O seu coração não é um campo, não aceite que nele joguem mágoas.
FILHO DA MINHA MÃE Bernardo Nunes da Silva
Prefácio
O livro poético filho da minha mãe, fala em um poema, a dor do filho que tem saudade da mãe falecida e, que sente vontade de voltar a viver
os momentos já vividos.
Com tanta saudade das promessas que a mãe fazia, que seriam cumpridas quando o filho ia crescer e, que hoje encontra - se magoado
pelo destino ter levado muito cedo à sua mãe. Este filho é o que escreveu para vocês.
BERNARDO NUNES DA SILVA
FILHO DA MINHA MÃE
PARA ONDE VAMOS?
Lembro - me das promessas que fazias Lembro - me dos dias que aqui mentias És tu, que dizias ser um verdadeiro És tu, o enganador, o amante estrangeiro
Para onde vamos?
Onde a falsidade esteja ausente Onde a humildade esteja presente Onde as razões não sejam cruéis
Onde há sorriso que não se descreve em papéis Lembro - me das orações que fazias E da sua mentira que não esquecias Para onde vamos?
Onde o amor ao próximo existe
Onde há boa vontade e o perdão que insiste Que não iluda o senhor de contos Vá onde quiseres,vá atrás dos tempos Tempos que prometias
Tempos que aqui mentias Para onde vamos?
Onde a sinceridade seja a mãe dos motivos.
A DOR QUE NUNCA ESQUEÇO
A dor que nunca esqueço
Está na mensagem frustrada que recebia Está na chamada inocente que não atendia
A dor que nunca esqueço É a dor do menino de rua
Que vagueia sem desejos pela vontade nua A dor que nunca esqueço
Está nas lágrimas, que as mães jorram por terra Está no pedido inocente de quem fica a espera
A dor que nunca esqueço É a dor dos motivos sem luz É a dor da vida que sempre quis Eu fujo da tristeza como um inimigo Eu acompanho a bênção sem nenhum perigo
A dor que nunca esqueço Está nas razões que dizias ter Está nas escolhas que querias perceber
A dor que nunca esqueço É dor da luta não vencida É a dor da emoção mal inspirada
A dor que nuca esqueço, é a dor do santo homem que sempre está com
O AMOR QUE NUNCA TIVE
Eu sonhei com um amor que há anos procuro
Ouvi vozes de carinho que espreitam o meu futuro Mas é a dor do amor que nunca tive
E da dor que ele sobrevive Que eu lacrimejo em papéis Que eu me afundo nas paixões cruéis Só quis ter o carinho que muitos têm
Só quis dizer o que de ti vem Mas é do amor que nunca tive
E da dor que ele sobrevive Que eu procuro tanto este amor Que eu preciso ser o único salvador O amor que nunca tive
É a paixão que leio em mensagens É o grito de socorro que vem de paisagens
É o tempo perdido no jogo que faço É o motivo iludido que anda escasso
Mas é do amor que nunca tive E da dor que ele sobrevive
Que eu preciso do beijo que mexe com o coração.
RAZÃO EGOÍSTA
Só o meu coração prova - te as razões da nossa luta
Nós incendiamos a maldade, para termos a alegria que hoje a gente desfruta Te dizer que sofremos não seria tão relevante
Pois tu escondeste o seu amor, mas dizes que foi brilhante Não limpar as lágrimas não é um motivo de tristeza eterna
Porque até o malfeitor chora e daí ignoramos do que sentimos pena Mas para onde vamos?
Se nós desconhecemos o nosso próprio caminho
Não é perder o rumo, mas a voz que guiava já não está pertinho Parecia engraçado, porque ninguém escondia os dentes
Problemas colavam - nos e as mágoas sempre estiveram presentes Houve desespero, faltou solução nas inquietações de toda gente
Calamos a voz de quem fez confusão e tentou fazer frente Passaríamos pelas defesas inseguras
Confiávamos a nossa sombra que nomeiava figuras Foi muito amor por isso a dor nos cuidava
A cada passo que falhávamos, o nosso erro mais nos amava Fomos tão plenos demais
E hoje decepcionados pelas razões que introduzíamos a paz.
