• Nenhum resultado encontrado

A ALIANÇA DOS EXILADOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A ALIANÇA DOS EXILADOS"

Copied!
81
0
0

Texto

(1)

A ALIANÇA DOS EXILADOS

(2)
(3)

A aliança dos exilados Emmanuel Sanchez Revisão

Sonia Barbosa Capa

Anariel Kronemberger Sanchez Produção

Ida Gouveia / Oficina das Letras® www.oficinadasletras.com.br Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo – Lei 9.610/1998.

© Emmanuel Sanchez © Instituto Rede Rama www.rederama.com.br

Impresso no Brasil

INTRODUÇÃO

PORQUE ELES NÃO SE MANIFESTAM ABERTAMENTE

Muitas vezes nos indagamos sobre a realidade dos mundos para-lelos, sobre outras dimensões, extraterrestres, espíritos, enfim, uma inumerável quantidade de possibilidades além da realidade que vivemos diariamente, e que tem se apresentado cada vez com mais intensidade nos últimos anos.

Mas será que isso realmente existe? Algo além de nossa vida coti-diana está presente, mas imperceptível? E se realmente existirem e nós não percebermos, qual o motivo disso? E porque eles não podem se manifestar para todos nós, ou pelo menos, manifestarem-se abertamente para você? Tenho como acessar esta outra realidade? Qual a verdadeira história oculta da origem da humanidade?

Essas perguntas muitas pessoas já realizaram, e nos procuraram buscando ter essas respostas devido aos nossos mais de 38 anos dedi-cados ao conhecimento e exploração desta temática. Este material foi elaborado para buscar responder essas perguntas e outras mais, no sentido de esclarecer assuntos mantidos sob véus por aqueles que já os CIP-Brasil. Catalogação na Publicação

Sanchez, Emmanuel

A aliança dos exilados - 1. ed. - Guarapuava-PR: Instituto Rede Rama, 2019. ISBN 978-85-906445-1-4

1. Metafísica geral. 2. Filosofia do espírito. 3. Astronomia. I. Sanchez, Emmanuel. II. Título. III. Rede Rama.

CDD: 113 CDU: 1.13

Índices para catálogo sistemático: 1. Metafísica geral 111. 2. Filosofia da mente e do espírito : metafísica da vida espiritual 113. 3. Objetos não identificados 52.121. 4. Sistema solar 523. 5. Estrelas. Sistemas estelares. Universo 524.

(4)

conhecem, mas principalmente para proteger aqueles que ainda não estão preparados para saberem ou darem crédito a estas respostas.

Em alguns capítulos abordaremos temas considerados por alguns como “difíceis”, mas que fazem parte dos ensinamentos avançados de escolas iniciáticas, assim como fazem ou fizeram parte da vida de muitas pessoas que nos antecederam. Portanto, este material não é para iniciantes nas vivências mais profundas do ser humano, sendo dirigido para aqueles que já levantaram o véu da sua realidade individual pelo menos uma vez, e estão conscientes de que existem bastidores da expe-riência humana na Terra.

O autor

CAPÍTULO I

O Contato e o que ele traz consigo transcende totalmente nossos conceitos adquiridos, portanto, não deveria ser misturado com nenhum tipo de religião, dogmas esotéricos ou conceitos filosóficos que traduzem somente as

interpretações utilizadas pela humanidade no decorrer de seu processo evolutivo e, portanto, é passível de mascarar as verdadeiras intenções.

As narrativas a seguir fazem parte de um aprendizado coletivo, realizado por muitas pessoas pelo mundo em suas experiências com os “seres” que nos visitam e fenômenos considerados “fora do comum”. Muito do conteúdo provém de nossas próprias vivências individuais ou grupais, mas cabe destacar que parte desta compreensão foi construída com a contribuição das informações já divulgadas publicamente por renomados contatados e estudiosos, principalmente em reuniões priva-tivas ou palestras públicas entre os anos de 1980 a 2018, assim como em eventos na Serra da Esperança-PR, Córdoba — Argentina, Andes e Litoral Peruanos, Serra da Mantiqueira em Minas Gerais e Serra do Roncador em Mato Grosso. A interpretação e narrativa deste conteúdo são de nossa inteira responsabilidade, pois sabemos que a história de nossa humanidade foi dada em fragmentos como um grande

(5)

quebra-8 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 9 -cabeças, em inúmeras experiências variadas pelo mundo. Razão esta

que, devido a minha formação acadêmica que com certeza influenciou minha compreensão e entendimento, assim como a forma de expressão. Nada aqui deve ser adotado como verdade última, mas também não é um conto de ficção, por mais que pareça, pois neste resumo de um entendimento sobre nossa história, os dados vieram de fontes externas ao clássico conhecimento científico criado em nossa sociedade.

Sabemos pela teoria dos “astronautas da antiguidade”, que seres do espaço têm acompanhado a evolução e desenvolvimento de nossa civi-lização há muitos milhares de anos, sendo provavelmente os maiores responsáveis pela arquitetura deste grande projeto de formação e resgate da humanidade.

Chegando a um ponto deste passado, em um momento específico, vemos um povo sendo guiado pelo deserto, tendo a sua frente um contatado “divino” chamado Moisés, e a ajuda de uma “nuvem” que os protegia do sol pelo dia e ainda fornecia alimento para todos. Em determinado momento, foram repassadas informações importantes para aquele povo, pois se comportavam como primitivos bárbaros, roubando, brigando, gerando discórdias constantemente, e como seres de pouco entendimento, tentavam inclusive criar ídolos tangíveis para que pudessem vislumbrar algum sentido divino na sua existência. Esta cena se parece muito com a realidade atual de nossa humanidade, e como disse um sábio recentemente: “Os bárbaros do passado estão de volta por aqui, e mantendo seus mesmos péssimos hábitos de convi-vência!”

As informações passadas para aquele povo, escritas em pedra de modo imperecível, era um conjunto de 10 regras básicas de convivência, e que, por um lado facilitariam a evolução daquele povo e sua sociedade, e por outro lado era o “básico necessário” para que pudessem viver socialmente com alguma harmonia, e terem alguma possibilidade de contato ou conexão com aqueles “seres” que estavam cuidando e acom-panhando o processo vivido por eles.

Grupos de contato com outras realidades, muitas vezes se ques-tionam sobre os motivos do porque seus Guias e orientadores não aparecem fisicamente para eles, ou de modo mais claro, não dão demonstração constante e rotineira de seu apoio ao trabalho do grupo.

A resposta sempre é a mesma, “quando os Guias não demonstram seu apoio, é sinal de que algo não está correndo bem dentro do grupo ou com algumas pessoas e procedimentos do grupo! Devem ser revistos todos os projetos e tentar consertar os rumos”.

Pois bem, antes de entrar em discussões filosóficas e profundos questionamentos pessoais e grupais, deveremos rever os conceitos básicos. Estes preceitos já foram repassados no tempo de Moisés, assim como foram nos ensinamentos de Buda, Krishna, Jesus, e tantos outros grandes mestres e instrutores. Não matar, não roubar, não trair, não mentir, não cobiçar, honrar pai e mãe, enfim, regrinhas elementares para uma vida material e espiritual em consonância com a mentalidade destes Guias e Mestres. Muitos podem achar retrógrado rever conceitos tão primitivos e ultrapassados! É triste, mas é justamente neles que se situa a base de um possível fracasso do Projeto com esta humanidade terrestre!

De nada adiantam filosofias múltiplas, supostos contatos extrafí-sicos, contatos “espirituais” com entidades de elevada evolução, histórias mirabolantes e maravilhosamente arquitetadas para “justificar” nossas atitudes. No final todos acham justificativas cabíveis para qualquer de seus atos, parecendo deuses iludidos e esquecidos, tentando exercer seu papel de ditadores em um mundo caótico. A raiz, a essência de toda atitude, está concentrada em conceitos básicos, em ideias básicas, elementares, e isso aciona toda uma conjuntura quântica rumo a reali-dade perceptível.

Os paradigmas estão por aí para mostrar a todos, que cada indivíduo enxerga a realidade ao seu modo, dependendo de sua formação e de suas verdades! Essa mesma “faca de dois cortes” pode ser a ferramenta da dualidade mental para nos confundir no caminho, retirando nosso foco do que realmente reflete nosso íntimo, e desviando para um contexto ilusório e massificado. Nossos atos e atitudes são a demonstração clara de nosso mundo interior, do que conseguimos evoluir internamente em todo este processo; e não podemos esquecer que nossos irmãos de caminhada, também estarão nos analisando e julgando, segundo seus critérios, e com interferências constantes no processo. Por isso, deveremos sempre lembrar a maravilhosa frase que diz: “planta no teu caminho sementes de felicidade, bondade, amizade a amor, e não te preocupes com os resultados”. Assim, vemos que o Amor, o Perdão e a

(6)

Boa Vontade são ferramentas importantes para que possam ser vividas as regras básicas dos mestres do passado.

