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CASO CLÍNICO 7 Anestesia Venosa Total para Colecistectomia Videolaparoscópica

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Academic year: 2022

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CASO CLÍNICO 7

Anestesia Venosa Total para Colecistectomia Videolaparoscópica

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Dr. José Eduardo Bagnara Orosz

CRM: 88119 SP

Corresponsável pelo CET / SBA - PUC Campinas

Mestre em Anestesiologia pela FM Botucatu – UNESP

Membro da Comissao Científica da SAESP

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CASO CLÍNICO

Colelitíase

DADOS DEMOGRÁFICOS

RBS, 48 anos, sexo feminino

CIRURGIA PROPOSTA

Colecistectomia videolaparoscópica

CASO CLÍNICO

Comorbidades associadas: ASA II por dislipidemia Paciente: RBS, 48 anos, sexo feminino

Medicações em uso: Sinvastatina

Exame Físico: P78 kg, 167cm, IMC: 28 kg.m-2

• Bom estado geral, corada, hidratada, eupneica, orientada, sem edemas.

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• Ausculta precordial e torácica sem alterações.

PA:122x78 mmHg, FC:76 bpm.

• Abdome flácido, indolor à palpação.

• Mallampati grau 2, boa mobilidade cervical, distân- cia tireomentoniana 8 cm.

• Sem antecedentes relevantes.

• Exames laboratoriais com valores alterados:

- triglicérides: 221 mg.dL-1 - colesterol total: 247 mg.dL-1

- LDL: 71 mg.dL-1 - VLDL: 144 mg.dL-1 - HDL: 32 mg.dL-1 Linha do Tempo (minutos)

1 - Início infusão IV propofol – alvo 6 µg.mL-1 3 - Perda consciência

Início infusão remifentanil - 1µg.kg-1 em 1 minuto IV

Bolus de rocurônio - 1,2 mg.kg-1 IV

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5 - IOT

Reajustada infusão remifentanil para 0,25 µg.kg-1. min-1 IV

6 - Alvo do propofol reajustado para 4 µg.mL-1 10 - Incisão da pele

Titulação da infusão remifentanil conforme parâ- metros hemodinâmicos

40 - Rocurônio 0,1 mg.kg-1 IV 50 - Morfina 0,1 mg.kg-1 IV

70 - Término da sutura da pele

interrompida infusão de remifentanil e propofol 75 - Término do curativo

reversão do rocurônio 79 - Extubação

98 - Chegada à SRPA

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Técnica anestésica e evolução pós-anestésica Proposta anestesia geral venosa total, com infusão alvo-controlada de propofol - Diprivan® PFS 2%, por tratar-se de técnica segura, de fácil administração e grande estabilidade perioperatória, recuperação rápi- da com mínimos efeitos adversos, e grande satisfação do paciente.1,2

A monitorização constou de eletrocardioscópio, oxí- metro de pulso, pressão arterial não invasiva, capnó- grafo e termômetro esofágico. Obtido acesso venoso com cateter G20 em membro superior esquerdo.

A anestesia geral foi iniciada com pré-oxigenação sob máscara facial, com O2 a 100% por 3 minutos, seguida

de indução da hipnose, através de infusão alvo-con- trolada de propofol, com uso de Diprifusor.

A bomba foi programada com alvo plasmático de 6 µg.mL-1. Iniciou-se a infusão acompanhando na tela da bomba a evolução da concentração estimada no local de efeito. Observou-se inconsciência com con- centração de 3,1 µg.mL-1, quando foi perdido o conta- to verbal com a paciente. Iniciou-se bolus de 1 µg.kg-1 de remifentanil, administrado em 1 minuto, e de 1,2 mg.kg-1 de rocurônio, seguidos de infusão de 0,3 µg.kg-1.min-1 do opioide. Ao constatar-se satisfatório relaxamento muscular, procedeu-se à laringoscopia e intubação traqueal, sem ventilação com pressão posi- tiva sob máscara facial.

