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Análise de eficiência nas operações de intermediação financeira de bancos brasileiros

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Academic year: 2021

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VANESSA GONÇALVES OLIVEIRA

ANÁLISE DE EFICIÊNCIA NAS OPERAÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DE BANCOS BRASILEIROS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Escola de Ciências Humanas e

Sociais de Volta Redonda da

Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Pauli Adriano de Almada Garcia

VOLTA REDONDA – RJ 2011

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O48

Oliveira, Vanessa Gonçalves.

Análise de eficiência nas operações de intermediação financeira de bancos brasileiros / Vanessa Gonçalves Oliveira. – Volta Redonda, 2011.

37 f

Orientador: Pauli Adriano de Almada Garcia Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel) – Curso de Administração da Escola de Ciências Humanas e Sociais de Volta Redonda da Universidade Federal Fluminense.

Inclui bibliografia.

1. Administração de empresas - Monografia (graduação) 2. Sistema financeiro - Brasil. I. Garcia, Pauli Adriano de Almada. II. Escola de Ciências Humanas e Sociais de Volta Redonda da Universidade Federal. II. Título.

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VANESSA GONÇALVES OLIVEIRA

ANÁLISE DE EFICIÊNCIA NAS OPERAÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DE BANCOS BRASILEIROS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Escola de Ciências Humanas e

Sociais de Volta Redonda da

Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em 05 de julho de 2011

BANCA EXAMINADORA

Prof. D.Sc. Orientador Pauli Adriano de Almada Garcia Universidade Federal Fluminense

Prof. M.Sc. Pítias Teodoro Lacerda Universidade Federal Fluminense

Prof. D.Sc. Murilo Alvarenga Oliveira Universidade Federal Fluminense

VOLTA REDONDA – RJ 2011

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Dedico este trabalho a minha família, pela fé e confiança demonstrada, pelo esforço, dedicação e compreensão em todos os momentos desta e outras caminhadas. Aos meus amigos, pelo apoio incondicional e confiança, pelo mútuo aprendizado de vida durante nossa convivência, no campo profissional e particular.

Aos professores, pelo simples fato de estarem dispostos a ensinar e ao meu orientador pela paciência demonstrada no decorrer do trabalho.

Enfim a todos, inclusive àqueles que, por algum motivo não estiveram presentes, mas que de alguma forma tornaram este caminho mais fácil de ser percorrido.

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AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho não é mérito individual, mas resultado da contribuição de inúmeras pessoas que participaram direta ou indiretamente para o seu desenvolvimento. Agradeço a todas elas e, de forma particular:

À Deus, pois sem Ele, nada disso seria possível.

Aos meus pais, que me deram a vida, ensinaram-me a vivê-la com dignidade, iluminaram os meus caminhos com afeto e dedicação, se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudessem realizar os meus. Obrigada pelos mais sábios conselhos nos momentos em que eu estava totalmente perdida, pelas altas doses de incentivo nos meus momentos de desanimo com a faculdade e quando eu decidir abrir mão do trabalho para dar continuidade aos estudos. A vocês, pais por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não tenho palavras para agradecer tudo isso. De qualquer maneira, recebam o meu mais sincero obrigado.

À minha irmã agradeço por me suportar a cada dia, por cada palavra doada, cada minuto de atenção, cada puxão de orelha, cada abraço. Obrigada por escutar meus desabafos e me aconselhar, muitas vezes querendo estar no meu lugar para poupar meu sofrimento.

À meu namorado por estar comigo em todos os momentos da minha vida. Os momentos mais difíceis dessa caminha foram superados mais facilmente, pois eu tinha você ao meu lado. Obrigada por me fazer feliz.

Aos meus amigos que estiveram ao meu lado ao longo dessa jornada, me ajudando a solucionar problemas que pareciam impossíveis, trabalhos infindáveis e também por cada palavra de incentivo. Em especial agradeço às minhas amigas de coração Carolina e Jéssica pelo agradável convívio nesse período de faculdade. Espero que esses laços de amizade não se percam com a distância e as circunstâncias da vida.

Ao meu orientador, Professor Pauli Adriano de Almada Garcia, pela sua dedicação e total disponibilidade com que sempre me recebeu, pelas suas sugestões sempre pertinentes, pelos seus ensinamentos e pelo seu incondicional apoio durante este trabalho.

À todos familiares e amigos que sempre estiveram ao meu lado me apoiando, incentivando e me ajudando nessa batalha.

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RESUMO

O Banco Central do Brasil, nos últimos anos, interveio na economia de maneira significativa com o objetivo de manter a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Na tentativa de conter uma virtual paralisação do mercado de crédito, decorrente da crise internacional de 2008, o Banco Central adotou como estratégia o provimento de liquidez. Diante disso, o presente trabalho apresenta uma análise de eficiência, utilizando a metodologia DEA, dos dez maiores bancos, considerados pelo Banco Central, sob a ótica das operações de intermediação financeira. Para tanto são considerados como indicadores os ativos totais, as despesas realizadas com as operações de intermediação financeira e as receitas referentes a essas operações. Além disso, o trabalho utilizou conceitos econômicos e fatores históricos além de ter sido embasado no conceito da Análise Envoltória de Dados. Os resultados indicam que os bancos com maiores recursos financeiros não necessariamente são os mais eficientes nesse tipo de operação.

Palavras chave: Eficiência, Analise Envoltória de Dados, Bancos brasileiros, Operações de Intermediação Financeira.

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ABSTRACT

The central bank of Brazil in recent years, intervened in the economy in a meaningful way in order to maintain the stability of the financial system. In an attempt to contain a virtual standstill in the credit market, resulting from the international crisis of 2008, the central bank adopted a strategy the provision of liquidity. Therefore, this paper presents an analysis of efficiency using the DEA, with ten largest banks, considered by the central bank, from the perspective of financial intermediation operations. For both indicators are considered as total assets, the costs incurred in the operations of financial intermediation and revenues related to these operations. In addition, the study used economic concepts and historical factors as well as being grounded in the concept of Data Envelopment Analysis.The results indicate that banks with greater financial resources are not necessarily the most efficient in this type of operation.