Antes de entrarmos em temas controversos, vamos a uma pequena retrospectiva de minha experiência pessoal no sentido de apresentação ao leitor, pois parte destas experiências já foram publicadas e divulgadas em congressos com riqueza de detalhes, como pode ser visto em nossos livros anteriores, Conexão — Uma nova visão da vida e Ufos, mestres e

hierarquias.

Pelo que me lembro, foram nos anos de 1970 que se iniciaram minhas experiências, sendo que, na época, mais eram para mim motivo de divertimento e prazer, do que experiências sensoriais como são conhecidos estes fenômenos. Como não costumava sair com amigos na época, gostava de ficar observando muitas imagens; semelhantes a filmes projetados diretamente nos olhos, como as atuais plataformas de realidades virtuais; que vinham à minha mente com tanta clareza, tudo tão simples, que faziam parte ativa de meus dias. As imagens se alternavam, algumas como sendo um simples observador e outras em que eu interagia dentro das imagens.

Antes desta época tive várias experiências estranhas, como perse-guição de seres magros, pequenos e cabeçudos, observar grandes máquinas no céu, que chamava de “tratores voando”, quando ainda resi-díamos em Ponta Grossa-PR, mas, apesar de serem lembranças fortes, não tinham um sentido em si mesmas, eram ocasiões e acontecimentos esporádicos e aleatórios, sem uma sequência lógica.

Generalizando, estas imagens que comumente apareciam esponta-neamente se referiam à desastres (terremotos, águas invadindo grandes centros com edifícios enormes, grupos de resgate de pessoas e animais) e passeios (longas caminhadas por locais desconhecidos, cidades e vilas de tecnologia avançada, reuniões e palestras em grandes salas). Lembro-me inclusive que em uma delas, observava um casal de pessoas e mais um acompanhante, creio que era filho deles. Estavam em pé, ao lado de uma camioneta vermelha, destas que existem hoje em todo lugar, e contemplavam tranquilamente uma cena que até me espantou. O oceano e enormes ondas vinham em direção a eles, mas os mesmos estavam em um alto morro, vindo as águas chocarem violentamente no

vale daquele lugar, batiam e retornavam transformando a região em um imenso oceano turbulento.

Esta cena me marcou muito porque, anos depois, visitando o sítio de um amigo no interior do Paraná, na Serra da Esperança, me deparei com o mesmo lugar. Lembro-me que fiquei estático diante do que vi, as imagens daquele sitio se confundiam com as imagens que estavam gravadas em minha memória há muitos anos. Sei que experiências como estas muitas pessoas já tiveram, mesmo que seja por sonhos, visões ou pela própria intuição.

Bem, para muitas experiências vividas na infância, somente nos últimos anos encontrei respostas cabíveis. Estas respostas apareceram aos poucos e espontaneamente sem esforço, pois não havia me dado conta ainda do valor real que tinham.

Tempo depois, comecei a experimentar uma constante paralisia total em meu corpo antes de dormir. Em noites seguidas meu sono tinha o prelúdio de uma daquelas paralisias. Foram experiências fortís-simas, pois me faziam transpirar constantemente de tanto esforço para movimentar algum membro do corpo. Quando conseguia me liberar do sofrimento, ia correndo ao quarto de meus pais, e no meio dos dois dormia tranquilamente. Posteriormente desenvolvi uma técnica intui-tiva que era rezar intensamente as orações do catecismo e que realmente surtiam um efeito imediato, impedindo o prosseguimento do fenômeno.

Foram anos seguidos, tendo aquele tipo de fenômeno a perturbar minhas noites. Ninguém sabia explicar o que ocorria, e eu também não fazia muita questão de saber respostas, queria somente me livrar daquilo.

Até que num dia estava deitado em minha cama, a experiência se repetiu, só que algo novo aconteceu...”eu caí no chão”! Dei-me conta de que estava fora de meu corpo físico devido ao susto de ver meu corpo deitado na cama, provocando um retorno rápido para o mesmo, ouvindo extremamente alto, entre o coração tremendamente acelerado e o questionamento do ocorrido, inúmeros sinos pequenos a tocar tomando conta de meus ouvidos, numa espécie de zumbido constante. Esta foi a origem de uma grande caminhada, muita busca... aos poucos fui obtendo respostas que facilitavam minha compreensão e tornavam as experiências mais interessantes a cada dia.

(7)

12 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 13 Através deste processo, após dominá-lo, conheci muitos amigos fora

do corpo que me auxiliaram com vivências e instruções, tendo contatos

quase todos os dias. Se aqui houvesse espaço, poderia narrar inúmeras das experiências vividas naqueles tempos, desde voos conscientes pelas cidades, até a descrição de fantásticos lugares e seres que conheci no decorrer do processo, num verdadeiro mergulho em mundos e dimen-sões inimagináveis e que poderiam ser mostrados e experimentados por outras pessoas que se vinculassem àquele trabalho ou missão, o que acabou por originar um grupo de amigos para aprimorar aquilo tudo, levando no futuro a formar outros grupos derivados daquele primeiro.

Espontaneamente aquelas saídas do corpo físico aconteceram em minha vida e todos os dias se repetiam incontrolavelmente devido ao prazer que proporcionavam, principalmente quando pude dominar a arte de voar e vencer grandes distâncias somente com o uso da vontade. Nem mesmo as salas de aula eram barreiras naquele processo, ocor-rendo desdobramentos em meio à vida de estudante num contínuo aperfeiçoamento e acesso a informações impossíveis de se obter a nível físico. Aquilo tudo evoluiu muito, conhecendo locais e seres maravi-lhosos que nos orientavam e sugeriam práticas para nosso crescimento e autoconhecimento. Com o passar do tempo chegamos a um entendi-mento e vivência fantásticos, pois conseguimos entender como todos são partes de um processo no qual a grande maioria não tem controle de si próprio, sendo verdadeiros instrumentos nas mãos de metas e planos de pessoas ou seres desconhecidos. Nossas mentes são constante-mente bombardeadas de informações e experiências variadas formando verdadeiros consumidores insaciáveis, dando origem a variados tipos de doenças e psicoses, sendo o mais difícil de aceitar, a verdade de haver por trás de tudo alguma mão desconhecida que conduz todos os dias da humanidade, seja para um lado ou outro qualquer.

Pensar e meditar sobre este tema, acabou por me conduzir num rumo interior no qual inevitavelmente me deparei com várias vozes ou sentidos que lutavam pela condução de minha vida, tudo isso dentro de minha própria mente. É como se você se sensibilizasse com experiências e

informações novas que tivessem o poder de te dar uma nova visão da vida, ou da sua própria realidade quotidiana.

Num mergulho consciente para dentro de mim, comecei a analisar constantemente todos os paradigmas e arquétipos que conduziam minha

vida, os conceitos de bem e de mal, as vozes interiores que buscavam conduzir-me, fazendo isso conscientemente por todos os locais, anali-sando todas as reações, até o ponto em que após quatro dias, consegui localizar-me percebendo minha vida sob uma nova ótica anteriormente nem sonhada.

Parecia que estava fora de mim mesmo e da vida que levava. Observando tudo de fora, onde via constantemente meu corpo e mente serem conduzidos e agirem como uma marionete em minhas mãos (consciência). As diferentes vozes ou “impulsos” continuavam interfe-rindo e tentando conduzir tudo através da mente que ficava ligada ao corpo físico, e eu, um tanto afastado de tudo aquilo, somente analisava todas as opções que eram oferecidas ou injetadas, me assustando às vezes com as determinações que eram tomadas quase roboticamente.

Em todos estes momentos sempre me senti forte e tranquilo! Mas as agitações diárias eram constantes, seja na escola ou em casa, me atrapalhando o discernimento diante de tantas opções, sonhos, metas, objetivos, pedidos, diálogos e necessidades que as outras pessoas apre-sentavam para mim.

Decidi então me isolar no quarto até poder esclarecer o que ocorria dentro de mim, e poder dar mais um passo naquele estado estranho de me ver de fora da própria vida que levava. Mas não num estado corriqueiro de estar pensando em outras coisas enquanto a rotina diária acontece, mas na total consciência de que você está constantemente fora de seu próprio corpo, mesmo enquanto dorme, e simplesmente analisa as ocorrências da realidade material em que vive.

Já em total isolamento, decidi vivenciar aquele novo estado para onde me levasse, correndo todos os riscos que dele poderiam derivar, e para tanto solicitei que não me incomodassem em hipótese alguma e deixei de alimentar-me para que o mergulho fosse completo.

Estranhas experiências me inundaram com muitas variações nos pensamentos e sentimentos, bem como uma estranha alternância de calor e frio que se tornaram constantes.

