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BOLETIM INFORMATIVO
RADIODIFUSÃO
Matérias de especial interesse • Radiodifuores e teles pedem prorrogação de consultas públicas dos 700 MHz • Congresso renova 5 outorgas e aprova 28 novas emissoras • Anatel propõe alterações em planos básicos • Emissora é multada em R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada As 3 principais associações representativas do setor deradiodifusão (Abert, Abra e Abratel) apresentaram à Anatel, no último dia 21, ofício conjunto solicitando a prorrogação do prazo para
contribuições às consultas públicas nºs 18 e 19, que são requisitos para o leilão da chamada faixa dos 700 MHz, previsto para ocorrer, a princípio, no próximo mês de agosto.
Para as citadas entidades, “tendo em conta que os relatórios finalizados de interferência e de convivência do LTE na faixa de 700MHZ foram
divulgados, apenas, na data de abertura das contribuições às Consultas Públicas, demandar-se-à um tempo maior para análise e estudo do assunto, que por si já é de extrema complexidade”.
Atualmente, a chamada faixa dos 700 MHz é utilizada pelas emissoras de televisão com tecnologia analógica, mas após o leilão servirá para as empresas de telecomunicações expandirem serviços como telefonia móvel e internet banda larga utilizando tecnologia 4G (LTE). Aliás, as principais beneficiárias da realização do leilão – as operadoras de telefonia – também se
manifestaram, por intermédio do SindiTelebrasil, pelo adiamento do término das consultas públicas. Segundo o SindiTelebrasil, o regulamento de mitigação deve preceder ao edital e é fundamental que seja conhecido antecipadamente o cronograma de desligamento da televisão analógica.
Radiodifusores e teles pedem prorrogação de
consultas públicas dos 700 MHz
Apesar da manifestação de radiodifusores e teles, o
superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, José Alexandre Bicalho, afirmou, durante audiência publicada realizada sobre o tema na última segunda-feira, que “o cronograma com que nós estamos trabalhando hoje não prevê postergar as consultas públicas”, mas ressaltou que “esse é o cronograma que temos hoje, mas já aconteceu do Conselho Diretor prorrogar”.
Nesta mesma audiência pública, pela primeira vez um técnico da Anatel reconheceu que em determinados casos o usuário poderá ser obrigado a optar entre assistir televisão ou usar a tecnologia 4G: “eventualmente, você vai ter que escolher se vai usar o seu celular ou assistir à TV. Se você tiver recebendo sinal ruim de celular, o seu smartphone vai aumentar a potência dele e isso pode saturar a sua antena com booster”, afirmou Augustinho Linhares, um dos coordenadores dos testes de interferência da própria Agência Nacional de
Telecomunicações.
Embora ainda não tenha decidido pela prorrogação do prazo das consultas públicas nºs 18 e 19, vale destacar que no último dia 21 o Conselho Diretor da Anatel decidiu por ampliar o prazo para envio de contribuições à Consulta Pública nº 15, atendendo a pedido do próprio SindiTelebrasil, por entender que “favorece a
transparência do processo de
elaboração normativa da Agência, não traz prejuízo a terceiros e pode, inclusive, contribuir na construção de um documento aprimorado”.
Já o presidente da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), Rodrigo Lucena, argumentou que os recursos
arrecadados com a CFRP não serão suficientes e “que é preciso discutir formas alternativas, inteligentes, quebrar alguns preconceitos com relação aos apoios culturais e às formas de patrocínio”, devendo ser possibilitado que “emissoras
comunitárias divulguem anúncios de pequenos comerciantes locais”. A audiência pública em questão foi realizada em atenção a requerimento realizado pela deputada Luiza Erundina (PSB/SP). “A liberação de mais de R$ 300 milhões arrecadados a título da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP) que, segundo a Lei nº 11.652, deverão ser destinados, em sua quase totalidade, ao financiamento da própria EBC.”
