Palestra
Retenção na Fonte
de Tributos
Federais -
Atualização
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CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.
Agenda:
Obrigatoriedade; Imposto de Renda; Contribuições Sociais;
Conceitos de limpeza, conservação, manutenção, segurança, locação de mão-de-obra e serviços profissionais para fins de retenção das contribuições; Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das
contribuições;
Dispensa da retenção IR e Contribuições Sociais; Dispensa em decorrência do valor a ser pago;
Itaipu Binacional, Transporte internacional e estaleiros navais;
Agenda:
Empresas optantes pelo Simples Nacional; Cooperativas;
Pessoa jurídica amparada por medida judicial; Isenções;
Valor a ser retido Imposto de Renda;
Antecipação do imposto apurado pelo contribuinte; Não retenção pela fonte pagadora;
PN COSIT nº 1 de 2002;
Reajustamento do rendimento Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS);
Acréscimos legais - atraso no recolhimento; Acréscimos Moratórios - Multas e Juros;
Agenda:
Prazo e forma de recolhimento: Imposto de Renda; Imposto de renda retido pelos Estados, Distrito
Federal e Municípios;
Agências de propaganda e publicidade;
Contribuições Sociais Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos PIS/PASEP e COFINS;
Compensação e restituição de valores retidos; Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008; Regras especiais de retenção aplicáveis às
contribuições sociais; Cartões de crédito;
Agenda:
Documentos de cobrança que contenham código de barras;
Comprovante anual de retenção Informações na DIRF - Entendimentos - Contribuições sociais.
Obrigatoriedade: É uma obrigatoriedade que ocorre como forma de garantir o pagamento do imposto e diminuir a sonegação, pelo tomador e/ou prestador de serviço. Ocorrem nos pagamentos efetuados por PF a PJ e por
PJ a outras PJ pela realização de serviços.
São consideradas antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu as retenções, podendo ser compensadas pelo prestador de serviço com tributos e contribuições da mesma espécie, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir do mês das retenções.
Retenções na Fonte: Impostos e contribuições retidos de pessoas físicas:
ISS; INSS e IRRF.
Impostos e contribuições retidos de pessoas jurídicas:
Retenções na Fonte: Os tributos federais objetos deste estudo, retidos na fonte são:
CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido = 1,0%;
Cofins: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social = 3,0%;
PIS/Pasep: Programa de Integração Social = 0,65%; IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte:
de 1% a 1,5% para PJ;
e de 7,50% a 27,50% (tabela) para PF;
Retenções na Fonte: Esclarecimentos: Fonte pagadora – Considera-se fonte pagadora a PF ou PJ que pagar rendimentos.
Dispensa de retenção: dispensada a retenção de imposto sobre a renda ou contribuições sociais, na fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais).
Imposto de Renda: Rendimento do trabalho assalariado: Fato gerador:
Pagamento de salário; Pró-labore;
Demais remunerações decorrentes de vínculo empregatício.
Imposto de Renda: Rendimento do trabalho não assalariado:
Fato gerador – importâncias pagas por PJ a PF: A título de comissões e corretagens;
Honorários; Direitos autorais;
Outros serviços prestados, sem vínculo empregatício;
Empreitadas de obras; Fretes e carretos;
Órgão gestor de mão de obra do trabalho portuário aos trabalhadores portuários avulsos.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Aluguéis, royalties e juros pagos a PF: Fato gerador – Rendimentos mensais de
aluguéis ou royalties, tais como: Locação ou sublocação;
Arrendamento ou subarrendamento;
Direito de uso ou passagem de terrenos, de aproveitamento de águas, de outros bens móveis, de conjuntos industriais, invenções; Direitos autorais (quando não percebidos
pelo autor ou criador da obra); direitos de colher ou extrair recursos vegetais, etc.;
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Aluguéis, royalties e juros pagos a PF: Juros de mora e quaisquer outras
compensações pelo atraso no pagamento de royalties;
Importâncias pagas ao locador ou cedente do direito, pelo contrato celebrado (luvas,
prêmios, etc.);
Benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Aluguéis, royalties e juros pagos a PF: Alíquota:
o imposto será calculado utilizando-se a tabela progressiva mensal.