Com muito esforço, após cerca de 52 horas, consegui separar as várias vozes dentro da mente e reconhecer a origem de cada uma delas, sendo algumas não pertencentes a mim mesmo, mas provenientes de outras pessoas, outras vidas e até mesmo daqueles seres sugadores que

(8)

utilizam grande parte das pessoas hoje em dia, sem que estas tenham consciência.

Realmente foi uma verdadeira batalha dentro da minha mente, pois cada impulso daquele deveria ser vencido pela própria vontade de me libertar, e conhecer quem de fato habitava esta experiência por trás daquele complexo arranjo de impulsos e desejos alheios.

Foram momentos muito fortes onde o suor corria constantemente pelo meu corpo sem que estivesse com calor ou frio, pois as temperaturas continuavam a se alternar constantemente. Quando entro neste assunto ou quando converso com pessoas que já passaram pelo processo, sempre utilizo a palavra batalha, pois é provocado uma verdadeira guerra dentro da pessoa, na qual ela sai vitoriosa ou mergulha de retorno à antiga realidade, custando muito empreender esforços novamente em direção àquele estado apto à mudança. É bom frisar que nestes momentos a gente se sente muito bem, com uma serenidade profunda, vivendo intensamente dentro de si mesmo, e as atitudes externas se houverem, serão também serenas e equilibradas, nunca ocorrendo alguma espécie de catarse, surtos ou devaneios semelhantes que nada têm a ver com esta reconquista da liberdade integral (verdadeira identidade), tratada aqui.

Neste ponto percebi que existiam agora somente duas vozes ou impulsos que ditavam os rumos dentro da mente, mas também percebia que outro impulso participava de tudo atentamente como um

obser-vador, percebendo-o por trás de tudo, inclusive da terceira voz que era

eu mesmo fora do corpo analisando tudo.

Sei que daria para escrever muito somente para narrar todo este processo no qual fui inserido a viver espontaneamente, sem a indução de alguma pessoa, drogas ou linhas ocultistas e espiritualistas, como me perguntaram várias vezes quando narrava o ocorrido. Na época não me interessava por nada desta espécie de ensinos, pois as experiências pessoais eram tão constantes e intensas que não justificava ficar compa-rando-as com algum rótulo do passado, ditado por algum pensador através dos ensinamentos de suas escolas, seitas ou religiões. A expe-riência era inédita e pura para mim, sem nenhum conceito pré-estabe-lecido que a ditasse ou induzisse.

Sempre soube, desde o início de meus contatos com os planos sutis, que toda experiência deve ser pessoal e o misticismo nestas horas criaria

impulsos adicionais muito fortes e difíceis de serem transpassados, impedindo o praticante de chegar a uma compreensão plena dos seus resultados. Existe a necessidade de se ter uma simplicidade no modo de viver e pensar para que se tenha êxito em qualquer empresa similar, pois isso deverá ser vivido por todo ser humano algum dia. Então para que criar novas barreiras e conceitos dentro de nós mesmos, que na reali-dade poderão ser pedras adicionais na difícil caminhada para o resgate de nossa liberdade, e consequente conhecimento que dela deriva para nos conduzir até a plena felicidade?

Naquele momento em que os três impulsos dominavam minha mente, dando três diferentes matizes sobre cada questão, mergulhei num torpor suave que aqueceu constantemente meu corpo, fazendo-me sentir uma fonte de calor dirigida, mas ainda muito suave e que tomava o corpo todo. Parecia que tudo estava ficando mais iluminado e claro, pois foi se formando uma espécie de neblina azulada, como a fumaça de cigarros, por todo o quarto. Não dava para ver se aquela estranha névoa entrava por algum lugar específico ou se formava por si própria dentro do recinto. Não dava para perceber nenhuma espécie de projeção de onde ela possivelmente se originaria, e também porque o quarto estava todo trancado, inclusive as janelas, as quais somente eram abertas durante o dia para ventilar e trocar o ar. Aquela estranha luminosidade parece ter me colocado em outro local, ou num ambiente submerso ou algo parecido com isso, e permaneceu durante toda a experiência, pare-cendo ser uma testemunha ou observadora do ocorrido.

Num grande esforço, caminhando nos limiares de cada impulso, sem deixar-me envolver pelos mesmos, consegui separar cada um e me centralizei entre eles, momento em que pude compreender o que se chama de extremos. Aqueles dois impulsos contraditórios e anta-gônicos realmente guerreavam pela posse e domínio da mente, sendo dificílimo para mim não me enredar nos meandros que cada um tentava me envolver, pois não podia discernir qual era o impulso correto ou qual me atraia mais.

Após horas de ininterrupto esforço, quando parecia que a loucura tentava tomar conta de minha razão, senti fortemente aquele calor aumentando vertiginosamente e me envolvendo num estado onde levan-tou-se um grande medo da morte. Mas, sendo incontrolável naquele momento, num último resto de consciência, num esforço muito grande,

(9)

16 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 17 consegui separar claramente os limites daqueles dois impulsos extremos

e me localizar somente na consciência da terceira voz ou impulso. Uma sensação de expansão de dentro pra fora me tomou, e auto-maticamente me senti intimamente conectado com meu corpo físico novamente e vendo tudo com os próprios olhos físicos. Então uma fortíssima energia de calor começou a penetrar no alto de minha cabeça, provocando uma dor muito aguda. Foi dando a sensação que rasgava ou queimava-me por dentro, descendo lentamente até a altura do peito, onde provocou um calor mais intenso ainda, que me fez suar por todos os poros e gritar de dor.

Então veio a clareza mental como jamais tinha sentido em minha vida, uma maravilhosa sensação de liberdade e prazer que me mergu-lharam numa felicidade tão intensa, que não contive mais os impulsos originados naquela fonte e sai do quarto para o jardim.

Envolvido naquela felicidade constante e transbordante, me vi fazendo parte de toda a criação, sentindo um amor tão profundo e verdadeiro por tudo e por todos, que não conseguia me separar de nada, vivendo conjuntamente com as pessoas o que elas próprias estavam vivenciando, inclusive vendo com os olhos dos outros, o que eles viam. Era uma sensação de fusão com tudo e da não separatividade de nada. Tudo na criação tornara-se uma coisa só, sentimento alimentado pela força do amor incondicional e sem fronteiras.

Os opostos só existem onde o amor não reina, os paradigmas só existem onde o amor não promove a liberdade, os sofrimentos só existem onde o amor não nos funde com sua essência.

Percebi que uma pessoa que vive a força do amor real é intimamente livre, pois não tem consciência de separatividade, é una com tudo. Um mundo que esteja aberto para o amor, cujos portais dão acesso a este maravilhoso reino, não conhece a dúvida, as guerras, as doenças, a velhice e a morte, pois estará sempre em fusão e sintonia com as leis naturais e cósmicas, que também são baseadas no puro amor.

Aquele momento que se eternizou em minha vida, não pode ser compreendido meramente por uma concepção intelectual, pois o inte-lecto nos declara que todas as formas de vida são separadas e distintas uma das outras, não podendo haver unidade em meio a tanta diversidade. Mas desta experiência, que vem das partes superiores da mente, vem a

passagem e vivência de uma unidade que é a base de tudo, a despeito de toda a aparente diversidade. Quando todos começarem a meditar sobre esta realidade, em pouco tempo essa verdade será compreendida e principalmente vivida num sentimento de que cada um de nós é apenas um centro de consciência num grande oceano de vida — que cada um de todos os outros seres — são todos unidos por filamentos ligados ao uno, também denominado por pai ou deus.

Perceberemos que a ilusão da separatividade é apenas uma ficção ativa deste universo, como diz tão acertadamente um escritor, e que tudo é um enfim, e que a base de tudo é um.

Este estado profundo de compreensão, derivado não sei se do esforço próprio ou de alguma dádiva presenteada por algum Irmão Maior, permaneceu constantemente em mim por uma semana contínua. Com os amigos aproveitamos muito aqueles momentos, daquela nova visão e as vivências reais que dela derivaram, possivelmente devido à fortíssima energia que constantemente emanava nos locais em que nos reuníamos, seja nos quartos, nas salas, no jardim ou em cima de nossas ameixeiras repletas de frutas saborosas.

Após este período, aquela força foi controlada e se manifestava quando invocada em reuniões e meditações com grupos de trabalho comuns, num contínuo ato de servir indistintamente, dando e demons-trando conhecimento e amor para que este se difundisse por todos os cantos.

Nesta época começaram intensos contatos com muitos seres de variadas origens e de outras dimensões, que preparavam os grupos para o contato com seus povos e principalmente na lapidação interior através da força da cor azul, a qual, segundo eles, proporcionava o estado necessário para a conexão de cada pessoa com a sua verdadeira identidade.