Audiência pública debate financiamento de
emissoras públicas
Audiência pública realizada na terça-feira (20) na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática da Câmara dos Deputados tratou de discutir alternativas de financiamento para rádios e televisões públicas. O diretor-geral de Conteúdo e Programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Eduardo Castro, destacou a liberação de mais de R$ 300 milhões arrecadados a título da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP) que, segundo a Lei nº 11.652, deverão ser destinados, em sua quase totalidade, ao financiamento da própria EBC.
Congresso renova 5 outorgas e aprova 28 novas
emissoras de radiodifusão
O Diário Oficial da União do último dia 20 trouxe 33 decretos legislativos versando sobre outorgas de serviços de radiodifusão.
Com isso, nos 5 primeiros meses de 2014, foram 148 decretos legislativos ratificando novas outorgas ou
renovações de emissoras de rádio e de televisão.
Como de costume, também nesta semana, a imensa maioria dos decretos publicados aprova novas autorizações para execução do serviço de radiodifusão comunitária – 23 ao todo, sendo 5 apenas no estado de Goiás, mais precisamente para as cidades de Amaralina, Castelândia, Niquelândia e Taquaral de Goiás, além da capital Goiânia Bahia (3), Ceará (2), Minas Gerais (2), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (2), São Paulo (2), Tocantins (2), Maranhão, Pernambuco e Piauí
foram os outros estados contemplados com novas emissoras comunitárias. Outros 5 decretos legislativos aprovaram permissões para a execução do serviço de radiodifusão sonora, sendo 4 em frequência modulada e 1 em onda média, esta última para a MCC – Participações Ltda. em Uberaba (MG).
As novas emissoras em frequência modulada foram aprovadas para os municípios de Alto do Rodrigues (RN), Angatuba (SP), Magalhães Barata (PA) e Paula Cândido (MG).
Por fim, 5 emissoras tiveram suas outorgas renovadas, sendo,
novamente, 4 em frequência modulada – nas localidades de Marialva (PR), Porto Velho (RO), São José do Rio Preto (SP) e Xanxerê (SC) – e 1 em onda média – a Emissora de Educação Rural Santarém Ltda., localidade no município paraense homônimo.
Ministério das Comunicações leva mutirão de
RTVs ao Paraná
Neste próximo dia 27, os interessados em executar o serviço de
retransmissão de televisão em qualquer município do Paraná deverão comparecer à Unidade Operacional da Anatel em Curitiba no horário compreendido entre 9h e 12h ou entre 13h e 18h, munidos do requerimento constante da Portaria nº 282 acompanhado da documentação exigida no mesmo diploma legal. Na oportunidade, o Ministério das Comunicações estará realizando mutirão para regularizar a situação das estações retransmissoras de televisão em funcionamento sem a devida autorização no estado.
“É suficiente que a entidade formalize o interesse junto ao Ministério das Comunicações e, estando a documentação correta e havendo canal disponível no espectro, o pedido é autorizado em curto espaço de tempo.”
Se não for possível atender a todos os interessados na terça, serão distribuídas senhas para o
comparecimento nos dias seguintes. O processo para autorização das RTVs secundárias e em tecnologia analógica é bastante simples e prescinde da publicação de aviso de habilitação.
No caso, é suficiente que a entidade formalize o interesse junto ao Ministério das Comunicações e, estando a documentação correta e havendo canal disponível no espectro, o pedido é autorizado em curto espaço de tempo.
Anatel propõe alterações em planos básicos
Até o próximo dia 20 de junho, a Agência Nacional de
Telecomunicações estará recebendo contribuições à Consulta Pública nº 20, publicada no D.O.U. da última terça-feira, propondo alterações ao PBFM, PBTV, PBRTV e PBTVD. Dentre outros aspectos, almeja a Anatel contribuições contemplando: “a) uso racional e econômico do espectro de frequências, inclusive pela utilização da potência mínima necessária para assegurar,
economicamente, um serviço de boa qualidade à área a que se destina; b) o impacto econômico da alteração proposta; c) condições específicas de propagação.”
No tocante ao Plano Básico de Distribuição de Canais de
Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada (PBFM), são propostas alterações nas características técnicas de canais em Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e, especialmente, no Paraná, onde são afetados os canais 201 de
Paranacity, 203 de Candói e Inajá, 209 de Ortigueira, 221 de
Guarapuava, 248 de Pato Branco e
295 de Pranchita.