Base de cálculo: o valor recebido.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Aluguéis, royalties e juros pagos a PF:
Nos aluguéis de imóveis, poderão ser deduzidos os seguintes encargos, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador:
O valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o imóvel;
O aluguel pago pela locação do imóvel sublocado;
As despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento;
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Remuneração de serviços profissionais prestados por PJ:
Fato gerador – Importâncias pagas ou
creditadas por PJ a outras PJ ou mercantis pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Remuneração de serviços profissionais prestados por PJ:
Retenção de 1,50%, nos serviços de
profissão regulamentada como: advocacia; arquitetura; auditoria; consultoria;
contabilidade; fisioterapia; fonoaudiologia; odontologia; despachante; veterinária.
Retenção de 1,0% nos serviços de: limpeza; conservação; segurança; vigilância e locação de mão de obra.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Comissões e corretagem pagas à PJ: Fato gerador – Importâncias pagas ou
creditadas por PJ a outras PJ a título de comissões, corretagens, ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais.
Alíquota / base de cálculo – 1,5% do valor do rendimento.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Comissões e corretagem pagas à PJ:
A retenção deverá ser recolhida pela empresa proprietária do bem, mas em alguns casos é a própria empresa que recebe a comissão, como citado abaixo:
Vendas de passagens, excursões ou viagens;
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Serviços de propaganda prestados por PJ: Fato gerador – Importâncias pagas ou
creditadas por PJ a outras PJs pela prestação de serviços de propaganda e publicidade.
Alíquota: 1,5%.
Base de cálculo: o valor do serviço prestado.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Serviços de propaganda prestados por PJ: Obs.: excluem-se da base de cálculo as
importâncias diretamente pagas ou repassadas pelas agências de propaganda a empresas de rádio, televisão, publicidade ao ar livre (outdoor), cinema, jornais e revistas, bem como os
descontos por antecipação de pagamento. (RIR/1999, art. 651, II e § 1º; IN SRF nº 123, de
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Serviços de propaganda prestados por PJ: Responsabilidade / recolhimento – O IRRF
deverá ser recolhido pelas agências de
propaganda, por ordem e conta do anunciante (empresa que contratou o serviço).
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Multas e vantagens:
Fato gerador – Importâncias pagas ou
creditadas por PJ correspondentes a multas e qualquer outra vantagem, ainda que a título de indenização, em razão de rescisão de contrato, excetuadas as indenizações pagas ou
creditadas em conformidade com a legislação trabalhista e aquelas destinadas a reparar danos patrimoniais.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Multas e vantagens: Alíquota: 15%.
Base de cálculo: as importâncias pagas ou creditadas.
Responsabilidade: a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é da PJ que efetuar o pagamento ou crédito da multa ou vantagem.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Multas e vantagens:
Recolhimento: o imposto deverá ser retido na data do pagamento ou crédito da multa ou vantagem.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Prêmios em bens e serviços:
Fato gerador – Prêmios distribuídos, sob a forma de bens e serviços, mediante concursos e
sorteios de qualquer espécie, exceto a
distribuição realizada por meio de vale-brinde. Alíquota: 20% (vinte por cento).
Base de cálculo: o valor de mercado do prêmio ou da realização do serviço, na data da
distribuição.
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Prêmios em bens e serviços:
Regime de tributação – Exclusivo na fonte. Não existe o aproveitamento do imposto retido por parte do ganhador do prêmio.
Responsabilidade / recolhimento – Compete à PJ que proceder à distribuição de prêmios efetuar o pagamento do imposto
Imposto de Renda: rendimento do trabalho não assalariado: Prêmios em bens e serviços:
Prazo de recolhimento – Excepcionalmente até o 3º (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência dos fatos geradores, ou seja, da distribuição do prêmio.
Imposto de Renda: retenções na fonte: Para fins de recolhimento do IRRF sobre prestação de serviços de PJ para outra PJ a data do fato gerador é:
Com fundamento no artigo 43 do Código Tributário Nacional e nos artigos 647 e 649 a 652 do
RIR/1999, quando a beneficiária dos rendimentos tratar-se de PJ, o fato gerador do IRRF, ocorre no momento do pagamento ou crédito, o fato que ocorrer primeiro, independentemente da data do documento ou do vencimento do título.
Imposto de Renda: retenções na fonte: Assim, podemos resumir que o IRRF deve ser retido no ato da apropriação contábil, ou seja, no ato do pagamento ou da apropriação das despesas no resultado do exercício, tendo como contrapartida a conta do fornecedor no passivo.
