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NOVIDADES E LEMBRANÇAS

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Academic year: 2021

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NOVIDADES E LEMBRANÇAS

Síntese de diversas matérias fiscais de maior relevo ocorridas na

1.ª quinzena de Julho de 2011

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1 - Regulamento de execução (EU) n.º 282/2011, do Conselho, de 15 de Março: - Ofício Circulado

n.º 30128, de 2011.07.06.

Divulga, em anexo, uma tabela de correspondência entre as disposições do Regulamento, as normas da Directiva 2006/112/CE e a legislação nacional, designadamente o Código do IVA e o RITI.

De referir que o regulamento, em todos os seus elementos, é directamente aplicável em todos os Estados membros, a partir de 1 de Julho de 2011, salvo nas situações indicadas na tabela de correspondência.

Nota: - Relativamente aos procedimentos a que se refere o artigo 51.º do Regulamento, a Direcção de Serviços do IVA divulgará, oportunamente, instruções administrativas.

2 - Constituição do valor tributável do IVA na reimportação de bens, exportados

temporariamente para fora da Comunidade, depois de terem sido objecto de reparação,

transformação ou complemento de fabrico: - Circular n.º 48/2011 – Série II, de 2011.06.08, da

DSIVAVA da DGAIEC.

As operações de reparação, transformação ou complemento de fabrico, realizadas fora da Comunidade, nos bens que foram exportados temporariamente da UE, devem ser tratadas como prestações de serviços e consequentemente tributadas de acordo com as regras de localização estabelecidas no artigo 6.º do Código do IVA, sendo a competência para a liquidação da DGAIEC, quando a entidade que procede à reimportação de bens (destinatário dos serviços) é um particular ou um sujeito passivo isento, Estado e demais pessoas colectivas de direito público, e não apresente prova de pagamento do IVA pelo serviço prestado no momento da reimportação.

Contudo, se as operações de reparação são realizadas, fora da Comunidade, a título gratuito, no âmbito de um contrato legal de garantia, a reimportação de bens não está sujeita a IVA.

Nota: - A importação dos “produtos de substituição” sujeitos ao regime de aperfeiçoamento passivo, com recurso ao sistema de trocas comerciais padrão que permite a substituição de um produto compensador por um idêntico, o designado “produto de substituição”, e que se traduz na exportação definitiva dos bens a reparar que acabam por não ser reimportados. é uma operação tributável, independentemente da qualidade do importador, nos casos em que a substituição tenha sido realizada a título oneroso, cujo valor tributável é constituído nos termos dos n.ºs 1 a 4 do artigo 17.º do Código do IVA.

1

Destina-se apenas a que os nossos associados tenham conhecimento, em tempo útil, da existência da norma ou instrução administrativa e fiquem com uma ideia sucinta do seu conteúdo. Não dispensa a leitura cuidada dos próprios documentos, aquando da sua aplicação prática.

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3 - Alteração da classificação de um prédio - Obrigação de entrega da declaração mod. 1 do IMI:

- Informação Vinculativa – Despacho de 2011.03.01 – Processo 2011000150 – IVE nº 1782.

A mudança do licenciamento ou do destino dado aos prédios urbanos constitui um evento susceptível de determinar a alteração da sua classificação e, em consequência, do seu valor patrimonial tributário, conforme estipulado na alínea b) do nº 1 do artigo 13º do CIMI.

Nota: - Por isso, tais factos obrigam à entrega da declaração modelo 1 do IMI, por parte do titular dos prédios, no prazo previsto no nº 1 do referido artigo 13º do CIMI: 60 dias contados da data da ocorrência desses mesmos factos.

4 - Efeitos da reclamação apresentada nos termos do artigo 130º do CIMI: - Informação

Vinculativa – Despacho de 2011.04.05 - Processo 2011000426 – IVE nº 2011.

No caso das reclamações previstas no artigo 130.º do CIMI (em que o respectivo n.º 7 determina que os efeitos dessas reclamações só se produzirão na liquidação do ano em que as mesmas forem apresentadas), nomeadamente eventuais novos valores patrimoniais tributários, só se reflectirão na liquidação referente ao ano da entrega dos documentos.

Nota: - Com efeito, a declaração modelo 1 do IMI só é tida como entregue quando o forem também os documentos que a devem acompanhar.

5 - Partes Indivisas – Taxas – artigo 17.º do CIMT: - Informação Vinculativa – Despacho de

2011.04.18 – Processo 2010004206 – IVE nº 1629.

Considera-se que a liquidação concretamente realizada, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, alínea a), do CIMT, se permanecendo inalteráveis os pressupostos que a fundamentaram (imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente), não suscita qualquer reparo.

