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Materiais didáticos: como avaliar, utilizar e (re)elaborar

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Academic year: 2021

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(1)

Tatyana Mabel Nobre Barbosa

Claudianny Amorim Noronha

Estágio Supervisionado

D I S C I P L I N A

Módulo de orientação

Autoras

Materiais didáticos:

como avaliar, utilizar e (re)elaborar

(2)

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede” Governo Federal

Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Educação

Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEED

Carlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Reitor

José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora

Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância

Vera Lúcia do Amaral

Secretaria de Educação a Distância- SEDIS

Coordenadora da Produção dos Materiais

Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de Edição

Ary Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi co

Ivana Lima

Revisores de Estrutura e Linguagem

Janio Gustavo Barbosa Eugenio Tavares Borges Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisora das Normas da ABNT

Verônica Pinheiro da Silva

Revisoras de Língua Portuguesa

Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara

Revisor Técnico

Leonardo Chagas da Silva

Revisora Tipográfi ca Nouraide Queiroz Ilustradora Carolina Costa Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa Diagramadores

Bruno de Souza Melo Ivana Lima Johann Jean Evangelista de Melo Mariana Araújo de Brito

Adaptação para Módulo Matemático

Joacy Guilherme de A. F. Filho

Imagens Utilizadas

Banco de Imagens Sedis

(Secretaria de Educação a Distância) - UFRN Fotografi as - Adauto Harley Stock.XCHG - www.sxc.hu

Barbosa, Tatyana Mabel Nobre.

Estágio supervisionado interdisciplinar / Tatyana Mabel Nobre Barbosa, Claudianny Amorim Noronha. – Natal, RN: SEDIS, 2008. 11v

224 p.

1. Estágio supervisionado. 2. Formação de professores. 3. Educação. I. Noronha, Claudianny Amorim. II. Título.

(3)

1

2

3

Apresentação

C

om o que trabalhar? Quais materiais poderei utilizar? Como é o livro didático adotado na escola? Essas são questões que, certamente, você fará logo que iniciar o Estágio Supervisionado. Para muitos estagiários, a realidade comum de limitações materiais das escolas públicas, sejam estaduais ou municipais, pode ser uma difi culdade para as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula.

Por outro lado, perguntamos: será que você está explorando o livro didático em todas as suas potencialidades? Será que não há recursos de fácil acesso que possam ser utilizados como instrumentos para o ensino-aprendizagem de um dado conteúdo?

Assim, neste módulo, procuraremos orientá-lo a analisar, selecionar e produzir materiais didáticos. Primeiramente, discutiremos quais os parâmetros importantes para a análise do livro didático e, ao mesmo tempo, analisaremos a necessidade de sua descentralização no contexto escolar, principalmente, em atenção às demandas recentes da ciência e das novas tecnologias da informação e comunicação. Orientaremos, nesse sentido, a análise e utilização de materiais didáticos (ou não-didáticos com fi nalidades educacionais), considerando pontos fundamentais para seu planejamento.

Conteúdos

Análise do livro didático.

Parâmetros para análise, seleção e produção de materiais didáticos.

Considerações essenciais sobre os materiais didáticos para elaboração do seu planejamento de ensino.

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O que dizem alguns professores:

“eu uso porque é a única fonte de material que nós temos”;

“o livro é muito bom, mas é preciso ajustar a nossa realidade”;

“eu acho o livro muito ruim, não explora os conteúdos como deveria”; “o processo de seleção do livro na nossa escola não ocorreu a contento. Como professores, não fomos escutados”.

O que dizem alguns alunos:

“os professores nem usam. Passam a aula toda copiando e só marcam a atividade para fazermos em casa”; “eu uso antes da prova, para estudar o conteúdo”;

“acho difícil entender a matéria, estudando pelo LD”.

O que diz a direção/equipe pedagógica:

“foi difícil selecionar um livro didático bom. Os professores ainda buscam livros muito tradicionais”;

“se chegar o final do ano e não tiver se ‘batido capa à capa’ do livro didático os pais reclamam”;

“é difícil conseguir que os alunos tragam o livro. Dão mil desculpas”; “os livros que pedimos ao MEC não vieram”.

O que você tem a dizer?

Como vê o uso do livro didático na escola em que está estagiando?