Em uma das práticas realizadas, o grupo participante era selecio-nado por serem praticantes dedicados ao Yoga, e haveria naquele dia um contato diretamente perceptível com um dos guias ou mentores de nosso trabalho. Fizemos um círculo em posição de lótus (padmásana), e todos buscaram acalmar suas mentes e emoções para poderem entrar num nível de percepção mais refinado, prática que exaustivamente já havíamos empreendido em muitas outras ocasiões.

(10)

Aos poucos o intenso calor da energia azul — que todos já sabiam como manipular e emitir, irradiando conscientemente num processo prático e sem qualquer espécie de ritualismos, trabalhando com a própria energia etérea que pode ser comprovada por qualquer partici-pante — foi tomando conta do recinto.

O ser, que naquela ocasião começou a se manifestar no centro daquele círculo de pessoas, chamávamos de rama, emitindo uma intensa energia de calor, a qual criava uma atmosfera de apreensão nos participantes, observada principalmente em virtude da respiração ofegante de todos.

Para meu espanto, de repente fui tomado por uma intensa vibração e senti-me ser arrancado pelas costas, de dentro do invólucro físico. Uma sensação muito forte de tremor e enjoos envolveu-me durante alguns segundos. Pude perceber que estava sendo levado por outro instrutor que chamamos de Traepius, o qual me puxava pelos ombros em um voo vertiginoso em direção ao desconhecido.

Já havia tido várias experiências de saídas do corpo físico de forma consciente e sempre para algum aprendizado em locais especiais (retiros internos, templos, etc) ou comuns (cidades, países, etc), mas nunca tive experiência desta forma, tão peculiar. Primeiro por ser arrancado sem poder protestar em meio a uma reunião muito séria, e segundo por continuar existindo durante todo momento da experiência uma ligação com meu corpo físico, o qual podia ser sentido e visualizado assim que eu desejasse, porém sem haver possibilidade de executar qualquer movimento do mesmo. Aquilo estava muito estranho, mas a confiança depositada nos Guias me fazia manter a tranquilidade e disposição a aprender tudo.

Chegamos a um local com uma vegetação exuberante, em frente a uma pequena caverna, aos pés de grandes montanhas. Ao lado daquela entrada tinha uma planta muito antiga semelhante ao coqueiro ou palmeiras como são chamadas no sul do país.

Fui informado sobre aquele local e que o mesmo existia no plano físico, assim como toda a experiência que teríamos, utilizando locais que se manifestam fisicamente no planeta.

Entramos naquela pequena caverna que aos poucos, conforme íamos penetrando, alargava-se até chegar a uma espécie de salão com uma

grande rocha retangular ao centro, parecendo uma mesa. Passamos para o outro lado do recinto e continuamos a caminhar. Apesar da entrada do corredor seguinte parecer estar bloqueada por pedras, passamos através dela como por mágica. Mais à frente senti uma forte sensação de que estávamos passando por dentro de grande quantidade de água. Podia-se sentir seu frescor e a forte sensação de falta de ar.

Adentramos em uma grande sala iluminada e brilhante, onde estavam sentados vários seres em uma postura maravilhosa. Demonstrando poder e lucidez. Chegavam a parecer belíssimas deidades ou estátuas, no entanto eram vivas! Sobre eles, futuramente fui aprendendo muitas coisas em outras experiências no mesmo local, onde descobri que são guardiões daquele local situado em plena selva amazônica. Um local muito poderoso ao qual chamam genericamente de “Templo Sagrado”.

Em seguida passamos para outro compartimento que ficava conec-tado ao anterior, em cujo centro havia uma mesa redonda toda feita num bloco de pedra. Em cima da mesa havia um imenso cristal girando continuamente, sendo parecido a um diamante ricamente lapidado, tão transparente quanto uma gota d’água. Sua lapidação fora feita de tal maneira que uma extremidade era curta e a outra comprida e pontia-guda, ficando esta última no meio da mesa, a qual tinha seu centro mais baixo que as bordas. Este imenso cristal girava intensamente lançando raios de todas as cores e em todas as direções, dando uma estranha sensação de liberdade e de poderes incríveis. Em giro, a parte pontia-guda permanecia fixa no centro mais baixo da mesa de pedra, enquanto a outra extremidade de lapidação curta percorria todo o contorno da mesa em um giro constante e ininterrupto. Estava tão absorto por aquele cenário e sensações estranhas a percorrerem todo meu corpo, que levei um susto quando Traepius começou a explicar:

“— Este é um dos cristais que polarizam todas as energias provenientes dos reinos superiores, emitindo-as para os pontos de luz em toda a superfície e interior do planeta. Estas forças são emitidas para todas as entidades existentes neste Orbe terrestre, sendo importantíssimo na manutenção de toda a vida.

Haverá um momento em que ele parará de girar e então a vida não mais terá condições de ser mantida neste planeta. Como você sabe, os planetas como entidades vivas

(11)

20 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 21 também morrem um dia, e quando isso tiver que acontecer

com a Terra não sobrará pedra sobre pedra, pois tudo se transformará no pó dos corpos desabitados!

Este processo natural de evolução se acerca das dimensões físicas deste mundo, e para tanto estão sendo realizados há muitos milênios, projetos e medidas que permitam ao maior número de seres vivos acompanharem a passagem em conjunto, deste mundo até sua próxima dimensão existencial, que também é física, mas possuindo maior aceleração em seus impulsos.

Foram feitos planos também para interferir no processo evolutivo de seus habitantes para que possam dar novo sentido ao seu apego ao plano que atuam, e assim poderem ser transportados para outros Orbes mais adequados ao seu desenvolvimento.

Dentro em breve haverá intensa transformação na superfície da Terra e não devereis vê-la como castigo, mas sim com a naturalidade daqueles que já conquistaram sua Paz interna, com a certeza da imortalidade. Somente assim poderá ser amainada a destruição aos teus olhos, e assim, juntamente aos outros, auxiliem no resgate dos mais necessitados.

Um novo tempo com novas leis de evolução serão vividos por todos vocês num curto espaço de tempo do porvir. Busque seu desenvolvimento interior, pois este pode ser carregado para sempre, nada mais é infalível.”

Naquele momento os Seres que estavam ao redor daquela mesa começaram a entoar uma espécie de “mantra” ou prece contínua, de uma beleza indescritível, não imaginava como aquele som poderia ser produzido com tanta facilidade e constância por simples cordas vocais.

Fizemos uma reverência até ao nível do solo diante do cristal e fomos aos poucos nos afastando. No caminho de volta, Traepius conti-nuou falando:

“A rara experiência que lhe permitiram oportunidade de presenciar, poderá se repetir sempre que estiver prepa-rado e equilibprepa-rado para retornar pelos caminhos que já lhe foram mostrados. Quando os guardiões não permitirem

seu acesso, busque reformular algumas de suas práticas para melhorar seu equilíbrio interno.

Este local encontra-se dentro da crosta terrestre e situa-se no plano físico, abaixo da selva amazônica. Túneis como estes existem por toda a América do Sul e têm conexão com as cordilheiras orientais. Não há necessidade de adentrá-lo em sua escuridão por milhares de quilôme-tros para se conectar com os dois continentes, o que seria impraticável. Dentro destes túneis existem estruturas que chamamos de Portais, os quais somente por métodos espe-ciais dão acesso aos corpos físicos e não-físicos dos indi-víduos, para que os mesmos possam penetrar nos recintos subterrâneos, cidades e templos que ainda deverão perma-necer herméticos para a humanidade da superfície por mais alguns anos.

Haverá um momento na Grande Transição Planetária em que os povos dos subterrâneos serão vistos por todos da superfície, com sua beleza e tecnologia, juntamente com nossos irmãos do espaço. Será um momento de muita força e beleza para alguns de seu povo, e de medo e pânico para outros.”

No momento seguinte, senti proximidade com o local da reunião e repentinamente fui como “jogado” no corpo físico novamente, ouvindo zumbidos fortíssimos e muitos sininhos que me deixaram num estado de torpor e completamente sem rumo.

O calor permanecia no local, e aos poucos, reconquistando meu equilíbrio, fui encerrando a reunião e começando os relatos das expe-riências pessoais, as quais foram muito interessantes, pois todos conse-guiram sentir, ver ou se comunicar com rama.

Este aprendizado foi muito importante para que pudéssemos compreender mais sobre os trabalhos físicos e hiperfísicos, assim como estudarmos mais sobre possíveis mudanças que poderiam acontecer neste planeta, de uma forma madura e sem alardes irresponsáveis.