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Após ausculta bipulmonar e fixação da sonda tra- queal, reajustou-se a concentração alvo de propofol no Diprifusor. Ao valor observado no momento da perda de consciência (3,1 µg.mL-1 ) somou-se 30%, a fim de se obter a concentração de efeito mínima de manutenção durante a anestesia geral (4,0 µg.mL-1).

Assim, a manutenção da hipnose foi realizada com a concentração alvo de 4 µg.mL-1 de propofol no plas- ma, associada à infusão contínua de remifentanil, va- riando entre 0,1 e 0,4 µg.kg-1.min-1, e oxigênio em FiO2 de 0,6. Ajustes na infusão de remifentanil foram feitos conforme necessidade, de acordo com as variações hemodinâmicas e da intensidade do estímulo noci- ceptivo. Novo bolus de 0,1 mg.kg-1 de rocurônio foi administrado após 40 minutos da indução anestésica.

Foram administrados ainda ranitidina 50 mg, cetopro- feno 100 mg e 8 mg de morfina, diluídos na primeira unidade de cristaloide, infundida EV durante a indu- ção anestésica. Ao término da sutura da pele, foram interrompidas as infusões de propofol e remifentanil e, após a conclusão do curativo, realizada reversão do bloqueio neuromuscular com atropina 1,25 mg EV e neostigmina 2,5 mg EV.

A extubação ocorreu 9 minutos após a interrupção da infusão de propofol, com a paciente acordada e tranquila, orientada e com bom volume corrente. Foi encaminhada à sala de recuperação conversando, tendo alta para o quarto após 60 minutos, sem qual- quer queixa.

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1. Quais os cuidados a serem tomados na videolaparoscopia abdominal?

Apesar de gerar estimulação nociceptiva de intensidade inferior, se comparada à laparotomia, demandando menores doses totais de analgésicos, a laparoscopia exige controle preciso do plano anestésico e pleno relaxamento muscular, tanto da parede abdominal como do diafragma. Dessa forma se obtém boa visualização das vísceras e amplo campo operatório, o que confere não apenas maior conforto e facilidade ao cirurgião, mas também relevante ganho em segurança para o paciente.

Mas o pneumoperitônio produz compressão de vasos abdominais, dificultando o retorno venoso,

sobretudo de membros inferiores e vísceras. Assim, pode causar distúrbios hemodinâmicos, com redução do débito cardíaco e hipotensão arterial. O aumento da pressão intra-abdominal tende também a elevar o diafragma, dificultando a ventilação pulmonar.

Gera maior pressão nas vias aéreas e redução da capacidade residual funcional, o que aumenta o shunt alveolar, prejudicando a hematose, com dessaturação de oxigênio e hipercapnia. Contribui ainda para a elevação da PaCO2 e absorção do CO2 na cavidade.3

2. A anestesia venosa total tem indicação para

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este caso? Por quê?

Frente ao potencial para produzir alterações cardiovasculares, intrínseco à técnica cirúrgica, a possibilidade de melhor controle hemodinâmico oferecida pela anestesia venosa total traz evidente vantagem em relação à técnica balanceada, à medida que o propofol produz menor depressão miocárdica em relação aos anestésicos halogenados, sobretudo o halotano.4

Além disso, como há prejuízo à ventilação pulmonar, utilizar apenas anestesia venosa, que não depende da via respiratória para administração, constitui outro benefício, pois alteração da ventilação pulmonar

que dificulta a hematose pode também prejudicar a administração adequada de anestésico inalatório.

Quantidade insuficiente de anestésico disponível ao sistema nervoso central pode ser causa de plano anestésico inadequado, com risco de despertar e memória intraoperatória, desencadeamento de respostas neuroendócrinas, estimulação do sistema nervoso autônomo simpático, distúrbios hemodinâmicos, hiperglicemia e acidemia.5,6

Alguns procedimentos cirúrgicos apresentam maior incidência de náuseas e vômitos pós-operatórios, que estão entre as complicações mais temidas pelos pacientes. Esse é o caso das cirurgias laparoscópicas.