O que professores, alunos e direção/equipe pedagógica pensam sobre a escolha e usos do livro didático da sua área de ensino?

Outros materiais (paradidáticos e/ou didatizados) são utilizados?

O que dizer sobre o livro didático

Na escola, você, certamente, encontrará diferentes opiniões sobre o uso do livro didático (LD) entre os professores, direção e alunos. Algumas falas a seguir podem coincidir com aquelas ouvidas por você na escola em que está estagiando. Observe.

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Como vemos, por meio dos discursos que circulam em torno do livro didático, é possível identifi car diferentes concepções quanto ao seu uso e importância para o contexto escolar. As falas ilustram alguns consensos e divergências entre os sujeitos, mas não são completamente excludentes, pois temos aqui a clareza de que se, de um lado, a presença do livro didático na escola é para professores e alunos a fonte principal de estudos, de outro, é questionável o caráter dominante que assumiu. Se seu aspecto homogeneizador concede um mesmo tratamento didático aos conteúdos, sem considerar as especifi cidades de cada aluno, pode, justamente por isso, ser razão de grande empenho dos professores para não tornar prescritivo o trabalho de sala de aula. Se de um lado, argumenta-se que o uso do livro didático faz do professor um transmissor de um conhecimento do qual ele não é autor, de outro, suprimi-lo exigiria profi ssionais autônomos, críticos e capazes de produzir seus materiais didáticos em consonância com sua realidade escolar e com as diretrizes institucionais de ensino.

Você sabia?

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é desenvolvido pelo Ministério da Educação e tem como objetivo avaliar as coleções didáticas encaminhadas pelas editoras para pleitearem sua aquisição pelo MEC e distribuição nas escolas públicas. Cada escola participa desse processo nas seguintes etapas: 1) escolha

do livro didático, a partir daqueles aprovados previamente pelo MEC. A escolha

tem vigência de três anos; 2) indicação de duas opções de livros. Às vezes, o MEC não consegue negociar com a editora o livro que sua escola escolheu. Por isso, as escolas indicam duas opções (de livros que, preferencialmente, sejam de editoras diferentes); 3) consulta à “reserva técnica”. Por alguma razão, o livro pode ter chegado em quantidade insufi ciente. Por isso, antes do planejamento é sempre bom consultar àqueles mais votados no seu Estado, pois são eles que constituem a “reserva técnica” do MEC e serão encaminhados para sua escola na falta dos livros pedidos; 4) preencher o formulário corretamente e encaminhar o pedido. (BRASIL, 2007a).

Desse modo, o livro didático, especialmente na escola pública em que sua distribuição é gratuita, merece uma discussão profunda. Seus usos, seleção e acompanhamento dos programas institucionais de apreciação das coleções encaminhadas para o Ministério da Educação e enviadas às escolas devem ser focos permanentes de atenção por parte de professores, direção e equipe pedagógica.

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Guia do Livro Didático

O Guia apresenta os critérios de avaliação de cada área dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e os resultados das análises dos livros didáticos. Entre no site e faça a sua pesquisa: <http://portal. mec.gov.br/seb/index.php? option=content&task=view &id=377>.

Sugestão de atividade 1

O que fazer com o livro didático

Diante do modo como o livro didático é visto e utilizado na escola em que você está estagiando, é importante pensar em critérios e estratégias para a utilização desse material:

O que dá a um livro o caráter e a qualidade didático-pedagógicos é, mais que a forma própria de organização interna, o tipo de uso que se faz dele; e os bons resultados também dependem diretamente desse uso. [...] O que pode transformá-lo [...] é o uso

adequado à situação particular de cada escola. Podemos exigir – e obter – bastante

de um livro, desde que conheçamos bem nossas necessidades e sejamos capazes de entender os limites do LD e ir além deles. (BRASIL, 2007a, p. 14, grifos dos autores).

Nesse sentido, tentaremos estabelecer, junto com você os elementos que lhe permitirão saber usar o livro didático de acordo com a sua realidade escolar, com os modos como seu professor colaborador, seu aluno e a direção/equipe técnica vêem esse material.