Há vários anos realizávamos trabalhos com energias buscando auxi-liar na promoção da Paz Mundial, onde a inserção de informações sobre apocalipse ou algo do gênero certamente abalou o grupo todo. Ainda mais naquela época do ano de 1983, quando estivemos trabalhando no

(12)

auxílio das pessoas atingidas pela grande enchente do ano, que alagou muitas cidades do sul do país, destruindo parcialmente a cidade de Blumenau e deixando Lages completamente isolada com acesso somente pelo ar. O interessante é que após três dias do isolamento, os mercados e armazéns ficaram completamente vazios, restando somente doces, cosméticos e brinquedos.

Associando tudo, realmente começamos a viver um verdadeiro caos, perdemos muitas colmeias de abelhas e ligamos as experiências daqueles dias em como seria uma possível transformação plane-tária. Constatamos que nada, absolutamente nada pode ser feito a nível externo para auxiliar as pessoas quando a natureza toma conta do cenário, somente esperar as calmarias para agir no conserto dos estragos já realizados. Tudo que era feito pelas equipes em ação parecia tão pouco. Talvez a única atitude possível, seria prever estas ocorrências e buscar se prevenir com instalações adequadas e protegidas, pois só quem vive este tipo de experiência sabe o quanto são terríveis e apavo-rantes, vendo nossos amigos, familiares, ou mesmo os desconhecidos em desespero. Uma simples analise mental ou imaginativa sobre isso, não chega a se aproximar do quão terríveis são.

Mas o sol sempre retorna, e assim foi que dias depois tudo voltou ao normal. Vivêramos momentos importantes de crescimento e frater-nidade, onde constatamos sem margem à dúvidas, que numa catástrofe envolvendo todo o planeta ou parcela deste nada adianta ser feito para amenizar os efeitos, pois na prática já vivêramos um microcosmos de como se daria isso. Assim começamos a nos dedicar intensamente num trabalho visando o bem-estar social, as curas alternativas, estudos sobre autossuficiência, tecnologias alterna-tivas e o imprescindível autoconhecimento.

Foi neste período que tivemos outra experiência marcante, reali-zada juntamente com Raul, um dos inesquecíveis participantes daquele grupo, que buscarei resumir ao máximo o texto, retratando os fatos mais importantes.

Fomos tirados do corpo e levados por rama até um local que não conseguimos identificar, notando somente que havia abundante vege-tação e pequenas montanhas, uma das quais abrigava uma caverna onde adentramos. Após alguns minutos chegamos numa gruta ampla,

traba-lhada em rocha viva. Pensamos ser ali o destino daquela viajem, mas para nossa surpresa, o Guia continuou a caminhar indo de encontro a uma das paredes, na qual parecia não existir passagens, mas sendo permeável para nós. Seguimos apressadamente até chegarmos a outro corredor todo trabalhado e com alguns símbolos em baixo relevo, seme-lhantes aos produzidos pelos povos pré-colombianos.

Ficamos impressionados com o lugar onde fomos sair. Uma pequena cidade cercada por muita vegetação num grande vale subterrâneo. As casas eram envolvidas por plantas em abundância, e todas interligadas por pequenos caminhos pavimentados por pedras similares aos cris-tais de quartzo de variadas cores. Eram casas simples, mas com uma arquitetura estranha, um tanto futurista para nós. Fomos conduzidos até o salão de uma das casas, o qual estava cheio de poltronas brancas, parecendo um anfiteatro ou cinema. Estavam todas direcionadas para uma grande parede, similar a um espelho, onde várias cenas iam se sobrepondo de modo que não compreendíamos nada.

Sentamos confortavelmente, fomos instruídos a relaxar e somente observar as cenas que se formariam naquela espécie de espelho. Vimos muitas pessoas caminhando pelas ruas de grandes cidades, e veículos de todos os modelos conhecidos circulando numa cidade litorânea. De repente, apareceu no horizonte marinho uma imensa onda a qual fazia toda a água das praias irem a seu encontro, aumentando a largura das praias em centenas de metros.

A população da grande cidade viu aquilo e começou a correr sem direção provocando um caos constante e desvairado até o momento em que as ondas chegaram tomando conta das ruas, destruindo edifícios, varrendo casas e transformando tudo em mar. Aquilo nos chocou muito, mas buscamos relaxar e ver as novas cenas que apareciam.

Algumas cidades ficaram totalmente destruídas, enquanto outras tinham as águas retornando ao oceano, deixando atrás de si muita morte e desolação num grande mar de lama. Algumas pessoas haviam sobrevivido e caminhavam sem rumo enquanto outras olhavam para os céus, onde apareciam luzes se movendo rapidamente em pleno dia. Eram naves, grande quantidade delas, de vários tamanhos e estilos, tomando conta do firmamento.

(13)

24 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 25 Pela primeira vez em nossas experiências nos deparamos com

discos voadores, extraterrestres ou algo similar.

Neste momento iniciamos a aprender o que realmente estava sendo feito conosco em todos aqueles anos, por seres que tratávamos equivo-cadamente por mestres da antiguidade, anjos, guias espirituais etc.

Uma cena chamou sobremaneira nossa atenção; um pequeno disco de cores laranja e preto pousou perto da cidade e dele saíram dois seres, cabelos bem claros e compridos, altos, vestindo macacões esverdeados e brilhantes, os quais abriram passagem para um terceiro que parecia um terrestre normal, inclusive com uma pequena mochila nas costas. Ele passou entre os dois seres, despediu-se com um leve aceno e desceu uma espécie de rampa, caminhando em direção à cidade destruída.

Neste momento cessaram as imagens e fomos convidados a sair do recinto, enquanto outras pessoas entravam, inclusive vários casais de mãos dadas, acompanhados por casais de seres semelhantes ao nosso Guia. No momento não sabíamos se falávamos algo sobre o que vimos, ou se calar seria a melhor decisão. Decidimos pela segunda alternativa, pois mudos, deixávamos claro o nosso espanto, indignação e ignorância sobre aquelas cenas terríveis, além da novidade sobre o fenômeno extra-terrestre presenciado.

Caminhamos pela cidade, pensativos e reflexivos, até que perce-bemos que estávamos sendo levados para uma montanha com uma porta de pedra, que dava acesso a um local subterrâneo, similar a uma gruta, toda iluminada por luzes brancas que partiam das próprias paredes, onde com muita reverência, aos poucos, fomos adentrando com algum medo, pois lá haviam muitos corpos de pessoas semelhantes em aspecto ao Guia, entre homens e mulheres. Todos estavam deitados em mesas cheias de baixos relevos e instrumentos, muito similares a blocos maciços de mármore branco. Todos tinham uma aparência saudável apesar de notarmos serem apenas corpos inanimados.

“O que vocês veem são corpos de nossos irmãos em missão há muito tempo na superfície do planeta — rela-tou-nos o Guia — aqui, seus corpos originais são mantidos por nossa tecnologia até o término de suas missões.

Atualmente alguns estão vinculados a corpos físicos terrestres e outros atuando com suas duplicatas físicas

nas naves da Confederação. Estes corpos originais são a garantia que possuem, de continuarem suas existências após realizadas as missões a eles incumbidas.

Muitos de nós realizam sua atuação em corpos dupli-catas dos corpos originais, mas existem alguns casos em que irmãos tiveram de utilizar os processos conceptivos e de nascimento dentro das leis deste planeta — mesmo sabendo que perderiam a memória e que incorreriam em riscos muito grandes para retornarem a seus verdadeiros corpos — para realizarem suas tarefas, e acabaram ficando presos dentro da rede de ignorância que envolve a todos. Estamos fazendo todos os esforços para despertá-los, numa busca de resgate progressivo antes do Grande Final.

Muitas pessoas da superfície fazem parte de povos distantes que vieram aqui em missão de auxilio, exploração, aprendizagem ou colonização, e hoje estão esquecidas de suas verdadeiras origens, de suas verdadeiras identidades, assim como temos aqueles que, para cá, vieram depor-tados, exilados ou até mesmo aprisionados.

Futuramente vocês terão mais informações sobre a verdadeira história da humanidade, mas por enquanto não podemos exigir demais de suas mentes ainda confusas com as informações que lhes passamos. Busquem meditar sobre o que viram e ouviram, tirando suas próprias conclu-sões. Nos encontraremos para avaliar os resultados pron-tamente.”

Ele ergueu as mãos abençoando-nos, similar às bênçãos recebidas em igrejas e templos cristãos, e, antes que pudéssemos fazer alguma pergunta, as quais proliferavam abundantemente dentro de nós, voltamos bruscamente para a sala onde nossos corpos físicos perma-neciam. Logo começamos a trocar experiências e informações para que ficassem bem gravadas em nossas memórias.

Lembro-me que na época ficamos muito chocados com a visão de Naves Extraterrestres na experiência. Criou-se até problemas no grupo devido à narrativa, pois como os nossos “mestres e guias” seriam talvez extraterrestres ou intraterrenos?