JÁ CHOREI
Tantos embates vividos Tantos conselhos recebidos Lágrimas caíam pela incerteza Não me lembro de ser o culpado
Se eu gritei, Se eu chorei Não me sinto incomodado
Chorei pelo mal momento de toda gente Chorei pelo sonho de quem pensa para frente
Aos que tentaram e desistiram Aos que pensaram e nada fizeram
Eu chorei
Para os insultos do nosso querido Para o vosso frequente pedido
Eu chorei
Clamaram para o renascimento Quando tentaram amar o momento
Sentimentos foram feridos
Pelo tempo que fizeram, demos a culpa aos queridos Queridos irmãos, queridos vizinhos
Chorei quando o vosso pai de eleição vos enganou Chorei quando tentaram progredir e ninguém vos ajudou
5
FILHO DO MATO
És tu, o poderoso que desconhece derrotas És tu, que vives onde a única luz é das estrelas Você é o herói dos campos das pedrinhas como diamantes
Onde feridas são provas de luta para um combatente És tu, o filho que sempre esteve cheio de saudades Saudades de uma paixão enorme, cheia de verdades
A única sorte que terias é lutar sem vencer Você que vive na escuridão activa, onde é difícil ler
Ler corações em papéis, isso te estragaria a visão
Não te perdeste pela terra moribunda, porque o teu abrigo é o coração Mas ainda assim existem motivos, para que continues a escrever Porque os teus sonhos, não podem ser apagados mesmo sem os perceber
Deixa o tempo te guiar Todo seu mato vai se orgulhar Não te sintas triste por não teres o sucego
Serás diferente até pelo seu sucesso És tu, o filho do mato
És tu, o filho do mato que não conhece o asfalto És tu, o verdadeiro filho do mato.
TROPA SEM FARDA
Tropa sem farda
É o homem que sabe o que quer Tropa sem Farda
É a mulher que ama aprender O tropa sem farda
É o guerreiro, que vê as lutas como solução dos problemas
É o santo humano, que vê as derrotas como um motivo de poucos temas O tropa sem farda
É o menino educado, que espera receber É o senhor de conquistas, que tem tudo para escrever
É o parecido temido e expulso pela desgraça Homem de um carácter esplendor A mulher com um coração amador
É o tropa sem farda
O nosso soldado das terras ameaçadas O nosso verdadeiro amor das paixões combinadas
Tropa sem farda
É o nosso maior encanto com as luzes das nossas mentes
É o nosso melhor abrigo para esquecer as mágoas dessa gente inocente Tropa sem Farda.
SÓ O TEU ABRAÇO
Só o teu abraço
Faz - me lembrar o amor que existe no universo
Faz - me sonhar, do tempo que as paixões eram do nosso berço Só o teu abraço
Domina o meu ego Domina o meu santo espírito Faz - me viajar sem transporte
E tem aquele afecto que nos aumenta a sorte Só o teu abraço
Mostra - me o caminho para seguir Ensina - me a não falhar e nunca desistir
Aquele abraço que transcende o amor Que diz não às as mágoas e leva consigo as flores
Quem me dera ter o mesmo abraço que tu Que possa granjear qualquer
Faz - me entender a dor da saudade
Faz - me escrever sem mentiras e apostar na verdade Só o teu abraço
Faz - me lacrimejar dos sonhos enterrados Só o teu abraço, só mesmo o teu abraço.
O CORAÇÃO
Falo dele como a bola que ponho no pé Ele joga - me com os sentimentos que me põe a ver
Ver diferenças Comparar as crenças
O meu coração
Faz - me pecar pelas maravilhas desta terra Só ele me guia e me põe em guerra
Guerra de conquistas amorosas Pelas mulheres elegantes e poderosas O meu sonho é como a terra que desmoronou
Onde as paixões foram indecentes, ninguém que não achou O meu coração
É o meu discípulo É o meu dicionário do tempo É que me faz perder pelas serenatas O meu coração me faz esquecer as datas
Datas para passear Datas para recordar
Recordar pensamentos que navegam nos sentimentos Só o meu coração
Te leva no altar e torna - te num momento Só o meu coração.
LÁGRIMAS
Lágrimas
Saem dos olhos mas afectam a alma Destroem a nossa alegria como se fosse arma
Essas não são lágrimas de emoção São lágrimas que atingem ao coração Porque a nossa tristeza é a nossa alimentação Na falta de harmonia, inventamos uma oração
Posso lacrimejar pelas razões que perdi Posso lacrimejar pelos crimes que nunca cometi
Mas eu sofri e a minha defesa entende
Me roubaram os motivos e hoje a emoção já não rende Lágrimas
Percorrem ao meu rosto
Não há justiça pelo sacrifício que mostro Me deixem chorar, pois eu lutei para sorrir
Ferí - me para nunca desistir
Deixem - me chorar, eu lutei para conviver Mas perdi por querer perceber
Lágrimas.
