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Bernardo Nunes da Silva FILHO DA MINHA MÃE O seu coração não é um campo, não aceite que nele joguem mágoas.

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(1)

O seu coração não é um campo, não aceite que nele joguem mágoas.

FILHO DA MINHA MÃE Bernardo Nunes da Silva

(2)

Prefácio

O livro poético filho da minha mãe, fala em um poema, a dor do filho que tem saudade da mãe falecida e, que sente vontade de voltar a viver

os momentos já vividos.

Com tanta saudade das promessas que a mãe fazia, que seriam cumpridas quando o filho ia crescer e, que hoje encontra - se magoado

pelo destino ter levado muito cedo à sua mãe. Este filho é o que escreveu para vocês.

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BERNARDO NUNES DA SILVA

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FILHO DA MINHA MÃE

(5)

PARA ONDE VAMOS?

Lembro - me das promessas que fazias Lembro - me dos dias que aqui mentias És tu, que dizias ser um verdadeiro És tu, o enganador, o amante estrangeiro

Para onde vamos?

Onde a falsidade esteja ausente Onde a humildade esteja presente Onde as razões não sejam cruéis

Onde há sorriso que não se descreve em papéis Lembro - me das orações que fazias E da sua mentira que não esquecias Para onde vamos?

Onde o amor ao próximo existe

Onde há boa vontade e o perdão que insiste Que não iluda o senhor de contos Vá onde quiseres,vá atrás dos tempos Tempos que prometias

Tempos que aqui mentias Para onde vamos?

Onde a sinceridade seja a mãe dos motivos.

(6)

A DOR QUE NUNCA ESQUEÇO

A dor que nunca esqueço

Está na mensagem frustrada que recebia Está na chamada inocente que não atendia

A dor que nunca esqueço É a dor do menino de rua

Que vagueia sem desejos pela vontade nua A dor que nunca esqueço

Está nas lágrimas, que as mães jorram por terra Está no pedido inocente de quem fica a espera

A dor que nunca esqueço É a dor dos motivos sem luz É a dor da vida que sempre quis Eu fujo da tristeza como um inimigo Eu acompanho a bênção sem nenhum perigo

A dor que nunca esqueço Está nas razões que dizias ter Está nas escolhas que querias perceber

A dor que nunca esqueço É dor da luta não vencida É a dor da emoção mal inspirada

A dor que nuca esqueço, é a dor do santo homem que sempre está com

(7)

O AMOR QUE NUNCA TIVE

Eu sonhei com um amor que há anos procuro

Ouvi vozes de carinho que espreitam o meu futuro Mas é a dor do amor que nunca tive

E da dor que ele sobrevive Que eu lacrimejo em papéis Que eu me afundo nas paixões cruéis Só quis ter o carinho que muitos têm

Só quis dizer o que de ti vem Mas é do amor que nunca tive

E da dor que ele sobrevive Que eu procuro tanto este amor Que eu preciso ser o único salvador O amor que nunca tive

É a paixão que leio em mensagens É o grito de socorro que vem de paisagens

É o tempo perdido no jogo que faço É o motivo iludido que anda escasso

Mas é do amor que nunca tive E da dor que ele sobrevive

Que eu preciso do beijo que mexe com o coração.

(8)

RAZÃO EGOÍSTA

Só o meu coração prova - te as razões da nossa luta

Nós incendiamos a maldade, para termos a alegria que hoje a gente desfruta Te dizer que sofremos não seria tão relevante

Pois tu escondeste o seu amor, mas dizes que foi brilhante Não limpar as lágrimas não é um motivo de tristeza eterna

Porque até o malfeitor chora e daí ignoramos do que sentimos pena Mas para onde vamos?

Se nós desconhecemos o nosso próprio caminho

Não é perder o rumo, mas a voz que guiava já não está pertinho Parecia engraçado, porque ninguém escondia os dentes

Problemas colavam - nos e as mágoas sempre estiveram presentes Houve desespero, faltou solução nas inquietações de toda gente

Calamos a voz de quem fez confusão e tentou fazer frente Passaríamos pelas defesas inseguras

Confiávamos a nossa sombra que nomeiava figuras Foi muito amor por isso a dor nos cuidava

A cada passo que falhávamos, o nosso erro mais nos amava Fomos tão plenos demais

E hoje decepcionados pelas razões que introduzíamos a paz.