Também nesse aspecto a manutenção da anestesia

(10)

com Diprivan® apresenta-se como grande vantagem, uma vez que, sobretudo em infusão contínua, o propofol apresenta efeitos antieméticos, ao contrário do que ocorre com os anestésicos halogenados.7,8 3. Como deve ser realizada a indução e a manutenção neste caso? Por quê?

A indução deve priorizar o equilíbrio hemodinâmi- co, a fim de evitar vasodilatação periférica acentuada e hipotensão arterial, efeitos adversos do propofol que, no entanto, são doses dependentes. A técnica de infusão alvo-controlada (TCI - Target Controlled Infusion) caracteriza-se por menores doses de indu- ção, se comparada à técnica combinada, ou mesmo

à técnica manualmente controlada (MCI). Dessa for- ma, a TCI oferece melhor controle hemodinâmico, pela utilização de doses mais precisas, calculadas pela bomba de acordo com o modelo farmacociné- tico que utiliza, sendo no Diprifusor o modelo de Marsh.9-10

No caso descrito, como se trata de paciente não idosa, sem comprometimento importante da reser- va cardiovascular funcional, optou-se por abreviar a fase de indução anestésica, programando a bomba de infusão com a concentração alvo de 6 µg.mL-1, su- perior ao que usualmente se necessita para perda da consciência, em torno de 4 µg.mL-1. Como o bolus inicial infundido pela bomba é proporcional ao alvo escolhido, a maior rapidez de indução possibilitou

(11)

também que se tentasse fazer a intubação traqueal sem ventilação, com pressão positiva sob máscara facial, a fim de se evitar distensão gástrica, que po- deria prejudicar o campo visual do cirurgião.

Durante a indução, foi possível determinar a concen- tração plasmática que deveria ser usada para manu- tenção da anestesia, ao se observar que com o valor estimado de 3,1µg.mL-1 a paciente perdeu a consci- ência. Esse valor aparece como ”efeito” na terceira linha da tela exibida após o início da infusão, pres- sionando-se a tecla, localizada logo abaixo do botão giratório do Diprifusor. Considerando-se a existência da variabilidade interpessoal, é prudente somar-se ao valor obtido uma margem de segurança de 30%, o que permite redução do risco de despertar e de

memória intraoperatória, resultando na concentra- ção plasmática usada para manutenção (4 µg.mL-1), reajustada após a intubação traqueal.11

No transcorrer da cirurgia, é essencial adequar a analgesia oferecida à intensidade do estímulo dolo- roso vigente, sobretudo quando se usa opioide de ultra curta duração, como o remifentanil, como fár- maco único para prover analgesia.

4. Como se deve proceder ao final da anestesia?

À medida que a cirurgia se aproxima do final e passa às fases de menor estimulação nociceptiva, como as suturas de pele, é possível fazer uma redução

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progressiva da concentração plasmática de propofol, para se reduzir tanto o tempo de despertar ao final da infusão, como eventuais efeitos adversos resultantes de dose total além da necessária. Para tanto, pode- se retornar ao alvo próximo daquele em que houve perda da consciência, desde que se mantenha analgesia suficiente.12 Em tese, as concentrações em que ocorrem a perda de consciência e o despertar são as mesmas, exceto se houver ainda quantidades residuais de outros fármacos no plasma, suficientes para haver somatória ou sinergia de efeito.13

5. Qual a técnica de analgesia pós-operatória que

pode ser utilizada?

Analgesia pós-operatória de boa qualidade pode ser alcançada com anti-inflamatórios (AI) esteroidais e não hormonais, nas cirurgias com dor de pequena a moderada intensidade. Para procedimentos com maior dor está indicada a técnica multimodal, quando se associam, além de AI, opioides como morfina e metadona, na dose de 0,1 mg.kg-1, administrados IV cerca de 30 e 60 minutos antes do final do procedimento, respectivamente. Outros opioides de latência mais curta, como tramadol, na dose de 1mg.

kg-1 IV, também oferecem analgesia pós-operatória de boa qualidade, mas de menor duração.