No caso de determinada empresa prestadora de serviços emitir várias notas fiscais de prestação de serviços durante o mês, o fato gerador ocorrerá na data em que a empresa tomadora pagar ou creditar a(s) notas(s) fiscal(is).
Imposto de Renda: retenções na Fonte: Prazo de recolhimento – Salvo as hipóteses especiais, será o último dia útil do 2º decêndio subsequente ao mês em que ocorrer o fato gerador, ou seja, dia 20 do mês seguinte, se dia útil; caso contrário, antecipar.
(Lei nº 11.196, de 2005, art. 70, com a redação
Contribuições Sociais: Retenção na fonte sobre pagamentos a PJ contribuinte da CSLL, da Cofins e PIS/Pasep:
Fato gerador – Importâncias pagas pelas PJ a outras PJ de direito privado pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e
locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber e pela remuneração de serviços profissionais.
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Limpeza: remoção de poeira, lavagem, polimento, desinfecção e conservação de superfícies fixas como pisos, paredes e tetos, ou de móveis e equipamentos diversos; utilizando grande variedade de produtos químicos e as tarefas podem ser realizadas com ferramentas manuais como vassouras, rodo, balde, pá, escova, esponja, pano, pulverizador ou com o auxílio de máquinas como aspirador de pó, varredeira, enceradeira, máquina lavadora e extratora, entre outros (MAÇÃIRA, 2004, p. 5 – 6).
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Conservação: é o conjunto de diretrizes planejadas para o manejo e utilização sustentada dos recursos naturais, a um nível ótimo de rendimento e preservação da diversidade biológica. Combinação de todos os métodos de exploração e uso dos terrenos que protejam o solo contra a depleção, causadas por fatores naturais ou provocadas pelo homem.
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Manutenção: é o conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando garantir a continuidade de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida útil adequados.
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Segurança:
A segurança é um conjunto de medidas assumidas para proteger-se de quaisquer atos de violência, como ataques, roubos, espionagens, sabotagens, etc. A segurança implica a qualidade ou o estado de estar seguro. Com a seguridade se tenta evitar as exposições a situações perigosas e a devida atuação para estar protegido diante de situações adversas -refere-se à qualidade daquilo que é seguro, ou seja, àquilo que está ao abrigo de quaisquer perigos, danos ou riscos.
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Locação de mão-de-obra: ocorre quando a locadora coloca empregados por ela contratados à disposição da locatária para executar trabalhos temporários em local por esta designado. O pessoal fornecido mantem a condição de empregado da locadora que será responsável por sua remuneração e encargos sociais.
É a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação – Lei nº 8.212/81 –
Conceitos (para fins de retenção na fonte): Locação de serviços profissionais: A prestação de serviço pode ser conceituada como o contrato sinalagmático (contratos bilaterais em que existe uma reciprocidade entre as obrigações das partes) pelo qual uma das partes, denominada prestador, obriga-se a prestar serviço a outra,
denominada dono do serviço, mediante remuneração [...] o novo Código refere-se ao “prestador de serviço”, não adota a terminologia “dono do negócio”, talvez por entendê-la dúbia em determinadas situações; prefere referir-se à “outra parte”, perdendo a expressão para a compreensão técnica (Venosa, 2002, p. 185).
Contribuições Sociais: Retenção na fonte sobre pagamentos a PJ contribuinte da CSLL, da Cofins e PIS/Pasep:
Alíquota: o valor da CSLL, da Cofins e da
contribuição para o PIS/Pasep será determinado mediante a aplicação, do percentual de 4,65%, correspondente à soma das seguintes alíquotas:
1% a título de CSLL; 3% a título de Cofins; e
Contribuições Sociais: Retenção na fonte sobre pagamentos a PJ contribuinte da CSLL, da Cofins e PIS/Pasep:
Base de cálculo: o montante a ser pago.
Dispensa da retenção – Ocorrendo um ou mais de um pagamento no mesmo mês à mesma PJ, e desde que a soma destes não ultrapasse o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), ela ficará dispensada de efetuar a retenção.