FALEI CONTIGO
Falei contigo
Falei com as sementes do nosso futuro Falei das margens que estão ao rubro
Falei contigo terra Falei que o meu instinto erra
Falei das chuvas de Abril
Falei das lágrimas que todo mundo viu Não houve seriedade
Faltou vontade e maturidade Eu sim falei contigo Falei do menino ousado Eu sim falei do amor roubado Falei da pátria sem compaixão Falei de tudo, até do amor sem atenção
Falei dos problemas de rivais Falei da briga com os animais
Das mensagens sem tempo para leitura Do beijo e da paixão futura
Falei da banana que não amadurece Falei de ti terra, do teu gosto que não apetece Eu sim falei contigo
Falei da amargura dos seus ditados.
QUERO QUE RESSUSCITES
Eu quero que ressuscites a sua alma que anda morta Eu quero que resplandeças o seu amor colado na porta
A vida é tão injusta
Ela rouba - nos, castiga - nos e a nossa razão ela desarma O que queres que aconteça connosco?
Pior a mim que roubaste o mimo Não existe união, e contigo não rimo Você tirou de mim a confiança que impulsiona Você tirou a minha razão que comigo pensava
És tão maldosa vida És tão perigosa querida Eu quero que ressuscites A alma que de mim tiraste
Quero que ressuscites O sonho que de mim roubaste
Vida pareces uma lutadora
Se fores uma velha, então não és boa senhora Eu quero que ressuscites
A terra que desamparaste.
AMIGO
És tu, meu amigo protector És tu, meu amigo salvador Se eu exprimir tudo que eu sinto A emoção será fechada num recinto
Num recinto de recordações que nos traria lágrimas
Num recinto de frustrações que nos contaria em páginas Meu amigo, meu motivo
Meu amigo,meu ser expressivo És tu, a sombra das minhas lutas És tu, o construtor das minhas conquistas
Amigo
És tu, meu amigo protector És tu, meu amigo salvador Lembro - me do dia que conheci você
Lembro - me da rua que vi você
Lembro - me do sorriso que vi nos seus dentes Lembro - me do seu carinho emocionante
Meu amigo, minha força Meu amigo, minha razão pronta
És tu, meu amigo protector, és tu o meu amigo salvador.
O TEMPO QUE NÃO ERA MEU
Pareço - me com a vida minúscula O meu coração protege mas dizem ter película
A desconfiança é o meu verdadeiro jogo Pois confiar não é melhor, mas logo Logo entenderás que o tempo não era meu
Fui desacreditado, parecia um ateu Eram desejos e sonhos Mas levados pelos remoínhos
Mas agora cá estou
Honrar o motivo que comigo prosperou E dizer aos injustos
Que a felicidade continua, é só perguntar aos putos Os putos do bairro sem maldição
E os putos das ruas com boa reputação O tempo que não era meu
É o tempo que eu perdia É o tempo que ninguém me queria É o tempo que a rua chorava por mim É o tempo que a rua por mim dava um sim.
RAZÕES DO MEU POEMA
É pela lágrima que todo homem deixa cair É pelo coração entristecido de quem queira partir
A razão do meu poema Está no clamor de toda gente
Está na inspiração profunda de quem nos mostra os dentes É pelos gritos de socorro
É pela alma destruída que eu sempre oro A razão do meu poema
É pelos dias que passo sem ver o mundo com olhos de sorte Aos minutos perdidos e da emoção que temos cortes Ao pedido
malandro que chega aos nossos olhos E do amor pouco merecido que senta nos nossos colos
A razão do meu poema Está nas escolhas que faço
Está no fogo que apago Pelo carinho que não recebo
Pela água que nunca bebo Aí está a razão do meu poema
Está no perigo maluco que essa gente algema.
NÃO SERIA COMO TU PENSAS
Não seria como tu pensas
Mas eu quero que não me entendas Sim, eu sou como o adobe que destruíste
Eu sou como o perdão que não disseste Sim, eu sou como o coração que magoaste Eu sou como a emoção que mal encaraste
Não seria como tu pensas Mas tu achas que a vida é uma praça Vendes a sinceridade em troca de ameaças
Não seria como tu pensas Mas tu ignoras
És tu, que nunca implora Não seria como tu pensas
Mas tu achas que a vida é um bem dizer Não recusarias mesmo sem perceber Sim, eu quero que não me entendas Porque eu sou a esperança que negaste Eu sou as escritas que apagaste Sim, eu sou a confiança que desprezaste Não seria como tu pensas, pois de mim, o valor tiraste.
