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Google Earth e o nosso lugar no mundo

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Academic year: 2021

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Prática Pedagógica

Google Earth e o nosso

lugar no mundo

Trabalho com tecnologia mostra que cada um ocupa um

espaço dentro do planeta Terra

Anna Rachel Ferreira

O primeiro passo do trabalho foi apreciar o planeta inteiro e depois o continente americano

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O primeiro passo do trabalho foi apreciar o planeta inteiro e depois o continente americano

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A turma continuou a pesquisa até chegar ao endereço da escola, em Uberlândia

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A turma continuou a pesquisa até chegar ao endereço da escola, em Uberlândia

A turma continuou a pesquisa até chegar ao endereço da escola, em Uberlândia "Quem é esse menino? Esse menino é meu vizinho! Onde ele mora? Mora lá naquela casa! Onde está a casa? A casa tá na rua! Onde está a rua?" A rua está na cidade, ao lado da floresta, dentro do Brasil, na América do Sul, no continente americano, rodeado de oceanos que integram o planeta. Identificar o seu lugar no mundo é o ponto de partida do ensino de Geo-grafia nos anos iniciais, e trabalhar o conceito de escala é parte essencial nesse processo. "É importante estudar as possibilidades e limitações de morar em determinado local, mas também ter a consciência de que elas se relacionam com as características dos outros lugares

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do planeta", ressalta Lana de Souza Cavalcanti, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Explicando que o objetivo da disciplina é entender a relação entre os seres humanos e deles com as diferentes paisagens e que, para isso, é preciso saber onde se vive, a professora Ínia Franco de Novaes introduziu os estudos para a turma de 4º ano da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de

Uberlândia (UFU). Os alunos foram ao laboratório de informática para assistir ao clipe da canção Ora Bolas, do grupo Palavra Cantada, e receberam cópias da letra (um trecho inicia esta reportagem). Em duplas, com as questões "Onde está a nossa casa?" e "Em que lugar do mundo?", apreciaram o vídeo.

Em seguida, a educadora os questionou sobre o lugar do menino citado na música passando pelos vários recortes: rua, cidade, Brasil, América do Sul,

continente americano e planeta. Os alunos fizeram uma representação gráfica do seu lugar no mundo. "Alguns tentaram desenhar o planeta com todas as divisões citadas. Um deles colocou um quadrado dentro do outro", diz. Em seguida, eles releram coletivamente a letra e foram questionados sobre quais palavras não compreendiam. Nesse momento, eles apresentaram dificuldades com "oceano" e "continente". Todos buscaram os significados no dicionário e com a informação encontrada construíram uma definição em conjunto.

Continentes e oceanos no computador

Na aula seguinte, a turma retornou ao laboratório de informática para trabalhar com o programa Google Earth, que pode ser baixado da internet e instalado gratuitamente. A professora havia marcado o item "limites e marcadores", que evidencia as fronteiras nas imagens. Em classe, ela introduziu o uso do software dizendo que todos iriam viajar pelo mundo com a ajuda de um programa de computador

Os alunos acessaram o Google Earth e visualizaram a imagem inicial, o planeta Terra. Com o auxílio do mouse, passaram a girar o planeta, e a professora pediu que observassem as partes azuis e as marrons-esverdeadas. "Eles não fizeram imediatamente a relação com água e terra", lembra. Ínia pediu, então, que se lembrassem das palavras que haviam procurado no dicionário, comentando que a parte azul representava os oceanos e a marrom os continentes.

Para continuar a exploração, a professora retomou a divisão apresentada na canção. Os alunos escreveram na barra de pesquisa "américas" e ela identificou que, dentro dessa porção grande de terra, eles estão na América do Sul. Quando as crianças deram zoom para visualizá-la, o programa apresentou em amarelo as fronteiras de cada país. Ínia destacou o Brasil e utilizou um mapa-múndi para mostrar como as divisões que eles enxergavam no computador se repetiam ali. Explicou que o mapa é uma figuração criada para representar o planeta e aproveitou para reforçar que existe mais de um oceano. "Um dos alunos

perguntou o porquê de o contorno do Brasil parecer se encaixar com o da África. Comentei que há bilhões de anos eles eram unidos, mas começaram a se afastar até que ficassem dessa forma", conta.