Nota: - Salienta-se ainda que, se for dado destino diferente ao imóvel em causa, deixará de poder beneficiar da redução de taxas prevista na alínea a) do artigo 17.º do CIMT, conforme dispõe o n.º 7 do artigo 11.º do mesmo diploma.

6 - Comodato – Perda do benefício – Aquisição para habitação: - Informação Vinculativa –

Despacho de 2011.04.18 - Processo 2011000215 – IVE nº 1777.

Presumindo que o imóvel já foi avaliado ao abrigo do CIMI, o IMT incidirá sobre o valor negocial declarado, por ser superior ao VPT referenciado, sendo sujeito às taxas previstas na alínea b) do artigo 17.º do CIMT, por se destinar a habitação.

Nota: - No tocante às obrigações fiscais conexas com a celebração do contrato de comodato (artigo 1129.º do Código Civil), não haverá lugar ao pagamento do imposto o selo anteriormente consagrado na verba 5 da Tabela Geral do Imposto do Selo, porquanto a identificada norma foi já revogada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro.

7 - Comunicação de contratos de arrendamento – artigo 60.º do CIS: - Informação Vinculativa –

Despacho de 2011.03.18 – Processo 2010004346 – IVE n.º 1703.

A obrigação de comunicar, ao Serviço de Finanças da área da situação do prédio, quaisquer contratos de arrendamento, subarrendamento, as respectivas promessas e as suas alterações é extensível a todos os entes, independentemente de poderem estes beneficiar de isenções relativamente aos factos tributários em que

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8 - Contratos de Bolsa – Artigo 6.º e 7.º do CIS – Verba 8 da TGIS: - Informação Vinculativa –

Despacho de 2011.04.01 – Processo 2011000235 – IVE n.º 1793.

Inexistindo previsão em norma especial e não se enquadrando o bolseiro ou o contrato de bolsa nas isenções enunciadas nos artigos 6.º e 7.º do CIS, considera-se que:

a) Sobre aqueles contratos, celebrados em momento anterior ao da entrada em vigor da Lei n.º 3-B/2010 de 28/04, incide imposto do selo, por força da previsão da verba n.º 8 da Tabela Geral do Imposto do Selo;

b) O bolseiro suporta o encargo do imposto do selo.

9 – Exclusão de tributação pela aquisição de quota-parte resultante de acto de partilha por efeito

de separação de pessoas e bens por mútuo consentimento – Âmbito de aplicação da Circular n.º

10/2009: - Informação Vinculativa – Despacho de 2011.05.26 – Processo 2011001044 – IVE n.º

2089.

1 – No âmbito da desjudicialização de processos especiais dos tribunais judiciais, nos termos do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13/10, a alínea b) do n.º 1 do artigo 12.º desse mesmo diploma legal atribuiu competência aos Conservadores do Registo Civil para conhecer e decidir os processos de separação de pessoas e bens por mútuo consentimento.

2 – Nos termos do n.º 4 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 272/2001, as decisões dos Conservadores nesta matéria produzem os mesmos efeitos jurídicos que produziriam as sentenças judicias, igualmente em sede das relações patrimoniais entre os cônjuges.

3 – Consequentemente, ao excesso da quota-parte que ao adquirente pertencer no acto de partilha decorrente de separação de pessoas e bens por mútuo consentimento é aplicável a Circular n.º 10/2009, nos mesmos termos em que o é em relação à separação judicial de pessoas e bens.

10 - Suspensão da execução de pena de prisão por abuso fiscal: - Acórdão do Tribunal

Constitucional, n.º 237/2011, publicado n D.R. n.º 127, Série II, de 2011.07.05.

Não julga inconstitucional a interpretação conjugada das normas extraídas dos artigos 50.º do Código Penal e 14.º do Regime Geral das Infracções Tributárias, segundo a qual cabe a um juiz criminal aferir da falta de pagamento de dívidas de natureza fiscal, para efeitos de aplicação da suspensão da execução de pena de prisão por abuso fiscal.

11 - IVA - Directivas 77/388/CEE e 2006/112/CE - Reembolso - Prazo - Juros - Compensação -

Princípios da neutralidade fiscal e da proporcionalidade - Protecção da confiança legítima; -

Acórdão do Tribunal de Justiça (Terceira Secção) de 12 de Maio de 2011, publicado no JOUE

n.º C 194, páginas 5.

1. O artigo 183.º da Directiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, conforme alterada pela Directiva 2006/138/CE do Conselho, de 19 de Dezembro de 2006, conjugado com o princípio da protecção da confiança legítima, deve ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação nacional que prevê, com efeito retroactivo, a prorrogação do prazo em que deve ser efectuado o reembolso do imposto sobre o valor acrescentado pago em excesso, na medida em que essa legislação priva o sujeito passivo do direito de que dispunha, antes da sua entrada em vigor, de obter juros de mora sobre o montante que lhe deve ser reembolsado.