O MALUCO DE HOJE, É O SÁBIO DO AMANHA O maluco de hoje, é o sábio do amanhã
Seriam só palavras se o tempo não mudasse os pensamentos Se o que achavam não fugisse dos sentimentos
Mas é agora que tu pensas em dizer uma bojarda
Que sempre acreditaste e estendias todo mal nas estradas Hoje dizes ser o único que em mim pensou
Dizes que quando ferí - me, és o único que chorou Eu quero que bem me entendas
Que se mentires ou dizeres a verdade não haverá prendas Pois o maluco de hoje, é o sábio do amanhã
São as palavras que o fazem mudar O tempo o acompanha para nunca descansar O medo se distancia e a coragem marca presença
Pois se houver talento mais ganhas a esperança O maluco de hoje, é o sábio do amanhã São os papéis que de ti fazem a diferença
São os reencontros que por ti escolhem crenças Onde tu vais?
O quê é que tu pensas?
O teu sorriso encantava
Ao redor dos desejos, ele disparatava.
FILHO DA MINHA MÃE
Sou filho da minha mãe Viva ou falecida Eu sou filho da minha mãe
Pobre ou rica
Foi Deus quem escolheu para mim Esteja viva ou falecida, o meu amor não terá fim
Eu sou filho da minha mãe Dizer onde eu nasci
Onde eu cresci
A resposta está em tudo que eu se senti
Mãe, dizias que quando eu crescer para muitos sítios me levarias Que só me protegias dos sítios que ías
Mas o destino levou - te muito cedo E desse mundo agora tenho medo
E não falo de mim
Eu tenho saudades que lacrimejariam o mundo todo Mãe, cá estou e ando crescido
Sonhando minuto a minuto, pelas promessas que fazias A mágoa ficou nas palavras que dizias
Eu quis falar de tudo, e mais daqueles sítios que ías.
TEMPO MEU, TEMPO NOSSO
Íamos à busca de um amor impossível E corríamos o risco da dor visível
Temo meu, tempo nosso Que nos fez perder orgulho
Que tirou o nosso dedo colado no gatilho É o tempo que nos ensinou a perdoar
É o mesmo tempo que deu amor para se apaixonar Só as desculpas e o medo é que entenderão
Pela vergonha que passamos, eles dirão Tempo meu, tempo nosso
Elucidou as nossas decisões para este povo maldoso Que diz não ter culpa, mas por ele somos bondosos
O hoje nunca mais fez sentido
Arruinaram as nossas razões e hoje estamos feridos Tempo meu, tempo nosso
É o tempo da escolha sem o bom pensar É o tempo da maravilha que ninguém vai admirar Tempo meu, tempo nosso
É o tempo da desgraça, que tu e eu devemos aceitar.
NÃO CHORE MAIS
Eu entendo o que tu pensas O teu rancor é uma ameaça A tua dúvida escolhe raça
Pelo mundo tu caíste
Mas pelo medo que tiveste, então não chore mais As lágrimas nunca trarão as soluções que precisas
Dizes ter lutado, sim eu quero que insistas Não vês prazer ao amor que tens Dizes não às decisões, a culpa é de vocês
Não chore mais Entendo que andas magoado Mas pelos motivos tu tens confiado Eu peço a ti que tenha mais esperança
Não te iludas com o tempo, porque de ti ele rouba a confiança Não chore mais
Faça da tua vontade, a sua força para viver Faça do seu instinto, o seu motivo para erguer.
SENTIMENTOS AFOGADOS
Era um amor que se viveria para sempre
Mas numa tarde de um dia sombrio, escondiam - se os dentes A desconfiança sempre esteve nos nossos corações
Mas a esperança de continuar estava a cima das razões Cadê a paixão?
Cadê a boa atenção?
Nunca mais vi
Diz onde tu foste, para que possas magoar assim Sonhaste demais, agora olha para o nosso fim
Sentimentos afogados
Eu ví - los num rio com margens inocentes Onde tu foste afogar o teu sorriso decente
Mas para que chorar!
Se ainda o mundo vai nos amar Sentimentos afogados
Foi sim e aí que chocaste os corações Pois para um novo amor te falta decisões.
O MEU TOM
Sou o que nunca quis ser, pelas estrelas do meu eu Sou o que podes dizer, aos contos do nosso museu
Entricherei - me às vozes da razão hipócrita Onde a verdade é injusta mas ganha o tom pela escrita Só pelo medo, encravamos o rancor em nossas mentes Só pelo desdenho não conseguimos entrelaçar os dentes
O meu tom
Não seria procrastinado, porque os motivos continuam presentes Dele não teriam o mau olhar, porque as razões continuam evidentes
Eu não percebo a raiva que há em vocês Se não houvesse coragem
Se não tivesse mensagens O que fariam com o meu tom?