Keywords: Efficiency, Data Envelopment Analysis, Brazilian banks, financial intermediation

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Evolução do Crédito Total (R$ bilhões) ... 19 Tabela 2: Inputs e Outputs ... 31 Tabela 3: Eficiência nas operações de intermediação financeira ... 32

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Representação das fronteiras CCR e BCC ... 22 Figura 2: Fronteira DEA - BCC clássica (otimista) e invertida (pessimista) ... 26

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MERCOSUL Mercado Comum do Sul

BACEN Banco Central do Brasil

SFN Sistema Financeiro Nacional

IFs Instituições Financeiras

DEA Análise Envoltória de Dados

SIAD Sistema Integrado de Apoio à Decisão

PROER Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema

Financeiro Nacional

PROES Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na

Atividade Bancária

EUA Estados Unidos da América

CEO Chief Executive Office

CFO Chief Financial Officer

DMU Decision Making Unit

CCR Constant Returns to Scale

BCC Variable Returns to Scale

SFA Stochastic Frontier Approach

BB Banco do Brasil

CEF Caixa Econômica Federal

HSBC Hong Kong and Shanghai Banking Corporation

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 12 1.1.CONTEXTUALIZAÇÃO ... 12 1.2.OBJETIVOSDAPESQUISA... 14 1.3.PROCEDIMENTOSMETODOLÓGICOS ... 15 1.4.JUSTIFICATIVAERELEVÂNCIA ... 16 1.5.DESCRIÇÃODOTRABALHO ... 16 2. REFERENCIAL TEÓRICO... 17

2.1.OMERCADOBANCÁRIOBRASILEIRO ... 17

2.2.ANÁLISEENVOLTÓRIADEDADOS ... 20

2.2.1. Análise de Eficiência Bancária Via DEA ... 26

3. APLICAÇÃO ... 30

4. CONCLUSÕES ... 34

4.1.CONSIDERAÇÕESSOBREOTRABALHO ... 34

4.2.LIMITAÇÕES ... 35

4.3.PROPOSIÇÕES... 35

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1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A partir de 1990, com a abertura da economia brasileira e a liberação das importações, além do controle da inflação pelo plano real, o consumidor brasileiro passou a ter acesso a produtos mais baratos e melhores. A formação do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), entre outros acordos de expansão comercial adotada pelo governo brasileiro, aumentou ainda mais esse mercado, de forma a atrair investidores e empresas estrangeiras para o Brasil. Assim, o país tornou-se um mercado emergente atrativo para empresas estrangeiras, principalmente por configurar-se como um mercado com grande potencial e pouco explorado, fazendo com que o final do século passado fosse marcado pela intensificação da concorrência em todos os setores da economia, inclusive no setor bancário. (SUEN; KIMURA, 1997)

Macedo e Barbosa (2009), num estudo sobre eficiência do sistema bancário brasileiro, destacam que as organizações sofreram mudanças para se adaptarem a um novo cenário mundial caracterizado pela globalização, pela abertura dos mercados e pelo surgimento de novas tecnologias.

Além disso, pôde-se observar um expressivo aumento das exigências por parte dos consumidores brasileiros, que não se restringe mais apenas ao recebimento do produto ou serviço em si, mas passaram a exigir grande diversidade de produtos e serviços, maior qualidade dos mesmos e melhor relação custo benefício (PÉRICO, REBELATTO, SANTANA, 2008).

Diante do cenário supracitado, e considerando que o objetivo das empresas consiste em atender as exigências dos clientes, os sistemas de medição de desempenho se tornaram uma ferramenta importante para auxiliar na verificação de estratégias organizacionais. Para Slack et al. (1997) toda organização precisa de medidas de desempenho como um

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pré-13

requisito para o melhoramento, ressaltando ainda que após a mensuração do desempenho a organização precisa fazer um julgamento sobre sua performance, que deve ser baseado em comparações com dados históricos da organização, dados auferidos pelos concorrentes e dados determinados como objetivos a serem atingidos.

Dentre as empresas com atuação no cenário brasileiro, os bancos apresentam-se como organizações influentes no cenário econômico e financeiro do país. Sendo assim, a indústria bancária altamente atuante no mercado brasileiro e que apresenta uma acirrada competitividade entre si, necessita de uma eficiente medida de desempenho a fim de aprimorar a gestão e ainda estar preparada para acontecimentos externos à instituição como, por exemplo, crises internacionais.

A análise de eficiência bancária não é assunto novo, como será discutido na seção 2.2.1., entretanto, dentre os diversos trabalhos pesquisados, não foi encontrado qualquer indício sobre a análise de desempenho das operações de intermediação financeira. Foi em algumas dessas operações que o Banco Central do Brasil (BACEN) interveio com o intuito de garantir a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN) pós crise americana de 2008.

Nesse contexto, faz-se necessário entender o conceito de operações de intermediação financeira. Segundo Antunes e Pires (2011), de forma análoga às empresas comerciais que fazem intermediação de mercadorias, as instituições financeiras (IFs), também conhecidas como intermediários financeiros, fazem intermediação de disponibilidade de recursos financeiros. Segundo esses autores, as instituições financeiras têm como função básica a criação de instrumentos que facilitem o fluxo de recursos entre os agentes superavitários1 e os deficitários2.

Assim, os autores definem intermediação financeira com sendo a captação de recursos, pelas IFs, por um determinado prazo e a um determinado custo (juros e demais encargos) junto aos agentes econômicos superavitários e a aplicação de tais recursos por um determinado prazo ao custo de captação, acrescido do spread3, em operações contratadas pelos agentes deficitários.

1 Agentes superavitários: agentes econômicos que, em um dado momento, possuem recursos financeiros disponíveis para aplicar, auferindo renda por essa aplicação. Podem ser famílias, empresas ou governos (Antunes e Pires, 2011).

2

Agentes deficitários: agentes econômicos que, em um dado momento, necessitam captar recursos financeiros de terceiros a fim de financiar, no presente, o consumo, o investimento ou o capital de giro. Podem ser famílias, empresas ou governos (Antunes e Pires, 2011).

3

Spread: Spread bancário: Consiste na diferença entre as taxas que os bancos pagam ao captarem dinheiro no mercado dos agentes superavitários e os juros que eles cobram ao conceder um empréstimo aos agentes deficitários (Antunes e Pires, 2011).

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Para isso, as IFs utilizam instrumentos de captação e de aplicação desses recursos, que são chamados, respectivamente, de operações passivas e operações ativas.

As operações passivas geram despesas para as instituições financeiras em função dos juros e demais encargos financeiros pagos aos agentes superavitários, também conhecidos como depositantes de recursos. Essas são chamadas de Despesas da Intermediação Financeira. (...) As operações ativas geram receitas para as instituições financeiras, decorrente dos juros e demais encargos financeiros cobrados dos agentes deficitários, também conhecidos por tomadores de recursos. Essas são chamadas de Receitas da Intermediação Financeira. (Antunes e Pires, pág. 7, 2011).

