de alteração do licenciamento ambiental em Minas Gerais
1. Contexto legal e
regulamentar
1.1. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR
Lei n.º 21.972. Alterou a organização administrativa da
SEMAD/MG e previu as novas modalidades de
licenciamento ambiental no Estado:
Trifásico (LAT - LP e LI e LO);
Concomitante (LAC - LP/LI/LO; LP/LI e LO; LP e LI/LO);
Simplificado (LAS - fase única).
21 de jan. 2016
Decreto n.º 47.137. Previu, conforme o porte e potencial
poluidor, os empreendimentos e atividades sujeitas ao LAC:
LP/LI/LO: a) pequeno porte e grande potencial; b) médio
porte e médio potencial; c) grande porte e pequeno
potencial.
LP/LI e LO: a) médio porte e grande potencial; b) grande
porte e médio potencial; c) grande porte e grande potencial.
LP e LI/LO: quando a instalação implicar operação (p. ex.:
parcelamento do solo).
24 de jan. 2017
Decreto n.º 47.042. Regulamentou a Lei
21.972
no
tocante
à
organização
administrativa da SEMAD/MG.
24 de jan. 2016
Revisão da DN.COPAM .º
74/2004 (em andamento)
2º sem. 2017
Decreto n.º 47.134. Alterou o Decreto
n.º 47.042 para, dentre outros aspectos,
criar o Núcleo de Projetos de Geração de
Energia, da Superintendência de Projetos
Prioritários, órgão da Subsecretaria de
Regularização Ambiental.
1.2. CONTEXTO LEGAL E REGULAMENTAR
A revisão da DN.COPAM n.º 74/2004 se insere no contexto de reforma de todo o Sistema Estadual do
Meio Ambiente (SISEMA/MG), tanto do ponto de vista organizacional da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (SEMAD/MG), quanto dos processos de sua competência, sobretudo o licenciamento
ambiental.
As reformas se iniciaram em 2016, com a edição da Lei 21.972, buscando aprimorar a gestão ambiental
no Estado. Dentre os seus objetivos, destacam-se a busca pela:
▪
reformulação da organização e das atribuições dos órgãos e entidades que compõem o SISEMA/MG;
▪
diminuição da morosidade e aumento da eficiência dos processos de licenciamento ambiental;
▪
definição das modalidades de licenciamento aplicáveis conforme o porte, o potencial poluidor e a
localização dos empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
2. Principais
mudanças
2.1. CLASSES SUJEITAS AO LICENCIAMENTO
DN.COPAM 74/2004
MINUTA
Art. 1º - Os empreendimentos e atividades modificadoras do
meio ambiente sujeitas ao licenciamento ambiental no nível estadual são aqueles enquadrados nas classes 3, 4, 5 e 6 , conforme a lista constante no Anexo Único desta Deliberação Normativa, cujo potencial poluidor/degradador geral é obtido após a conjugação dos potenciais impactos nos meios físico, biótico e antrópico, ressalvado o disposto na Deliberação Normativa CERH n.º 07, de 04 de novembro de 2002.
[...]
Art. 2° - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo
Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável.
Art. 2º – Estão sujeitos ao licenciamento ambiental, no âmbito
estadual, as atividades e empreendimentos listados conforme critérios de potencial poluidor/degradador, porte e de localização, cujo enquadramento seja definido nas classes 1 a 6.
Mudança: segundo a DN 74, as classes 1 e 2 estão dispensadas do licenciamento, submetendo-se à
2.2. DEFINIÇÃO DAS CLASSES CONFORME O PORTE E O POTENCIAL POLUIDOR
DN.COPAM 74/2004
MINUTA
Mudanças: a minuta proposta ora diminui, ora aumenta as classes definidas segundo a matriz de porte
e potencial poluidor:
▪
Porte pequeno e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 1 (AAF) x Minuta:
Classe 2
;
▪
Porte pequeno e potencial poluidor grande. DN 74: Classe 3 (LP/LI) x Minuta:
Classe 4
;
▪
Porte médio e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 2 (AAF) x Minuta:
Classe 1
;
▪
Porte grande e potencial poluidor pequeno. DN 74: Classe 4 (LP/LI) x Minuta:
Classe 1
;
▪
Porte grande e potencial poluidor médio. DN 74: Classe 5 x Minuta:
Classe 4
.
2.3. MODALIDADES DE LICENCIAMENTO
DN.COPAM 74/2004
MINUTA
Art. 1º
[...]
§1º - As Licenças Prévia e de Instalação dos empreendimentos
enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente.
§2º - As Licenças de Instalação e de Operação dos
empreendimentos agrossilvipostoris [sic] enquadrados nas classes 3 e 4 poderão ser solicitadas e, a critério do órgão ambiental, expedidas concomitantemente, quando a instalação implicar a operação.
Art. 2° - Os empreendimentos e atividades listados no Anexo
Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1
e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam
dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAM competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável.
Art. 7º – Constituem modalidades de licenciamento ambiental: I – Licenciamento Ambiental Trifásico – LAT: licenciamento no
qual a Licença Prévia – LP, a Licença de Instalação – LI e a Licença de Operação – LO da atividade ou do empreendimento são concedidas em etapas sucessivas;
II – Licenciamento Ambiental Concomitante – LAC: licenciamento
no qual serão analisadas as mesmas etapas previstas no LAT, com a expedição concomitantemente de
duas ou mais licenças;
III – Licenciamento Ambiental Simplificado: licenciamento
realizado em uma única etapa, mediante o cadastro de informações relativas à atividade ou ao empreendimento junto ao órgão ambiental competente, ou pela apresentação do Relatório Ambiental Simplificado – RAS, contendo a descrição da atividade ou do empreendimento e as respectivas medidas de controle ambiental.
§1º – Na modalidade de LAC a licença será emitida conforme os
seguintes Procedimentos:
I – análise, em uma única fase, das etapas de LP, LI e LO da
atividade ou do empreendimento, denominada LAC1;
II – análise, em uma única fase, das etapas de LI e LO do
empreendimento, com análise posterior da LO; ou, análise da LP com posterior análise concomitante das etapas de LI e LO do empreendimento, denominada LAC2
2.4. INCLUSÃO DO CRITÉRIO LOCACIONAL
MINUTA
Art. 6º – As modalidades de licenciamento serão estabelecidas
conforme Tabela 3 do Anexo Único desta Deliberação Normativa, por meio da qual são conjugadas a classe e os critérios locacionais.
§1º – Os critérios locacionais referem-se à relevância e à
sensibilidade dos componentes ambientais que os caracterizam, sendo-lhes atribuídos peso 01 (um) ou 02 (dois).
§2º – O peso 0 (zero) será atribuído à atividade ou
empreendimento que não se enquadrar em nenhum dos critérios locacionais.
§3º – Na ocorrência de interferência da atividade ou
empreendimento em mais de um critério locacional, deverá ser considerado aquele de maior peso.
§4º – Além dos critérios locacionais previstos na Tabela 4 do
Anexo Único desta Deliberação Normativa, deverão ser considerados, para fins de apresentação dos estudos ambientais, os critérios locacionais de restrição, estabelecidos em normas específicas; sem prejuízo da observância dos critérios locacionais de vedação, para fins de definição da localização das atividades ou empreendimentos.