Dele eu não tenho ameaças
Mas que sejas profundo, isso eu quero que faças O meu tom
Conquistou os corações de senhores entristecidos Deles eu não tenho escolhas, até mesmo pelos tecidos.
NADA VI
Eu adoraria o seu jeito, se a tua novela tivesse romance Só vi brigas, desconforto, terias perdão se tu falasses
Eu amo diferenças mas as tuas foram ruins
Eu pelejei como se o destino fosse meu, mas só falei de alguns Alguns apaixonados que esqueceram - se da boa vontade
Palavras sem intuições nos tiram a liberdade Nada eu vi pela sua transcendência
Onde os santos são magoados, eu não notei a sua inocência Mas dizes ter amor
Deixei cair a esperança que tive Mas sempre o meu carisma mantive
Os seus beijos, já não descrevem o futuro da nossa esperança O seu abraço tornou - se insignificante por desprezar a minha confiança
Nada vi
Sempre que lacrimejavas, eu sorria Porque eram lágrimas falsas, por isso eu fingia
Nada vi
No teu amor estranho que foi difícil compreendê - lo.
A DANÇA DO POETA
5 horas da manhã, toca o som de palavras Que verte emoção e inspirações
É como tu pensas
Seria triste se pegássemos as cabeças presas Mas a gente recorda os bons momentos
Crescemos com uma rebita poêtica Recitamos um Semba de palavras Cola as lembrança em pegadas gravadas
Nossos sentimentos ditam os prazeres A dança do poeta
Está nas folhas virgens Está na maravilha das viagens
Sobe pelo toque da marimba Encanta pelo som da Dikanza Encanta quem entra na roda
Roda de palavras Roda de emoções Roda de escrituras A dança do poeta
É o som da folha que voa, e a lágrima que cai ao escrever.
EU AMO
Inseguro nunca fui, porque tenho você por perto Imaginei casar contigo, mas com o seu vestido preto
É tão sorrial, eu troquei o que colou na sua mente Casar por competição, não será nada valente Prometi abraçá - la, sempre em cada beijo molhado
A minha paixão aumenta, sempre que em ti encontro - me encostado Não nos unimos para castigar a alma
Somos tão ingénuos
A nossa paixão é uma certeza absoluta Olho para os seus olhos
Eu vejo neles a boa vontade e um abençoado colo Lacrimejo pela sua atenção demasiada Não mereceria, pela minha ida inesperada
Mas eu amo você Eu amo a sua sinceridade
Eu amo o seu jeito, de contar as novidades.
AMOR DO MATO
Amor do mato Amor de tradições
Não existe o ódio que provoca a traição
Não existe inverdades que possam estragar a sua reputação É o amor do mato
Onde não há discrepância Onde a paixão existe sem coerência
Mas é o amor do mato Que sustenta o amor da cidade
É o amor do mato Que não se revê pela metade
Amor do mato Amor do catato E não o amor do pudim
Amor do mato
É a certeza do que o apaixonado sente É a razão do sorriso que não mente
É o amor do mato O amo da lavra
O amor de conquistas sem muitas palavras
Amor do mato, amor da batata doce.
SOU ESCRAVO
Sou escravo das palavras que dizes ter lido Sou escravo dos contos que dizes ter conhecido
Eu admito ser um escravo Mas não me humilhe, assim fico bravo
Parece - me tão constrangedor
Negar - me enfrente do perdão que aliviaria a dor Eu sou escravo
Por ter aceite os seus mandamentos Eu fui um burro
Por ter confiado os seus pensamentos Sou igual ao prazer, que não te fez entender
Que eu pagaria pelo sucego
Embora não pudesse, claro que mostrariam, eu não sou cego Ainda existem motivos, razões não justas
Querem me convencer com as suas desculpas curtas Eu sou escravo
Sou escravo das suas intervenções Eu defendo você pelas suas más decisões
O sofrimento basta
Não minta a mim, eu guardo rancor na pasta Sou escravo.