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2. O artigo 183.º da Directiva 2006/112, conforme alterada pela Directiva 2006/138, à luz do princípio da neutralidade fiscal, deve ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação nacional segundo a qual o prazo normal para efectuar o reembolso do imposto sobre o valor acrescentado pago em excesso, no termo do qual são devidos juros de mora sobre o montante que deve ser reembolsado, é prorrogado no caso de ser iniciado um procedimento inspecção fiscal, prorrogação esta que tem como consequência que esses juros só são devidos a partir da data em que o procedimento estiver concluído, apesar de esse excesso já ter sido objecto de reporte para os três períodos tributáveis seguintes àquele em que se revelou. Pelo contrário, o facto de esse prazo normal estar fixado em 45 dias não é contrário à referida disposição.

3. O artigo 183.º da Directiva 2006/112, conforme alterada pela Directiva 2006/138, deve ser interpretado no sentido de que não se opõe a que o reembolso do imposto sobre o valor acrescentado pago em excesso seja efectuado por compensação.

12 - Prescrição - Dívida exequenda – Dedução - Impugnação judicial - Prestação de garantia -

Efeito suspensivo - Processo de execução fiscal – Efeitos - Caducidade de garantia: - Acórdão do

STA, de 2011.06.29 – Processo 0563/11.

I – De acordo com o disposto no artº 49º, nº 1 da LGT, a instauração da impugnação interrompe a prescrição. II – Ainda de acordo com o nº 2 do mesmo artigo, na redacção anterior à Lei nº 53-A/2006, que o revogou “A

paragem do processo por período superior a um ano por facto não imputável ao sujeito passivo faz cessar o efeito previsto no número anterior, somando-se, neste caso, o tempo que decorrer após esse período ao que tiver decorrido até à data da autuação”.

III – Porém, este efeito suspensivo não tinha aplicação no caso de a paragem do processo de impugnação ter lugar quando o processo de execução fiscal já se encontrava suspenso por motivo de prestação de garantia pelos interessados, pois que, neste caso, por aplicação do nº 1 do artº 169º do CPPT e do nº 3 do artº 49º da LGT então em vigor, o prazo de prescrição legal se suspendia também em virtude da paragem do processo de execução fiscal.

IV – Embora os recorrentes pudessem requerer a caducidade da garantia nos termos do artº 183º-A do CPPT – o que não fizeram – a declaração dessa caducidade não tinha qualquer influência na tramitação da execução fiscal, a qual se mantinha suspensa até ao trânsito em julgado da impugnação.

13 - Compensação – Prescrição - Obrigação tributária - Interrupção da prescrição - Suspensão

da prescrição: - Acórdão do STA, de 2011.06.29 – Processo 0217/11.

I - A compensação por iniciativa da AT, prevista no art. 40º da LGT e no art. 89º do CPPT, configura-se como um modo geral de extinção da obrigação fiscal, depende dos requisitos enunciados neste último normativo legal e pode ser efectivada no processo de execução fiscal.

II - Extinta a execução fiscal, com fundamento no pagamento da respectiva dívida, a prescrição deixa de poder ser utilmente invocada.

III - As causas de interrupção da prescrição que tenham ocorrido antes da alteração ao nº 3 do art. 49º da LGT, introduzida pela Lei 53-A/2006, produzem os efeitos que a lei vigente no momento em que elas ocorreram associava à sua ocorrência: eliminam o período de tempo anterior à sua ocorrência e obstam ao decurso do prazo de prescrição, enquanto o respectivo processo estiver pendente ou não estiver parado por mais de um ano por facto não imputável ao contribuinte.

IV - A paragem do processo de execução fiscal em consequência de dedução de impugnação judicial, associada à prestação de garantia, não opera a transmutação do efeito interruptivo em efeito suspensivo, dado o disposto no nº 3 do art. 49º da LGT (redacção da Lei nº 100/99, de 26/6).

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14 - Impugnação judicial - Ampliação do pedido - Ampliação da causa de pedir - Facto

superveniente: - Acórdão do STA, de 2011.06.21 – Processo 030/11.

I - É admissível, em processo de impugnação judicial, a ampliação do pedido e da causa de pedir, nos termos do disposto no artigo 63.º do CPTA, ex vi do artigo 2.º, alínea e) do CPPT, sempre que se verifiquem factos supervenientes para o impugnante que lhe proporcionem a tomada de conhecimento de vícios de que não podia conhecer no momento da apresentação da petição inicial, assim permitindo ao impugnante invocar novos factos ou imputar novos vícios ao acto impugnado.

II - É o que sucede quando a AT, já na pendência da impugnação, emitiu demonstração de acerto de contas e nova liquidação, na sequência de reclamação graciosa apresentada pelo impugnante.

Referências

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