Analise seu livro didático

As perguntas a seguir são propostas no volume da apresentação do Guia do Livro Didático. Utilize-as, juntamente com o professor colaborador, para fazer a primeira análise do seu livro didático. Ao fi nal, você terá informações importantes para repensar seu planejamento e atuação no Estágio Supervisionado sobre o uso do livro didático.

 A seleção de conteúdos é adequada?

 A seqüência com que são apresentados obedece à progressão da aprendizagem planejada por sua escola?

 O conjunto dos conteúdos, assim como o tratamento didático dado a eles, é adequado para o seu aluno e está de acordo com o currículo?

 A linguagem é clara e precisa?

 O texto das explicações é acessível para os alunos?

 As atividades se preocupam em ajudar o aluno a entender o texto das lições?  O livro do professor contribuiu o sufi ciente para o melhor uso do material?

(7)

sua resposta

Registre suas respostas no seu diário de campo e procure refl etir em que medida a análise do livro infl uenciará no seu planejamento e nos momentos de mediação desse material em sala de aula.

Dependendo dos resultados da sua análise, certamente, alguns elementos precisarão ser repensados na sua prática, ao utilizar o livro didático. Você deve ter observado que as perguntas sugeridas pelo Guia do Livro Didático podem ser organizadas em três grandes eixos: 1) as três primeiras perguntas referem-se aos conteúdos, sua organização seqüencial e relação

aprendizagem/currículo da escola; 2) as três perguntas seguintes focalizam a legibilidade do livro didático: sua clareza e favorecimento da leitura pelo aluno; 3) a última questão

direciona-se ao manual do professor como instrumento orientador do uso do livro didático. Esses três eixos deverão não apenas nortear sua análise sobre os livros didáticos, mas serem considerados também ao se usar materiais não-didáticos com fi nalidades educativas.

Vejamos os comentários sobre as questões que devem nortear sua análise sobre o

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1)

Quanto aos conteúdos, sua organização seqüencial e relação aprendizagem/currículo da escola

Sobre esse ponto, os autores Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002), em seu livro Ensino de ciências: fundamentos e métodos, colocam que muitos livros didáticos de ciências apresentam conteúdos pouco signifi cativos.

Você poderá observar que alguns professores podem alternar as unidades de trabalho propostas no livro. É possível observar também que, de acordo com suas concepções de ensino ou de afi nidade com dados conteúdos, os professores podem suprimir do seu planejamento uma ou outra unidade do livro didático. Nesse sentido, Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002) fazem várias propostas para o ensino de ciências. Os autores colocam, por exemplo, a possibilidade de trabalho com a poluição ou a AIDS como temas. E, além disso, relatam experiências de professores.

2)

A legibilidade do livro didático: sua clareza e favorecimento da leitura

pelo aluno

Essas questões são muito sérias. Certamente, durante sua vivência no estágio supervisionado na escola, você pode ter escutado dos professores que os alunos têm problemas de leitura e produção de textos e que, muitas vezes, a difi culdade é mais na interpretação do problema do que mesmo na sua resolução. Por isso, a linguagem do livro didático precisa considerar os níveis de leitura dos alunos e até promover avanços nesse sentido.

3)

O manual do professor como instrumento orientador do uso do livro didático

Nesse sentido, é necessário observar se o manual do professor contempla alguns aspectos (BRASIL, 2007a): orientações pedagógicas ligadas à disciplina, a fi m de que o professor melhor adeque/utilize o livro didático, considerando os avanços científi cos do como ensinar na sua área; se ajuda no desenvolvimento das aulas e na avaliação, orientando o professor para usos diferenciados do LD, alterando suas seqüências, orientando o uso de materiais complementares e orientando-o a avaliar seu aluno; informações científi ca e geral, que lhe permitam relacionar os conteúdos escolares com a realidade, a fi m de que o professor/estagiário de Química, por exemplo, possa compreender a relação da lei de Lavoisier com a preservação do meio ambiente, ou as reações químicas causadas pelo petróleo e as demandas econômicas para os biocombustíveis.

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As perguntas que gerarão essas refl exões devem ser “respondidas” em conjunto por você e o Professor Colaborador. É importante que as orientações que colocamos aqui sobre cada um dos eixos não sirvam apenas para a análise do livro didático, mas motivem a utilização do livro didático (e de outros materiais) sem considerá-lo algo de que não se pode fugir, ou mesmo a única fonte de pesquisa e ensino-aprendizagem.