CAMINHO MEU, CAMINHO SEU
Caminho pelas ruas da cidade Passo pelos becos da irmandade O meu andar transcende a paciência O meu andar é julgado pela inocência Caminho pelas razões do povo clamado
Dono de terras e do produto roubado É pelas lágrimas que o nosso ego faz a revolução
Das decisões mal tomadas, eu peço perdão Eu caminho sem medo de tropeçar Pelas orações que temos feito, eu quero continuar
Caminhar em busca dos sonhos
Caminhar para o preconceito da dor inventada
Caminhar para as razões desta gente mal inspirada O meu caminho é belo passaporte
Seja hoje ou amanhã, só quero que o bem transportes Estás sozinho para as escolhas
Com motivos húmidos e sei que tu molhas Oh meu caminho
Oh minha vontade de querer mais.
O QUE ME FEZ DORMIR
O que me fez dormir É sonho daquela noite passada
O que me fez dormir É a confusão do povo maldoso E o mosquito que me acha bondoso
O que me fez dormir É o amor sem confiança E o abraço sem esperança
Adormeci nas sua palavras sem nenhum destino E vivi como um grosso, mas sem o intestino
O que me fez dormir São os teus contos mal narrados São os teus sonhos mal sonhados
O que me fez dormir São as suas incertezas
Adormeci no colo da árvore imaginária Também adormeci na alma da guerra penosa.
SERIA TÃO FÁCIL
Seria tão fácil
Se o nosso clamor falasse das terras
Seria tão fácil se os nossos inimigos parassem com as guerras Seria tão fácil
Guardar as sementes para um futuro próspero Cultivar mais amor
Paixão e ansiedade Atenção e maturidade
Seria tão fácil Dizer sim ao novo amor E seria tão fácil também Amar sem dar o coração Beijar sem ter emoção
Seria tão fácil abraçar sem confiar Fazer sem pensar Seria tão fácil.
30
VAMOS ONDE NINGUÉM FOI Vamos onde ninguém foi Vamos às ruas cobertas de capim
Vamos pelo caminho sem fim Vamos às cavernas do nosso tempo Vamos lá visitar as invenções do nosso exemplo
Vamos onde ninguém foi
Onde ninguém saberá as nossas razões Motivos e desejos, também as decisões
É num certo dia como hoje Que veio pensando e a certeza me foge Para contar - te como o mundo é ingrato Das vezes que negamos foi nos dado um prato
Prato que serviria para cuspir Cuspir a raiva que não nos deixa despedir
Vamos onde ninguém foi Para que me entendas direito
Vamos onde ninguém foi
Para que me confirmes um imperfeito Vamos onde ninguém foi
Para que confirmes a lágrima que me dá o defeito.
O HERÓI
Eu diria que tu também és um herói Mas tu falhaste, quando não disseste como foi
Não foste atrás da razão
Você julgou os motivos sem compreensão Mas chamo como queiras
Herói, é assim que gostas Achas - te digno de respostas
Herói
Nunca lutaste em prol a esta terra
Tu não és um filho, nem sobrinho, és um vizinho de guerra És um traidor
És um lutador sem forças
Forças para acudir as ameaças mortíferas Forças para dizer sim ao que o povo espera
Herói
Tu serias um salvador
Aquele homem que não nos causa a dor Sinceramente tu vencerias
Com lembranças amargas que tu levarias Mas nem a mim convenceste
E o povo clama, falam que pagues pelo que fizeste És, o herói do maior erro cometido.
VELHOS TEMPOS
Velhos tempos
Sou simplesmente um jovem carente de emoções Que tinha o sonho de vencer sem insinuações
Eu não podia E o meu empenho fingia Por amor à terra que o conhecia
Foram velhos tempos
Que encantaram o nosso ego entristecido Das vezes que choramos foi pelo coração partido
Já não lacrimejo por falta de coragem
A mágoa enche a minha mente de tantas mensagens Só quis ser, o que todos podem ser
Só quis dizer, o que os outros poderiam entender A cada grito meu
É um pedaço de confiança a perder A cada pedido meu
É mais uma esperança para atender Velhos tempos
Foram os tempos que desconhecíamos o ódio
Conhecíamos o perdão e felizes por quem estava no pódio Velhos tempos.
A NOITE QUE PERDI
Foi pelo amor aos meus sentimentos
Que descrevo a cada minuto os meus pensamentos Pelas noites que perco
Pelo erro que acho certo Não inventaria emoções
Nem que o ego me largue para as decisões Ainda que exista um conto meu
Difícil será, não mergulhares no meu mar de pensamentos Um mar que em ti reflecte - se o amor perdido
Um mar que te descontrai do insulto bandido A noite que perdi
Foi por um sonho
Que senti os meus olhos pesando Libertem o jovem que tem sonhos
Amamentem a criança, ouvi dizer que é a confiança do futuro E deixem o velho ensinar as razões
Mas a noite que perdi Foi pela imaginação duradoura.
