14 - Encargos Sociais e Trabalhistas. 2

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14 - Encargos Sociais e Trabalhistas.

2

14.1 - Introdução 2

14.2 – Cálculo dos Encargos 3

14.2.1 - Contribuição ao INSS 3

14.2.2 - Encargos Previdenciários Básicos. 4

14.2.3 - Cálculo do DSR. 4

14.2.4 - Auxílio-doença. 5

14.2.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário. 5 14.2.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários. 6 14.2.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa. 7 14.2.9 - Valor das horas extraordinárias. 7

14.2.10 – Aviso Prévio Indenizado. 8

14.2.11 - Adicional de Periculosidade. 8 14.2.12 - Adicional da insalubridade. 9

14.2.13 - Salário Família. 9

14.3 – Exemplos de calculo de encargos 10

14.3.1 – Empresa comercial. 10

14.3.2 – Empresa de Terraplenagem 12

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14 - Encargos Sociais e

Trabalhistas

.

14.1 - Introdução.

Sob o título encargos sociais é apropriada uma série de custos sociais e trabalhistas a serem suportados por patrões e empregados.

Os empregadores são responsáveis pelo cumprimento de obrigações sociais e trabalhistas. As obrigações trabalhistas são aquelas pagas aos empregados além do salário pactuado. As obrigações sociais são devidas à seguridade social, o INSS, e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS.

Ao empregado cumpre o pagamento da seguridade social, o INSS.

Alerta-se que os encargos sociais a serem recolhidos ou pagos devem ser calculados por empregado isoladamente. Isto porque, numa mesma empresa, as condições de trabalho variam conforme o local de atividade do indivíduo, do nível salarial, do número de horas extras realizadas, do turno de trabalho, do trabalho realizado em área de risco, da opção da empresa em adotar a contabilidade pelo lucro real ou ser optante do Simples, etc.

Assim sendo, dois trabalhadores que tenham o mesmo salário hora ou o mesmo salário básico mensal, podem receber importâncias distintas no final do mês.

Como rápido exemplo da assertiva acima, seja o caso de pagamento de periculosidade a trabalhadores que atuam em locais ou serviços considerados de risco e que percebem um adicional de 30% sobre o valor do salário. Trabalhadores da mesma empresa que não atuem em área de risco, porém percebam o mesmo salário base, não fazem jus a este percentual.

Por facilidade de avaliação, havendo o interesse em estabelecer um único índice de encargos sociais para a empresa como um todo, especialmente na elaboração de processo orçamentário, o mesmo pode ser efetuado ao ser adotado o seguinte modelo:

nto hadePagame TotaldaFol osSociais arg c TotaldosEn I_ES =

No modelo acima, em numerador são agregados todos os encargos sociais incorridos o que corresponde à soma dos encargos pagos aos trabalhadores, sejam horistas ou mensalistas,

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e aqueles devidos à seguridade social. Em denominador, somente devem ser considerados a soma dos salários segundo o pactuado em carteira de trabalho, ou seja, o salário base do trabalhador. ( Avila & Jungles, 2006).

Como exemplo, seja uma empresa cuja folha de salários base monta a 234 mil reais e os encargos sociais de sua atribuição monte em R$ 346.320,00. O índice de encargos sociais é de 1,48, pois: % , , . , . I_ES 148 148 00 000 234 00 320 346 ₌ _⇒ =

14.2 – Cálculo dos Encargos (1₎

Para o cálculo do custo da mão-de-obra, é necessário determinar a incidência dos encargos e contribuições sobre a folha salarial e que são:

I - Encargos Sociais: o INSS, o FGTS, o salário educação; o SESI; o SENAI; o INCRA e o seguro acidente;

II – Encargos Trabalhistas; horas extras, a provisão de para pagamento das férias, o abono constitucional de férias, o 13º salário, o salário família, o auxílio maternidade os adicionais de periculosidade e insalubridade, o descanso semanal remunerado, o aprovisionamento para a demissão sem justa causa e o auxilio doença.

Além desses encargos, há que se considerar a reincidência do INSS sobre alguns deles. Somente não ocorre reincidência do

(1) Este item é um excerto do site http://sindcontagem.com.br/index. Em 13.07.2008. Fonte: Guia Trabalhista.