Empreender algumas dessas mudanças quanto ao uso do livro didático poderá exigir de você e do seu Professor Colaborador a pesquisa de materiais paradidáticos ou a didatização de alguns materiais, bem como o uso de novas tecnologias (CDs, DVDs, Internet) e a alternância de métodos de ensino (seminário, aula de campo para visitar espaços que enriquecem a aprendizagem dos conteúdos etc.).

Quando usar outros

materiais, mídias e espaços

além do livro didático

A

ssim, ao considerar que o livro didático não deve ser a fonte exclusiva de ensino-aprendizagem, você deve se perguntar: então, que outros materiais poderei utilizar? Quais aspectos devo considerar para fazer a seleção dessas mídias educacionais? Quando deverei elaborar meus próprios materiais e como? Quais espaços, recursos e mídias podem ser transformados por mim como instrumental didatizado para o ensino-aprendizagem?

Durante o Estágio Supervisionado, algumas situações implicam a descentralização do livro didático e, necessariamente, exigirão de você o uso de outros materiais, mídias e espaços, além do livro didático: 1) a emergência de fatos que têm impacto direto nos conteúdos escolares; 2) a necessidade de aproximar as discussões à realidade do aluno, situando-o como agente da sua aprendizagem; 3) a possibilidade do professor ser autor da produção didática mediada em sala de aula.

Para encontrarmos respostas para essas perguntas e possibilidades de trabalho que considerem a descentralização do livro didático, observe a situação a seguir.

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Se, durante seu Estágio Supervisionado, fatos como esse, que têm impacto direto nas discussões das mais diferentes disciplinas escolares (especialmente em Ciências, nos anos fi nais do Ensino Fundamental; e em Biologia, no Ensino Médio) tivesse ocorrido, o que você faria, tendo em vista que o livro didático não poderia prever a mais nova forma de concepção humana?

Veja a seguir algumas orientações.

O que considerar no seu planejamento?

 A emergência desses fatos exigiria de você pesquisa em jornais, sites, revistas

científi cas e de divulgação científi ca. Conhecer os procedimentos empenhados na clonagem, seus objetivos, riscos, problemas éticos, divergência entre ciência e visões religiosas etc.

 Seria possível você aproximar as discussões da realidade do aluno, situando-o como agente da sua aprendizagem, ao incluí-lo nas discussões

sobre esses avanços científi cos e a repercussão em suas vidas: impactos econômicos, sociais, religiosos, avanços na medicina curativa e preventiva, riscos de falhas e conseqüências negativas nos testes com humanos etc. 

 A necessidade de você ser autor da produção didática mediada em sala de aula, uma vez que seria imprescindível buscar/elaborar materiais que

pudessem ser utilizados para trabalhar esse tema com seus alunos: vídeos, jornais impressos, audiovisuais, materiais didáticos disponíveis na Internet,

Em 1997, foi anunciada a clonagem da ovelha Dolly, primeiro mamífero gerado a partir de uma célula adulta.

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São situações como essa para as quais deveremos estar atentos, uma vez que os fatos históricos e científi cos já não estão temporalmente distantes dos nossos alunos, os quais assistiram à transmissão, ao vivo, em 11 de setembro de 2001, do atentado ao World Trade Center (episódio das Torres Gêmeas) e ao Pentágono nos Estados Unidos da América, e que precisaram compreender por que Plutão deixou de ser considerado planeta, em agosto de 2006, após a 26ª Assembléia Geral da União Astronômica Internacional (UAI).

Por isso, é “[...] injusto que professores e populações de alunos não tenham acesso à utilização plural e sistemática dos meios alternativos ao livro didático [...]” e aos espaços de aprendizagem, como museus, planetários, laboratórios, seja pela difi culdade de recursos seja pela desorganização das instituições escolares (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p. 38). Esse novo contexto, em que os avanços tecnológicos e as tecnologias da informação e da comunicação permitem mudanças e descobertas científi cas que ocorrem a passos largos, além da instantaneidade na transmissão dessas informações, tem mudado a relação do nosso aluno com o conhecimento e, necessariamente, o papel da escola. Por isso, fi ca insustentável um ensino que tem o livro didático como guia, pois esse único instrumento não consegue acompanhar sem défi cit as transformações da sua disciplina.