DO FERRO PARA O OURO
Do ferro para o ouro
Parecia impossível olhar nos olhos do menino mendigo Parecia difícil encantá - lo e tirá - lo do perigo
Houve esperança e empatia
Ressuscitamos o amor ao próximo pelo coração que batia Expulsamos o orgulho que no meio circulava
Pusemos a dor fora que no peito colava É do ferro para o ouro
Que o menino inteligente saiu É do ferro para o ouro Que toda maldição por terra caiu Houve desconfiança ao caminhar Pelo grito do pássaro eu pude chorar Pelos sonhos mal sonhados neguei um presente Que me dava um passado e tirava - me da frente
Do ferro para o ouro Eu neguei um amor sem razões Neguei um abraço sem emoções.
EU NUNCA AMEI
Eu nunca amei
Nunca soube o que significa amor
Sempre que penso nisso, entendo como uma dor Mas eu nunca amei
Por isso da dor nunca afirmei Já imaginei em dizer que é cumplicidade Mas continuo com dúvidas por não ser verdade
Pois eu nunca amei Não sei o que conjuga com o amor
Talvez seja um canto, mas de quê cantor?
Eu nunca amei
Nunca soube o que significa amor Alguém disse - me que é felicidade
Mas eu duvidei, pois as vezes acho que o amor é irmandade Mas eu não sei
O que eu entendo já expliquei Eu nunca amei
Mas por amor dos outros, já chorei.
O MEU CÃO
O meu cão, é o segurança de vidas É o dono de almas protegidas
O meu cão
É o que carrega os produtos cultivados É o que ensina e menciona culpados
O meu cão É o soba da aldeia É o senhor das ideias Só ele traz a voz da reconciliação O primeiro e único que ensina a pedir perdão
Só o meu cão Falaria mais alto
Só o meu cão
Estenderia os contos no asfalto O meu cão
É a minha segurança É a minha protecção de confiança
Só o meu cão
Te ofenderia sem permissão Te amaria sem paixão E te expulsaria sem magoar
Só o meu cão.
ATÉ À ALMA
O verso mais profundo O ar propício deste mundo
Vai até à alma O clamor da sua dor
A sua falta de amor Vai até à alma
O conto retido na sua mente
A ferida não sarada do menino inocente Os truques da sua emoção
As expectativas que nos tiram a atenção Vai até à alma
A fofoca do nosso vizinho E o perigo retido no nosso caminho
Vai até à alma A dor do amor impossível A conquista que parece difícil
Vai até à alma O canto para o coração O beijo inocente da nova paixão
Vai até à alma O verso mais profundo O ar propício deste mundo.
PERDER PELO MEDO
Se o problema fosse a companhia dos entes queridos Ficaríamos sem motivos e estaríamos perdidos
Perde - se pelo medo quando tens dúvida de enfrentar Olhar ao risco, é que deixa todos afundar
Tentar com preconceito não muda atitudes Provar por completo te leva a plenitude Hoje somos o que ninguém queria ser
Frutos de uma ilusão difícil de entender Quem nos chama de indiferentes, não tem razão
Quem nos compara dói - lhe o coração Somos a justiça que liberta imperfeitos Somos a guarda de honra, isso pelo respeito
Perder pelo medo
Nós tentamos, mas somos travados Nós insistimos, mas somos ameaçados
Obrigado a quem nos xinga Aceitamos perder pelo medo Perder pelo medo, eu não queria
Mas a voz assustadora insiste, pela dor que aqui ficaria.
A VOZ DE UMA PLANTA
Uma voz de confiança pura Uma voz de decisão madura Somente uma planta traria felicidades
Nós demos o amor que nele tinha muita verdade Uma voz que amadurece conquistas
Uma voz espectacular, parece um paraquedista Nunca perdeu razões
Uma planta cheia de motivações A sua voz é como as flores que caem pelo vento
A sua estrutura é o som que anima os nossos eventos Ela chora pelo frio permanente
Cobre - se com a sua alma que nos mostra os dentes Uma voz inspiradora
A voz de uma planta É a voz de uma esperança ressuscitada.
FIM DO MUNDO
Não vejo estrelas a brilhar Não vejo a lua me jogar É o fim do
mundo?