(9)

JÁ CHOREI

Tantos embates vividos Tantos conselhos recebidos Lágrimas caíam pela incerteza Não me lembro de ser o culpado

Se eu gritei, Se eu chorei Não me sinto incomodado

Chorei pelo mal momento de toda gente Chorei pelo sonho de quem pensa para frente

Aos que tentaram e desistiram Aos que pensaram e nada fizeram

Eu chorei

Para os insultos do nosso querido Para o vosso frequente pedido

Eu chorei

Clamaram para o renascimento Quando tentaram amar o momento

Sentimentos foram feridos

Pelo tempo que fizeram, demos a culpa aos queridos Queridos irmãos, queridos vizinhos

Chorei quando o vosso pai de eleição vos enganou Chorei quando tentaram progredir e ninguém vos ajudou

5

(10)

FILHO DO MATO

És tu, o poderoso que desconhece derrotas És tu, que vives onde a única luz é das estrelas Você é o herói dos campos das pedrinhas como diamantes

Onde feridas são provas de luta para um combatente És tu, o filho que sempre esteve cheio de saudades Saudades de uma paixão enorme, cheia de verdades

A única sorte que terias é lutar sem vencer Você que vive na escuridão activa, onde é difícil ler

Ler corações em papéis, isso te estragaria a visão

Não te perdeste pela terra moribunda, porque o teu abrigo é o coração Mas ainda assim existem motivos, para que continues a escrever Porque os teus sonhos, não podem ser apagados mesmo sem os perceber

Deixa o tempo te guiar Todo seu mato vai se orgulhar Não te sintas triste por não teres o sucego

Serás diferente até pelo seu sucesso És tu, o filho do mato

És tu, o filho do mato que não conhece o asfalto És tu, o verdadeiro filho do mato.

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TROPA SEM FARDA

Tropa sem farda

É o homem que sabe o que quer Tropa sem Farda

É a mulher que ama aprender O tropa sem farda

É o guerreiro, que vê as lutas como solução dos problemas

É o santo humano, que vê as derrotas como um motivo de poucos temas O tropa sem farda

É o menino educado, que espera receber É o senhor de conquistas, que tem tudo para escrever

É o parecido temido e expulso pela desgraça Homem de um carácter esplendor A mulher com um coração amador

É o tropa sem farda

O nosso soldado das terras ameaçadas O nosso verdadeiro amor das paixões combinadas

Tropa sem farda

É o nosso maior encanto com as luzes das nossas mentes

É o nosso melhor abrigo para esquecer as mágoas dessa gente inocente Tropa sem Farda.

(12)

SÓ O TEU ABRAÇO

Só o teu abraço

Faz - me lembrar o amor que existe no universo

Faz - me sonhar, do tempo que as paixões eram do nosso berço Só o teu abraço

Domina o meu ego Domina o meu santo espírito Faz - me viajar sem transporte

E tem aquele afecto que nos aumenta a sorte Só o teu abraço

Mostra - me o caminho para seguir Ensina - me a não falhar e nunca desistir

Aquele abraço que transcende o amor Que diz não às as mágoas e leva consigo as flores

Quem me dera ter o mesmo abraço que tu Que possa granjear qualquer

Faz - me entender a dor da saudade

Faz - me escrever sem mentiras e apostar na verdade Só o teu abraço

Faz - me lacrimejar dos sonhos enterrados Só o teu abraço, só mesmo o teu abraço.

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O CORAÇÃO

Falo dele como a bola que ponho no pé Ele joga - me com os sentimentos que me põe a ver

Ver diferenças Comparar as crenças

O meu coração

Faz - me pecar pelas maravilhas desta terra Só ele me guia e me põe em guerra

Guerra de conquistas amorosas Pelas mulheres elegantes e poderosas O meu sonho é como a terra que desmoronou

Onde as paixões foram indecentes, ninguém que não achou O meu coração

É o meu discípulo É o meu dicionário do tempo É que me faz perder pelas serenatas O meu coração me faz esquecer as datas

Datas para passear Datas para recordar

Recordar pensamentos que navegam nos sentimentos Só o meu coração

Te leva no altar e torna - te num momento Só o meu coração.

(14)

LÁGRIMAS

Lágrimas

Saem dos olhos mas afectam a alma Destroem a nossa alegria como se fosse arma

Essas não são lágrimas de emoção São lágrimas que atingem ao coração Porque a nossa tristeza é a nossa alimentação Na falta de harmonia, inventamos uma oração

Posso lacrimejar pelas razões que perdi Posso lacrimejar pelos crimes que nunca cometi

Mas eu sofri e a minha defesa entende

Me roubaram os motivos e hoje a emoção já não rende Lágrimas

Percorrem ao meu rosto

Não há justiça pelo sacrifício que mostro Me deixem chorar, pois eu lutei para sorrir

Ferí - me para nunca desistir

Deixem - me chorar, eu lutei para conviver Mas perdi por querer perceber

Lágrimas.