Contribuições Sociais: PJ beneficiária de isenção ou alíquota zero:
No caso de PJ beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma ou mais das
contribuições acima, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção,
utilizando-se os seguintes códigos de arrecadação: 5987, no caso de CSLL;
5960, no caso de Cofins;
Dispensa da retenção: Contribuições Sociais. Não será exigida retenção de CSLL, Cofins ePIS/Pasep na hipótese de pagamentos efetuados a: Empresas estrangeiras de transporte de valores; PJ optantes pelo regime especial unificado de
arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte (Simples Nacional);
Título de transporte internacional de valores efetuado por empresas nacionais;
Dispensa da retenção: Contribuições Sociais: Não será exigida retenção de CSLL, Cofins ePIS/Pasep na hipótese de pagamentos efetuados a: Estaleiros navais brasileiros nas atividades de
conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei nº 9.432, de 8-1-1997;
Cooperativas, em relação aos atos cooperados, exceto cooperativa de consumo.
Retenções na Fonte: Contribuições Sociais: Regime de tributação – Os valores retidos serãoconsiderados antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições.
Os valores retidos poderão ser deduzidos, pelo contribuinte, das contribuições devidas de mesma espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.
Retenções na Fonte: Contribuições Sociais: Responsabilidade / recolhimento – Compete à fonte pagadora.
Prazo de recolhimento – Até o último dia útil da quinzena subsequente àquela quinzena em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora dos serviços.
Itaipu Binacional, Transporte internacional e Estaleiros navais: Itaipu Binacional:
Até 30 de abril de 2004 havia dispensa da retenção das contribuições sociais no caso de pagamentos à Itaipu Binacional.
Tal dispositivo, no entanto, foi alterado pela Lei nº 10.865 de 2004, deixando a legislação de ter, portanto, previsão para tal dispensa.
Fundamento: art. 21 da Lei nº 10.865 de 2004.
Itaipu Binacional, Transporte internacional e Estaleiros navais: Transporte internacional e estaleiros navais: A retenção da COFINS e do PIS não será exigida,
cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos:
a título de transporte internacional de valores efetuados por empresas nacionais;
aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.
Empresas optantes pelo Simples Nacional: Remuneração de serviços profissionaisprestados por PJ:
As empresas optantes pelo Simples Nacional não sofrem retenção das contribuições do PIS, da Cofins e da CSLL, em seus serviços
prestados, mas é necessário que apresentem ao tomador de serviços uma declaração de que são optantes pelo sistema.
IN RFB nº 1.151 de 2011 (DOU de 04/05/2011).
Empresas optantes pelo Simples Nacional: A ME ou EPP prestadora dos serviços deverá apresentar, a cada pagamento, à PJ que efetuar a retenção, declaração, na forma do Anexo I da IN SRF nº 459/2004, em duas vias, assinadas pelo seu representante legal.
A PJ responsável pela retenção arquivará a 1ª via da declaração, que ficará à disposição da RFB, devendo a 2ª via ser devolvida ao interessado, como recibo.
Cooperativas: A retenção da CSLL não será exigida nos
pagamentos efetuados às cooperativas, em relação aos atos cooperados.
Fundamento: art. 5º da IN SRF nº 459/2004.
Pessoa jurídica amparada por medida judicial: No caso de PJ amparada pela suspensão, total ouparcial, da exigibilidade do crédito tributário por
sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento de qualquer das referidas contribuições, a PJ que efetuar o pagamento, deverá calcular, individualmente, os valores das contribuições consideradas devidas, aplicando as alíquotas
correspondentes, e efetuar o recolhimento em Darf distinto para cada um deles, utilizando códigos de arrecadação, específicos para cada um deles (ver slide de isenção).
Pessoa jurídica amparada por medida judicial: Ocorrendo qualquer das situações amparadas pormedida judicial, mencionadas anteriormente, o
beneficiário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que o direito à não retenção continua amparada por medida judicial.
IN 459/2004 com alterações da IN 765/2007.
Pessoa jurídica amparada por medida judicial: Caso a decisão final confirme como devido o imposto em litígio, este deverá ser recolhido, retroagindo os efeitos da última decisão, como se não tivesse ocorrido a
concessão da medida liminar. Nesse caso, não há como retornar a responsabilidade de retenção à fonte
pagadora. O pagamento do imposto, com os acréscimos legais cabíveis, deve ser efetuado pelo próprio
contribuinte, tanto em relação aos rendimentos sujeitos à tributação exclusiva na fonte, quanto aos sujeitos ao ajuste na declaração anual.
