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DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Academic year: 2021

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DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. TÍTULO DO PROGRAMA As Histórias do Senhor Urso.

2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S) “A Calça do Ursinho”.

3. SINOPSE DO EPISÓDIO ESPECÍFICO

Ao despertar pela manhã, o ursinho descobre que sua calça laranja não está no local em que havia deixado. Ele sai à procura da calça e descobre que o camelo a estava usando para aquecer suas corcovas. Quando encontra o camelo, descobre que ele entregou a calça ao marinheiro para servir de vela em um barco. Ao encontrar o marinheiro, fica sabendo que este já não está com a calça. Com quem estará a calça do ursinho? A aventura segue até que ele finalmente possa recuperar o objeto perdido.

4. PALAVRAS-CHAVE

Calça, animais, colaboração, criatividade, criação, uso/empréstimo, cuidado.

5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO

A situação-problema que desencadeia a história é a seguinte: onde foi parar a calça do ursinho? Os brinquedos experimentam a calça, conferindo-lhe diferentes funções. A importância da imaginação como recurso para as brincadeiras de faz de conta e o cuidado com os objetos pessoais são temas dessa divertida e misteriosa história. [Ver referencial teórico]

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6. TÍTULO DO PROJETO / ATIVIDADE Era uma vez... Uma calça! Uma calça?

7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? As sugestões apresentadas a seguir enfatizam o trabalho pedagógico direcionado a crianças com idade entre dois e três anos. No entanto, o tema desta proposta pedagógica, que se desdobra em algumas possibilidades de atividades a seguir sugeridas, pode ser adaptado a crianças com idade entre dois e seis anos, observando-se particularidades, como a fase do desenvolvimento de cada criança, o contexto social em que está inserida e as características de cada grupo. O(A) professor(a) pode adequar as atividades a essas particularidades.

8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS

Identidade e autonomia, conceitos relacionados ao eixo “Formação pessoal e social” (RCNEI, 1998, v. 2) e aos princípios éticos (DCNEI, 2009).

Linguagem oral (parlendas) que corresponde ao eixo “Conhecimento de mundo” (RCNEI, 1998, v. 3). [Ver referencial teórico]

9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE

Desenvolver noções de identidade e autonomia. Conhecer valores éticos, como cooperação e partilha. Aprimorar o potencial imaginativo.

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10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 2.º momento: história gravada e aparelho para reproduzi-la.

3.º momento: caixa com diferentes objetos, dentre eles uma calça, cartolina e pincel atômico para elaborar o registro.

4.º momento: parlenda Cadê o toucinho?, figuras dos elementos descritos na parlenda (toucinho, gato, mato, fogo, etc.), cartolina, pincel atômico e cola.

11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE

O tempo dispensado a essa atividade será de 1 hora e 30 minutos, sendo que cada etapa terá seu tempo especificado na descrição da mesma. Vale lembrar que é preciso ter uma relação qualitativa com o tempo, organizando cada momento com uma duração que permita toda sua organização/elaboração, experiência e reorganização. É preciso considerar também a repetição como importante elemento na experiência das crianças menores de seis anos.

12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1.º momento: mobilização

Nessa etapa, sugere-se instigar a curiosidade das crianças em relação ao vídeo que irão assistir. Conta-se a sinopse do episódio, convidando as crianças a descobrir onde foi parar a calça do ursinho. Essa etapa pode durar aproximadamente 10 minutos.

2.º momento: vídeo

Apresenta-se o vídeo “A Calça do Ursinho” às crianças. Essa etapa será de aproximadamente 20 minutos. O episódio dura 10 minutos, mas é preciso considerar o deslocamento (se o vídeo for assistido fora da sala de referência do grupo) e acomodação das crianças.

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3.º momento: problematização

Sugere-se iniciar o momento com uma questão norteadora: para que servem as coisas? O(A) professor(a) pode levar uma caixa com diferentes objetos e à medida que vai retirando-os da caixa, questiona as crianças sobre o nome e função de cada um. De acordo com o discurso das crianças, pode-se perceber que para alguns objetos foram atribuídas funções semelhantes (um lápis, por exemplo, pode ser usado para desenhar e/ou escrever), já para outros foram atribuídos diferentes modos de utilização (um copo, por exemplo, pode ser utilizado para beber água ou suco, brincar com água, colocar flores, usar como porta-lápis, etc.). Por último, o(a) professor(a) tira uma calça da caixa e convida as crianças a descobrir quais foram os usos dados pelos personagens da história àquele objeto.

Depois que o vídeo for assistido, pode-se retomar cada etapa da história, fazendo com que as crianças rememorem cada função atribuída à calça pelos diferentes personagens. Pode ser feito um registro escrito pelo(a) professor(a), complementado com o desenho das crianças. É importante que o registro, tenha informações principais, como nomes dos personagens e como brincaram com a calça. Vale lembrar que registros muito extensos não chamam atenção das crianças para palavras-chave. A temática do cuidado com os objetos pessoais também pode ser abordada, fazendo o seguinte questionamento às crianças: Se o ursinho tivesse guardado sua calça no lugar adequado, ela teria passado de mão em mão? Sugere-se conversar com as crianças sobre a importância de manter os objetos em local adequado, oferecendo alguns exemplos: se deixarmos bonecas e bichinhos de pano ou pelúcia, jogos de tabuleiro (exemplificar com brinquedos que tenham ao alcance) no parque depois da brincadeira, eles podem molhar, sujar de areia e terão que ficar fora de uso até que estejam secos e limpos, prontos para usar novamente. Se brinquedos ficarem pelo chão e forem pisoteados, podem ser quebrados. Essa

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etapa poderá durar aproximadamente 30 minutos.