Se for eu aceito
Que tudo acabe e levemos a peito Vamos formar um novo mundo
O paraíso está a nossa espera Vamos fazer tudo a fundo
Vamos para bem longe Um mundo novo em nossas mentes Para o vizinho furioso que nunca sente
Connosco todos irão
E sentirão que fazer pazes é melhor Que construir uma família, afasta a dor
Mas que Deus nos guie
Pois, eu soube que o fim do mundo está a beira mar.
O MEDO QUE NUNCA TIVE
Contemplei ao perigo para debruçar a coragem perdida
Porque para esses homens não importa o medo mas a esperança erguida Não sei caminhar, mas no fim da estrada encontrei - me
Perdi o rigor nas palavras, pois em lavras decretei - me Pareço cansado, sem formas para o medo que nunca tive Levantei - me para o senso do ego, com prendas que nunca quis
Ora coagido pela inocência Ora esmagado pela experiência Plantar os pensamentos e não colhê - los
Investir em razões e não desvendá - los Essa minha gente traidora
Que inventa sorrisos com dentes parece uma cenoura Amados por uma voz consoladora
Rejeitados por uma paixão esmagadora Aborrecí - me pelas marcas transcendentes
Reactivei - me por motivos florescentes A ambição foi tanta e comigo foi negada A emoção foi pouca e de mim foi tirada.
SOZINHO
Um copo cheio de prosperidade, prostrado por um maldito vingador que passava pela rua
Cheio de poder e com vontade de fazer o mal, único temido que tinha uma alma nua Foi aí que a esperança separou - se de mim, pensamentos passaram a ser
inconscientes
Dizia ele, que o meu olhar era torto ao progresso e nada era para frente.
Já vivia com o engano, mas não o conhecia
Alguém que já abraçou - me, que teceu palavras que faziam toda diferença.
Ainda lembro - me do seu olhar esperto A imaginação já soprava - me, dizia que eras suspeito
A inocência sempre esteve comigo, aos meus passos largos ele sempre avançava Quando quisesse mudar de rotina, no destino ela já ficava
A culpa é minha, assim dizia o meu amigo antes do acontecimento Para frente é o caminho, dizia os meus olhos concebidos pela inocência de
pensamentos.
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QUERO AMAR
Viajei pelo mundo inteiro A procura da outra parte de mim
Palavras comigo carregadas Diferenças comigo levadas Várias escuras com um brilho tónico
Várias morenas com um olhar único Não vejo a quem me apaixonar Todas lindas!
Quem escolher para amar?
Eu afundo - me na vossa beleza E me perco nas vossas curvas solenes
Quero amar
Formar uma história de amor sobre as estrelas Vigiar cada passo, para não procurar onde vê - las
Nasce novo dia, nasce um novo amor Nasce uma vontade que arruína a dor
Quero amar
Quero encontrar um amor que esteja para sempre Amar a cada dia, um bom modo para frente
Quero amar o seu jeito solidário És tu, a mulher que eu procuro
Aquela, aquela que guarda rancor no armário.
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MARGENS INOCENTES
Inventamos os nossos contos pelo presente refugiado Quando lamentamos, obrigaram aperto de mão aos amputados
Perder a coragem nas conquistas mal pensadas Perder o desejo nas emoções mal inspiradas
Temos o medo ao dirigir as palavras
Temos o princípio de tirar preguiçosos para as camas Quem somos nós!
Onde podemos estar?
Como podemos ser!
O que podemos falar?
Deixamos o rancor nas pegadas gravadas
Mantivemos a boa vontade pelas inspirações participadas Margens inocentes
Você nunca entendeu que nunca fomos um só Insistes em aplaudir como se ele nunca errou
Margens inocentes São margens da dor do lutador São margens do perdão do atirador
Para quem chorou e levantou Eu lacrimejo, eu lacrimejo
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SONHOS
Sou o transportador de desafios, que leva transparência nas mensagens Sou o carregador de memórias, que emite e descobre paisagens Tenho que
sonhar, pois para os sonhos eu posso vencer O sonho é como um segredo, menos divulgado mais faz crescer
As palavras terão o poder
Quando amarmos mais as atitudes, menos vai convencer Sonhei e desejei, fui à luta para conquistar
Almejar é para quem tem motivos, não é para quem deseja desamparar O basilar dos nossos sonhos, deve permanecer
Quem me dera, possuir a antecedência para os enredos Sou o que pode lutar, por isso deixo recados
Quero sonhar até onde puder Gostar quase tudo que aparecer
Falo de desafios Falo dos prazerosos
Os sonhos parecem como algo já vivido E quando o amor for demais, não te sintas iludido
Os seus sonhos são emergentes Os seus sonhos, são os seus presentes.
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