(15)

FALEI CONTIGO

Falei contigo

Falei com as sementes do nosso futuro Falei das margens que estão ao rubro

Falei contigo terra Falei que o meu instinto erra

Falei das chuvas de Abril

Falei das lágrimas que todo mundo viu Não houve seriedade

Faltou vontade e maturidade Eu sim falei contigo Falei do menino ousado Eu sim falei do amor roubado Falei da pátria sem compaixão Falei de tudo, até do amor sem atenção

Falei dos problemas de rivais Falei da briga com os animais

Das mensagens sem tempo para leitura Do beijo e da paixão futura

Falei da banana que não amadurece Falei de ti terra, do teu gosto que não apetece Eu sim falei contigo

Falei da amargura dos seus ditados.

(16)

QUERO QUE RESSUSCITES

Eu quero que ressuscites a sua alma que anda morta Eu quero que resplandeças o seu amor colado na porta

A vida é tão injusta

Ela rouba - nos, castiga - nos e a nossa razão ela desarma O que queres que aconteça connosco?

Pior a mim que roubaste o mimo Não existe união, e contigo não rimo Você tirou de mim a confiança que impulsiona Você tirou a minha razão que comigo pensava

És tão maldosa vida És tão perigosa querida Eu quero que ressuscites A alma que de mim tiraste

Quero que ressuscites O sonho que de mim roubaste

Vida pareces uma lutadora

Se fores uma velha, então não és boa senhora Eu quero que ressuscites

A terra que desamparaste.

(17)

AMIGO

És tu, meu amigo protector És tu, meu amigo salvador Se eu exprimir tudo que eu sinto A emoção será fechada num recinto

Num recinto de recordações que nos traria lágrimas

Num recinto de frustrações que nos contaria em páginas Meu amigo, meu motivo

Meu amigo,meu ser expressivo És tu, a sombra das minhas lutas És tu, o construtor das minhas conquistas

Amigo

És tu, meu amigo protector És tu, meu amigo salvador Lembro - me do dia que conheci você

Lembro - me da rua que vi você

Lembro - me do sorriso que vi nos seus dentes Lembro - me do seu carinho emocionante

Meu amigo, minha força Meu amigo, minha razão pronta

És tu, meu amigo protector, és tu o meu amigo salvador.

(18)

O TEMPO QUE NÃO ERA MEU

Pareço - me com a vida minúscula O meu coração protege mas dizem ter película

A desconfiança é o meu verdadeiro jogo Pois confiar não é melhor, mas logo Logo entenderás que o tempo não era meu

Fui desacreditado, parecia um ateu Eram desejos e sonhos Mas levados pelos remoínhos

Mas agora cá estou

Honrar o motivo que comigo prosperou E dizer aos injustos

Que a felicidade continua, é só perguntar aos putos Os putos do bairro sem maldição

E os putos das ruas com boa reputação O tempo que não era meu

É o tempo que eu perdia É o tempo que ninguém me queria É o tempo que a rua chorava por mim É o tempo que a rua por mim dava um sim.

(19)

RAZÕES DO MEU POEMA

É pela lágrima que todo homem deixa cair É pelo coração entristecido de quem queira partir

A razão do meu poema Está no clamor de toda gente

Está na inspiração profunda de quem nos mostra os dentes É pelos gritos de socorro

É pela alma destruída que eu sempre oro A razão do meu poema

É pelos dias que passo sem ver o mundo com olhos de sorte Aos minutos perdidos e da emoção que temos cortes Ao pedido

malandro que chega aos nossos olhos E do amor pouco merecido que senta nos nossos colos

A razão do meu poema Está nas escolhas que faço

Está no fogo que apago Pelo carinho que não recebo

Pela água que nunca bebo Aí está a razão do meu poema

Está no perigo maluco que essa gente algema.

(20)

NÃO SERIA COMO TU PENSAS

Não seria como tu pensas

Mas eu quero que não me entendas Sim, eu sou como o adobe que destruíste

Eu sou como o perdão que não disseste Sim, eu sou como o coração que magoaste Eu sou como a emoção que mal encaraste

Não seria como tu pensas Mas tu achas que a vida é uma praça Vendes a sinceridade em troca de ameaças

Não seria como tu pensas Mas tu ignoras

És tu, que nunca implora Não seria como tu pensas

Mas tu achas que a vida é um bem dizer Não recusarias mesmo sem perceber Sim, eu quero que não me entendas Porque eu sou a esperança que negaste Eu sou as escritas que apagaste Sim, eu sou a confiança que desprezaste Não seria como tu pensas, pois de mim, o valor tiraste.