Assim, o presente trabalho pretende responder a seguinte pergunta: As instituições financeiras classificadas pelo BACEN como as que possuem mais recursos financeiros, são as mais eficientes nas suas operações de intermediação financeira?

1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA

Diante do exposto na seção anterior, no presente trabalho pretende-se avaliar a eficiência bancária na realização das operações de intermediação financeira, com o intuito de verificar se os maiores bancos, considerados pelo BACEN, também são os mais eficientes na realização dessas operações. Sendo assim, a questão principal proposta por esse trabalho é se existe alguma relação entre eficiência nas operações de intermediação financeira e tamanho dos bancos uma vez que a maioria das intervenções feitas pelo BACEN no sistema bancário nacional toma como ponto de partida os maiores bancos, nesse trabalho considerado os bancos que possuem maiores quantidades de recursos financeiros. . Essa análise de eficiência se dará para os dez maiores bancos atuantes no mercado brasileiro, segundo critério do BACEN (2010) que leva em consideração que o maior banco é aquele que possui mais recursos financeiros. Os recursos financeiros considerados pelo BACEN são calculados considerando-se a diferença entre o ativo total – todos os bens e direitos do banco - e a conta de intermediação financeira – representa todos os recursos que o banco possui, provenientes de depósitos e que estão disponíveis para financiamento (PÉRICO, REBELATTO, SANTANA 2008).

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1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance do objetivo descrito na seção anterior, as seguintes etapas metodológicas serão seguidas:

(i) Revisão da literatura sobre a análise de eficiência bancária no Brasil – nessa revisão poder-se-á identificar quais são os principais trabalhos da atualidade no que diz respeito à análise de eficiência bancária;

(ii) Revisão da literatura sobre a técnica de Análise Envoltória de Dados (DEA) aplicada à análise de eficiência bancária – nessa revisão serão identificados os principais modelos adotados e as justificativas para o uso dos mesmos.

(iii) Estudo de caso envolvendo os dez maiores bancos, classificados pelo BACEN, aplicando as modelagens de DEA discutidas na revisão bibliográfica – nesse estudo de caso serão estabelecidas as medidas de eficiência para os bancos considerando-se os dados referentes às operações de intermediação financeiras. Para a classificação da pesquisa adotada para esse estudo, tomou-se como base a sistematização apresentada por Vergara (2009), que a divide em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Assim, quanto ao seu fim, a pesquisa é explicativa e quantitativa. Explicativa, pois tem como objetivo tornar algo inteligível e esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para ocorrência de determinado fenômeno. A mesma é quantitativa, pois traduz em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las e que para isso requer o uso de recursos ou técnicas de base quantitativa.

Quanto aos meios utilizados no desenvolvimento desse trabalho, a pesquisa adotada foi a de laboratório, bibliográfica e documental. A pesquisa é classificada como de laboratório por que foram realizadas simulações matemáticas, por meio do software SIAD (2005). É também classificada como bibliográfica por que a partir da revisão da literatura foram levantadas informações pertinentes ao assunto, oferecendo fundamentação teórica para o problema. Para Silva (2000) a pesquisa bibliográfica é: “elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos em periódicos e atualmente com material disponibilizado na internet.”

Por fim, a pesquisa documental deu-se para que os dados fossem levantados e para que as análises fossem realizadas. Para Vergara (2009) a pesquisa documental é: “realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou em anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais etc.”

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1.4. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

A eficiência bancária é um tema que vem sendo amplamente estudado no Brasil e no mundo nos últimos anos. A base de publicações científicas Science Direct, apresentou, numa busca realizada em 2011, 1.815 artigos que utilizam a metodologia DEA para calcular a eficiência dos bancos ao redor do mundo.

O diferencial associado a presente pesquisa em relação às demais é o enfoque dado aos indicadores utilizados para a realização da análise de eficiência. Esse trabalho se justifica uma vez que não foi encontrado nenhum trabalho onde se pretendesse medir a eficiência bancária utilizando como indicadores de input e output os valores das contas de operações de intermediação financeira realizadas pelos bancos.

Como pôde ser percebido na seção 1.1, o Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de instituições financeiras que tem como principal função facilitar o fluxo de recursos entre poupadores e investidores, ou seja, um fluxo eficiente de intermediação financeira. Assim, o mesmo tem sua estabilidade intimamente ligada a essas operações uma vez que elas são as que geram maior liquidez para o mercado, por serem responsáveis por disponibilizar para os investidores os recursos que precisam para viabilizar seus investimentos, possibilitando aos agentes econômicos maiores produtividades.

1.5. DESCRIÇÃO DO TRABALHO

No presente capítulo foi apresentada uma contextualização ao tema de pesquisa com o intuito de posicionar o leitor no problema que será abordado na pesquisa. No segundo capítulo são apresentadas as fundamentações teóricas necessárias para o alcance do objetivo descrito na seção 1.2. Essa fundamentação teórica estará alinhada às etapas metodológicas descritas na seção 1.3. No terceiro capítulo apresenta-se uma discussão sobre a análise de eficiência bancária sob a ótica das operações de intermediação financeira via DEA. Nesse capítulo também são apresentados os resultados e uma discussão sobre os mesmos, ou seja, serão apresentadas as eficiências dos dez maiores bancos considerados pelo BACEN e os seus posicionamentos conforme essas eficiências serão comparadas com os posicionamentos estabelecidos pela instituição. No quarto capítulo são apresentados as conclusões do trabalho, direcionamentos para trabalhos futuros e as principais limitações da pesquisa.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. O MERCADO BANCÁRIO BRASILEIRO

Segundo Macedo e Barbosa (2009) os anos de 1960 a 1994 no Brasil, que foi marcado pelas altas taxas de inflação, proporcionaram às instituições bancárias diversas possibilidades de ganhos extraordinários por aplicações financeiras. Com a implementação do Plano Real em 1994, e com a consequente estabilidade inflacionária, os bancos perderam esse ganhos, passando assim a buscar novas fontes de receitas, fundamentadas em resultados operacionais, como aumento na cobrança de tarifas pela prestação de seus serviços.

