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Bureau de Inteligência Competitiva do. Café. Série Potenciais Concorrentes do Café Brasileiro Peru Nº. 6 28/10/

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Academic year: 2021

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Bureau de Inteligência Competitiva do

Café

Série

Potenciais Concorrentes do Café Brasileiro

Peru

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Bureau de Inteligência Competitiva do Café

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Peru

Com capital em Lima, o Peru possui cerca de 30,4 milhões de habitantes. Seu território de 1.285.220 km² se localiza na América do Sul fazendo fronteira com a Colômbia, Equador, Brasil, Bolívia e Chile, além de possuir acesso ao Oceano Pacífico. O país possui o 40° maior PIB mundial, com um total de $ 325,4 bilhões, sendo 7,8% provenientes da agricultura, 33,9% da indústria e 58,4% dos serviços. Sua economia é baseada na exploração de minérios como a prata (terceiro maior produtor mundial), o zinco, o estanho e o cobre. Quanto à agricultura, são cultivados no país cana-de-açúcar, algodão, café, trigo, milho e batata. O café se destaca dentre as commodities, uma vez que o Peru é o terceiro maior produtor de café do continente, depois do Brasil e da Colômbia. Além do volume, o país é reconhecido também pela qualidade do café que cultiva, sendo considerado o maior exportador mundial de café orgânico.

Pontos Fortes

 Características propícias à obtenção de café de qualidade (densidade média de 2.000 plantas por hectare, 75% da cafeicultura encontra-se em locais sombreados e em altitudes entre 1000 e 1800 metros acima do nível do mar, colheita manual e secagem ao sol);

 Cafeicultura de pequena escala – possibilidade de obter ajuda dos grandes certificadores internacionais;

 Aumento no consumo – nos últimos 5 anos a média per capta dobrou para 600g, sendo que nos grandes centros pode chegar a 1 kg;

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Página | 3 Pontos Fracos

 Limitações de crédito – falta de regularização do direito de posse das terras;

 Pequeno tamanho das fazendas (média de 3ha);

Infestação de ferrugem (Hemileia vastatrix) em 130.000 hectares (40% da área total plantada);

 Escassez de trabalhadores (a cafeicultura remunera em média cerca de 13 a 15 dólares por dia enquanto o narcotráfico paga até 38 dólares por dia);

 Esgotamento natural das árvores;

 Baixo nível de uso de tecnologia, fertilizantes e defensivos;

 Falta de instituições e políticas nacionais voltadas exclusivamente para o café.

AÇÕES

1) 1) Implementação de estratégias de promoção do café peruano através do PromPeru (Agência de promoção de exportações do Peru) – Tunki Coffee – considerado o melhor café especial do mundo pela SCAA (Speciality Coffee);

2) 2) Estreitamento da relação com a SCAA – Peru sediará em 2014 a reunião anual da Associação (10.000 visitantes são esperados no evento);

3) 3) Estímulo à produção e implementação de indústrias do setor em áreas pobres e remotas;

4) 4) Investimentos por meio da DEVIDA (Comisión Nacional para el Desarrollo y Vidas sin Drogas) para promover a cafeicultura como cultura alternativa à produção de coca;

5) 5) USAID (Agência para o Desenvolvimento Internacional) por meio do PRA (Programa de Redução e Combate à Pobreza) está estimulando a atividade cafeeira através do aumento dos rendimentos dos produtores que desenvolverem a cultura em áreas que atualmente se planta coca. O órgão também auxilia pequenos produtores a obterem a certificação orgânica.

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Principais discussões

Cafeicultura como alternativa contra a expansão da coca, aumento no consumo dos grandes centros urbanos, cafés especiais e certificados,

cafeicultura de pequena escala.

CONSIDERAÇÕES:

 A produção de café no Peru em 2013 apresentou queda de aproximadamente 15% em relação ao ano safra recorde de 2011/2012, quando foram colhidas cerca de 5,15 milhões de sacas. Para 2014, é esperado redução de 6% em relação a produção de 2013, atingindo 4,4 milhões de sacas.

