROLA et al.,2012).

Diante do exposto, percebe-se que a (IH) é um problema de saúde pública, que apesar da grande incidência é prevenivel, para isto e necessário uma ação conjunta e sistematizada a ser seguida, procedimentos simples como a: lavagem das mãos, até procedimentos mais complexos como cirurgias, requer do profissional ética e responsabilidade social, visto que seus atos podem contribuir para manutenção e recuperação da saúde do outro (GIAROLA et al.,2012).

De acordo com Fernandes (2010) médicos defendem a pratica de profissionais da equipe ligada a biossegurança, e utilização de (EPI) equipamentos de proteção individual, ou na execução da antissepsia das mãos, utilização de luvas, utilização de álcool gel ou outras formas de barreira como aventais, levam a uma grande eficácia no que diz respeito á diminuição de risco e ou situações que levam o cliente a exposição.

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A lavagem das mãos é uma das medidas mais indicadas por ser uma parte do corpo que mais leva á exposição do cliente a infecção, por este motivo este procedimento constituem o programa de controle de infecção hospitalar (PCIH) como pratica prioritária, tido como ato simples na prevenção de focos e agravos, extinguindo muitas situações de risco, prevenindo de forma efetiva a contaminação do paciente causada por microrganismos oportunistas (FERNANDES,2010)

Analisou-se ainda que os familiares/visitantes dos clientes internados cooperam também em grande escala para casos de infecções, muitas vezes não entendem sobre normas simples de prevenção aos cuidados que oferece ao paciente, ofertando atos que atrapalham o processo de tratamento, e expondo o cliente a riscos que poderiam ser evitados, cabe as equipes orienta-los quanto as boas práticas de higiene e profilaxia. (RABELO; SOUZA,2009)

Constata-se que a assistência nosocomiais despertam preocupação no cenário atual devido ao grande número de bactérias resistentes a inúmeros antibióticos. Essa realidade está diretamente associada ao uso indiscriminado dessas drogas pela população, que desrespeita as recomendações necessárias para um uso correto.

Outro ponto a ser considerado é uma possível falha na formação acadêmica médica que, ao negligenciar o ensino da microbiologia básica, compromete a habilidade desses profissionais de atuarem de forma efetiva na disseminação de conhecimento e na prevenção de infecções hospitalares. (ANVISA,2016)

Identificou-se ainda que cada unidade de atendimento ambulatorial ou hospitalar, estabeleça seu modo de conduzir a identificação de focos ou possíveis agravos, catalogando, coletando dados necessários epidemiológicos afim de detectar onde e porque ocorre o maior numero de casos de determinada infecção, afim de entender a vigilância, analisar essas informações afim de montar de forma satisfatória medidas profiláticas pertinentes (RABELO;SOUZA,2009)

Destacou-se na literatura que as IH´s representam uma preocupação das autoridades de saúde, visando o problema social que tais internações por infecção causam ao doente, visto que são pessoas que são retiradas do convivo com o meio, retirada do seus postos de trabalho e da interação familiar, muitas das vezes nem retornando a suas atividades por lesões ou por óbito (GIAROLA et al.,2012).

Confirmou-se que as repercussões sociais para a vida do cliente é um fator importante, tendo em vista que este acontecimento impacta de forma especial sua saúde psicológica como também sua vida econômica, pacientes arrimo de família

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principalmente sofrem por não poderem ajudar seus entes queridos, isso mostra a responsabilidade que a enfermagem e toda a equipe tem de ofertar tratamento eficaz na prevenção de agravos (OLIVEIRA; CARDOSO; MASCARENHAS,2010).

Graças ao avanço tecnológico, o diagnóstico e tratamento tem melhorado e aumentado as chances de vida e de intervenções, porém isso não diminui as chances e risco de IRAS e deste modo controlar a ocorrência dessas infecções é uma tarefa desafiadora e requer do profissional preparo e conhecimento adequado (GIAROLA et al.,2012).

De acordo com a Lei nº 7498 de 25 de junho de 1986, que dispôs sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, cabe ao enfermeiro, enquanto integrante da equipe de saúde, a prevenção e o controle sistemático da infecção nosocomial e de doenças transmissíveis em geral (RODRIGUES;

PEREIRA,2016).