(21)

O MALUCO DE HOJE, É O SÁBIO DO AMANHA O maluco de hoje, é o sábio do amanhã

Seriam só palavras se o tempo não mudasse os pensamentos Se o que achavam não fugisse dos sentimentos

Mas é agora que tu pensas em dizer uma bojarda

Que sempre acreditaste e estendias todo mal nas estradas Hoje dizes ser o único que em mim pensou

Dizes que quando ferí - me, és o único que chorou Eu quero que bem me entendas

Que se mentires ou dizeres a verdade não haverá prendas Pois o maluco de hoje, é o sábio do amanhã

São as palavras que o fazem mudar O tempo o acompanha para nunca descansar O medo se distancia e a coragem marca presença

Pois se houver talento mais ganhas a esperança O maluco de hoje, é o sábio do amanhã São os papéis que de ti fazem a diferença

São os reencontros que por ti escolhem crenças Onde tu vais?

O quê é que tu pensas?

O teu sorriso encantava

Ao redor dos desejos, ele disparatava.

(22)

FILHO DA MINHA MÃE

Sou filho da minha mãe Viva ou falecida Eu sou filho da minha mãe

Pobre ou rica

Foi Deus quem escolheu para mim Esteja viva ou falecida, o meu amor não terá fim

Eu sou filho da minha mãe Dizer onde eu nasci

Onde eu cresci

A resposta está em tudo que eu se senti

Mãe, dizias que quando eu crescer para muitos sítios me levarias Que só me protegias dos sítios que ías

Mas o destino levou - te muito cedo E desse mundo agora tenho medo

E não falo de mim

Eu tenho saudades que lacrimejariam o mundo todo Mãe, cá estou e ando crescido

Sonhando minuto a minuto, pelas promessas que fazias A mágoa ficou nas palavras que dizias

Eu quis falar de tudo, e mais daqueles sítios que ías.

(23)

TEMPO MEU, TEMPO NOSSO

Íamos à busca de um amor impossível E corríamos o risco da dor visível

Temo meu, tempo nosso Que nos fez perder orgulho

Que tirou o nosso dedo colado no gatilho É o tempo que nos ensinou a perdoar

É o mesmo tempo que deu amor para se apaixonar Só as desculpas e o medo é que entenderão

Pela vergonha que passamos, eles dirão Tempo meu, tempo nosso

Elucidou as nossas decisões para este povo maldoso Que diz não ter culpa, mas por ele somos bondosos

O hoje nunca mais fez sentido

Arruinaram as nossas razões e hoje estamos feridos Tempo meu, tempo nosso

É o tempo da escolha sem o bom pensar É o tempo da maravilha que ninguém vai admirar Tempo meu, tempo nosso

É o tempo da desgraça, que tu e eu devemos aceitar.

(24)

NÃO CHORE MAIS

Eu entendo o que tu pensas O teu rancor é uma ameaça A tua dúvida escolhe raça

Pelo mundo tu caíste

Mas pelo medo que tiveste, então não chore mais As lágrimas nunca trarão as soluções que precisas

Dizes ter lutado, sim eu quero que insistas Não vês prazer ao amor que tens Dizes não às decisões, a culpa é de vocês

Não chore mais Entendo que andas magoado Mas pelos motivos tu tens confiado Eu peço a ti que tenha mais esperança

Não te iludas com o tempo, porque de ti ele rouba a confiança Não chore mais

Faça da tua vontade, a sua força para viver Faça do seu instinto, o seu motivo para erguer.

(25)

SENTIMENTOS AFOGADOS

Era um amor que se viveria para sempre

Mas numa tarde de um dia sombrio, escondiam - se os dentes A desconfiança sempre esteve nos nossos corações

Mas a esperança de continuar estava a cima das razões Cadê a paixão?

Cadê a boa atenção?

Nunca mais vi

Diz onde tu foste, para que possas magoar assim Sonhaste demais, agora olha para o nosso fim

Sentimentos afogados

Eu ví - los num rio com margens inocentes Onde tu foste afogar o teu sorriso decente

Mas para que chorar!

Se ainda o mundo vai nos amar Sentimentos afogados

Foi sim e aí que chocaste os corações Pois para um novo amor te falta decisões.