 A produtividade média de 12,5 sacas por hectare, resultado do baixo uso de fertilizantes e defensivos, se contrasta com as produtividades dos grandes produtores que atingiram 38,3 sacas por hectare em 2013,

 O consumo interno dobrou nos últimos 5 anos, atingindo 600 gramas per capta. Crescimento motivado, sobretudo, pelos jovens nos grandes centros urbanos que estão passando a adotar o hábito de tomar café nas cafeterias.

 Em decorrência da queda da produção, em 2012 as exportações de café peruano foram de 4.405.716 sacas, 10% inferior em relação a 2011. Além do menor volume, os preços pagos pelas sacas também sofreram queda. Em 2012 o preço médio das sacas exportadas foi de U$230,64, enquanto que em 2011 esse valor chegou a U$321,96.

 Crescimento da importação do café peruano pela Colômbia. Em 2012 o volume de sacas importadas pelo país chegou a 500.000 unidades.

 Alta concentração de empresas quanto ao volume e o valor total exportado. Apenas 20 companhias exportadoras são responsáveis por aproximadamente 90% da quantidade exportada, sendo que as 10 primeiras respondem por 75% do valor total exportado.

 Reconhecimento como maior exportador mundial de café orgânico do mundo, resultado dos 90.000 hectares certificados do país.

 Indústria incipiente, sendo a maioria do café exportado na forma de grãos e o consumo interno de torrado e moído e solúvel feito a partir de torrefadoras localizadas em países vizinhos, como a Colômbia.

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CENÁRIO:

Vista como uma solução para ajudar o país a conseguir um maior desenvolvimento econômico e social, a cafeicultura do Peru se encontra dividida de duas diferentes formas ao longo do território nacional. Na região próxima a capital, prevalecem os grandes latifúndios, com altas taxas de produtividade decorrentes do elevado nível de tecnificação e melhores infraestruturas. No restante do país, a produção em pequena escala, voltada a diferenciação se sobressai. O baixo uso de fertilizantes e defensivos, antes motivados pela situação financeira dos produtores e agora pela exigência da produção, faz com que o Peru seja o maior exportador de café orgânico do mundo e o terceiro maior produtor mundial de cafés especiais, depois da Colômbia e Guatemala. Em 2011, as exportações de cafés especiais representaram 25% do total dos envios de grão do país (US$ 1,56 milhão). Desses, 80% correspondem a café orgânico e 20% ao comércio justo, entre outros. A elevação da produção desse café pode ser prejudicial para os produtores brasileiros que queiram contornar a falta de competitividade de seus custos de produção através dos prêmios por diferenciação, uma vez que quanto maior a oferta, menores serão os preços pagos pelo mercado internacional.

Ademais, merece destaque a ausência de instituições e políticas nacionais voltadas diretamente para o café. A atividade é sustentada e impulsionada, sobretudo, por órgãos internacionais de combate ao narcotráfico e erradicação da pobreza. Essas entidades acabam financiando boa parte da expansão da cafeicultura nacional a juros baixos ou mesmo a fundo perdido, ajudando a alavancar a competitividade do café peruano.

SOBRE O BUREAU

O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é um programa desenvolvido no Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que objetiva criar inteligência competitiva e impulsionar a transformação do Brasil na mais dinâmica e sofisticada nação do agronegócio café no mundo. Apoiadores: Fapemig, Sectes, Seapa, Pólo do Café, INCT-Café e Ufla.

EQUIPE

Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados: Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior.

Coordenador do Bureau: Ms. Eduardo Cesar Silva.

Equipe de Analistas: Afonso Celso Ferreira Pinto, Elisa Reis Guimarães, Érica Aline Ferreira Silva, Felipe Bastos Ribeiro, Giselle Figueiredo Abreu, Larissa Carolina da Silva Viana Gonçalves, Mariana Brito, Pedro Henrique Abreu Santos, Sarah Pedroso Penha, Stéphanie Lima.

CONTATO

O Bureau de Inteligência Competitiva do Café está disponível aos interessados em conhecer melhor as atividades desenvolvidas. Os contatos podem ser feitos por telefone, e-mail, correspondência ou presencialmente (com agendamento de visita).

Endereço: Centro de Inteligência em Mercados, Departamento de Administração e Economia, Universidade Federal de Lavras, Bloco I – Campus Universitário. CEP: 37200-000.

Telefone: (35) 3829-1443 E-mail: cim@dae.ufla.br

Referências

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