INSS sobre encargos considerados como verbas indenizatórias precedentes de rescisão imotivada do contrato de trabalho quais sejam: o aviso prévio remunerado; a indenização relativa à dispensa sem justa causa e a indenização de férias.

Além dos encargos comentados, há que se considerar os custos com vale transporte, com vale refeição e com as despesas relativas a assistência médica complementar que integram acordam sindicais ou são liberalidade da empresa.

14.2.1 - Contribuição ao INSS

A contribuição ao INSS é devida por empregados e empregadores.

A contribuição do empregado ao INSS é recolhida sobre o salário total e tem suas alíquotas variando de 8 a 11%, conforme a faixa salarial em que o mesmo estiver enquadrado.

O empregador, por sua vez, responde por uma contribuição de 12% sobre o salário de cada empregados, independentemente de faixa salarial. Ver Tab. 14.1 – Contribuição ao INSS.

Faixas Salariais & Alíquotas INSS - 2008

Contribuinte Faixa – R$ Alíquota - %

Até 911,70 8,00

911,71 a 1519,50 9,00 Assalariado

1519,51 a 3.038,99 11,00 Empregador s/ salário empregado 12,00

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Ao se orçar o custos de um produto, recomenda-se utilizar somente a alíquota referente a contribuição do empregador. Caso sejam somadas as duas alíquotas, a empresa perde competitividade, já que a contribuição do empregado é retirada do salário do mesmo.

14.2.2 - Encargos Previdenciários Básicos.

Os encargos previdenciários básicos são aqueles devidos à Seguridade Social e outras contribuições exigidas por lei, conforme relacionados na Tab.14.2. Estes encargos incidem sobre toda a remuneração percebida pelo trabalhador, seja ele horista ou mensalista.

Ressalta-se que na Tab. 14.2, estão relacionados os encargos sociais devidos pelo empregador. Neste caso, a contribuição ao INSS adotada considera, apenas, o valor da alíquota atribuída ao mesmo.

Alíquota - % Relação de Encargos Horistas Mensalistas 1. INSS 2. FGTS 3. Salário Educação 4. SESI 5. SENAI 6. INCRA 7. Seguro Acidente 12,00 8,00 2,50 1,80 1,30 0,20 3,00 12,00 8,00 2,50 1,80 1,30 0,20 3,00 Total dos Encargos 28,80 28,80

Tab.14.2 – Encargos Sociais Básicos

Ao se considerar o valor total dos encargos sob responsabilidade do empregador a serem recolhidos à Previdência Social, deve-se acrescentar o valor da contribuição retida sobre os

salários dos empregados. Isto porque o empregador é o responsável legal sobre o recolhimento desses valores.

O seguro acidente varia entre 1% e 3% segundo a indústria em que atua o trabalhador, cujo grau de periculosidade é determinado pela legislação trabalhista.

Como já comentado, não recebem a incidência desses encargos previdenciários as seguintes verbas indenizatórias: o aviso prévio remunerado; a indenização relativa à dispensa sem justa causa e a indenização de férias. (2)

14.2.3 - Cálculo do DSR.

O Descanso Semanal Remunerado – DSR é devido, apenas, para o empregado horista e incide sobre o somatório das horas normais e horas extras. No caso do trabalhador mensalista, este encargo já integra o salário base.

O DSR é calculado arbitrando o número de dias úteis e o número de domingos e feriados. Há, porém, dois procedimentos adotados pelas empresas visando a sua determinação.

1º Procedimento: Por média mensal.

Neste caso é considerada a ocorrência de uma média mensal de 25 (vinte e cinco) dias úteis por mês e 5 (cinco) domingos/feriados também por mês.

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DSR = total de domingos/feriados÷ número de dias úteis do mês % DSR 20 255 ⇒ = ST

2º Procedimento: Por fração da semana.

Há empresas, porém, que consideram, apenas, a ocorrência de um domingo por semana. O DSR então é considerado como 1/6 do salário devido, ou seja, 16,67%. No entanto, a prática adotada pela maioria é aquela demonstrada no 1º procedimento.

% , DSR 1667 6 1 ⇒ =

Muitas empresas incluem o valor do DSR no valor da hora pactuada com o empregado. Neste caso deve-se desconsiderar o percentual de acréscimo referente ao DSR.

14.2.4 - Auxílio-doença.