“A resposta dos bancos à perda da receita inflacionária foi a expansão das operações de crédito logo após a implementação do plano real e a elevação das tarifas cobradas sobre seus serviços bancários.” (Gremaud, Vasconcellos e Júnior, 2009).

Souza (2006), no trabalho sobre um estudo de eficiência aplicado ao Banco do Brasil, destaca que os altos ganhos em spread bancário, aferidos entre os anos de 1960 a 1994, contribuíram para um comodismo dos bancos devido suas facilidades, porém após a implementação do Plano Real e consequente queda das taxas de inflação, permaneceram no mercado apenas instituições mais rentáveis e eficientes. Essas instituições foram obrigadas a se adaptarem à nova conjuntura apresentada – aumento da competição entre as instituições financeira, maior participação do capital estrangeiro nesse mercado, acirramento pela busca da eficiência das atividades, maximização dos lucros e, principalmente, maior exigência por parte dos clientes.

Gremaud, Vasconcellos e Júnior (2009) destacam que a dúvida que surgia na implementação do plano era referente a quais seriam os impactos da estabilização sobre o sistema financeiro e como esse se enquadraria à mudança. Muitas pesquisas, segundo esses

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autores, mostram que os bancos estavam despreparados para a concessão de crédito e que isso poderia ser um problema quando acontecesse uma reversão na economia. Tal fato foi o que ocorreu em 1995 com a crise do México, que ocasionou uma contenção da atividade econômica brasileira. Assim, nesse período, ainda segundo os autores, verificou-se uma grande elevação na taxa de inadimplência, fazendo com que os bancos apresentassem prejuízos e se mostrassem insolventes.

Para que esse cenário não se transformasse em uma crise financeira de maior magnitude, os autores destacam algumas medidas adotadas pelo Banco Central entre os anos de 1995 a 2004: (i) estímulo a fusões e incorporações bancárias; (ii) aumento do poder do BACEN para intervir nas instituições financeiras; (iii) estímulo à entrada de bancos estrangeiros; (iv) privatização de bancos estaduais; (v) instituição do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) que consiste na concessão de créditos especiais, pelo BACEN, para a transferência do controle acionário de instituições privadas com problemas; (vi) instituição do PROES (Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária) que consistiu na definição, pelo BACEN, de regras para o repasse de recursos desse bancos públicos para os governos cobrirem o passivo a descoberto de suas instituições, definindo os montantes, de acordo com o compromisso dos governos em liquidar ou privatizar as instituições ou transformá-las em agências de desenvolvimento; (vii) substituição da fiscalização por meio de relatórios enviados pelos bancos para uma fiscalização direta comprovando as informações fornecidas pelos bancos.

Pode-se perceber que durante todos esses anos o BACEN interveio de forma consistente na economia e mais especificamente no Sistema Financeiro Nacional com o intuito de garantir a estabilidade do mesmo. Isso também pôde ser verificado no último período de instabilidade econômica brasileira, a crise americana do subprime.

A crise do subprime4, que teve origem no mercado imobiliário dos Estados Unidos (EUA) no final do ano de 2007, se disseminou pelas economias do mundo provocando uma crise de crédito sem precedentes na história do capitalismo. Em uma pesquisa realizada com CEOs (Chief Executive Officer), CFOs (Chief Financial Officer), superintendentes e diretores financeiros pelo grupo “PriceWaterHouseCoopers”, com o objetivo de verificar os impactos da crise financeira internacional na economia brasileira, mostra-se que o setor financeiro foi o segundo mais afetado pela crise, ficando atrás apenas do setor automobilístico. Além disso, a

4 Subprime: Categoria de crédito onde os mutuários são clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito. (Alberini e Buguszewksy, 2008).

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pesquisa também destaca que a crise criou um ambiente propício a fusões e aquisições bancárias.

Segundo o Relatório de Economia Bancária e Crédito, do ano de 2009, divulgado pelo Banco Central (2010), os efeitos da crise internacional repercutiram mais intensamente na economia brasileira a partir de setembro de 2008, por meio da virtual paralisação do mercado de crédito, ou seja, por meio de uma expansão em ritmo menos acentuado, do que nos anos anteriores, no saldo das operações de crédito5.

Essa virtual paralisação mostrou seus impactos no ano de 2009, com uma expansão de 15,2% no saldo das operações de crédito considerando os recursos livres6 e os recursos direcionados7, ante 31,1% no ano anterior, como pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1: Evolução do Crédito Total (R$ bilhões)

Fonte: Banco Central (2010)

Na tentativa de conter tal paralisação, e com o objetivo de estabilizar as funcionalidades dos bancos, o Banco Central adotou como estratégia o provimento de liquidez8. Assim, para assegurar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional como um todo, uma das medidas adotada pelo Banco Central foi reduzir o recolhimento compulsório sobre os depósitos bancários, ou seja, reduzir a custódia sobre parte dos depósitos recebidos dos clientes pelos bancos comerciais, e ainda incentivar os bancos de grande porte a direcionarem parte dos seus recolhimentos compulsórios a bancos de menor porte via compra de carteira de crédito e/ou aplicações em depósitos interfinanceiros (Banco Central, 2009).

5

Operações de crédito: Consistem em Empréstimos, Títulos descontados e Financiamentos (Antunes e Pires, 2011).

6 Recursos Livres: empréstimos cujas taxas de juros são livremente pactuadas entre os tomadores e as instituições financeiras (BACEN, 2010).

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Recursos direcionados: empréstimos realizados com taxas ou recursos definidos por normas governamentais (BACEN, 2010).

8

Liquidez: É a quantidade de moeda circulando no sistema econômico

Discriminação 2007 2008 2009 Variação t-1 t-2 Total 936 1227,3 1414,3 15,2 31,1 Recursos Livres 660,8 871,2 954,5 9,6 44,4 Recursos Direcionados 275,2 356,1 459,8 29,1 67,1 Participação % Total/PIB 35,2 40,8 45 Recursos Livres/PIB 24,8 29 30,4 Recursos Direcionados/PIB 10,4 11,9 14,6

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Como se pretende verificar a eficiência dos bancos nas suas operações de intermediação financeira no ano de 2010, faz-se necessário o estudo de uma abordagem que auxilie na análise de eficiência. Na próxima seção será apresentada uma revisão da literatura sobre análise envoltória de dados, uma das técnicas mais utilizadas para esse fim.

2.2. ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS

A mensuração de desempenho é definida como sendo “o processo de quantificar a eficiência e a efetividade de ações passadas, através da aquisição, coleta, classificação, análise, interpretação e disseminação dos dados apropriados” (NEELY, 1998).

