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Paraná se destaca no cenário brasileiro de sistemas de segurança eletrônica

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A criação do Sindicato das Em-presas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Paraná (Siese-PR) foi fomentada pela Associação Bra-sileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), assim como a das demais entidades sindicais já constituídas em todo o País, com o objetivo de defender os interesses da categoria.

Mas o caminho não foi fácil. Os esforços se iniciaram em 2002 e, só em dezembro de 2005, o Siese-PR obteve a homologação perante o Ministério do Trabalho e Emprego. Atualmente, a entidade conta com sede exclusiva para o desenvolvi-mento de suas atividades e já ho-mologou duas convenções coletivas de trabalho.

À frente do Sindicato está um de seus fundadores, Rogério Reis, que ocupa a presidência pela segun-da vez consecutiva. Empresário do seguimento de sistemas eletrônicos de segurança há 20 anos, é graduado em direito e possui MBA em gestão empresarial pela FAE – Business

School. Também é o atual diretor de

marketing da Abese.

Nesta entrevista concedida à re-vista Security, Reis fala do trabalho da entidade no Estado do Paraná, um dos mercados de segurança mais pu-jantes do País.

Paraná se destaca no cenário brasileiro

de sistemas de segurança eletrônica

CRESCIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO SUL IMPULSIONA MERCADO PARANAENSE

POR ADRIANE DO VALE | redacao@cipanet.com.br FOTOS DIVULGAÇÃO

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SECURITY: Que avaliação o senhor

faz da segurança eletrônica no Es-tado do Paraná?

REIS: A segurança eletrônica no

Para-ná, assim como no Brasil como um todo, ainda é uma atividade jovem. As primeiras empresas a ofertarem sistemas eletrônicos de segurança no Estado possuem pouco mais de 20 anos, ou seja, o setor está prati-camente começando. Mas, por outro lado, o grande avanço dos meios de comunicação e a facilidade de os empresários e profissionais em aces-sar novas tecnologias fazem com que avance de forma homogênea e muito rápida.

Dados divulgados mostram que o mercado de segurança eletrônica no Estado é um dos que mais cres-cem no País. Em 2008, movimen-tou R$ 250 milhões. A que se deve esse crescimento?

A região Sul é a segunda do Brasil em que o mercado de sistemas ele-trônicos de segurança mais cresce. E o Paraná, com o grande avanço da indústria na última década, princi-palmente automobilística, que trou-xe diversas outras empresas e gerou milhares de postos de trabalho, é um dos mercados mais exponen-ciais do País.

Como está estruturado o merca-do no Estamerca-do e qual o perfil das empresas?

O mercado é composto por fábricas, em que temos algumas com grande destaque no segmento; importadoras e distribuidoras, muitas destas estão passando por um processo de rea-daptação à nova realidade do Brasil,

ou seja, um País mais competitivo, dinâmico e menos informal; empre-sas de monitoramento; integradoras; e profissionais autônomos.

Quais os segmentos que mais em-pregam segurança eletrônica no Paraná?

Sem dúvida são as empresas de mo-nitoramento. Estas, em sua maior parte, comercializam produtos e prestam serviços de monitoramento, sendo responsáveis pela geração de um grande número de empregos. Há nichos de mercado a serem conquistados?

Como disse, o segmento ainda está começando. Sendo assim, é comum as empresas prestarem os serviços mais populares e com maior de-manda. Porém, temos notado que algumas estão se especializando em nichos específicos. Mas ainda exis-tem muitos outros a serem explora-dos, em que não vemos praticamente nenhuma movimentação como, por exemplo, o de monitoramento de emergências médicas, muito comum em países da Europa e nos Estados Unidos. A maior demanda está na comercialização de equipamentos de alarmes, sistemas de câmeras e na contratação de serviços de monitora-mento de alarmes.

Como o senhor avalia o profissio-nalismo das empresas paranaenses que atuam no setor?

