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1º PRÊMIO DE EXTENSÃO RURAL GRUPO NOVA CITRUS

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Academic year: 2021

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GRUPO NOVA CITRUS

MAURÍLIO SOARES GOMES - Engenheiro Agrônomo JOSÉ ROBERTO GOLFETE - Técnico em Agropecuária LUCAS BATISTA NEVES - Técnico em Agropecuária

CORNÉLIO PROCÓPIO - PR

Organização de Produtores para produção e comercialização de laranjas in natura.

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SUMÁRIO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO... 03 2. ABORDADEM INICIAL ... 06 3. PÙBLICO BENEFICIÁRIO ... 08 4. DESENVOLVIMENTO ... 08 5. ESTRUTURA ATUAL/COMOFUNCIONA... 11 6. RESULTADOS ALCANÇADOS ... 12 7. CONCLUSÕES... 15

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GRUPO NOVACITRUS

ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES PARA A PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE LARANJA “IN NATURA”

1. CONTEXTUALIDADE

O trabalho apresentado está sendo realizado na região de Cornélio Procópio situada no norte do Estado do Paraná.

A região é composta por 23 municípios, onde predomina o cultivo de grãos, café e pastagem, além da fruticultura que surgiu com a crise do algodão e se fortaleceu em função da baixa rentabilidade apresentada no cultivo de grãos em pequena escala.

Outro fator importante na fruticultura da região é cultural, já que as iniciativas pioneiras ficaram por conta das colônias japonesas aqui instaladas e tradicionalmente eram assistidas pela Cooperativa Cotia. Em função destas colônias alguns municípios da região tem hoje na fruticultura uma grande fonte de empregos e renda, dentre os quais podemos citar algumas espécies de maior expressão: Uva fina, Laranja, Pêssego/Nectarina e Banana, conforme expressa o quadro 1.

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DEMONSTRATIVO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES FRUTÍCOLAS NA REGIÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO ANO2003/2004

Quadro 1 ESPÉCIE ÁREA ha PRODUT/ ha PRODUÇÃO/ Ton. VALOR BRUTO R$ EMPREGOS GERADOS ABACATE 398 18.394 7.321 951.730,00 40 ABACAXI 58 27.230 1.566 422.820,00 20 AMEIXA 118 12.434 1.461 2.337.600,00 236 BANANA 2.450 30.000 73.500 13.230.000,00 1125 BANANA MAÇÃ 450 10.000 4.500 2.475.000,00 225 CAQUI 52 17.204 886,0 248.080,00 10 FIGO 14 6.607 93,0 46.500,00 7 GOIABA 36 10.986 396,0 316.800,00 54 LARANJA 410,97 18.352 7.542,2 1.357.596,00 41 LIMÃO 36,5 15.402 562 337.200,00 4 MAÇÃ 80 4.341 347,3 243.110,00 80 MANGA 50 10.530 527 263.250,00 10 MARACUJÁ 65 17.185 1.117 558.500,00 65 MELANCIA 11 37.273 410 41.000,00 5 MELÃO 20 25.000 500 250.000,00 10 MORANGO 3 25.000 75 75.000,00 24 NECTARINA 26 13.000 338 270.400,00 52 PERA 6,3 3.611 22,75 22.749,30 4 PÊSSEGO 100 13.000 1.300 1.040.000,00 200 TANGERINA 28 16.071 450,0 135.000,00 3 UVA 1.170,30 15.000 17.554 14.043.600,00 3510 UVA RÚSTICA 66,5 10.000 665 665.000,00 66 TOTAL 5.650 356.620 115.095 39.330.935,30 5.793

Obs.: O Valor Bruto da Produção está em função da oferta e preço recebido pelo produtor.

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Fontes:

¾ DERAL/levantamento estatístico

¾ EMATER-Paraná / realidade municipal 2.003 ¾ Consulta a produtoras

¾ Consulta a profissionais

Nova América da Colina é um dos municípios onde a fruticultura, especificamente a uva fina, tem grande importância já que a cultura ocupa uma área de 150 ha, produzindo 3.000 toneladas/ano, movimentando o valor de R$ 2.400.000,00, além de gerar 450 empregos diretos.

O município de Nova América da Colina possui:

Área Total ... 13.166,20 ha Área de Lavouras... 7.013,88 ha Metas e Outras ... 1.347,80 ha População Rural ... 1.828 População Urbana ... 2.828 Propriedades... 378 Produtores ... 358

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2. ABORDAGEM INICIAL

É uma experiência que caracteriza de maneira bem clara a importância da organização de grupos para a comercialização e agregação de valor ao produto e na verticalização da produção.

O trabalho tem como foco principal a produção e venda de laranja “in natura” direto nos mercados da região, o que de certa forma leva os integrantes do grupo passam a desenvolver atividades conjunta e também discutir a se preocupar com questões de fora da propriedade.

No Período entre 1.993 e 1.994 a EMATER realizou vários seminários, encontros e excursões para discutir novas alternativas de diversificação para a pequena propriedade.