O enfermeiro tem como objetivo maior, analisar de forma crítica e com olhos clínicos as intervenções que auxiliem no sucesso dos métodos que devem ser implementados, na missão de diagnosticar e intervir na prevenção de relações risco/paciente. Em face do contexto, torna-se pertinente a realização de estudos que apresentem as taxas de infecções ocorridos nas unidades, visando relacionar a ocorrência das infecções com a assistência à saúde (GIAROLA et al.,2012).

Sendo assim, para que o controle da infecção relacionada à assistência à saúde seja realizado de forma sistemática, por todos que participam direta ou indiretamente do processo, e atenda às necessidades de cada serviço, políticas e normas deverão estabelecer conceitos e organizar estrutura física e humana e formas de trabalho, para com isso melhorar a qualidade da assistência prestada a população (RODRIGUES; PEREIRA,2016).

A introdução de novos métodos diagnósticos e terapêuticos e o avanço tecnológico na assistência à saúde, aumentam-se as possibilidades de intervenção e diminuição da mortalidade. Entretanto, tal avanço traz um aumento do risco de IRAS e deste modo controlar a ocorrência dessas infecções é uma tarefa desafiadora e requer do profissional preparo e conhecimento adequado (GIAROLA et al.,2012).

Sendo assim, para que o controle da infecção relacionada à assistência à saúde seja realizado de forma sistemática, por todos que participam direta ou indiretamente do processo, e atenda às necessidades de cada serviço, políticas e normas deverão estabelecer conceitos e organizar estrutura física e humana e formas

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de trabalho, para com isso melhorar a qualidade da assistência prestada a população.

(RODRIGUES; PEREIRA,2016)

Os cuidados de saúde mais modernos implantados nos hospitais recentemente têm gerado ganhos sem precedentes às novas gerações de doentes. No entanto, essas conquistas também foram acompanhadas por um aumento relevante no risco de infecção hospitalar (IH). Nesse contexto, as infecções foram designadas como Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) (FERNANDES, 2010).

Sabe-se que os diversos microrganismos – tais como bactérias, fungos e vírus com os seres humanos sempre foi uma questão preocupante e de difícil compreensão para toda a população, devido à sua complexidade. No entanto, os recentes avanços da área médica e a grande preocupação com cuidados de saúde têm estimulado a ampliação de conhecimentos sobre os mecanismos de agressão e defesa envolvidos no estabelecimento de uma doença, a fim de estabelecer estratégias de controle e prevenção (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2014)

CCIH reúne profissionais que tenham conhecimento no assunto de bacteriologia epidemiologia, para que possam atuar nesse controle de forma mais efetiva, as funções destinadas a essa Comissão estão intimamente relacionadas às fontes e causas das infecções hospitalares. A CCIH visa reduzir a incidência de IHs através da análise de dados de disseminação e também através da organização dos antibióticos, que devem ser de primeira e segunda escolha ou até mesmo aqueles que devem ser os de reserva, considerados mais fortes (LIMA; PICANÇO, 2016).

Faz-se necessária a criação de uma comissão responsável pelo controle de infecção a CCIH (Comissão em Controle de Infecção Hospitalar) entretanto, ocasionou-se um embate com a equipe de saúde, onde essa visa que o controle de sepse se tornou mais difícil pela distribuição desta tarefa a este setor, eximindo-se assim dessa responsabilidade. A CCIH foi criada em meados dos anos 80 pelo ministério da saúde e sancionada pela portaria 196 em 24 de junho de 1983 e em 12 de maio de 1998 foi regulamentada (LIMA; PICANÇO, 2016).

Porem para a Anvisa (2016-2020) os profissionais devem seguir o protocolo de prevenção a infecções, que venham amenizar e até mesmo eliminar os ricos de uma disseminação por bactérias multirresistente. Este protocolo deve ser encarado por estes profissionais, como método de prevenção indispensável à promoção a saúde, conforme podemos ver Tabela 2:

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Tabela 2 – Medidas de prevenção e controle das infecções e colonizações por bactérias multirresistentes.