(13)

6. Há vantagem na utilização da apresentação de Diprivan® PFS 2%?

Diprivan® PFS 2% apresenta 20 mg.mL-1, mas com a mesma quantidade de lipídeos por mL, comparada ao PFS 1%. Dessa forma, para administrar determi- nada dose, usando PFS 2% infunde-se metade do volume que se necessitaria de propofol 1% e, con- sequentemente, também metade da quantidade de lipídeos.

Em pacientes dislipidêmicos, a manutenção da anes- tesia com propofol 2% constitui vantagem adicional em comparação às apresentações a 1%, pela menor elevação da trigliceridemia durante e após a infu-

são.15,16 Essa vantagem pode ser ainda mais impor-

tante em pacientes obesos, que apresentam maior incidência de esteatose hepática, já que os lipídeos presentes na emulsão de propofol dependem de metabolização hepática.17

Pacientes em estado grave ou aqueles submetidos a quaisquer cirurgias de longa duração, quando é usada maior dose total, também podem se benefi- ciar do fato de receberem 50% menos lipídeos, sem custos adicionais.18

(14)

Referências Bibliográficas: 1. Myles PS, Leslie K.

Patient satisfaction after anaesthesia and surgery:

results of a prospective survey of 10811 patients.

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Minerva Anestesiol. 1994; 60(11):669-74 3. Luiz T, Huber T, Hartung HJ. Ventilatory changes du- ring laparoscopic cholecystectomy. Anaesthesist.

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Minerva Anestesiol. 1994;60:669-74. 5. Domino KB, Poser KL, Caplan RA. Awareness during ana- esthesia: A closed claims analysis. Anesthesiology 1999;80:1053-1061. 6. Myles PS, Leslie K, McNeil J,

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(15)

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Br J Anaesth, 1995;75:562-566. 11. Schuttler J, Ihmsen H - Population pharmacokinetics of propo- fol: a multicenter study. Anesthesiol, 2000; 92:727- 738. 12. Servin FS, Marchand-Maillet F, Desmonts JM - Influence of analgesic supplementation on the target propofol concentration for anaesthesia with Diprifusor TCI. Anaesthesia,1998; 53 Suppl 1:72-76. 13. Iwakiri H, Nishihara N, Nagata O, Mat- sukawa T, Ozaki M, Sessler DI - Individual effect- -site concentrations of propofol are similar at loss of consciousness and at awakening. Anesth Analg, 2005;100:101-10. 14. Simoni RF et al. – Eficácia do emprego da metadona ou da clonidina no intra- operatório para controle da dor pós-operatória

imediata após uso de remifentanil. Rev Bras Anes- tesiol 2009; 59(4):421-30. 15. Petricek W, et al. Does a high-dose propofol infusion affect lipid metabo- lism in man? European Journal of Anaesthesiolo- gy 1991;8(6):500-1. 16. Magana JJJ, Zapata GFL, Garcia LI. Changes in serum lipids, cholesterol and triglycerides during propofol infusion for induction and maintenance of anaesthesia in neurosurgical procedures. Revista Mexicana de Anestesiologia 1991;14(1):3-7. 17. Halpern A - Fisiopatologia da obesidade, em: Garrido Jr AB, et al. - Cirurgia da Obesidade. São Paulo, Atheneu, 2002;9-12. 18.

Coetze A, et al. Effect of 1% and 2% propofol on blood lipids during long-term sedation. South Afri- ca Medical Journal 2002; 92:911-6.