(26)

O MEU TOM

Sou o que nunca quis ser, pelas estrelas do meu eu Sou o que podes dizer, aos contos do nosso museu

Entricherei - me às vozes da razão hipócrita Onde a verdade é injusta mas ganha o tom pela escrita Só pelo medo, encravamos o rancor em nossas mentes Só pelo desdenho não conseguimos entrelaçar os dentes

O meu tom

Não seria procrastinado, porque os motivos continuam presentes Dele não teriam o mau olhar, porque as razões continuam evidentes

Eu não percebo a raiva que há em vocês Se não houvesse coragem

Se não tivesse mensagens O que fariam com o meu tom?

Dele eu não tenho ameaças

Mas que sejas profundo, isso eu quero que faças O meu tom

Conquistou os corações de senhores entristecidos Deles eu não tenho escolhas, até mesmo pelos tecidos.

(27)

NADA VI

Eu adoraria o seu jeito, se a tua novela tivesse romance Só vi brigas, desconforto, terias perdão se tu falasses

Eu amo diferenças mas as tuas foram ruins

Eu pelejei como se o destino fosse meu, mas só falei de alguns Alguns apaixonados que esqueceram - se da boa vontade

Palavras sem intuições nos tiram a liberdade Nada eu vi pela sua transcendência

Onde os santos são magoados, eu não notei a sua inocência Mas dizes ter amor

Deixei cair a esperança que tive Mas sempre o meu carisma mantive

Os seus beijos, já não descrevem o futuro da nossa esperança O seu abraço tornou - se insignificante por desprezar a minha confiança

Nada vi

Sempre que lacrimejavas, eu sorria Porque eram lágrimas falsas, por isso eu fingia

Nada vi

No teu amor estranho que foi difícil compreendê - lo.

(28)

A DANÇA DO POETA

5 horas da manhã, toca o som de palavras Que verte emoção e inspirações

É como tu pensas

Seria triste se pegássemos as cabeças presas Mas a gente recorda os bons momentos

Crescemos com uma rebita poêtica Recitamos um Semba de palavras Cola as lembrança em pegadas gravadas

Nossos sentimentos ditam os prazeres A dança do poeta

Está nas folhas virgens Está na maravilha das viagens

Sobe pelo toque da marimba Encanta pelo som da Dikanza Encanta quem entra na roda

Roda de palavras Roda de emoções Roda de escrituras A dança do poeta

(29)

É o som da folha que voa, e a lágrima que cai ao escrever.

EU AMO

Inseguro nunca fui, porque tenho você por perto Imaginei casar contigo, mas com o seu vestido preto

É tão sorrial, eu troquei o que colou na sua mente Casar por competição, não será nada valente Prometi abraçá - la, sempre em cada beijo molhado

A minha paixão aumenta, sempre que em ti encontro - me encostado Não nos unimos para castigar a alma

Somos tão ingénuos

A nossa paixão é uma certeza absoluta Olho para os seus olhos

Eu vejo neles a boa vontade e um abençoado colo Lacrimejo pela sua atenção demasiada Não mereceria, pela minha ida inesperada

Mas eu amo você Eu amo a sua sinceridade

Eu amo o seu jeito, de contar as novidades.

(30)

AMOR DO MATO

Amor do mato Amor de tradições

Não existe o ódio que provoca a traição

Não existe inverdades que possam estragar a sua reputação É o amor do mato

Onde não há discrepância Onde a paixão existe sem coerência

Mas é o amor do mato Que sustenta o amor da cidade

É o amor do mato Que não se revê pela metade

Amor do mato Amor do catato E não o amor do pudim

Amor do mato

É a certeza do que o apaixonado sente É a razão do sorriso que não mente

É o amor do mato O amo da lavra

O amor de conquistas sem muitas palavras

(31)

Amor do mato, amor da batata doce.

SOU ESCRAVO

Sou escravo das palavras que dizes ter lido Sou escravo dos contos que dizes ter conhecido

Eu admito ser um escravo Mas não me humilhe, assim fico bravo

Parece - me tão constrangedor

Negar - me enfrente do perdão que aliviaria a dor Eu sou escravo

Por ter aceite os seus mandamentos Eu fui um burro

Por ter confiado os seus pensamentos Sou igual ao prazer, que não te fez entender

Que eu pagaria pelo sucego

Embora não pudesse, claro que mostrariam, eu não sou cego Ainda existem motivos, razões não justas

Querem me convencer com as suas desculpas curtas Eu sou escravo

Sou escravo das suas intervenções Eu defendo você pelas suas más decisões

O sofrimento basta

Não minta a mim, eu guardo rancor na pasta Sou escravo.