No caso do auxílio doença se utiliza a mesma sistemática do aviso prévio indenizado, ou seja, é necessário que cada empresa saiba quantos dias/ano/empregado foram pagos aos empregados devido a afastamento do trabalho motivado por doença. E, com esta informação calcular, estatisticamente, qual o percentual mensal a ser atribuído a cada empregado.

Exemplo: No ano anterior, uma empresa pagou um total de 400 dias de atestados/auxílio doença/afastamentos, tendo

desembolsado por este motivo um total de R$ 14.800,00 no exercício.

Trabalharam na empresa, no ano em pauta, 200 funcionários, ai considerado os que foram admitidos, os demitidos e aqueles que permaneceram na empresa. O total da folha salários, no ano, foi de R$ 1.530.000,00. Salarial TotalFolha to mAfastamen Despesasco AD=

Então o "índice" de atestados sobre a folha de pagamentos foi de 0,96732%, que corresponde a dividir R$ 14.800,00 por R$ 1.530.000,00.

Deve-se, então, acrescer a este índice os respectivos encargos sociais e trabalhistas.

14.2.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário.

Os encargos mensais incidentes sobre o 13º salário são calculados, diferentemente, para os casos de empregados mensalistas e horistas.

a) Trabalhador mensalista.

O 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração total recebida durante o ano.

(6)

Assim sendo, a provisão para o 13º salário deve ser efetuada mensalmente sobre o salário recebido, segundo o modelo: ST % , al SalarioTot % Salário º 833 12 100 13 = = b) Trabalhador horista.

O calculo dos encargos incidentes sobre o 13º salário do trabalhador horista é efetuado do mesmo modo que o do mensalista, porém acrescido do percentual do DSR.

13º Salário = {8,33% + 8,33% x 20} ST = 1,8 × 8,33 × ST 13º Salário = 10% ST

14.2.6 - Encargo mensal sobre Férias.

Os encargos mensais incidentes sobre as férias são calculados, diferentemente, para os casos de empregados mensalistas e horistas.

a) Encargo Mensal sobre as férias - mensalista.

As férias do trabalhador horista correspondem a 1/12 do salário recebido durante o ano, acrescido do abono de 1/3, constitucional.

Férias = (Percentual total ÷ número de meses do ano) x 1/3 Constitucional

Férias = (100% ÷ 12) x 1,3333 x ST = 8,33 % x 1,3333 x ST. Férias = 11,11 % x ST.

b) O encargo mensal sobre férias - horista.

O calculo deste encargo é efetuado do mesmo modo que o do mensalista, porém acrescido do percentual do DSR:

Férias = { 11,11% + 20% s/ 11,11% } x ST Férias = 13,33% x ST.

14.2.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários. - 13º Salário – Férias – DSR -

Os encargos previdenciários básicos incidem, também, sobre:

− O 13º salário, − As férias; − E, o DSR.

Tomando como exemplo o caso do item 14.3.4 - Empresa não optante pelo simples, cujo total previdenciário foi calculado em 40,80%, tem-se:

Previdenciário = (percentual 13º salário + percentual férias + percentual DSR) × encargos previdenciários.

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Previdenciário = (10,00 + 13,33 + 20,00) × 40,80% Previdenciário = 43,33% × 40,80%

Previdenciário = 17,68% 14.2.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa.

A partir de 2001, a multa sobre o saldo do FGTS em caso de despedida sem justa causa passou a ser de 50% (cinqüenta por cento).

Assim, a provisão da multa será de 50% (cinqüenta por cento) do valor mensal depositado de FGTS que é de 8% (oito por cento).

Multa FGTS/Rescisão = percentual da multa x percentual mensal depositado.

Multa FGTS/Rescisão = 50% x 8%. Multa FGTS/Rescisão = 4% ST.

A provisão efetuada sobre o salário de cada empregado é função do percentual de multa e do índice de rotatividade do pessoal na empresa, conforme apresentado no item 14.2.10. Então:

Provisão Multa FGTS = 4% x ST x IRot 14.2.9 - Valor das horas extraordinárias.

O valor das horas extraordinárias é calculado como um acréscimo no valor das horas normais.

• Hora extra normal...50% • Hora noturna normal ...20% • Hora extra em domingos e feriados ...100% • Sobreaviso... 1/3 hora normal Para a contagem dessas horas considera-se:

a) A hora noturna apresenta tempo menor do que a hora normal, correspondendo a um período de 52’ e 30“. Ver Art. 73 da CLT.