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Diprivan® 1% e 2% (propofol)

Diprivan

®

(propofol) é um agente de anestesia geral de curta duração, com rápido início de ação de apro-

ximadamente 30 segundos. Indicações: Diprivan é um agente anestésico intravenoso de curta ação, ade-

quado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Pode também ser

usado para a sedação de pacientes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia inten-

siva e, também, para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico. Contraindica-

ções: Diprivan é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente

de sua fórmula; para sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato

respiratório, recebendo tratamento intensivo e para sedação de crianças de todas as idades com difteria

ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo. Cuidados e Advertências: Advertências: Quando Diprivan

é administrado para sedação consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes devem

ser continuamente monitorados para sinais precoces de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessatu-

ração de oxigênio. Quando Diprivan é usado para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem

ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante procedimentos que requerem imobilidade, es-

ses movimentos podem ser perigosos para o local cirúrgico. A liberação do paciente da sala de recupera-

(17)

ção requer atenção especial, de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia geral. Assim como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado em pacientes com insuficiên- cia cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados. Diprivan não possui atividade vagolítica e tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente profunda) e também assístole. Deve-se considerar a administração intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução ou durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em que haja probabilidade de predo- minância do tônus vagal ou quando Diprivan for associado a outros agentes com potencial para causar bradicardia. Quando Diprivan for administrado a um paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão.

Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções no metabolismo de gordura e em ou-

tras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas. A necessidade de zinco suple-

mentar deve ser considerada durante a administração prolongada de Diprivan, particularmente em pacien-

tes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais como aqueles com queimaduras, diarreia e/ou

sépsis. O uso de Diprivan utilizando-se o sistema TCI DIPRIFUSOR é restrito à indução e manutenção de

anestesia geral, sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico e sedação de pacien-

tes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva. O sistema TCI DIPRIFUSOR

não é recomendado para uso em crianças. A administração de Diprivan 2% por injeção em bolus não é

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recomendada. Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Diprivan não deve ser usado durante a gravidez. Todavia, este produto foi usado durante interrupção da gestação no primei- ro trimestre, quando indicada. A segurança para o neonato, quando do uso de Diprivan em mulheres que estejam amamentando, não foi estabelecida. Diprivan atravessa a placenta e pode estar associado à de- pressão neonatal. O produto não deve ser utilizado em anestesia obstétrica. Interações medicamentosas:

recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devem ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan. Doses menores de Diprivan podem ser neces- sárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regio- nais. (para maiores informações vide bula completa do produto). Reações adversas: As reações adversas mais comumente informadas são efeitos colaterais farmacologicamente previsíveis de um agente anesté- sico, como a hipotensão, dor local em indução, bradicardia, apneia transitória durante a indução, náusea e vômito durante a fase de recuperação, dor de cabeça durante a fase de recuperação, sintomas de absti- nência em crianças, ruborização em crianças (outras reações adversas vide bula completa do produto).

Posologia: Adultos: Indução de anestesia geral: Diprivan 1% pode ser usado para induzir anestesia através

de infusão ou injeção lenta em bolus. Diprivan 2% deve ser usado para induzir anestesia através de infusão

e somente naqueles pacientes que receberão Diprivan 2% para manutenção de anestesia. Administrar

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aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável, por injeção em bolus ou por infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. Manutenção de anestesia geral: A profundidade requerida da anestesia pode ser mantida pela administração de Diprivan por infusão contí- nua ou por injeções repetidas em bolus.- Infusão contínua – Diprivan 1% ou Diprivan 2% podem ser usados.

A velocidade adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes, mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h, normalmente mantêm a anestesia satisfatoriamente. Injeções repetidas em bolus – recomenda-se que apenas Diprivan 1% seja utilizado. Se for utilizada a técnica que envolve injeções re- petidas em bolus, podem ser administrados aumentos de 25 mg (2,5 mL) a 50 mg (5 mL), de acordo com a necessidade clínica. Sedação na UTI: A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profun- didade necessária de sedação, sendo que velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir se- dação satisfatória. Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de diagnóstico: A maioria dos pa- cientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação. A manu- tenção da sedação pode ser atingida pela titulação da infusão de Diprivan até o nível desejado de sedação – a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Adicional à infusão, a administração em bolus de 10 a 20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na profundidade da sedação. Crianças:

Administração de Diprivan por sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. Indu-

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ção de anestesia geral: A dose deve ser ajustada em relação à idade e/ou ao peso. A maioria dos pacientes

com mais de 8 anos provavelmente irá necessitar aproximadamente 2,5 mg/kg de Diprivan para a indução

da anestesia. Manutenção da anestesia: A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela

administração de Diprivan por infusão ou por injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente

Diprivan 1% seja usado se forem usadas injeções repetidas em bolus. Geral: A velocidade necessária de

administração varia consideravelmente entre os pacientes, no entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normal-

mente produz anestesia satisfatória. Idosos: Em pacientes idosos, a dose de Diprivan necessária para a

indução de anestesia é reduzida. Sistema TCI DIPRIFUSOR: Indução e manutenção da anestesia geral: Em

pacientes adultos com idade abaixo de 55 anos a anestesia pode normalmente ser induzida com concen-

trações alvo de propofol em torno de 4 a 8 mcg/mL. Uma concentração alvo inicial de 4 mcg/mL é reco-

mendada em pacientes pré-medicados e, em pacientes sem pré-medicação, a concentração alvo inicial

recomendada é de 6 mcg/mL. O tempo de indução com estas concentrações alvo é geralmente de 60-120

segundos. As concentrações alvo podem então ser aumentadas na proporção de 0,5 a 1,0 mcg/mL em

intervalos de 1 minuto a fim de se atingir uma indução gradual de anestesia. Sedação consciente para pro-

cedimentos cirúrgicos e de diagnóstico: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propo-

fol no intervalo de 0,5 a 2,5 mcg/mL. O ajuste da concentração alvo deve ser titulado conforme a resposta

(21)

do paciente, para obter a profundidade de sedação consciente desejada. Sedação na UTI: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,2 a 2,0 mcg/mL (para informações mais detalhadas da posologia vide bula completa do produto). Superdose: É possível que a superdosagem acidental acarrete depressão cardiorrespiratória que deve ser tratada através de ventilação artificial com oxigênio. A depressão cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de expansores plasmáticos e agentes vasopressores. Apresentações: Diprivan 1% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagens com 5 ampolas contendo 20 mL ou 1 frasco-ampola contendo 50 ou 100 mL e embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. Diprivan 2% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagem com 1 frasco-ampola contendo 50 mL ou embala- gem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. USO ADULTO (Diprivan PFS 1% e 2% seringas prontas para uso) e CRIANÇAS ACIMA DE 3 ANOS (Diprivan 1% e 2% frascos-ampolas e ampolas). VIA INTRAVE- NOSA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

USO RESTRITO A HOSPITAIS. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (CDS 11.06 Janeiro/08). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000 Tel.:

0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Diprivan

®

. MS – 1.1618.0011

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Contraindicações: Diprivan

®

é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.

Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devam ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan

®

.

Diprivan

®

(propofol) é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou

opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.

(23)
(24)

Para uma anestesia geral confiável e eficaz,

siga por estas 3 direções:

VANT AGENS DO DIPRIFUSOR

:

Reconhecimento automático da medicação

2 e concentração.

Manutenção e reposição de peças,

sem custo para o hospital.

Aparelho em comodato.

Treinamento e suporte científico.

1- Servin, F . S.

TCI compar ed with manually contr

olled infusion of pr

opofol: a multicentre

study [T arget Controlled Intravenous

Anaesthesia using

‘Diprifusor’]. Anaesthesia 1998; 53(suppl

1): 82-86.

2- Gray J. M.;

Kenny G.

N. C..

Development of

the technology for ˝Diprifusor TCI systems. Anaesthesia, 1998; 53(suppl 1): 22-27.

1621144 - Produzido em Agosto/2011

Material destinado à classe médica.

Referências

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