(Parecer Normativo SRF n º 1, de 24 de setembro de
Isenções: PJ beneficiária de isenção ou alíquota zero: No caso de PJ beneficiária de isenção, na forma
da legislação específica, de uma ou mais das contribuições, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção, utilizando-se os seguintes códigos de
arrecadação:
5987, no caso de CSLL; 5960, no caso de Cofins;
5979, no caso de contribuição para o PIS/Pasep.
Valor a ser retido Imposto de Renda: O valor a ser retido a título de retenção do IR
corresponde à multiplicação da base de cálculo pela alíquota cabível, conforme tabela.
A base de cálculo corresponde ao total pago ou creditado, sem nenhuma dedução. Logo, nem mesmo despesas reembolsadas, previstas em contrato, podem ser deduzidas do montante a ser utilizado no cálculo do imposto.
Observa-se, no entanto, quatro exceções a essa regra, relativamente aos serviços de:
Valor a ser retido Imposto de Renda: propaganda e publicidade - A base de cálculo do IR, relativamente aos serviços de propaganda e
publicidade, é o valor das importâncias pagas, entregues ou creditadas, pelo anunciante, às agências de propaganda. Não integram a base de cálculo as importâncias repassadas pelas agências de propaganda a empresas de rádio, televisão, jornais, publicidade ao ar livre ("out-door"), cinema e revistas, nem os descontos por antecipação de pagamento;
Valor a ser retido Imposto de Renda: comissões e corretagens: quando houver repasse de parte da comissão relativa a determinada operação, o recolhimento será efetuado pelo valor líquido recebido pela PJ, assim considerado a diferença entre o valor das comissões recebidas e o das repassadas a outras PJ;
cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas: a retenção deve ser aplicada somente em relação aos serviços pessoais prestados pelos cooperados ou associados. Não se inclui na base de cálculo, por exemplo, o valor relativo à taxa de administração;
Antecipação do imposto apurado pelo contribuinte: Imposto retido como antecipação: Diferentemente do regime anterior, no qual a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é exclusiva da fonte pagadora, no regime de retenção do imposto por antecipação, além da responsabilidade atribuída à fonte pagadora para a retenção e recolhimento do IRRF, a legislação determina que a apuração definitiva do IR seja efetuada pelo contribuinte, PF, na declaração de ajuste anual, e, PJ, na data prevista para o encerramento do período de apuração em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual.
Não retenção pela fonte pagadora: O beneficiário dos rendimentos quando a fonte pagadora deveria ter retido o imposto na fonte e não o fez, em relação aos rendimentos sujeitos ao
ajuste na declaração anual, deve declará-los como rendimentos tributáveis.
Se já tiver entregue a respectiva Declaração de Ajuste Anual sem oferecer tais rendimentos à tributação, o beneficiário deve entregar declaração retificadora para incluí-los como rendimentos tributáveis.
Não retenção pela fonte pagadora: No caso de rendimentos sujeitos à tributação exclusiva na fonte, o beneficiário deve apurar e recolher o imposto devido, de acordo com a natureza do rendimento e a legislação pertinente. (Parecer Normativo Cosit n º 324, de 1971; Parecer
Normativo Cosit n º 353, de 1971; Parecer
Normativo Cosit n º 59, de 1972, Parecer Normativo Cosit n º 1, de 2002)
Não retenção pela fonte pagadora: Portanto, a reponsabilidade pelo recolhimento do imposto não retido no caso de rendimento sujeito ao ajuste na declaração anual, até o término do prazo fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual é da fonte pagadora e, após esse prazo, do beneficiário do rendimento.
(Parecer Normativo SRF n º 1, de 24 de setembro
PN COSIT nº 1 de 2002: O Parecer Normativo COSIT nº 1/2002, é um balizador para as ações de fiscalização, na identificação do sujeito passivo da obrigação tributária não adimplida.
A Coordenação Geral do Sistema de Tributação (COSIT) da SRF, concordando parcialmente com os citados julgados do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, manifestou-se sobre a matéria através do Parecer Normativo nº 01, de 24/09/2002 (DOU de 25/09/2002), nos termos adiante transcritos:
PN COSIT nº 1 de 2002: IRRF - Retenção Exclusiva: Responsabilidade. IRRF - Antecipação do Imposto Apurado pelo
Contribuinte: Responsabilidade.
IRRF: Antecipação do Imposto Apurado pelo Contribuinte. Não Retenção pela Fonte Pagadora: Penalidade.
IRRF – Retido e não Recolhido – Responsabilidade e Penalidade.