Desse modo, surgem como demandas a utilização de materiais didáticos, elaborados com fi nalidades educacionais, bem como a necessidade de o professor ser autor dos seus instrumentais/métodos de ensino e buscar permanentemente qualificação profissional, engajando-se/formando grupos de pesquisa que vinculem a escola, a universidade e a comunidade.

Como utilizar/elaborar

materiais didáticos

N

o exemplo que demos anteriormente para o planejamento de trabalho com a clonagem humana, você precisaria utilizar diferentes instrumentais, além do livro didático: são o que denominamos de materiais alternativos ao livro didático, que servem para incluir discussões, apoiar, complementar ou aprofundar as atividades de ensino-aprendizagem.

Alguns desses materiais já têm fi nalidade educacional, pois são voltados especifi camente

para o uso em situações de ensino-aprendizagem escolar. São exemplos: diferentes mídias

com objetivos educacionais (CD, DVD etc.), livros temáticos, feira de ciências etc. Eles podem ser produzidos por editoras ou instituições de ensino e não são de autoria do professor que irá utilizá-los. Normalmente, desenvolvem um tema específi co e servem como fonte de estudos e pesquisa para os alunos. Permitem aprofundar discussões sobre determinados temas que

(12)

Sugestão de atividade 2

Há também a possibilidade de utilizar materiais que o professor insere numa atividade educacional, mas que, em sua origem, não tinham esse propósito. Nesse sentido, o professor assume uma espécie de autoria didática por lhes conferir um caráter educativo que, em

princípio, não tinham. São exemplos desses materiais: rótulos de produtos, matérias de

jornais e revistas, cds, dvds (de música, de arte, de cinema), livros literários, jornalísticos, jogos criados pelos professores, experimentos desenvolvidos por eles etc. Esses materiais são produzidos a partir de produtos comuns ao universo do aluno e, assim, podem envolvê-los como agentes da sua aprendizagem. Há também espaços potenciais para se ensinar e aprender os conteúdos curriculares: museus, sítios arqueológicos, fábricas, refi narias... Nenhum desses espaços tem como principal fi nalidade educar crianças e jovens, mas podem servir para isso, a partir do trabalho autoral realizado pelo professor.

Elabore parâmetros para análise, seleção e produção

de materiais didáticos

Pesquise no Guia do Livro Didático (BRASIL, 2007b; 2007c) da sua disciplina os critérios de avaliação dos livros didáticos. Sintetize e elabore sua própria fi cha de avaliação, procurando construir critérios que sirvam para orientá-lo não somente na análise dos livros didáticos, mas na escolha e elaboração de materiais

Quando espaços comuns se transformam em espaços educativos

Em algumas situações, locais que, embora sejam espaços fundamentais para aprendizagem escolar, não tinham esse objetivo, transformaram-se em espaços educacionais: muitos museus e fábricas já têm uma equipe qualifi cada para atender às escolas e fazer a relação entre os conhecimentos escolares e o trabalho que desenvolvem.

Também é preciso lembrar que, apesar da fi nalidade educacional que os materiais didáticos já têm, é o professor que responde pela sua didatização, criando estratégias para seu uso e relacionando-o aos conteúdos curriculares.

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Ciências Matemática

Outras disciplinas

Leitura complementar

NOVA ESCOLA. Jogos. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/multimidia/indice_ jogos.shtml>. Acesso em: 18 jun. 2008.

Nesse link, você encontrará diversos jogos educativos que poderão ser realizados com seus alunos. Nesse caso, os jogos têm claras fi nalidades educativas: trabalhar os conceitos de velocidade, distância; frações matemáticas; tabuada e etc. Os jogos são acompanhados por textos sobre a temática para aprofundamento dos objetivos de ensino a que se vinculam. Caso o acesso à Internet não seja possível na sua escola, você poderá adaptar esses jogos, “fabricando-os” com outros materiais para aplicá-los na sua turma. Nesse processo, você também poderá observar a necessidade de fazer alguns ajustes na metodologia ou conteúdos dos jogos, considerando suas especifi cidades escolares.