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Seguindo a mesma lógica, a professora questionou a turma sobre o estado em que vivem e pediu que o buscassem no programa. Logo depois, perguntou qual era o município. Esse termo não era conhecido, por isso ela reformulou a

indagação utilizando a palavra cidade. "Ah! Uberlândia, professora", afirmou uma das crianças. Elas pesquisaram e a docente chamou a atenção para o fato de o município ter uma área de cidade, mas também outra de plantio e vegetação nativa em que as pessoas vivem de maneira diversa da deles, embora também estejam em Uberlândia. "As diferentes relações das pessoas com o rural e com o urbano e dessas paisagens entre si serão exploradas ao longo do 4º ano. Por isso introduzo a ideia logo no início."

A viagem termina onde eu moro

Na aula seguinte, Ínia aprofundou o conceito de lugar explorando o endereço. Ao entrar na sala, disse que alguém queria entregar um presente a eles, na escola, mas que não sabia onde ela ficava, pois nunca tinha ido até lá. "Como explicamos como chegar a um local?", questionou. Então, retomou as escalas estudadas no quadro. Após chegar ao município, ela perguntou o que mais seria necessário para que a entrega chegasse ao seu destino. Os estudantes citaram rua, número e bairro. A professora escreveu a formatação correta de endereço e pediu que eles a copiassem no caderno para pesquisar no Google Earth.

A próxima etapa consistiu na observação, na tela do programa, do conjunto de ruas que cercam a escola. "Indiquei que elas formavam um quarteirão e que os bairros são compostos de vários quarteirões", conta a docente. Para essa atividade, foi solicitado que cada aluno trouxesse seu endereço anotado. A

professora explicou que o CEP é a forma utilizada pelos correios para identificar a agência mais próxima do destino de uma carta ou encomenda. Em seguida, os endereços individuais foram pesquisados no Google Earth para que todos percebessem sua localização no mapa da cidade.

A turma ficou livre para circular pela sala e comentar sobre quem morava perto ou longe da escola. "Antes de fechar o programa, é bacana que os estudantes voltem à imagem do planeta para compreenderem que em determinada escala ele também é o nosso endereço", sugere Lana. Outra maneira de retomar a lógica de unidade com o planeta é propor a montagem de um quebra-cabeça do mapa-múndi. "Dessa forma, fica clara a ideia de que apesar de termos várias partes, como os continentes, compomos juntos a Terra", explica a pesquisadora.

Para finalizar, cada criança fez um desenho com o tema O Meu Lugar no Mundo, que foi apresentado à turma. "Fiquei feliz ao perceber que a maioria assimilou bem a ideia de escalas cartográficas em suas representações. Em geral, a turma tentou representar todas as escalas e finalizaram com um bonequinho ou uma casinha que os representava", comemora a professora.

1 As escalas na canção Apresente a música Ora Bolas, do grupo Palavra Cantada. Explore bem os conceitos de escala apresentados, verifique o que os alunos não compreendem e construa os novos conceitos com o auxílio do dicionário.

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2 Viagem no computador No laboratório de informática, peça que os alunos explorem o programa Google Earth, do planeta até chegar ao município em que residem. Auxilie todos em cada movimento, colocando os passos no quadro. Reforce sempre o significado de cada escala que aparece.

3 Cada um tem seu espaço Também no laboratório, explore o conceito de endereço usando o da escola e o de cada um. Por último, desafie a turma a representar o conteúdo estudado na forma de desenho.

Endereço da página:

https://novaescola.org.br/conteudo/3471/google-earth-e-o-nosso-lugar-no-mundo

Links da página

http://abr.io/ora-bolas

Referências

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