(32)

CAMINHO MEU, CAMINHO SEU

Caminho pelas ruas da cidade Passo pelos becos da irmandade O meu andar transcende a paciência O meu andar é julgado pela inocência Caminho pelas razões do povo clamado

Dono de terras e do produto roubado É pelas lágrimas que o nosso ego faz a revolução

Das decisões mal tomadas, eu peço perdão Eu caminho sem medo de tropeçar Pelas orações que temos feito, eu quero continuar

Caminhar em busca dos sonhos

Caminhar para o preconceito da dor inventada

Caminhar para as razões desta gente mal inspirada O meu caminho é belo passaporte

Seja hoje ou amanhã, só quero que o bem transportes Estás sozinho para as escolhas

Com motivos húmidos e sei que tu molhas Oh meu caminho

Oh minha vontade de querer mais.

(33)

O QUE ME FEZ DORMIR

O que me fez dormir É sonho daquela noite passada

O que me fez dormir É a confusão do povo maldoso E o mosquito que me acha bondoso

O que me fez dormir É o amor sem confiança E o abraço sem esperança

Adormeci nas sua palavras sem nenhum destino E vivi como um grosso, mas sem o intestino

O que me fez dormir São os teus contos mal narrados São os teus sonhos mal sonhados

O que me fez dormir São as suas incertezas

Adormeci no colo da árvore imaginária Também adormeci na alma da guerra penosa.

(34)

SERIA TÃO FÁCIL

Seria tão fácil

Se o nosso clamor falasse das terras

Seria tão fácil se os nossos inimigos parassem com as guerras Seria tão fácil

Guardar as sementes para um futuro próspero Cultivar mais amor

Paixão e ansiedade Atenção e maturidade

Seria tão fácil Dizer sim ao novo amor E seria tão fácil também Amar sem dar o coração Beijar sem ter emoção

Seria tão fácil abraçar sem confiar Fazer sem pensar Seria tão fácil.

30

(35)

VAMOS ONDE NINGUÉM FOI Vamos onde ninguém foi Vamos às ruas cobertas de capim

Vamos pelo caminho sem fim Vamos às cavernas do nosso tempo Vamos lá visitar as invenções do nosso exemplo

Vamos onde ninguém foi

Onde ninguém saberá as nossas razões Motivos e desejos, também as decisões

É num certo dia como hoje Que veio pensando e a certeza me foge Para contar - te como o mundo é ingrato Das vezes que negamos foi nos dado um prato

Prato que serviria para cuspir Cuspir a raiva que não nos deixa despedir

Vamos onde ninguém foi Para que me entendas direito

Vamos onde ninguém foi

Para que me confirmes um imperfeito Vamos onde ninguém foi

Para que confirmes a lágrima que me dá o defeito.

(36)

O HERÓI

Eu diria que tu também és um herói Mas tu falhaste, quando não disseste como foi

Não foste atrás da razão

Você julgou os motivos sem compreensão Mas chamo como queiras

Herói, é assim que gostas Achas - te digno de respostas

Herói

Nunca lutaste em prol a esta terra

Tu não és um filho, nem sobrinho, és um vizinho de guerra És um traidor

És um lutador sem forças

Forças para acudir as ameaças mortíferas Forças para dizer sim ao que o povo espera

Herói

Tu serias um salvador

Aquele homem que não nos causa a dor Sinceramente tu vencerias

Com lembranças amargas que tu levarias Mas nem a mim convenceste

E o povo clama, falam que pagues pelo que fizeste És, o herói do maior erro cometido.

(37)

VELHOS TEMPOS

Velhos tempos

Sou simplesmente um jovem carente de emoções Que tinha o sonho de vencer sem insinuações

Eu não podia E o meu empenho fingia Por amor à terra que o conhecia

Foram velhos tempos

Que encantaram o nosso ego entristecido Das vezes que choramos foi pelo coração partido

Já não lacrimejo por falta de coragem

A mágoa enche a minha mente de tantas mensagens Só quis ser, o que todos podem ser

Só quis dizer, o que os outros poderiam entender A cada grito meu

É um pedaço de confiança a perder A cada pedido meu

É mais uma esperança para atender Velhos tempos

Foram os tempos que desconhecíamos o ódio

Conhecíamos o perdão e felizes por quem estava no pódio Velhos tempos.

(38)

A NOITE QUE PERDI

Foi pelo amor aos meus sentimentos

Que descrevo a cada minuto os meus pensamentos Pelas noites que perco

Pelo erro que acho certo Não inventaria emoções

Nem que o ego me largue para as decisões Ainda que exista um conto meu

Difícil será, não mergulhares no meu mar de pensamentos Um mar que em ti reflecte - se o amor perdido

Um mar que te descontrai do insulto bandido A noite que perdi

Foi por um sonho

Que senti os meus olhos pesando Libertem o jovem que tem sonhos

Amamentem a criança, ouvi dizer que é a confiança do futuro E deixem o velho ensinar as razões

Mas a noite que perdi Foi pela imaginação duradoura.