4.º momento: brincando de parlenda

Desafiar as crianças a repetir a parlenda Cadê o toucinho?, que, de maneira semelhante à história, apresenta uma sequência que deve ser retomada pela memória. Para que as crianças memorizem cada sequência, o(a) professor(a) pode usar figuras para ilustrar as passagens. Pode-se explorá-la oralmente com o suporte da imagem e, em um segundo momento, usar as imagens para fazer o registro escrito da parlenda e afixá-la na parede da sala. Dessa forma, as crianças irão associar nomes às imagens, construindo progressivamente os conceitos referentes. Pode-se fazer a variação com os elementos da história: Cadê a calça que estava aqui? O camelo pegou para aquecer as corcovas... O tempo dessa etapa pode variar entre 15 e 20 minutos.

Cadê o toucinho?

Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu.

Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi?

Está amassando trigo. Cadê o trigo?

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Cadê o pão? O padre comeu. Cadê o padre? Tá rezando a missa. Cadê a missa? Subiu pro céu.

13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE

Para avaliar a atividade, o(a) professor(a) poderá lançar mão de registros escritos, fotográficos ou fílmicos. O registro escrito pode ser uma descrição do processo experimentado com o grupo (como a proposta foi apresentada às crianças, qual a reação e envolvimento de cada uma, anotando suas falas com o máximo de fidedignidade).

Pode-se também utilizar o registro coletivo elaborado no 3.º momento, em que os aspectos acima mencionados também serão relatados, mas, dessa vez, sob o ponto de vista das crianças.

O registro realizado no 4.º momento também pode ser retomado para que o(a) professor(a) avalie como foi a interação das crianças ao realizar a atividade proposta.

É importante considerar essa atividade na relação com o Projeto Político Pedagógico, os documentos regionais e nacionais de referência para organização e avaliação da prática pedagógica. Tomar como referência a fase de desenvolvimento em que o grupo se encontra.

14. DISCUSSÕES TEÓRICAS

Sobre o conceito de imaginação e sua dimensão criativa (não apenas imitativa ou reprodutiva), a leitura de Vigotski é fundamental. Segundo o autor, o brinquedo “é muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente ocorreu do que imaginação” (Vigotski, 1984, p. 117). O conteúdo e a sequência da ação

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deve, obrigatoriamente, corresponder à situação real (mesmo que as combinações de elementos sejam fantasiosas, irreais).

Portanto, é fundamental diversificar as experiências e ampliar as possibilidades de interação para que a criança amplie seu repertório de conhecimento. Cabe ao(à) professor(a) selecionar cuidadosa e intencionalmente o conhecimento que será apresentado às crianças, privilegiando as situações imaginárias, componente indispensável à brincadeira infantil, possibilitando a apropriação do mundo social.

Em Imaginação e criação na infância, o autor assinala que todo produto da atividade humana é “imaginação cristalizada” (imaginação como construção erigida na mente). É, portanto, ao mesmo tempo, um produto individual e coletivo (emerge das relações sociais). Nesse sentido, para que as crianças construam enredos e experimentem diversos gêneros literários, precisam gradativamente ter acesso a um amplo repertório musical.

É importante destacar que, por meio da imaginação, a criança é capaz de atribuir às coisas significados e funções diferentes dos atribuídos usualmente.

15. SUGESTÕES DE LEITURA

ABROMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1993.

BETTLLHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v. 1, 2 e 3. Brasília, 1998.

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______. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução n. 5, de 17/12/2009.

FACCI, M. G. D. A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de Leontiev, Elkonin e Vigotski. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010132622004000100005&script=sci_ar ttext>. Acesso em: 31/10/2011.

PAMPLONA, Rosane; NÓBREGA, Maria José. Salada, saladinha: parlendas. Moderna, 2005. (Panela do Mingau)

PRIETO, Heloisa. O jogo da parlenda. Companhia das Letrinhas, 2005.

VIGOTSKI, L.S. Sobre a questão da dinâmica do caráter infantil. Revista da Faculdade de Educação, Brasília, v. 12, n. 23, p. 279-291, jul./dez., 2006. Disponível em: <www.fe.unb.br/linhascriticas/linhascriticas/n23/sobre_a.html>. Acesso em: 31/10/2011.

______. A brincadeira e seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista de Gestão de Iniciativas Sociais, Rio de Janeiro, n. 11, jun., 2008. Disponível em: <http://www.ltds.ufrj.br/gis/anteriores/rvgis11.pdf>. Acesso em: 31/10/2011.

16. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v. 1, 2 e 3. Brasília, 1998.

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Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução n. 5, de 17/12/2009.

FACCI, M. G. D. A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de Leontiev, Elkonin e Vigotski. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010132622004000100005&script=sci_ar ttext>. Acesso em: 31/10/2011.

VIGOTSKI, L.S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009. 17. CONSULTORIA

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