Como exemplo de calculo de remuneração de horas noturnas, seja o caso um indivíduo trabalhe 2 horas relógio, o que corresponde a 120 minutos. O pagamento dessas horas será efetuado da seguinte maneira:

20% de acréscimo sobre 2 horas noturnas:... 105 minutos. 20% de acréscimo sobre 0,25 horas:... 15 minutos. Total ... 120 minutos.

b) Se o indivíduo trabalhar em horário noturno realizando hora extra, além das duas horas extras normais, fará juz à soma das horas extras com as horas noturnas, o que perfaz um adicional de 70% ( 50%+20%).

c) Aquele que cumprir hora extra em domingos e feriados, será remunerado cumulativamente. A remuneração das horas nessas condições é de 150% ( 100%+50%) sobre o valor da hora normal.

d) Considera-se de "sobreaviso" o empregado que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.

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Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de 24 (vinte e quatro) horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

14.2.10 – Aviso Prévio Indenizado.

A provisão para o aviso prévio indenizado, API, é efetuada mensalmente sobre um percentual do salário do empregado em função do "índice de rotatividade" da empresa.

IRot ST

API= ×

É interessante notar que no índice de rotatividade não devem ser considerados os casos de empregados que se aposentam ou pedem demissão. Nestes dois casos não cabe esta provisão, já que indevida.

O índice de rotatividade pode ser definido de dois modos: pelo número de demissões realizadas no período ou pelo tempo médio de permanência dos empregados na empresa.

a) Número de Demissões.

Neste caso considera-se o número de empregados demitidos com relação ao número de empregados da empresa.

Empregados º N Demitidos º N IRot=

Como exemplo, seja calcular a provisão para cobertura do aviso prévio indenizado incidente sobre o salário total de R$

970,00. O trabalhador em pauta atua em uma empresa que dispõe de 250 empregados e no ultimo ano demitiu 30. Então:

$ R , , , , IRot ST API 97000 012 11640 250 30 00 970 × = × = = × = b) Tempo de Permanência

Neste caso considera-se o tempo médio de permanência dos empregados na empresa.

dio manenciaMé MesesdePer

IRot= 1

Por exemplo: se a média de permanência dos empregados na empresa é de 29 meses, então o índice de rotatividade mensal corresponde a IRot = 1/29=0,0345 ou seja 3,45% ao mês.

Finalizando, ressalta-se que sobre o aviso prévio indenizado não cabe a incidência dos encargos sociais básicos por ser ter caráter indenizatório. (3).

14.2.11 - Adicional de Periculosidade.

(3_{) Sobre o aviso prévio indenizado não há incidência do INSS e IR-Fonte,} somente se realiza o recolhimento para o FGTS. Fonte:

(9)

Trabalhadores que atuam em serviços considerados de risco (4_{) fazem jus a um adicional de periculosidade sobre o valor do} salário.

Reza o Art. Nº 193 da CLT em seu § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário.

O adicional de periculosidade incide sobre as horas extras, porém não incide sobre gratificações, prêmios ou participações nos lucros realizados pela empresa. Vide Lei nº 6.514, de 22.12.1977.

14.2.12 - Adicional da insalubridade.

Trabalhadores que atuam em condições insalubres fazem juz a um adicional sobre o salário. Adicional esse variável segundo a atividade seja classificada de alta, média ou baixa insalubridade.

Segundo o Art. 189 da CLT, “Serão consideradas atividades

ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.” ( vide Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

A definição do nível de insalubridade é estabelecida pelo Ministério do trabalho.

(4) Ver Art. nº 193 da CLT Decreto Lei nº 5.452/43 e Lei nº 6.514/77. E, o Art. 68 da Lei nº 8.112.

Segundo estabelece a CLT em seu Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional, respectivamente, de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

É interessante notar que “O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.” (ART. Nº 194 da CLT).

14.2.13 - Salário Família.

O salário família é um benefício previdenciário pago ao trabalhador assalariado ou avulso, entendido como trabalhador de baixa renda, por cada filho que tiver. O valor do salário família corresponderá a 5% do salário mínimo.

Este salário é estabelecido em dois valores (5), a saber: - para o trabalhador que receber até R$ 472,43 fará juz ao valor de R$ 24,23 para cada filho/tutelado com até 14 anos incompletos ou inválido.