Vários produtores implantaram novas atividades as quais achavam viáveis para o momento e dentre estes 6 produtores do Município de Nova América da Colina escolheram a laranja para investir, na esperança de aumentar e/o complementar da propriedade; quando foram implantadas as primeiras lavouras de laranja em uma área de 9,0 há.

Daí em diante iniciou-se uma fase de aprendizagem tanto de produtores quanto do técnico assessor pois a empresa não dispunha de profissional capacitado em citros na região.

Foram realizados vários treinamentos, excursões a SP, cursos de manejo de pragas, tecnologia de aplicação, etc...

Com a experiência adquirida sobre a cultura, ficou claro que para se ter uma rentabilidade que realmente valesse a pena, considerando o pequeno porte

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dos pomares a produção deveria ser direcionada para o mercado e com certa agregação de valor.

A partir desta percepção iniciou-se discussões, definiu-se objetivos, ações foram acontecendo e o grupo aos poucos foi se organizando dentro da atividade, que vem garantindo alta rentabilidade aos participantes.

Com o passar do tempo novos produtores se juntaram ao grupo, que já estava chamando a atenção pela boa rentabilidade da atividade e também pela estrutura de pós colheita montadas para possibilitar a comercialização no mercado de fruta fresca.

No entanto após a instalação do packing house o grupo passou a sofrer os problemas naturais das leis de mercado ( logística, volume, constância ) fato que desencadeou ações na busca de soluções para viabilizar o negócio.

Foi definido então responsáveis pela venda, sendo alguns membros/produtores e outros de fora do grupo e mais profissionais no ramo de mercado.

Desenvolveu-se também um trabalho forte no sentido de aumentar a área de plantio com variedades diferentes nas épocas de colheitas para que as necessidades do mercado fossem satisfeitas.

Muitos novos produtores , de Nova América e de municípios vizinhos se associaram, com isso no ano de 2.004, os pomares atingiram 230 ha, distribuídos entre 46 produtores, com as variedades: Navelina, Shamout. Valencia e Folha Murcha.

Após 10 anos do seu nascimento o grupo busca agora conquistar mercados fora da região, estruturar e capacitar as equipes de venda e organizar a distribuição do produto.

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Vale aqui lembrar que até o final de 2.002 o grupo caminhou na informalidade e só se regularizou como associação para cumprir legislações de cadastro de estruturas beneficiadoras de produtos.

3. PÚBLICO BENEFICIÁRIO

O trabalho tem como público predominante produtores PSM2 e PSM3.

Em torno de 50% dos membros da NOVACITRUS são descendentes de japoneses e foram os primeiros a iniciar na atividade, além de puxarem os demais. Com o tempo produtores brasileiros se juntaram ao grupo.

Na sua maioria são produtores que combinam grãos com outra cultura, normalmente fruta ou café e possuindo área média em torno de 24 ha.

4. DESENVOLVIMENTO (CAPACITAÇÃO, RECURSOS E MÉTODOS)

¾ Ano de 1.993

• Encontros, seminários, excursões ¾ Ano de 1.994

• governo do Paraná lança o programa de apoio a fruticultura (mudas • subsidiadas)

• Com 4.200 mudas subsidiadas / SEAB são plantadas os primeiros pomares

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¾ Ano de 1.997

• São colhidas as primeiras safras

• Aumento de Área com 2.800 mudas doadas / CODAPAR • Reunião Técnica sobre pragas dos citros

¾ Ano de 1.998

• Grupo toma a decisão em montar o Packing House • Treinamento básico sobre a cultura de citros

¾ Ano de 1.999

• Instalação do Packing House / Pr- 12 Meses 10.661,00 + contrapartida ¾ Ano de 2.000

• Excursão SP ( Limeira, Unesp, Holambra) / Pr 12 Meses 7.500,00 • Aumento da Área / Pr- 12 meses 4.900,04 + contrapartida

• Treinamento sobre tecnologia de aplicação de defensivos • Treinamento sobre poda

¾ Ano de 2.001

• Aumento da área Pr 12 Meses 35.000,00 + contrapartida • Aumento da área Pr 12 Meses 20.500,00 + contrapartida

• Excursão à Semana da Citricultura em Cordeiropólis/SP -Pr 12 Meses • 5.800,00

• Excursão a Paranavaí - Pr 12 Meses 2.200,00 ¾ Ano de 2.002

• grupo que até então era informal transforma-se em associação • Instalação do Sistema de Desinfecção no Packing House • Inscrição de algumas áreas para emissão de CFO

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• Curso Manejo Ecológico de pragas-Gravena / Pr 12 Meses 1.400,00 • Aumento de área /Pr 12 Meses 36.000,00 + contrapartida

• Aumento de área recursos próprios ¾ Ano de 2.003

• Curso Básico de Citrus Pr 12 Meses 400,00

• Treinamento sobre Pragas de Citros no IAPAR – Londrina

• Curso manejo Ecológico de Pragas-Gravena Pr 12 Meses 6.500,00 • Treinamento sobre Produção Integrada

• Treinamento Tecnologia de Aplicação/Pr 12 Meses 600,00 • Aumento de área recursos próprios

¾ Ano de 2004

• Aumento de área / recursos próprios 50 ha 78.000,00

• Modernização do Packing House / Pr 12 Meses 50.400,00 / caixa do grupo 10.000,00 / PRONAF 15.000,00

• Aquisição de 3 Atomizadores / Pr 12 Meses 45.000,00 / Recursos próprios 25.800,00.