(39)

DO FERRO PARA O OURO

Do ferro para o ouro

Parecia impossível olhar nos olhos do menino mendigo Parecia difícil encantá - lo e tirá - lo do perigo

Houve esperança e empatia

Ressuscitamos o amor ao próximo pelo coração que batia Expulsamos o orgulho que no meio circulava

Pusemos a dor fora que no peito colava É do ferro para o ouro

Que o menino inteligente saiu É do ferro para o ouro Que toda maldição por terra caiu Houve desconfiança ao caminhar Pelo grito do pássaro eu pude chorar Pelos sonhos mal sonhados neguei um presente Que me dava um passado e tirava - me da frente

Do ferro para o ouro Eu neguei um amor sem razões Neguei um abraço sem emoções.

(40)

EU NUNCA AMEI

Eu nunca amei

Nunca soube o que significa amor

Sempre que penso nisso, entendo como uma dor Mas eu nunca amei

Por isso da dor nunca afirmei Já imaginei em dizer que é cumplicidade Mas continuo com dúvidas por não ser verdade

Pois eu nunca amei Não sei o que conjuga com o amor

Talvez seja um canto, mas de quê cantor?

Eu nunca amei

Nunca soube o que significa amor Alguém disse - me que é felicidade

Mas eu duvidei, pois as vezes acho que o amor é irmandade Mas eu não sei

O que eu entendo já expliquei Eu nunca amei

Mas por amor dos outros, já chorei.

(41)

O MEU CÃO

O meu cão, é o segurança de vidas É o dono de almas protegidas

O meu cão

É o que carrega os produtos cultivados É o que ensina e menciona culpados

O meu cão É o soba da aldeia É o senhor das ideias Só ele traz a voz da reconciliação O primeiro e único que ensina a pedir perdão

Só o meu cão Falaria mais alto

Só o meu cão

Estenderia os contos no asfalto O meu cão

É a minha segurança É a minha protecção de confiança

Só o meu cão

Te ofenderia sem permissão Te amaria sem paixão E te expulsaria sem magoar

Só o meu cão.

(42)

ATÉ À ALMA

O verso mais profundo O ar propício deste mundo

Vai até à alma O clamor da sua dor

A sua falta de amor Vai até à alma

O conto retido na sua mente

A ferida não sarada do menino inocente Os truques da sua emoção

As expectativas que nos tiram a atenção Vai até à alma

A fofoca do nosso vizinho E o perigo retido no nosso caminho

Vai até à alma A dor do amor impossível A conquista que parece difícil

Vai até à alma O canto para o coração O beijo inocente da nova paixão

Vai até à alma O verso mais profundo O ar propício deste mundo.

(43)

PERDER PELO MEDO

Se o problema fosse a companhia dos entes queridos Ficaríamos sem motivos e estaríamos perdidos

Perde - se pelo medo quando tens dúvida de enfrentar Olhar ao risco, é que deixa todos afundar

Tentar com preconceito não muda atitudes Provar por completo te leva a plenitude Hoje somos o que ninguém queria ser

Frutos de uma ilusão difícil de entender Quem nos chama de indiferentes, não tem razão

Quem nos compara dói - lhe o coração Somos a justiça que liberta imperfeitos Somos a guarda de honra, isso pelo respeito

Perder pelo medo

Nós tentamos, mas somos travados Nós insistimos, mas somos ameaçados

Obrigado a quem nos xinga Aceitamos perder pelo medo Perder pelo medo, eu não queria

Mas a voz assustadora insiste, pela dor que aqui ficaria.

(44)

A VOZ DE UMA PLANTA

Uma voz de confiança pura Uma voz de decisão madura Somente uma planta traria felicidades

Nós demos o amor que nele tinha muita verdade Uma voz que amadurece conquistas

Uma voz espectacular, parece um paraquedista Nunca perdeu razões

Uma planta cheia de motivações A sua voz é como as flores que caem pelo vento

A sua estrutura é o som que anima os nossos eventos Ela chora pelo frio permanente

Cobre - se com a sua alma que nos mostra os dentes Uma voz inspiradora

A voz de uma planta É a voz de uma esperança ressuscitada.

(45)

FIM DO MUNDO

Não vejo estrelas a brilhar Não vejo a lua me jogar É o fim do

mundo?