(14)

Isso não era compatível com os conceitos comuns naquela época, trabalhávamos com muitos conceitos do Yoga, cristianismo, esoterismo, mas a persistência em aprender sempre com liberdade e sem precon-ceitos venceu. Realmente, tínhamos muito a aprender e revisar de agora em diante.

Novos conceitos se repetiram, muitos envolvendo o fenômeno ufo que aos poucos se tornou familiar a todo o grupo, fazendo-nos dar um grande passo na compreensão de nossas tarefas futuras, na origem e intenções de nossos Guias.

Mas, como é fato comum em todo empreendimento semelhante ao que conduzíamos em Lages, com a Empresa Apícola, a ambição de um membro do grupo provocou o desastre econômico total. Era o responsável pela tesouraria, e nem tinha envolvimentos com o grupo de pesquisas. Bem, tivemos que vender inclusive maquinários para cobrir as despesas, sobrando-nos somente o prédio e algumas caixas com abelhas para recomeçar. Desestimulados com tudo e já um pouco exaustos da convivência com carências, nos separamos, indo uma parte do grupo para a Argentina e a outra continuando no Brasil. Dois pontos pequenos e ativos, concluímos, seria mais produtivo que tentar erguer novamente uma grande empresa para sustentar todo um grande grupo com suas despesas.

Continuamos trabalhando da mesma maneira, só que nós, os brasileiros, decidimos retornar para concluir a faculdade de engenharia agronômica, indo morar novamente naquela nossa adorada casinha velha com um grande jardim de árvores frutíferas em frente à faculdade.

Muitos amigos sempre perguntaram o que seriam estes Guias e qual sua função ou interesse para com o homem. Abaixo temos uma mensagem de uma Guia chamada Anitac, que esclarece um pouco esta questão.

“Um Guia Extraterrestre é um ser de outro mundo que por amor se solidariza com a humanidade de vosso planeta, e que com consciência e responsabilidade está disposto a servir a um plano maior, orientando aqueles seres humanos que vibratoriamente tem a capacidade de entrar em sintonia com uma missão, que sirva como uma reação em cadeia despertando outras mentes e corações.

Um Guia é um orientador, um emissário de altas hierar-quias, com as que por sua vez está em contato. E assim, com semelhante inspiração mantém sua aproximação com os missionários no mundo, encorajando-os em uma moti-vação contínua de conselhos práticos, reflexões e pautas diversas.

Tem-se que saber distinguir entre um guia espiritual e um guia extraterrestre. Um guia extraterrestre não é pessoal, senão coletivo. Há guias de grupos, cidades e países. E estão dedicados a orientar em função de missões de contato especificas, visando que a humanidade desperte para um novo amanhecer na Luz.”

No ano de 1987 tivemos um contato físico inédito com o lado ufoló-gico dos fenômenos que ocorriam. Estava em meu quarto escrevendo uma matéria sobre apicultura para expor no dia seguinte, quando uma leve neblina começou a se formar no ambiente e um leve torpor foi me tomando, quando, para meu espanto, se materializou diante de mim uma pequena criatura, todo branco, olhos enormes, e com a pele lisa e pulsante similar à epiderme dos bichos-da-seda, de pequena estatura (cerca de 1,20m), e aquela constante pulsação era similar a um coração em pleno funcionamento.

Espantei-me diante daquilo, deixando cair o material de minhas mãos e abrindo as janelas para os gatos saírem, pois estavam desespe-rados correndo de um lado ao outro do quarto. Aquela pequena criatura me olhava de um modo suave, com aparente ternura, parecendo emanar paz constantemente, e mesmo confuso senti-me muito bem naquele momento!

Ele começou um diálogo telepático — fenômeno que eu já conhecia e havia praticado muito com Raul na Argentina, tendo pleno êxito — dizendo que no dia 17 de agosto haveria uma grande aproximação de forças e naves em direção ao planeta, e que deveríamos formar um grupo com o maior número possível de pessoas, e em nosso sitio da Serra da Esperança, efetuar determinada prática conjunta.

Perguntei quem ele era e não obtive resposta direta, somente veio à minha mente a palavra Ying. Aos poucos ele foi se dissipando como fumaça, e assim como apareceu ele se foi.

(15)

28 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 29 Naqueles tempos já traçávamos planos para nosso sitio da família,

reunindo pessoas para meditação, conversas e realizar praticas variadas sobre temas transcendentais e vigílias ufológicas, com avistamentos constantes de luzes e até verdadeiros esquadrões de ufos com várias testemunhas. Realmente, observar 13 luzes no céu noturno, voando em linha indiana foi algo que marcou todos nós, inclusive os ajudantes e operários que realizavam construções na área. Mas levar pessoas e falar que um ET apareceu e nos incumbiu de fazer isso ou aquilo, fugiria demais dos temas sempre tratados, e não seria proveitoso para ninguém, pois iria expor nosso trabalho ao ridículo de um modo muito perigoso. Mas, alguns dias depois, em um evento ufológico na cidade de Curitiba, outros contatados estavam com a mesma informação, o que nos alertou para a seriedade do contato que estávamos vivendo.

Com o passar do tempo e inúmeras experiências sendo vividas, constatamos alguns pontos-chave:

• Estamos constantemente sendo avisados por seres mais avançados sobre a conduta de nossa humanidade, tanto nas relações sociais, quanto no trato de todo o ecossistema planetário, o qual está sobrevivendo em seus limites, à beira de um colapso geral.

• É necessária uma evolução de nossa parte para que se possa estabelecer um contato claro e que beneficie ambas as partes, e as zonas rurais facilitam a realização destes contatos.

• Se cada pessoa é analisada pelos ETs, cada qual terá contato com a respectiva raça que lhe diz respeito, ou mais se apro-xima por afinidade nas suas relações de um Grande Plano, ainda desconhecido, em partes, por muitas pessoas.

• As intenções e planos variam dependendo dos seres da raça contatada, sendo que alguns seguem conjuntamente um plano matriz chamado Grande Plano ou somente Plano Cósmico.

Com estas constatações em mente, podemos entender cada contato dentro de uma ótica mais clara e também empreender algum esforço para, com muita seriedade, trabalhar em zonas rurais numa busca não somente da casuística local, mas no estabelecimento de um contato com

as raças que monitoram o desenrolar dos acontecimentos diários da vida de cada um de nós.

Com o tempo formamos uma Associação Rural em modelo de comunidade, que se manteve ativa por uma década na Serra da Esperança-Paraná, e que foi fundamental para nosso aprofundamento no contato. Após seu encerramento, que foi algo bem desgastante para todos, buscamos continuar os trabalhos em outras regiões do país.

Registro aqui nossos sinceros agradecimentos a irmãos de cami-nhada que foram fundamentais para a continuidade de nosso grupo, e termos de ânimo e forças renovadas para perseverar com a formação de novos grupos e divulgação do contato.

Ao amigo Sixto Paz Wells de Lima, Peru, pois foi o primeiro que nos amparou quando da dissolução da Comunidade, numa sintonia incrível, entrou em contato, compartilhando suas experiências e dando seu voto de confiança a nosso trabalho e ao contato que estávamos tendo, pois os mesmos Guias Extraterrestres guiavam nossa Missão em comum.

Verônica Paz Wells — que em nosso encontro grupal em Atibaia, São Paulo, mostrou claramente que o que vivêramos era extremamente normal em grupos de contatos e compartilhou suas experiências vividas — explicou que este parece ser um modelo comum nos trabalhos de grupos, onde ocorre a união, o contato, depois uma espécie de “explosão” interna, e novas vivências surgem num processo contínuo de renovação e evolução. As pessoas somente interessadas em ver ufos, viver algum fenômeno incomum ou experiências místicas “poderosas”, nestas horas seguem outros rumos, ficando só os realmente comprometidos com a essência do contato, que é a redescoberta de si mesmo.

Nosso grupo de contato, em 1998, renovou seus trabalhos num novo local perto de Guarapuava, onde estamos até hoje. Nesta nova fase a composição poderia ser definida como a formação de uma rede de interessados e de equipes que possam ter acesso a zonas rurais para realizarem várias práticas de contatos, assim como reunirem-se em suas cidades, onde práticas coletivas são realizadas buscando um autoconhe-cimento individual e aprofundamento do contato grupal com as hierar-quias de aproximação, responsáveis por este momento do processo. O grupo ideal é aquele composto de sete a dez pessoas realmente dispostas a se dedicar a um entrosamento mútuo e com os Guias, onde a discrição

(16)

é fundamental para o êxito dos contatos iniciais. A este empreendimento damos o nome de Rede Rama, vinculado intimamente há décadas ao processo da Mision Rama Internacional, tendo locais para as experiên-cias grupais de autocontrole e contato, saídas a campo, e mantemos o Instituto Rede Rama, com site próprio de mesmo nome e difusão de cursos e treinamentos.