Assim como em outros Estados, aqui no Paraná também há uma carência muito grande de profissionais capa-citados para ocupar as vagas que o segmento oferece. A área técnica de

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instalação e manutenção de sistemas, por exemplo, é uma das que mais so-fre com esse déficit. Por outro lado, temos dificuldades, assim como em qualquer outro setor, de conscienti-zar o empresário sobre a necessidade de se manter informado e atualiza-do. Mas temos notado um aumento no número de empresários que estão preocupados em estar alinhados com as boas práticas de gestão.

Qual o trabalho desenvolvido pelo Siese-PR em prol do setor?

O Siese-PR está em sua segunda

ges-tão, ou seja, em seu quarto ano após ter obtido a carta Sindical do Minis-tério do Trabalho e Emprego. Por-tanto, se o setor é jovem, o Sindicato ainda é um “bebê recém-nascido” e temos muito a fazer. O Siese-PR foi fundado para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses do seg-mento de sistemas eletrônicos de se-gurança do Estado e é isso que temos feito. A diretoria é composta por em-presários, ou seja, pessoas que sen-tem na pele a necessidade de ações concretas que fortaleçam, profissio-nalizem e defendam suas atividades empresariais.

Que ações realizadas pela entidade o senhor cita como fundamentais para o desenvolvimento do setor no Estado?

Entre as ações que conseguimos rea-lizar nesses quatro anos, destaco quatro iniciativas ou conjunto de ações que estão sendo fundamentais para o desenvolvimento e profissio-nalização do setor. São elas: Convenções Coletivas de Traba-lho – O Siese-PR após seu reconhe-cimento por parte do Ministério do Trabalho e Emprego já firmou três Convenções Coletivas de Trabalho em conjunto com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Pres-tação de Serviços a Terceiros, Co-locação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e de Entrega de Avisos no Estado do Paraná (Sineepres), que representa os empregados do setor. As convenções coletivas têm bene-ficiado os empresários do segmento, definindo claramente as atividades desenvolvidas por seus funcionários, que muitas vezes eram confundidas com outras, o que gerava, em muitos casos, perdas financeiras em indeni-zações trabalhistas. Além disso, as convenções também têm beneficiado milhares de pessoas, empregadas em empresas do setor, que dependem de seus salários e benefícios para sus-tentar suas famílias.

Encontros anuais – Temos reali-zado anualmente encontros com o objetivo de reunir os empresários e profissionais do setor, debater e tro-car informações relevantes para o desenvolvimento da atividade de sis-temas eletrônicos de segurança, em que trazemos palestrantes para abor-darem assuntos de relevância. Já rea-lizamos dois encontros em Curitiba,

“O Siese-PR foi fundado para fins de

estudo, defesa e coordenação dos

interesses do segmento de sistemas

eletrônicos de segurança do Estado e é

isso que temos feito ”

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com o objetivo de ganhar ainda mais proximidade com os empresários de todo o Estado. Em 2009, realizamos o encontro em Foz do Iguaçu e, em 2010, possivelmente em Maringá. Cursos de capacitação profissional – Como destaquei anteriormente, temos um grande déficit de profis-sionais para assumir atividades re-levantes no setor, e na tentativa de reverter este quadro foi definido pela atual diretoria como uma das ações desta gestão a criação de conteúdos para que empresas privadas ou ins-tituições públicas de ensino pudes-sem disponibilizar ao mercado cursos profissionalizantes. Recentemente, ti-vemos a grande satisfação de conse-guir com que o Senac-PR comprasse a ideia. Portanto, a partir de 2010, esta entidade passará a oferecer em

sua grade o primeiro curso profis-sionalizante de monitor interno de alarmes, um dos muitos cursos que o segmento precisa. Trata-se de um pequeno passo, mas sem dúvida é o primeiro de muitos.