Higiene das mãos - Utilizar produto alcoólico rotineiramente ou água e antisséptico, caso as mãos estiverem visivelmente sujas;

- Antes de iniciar a técnica, é necessário retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios.

Paramentação - Utilizar avental descartável, luva de procedimento, máscara e nos casos de risco de contato de fluidos com a face do profissional, utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica;

- Retirar os Equipamentos de proteção individuais (EPIs) antes de sair do quarto, calçar novas luvas de procedimento para descartar os materiais utilizados na limpeza e higienizar as mãos

Cuidados com as superfícies e ambiente

- Utilizar detergente e quaternário de amônio nos pisos e paredes;

- Utilizar varredura úmida;

- Realizar limpeza concorrente com água e sabão e desinfecção com álcool 70% a cada turno;

- Realizar limpeza terminal entre pacientes e, no quarto do mesmo paciente, semanalmente;

- Evitar o excesso de materiais de consumo expostos no ambiente, como caixas de luvas, medicamentos de uso coletivo e produtos de higiene pessoal;

- Quando da transferência do paciente para outros setores, descartar ou enviar, se possível, para a unidade de destino, os materiais de consumo diário (esparadrapo, fita, pacotes de gaze e compressa, etc);

- Realizar limpeza e desinfecção com água e sabão e álcool 70% na cadeira ou maca utilizadas no transporte.

Cuidados com equipamentos

- Estetoscópio, termômetro E manguitos de pressão não invasiva devem ser preferencialmente de uso individual. Quando não for possível, realizar limpeza e desinfecção entre um paciente e outro.

Controle de fluxo na Unidade

- Restringir a circulação de pessoas, sejam estudantes, estagiários, visitantes ou acompanhantes;

- Estimular a higienização das mãos do paciente, visitantes e acompanhantes;

- Utilizar avental de preferência de manga comprida quando em contato com o paciente

Fonte: Anvisa (2016-202)

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A equipe de saúde deve educar de forma continua a população quanto aos riscos de se automedicar, muitas das vezes as infecções estão relacionadas com multirresistência de patógenos ocasionadas por utilização indiscriminada primacialmente de antibióticos, que ao invés de tratar as doenças, aumentam os casos de IRAS na população. Neste caso os profissionais e o próprio ministério através dos órgãos de fiscalização podem atuar neste contexto.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existem diversas infeções, sendo as mais comuns: ICS, ITU, PAVM, SEPSE, choque séptico e os microrganismos mais prevalentes: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Acinetobacter baumannii, Candida albicans), Enterococcus sp, Staphylococcus aureus, Candida sp, Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Pseudomonas sp, Acinetobacter sp e Enterobacter cloacae e entre outros, chamando atenção que este é um problema sério e que continua crescendo nos hospitais, exigindo medidas de prevenção e controle.

Os procedimentos de controle de infecção devem ser baseados em evidências.

Embora exista uma grande variedade no grau de adesão aos programas e pacotes de prevenção à infecção relacionada à assistência à saúde, reconhecem-se as transformações proporcionadas a partir destas medidas pois a implementação não dependem apenas da qualidade dos programas, mas podem estar relacionadas às diferenças existentes entre os contextos organizacionais. Tal fato revitaliza a necessidade investigativa das realidades em diferentes âmbitos de assistência à saúde, especialmente, no cenário do paciente crítico.

Conclui-se que ao verificar a prevalência de infecção relacionada à assistência à saúde é possível estimar o impacto do evento sobre uma comunidade ou população, com a finalidade de orientar recursos humanos e financeiros, e as ações voltadas para a prevenção ou controle, uma vez que a ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde é um problema sério, silencioso e de saúde pública.

Ao considerar o seu impacto nos gastos em saúde é necessária a ampla responsabilização dos gestores públicos na abordagem a essa problemática, para a racionalização dos gastos e melhoria da segurança do paciente. A partir da análise da frequência e os fatores associados à sua ocorrência é possível guiar ações de vigilância, prevenção e controle dessas complicações infecciosas para o cuidado mais seguro ao paciente crítico.

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REFERÊNCIAS

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