PN COSIT nº 1 de 2002: Decisão Judicial: Não Retenção do Imposto: Responsabilidade.
Sujeição passiva tributária em geral . Retenção exclusiva na fonte.
Imposto retido como antecipação.
Responsabilidade tributária na hipótese de não-retenção do imposto.
Reajustamento do rendimento - Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS): Quando a fonte pagadora assumir o ônus do
imposto devido pelo beneficiário, a importância paga ou creditada será considerada líquida, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto, sobre o qual recairá o imposto a ser recolhido. Para reajustamento da base de cálculo aplica-se a
seguinte fórmula: RR = RP / (1 - T)
Reajustamento do rendimento - Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS): RR = RP / (1 - T) Sendo:
RR, o rendimento reajustado;
RP, o rendimento pago, correspondente à base de cálculo antes do reajustamento;
T a alíquota correspondente. Fundamento: art. 725 do RIR/99.
Acréscimos legais - atraso no recolhimento: Os débitos para com a União, decorrentes de
impostos e contribuições administrados pela RFB, cujos fatos geradores ocorreram a partir de 1º/1/1997, não pagos nos prazos previstos na legislação
específica, devem ser acrescidos de:
multa de mora: calculada à taxa de 0,33 % (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, até o limite máximo de 20 % (vinte por cento). A multa deve ser calculada a partir do primeiro dia
subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou contribuição até o
Acréscimos legais - atraso no recolhimento:
juros de mora: calculados à taxa referencial do Selic (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia) acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao
vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
Fundamento: art. 61 da Lei nº 9.430/1996
Prazo e forma de recolhimento: Imposto de Renda: O prazo para recolhimento do IRRF devido é até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos gerador.
Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela PJ que efetuar a retenção, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da PJ.
Prazo e forma de recolhimento: Imposto de Renda: Em cada período de apuração basta um Darf por código de recolhimento, não se fazendo
necessário o recolhimento de um Darf por
retenção efetuada, bem assim o recolhimento de um Darf por prestador de serviço.
Imposto de renda retido pelos Estados, Distrito Federal e Municípios:
Em conformidade com o disposto no art. 868 do RIR/99, pertence aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o produto da arrecadação do
imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (CF, arts. 157, inciso I, e 158, inciso I).
Dessa forma, nessa hipótese, o recolhimento em regra, não será efetuado por DARF, mas sim, por meio de documento de arrecadação estadual.
Contribuições Sociais Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos PIS/PASEP e COFINS: Os valores retidos serão considerados como
antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas
contribuições e ao IR, podendo ser deduzido dos impostos e contribuições de mesma espécie.
Contribuições Sociais Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos PIS/PASEP e COFINS: Especificamente em relação às contribuições sociais, o valor a ser compensado, correspondente a cada espécie de contribuição, será determinado pelo próprio contribuinte mediante a aplicação, sobre o valor da fatura, das alíquotas respectivas às retenções efetuadas.
Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008: Conforme estabelece o art. 5º da Lei nº 11.727 de
2008, os valores retidos na fonte a título da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, quando não for possível sua dedução dos valores a pagar das respectivas contribuições no mês de apuração,
poderão ser restituídos ou compensados com débitos relativos a outros tributos e contribuições
administrados pela RFB, observada a legislação específica aplicável à matéria.
(Instrução Normativa RFB nº 900 de 2008).
Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008: Fica configurada a impossibilidade da dedução
quando o montante retido no mês exceder o valor da respectiva contribuição a pagar no mesmo mês. Destaca-se que essa permissão aplica-se somente
quando não for possível a dedução das retenções das respectivas contribuições, logo após o encerramento do respectivo mês de apuração. Dessa forma, não sendo possível a dedução, conforme o caso, no PIS/PASEP ou na COFINS apurados no mês, já será admitida a restituição ou compensação dessa quantia retida com outros tributos administrados pela RFB.
Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008: Conforme dispõe o Decreto nº 6.662 de 2008, a
restituição a partir de 4 de janeiro de 2008, o saldo dos valores retidos na fonte a título da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados em períodos anteriores poderá também ser restituído ou compensado com débitos relativos a outros tributos administrados pela RFB. Tais valores serão acrescidos de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da retenção e de juros de um por cento no mês em que houver:
Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008: o pagamento da restituição; ou
a entrega da Declaração de Compensação.