Os processos de mensuração de desempenho se desenvolvem a partir da seleção de indicadores críticos de desempenho específicos para cada entidade que se pretende considerar na análise. Sendo inúmeras as variáveis passíveis de mensuração, a Análise Envoltória de Dados (DEA) apresenta-se como uma técnica que gera uma medida de desempenho capaz de comparar a eficiência de várias unidades operacionais similares mediante a consideração explícita do uso de suas múltiplas entradas (inputs) para a produção de múltiplas saídas (outputs) (LINS; ANGULO MEZA, 2000).

Segundo Lins e Angulo Meza (2000) uma abordagem analítica aplicada à medida da eficiência na produção teve origem com o trabalho de Pareto-Koopmans e Debreu (1951). A definição de Pareto-Koopmans para a eficiência técnica é que um vetor input-output é tecnicamente eficiência se, e somente se: (1) nenhum dos outputs pode ser aumentado sem que algum outro output seja reduzido ou algum input necessite ser aumentado e (2) nenhum dos inputs pode ser reduzido sem que algum outro input seja aumentado ou algum output seja reduzido.

Farrell (1957) estendeu o trabalho de Koopmans e Debreu de forma a incluir uma componente, denominada por eficiência alocativa, capaz de refletir a habilidade dos produtores em selecionar o vetor input-output eficiente considerando os respectivos preços. Entretanto, a dificuldade de medir estes preços de forma acurada, segundo Charnes e Cooper foi um dos motivos que levou os trabalhos em DEA a enfatizarem a medida de eficiência técnica. (LINS E ANGULO MEZA, 2000).

Lins e Angulo Meza (2000) destacam as seguintes características da metodologia DEA:

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 Difere dos métodos baseados em avaliação puramente econômica, que necessitam converter todos os inputs e outputs em unidades monetárias;

 Os índices de eficiência são baseados em dados reais (e não em fórmulas teóricas);

Generaliza o método de Farrell, construindo um único input virtual e um único output virtual;

 É uma alternativa e um complemento aos métodos da análise da tendência central e análise custo benefício;

Considera a possibilidade de que os “outliers” não representem apenas desvios em relação ao comportamento “médio”, mas possíveis benchmarks a serem estudados pelas demais unidades tomadoras de decisão;

 Ao contrário das abordagens paramétricas tradicionais, a metodologia DEA otimiza cada observação individual com o objetivo de determinar uma fronteira linear por partes (piece-wise linear) que compreende o conjunto de DMUs Pareto-Eficiente.

Para entender o modelo DEA, é de extrema relevância definir o que é fronteira de produção e o que é uma DMU. Para Lins e Angulo Meza (2000) produção é um processo no qual os inputs (insumos ou recursos) são utilizados para gerar outputs (produtos). Assim, fronteira de produção pode ser definida como a máxima quantidade de outputs (produtos) que podem ser obtidos dados os inputs (insumos ou recursos) utilizados. Além disso, defini-se DMU (Decision Making Unit), como uma firma, departamento, divisão ou unidade administrativa, cuja eficiência está sendo avaliada. É importante destacar que o conjunto das DMUs utilizadas pelo modelo DEA devem utilizar os mesmos inputs e outputs, ou seja, devem ser homogêneos e ter autonomia na tomada de decisão.

Os autores ainda destacam que as escolhas das variáveis de entrada e saída deve ser feita a partir de uma ampla lista de possíveis variáveis ligadas ao processo, permitindo, assim, ter maior conhecimento sobre as unidades a serem avaliadas.

Segundo Mello, Angulo Meza, Gomes e Neto (2005) existem dois modelos na metodologia DEA que são considerados clássicos: CCR e BCC, cujas siglas fazem jus aos seus desenvolvedores, Charnes, Cooper e Rhodes e Banker, Charnes e Cooper, respectivamente. Sendo que esses dois modelos podem ter tanto orientação para insumos (inputs) quanto para produtos (outputs).

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O modelo CCR, proposto originalmente por Charnes, Cooper e Rhodes (1978), também conhecido por CRS (Constant Returns to Scale), trabalha com retornos constantes de escala, isto é, qualquer variação nas entradas (inputs) produz variação proporcional nas saídas (outputs).

Segundo Coelli (1996), a consideração de retornos constantes de escala torna-se apropriada quando todas as DMUs operam em uma escala ótima na função de produção, ou seja, com plena utilização dos inputs para maximização dos outputs. Ainda segundo o autor, fatores como competição imperfeita e restrições financeiras levam as instituições a não terem êxito constante na produção em escala ótima, assim, os resultados encontrados para as medidas de eficiência sob a hipótese de retornos variáveis de escala parecem ser mais consistentes com a realidade do mercado brasileiro para retratar o desempenho dos bancos.

Segundo Lins e Angulo Meza (2000) o modelo DEA passa a ser BCC (VRS - Variable Returns to Scale) quando considera a possibilidade de rendimentos crescentes ou decrescentes de escala na fronteira eficiente.

A diferença entre as fronteiras dos dois modelos pode ser vista na figura 1:

Figura 1: Representação das fronteiras CCR e BCC

Fonte: Mello, Ângulo Meza, Gomes e Neto (2005)

O modelo substitui a proporcionalidade entre inputs e outputs do modelo CCR por uma Combinação linear convexa. Ao obrigar que a fronteira seja convexa, o modelo BCC permite que DMUs que operam com baixos valores de inputs tenham retornos crescentes de escala e, as que operam com altos valores tenham retornos decrescentes de escala (Mello, Angulo Meza, Gomes e Neto, 2005).

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23

O modelo BCC orientado a insumos e produtos tem sua modelagem matemática apresentada nas formulações (1) e (2), respectivamente, onde: (i) é a eficiência a ser calculada para a DMU sob análise, (ii) são os pesos a serem associados às variáveis de entrada e saída para cada DMU k, (iii) é o fator de entrada i da DMU k e (iv) é o fator de saída i da DMU k. Sujeito a: ( (1) Sujeito a: (2)

Os duais dos problemas de programação linear (1) e (2) geram os modelos BCC dos Multiplicadores orientados a input e outputs, representados em (3) e (4), respectivamente.