Aprendemos na prática, que existem raças que se manifestam por vários meios e métodos, e em nosso caso, as experiências se mani-festam via telepatia ou técnica similar associadas à avistamentos que as comprovem, saídas conscientes do corpo físico e contatos físicos e dimensionais. É de fundamental importância que o grupo esteja ligado a pessoas já experientes e com êxito nestes tipos de acordos informais com os Guias, para que não sejam prejudicados os trabalhos futuros misturando-os com dogmas, mistificações e conceitos místicos, reli-giosos e esotéricos comuns de nossa sociedade.

O Fenômeno ufo e o que ele traz consigo transcende totalmente nossos conceitos adquiridos, portanto não deveria ser misturado com nenhum tipo de religião, dogmas esotéricos ou conceitos filosóficos que traduzem somente as interpretações utilizadas pela humanidade no decorrer de seu processo evolutivo, e portanto, é passível de mascarar as verdadeiras intenções dos Guias dirigidas a nós. Devemos nos livrar dos preconceitos de toda a espécie, independente de etnia, gênero, status, credo, tabus, nacionalidade, idade, profissão, e sentirmos a liberdade de poder entrar em profunda meditação, alcançando uma paz inabalável, a qual nos conduzirá certamente em direção ao mais profundo Amor por nós mesmos, pelos nossos semelhantes, pelos animais e plantas, pela biosfera e por nossos Irmãos Maiores, agentes desta aproximação que busca resgatar a liberdade do gênero humano dos grilhões criados pela própria humanidade em tantos milênios de cultura, que atualmente está culminando numa possibilidade suicida para todo o sistema planetário.

Os contatos, dentro de nosso aprendizado, poderiam ser subdivi-didos do seguinte modo:

• contatos físicos — Seriam os de 1º, 2º, 3º e 4º graus, os contatos interdimensionais através de materializações dos Guias através de Portais naturais ou artificiais (Xendras) ou Bilocação dos mesmos a partir de suas bases ou naves.

• contatos telepáticos — São os chamados contatos de 5° graus, onde uma forte impressão mental, envolvida com sensações variadas, traz frases, palavras ou impressões ao contatado que as traduz em palavras verbais ou escritas. • contatos transcendentais — São os blocos intuitivos,

uma espécie de recepção onde o contatado se vê absorvido por um bloco de informações, sensações (odor, sabor, calor ou frio) e busca traduzir de algum modo (escrita, desenhos, pinturas, poemas, esculturas etc.) não se contentando até que tenha traduzido todo o bloco.

• contatos hiperfísicos — São os chamados contatos etéricos ou astrais, onde o indivíduo recebe a visita dos Guias que aparecem através de clarividência, ou se é trans-portado fora do corpo físico para viver as experiências. Nosso grupo estimula muito este processo pois possibilita que cada um tenha suas próprias experiências, vindo a contribuir muito mais com todos.

• contatos via mediunismo — (não utilizamos este tipo de contato, mas já conhecemos algumas experiências que poderíamos chamar de “interessantes”) Ocorrem em médiuns ou sensitivos que tenham a possibilidade de atrair os Guias e que tenham energia compatível. Mas deve ficar claro que não se trata de comunicações com “espíritos” ou pessoas já falecidas, mas sim, com seres que têm corpos

físicos e possuem a capacidade de se transportarem ou

comunicarem-se com o respectivo médium. Muitas vezes as pessoas são orientadas por ETs em seus “cultos” e não sabem disso.

Antes de nos aprofundarmos mais nas próximas páginas, deveremos fazer uma revisão rápida de algumas informações passadas por Guias e Seres Extraterrestres sobre nosso Universo.

Eles informaram para vários grupos espalhados pelo mundo, que existem três universos, sendo que um está contido dentro do outro. Poderemos buscar em outras fontes esotéricas e até nos sagrados Puranas Indianos, que estas informações estarão lá. Os três universos seriam o material, o mental e o espiritual. O Universo Material possui sete dimensões e está regido por sete leis ou princípios. O Universo Mental

(17)

32 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 33 possui três dimensões e está regido por três leis ou princípios; enquanto

o Universo Espiritual teria duas dimensões (estas teriam muitas subdi-visões também) e está regido por duas leis. Cada vivência dimensional nos permite contar com corpos ou veículos de expressão, logicamente destinados ao nosso crescimento e experiência, e que podemos ter cons-ciência através de práticas disciplinadas e constantes.

No Universo Material, o ser humano tem a consciência material interconectada pelas sete dimensões materiais, que se manifestam vibra-cionalmente através de sua densidade ou frequência, tendo como base 3 corpos, o corpo físico, o corpo astral e o corpo mental inferior, todos sujeitos às sete leis (adiante veremos as leis do Caibalion), sendo que o corpo físico seria a vestimenta biológica dos outros corpos; o corpo astral seria o corpo das emoções e dos desejos e o corpo mental inferior seria a personalidade e o caráter.

No Universo Mental, o ser humano tem a consciência mental conectada pelas três dimensões. O corpo mental superior seria nossa quarta dimensão, é onde se encontram todas as nossas potencialidades psíquicas e de percepção extrassensorial; o corpo chamado por alma, ou a catedral do espírito, onde temos o somatório de todas as nossas vidas passadas, nossa missão, nosso nome cósmico ou chave vibratória pessoal; o chamado espírito, que é o veículo de nossa consciência.

No Universo Espiritual está o sétimo veículo ou nossa essência, que nos conecta com a 11ª dimensão adiante.

Necessitamos perceber que esta multiplicidade de realidades tornam o ser humano um ser multidimensional, e que necessita despertar sua consciência e fortalecer sua vontade, para assim poder iniciar sua ascensão. E como devemos fazer isso? Segundo os Guias da Missão Rahma, “o interessante é saber que a forma não é o mais importante, mas sim a atitude! Técnicas existem múltiplas, o importante é crer no que se está fazendo e no seu resultado final, assim lograremos nossos objetivos. De outro modo, estaremos passando de uma técnica para outra, de uma forma a outra, sem avançar nem aprofundar”.

Quadro dos universos e sua relação com nossos corpos (Wells, 2009)

universo dimensão leis corpos

Espiritual 2 1. Unidade2. Amor Essência

Mental 3 1. Vontade 2. Sábia criação 3. Experiências Espírito Alma Mental superior Material 7 1. Mentalismo 2. Correspondência 3. Vibração 4. Polaridade 5. Ritmo 6. Causa-Efeito 7. Gênero Mental Inferior Astral Corpo Físico 3 12 12 7

(18)

“Nós, humanos terrestres, seguramente não somos bons em convivência!” Os animais e a natureza já sabem bem o que é isso!

Sabemos então que vivemos em um universo material que tem sete dimensões, segundo os extraterrestres físicos que nos visitam e mestres do passado, e todos estão regidos por sete princípios ou leis, conforme o quadro anterior. Conhecer e saber aplicar estes princípios nos faz capazes de transmutar a realidade ao nosso redor e dentro de nós, assim como nos capacita a entender melhor os mecanismos que regem toda vivência humana, da natureza e dos fenômenos que envolvem a aproximação destes seres até nossa realidade. As leis universais descritas no Caibalion de Thot ou Hermes Trimegistro seriam em resumo as seguintes:

Primeira Lei: O princípio do Mentalismo — Tudo é mental. É o mesmo que dizer “cada um pode criar aquilo que crê ser possível”.

Segunda Lei: O princípio da Correspondência — Como é em cima é em baixo. Se queremos saber como funciona o universo, devemos começar por conhecer-nos, ou autoco-nhecimento. Se quisermos que alguém mude suas atitudes, devemos começar por nós mesmos a mudança.

(19)

36 EMMANUEL SANCHEZ A ALIANÇA DOS EXILADOS 37 Terceira Lei: O princípio da Vibração — Nada é imóvel,

tudo se move, tudo vibra. Este princípio está relacionado com o som, com as palavras, ou magia do verbo. Cada pessoa realiza aquilo que decreta para si mesma e para os outros. A palavra é o que dá forma a tudo, podendo cons-truir, assim como destruir.

Quarta Lei: O princípio da Polaridade — Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo é par de opostos, o semelhante e o antagônico são o mesmo, os opostos são idênticos na natureza, mas diferentes em grau. A toda força se lhe opõe outra contrária e de igual intensidade. Mede-se a importância das coisas que se realiza na vida pelo grau de dificuldade que se origina como reação contrária. A vida se encarrega continuamente de nos pôr à prova para fortalecer nossa vontade e convicção, porém muitas destas provas são consequências geradas por nossas decisões e atitudes prévias.

Quinta Lei: O princípio do Ritmo — Tudo flui e reflui, tudo tem seus períodos de avanço e retrocesso, tudo ascende e descende, tudo se move como pêndulo, a medida de seu movimento para direita é a mesma que seu movimento para a esquerda, o ritmo é a compensação. Este princípio nos instiga a trabalhar a perseverança, a paciência, a tole-rância e a convicção.