Se for eu aceito

Que tudo acabe e levemos a peito Vamos formar um novo mundo

O paraíso está a nossa espera Vamos fazer tudo a fundo

Vamos para bem longe Um mundo novo em nossas mentes Para o vizinho furioso que nunca sente

Connosco todos irão

E sentirão que fazer pazes é melhor Que construir uma família, afasta a dor

Mas que Deus nos guie

Pois, eu soube que o fim do mundo está a beira mar.

(46)

O MEDO QUE NUNCA TIVE

Contemplei ao perigo para debruçar a coragem perdida

Porque para esses homens não importa o medo mas a esperança erguida Não sei caminhar, mas no fim da estrada encontrei - me

Perdi o rigor nas palavras, pois em lavras decretei - me Pareço cansado, sem formas para o medo que nunca tive Levantei - me para o senso do ego, com prendas que nunca quis

Ora coagido pela inocência Ora esmagado pela experiência Plantar os pensamentos e não colhê - los

Investir em razões e não desvendá - los Essa minha gente traidora

Que inventa sorrisos com dentes parece uma cenoura Amados por uma voz consoladora

Rejeitados por uma paixão esmagadora Aborrecí - me pelas marcas transcendentes

Reactivei - me por motivos florescentes A ambição foi tanta e comigo foi negada A emoção foi pouca e de mim foi tirada.

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SOZINHO

Um copo cheio de prosperidade, prostrado por um maldito vingador que passava pela rua

Cheio de poder e com vontade de fazer o mal, único temido que tinha uma alma nua Foi aí que a esperança separou - se de mim, pensamentos passaram a ser

inconscientes

Dizia ele, que o meu olhar era torto ao progresso e nada era para frente.

Já vivia com o engano, mas não o conhecia

Alguém que já abraçou - me, que teceu palavras que faziam toda diferença.

Ainda lembro - me do seu olhar esperto A imaginação já soprava - me, dizia que eras suspeito

A inocência sempre esteve comigo, aos meus passos largos ele sempre avançava Quando quisesse mudar de rotina, no destino ela já ficava

A culpa é minha, assim dizia o meu amigo antes do acontecimento Para frente é o caminho, dizia os meus olhos concebidos pela inocência de

pensamentos.

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QUERO AMAR

Viajei pelo mundo inteiro A procura da outra parte de mim

Palavras comigo carregadas Diferenças comigo levadas Várias escuras com um brilho tónico

Várias morenas com um olhar único Não vejo a quem me apaixonar Todas lindas!

Quem escolher para amar?

Eu afundo - me na vossa beleza E me perco nas vossas curvas solenes

Quero amar

Formar uma história de amor sobre as estrelas Vigiar cada passo, para não procurar onde vê - las

Nasce novo dia, nasce um novo amor Nasce uma vontade que arruína a dor

Quero amar

Quero encontrar um amor que esteja para sempre Amar a cada dia, um bom modo para frente

Quero amar o seu jeito solidário És tu, a mulher que eu procuro

Aquela, aquela que guarda rancor no armário.

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MARGENS INOCENTES

Inventamos os nossos contos pelo presente refugiado Quando lamentamos, obrigaram aperto de mão aos amputados

Perder a coragem nas conquistas mal pensadas Perder o desejo nas emoções mal inspiradas

Temos o medo ao dirigir as palavras

Temos o princípio de tirar preguiçosos para as camas Quem somos nós!

Onde podemos estar?

Como podemos ser!

O que podemos falar?

Deixamos o rancor nas pegadas gravadas

Mantivemos a boa vontade pelas inspirações participadas Margens inocentes

Você nunca entendeu que nunca fomos um só Insistes em aplaudir como se ele nunca errou

Margens inocentes São margens da dor do lutador São margens do perdão do atirador

Para quem chorou e levantou Eu lacrimejo, eu lacrimejo

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SONHOS

Sou o transportador de desafios, que leva transparência nas mensagens Sou o carregador de memórias, que emite e descobre paisagens Tenho que

sonhar, pois para os sonhos eu posso vencer O sonho é como um segredo, menos divulgado mais faz crescer

As palavras terão o poder

Quando amarmos mais as atitudes, menos vai convencer Sonhei e desejei, fui à luta para conquistar

Almejar é para quem tem motivos, não é para quem deseja desamparar O basilar dos nossos sonhos, deve permanecer

Quem me dera, possuir a antecedência para os enredos Sou o que pode lutar, por isso deixo recados

Quero sonhar até onde puder Gostar quase tudo que aparecer

Falo de desafios Falo dos prazerosos

Os sonhos parecem como algo já vivido E quando o amor for demais, não te sintas iludido

Os seus sonhos são emergentes Os seus sonhos, são os seus presentes.

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Referências

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