(24)

24

Nesses modelos u* e v* são as variáveis duais associadas à condição e são interpretados como fatores de escala (Mello et al., 2005). Além disso, vi e uj são os multiplicadores de inputs i, i=1,...r, e outputs j, j=1,...,s, respectivamente; xir e yjs são os

inputs i e os outputs j da DMU t, t=0,...k. Para maiores detalhes sobre os modelos BCC refira-se a Cooper et al. (2007) e/ou Charnes et al. (1994).

Sujeito a: (3) Sujeito a: ( (4)

Outra modelagem que será considerada no presente trabalho são as fronteiras invertidas, que faz uma avaliação pessimista das DMUs. Sua aplicação tem se dado com o

(25)

25

intuito de aumentar o poder discriminatório das mesmas. Outro fator importante está relacionado ao trabalho de Entani, Maeda e Tanaka (2002), que também está discutido em Azizi (2011), onde os autores consideram tanto a fronteira otimista ou clássica quanto a pessimista ou invertida para estabelecer um intervalo de eficiência. A formulação (5) apresenta a modelagem para a análise BCC pessimista para a ótica output, onde vi é o multiplicador outputs i, i=1,...,r e xir e yjs são os inputs i e os outputs j da DMU t,t=0,...k.

Sujeito a: ( (5)

No presente trabalho foi utilizado uma abordagem composta, ou seja, foi calculada uma eficiência que leva em consideração tanto uma abordagem otimista quanto pessimista de maneira combinada. Assim, segundo Silveira, Ângulo Meza e Mello (2011), para uma DMU ser 100% eficiente nessa abordagem, ela precisa ter bom desempenho na fronteira otimista e não apresentar um bom desempenho na fronteira pessimista. Por meio dessa análise pretendeu-se verificar a eficiência quanto às operações de intermediação financeira dos dez maiores bancos em operação no Brasil, segundo critério estabelecido pelo Banco Central.

Com base nas abordagens otimista e pessimista, pode-se estabelecer uma medida de eficiência composta dada pela seguinte equação:

( (6)

(26)

26

Graficamente, tem-se o seguinte comparativo entre as abordagens otimista e pessimista:

Figura 2: Fronteira DEA - BCC clássica (otimista) e invertida (pessimista) Fonte: Silveira, Ângulo Meza e Mello (2011)

Torna-se oportuno conceituar as DMUs pitorescas, segundo classificação de Azizi (2011), que consistem nas DMUs que se situam tanto na fronteira otimista quanto na fronteira pessimista.

Os resultados das análises foram obtidos por meio do software SIAD (Angulo Meza, Neto e Mello, 2005).

2.2.1. Análise de Eficiência Bancária Via DEA

A partir da década de 1980, e mais intensamente na década de 1990, pode-se observar um número crescente de publicações com o objetivo de medir a eficiência dos bancos brasileiros utilizando a abordagem DEA. Em todas as aplicações os bancos são considerados como DMU.

Araújo e Carmona (2002) analisaram uma rede de agências bancárias, composta de 110 agências, distribuídas em 85 municípios, a fim de analisar seu desempenho médio operacional e financeiro ao longo de um período de seis meses. A metodologia utilizada pelos autores foi a DEA – CCR. Os resultados obtidos sugerem que o emprego da metodologia proposta pode contribuir para o sistema de controle de instituições bancárias, ajudando a

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27

identificar as melhores práticas gerenciais e oferecendo indicativos sobre as ações necessárias à melhoria da performance, de modo a subsidiar a tomada de decisões quanto à estrutura e metas a serem estabelecidas para a rede de agências.

Krause, Portella e Tabaka (2005) avaliaram 117 bancos, com carteira comercial, do Brasil (excluindo-se aqueles com número de funcionários menor que 20) entre os anos de 1995 a 2003. Utilizaram a metodologia DEA-CCR e BCC (com orientação para output) para avaliação dos seguintes indicadores de input: capital (ativo permanente), trabalho (número de funcionários) e recursos disponíveis para empréstimos. E como indicador de output: valor intrínseco da instituição financeira (considera em seu cálculo o valor do patrimônio líquido que proporciona o lucro no período m, o lucro líquido do período m e o custo do capital próprio no período m). Segundo os autores, a metodologia DEA confirma-se como importante instrumento para avaliação complementar (pois não substitui a avaliação on-site) das instituições financeiras, seja no trabalho de supervisão bancária, seja para os próprios administradores das instituições na mensuração dos resultados das decisões internas, seja para o mercado e a sociedade em geral, que precisam acompanhar o desempenho dos bancos para subsidiar decisões sobre investimentos, depósitos, empréstimos e outros serviços.

Freaza (2006) procurou medir a eficiência de 50 maiores bancos de varejo brasileiro através da metodologia DEA concomitantemente à técnica I-O Stepwise para seleção das variáveis e aos modelos das DMU’s Artificiais. Utilizou como variáveis de input: número de funcionários, número de agências, alavancagem, índice de inadimplência, grau de imobilização e custo operacional. Já como variáveis de output, utilizou: resultados de intermediação financeira, rentabilidade do PL, resultado operacional, lucro líquido e patrimônio líquido. Como conclusão, o autor destacou uma das principais contribuições da metodologia DEA, ou seja, identificação e a definição de unidades eficientes como benchmarking para as demais.

Luciano e Luca (2007) em seu artigo procuraram ilustrar a eficiência do sistema bancário italiano e rever os mais importantes estudos sobre o tema nos últimos 15 anos. Para tanto utilizaram de duas técnicas para avaliar a eficiência bancária: SFA (Stochastic Frontier Approach) - método paramétrico - e DEA (método não paramétrico). Utilizando a metodologia DEA-CCR e BCC, os autores utilizaram capital e trabalho como variáveis de input e depósitos e empréstimos como variáveis de outputs. Como conclusão os autores apresentaram que apesar da concentração bancária ocorrido nos últimos quinze anos, não há evidências que essa tendência tenha contribuído na eficiência das instituições bancárias italianas.

(28)

28

Chansarn (2008) teve como objetivo analisar a eficiência de 13 bancos comerciais tailandeses durante os anos de 2003 a 2006, utilizando Análise Envoltória de Dados (DEA) - CCR. Os resultados revelaram que a eficiência operacional dos bancos comerciais tailandeses é muito elevada e estável, e a eficiência nas intermediações comerciais é moderadamente alta e pouco volátil. Além disso, a eficiência se apresentou praticamente igual (100%) para todos os tamanhos de bancos (grandes, médios e pequenos).