Sexta Lei: O princípio de Causa e Efeito — Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa, tudo acontece de acordo com a lei, a sorte não é mais que um nome que se dá de acordo a uma lei não conhecida. Há muitos planos de causalidade, mas nada escapa a essa lei. As colheitas em nossa vida são o produto das semeaduras de nossas atitudes e ações.

Sétima Lei: O princípio do Gênero — O gênero existe porque tudo tem princípio masculino e feminino; positivo e negativo; tudo busca sua complementação. O gênero se manifesta em todos os planos, assim como a luz e a obscuridade, o bem e o mal. Sabemos valorizar a luz do dia devido à antes termos passado pelas trevas da noite!

Estes princípios universais nos embasam e alicerçam para entender que a medida que crescermos em consciência, ou que sejamos conscientes desta multiplicidade de realidades, poderemos atuar mais efetivamente nas situações, modificando, orientando e dirigindo nossa existência para um infinito de realizações. Nas palavras de Yogue Ramacharaca (Guia que conhecemos no ano de 1983 e que se tornou alicerce de nossa caminhada), vamos aprofundar mais o entendimento entre o bom e o mau: o “bom” está no plano do desenvolvimento, da evolução, a alma está se movendo de um grau para outro, do mais baixo ao mais alto; ao passo que o “mau” retarda ou destrói a sua obra. É “bom” para o tigre ser sanguinário e vingativo, porque isso não é contrário ao estado de seu desenvolvimento, mas para um homem desenvolvido, é “mau” recair nesse estado ou em tais estados, porque assim vai para trás ou retro-grada. Seria “mau” para uma alma adiantada nutrir sentimentos de ódio, vingança, ciúme e outros semelhantes, porque assim voltaria a degraus pelos quais passou já há muito tempo, e agiria em contrário ao saber e à intuição do respectivo homem. A lei da evolução e do desenvolvimento conduz para cima. Tudo que é conforme com esta lei é desejável e bom; tudo que lhe é contrário é mau e deve ser evitado.

Simples, muito simples e objetivo, dando as noções claras sobre este tema tão controverso, e que muitas pessoas acabam filosofando dema-siadamente, acabando por perderem-se em seus próprios caminhos. Os opostos existem, e nosso papel consciente, é saber o que nos eleva e o que nos retarda na caminhada. A autoconsciência nos faz crescer e evoluir para a Realização, onde a luz do Espírito é clara, não mais obscu-recida pelas dificuldades dos envoltórios que manifesta.

Sabendo disso, aprendemos que os Guias e Mestres sabem bem o que é positivo ao nosso desenvolvimento, e buscam não se mani-festar enquanto não estivermos preparados para enfrentar os possíveis problemas advindos deste contato. Sabemos que onde existe mais luz, é porque também ali podem existir as maiores trevas, pois os opostos sempre se entrelaçam neste mundo. A proximidade dos Guias acaba por atrair os opostos na vida do contatado, que passa a viver situações muitas vezes dificílimas de superar. Já nos dizia nosso irmão Tell Ellam:

“Não se pode compreender o que é o Amor, sem antes o haver experimentado, sem antes haver participado de uma experiência de grupo, no qual todos e cada um de vocês

(20)

irão crescendo e ampliando vosso campo de envolvimento com os demais irmãos, que os acompanharão na Missão, para recém depois, transcender as esferas mais difíceis, onde as forças obscuras procurarão arruinar toda tentativa de Comunidade Mental entre vocês.”

É um assunto bem difícil e que a maioria dos autores busca não tratar, pois pode causar temores naqueles que ainda não começaram a trilhar conscientemente seu sendeiro espiritual, ou mesmo naqueles que nutrem algum temor pelo contato com extraterrestres ou Guias espiri-tuais. Antes de tudo é importante esclarecer que não estamos buscando escrever este material para principiantes, ou mesmo para ser amplamente lido e divulgado para todo mundo. Não, nossa intenção é de esclarecer pontos cruciais e que todo grupo já vivenciado e experimentado nestes caminhos se deparou algum dia. Também abordar um tema que não envolve somente o extraterrestre, mas também que se manifesta nos contatos com os chamados mestres ou guias nas mais variadas correntes que buscam a ascensão do gênero humano a níveis superiores. Para toda ação existe uma reação, e isso me faz lembrar as palavras do mestre de Yogananda, Swami Sri Yukteswar, quando lhe disse: em meio a grande quantidade de ferrugem que se vê de outros planos em relação à huma-nidade, nota-se claramente as pequenas limalhas de ouro que brilham, e certamente estas são mais visadas por todos e facilmente perceptíveis.

Se observarmos a vida de seres que seguiram o caminho da luz ou iluminação, e que passaram por aqui, vamos notar similaridade entre suas vidas e principalmente, vamos perceber que eles passaram por uma espécie de sequência de situações adversas a seus propósitos, sendo que alguns, como Ghandi, Krishna, Jesus etc. viveram todas as situações adversas possíveis, e foram tão persistentes e perseverantes em sua própria luz e fé, que acabaram por chegar ao extremo de ter a sua morte física provocada pelos contrários ou adversários de tudo que estes maravilhosos seres de luz representam. Hoje as ações destas energias contrárias estão mais elaboradas, e atuam principalmente como confusão mental, doenças ou acidentes, buscando não criar mais mártires da causa da luz. A morte de um “obreiro” nunca está nos planos dos Conselhos Maiores ou Confederados (organizações que coordenam as atividades do caminho da luz), sendo normalmente interpretadas erroneamente pelas mentes terrestres que tentam desvendar os

misté-rios da vida de um avatar, mestre ou ser de luz em missão, e que teve sua vida tolhida de algum modo. Existe grande número de servidores do Grande Plano que realizam suas missões de modo discreto, secreto ou imperceptível pela maioria da humanidade, e são estes os grandes responsáveis pela manutenção das “colunas do templo” erguidas e sólidas, mesmo em meio a este caos que vivemos no mundo atual.

O contato com seres de luz provoca o início de uma sequência de fatos na vida do contatado, seja com extraterrestres em missão, ou com entidades espirituais ou dimensionais. É como um resultado inseparável de uma ação, configurado dentro das leis básicas já descritas.

Assim como um adulto pouco compreende suas próprias reações e pensamentos quando era adolescente, achando que eram maluquices devido ao “excesso de hormônios”, nós também perdemos a capacidade de entender esta realidade mais ampla que envolve nossas vidas num mundo mais sutil e invisível para a maioria, quando estamos mergu-lhados em atividades cotidianas como sendo a nossa realidade única e nosso campo singular de ação.

Poderemos inclusive criar uma realidade paralela onde tudo é bom e bonito, com pensamentos positivistas e puxando para nós toda a responsabilidade sobre o que somos e vivemos. Em parte, isso é verdade, pois nossa mente é capaz de criar nosso amanhã, mas poderemos estar em “planos” de outras pessoas ou “seres”, que também estão moldando e transformando nosso porvir num sentido contrário aos nossos reais interesses interiores, transformando-nos em marionetes úteis e incons-cientes aos seus sórdidos planos.

Após um contato real com o transcendente, uma iluminação, um contato físico ou dimensional, tudo isso passa a ser visto e entendido como vivencias de nossa fase inicial, ou melhor, de nossa infância espi-ritual. Pois é, se você está conseguindo entender estas linhas, é porque já está passando para uma fase superior de seu crescimento, e deixando de ser um buscador infantil e deslumbrado, para tornar-se um buscador mais consciente e em vias de se preparar para dar passos maiores rumo ao seu autoconhecimento e sua trilha espiritual assumida.

Poderemos entender então o porquê dos Guias terem tantas reservas em manifestarem-se. Tornarem isso tão difícil e especial, e quando acon-tece, nas primeiras vezes, deixarem transparecer em nós uma grande

Referências

Documentos relacionados

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A cor “verde” reflecte a luz ultravioleta, porém como as minhocas castanhas são mais parecidas com as minhocas verdadeiras, não se confundem com a vegetação, sendo

Sendo assim, o presente estudo visa quantificar a atividade das proteases alcalinas totais do trato digestório do neon gobi Elacatinus figaro em diferentes idades e dietas que compõem

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

Considerando que, no Brasil, o teste de FC é realizado com antígenos importados c.c.pro - Alemanha e USDA - USA e que recentemente foi desenvolvido um antígeno nacional

By interpreting equations of Table 1, it is possible to see that the EM radiation process involves a periodic chain reaction where originally a time variant conduction

O desenvolvimento desta pesquisa está alicerçado ao método Dialético Crítico fundamentado no Materialismo Histórico, que segundo Triviños (1987)permite que se aproxime de