A autoridade da RFB competente para decidir sobre a restituição ou compensação poderá condicionar o reconhecimento do direito creditório à apresentação de documentos comprobatórios do referido direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo, a fim de que seja verificada,
mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas (art. 4º do
Regras especiais de retenção aplicáveis às contribuições sociais:
Cartões de crédito:
Nos pagamentos pela prestação de serviços
efetuados por meio de cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pela PJ tomadora dos serviços sobre o total a ser pago à empresa
prestadora dos serviços, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo valor líquido, após
deduzidos os valores das contribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à PJ tomadora dos serviços.
Fundamento: art. 8º IN SRF nº 459/2004.
Regras especiais de retenção aplicáveis às contribuições sociais:
Documentos de cobrança que contenham código de
barras:
Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou quaisquer outros documentos de cobrança que contenham código de barras deverão ser informados o valor bruto do preço dos serviços e os valores de cada contribuição incidente sobre a operação, devendo o seu pagamento ser efetuado pelo valor líquido, após deduzidos os valores das contribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à PJ tomadora dos serviços.
Comprovante anual de retenção e informações na DIRF:
Comprovantes de rendimentos e DIRF: As PJ que efetuarem as retenções de IRRF,
CSLL, PIS e Cofins deverão:
Fornecer o comprovante anual da retenção, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente.
Apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF).
Comprovante anual de retenção: Dacon.
Informar a Receita Federal sobre os valores retidos das contribuições sociais.
neste demonstrativo, a retenção na fonte dos valores do PIS e da Cofins, deverão ser informados na ficha 15A - Resumo e
Compensação do Pis e Cofins Retidos na Fonte. Na ficha da declaração, do slide seguinte, o saldo
negativo que apresentou a Ficha 15A será informada na Linha 20 do mês seguinte, para tornar-se compensável.
Comprovante anual de retenção: Dacon. já na Ficha 30, quadro de Informação das
Retenções de Pis e Cofins, é obrigatório a informação do total das retenções sofridas no mês, identificando o número do CNPJ da fonte pagadora, autora da retenção das contribuições do PIS e da Cofins, informando mesmo que torne o saldo negativo, como demonstrado na Ficha 15A.
Comprovante anual de retenção: DCTF.
O tomador do serviço deverá entregar a DTCF (Declaração de Tributos e Contribuições Federais), onde informará os recolhimentos efetuados.
Como regra geral na DCTF são informados os tributos e contribuições que devam ser pagos, ou seja, você faz a apuração, diminui os impostos já descontados pela fonte pagadora e o saldo (valor a pagar) deve ser informado.
Comprovante anual de retenção: DCTF.
Vale dizer que na DCTF não são informados os valores retidos e sim os valores à serem pagos. Os impostos e contribuições retidos pela fonte pagadora devem ser diminuídos daqueles (correspondentes) devidos sobre suas receitas, pois trata-se de pagamentos antecipados
Em relação aos valores retidos na fonte, conforme a IN nº 1.110 de 18/02/2010 (e alterações), devem ser informados conforme segue:
Comprovante anual de retenção: DCTF.
§ 4 º Os valores referentes à CSLL, à Cofins e à Contribuição
para o PIS/Pasep retidos na fonte pelas PJ de direito privado na forma do art. 30 da Lei 10.833 de 29/12/2003, e os valores relativos à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep retidos na forma do § 3 º do art. 3 º da Lei nº 10.485 de 03/07/2002, alterado pelo art. 42 da Lei nº 11.196 de 21/11/2005, devem ser informados na DCTF no grupo Contribuições Sociais Retidas na Fonte (CSRF).
§ 5 º Os valores referentes ao IRPJ, à CSLL, à Cofins e à
Contribuição para o PIS/Pasep retidos na fonte pelas empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades na forma do inciso III do art. 34 da Lei nº 10.833/03, devem ser informados na DCTF no grupo Contribuições Sociais e Imposto de Renda Retidos na Fonte (COSIRF).
Comprovante anual de retenção: DCTF.
§ 6 º Os valores referentes à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep retidos pelos órgãos, autarquias e fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, que tenham celebrado convênio com a RFB nos termos do art. 33 da Lei nº 10.833/03, devem ser informados na DCTF no grupo COSIRF.
§ 7º Os valores relativos ao IRRF incidente sobre
rendimentos pagos a qualquer título pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como pelas autarquias e
fundações por eles instituídas e mantidas, não devem ser informados na DCTF. (art. 2º da IN 1.1130 de 18/02/2011).