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Sugestão de atividade 3

Planeje seu trabalho

A seguir, você dispõe de quatro situações que podem ser retomadas nas suas atividades docentes em diferentes disciplinas. Selecione uma delas e, em seguida, levante os pontos que são básicos para seu planejamento.

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Etapa 01: analise seu livro didático

Retome a sugestão de atividade 1, considere as perguntas e eixos já analisados, mas, agora, observe especifi camente o tratamento dado pelo seu livro didático ao tema selecionado por você:

quanto ao tema selecionado: há organização seqüencial e relação aprendizagem/

currículo da escola?

a legibilidade do livro didático: há clareza e favorecimento da leitura pelo aluno para

melhor compreensão do tema que se quer trabalhar?

o manual do professor orienta o trabalho com o tema selecionado?

Etapa 02: o que considerar no seu planejamento

Retome o exemplo para planejamento de trabalho com a clonagem humana e organize alguns passos importantes para seu planejamento:

a emergência desses fatos exige de você pesquisa em quais fontes e a discussão

sobre quais assuntos?

como seria possível você aproximar as discussões da realidade do aluno, situando-o

como agente da sua aprendizagem?

considerando que são temas relativamente recentes (ou que recentemente ganharam

visibilidade), indique quais materiais didáticos (ou por você didatizados) você precisaria usar.

Etapa 03: quais parâmetros considerar para análise, seleção e

produção de materiais didáticos

Retome a atividade “Elabore parâmetros para análise, seleção e produção de materiais didáticos” e liste quais critérios específi cos da sua área de ensino serão contemplados pelo conjunto de materiais que você irá utilizar. Analise se alguns materiais devem ser acrescentados ou suprimidos.

Etapa 04: faça seus registros no diário de campo

Procure analisar todo o processo de planejamento e desenvolvimento dessa atividade. Registre também os cuidados no campo da linguagem que a atividade considerou.

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Anotações

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Guia do Programa Nacional do Livro Didático: apresentação. Brasília: MEC, 2007a. (Anos Finais do Ensino Fundamental). Disponível em: <http://portal.mec. gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/pnldapres07.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2008.

______. Ministério da Educação. Guia de livros didáticos PNLD 2008: Matemática. Brasília: MEC, 2007b. (Anos Finais do Ensino Fundamental). Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/pnldmat07.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2008. ______. Ministério da Educação. Guia de livros didáticos PNLD 2008: Ciências. Brasília: MEC, 2007c. (Anos Finais do Ensino Fundamental). Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/pnldcienc07.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2008. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de

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EMENTA

 n Claudianny Amorim Noronha

 n Tatyana Mabel N. Barbosa

Estágio Supervisionado I – INTERDISCIPLINAR

AUTORAS AULAS Impresso por: Gráfi ca Texform

01 Módulo de orientação 1 – O Estágio Supervisionado para Formação de Professores: orientações para o estagiário

02 Módulo de orientação 2 – O Estágio Supervisionado como possibilidade de pesquisa-formação

03 Módulo de orientação 3 – O período de observação da escola: criando um outro olhar sobre os espaços, sujeitos e ações de uma antiga conhecida nossa

04 Módulo de orientação 4 – Propostas de ações colaborativas para o Estágio: a interface entre os conhecimentos escolares e acadêmicos

05 Módulo de orientação 5 – Materiais didáticos: como avaliar, utilizar e (re)elaborar

06 Módulo de orientação 6 – Planejamento de ensino I: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem

07 Módulo de orientação 7 – Planejamento de ensino II: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem

08 Módulo de orientação 8 – A avaliação do estágio: um processo de refl exão contínua

09 Módulo de orientação 9 – A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal: o relatório, o artigo científi co e o memorial

10 Módulo de orientação 10 – Estágio Supervisionado: o papel da escola como instituição co-formadora

11 Fichário de estágio

Apresenta as diferentes interfaces do estágio supervisionado, focalizando, principalmente, suas concepções e orientações institucionais para a formação docente; as orientações práticas para a vivência pedagógica e o planejamento do estágio na escola e a interlocução entre os saberes acadêmicos e escolares; como também os princípios de avaliação e acompanhamento do estagiário pelos diferentes sujeitos do estágio na EaD.

Impresso por:

Gráfi

ca

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Referências

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