Périco, Rebelatto e Santana (2008) buscaram, em seu estudo, com a utilização da Análise Envoltória de Dados (DEA) - BCC, com orientação para output, avaliar a eficiência dos 12 maiores bancos comerciais do Brasil, de acordo com o critério do Banco Central do Brasil e utilizando dados do ano de 2005. Para tanto, tiveram como variáveis de input, ativo total, operações de crédito, depósitos, patrimônio líquido. E como output, receita financeira, resultado financeiro, resultado operacional, resultado líquido. Os resultados apontaram que é sim possível o maior banco ser também o mais eficiente, desde que otimize a utilização de seus recursos, ou seja, aloque-os de forma mais eficiente.

Macedo e Barbosa (2009) aplicaram a metodologia DEA - CCR com o objetivo de definir unidades eficientes e ineficientes. Para tanto, analisaram 38 agências bancárias do segmento de varejo, de uma mesma instituição brasileira, que é classificada como um dos maiores bancos brasileiros. Foram considerados como input, quantidade de funcionários para atendimento a clientes, qualidade da mão-de-obra e nível de despesas operacionais. Como variáveis de outputs, foram consideradas resultado financeiro e nível de satisfação dos clientes. Com base nos resultados encontrados pôde-se concluir que a metodologia DEA foi capaz de analisar de forma multicriterial o desempenho das agências. Além disso, os autores chamam atenção para o fato de que as agências que obtiveram desempenho superior podem servir como benchmarking para as demais e que o desempenho tem relação positiva com o tamanho.

Yang (2009), em seu artigo apresenta uma avaliação de 240 grandes bancos canadenses situados na cidade de Toronto utilizando modelo DEA - BCC. Como variáveis de inputs foram utilizadas as variáveis vendas, serviços e suporte e como variáveis de outputs foram utilizadas as variáveis número de operações para criar novos empréstimos de taxa variável, numero de operações para abrir uma nova conta corrente, números de operações para depósitos, números de operações de processos de retiradas das contas, números de transações para atualização das contas de poupança, números de operações para realizar transferências, números operações de empréstimos, número de operações para processar depósitos

(29)

29

comerciais. O autor concluiu que o conglomerado opera eficientes juntos, mas possui espaços para melhoria.

Casu e Molyneux (2010), em seu artigo analisaram a eficiência do mercado bancário Europeu. Com a criação de um mercado interno, segundo os autores, a administração dos bancos têm se concentrado na eficiência desses devido principalmente ao aumento da competição. Empregaram a abordagem não paramétrica DEA, analisando dados de 1993 a 1997. Como inputs utilizaram as seguintes variáveis: custos totais (despesas com juros, despesas sem juros e despesas com pessoal), total de clientes e financiamento de curto prazo (depósitos totais). E como output, total de empréstimos e outros ativos rentáveis. Concluíram que os resultados mostram baixos níveis de rendimentos médios, no entanto, foi possível detectar uma ligeira melhoria na eficiência média para quase todos os sistemas bancários da amostra, com exceção da Itália.

Faria Júnior e Paula (2010) fizeram um estudo comparativo, avaliando dados relativos ao período de 1998 a 2008, da evolução da eficiência dos seis bancos (Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander, ABN Amro e HSBC) que participaram, mais recentemente, do processo de fusões e aquisições bancárias no Brasil. Utilizando a metodologia DEA - CCR e BCC, os autores, avaliaram os seguintes indicadores de input: despesas de pessoal e outras despesas administrativas, depósitos totais, permanente e imobilizado de arrendamento, despesas de intermediações financeiras. E como output, operações de crédito e arrendamento mercantil (total) e outros créditos, títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros e derivativos e aplicações interfinanceiras, receitas de intermediações financeiras, receitas de prestações de serviços e outras receitas operacionais. Os resultados revelaram que as fusões e aquisições bancárias proporcionaram um aumento na eficiência de intermediação dos bancos privados nacionais, possivelmente, decorrentes de aprimoramentos no gerenciamento operacional do banco, além de corte nos custos administrativos e de pessoal.

(30)

3. APLICAÇÃO

Com base nas fundamentações expostas no segundo capítulo deste trabalho, o presente capítulo terá uma aplicação dos modelos DEA - BCC otimista e pessimista, por meio do software SIAD (2005).

Com o objetivo de medir a eficiência bancária, sob a perspectiva dos bancos, foram coletados dados referentes às contas de demonstrações contábeis do setor bancário divulgado pelo Banco Central do Brasil em dezembro de 2010, por meio do relatório 50 maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro Nacional.

O objetivo consiste em analisar o quão os bancos são eficientes com relações às suas operações de intermediação financeiras, utilizando determinadas entradas (inputs) para atingir as saídas (outputs) desejadas. É importante destacar que as mesmas contas contábeis utilizadas pelo BACEN, para calcular o tamanho dos bancos, foram utilizadas nesse trabalho como indicadores para medir a eficiência dos mesmos. A seguir, tem-se uma descrição sucinta dos indicadores selecionados:

 Despesas de Intermediações Financeiras: Consiste na soma de todas as despesas financeiras de cada banco, sendo elas: Captações no Mercado, Empréstimos e Repasses, Arrendamento Mercantil, Operações de Câmbio, Operações de Venda ou de Transferências de Ativos Financeiros, Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa;

 Ativo Total: Consiste na soma de todos os bens e direitos do banco;

 Receitas de Intermediações Financeiras: Consiste na soma de todas as receitas financeiras de cada banco, sendo elas: Operações de Crédito, Operações de Arrendamento Mercantil, Operações com Títulos de Valores Mobiliários, Operações com Instrumentos Financeiros e Derivativos, Operações de Câmbio,

(31)

31

Aplicações Compulsórias, Operações de Venda ou de Transferências de Ativos Financeiros;

Os dois primeiros indicadores foram considerados como input e o último foi considerado como output.

Nesse caso, será utilizado o modelo DEA - BCC, ou seja, com retorno variável de escala, com orientação para os outputs conforme descrito nas formulações (4), (5) e (6). A justifica para o uso dessa abordagem está em Coelli (1996), conforme descrito na seção 2.2 do capítulo anterior.

Na tabela abaixo pode-se verificar a classificação dos bancos segundo o BACEN com os respectivos inputs e outputs utilizados nesse trabalho.