Defesa do segmento – Uma das mui-tas atribuições de um sindicato é a defesa de seu segmento, e comumen-te a atividade de siscomumen-temas eletrônicos de segurança tem sido confundida com a de vigilância privada, coisas totalmente distintas. A vigilância pri-vada é regulada pela Lei 7.102/83 e tem suas ações muito bem definidas, além de depender da autorização do Departamento de Polícia Federal para funcionamento. As atividades de sistemas eletrônicos de segurança não estão subordinadas aos ditames da respectiva Lei e tampouco

depen-dem de autorização do Departamen-to de Polícia Federal para funcionar. Portanto, temos nos empenhado ao máximo para esclarecer ao mercado, aos consumidores e muitas vezes aos empresários de ambos os segmentos que são atividades diferentes, mas, sem sombra de dúvidas, conexas. Na opinião do senhor, a atividade de sistemas eletrônicos de seguran-ça deve ser regulamentada por lei? Reconhecemos que, por se tratar de uma atividade que possui grande participação na prevenção de crimes e que complementa e auxilia ações desenvolvidas pelo Estado no com-bate à criminalidade, não pode ficar sem um regulamento legislativo que defina claramente critérios técnicos

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para as empresas que atuam no seg-mento, e, para isso, participamos da criação e apoiamos o Projeto de Lei 1.759/07, idealizado pela Abese e defendido pelo deputado Michel Te-mer no Congresso Nacional. Qual a principal dificuldade do se-tor no Paraná, se comparado aos outros Estados?

Não acredito que temos dificulda-des diferentes das encontradas nos demais Estados, ao contrário, penso que nossos obstáculos são menores do que os de muitas outras regiões. O Paraná tem uma posição geográ-fica muito favorável, estamos a uma hora de vôo de São Paulo, maior mercado de segurança eletrônica do País, temos um porto e um ae-roporto internacional que facilitam nossas importações, temos grandes cidades espalhadas pelo interior de forma muito bem distribuída, além de uma capital considerada como uma das melhores cidades do mun-do para se viver, fatores estes que sem dúvida nos beneficiam muito. Quais as perspectivas de cresci-mento do setor no Paraná para os próximos anos?

O segmento de segurança eletrônica tem crescido no País como um todo, em média 13% ao ano na última dé-cada. Portanto, o segmento de se-gurança eletrônica está em situação muito vantajosa e não vemos nada que possa alterar esse cenário para os próximos anos, muito pelo contrário, temos muitos fatores que nos deixam ainda mais otimistas, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que sem dúvida demandarão muitos pro-jetos e soluções desse setor.

Existe algum tipo de parceria entre o Siese-PR e a segurança pública do Estado? Em que nível?

Parceria oficial não. Porém, não po-demos deixar de ressaltar que exis-te, sim, uma parceria involuntária e

incondicional, no sentido de que os sistemas eletrônicos de segurança reduzem drasticamente a ação de criminosos. Por exemplo: os siste-mas de alarmes instalados em resi-dências e empresas fazem com que tentativas de furto sejam frustradas, a instalação de sistemas de câmeras em empresas é a melhor alternati-va de custo-benefício para reduzir assaltos, a utilização de sistemas de monitoramento público urba-no com câmeras é um destaque na diminuição da violência em locais públicos, e não podemos deixar de ressaltar o papel das empresas de monitoramento de alarmes na redu-ção de atendimentos policiais des-necessários, pois ao realizarem suas vistorias somente comunicam aos órgãos públicos ocorrências reais, evitando diariamente milhares de atendimentos por parte da Polícia. Mas um convênio oficial com dire-trizes e regras bem definidas bene-ficiaria em muito tanto o segmen-to quansegmen-to os órgãos envolvidos da segurança pública, com benefícios para a população.

Deixamos espaço para suas consi-derações finais.

Recentemente, por uma iniciativa da Abese e com o apoio dos Sieses, foi fundada a Federação Nacional de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Fenabese), entidade que atuará em âmbito nacional e deverá consolidar as ações, hoje, realizadas pelos sin-dicatos em cada Estado. Portanto, este é sem dúvidas um dos mais im-portantes passos dados nos últimos anos no caminho da consolidação, regulamentação e representatividade do segmento de sistemas eletrônicos de segurança.

“... foi fundada

a Federação

Nacional de

Sistemas

Eletrônicos

de Segurança

(Fenabese),

entidade

que atuará

em âmbito

nacional...”

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