- para quem ganhar entre R$ 472,44 até R$ 710,08 o valor será de R$ 17,07 para cada filho/tutelado com até 14 anos incompletos ou inválido.

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14.3 – Exemplos de calculo de encargos. 14.3.1 – Empresa comercial.

Este exemplo apresenta o cálculo dos encargos sociais para quatro situações:

• Empresa optante pelo simples - trabalhador mensalista. • Empresa optante pelo simples – trabalhador horista • Empresa não optante pelo simples – mensalista

• Empresa não optante pelo simples – trabalhador horista.

1ª - Empresa optante pelo simples - mensalista.

Encargos Sociais (%) (%) 13º Salário 8,33 Férias 11,11 INSS 0,00 SAT 0,00 Salário Educação 0,00 INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT 0,00 FGTS 8,00 FGTS / Rescisão 4,00 Total Previdenciário 12,00 Previdenciário s/ 13º e Férias 2,33 SOMA BÁSICO 33,78

Conclusão: sobre um salário de mensalista de R$ 1.500,00, uma empresa optante pelo Simples Federal terá um custo mínimo de encargos de R$ 506,70, totalizando o custo total de mão-de-obra para este salário de R$ 2.006,70.

2ª - Empresa optante pelo simples – horista

Neste caso, o custo percentual deve ser acrescido do Descanso Semanal Remunerado (DSR), e pode ser calculado como segue:

Encargos Sociais (%) (%)

13º Salário 10,00

Férias 13,33

Descanso Semanal Remunerado 20,00

INSS 0,00 SAT 0,00 Salário Educação 0,00 INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT 0,00 FGTS 8,00 FGTS / Rescisão 4,00 Total Previdenciário 12,00

Previdenciário sobre 13º / Férias / DSR 5,20

SOMA BÁSICO 60,53

Conclusão: sobre um salário/hora de R$8,50, uma empresa optante pelo Simples Federal terá um custo mínimo de encargos de R$ 5,145/hora, totalizando o custo total de mão-de-obra para esta hora de R$ 13,645.

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3ª - Empresa não optante pelo simples – mensalista. Encargos Sociais (%) (%) 13º Salário 8,33 Férias 11,11 INSS 20,00 SAT até 3,00 Salário Educação 2,50 INCRA/SENAI/SESI/SEBRAE 3,30 FGTS 8,00 FGTS / Rescisão 4,00 Total Previdenciário 40,80

SOMA BÁSICO 68,18

Conclusão: sobre um salário de mensalista de R$ 2.100,00, uma empresa não optante pelo Simples Federal terá um custo mínimo de encargos de R$ 1.431,78, gerando o custo total de mão-de-obra para este salário de R$ 3.531,78.

4ª - Empresa não optante pelo simples – horista.

Nesta situação, o custo percentual deve ser acrescido do Descanso Semanal Remunerado (DSR) e pode ser calculado como segue:

Encargos Sociais (%) (%)

13º Salário 10,00

Férias 13,33

Descanso Semanal Remunerado 20,00

INSS 20,00 SAT de 1 até 3% 3,00 Salário Educação 2,50 INCRA/SENAI/SESI/SEBRAE 3,30 FGTS 8,00 FGTS / Rescisão 4,00 Total Previdenciário 40,80

SOMA BÁSICO 101,81

Conclusão: sobre um salário/hora de R$ 8,50, uma empresa não optante pelo Simples Federal terá um custo mínimo de encargos de R$ 8,654/hora, totalizando o custo total de mão-de-obra para esta hora de R$ 17,154.

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14.3.2 – Empresa de Terraplenagem

Seja calcular o total dos encargos sociais suportados por uma empresa construtora atuante no setor de terraplenagem, incidentes sobre o salário dos motoristas de caminhão.