No PBTV (Plano Básico de
Distribuição de Canais de Televisão em VHF e UHF), há uma única proposta de alteração, para
comentários públicos, envolvendo o canal 4- em Bauru (SP).
Já a proposta de alteração do PBRTV (Plano Básico de Distribuição de Canais de Retransmissão de Televisão em VHF e UHF) envolve localidades dos estados do Acre (Rio Branco), Bahia (Camacan, Campo Formoso, Caravelas, Cristópolis, Feira de Santana, Piripá e Uauá), Ceará (Uruburetama), Mato Grosso (Apiacás), Pará (Breves e Tucuruí), Paraná (Paranaguá), Rio de Janeiro (Nova Friburgo) e São Paulo (Piracicaba).
Por fim, do PBTVD, a Anatel propõe a exclusão do canal 31 de Rio Branco (AC) e alteração de características técnicas do 22 de Camacan (BA). A íntegra da Consulta Pública nº 20 pode ser solicitada pelo endereço eletrônico
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) aplicou multa de R$ 20 mil à emissora de televisão por propaganda eleitoral antecipada por considerar que, durante programa de entrevistas, provável candidato a governador se colocou como o mais apto ao cargo. A condenação é resultado de ação proposta pelo Ministério Público Eleitoral e para os magistrados ficou caracterizada a tentativa de
desequilibrar a disputa eleitoral, “tendo em vista que não fora concedido aos demais possíveis candidatos a mesma possibilidade de acesso ou o mesmo tempo no referido programa”.
Emissora é multada em R$ 20 mil por propaganda
eleitoral antecipada
“Além da multa de R$ 20 mil aplicada à emissora de radiodifusão, o possível candidato e entrevistado foi multado em R$ 5 mil.”“
A simples divulgação da imagem e voz da menina sem autorização seria suficiente para caracterizar o dano moral, independentemente mesmo de prova, pois decorreria diretamente da violação ao atributo da personalidade.”
Além da multa de R$ 20 mil aplicada à emissora de radiodifusão, o possível candidato e entrevistado foi multado em R$ 5 mil.
Vale lembrar que, de acordo com a jurisprudência da Justiça Eleitoral, a propaganda eleitoral resta
configurada quando se leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, a ação política ou as razões que levem a inferir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública e a sua prática é punida com multa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil ou o
equivalente ao custo da propaganda.
Justiça determina que emissora indenize menor
por entrevista sem autorização
Emissora de televisão foi condenada a indenizar uma menor de idade pela 2ª Vara Cível de Campo Grande (MS) na quantia de R$ 7 mil em razão da veiculação de imagens sem a
autorização de sua representante legal. A menor de idade em questão foi agredida por seu pai em 2012 e teve a cena gravada por um vizinho, que encaminhou o vídeo à autoridade policial.
Posteriormente, a filmagem da agressão foi divulgada pela emissora de televisão e acabou gerando grande repercussão.
Quando a avó – representante legal da menina – foi depor na delegacia, a menor foi abordada pelos repórteres da emissora e concedeu entrevista, que foi levada ao ar sem autorização.
Para a avó, a divulgação da entrevista causou danos morais, tendo violado a imagem da menor.
Em sua defesa, a emissora alegou que a exibição da entrevista não teria causado qualquer dano à imagem da menor, pois não seria sequer
possível identificá-la nas imagens ou na narrativa dos fatos.
Entretanto, o juiz substituto Idail de Toni Filho entendeu que a simples divulgação da imagem e voz da menina sem autorização seria suficiente para caracterizar o dano moral, independentemente mesmo de prova, pois decorreria diretamente da violação ao atributo da
personalidade.
Ainda segundo a decisão, a emissora não teria autorização formal da responsável legal pela menor para divulgação da entrevista e sim uma mera autorização da autoridade policial quando a menor se
encontrava na delegacia e sem sua representante legal, o que não seria suficiente para eximir sua