Comprovante anual de retenção: DCTF.
Os débitos relativos aos valores retidos conforme o artigo 30 da Lei nº 10.833/2003 e alterações (IN SRF 381/03 e IN 459 de 18/10), em se tratando de
pagamentos efetuados pelas PJ a outras PJ - (Lei nº 10.925/2004), devem ser informados na DCTF mediante utilização dos seguintes códigos:
5952-02 – CSLL, Cofins e PIS/Pasep – Retenção Quinzenal sobre os pagamentos de PJ a PJ de direito privado;
Comprovante anual de retenção: DCTF.
5960-04 – Cofins – Retenção Quinzenal sobre os pagamentos de PJ a PJ de direito privado;
5979-04 – PIS/Pasep – Retenção Quinzenal sobre os pagamentos de PJ a PJ de direito privado;
5987-04 – CSLL Retenção Quinzenal sobre os pagamentos de PJ a PJ de direito privado.
Entendimentos – Contribuições Sociais:
Quando a prestação dos serviços envolver aplicação de material, cobrado pelo prestador,
destacadamente, na fatura de serviços, este valor integra a base de cálculo da retenção, pois a base de cálculo das contribuições é o faturamento, assim entendido a receita bruta.
No caso do imposto de renda e das contribuições as alíquotas aplicadas já pressupõe a redução futura da base de cálculo pela consideração dos custos ou despesas na sua posterior apuração.
Entendimentos – Contribuições Sociais:
A compensação pela PJ prestadora dos serviços dos valores das contribuições incidentes sobre a fatura pode se dar quando do fechamento do faturamento do mês da emissão, ainda que não recebida a fatura? A PJ tomadora do serviço deve fazer a retenção no
momento do pagamento.
Quando o pagamento e, por consequência, a retenção ocorrer antes do vencimento das contribuições e do IR a cargo da prestadora do serviço, não haverá dificuldade porque a
compensação será efetuada depois da retenção.
Entendimentos – Contribuições Sociais: Problemas também não deverão ocorrer nas
prestadoras de serviço optantes pelo lucro presumido e que adotem o regime de caixa na apuração do IR e da contribuições.
Todavia, se a retenção ocorrer depois do vencimento mensal do PIS e da COFINS, dia 20, por exemplo, surgirá o problema: a prestadora vai tributar a receita sem poder deduzir a retenção?
Entendimentos – Contribuições Sociais:
Art. 36. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e
34 serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação ao imposto de renda e às respectivas contribuições.
O art. 7º da IN SRF nº 459/2004, dispõe em seu § 1º: "Os valores retidos na forma desta IN poderão ser
deduzidos, pelo contribuinte, das contribuições devidas de mesma espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção."
Entendimentos – Contribuições Sociais:
Repare que a Lei fala em "antecipação do que for devido", sem especificar o período de apuração cujos tributos estão sendo antecipados. É o § 1º da IN que especifica o período a que se refere a antecipação, qual seja: períodos que encerrarem fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.
Entendimentos – Contribuições Sociais:
Logo, enquanto o fisco não manifestar entendimento diverso, se a retenção foi efetuada no dia 20 de março, por exemplo, data do pagamento de uma fatura emitida em 1º de março, por serviços
prestados em fevereiro, a compensação dos valores retidos pela fonte pagadora somente poderá ser efetuada pela prestadora dos serviços em relação aos tributos e contribuições calculados sobre fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março, cujo vencimento do PIS e da COFINS se dará em 15 de abril.
Bibliografia:
BRASIL, Decreto 3.000/99 - RIR/99 – Regulamento do Imposto de Renda
e Proventos de Qualquer Natureza. DOU de17/06/1999.
YOUNG, Lúcia Helena Briski. Livro: Retenção na fonte dos impostos e das contribuições sociais – IRPJ – CSLL – PIS/PASEP – COFINS – INSS – ISS – IR Fonte – Coleção Prática Contábil. 2ª ed. Revista e atualizada, 2008. Site da Receita Federal do Brasil – acesso em 10/07/2013.
Boletins IOB – Folhamatic.
Boletins Cenofisco – Centro de Orientação Fiscal.
MARCHEZIN, Glauco; AZEVEDO, Osmar Reis & CONCORDIA, Renato Mendes. Manual Prático de Retenção de Impostos e Contribuições. 7² ed. São Paulo: IOB, 2008.