¾ Ações Planejadas para o ano de 2006

• Instalar sistema de empacotamento/rotulação/identificação • Implantar sistema “Produção Integrada”

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5. ESTRUTURA ATUAL/COMO FUNCIONA:

O principal objetivo do grupo 9após terem a certeza que é possível produzir, fazer o mercado tendo assim melhor preço final) é organizar a sua equipe de comercialização visando principalmente:

¾ Fidelidade: o grupo só entregar laranja para equipe pré definida, com regras e linhas estabelecidas e que por sua vez não vai vender laranja de outros produtores enquanto não terminar a colheita do grupo.

Ou seja, os produtores querem garantia de venda, por um preço justo, já que em troca vai ser oferecido:

• Produto de qualidade

• Tratado conforme legislação • Embalado

• Produto durante o ano todo

Para isso a estrutura atual está assim funcionando:

PRODUTORES PACKING HOUSE TRANSPORTE P/PONTOS DE VENDA MERCADO VAREJISTA Descarga à granel Esteira elevatória Desinfecção

Lavagem Escovação Secagem

Parafinagem Seleção Vendas em caixa de 25 kg a

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Custo para os associados:

• Taxa de limpeza por caixa de 25 kg: 0m35 centavos • Taxa de comercialização (definida antes de cada safra) • 10,00 por vistoria do inspetor de pragas

• 500,00 de jóia de admissão

Reuniões periódicas: toda última sexta-feira do mês alternando uma sexta-feira para visita aos pomares e discussão técnica e outra para discussão de assuntos gerais e palestras com empresas.

6. RESULTADOS ALCANÇADOS

6.1 Rentabilidade

Obs. Esta produção está praticamente concentrada nos meses de julho e agosto, restando 10 meses abertos ou seja sem oferta, a qual pretendemos cobrir até 2.008 e para a safra de 2.004 estimamos a comercialização de 45.000 cx.).

RENTABILIDADE APURADA EM ALGUMAS ÁREAS Quadro 2 Safra 2002 Lote Custo cx. Preço Médio Receita ha Custo ha Margem ha 5 anos 2,06 4,42 5.245,84 2.449,52 2.796,12 8 anos 1,54 5,50 13.291,66 3.722,90 9.568,76 6 anos 2,37 5,65 6.233,68 2.618,11 3.615,57 6 anos 1,86 4,60 6,880,99 2.784,11 4.096,04 Soja 21,92 48,00 2.091,14 954,83 1.136,31

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Quadro 3 Safra 2003 Lote Custo cx. Preço Médio Receita ha Custo ha Margem ha 6 anos 3,98 6,77 8.020,59 4.716,38 3.304,21 9 anos 1,53 7,00 17.500,00 3.825,20 13.674,80 7 anos 2,56 6,72 13.309,50 5.073,75 8.235,75 7 anos 3,78 7,41 10.161,98 5.187,49 4.974,49 Soja 21,92 48,00 2.091,14 954,83 1.136,31 6.2 Produção

A produção pode-se dizer que está organizada tanto em volume como na distribuição anual da colheita, conforme demonstrativo abaixo: (resultado do trabalho feito para aumento da produção e expansão das épocas de colheita, visando freqüência de oferta, portanto esta é uma projeção para 2.008).

DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO

MARÇO A MAIO JUNHO A

AGOSTO

OUTUBRO A JANEIRO

MARÇO A MAIO JUNHO A

AGOSTO OUTUBRO A JANEIRO

62 ha 102.000 cx/25 kg 63 ha 105.000 cx/25 kg 105 ha 220.000 cx/25 kg

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6.3 Abrangência

Em implantação 30.000 plantas/72 ha.

18 novos produtores Municípios envolvidos: 5 ANO – 1994 • 9,0 ha • 6 produtores • 4.200 plantas ANO – 2004 • 230 ha • 52 produtores • 97.500 plantas

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7. CONCLUSOES

• A NOVACITRUS já conseguiu reconhecimento a nível de Estado do Paraná;

• O apoio financeiro do Governo Estadual foi de fundamental importância; • Houve grande esforço em capacitação;

• A organização possibilitou a realização de empreendimentos caros; • Através da organização será possível atender as leis de mercado; • A atividade está oferecendo uma rentabilidade superior a grãos;

• É um modelo que pode ser aplicado em outras atividades desde que se tenha espaço no mercado;

• Em função do trabalho realizado será possível assumir contratos, mantendo constância e volume;

• Será necessário estruturas equipes de colheita, limpeza e classificação visando uniformizar o processo.

Referências

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