Considerando que a empresa vai participar de uma licitação para a construção de uma rodovia e que os empregados são contratados para a duração do contrato, há a seguinte previsão:

a) Salário motorista: 950,00 R$/mês;

b) devido ao regime de chuvas e para compensar os dias inoperantes, mensalmente deverão ser realizadas horas extraordinárias assim distribuídas:

• Domingos 8 - horas normais • Sábados 12 - horas extras • Dias úteis 20 - horas extras a) Seguro Acidente Trabalho/SAT – Construção Civil: 3%; b) O motorista tem três filhos menores de 14 anos;

c) O vale transporte é fornecido, em média, 26 dias por mês, no valor de R$ 5,50 por dia;

d) A empresa fornece vale refeição, ai incluídas refeições completas e mínimas, no valor de R$ R$9,40 por dia.

e) O tempo médio de permanência na empresa é de 20 meses. - Aviso Prévio Indenizado: API = ST x IRot.

% dio manenciaMé MesesdePer IRot 5 20 1 1 ₌ _⇒ =

Motorista Mensalista – Construção Civil

1 – Salário Valor Horas R$

Hora Normal - 4,97 191 950,00

Hora Noturna – 20% 5,96 -

Hora Extra Normal – 50% 7,45 20+12 238,40

Hora Extra Dom/Fer – 100% 9,94 8 79,52

DSR - Comissões - Adicional de Insalubridade - Adicional de Periculosidade 6,46 - Auxilio Maternidade - Salário Família - Outros Encargos - Salário Total ST 1.267,92

2 – Encargos Sociais Básicos % R$

INSS 12% x ST 152,15

FGTS 8% x ST 101,43

Demais Encargos Básicos 8,8% x ST 111,58 Total dos Encargos Sociais Básicos 365,16 3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais.

Férias 1/12 ST 105,66

1/3 de Férias 1/3 Ferias 35,22

INSS sobre Férias + 1/3 Férias 12%(105,66+35,22) 16,90

13º Salário 1/12 ST 105,66

INSS 13º Salário 12% x 13º 12,68

Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST 63,40

FGTS sobre API 8% x API 5,07

Multa FGTS 4% x ST x IRot 2,54

Provisionamento Total 347,13

4 – Despesas fixas

Vale transporte 26 x 5,50 143,00

Vale refeição 26 x 9,40 244,40

Assistência médica complementar

Total de Despesas Fixas 387,40

(13)

14.4 – Exercício.

Seja calcular o valor a ser despendido por uma empresa para dispor de um empregado cujo salário hora é de 5,25 R$. Informações disponíveis:

− É prevista a realização de 20 (vinte) horas extras normais; − Trabalho em 01 (hum) domingo por mês;

− Não existe trabalho insalubre;

− A empresa dispõe de 440 empregados;

− No exercício passado 31 foram demitidos sem justa causa. − Vale transporte, R$ 4,20/dia, por 25 dias.

− Vale refeição, R$ 9,50/dia.

Analisar o valor solicitado para os seguintes casos: a) Empregado horista;

b) Empregado mensalista;

c) Empregado mensalista atuando em área de risco e recebendo adicional de periculosidade de 30% sobre o salário.

Para cada um dos casos acima, calcular o índice de encargo social: regado SalárioEmp osSociais arg Enc IES = -

Tratorista Horista – Construção Civil

1 – Salário Valor Horas R$

Hora Normal - 5,25 191

Hora Noturna – 20% Hora Extra Normal – 50% Hora Extra Dom/Fer – 100% DSR Comissões Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Auxilio Maternidade Salário Família Outros Encargos Salário Total ST

2 – Encargos Sociais Básicos % R$

INSS 12% x ST

FGTS 8% x ST

Demais Encargos Básicos 8,8% x ST Total dos Encargos Sociais Básicos

3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais.

Férias 1/12 ST

1/3 de Férias 1/3 Ferias

INSS sobre Férias + 1/3 Ferias 12% ( + )

13º Salário 1/12 ST

INSS 13º Salário 12% x 13º

Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST

FGTS sobre API 8% x API

Multa FGTS

Provisionamento Total 4 – Despesas fixas Vale transporte Vale refeição

Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas

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Tratorista Mensalista – Construção Civil

INSS 12% x ST

FGTS 8% x ST

Férias 1/12 ST

1/3 de Férias 1/3 Férias

INSS sobre Férias + 1/3 Ferias 12% ( + )

Multa FGTS

5 – Total dos Encargos.

Tratorista Mensalista – Periculosidade – Construção Civil

INSS 12% x ST

FGTS 8% x ST

Férias 1/12 ST

1/3 de Férias 1/3 Férias

INSS sobre Férias + 1/3 Férias 12% ( + )

Multa FGTS

(15)