Tabela 2: Inputs e Outputs

CLASSIF. BANCOS ATIVO TOTAL DESPESAS DE

INTERM. FIN. RECEITAS DE INTERM. FIN. 1 ITAU 692.683.014,00 35.245.368,00 54.008.389,00 2 BB 696.928.839,00 28.611.928,00 42.428.960,00 3 BRADESCO 518.433.180,00 26.687.116,00 38.757.867,00 4 CEF 390.084.624,00 14.767.185,00 20.999.480,00 5 SANTANDER 371.931.719,00 17.308.509,00 29.094.480,00 6 HSBC 124.242.867,00 5.849.367,00 8.574.985,00 7 VOTORANTIM 102.948.900,00 5.262.205,00 7.397.025,00 8 SAFRA 65.749.142,00 4.441.115,00 5.555.773,00 9 CITIBANK 51.656.258,00 1.455.869,00 2.950.292,00 10 BTG PACTUAL 41.031.257,00 1.677.439,00 2.167.759,00 Fonte: BACEN (2010)

Os resultados dessa aplicação obtidos pelo software SIAD (2005) para os 10 maiores bancos comerciais operando no Brasil, segundo a classificação do BACEN, são:

(32)

32

Tabela 3: Eficiência nas operações de intermediação financeira

Classificação DMU Otimista Pessimista Composta Composta Normalizada 1 CITIBANK 1,0000 0,8395 0,5802 1,0000 2 SANTANDER 1,0000 0,8513 0,5744 0,9899 3 HSBC 0,9459 0,8994 0,5232 0,9018 4 ITAU 1,0000 1,0000 0,5000 0,8617 5 SAFRA 1,0000 1,0000 0,5000 0,8617 6 BTG PACTUAL 1,0000 1,0000 0,5000 0,8617 7 VOTORANTIM 0,9275 0,9317 0,4979 0,8581 8 BB 0,9472 1,0000 0,4736 0,8162 9 BRADESCO 0,9202 1,0000 0,4601 0,7929 10 CEF 0,8433 1,0000 0,4216 0,7267

Observando os resultados da Tabela 3, nota-se que, segundo a definição dada por Entani, Maeda e Tanaka (2002), as DMUs Itaú, Safra e BTG Pactual são tidas como peculiares, ou seja, essas DMUs integram tanto a fronteira otimista quanto a pessimista.

Os resultados obtidos por meio da análise de eficiência sugerem que o fato de se ter maiores quantidades de recursos financeiros não significa que o banco está sendo eficiente nas suas diversas operações, especificamente no que diz respeito às operações de intermediação financeira. Como uma constatação desse fato, pode-se citar os casos do banco Itaú e do Banco do Brasil considerados pelo BACEN os bancos que apresentam maiores quantidades de recursos financeiros, porém, na medida de eficiência eles ficaram na 4ª e 8ª posição, respectivamente.

O banco Citybank foi considerado o mais eficiente na análise composta. Observando as análises otimista e pessimista, na análise otimista esse banco foi considerado como um dos mais eficientes, por outro lado, na análise pessimista, o banco foi o que se colocou mais distante da fronteira, ou seja, com os atuais níveis dos indicadores considerados na análise, o Citybank não se enquadrou entre os mais ineficientes. Nesse caso, sua eficiência composta foi considerada a melhor. Observando a avaliação do BACEN, esse banco se enquadrou na nona posição.

Raciocínio similar ao apresentado para o Citybank pode ser feita ao Banco do Brasil, Bradesco e CEF. Esses bancos não foram considerados os mais eficientes na análise otimista, juntamente com o Itaú, Safra e BTG. Entretanto, esses bancos se enquadraram sobre a

(33)

33

fronteira dos menos eficientes, ou seja, sobre a fronteira invertida. Tal fato fez com que esses bancos fossem considerados os mais ineficientes sob análise composta.

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4. CONCLUSÕES

4.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO

O presente artigo se propôs a estudar a eficiência, no quesito de operações de intermediação financeira, dos dez maiores bancos em operação no Brasil, segundo classificação Banco Central, utilizando como metodologia a Análise Envoltória de Dados (DEA).

Segundo a classificação do BACEN, o Banco Itaú deveria ser considerado o banco mais eficiente, sob a ótica de seus recursos financeiros. De maneira contraditória, os resultados da análise composta indicam que, dentre os dez maiores, esse banco está na quarta posição. Além disso, esse banco compõe as duas fronteira, a pessimista e a otimista. Tal fato ocasionou uma avaliação composta inferior, ou seja, o Itaú saiu da primeira posição segundo o BACEN e passou para a quarta na análise DEA, o que é característico das DMUs pitorescas, segundo Azizi (2011).

Deve-se ressaltar que os bancos tidos como eficientes são assim classificados dentro do grupo analisado e levando em consideração os indicadores predeterminados. Sendo assim, os resultados não se referem à eficiência de forma absoluta.

Respondendo a questão proposta por esse trabalho, se existe alguma relação entre eficiência nas operações interfinanceira e tamanho dos bancos, a resposta é não, conforme análise da população dos dez bancos considerados. Na análise, o banco Itaú, maior banco segundo o BACEN, se classificou na quarta posição no que se refere à eficiência nas operações de intermediação financeira e o Banco do Brasil, segundo maior banco de acordo

(35)

35

resultados podem ser alterados desde que os maiores bancos, segundo BACEN, otimizem suas operações de intermediação financeira para alcançar melhores índices de eficiência.

4.2. LIMITAÇÕES

As principais limitações associadas à análise apresentada, dizem respeito aos tipos de bancos, varejo (que atende ao correntista pessoa física) ou atacado (que atende somente investimentos de pessoa jurídica). Esse é o caso do Votorantim, por exemplo. No presente trabalho essa distinção não foi considerada. Tal fato pode caracterizar um elevado ativo total, fator considerado pelo BACEN, e os retornos associados às operações de intermediação financeira não os caracterizam como eficientes.

4.3. PROPOSIÇÕES

As proposições para novos estudos seriam: (i) considerar os diferentes tipos de bancos (atacado ou varejo); (ii) sugere-se também a utilização de outra metodologia de análise de eficiência, como a Análise Relacional Grey, com o objetivo de verificar se essa metodologia afetaria os resultados de forma expressiva. Outra oportunidade é verificar como seria se fosse considerada uma faixa de eficiência, conforme proposto por Entani et al. (2002); (iii) verificar a possibilidade de considerar somente as operações interfinanceiras de liquidez na análise de eficiência uma vez que foram sobre essas operações que o BACEN interveio com o intuito de amenizar os efeitos da crise americana de 2008.

(36)

5. REFERÊNCIA

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